Buscar

INCLUSÃO DA CRIANÇA AUTISTA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2
13
A INCLUSÃO DO AUTISTA E A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO 
Angélica Maria, Edson Meneghetti, Mauro Nunes, Raquel Midian Silva
Prof. Zenaide Borre Kunrath
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura Geografia, Letras, Pedagogia (Ped3158/2)
05/12/2019
RESUMO
O autismo é uma alteração no neurodesenvolvimento sendo um transtorno multifatorial, percebesse que o número de casos aumenta cada vez mais, com decorrência disso a gestão escolar e os pais precisam ter um conhecimento adequado para garantir a inclusão dessas crianças nas escolas regulares. As propostas metodológicas de ensino para crianças com autismo tendem a variar conforme suas necessidades e transtorno, cada criança precisa de um atendimento diferenciado com metodologias apropriadas a suas necessidades. Deduz-se que a inclusão do autista na escola regular é muito importante para o seu aprendizado, pois a separação dos indivíduos com autismo de um ambiente normal contribui para agravar os seus sintomas. As crianças com autismo têm necessidades especiais, mas é necessário que sejam educadas com as mínimas restrições possíveis. 
Palavras-chave: Autismo, Inclusão, Aprendizagem.
1 INTRODUÇÃO
Inicialmente se abordara que o número de autismo vem aumentando cada vez mais, com isso muitos estudos estão sendo elaborados para melhorar a inclusão destes no ambiente escolar. O autismo é uma alteração no neurodesenvolvimento sendo um transtorno multifatorial, é possível reconhecer o autismo por alguns sintomas bem específicos, sendo dificuldade de comunicação social, socialização e comportamentos. Em sequência é observado que o diagnóstico é eminentemente clínico, infelizmente ele não tem nenhum exame específico que de o diagnóstico de autismo, para ser diagnosticado precisa de avaliação médica que irá levantar o laudo do paciente, os primeiros sinais é primeiramente percebido na escola, pois é lá que convivem e se relacionam com demais crianças de mesmas faixas etárias de idade. Por este modo os professores devem sempre observar os comportamentos dos seus alunos e estar preparados para trabalhar com a diversidade incluindo sempre alunos com deficiências nas atividades. Nota-se que um autista pode apresentar aparências totalmente normais, porém possuem um perfil irregular de desenvolvimento. É no decorrer dos anos e com o desenvolvimento do indivíduo que começam aparecer alguns sinais sendo dificuldade de socialização, agressividade, dificuldade para falar, inquietação, hiperatividade, não conseguem olhar nos olhos de outras pessoas e não gostam de sair da rotina. O autismo possui diferentes graus e intensidades de sintomas sendo assim cada autista possui sua característica. Os tipos de autismo correspondem a três classificações sendo, o Autismo de alto Desempenho que são pessoas extremamente obssessivos por um objeto, o Autismo Clássico a criança não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente e o Transtorno Desintegrativo da Infância que é considerado o mais grave porque entre dois aos quatro anos de idade, ela passa a perder as habilidades intelectuais, linguísticas e sociais sem conseguir recuperá-las. As causas são consideradas 50 % de geneticas e 50% ambientais. Para o tratamento são utilizadas os métodos de Ludoterapia e a Fonoaudiologia que são muito importantes para melhorar a aprendizagem do estudante. O aluno com autismo precisa ser estimulado para desenvolver habilidades cognitivas e capacidades de interação assim melhorando sua aprendizagem. A lei de Berenice Piana prevê que é direito da pessoa com autismo ter o diagnóstico precoce, para que possa ter alcance aos suportes e intervenções necessárias ao seu pleno desenvolvimento. A inclusão de pessoas com deficiência deve ser trabalhada em todos os ambientes, principalmente na escola onde se é preparado para viver em sociedade, a inclusão vai muito além do aluno estar presente em sala de aula ele precisa de escola preparada, matérias adaptados e professores capacitados para que com isso haja o ideal aprendizado, é muito importante que toda a comunidade se conscientize e respeite os indivíduos com deficiência, os pais em geral devem ensinar os seus filhos que todos nós somos diferentes e não é por causa disso que não merecemos o respeito. 
2 DEFINIÇÕES E CARACTERISTICAS DO AUTISMO
A palavra autismo foi usada pela primeira vez em 1943 pelo psiquiatra infantil americano Leo Kanner, que percebeu a diferença no comportamento de um determinado grupo de crianças as quais se destacavam das demais por possuírem algumas características básicas como: forte resistência a mudanças e incapacidade de se relacionar com pessoas, neste mesmo ano ela publicou um artigo no qual descrevia o autismo como uma síndrome “rara” caracterizada por uma série de sintomas, com base no que até hoje consideramos os três pilares do autismo: deficiência no desenvolvimento da linguagem, interação social pobre, interesses e movimentos repetitivos. (NOGUEIRA,2007). Em 1944, Hans Asperger, um médico austríaco escreveu outro artigo descrevendo crianças bastante semelhantes às descritas por Kanner. Atribui-se tanto a Kanner como a Asperger a identificação do autismo.
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é descrito como um transtorno ou uma síndrome do desenvolvimento que se manifesta normalmente em crianças antes dos dois anos de idade. Indivíduos que possuem autismo em geral possuem uma alteração na região cortical do cérebro, que é a região responsável por falar, pensar, raciocinar, memorizar, entender a linguagem ou a música, socializar, escrever, ler, enfim causando efeitos extremamente desfavoráveis no desenvolvimento social e da comunicação. Uma das coisas que definem o indivíduo com autismo é o grau de comportamento adaptativo como, déficit no relacionamento e na comunicação social, e falta de reciprocidade social ou emocional além de apresentar interesses restritos e comportamentos repetitivos. O DSM IV (2002) define o transtorno Autista como um desenvolvimento comprometido ou acentuadamente anormal da interação social e da comunicação e um repertório muito restrito de atividades e interesses. “Autismo é uma síndrome definida por alterações presentes desde idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação.” (MELLO, 2007, p. 16).
3 SINAIS E DIAGNOSTICO
As manifestações do transtorno podem variar muito, dependendo do nível de desenvolvimento e da idade cronológica do indivíduo, em geral essas crianças não nascem com nenhuma diferença ou problema físico visível é com o decorrer dos anos e desenvolvimento que começam a aparecer alguns sinais sendo dificuldade de socialização, agressividade, dificuldade para falar, inquietação, hiperatividade, não conseguem olhar nos olhos de outras pessoas e não gostam de sair da rotina.
O diagnóstico é eminentemente clínico, infelizmente ele não tem nenhum exame específico que de o diagnóstico de autismo, para ser diagnosticado precisa de avaliação médica que irá levantar o laudo do paciente, reconhecer o autismo é difícil até para médicos, pois ele não é uma doença. Em seu livro, Melo apresenta alguns sintomas que são fundamentais para identificar uma criança com autismo.
Usa as pessoas como ferramenta, resiste à mudança de rotina, não se mistura com outras crianças, não mantém contato visual, age como se fosse surdo, resiste ao aprendizado, apresenta apego não apropriado a objetos, não demonstra medo de perigos, gira objetos de maneira bizarra e peculiar, apresenta risos e movimentos não apropriados, resiste ao contato físico, acentuada hiperatividade física, às vezes é agressivo e destrutivo, apresenta modo e comportamento indiferente e arredio. (MELO, 2007, p.72).
Segundo o neurologista José Salomão Schwartzman, cerca de 70% dos casos não são diagnosticados, pois os pediatras não sabem diagnosticar e quando o diagnóstico chega, algumas famílias não aceitam outras preferem não querer enxergar que o filho é autista eprocuram ajuda em diversos lugares. Existem alguns passos indicados pela AMA – Associação de Amigos do Autista, que os pais ao receberem o diagnóstico de autismo devem seguir para lidar da melhor maneira possível com esse transtorno.
A experiência da AMA que é uma experiência de pais e de educadores de pessoas com autismo, constatou a importância de três caminhos a serem conscientemente buscados pelas famílias que se deparam com a questão do autismo em suas vidas: Conhecer a questão do autismo. Admitir a questão do autismo. Buscar apoio de um grupo de pessoas que estejam envolvidas com a mesma questão e que procuram conviver com ela da melhor maneira possível. (MELLO, 2007, p. 14).
Segundo Santos (2008) a escola possui um papel importante no diagnostico, pois geralmente é na escola que acontecem as primeiras interações sociais destas crianças separadas de suas famílias.
A escola recebe uma criança com dificuldades em se relacionar, seguir regras sociais e se adaptar ao novo ambiente. Esse comportamento é logo confundido com falta de educação e limite. E por falta de conhecimento, alguns profissionais da educação não sabem reconhecer e identificar as características de um autista, principalmente os de alto funcionamento, com grau baixo de comprometimento. Os profissionais da educação não são preparados para lidar com crianças com autismo e a escassez de bibliografias apropriadas dificulta o acesso à informação na área. (Santos, 2008, p. 9).
O profissional que for trabalhar com o aluno com autismo precisará ter muita compreensão e paciência com o aluno, pois eles podem ser desobedientes, e até apresentar comportamentos agressivos se forem submetidos a processos de pressão, além de possuírem um atraso no aprendizado em relação ao demais colegas. Isso é consequência do déficit de atenção e retardamento no processo de aprendizado causado pelo autismo. Para melhorar o seu aprendizado e desenvolver a inteligência desses alunos é preciso tratá-los com muito amor e motivação.
É importante a continuidade do ensino para uma criança com autismo, para que se torne menos dependente, mesmo que isto envolva várias tentativas, e ela não consiga aprender. É preciso atender prontamente toda vez que a criança com autismo solicitar e tentar o diálogo, a interação, quando ocorrer de chamar uma criança com autismo e ela não atender, é necessário ir até ela, pegar sua mão e levá-la para fazer o que foi solicitado. Toda vez que a criança conseguir realizar uma tarefa, ou falar uma palavra, ou enfim, mostrar progresso, é prudente reforçar com elogios. Quando se deseja que a criança olhe para o professor, segura-se delicadamente o rosto dela, direcionando-o para o rosto do professor. Pode-se falar com a criança, mesmo que seu olhar esteja distante, tendo como meta um desenvolvimento de uma relação baseada em controle, segurança, confiança e amor. (Santos, 2008, p.31 e 32).
Ao longo desses anos foram criados alguns métodos de ensino com o objetivo de atender as necessidades do autista utilizando as melhores abordagens e métodos disponíveis, no Brasil o principal método utilizado chamasse `` TEACCH´´.
Um programa de atendimento que envolve basicamente a psicologia comportamental e a psicolinguística. Tem como objetivo apoiar o autista a chegar à idade adulta com o máximo de autonomia possível. Ajudando-o a adquirir habilidades de comunicação para que possam se relacionar com outras pessoas e, dentro do possível dar condições de escolha para a criança (LEWIS; LEON; 1995, p.223).
Estas técnicas possuem uma grande importância no tratamento destas crianças, no entanto possuem outros aspectos que podem tornar mais eficiente o tratamento, aumentando a possibilidade de o autista tornar-se independente no que se refere as atividades do cotidiano.
Mesmo considerando que o tratamento é realizado com auxílio de programas individuais em função da evolução de cada criança, os seguintes aspectos podem ser fundamentais como alvos preferenciais de tratamento em um programa de intervenção precoce com indivíduos com Síndrome de Asperger. Devemos procurar o antes possível desenvolver: a autonomia e a independência; a comunicação não-verbal; os aspectos sociais como imitação, aprender a esperar a vez e jogos em equipe; a flexibilização das tendências repetitivas; as habilidades cognitivas e acadêmicas; ao mesmo tempo é importante: trabalhar na redução dos problemas de comportamento; utilizar tratamento farmacológico se necessário; que a família receba orientação e informação; que os professores recebam assessoria e apoio necessários. (MELLO, 2007, p.28).
Lamentavelmente é possível que algumas crianças com autismo sejam rotuladas como indisciplinadas, desorganizadas, lentas e sem limites. Devido as suas diferenças e dificuldades. Independentemente de a criança com autismo apresentar certa dificuldade em se expressar corretamente, a partir do momento que ela começa a praticar a linguagem oral aos poucos aparecem um melhoramento na linguagem, na socialização, nas suas expressões orais, corporais e no desenvolvimento de sua aprendizagem.
As crianças com autismo, regra geral, apresentam dificuldades em aprender a utilizar corretamente as palavras, mas se obtiverem um programa intenso de aulas haverá mudanças positivas nas habilidades de linguagem, motoras, interação social e aprendizagem é um trabalho árduo precisa muita dedicação e paciência da família e dos professores. É vital que pessoas afetadas pelo autismo tenham acesso à informação confiável sobre os métodos educacionais que possam resolver suas necessidades individuais. (NUNES,2008, p.4)
4 QUAIS SÃO OS TIPOS DE AUTISMO
Percebemos que cada vez mais crianças são diagnosticadas com autismo, é possível perceber que nenhum autista é igual ao outro há diferentes graus e intensidades dos sintomas. Nota-se que um autista pode apresentar aparências totalmente normais, porém possuem um perfil irregular de desenvolvimento. Observa-se que alguns autistas enfrentam dificuldades de aprendizagem, mas podem ter uma vida normal apenas possuindo alguns déficits em alguma área, por isso se sentem inferiores na sociedade e enfrentam algumas dificuldades de inclusão social.
O Autismo Clássico é um grau de comprometimento que pode variar muito. Os portadores são mais voltados para si, não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente, conseguem falar mas não usam a fala como ferramenta de comunição, não entendem metaforas nem duplo sentido, são crianças isoladas, nao retribuem sorrisos, repetes movimentos esteriotipados, sem muito significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência mental importante. (VARELLA,2014).
O Autismo de alto Desempenho, antes chamado de Síndrome de Asperger é considerada a forma mais leve entre os tipos de autismo, e é três vezes mais comum em meninos do que em meninas. Normalmente, quem possui a síndrome conta com uma inteligência bastante superior à média que chegam ser confundidos com genios, porque são imbativeis nas areas do conhecimento que se especializam, quanto menos precisarem de interação social mais eles conseguem levar uma vida proxima à normal. (VARELLA, 2014). Eles são pessoas extremamente obssessivos por um objeto ou um unico assunto que chegam a passar horas debatendo ou conversando sobre isso. Se a Síndrome não for diagnosticada na infância, o adulto poderá ter mais chances de desenvolver quadros depressivos e de ansiedade. (AMORIM, 2016).
O Transtorno Desintegrativo da Infância é considerado o tipo mais grave do espectro autista e o menos comum. A criança apresenta um período normal de desenvolvimento, porém a partir dos dois aos quatro anos de idade, ela passa a perder as habilidades intelectuais, linguísticas e sociais sem conseguir recuperá-las.
5 QUAIS OS PRINCIPAIS NIVEIS
5.1 Nível 1 (Leve)
As crianças apresentam dificuldades para iniciar a relação social com outras pessoas e podem ter pouco interesse em interagir com os demais, apresentando respostas atípicas ou insucesso a aberturas sociais. Em geral, apresentam dificuldadespara trocar de atividades e problemas de planejamento e organização.
5.2 Nível 2 (Médio)
As crianças podem apresentar um nível um pouco mais grave de deficiência nas relações sociais e na comunicação verbal e não verbal. Têm limitações em iniciar interações sociais e prejuízos sociais aparentes mesmo com a presença de apoio. Além disso, são mais inflexíveis nos seus comportamentos, apresentam dificuldades com a mudança ou com os comportamentos repetitivos e sofrem para modificar o foco das suas ações.
5.3 Nível 3 (Grave)
Nesse nível, existem déficits bem mais graves em relação a comunicação verbal e não verbal, além de dificuldades notaveis para iniciar uma interação social, com graves prejuízos de funcionamento.Também apresentam dificuldade extrema em lidar com a mudança e com comportamentos repetitivos – o que interfere de forma mais acentuada no seu funcionamento. Ainda contam com grande sofrimento para mudar o foco das suas ações.
6 CAUSAS
O autismo não possui causas totalmente conhecidas, porém há evidências de que haja predisposição genética para ele. Outros reportam o suposto papel de infecções como a rubéola durante a gravidez e mesmo fatores ambientais, como poluição, no desenvolvimento do distúrbio.
6.1 PREVENÇÃO
Na falta de causas comprovadamente capazes de provocar o autismo, a recomendação para as grávidas é evitar ambientes com alto nível de poluição, exposição a produtos tóxicos e ingestão de bebida alcoólica, por exemplo. Outra medida bem-vinda é se vacinar contra rubéola para evitar essa doença infecciosa durante a gestação.
7 TRATAMENTOS
Após o diagnostico ser avaliado pelos especialistas, é necessário procurar tratamentos para essas crianças, a fonoaudiologia tem como objetivo maior o desenvolvimento do indivíduo para melhorar os sintomas comportamentais, linguagem e comunicação verbal e não verbal. A intervenção precoce e contínua do fonoaudiólogo é de extrema importância para que o quadro evolua satisfatoriamente, no que envolve sua comunicação geral e em especial, para o desenvolvimento de sua linguagem receptiva e expressiva, gestual, oral e escrita, capacitando-o para compreender, realizar atividades e agir sobre o ambiente que o cerca.
Diante das características de cada autista, é necessário criar um programa terapêutico. Este consiste numa terapia individualizada e específica, podendo ter como base alguns modelos como o TEACCH, ABA, PECS, de acordo com a necessidade de cada indivíduo. A terapia da fala tem como objetivo diminuir ou eliminar a presença de formas Pré-simbólicas não conversacionais, como gritos, por exemplo, trocando por mecanismos conversacionais de comunicação, aumentando as intenções comunicativas e categorias pragmáticas.
Os indivíduos que falam, a terapia é direcionada no desenvolvimento da compreensão e expressão verbal, principalmente na semântica e pragmática, possibilitando maior autonomia e independência, desenvolvendo uma maior motivação para se comunicar. Enriquecer o sensorial também é uma terapia eficaz para o tratamento do autismo, já que, a maioria desses indivíduos possuem problemas sensoriais que envolvem o cheiro e sensibilidade ao toque. Trabalhar com texturas, tato, temperatura, olfato, paladar e sons, pode desenvolver uma série de sensibilidades e interesse sensoriais, permitindo interagir e se envolver com o resto da sociedade.
As crianças apresentam duas entradas de aprendizagem, que são as auditivas e visuais, chamadas também de Inputs. A criança com autismo bloqueia algumas dessas entradas por apresentar questões sensoriais que impedem de aprender, tornando o trabalho do terapeuta desafiador.
Diante de crescentes pesquisas científicas, existem tratamentos, como Ozonioterapia, câmara hiperbárica, tratamento biomédico, eletroestimulação, entre outros. Porém as terapias (fonoaudiologia, T.O, fisioterapia e psicologia) baseadas em princípios de métodos como Hanen, Floortime, ABA e TEACH, ainda continuam sendo o melhor tratamento contra as comorbidades do diagnóstico. Lembrando que o tratamento é individual e personalizado para cada paciente.
É de extrema importância a intervenção precoce de linguagem com crianças com autismo e na habilitação dos pais para participar deste processo, já que eles proporcionam o ambiente em que a criança passa a maior parte do tempo. Os pais precisam aproveitar ao máximo as situações do dia a dia fazendo com que estas tornem a forma mais prazerosa e constante de estimulação da linguagem.
Estabelecer rotinas que facilitem a organização da criança, já que o autista tem a tendência de se fixar em rotinas. Trabalhar pela independência do filho, incentivando-o a vestir-se sozinho, beber, comer e servir. Elogiar cada avanço. Aproveitar momentos do dia a dia como, por exemplo, durante a refeição e banho, para ensinar e trabalhar conceitos. Abraçar as atividades no cotidiano da família, dentro e fora da casa, por exemplo, ir as compras, ajudar a guardá-las, preparar o almoço, lavar roupa, dentre outras.
7.1 LUDOTERAPIA
A Ludoterapia é um processo facilitador as demais terapias, devido algumas crianças não possuírem uma comunicação verbal adequada. Sendo assim, é
Por meio do brincar, o autista expressa seu entendimento do mundo e, por não possuir as repressões que geralmente temos, libera todo seu sentimento ao manipular objetos. Porém, o brincar pressupõe regra e ordem e a repetição que existe na brincadeira. Assim a criança pode se reencontrar, não apenas com os objetos e as situações das brincadeiras, como também consigo próprio, reafirmando sua pessoa, fortalecendo-se (MARTELLI et. al., 2000, p. 23).
A Ludoterapia e a Terapia pelo brincar são distintas, visto que a Terapia pelo Brincar é um instrumento que pode ser usada por professores, enfermeiros e/ou até mesmo pelos pais das crianças para aliviar uma condição leve. É necessária uma compreensão dos princípios básicos da psicologia da criança e um treinamento baseado no “kit de ferramentas” da terapia do brincar. Uma relação terapêutica pode ou não ser formada, e se for o caso, a supervisão clínica é necessária (PLAY THERAPY AFRICA, 2017).
Já a Ludoterapia é uma modalidade terapêutica em que será necessário ter muito mais treinamento, compreensão das teorias que tratam dos fenômenos psicológicos, trabalhos baseados no código de ética e supervisão clínica para formar uma relação terapêutica segura. Além disso, é importante que o terapeuta tenha uma variedade de técnicas para trabalhar com uma ampla gama de condições e combinações delas (PLAY THERAPY AFRICA, 2017).
O brincar é uma tarefa em que o autista se impõe e precisa ter algum grau de dificuldade para ser atraente para ele. É um trabalho que exige esforço e que tem um objetivo final a ser atingido. Ao terapeuta cabe a interpretação da situação. A troca das informações com os demais terapeutas do indivíduo com autismo em muito colaborará para um melhor entendimento de como ele percebe a si próprio e o meio à sua volta (MARTELLI et. al., 2000).
De acordo com Friedmann (1998) as capacidades intelectuais e cognitivas podem ser desenvolvidas através das brincadeiras quando este permite que a criança apure a associação causa-efeito que dificilmente pode ser feita na realidade devido ao perigo de acidentes. Nas brincadeiras a criança pode experimentar à vontade e testar inúmeras possibilidades de ação, como as ações interferem no resultado das brincadeiras, é importante que a criança projete estratégias para vencer, quando a brincadeira é individual a criança pode testar as suas próprias concepções e relacioná-las com os resultados, mas quando a brincadeira é coletiva, é necessário um planejamento que aproveite as possibilidades e diminua as limitações do grupo, assim além de desenvolver a capacidade de planejar, a criança também aprende a se relacionar com os outros e lidar com os conflitos sociais que surgem no decorrer da brincadeira. Essas habilidades serão fundamentais e utilizadas ao longo da vida.
8 LEI BERENICE PIANA 
A Lei 12.764/2012, conhecida como Lei Berenice Piana foi que determinou o status dedeficiência ao autismo e instituiu as diretrizes de inclusão da pessoa com autismo. Ela determinou as diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; infelizmente, ainda falta muito para que o que está disposto na lei seja implementado. Em seu artigo segundo, ela diz que as especificidades dos autistas devem ser respeitadas e que seja garantido o direito à saúde (SUS).
A lei prevê que é direito da pessoa com autismo ao diagnóstico precoce, para que possa ter alcance aos suportes e intervenções necessárias ao seu pleno desenvolvimento. Infelizmente, devido ao preconceito e desinformação, muitos autistas chegam à vida adulta sem diagnóstico e, portanto, sem direitos. É necessário que os profissionais de saúde e de educação tenham conhecimento do que é o Espectro Autista para que assim possa identificá-lo. Ainda hoje, muitos profissionais têm uma visão muito limitada do que é o autismo. Para ser possível este diagnóstico precoce foi sancionado a Lei nº 13.438/2017, que obriga o SUS a aplicar as avaliações para detectar um desenvolvimento atípico em bebês de até 18 meses.
 9 INCLUSÃO DA CRIANÇA COM AUTISMO
Atualmente sabemos que em todos os ambientes deve-se trabalhar com a inclusão, principalmente na escola onde se é preparado para viver em sociedade. A inclusão vai além de inserir o aluno em sala de aula, ele precisa de materiais adaptados, professores capacitados e escola preparada isso é muito significante na aprendizagem de um aluno com autismo. 
Incluir não é só integrar [...]. Não é estar dentro de uma sala onde a inexistência de consciencialização de valores e a aceitação não existem. É aceitar integralmente e incondicionalmente as diferenças de todos, em uma valorização do ser enquanto semelhante a nós com igualdade de direitos e oportunidades. É mais do que desenvolver comportamentos, é uma questão de consciencialização e de atitudes (CAVACO, 2014, p. 31 apud OLIVEIRA Eduarda Sampaio, 2015).
A inclusão nas escolas de ensino regular pode ser útil tanto para os alunos com deficiências quanto para os não deficientes. Segundo Sartoretto (2011), a maior parte do conhecimento é adquirido com a convivência e com a interação, por este modo é muito importante que crianças com deficiências sejam desde o início incluídas com as demais, isso ajuda no desenvolvimento de todos em sala de aula, pois um aprende com o outro. À inclusão traz benefícios a todos, pois podem desenvolver solidariedade, respeito às diferenças e cooperação uns para com os outros. (CARVALHO,1999).
Sabemos que ainda a pessoas que pensam que crianças com alguma deficiência devem ser inseridas apenas em escolas especiais, pois é lá que elas recebem uma educação adequada onde a profissionais capacitados sendo da área da educação e saúde. Porém é necessário avaliar que somente este ensino faz essas crianças se privarem “A escola especial os inferioriza, discrimina, limita, exclui[...]. (MANTOAN, 2008, p.31). Por este motivo que precisamos conscientizar os indivíduos que é essencial estarem incluídos em escolas comuns, pois é lá que aprendem a viver em sociedade e os conhecimentos básicos como aluno. "A separação dos indivíduos com autismo de um ambiente normal contribui para agravar os seus sintomas. As crianças com autismo têm necessidades especiais, mas devem ser educadas com as mínimas restrições possíveis" (GÓMEZ; TERÁN, 2014, p. 543 apud OLIVEIRA Eduarda Sampaio, 2015).
O professor deve estar preparado para atuar com a diversidade, é necessário a formação e dedicação para realizar um bom trabalho conhecendo a demanda dos seus alunos, considerando as dificuldades, habilidades e outras características de cada um. Deve criar estratégias para incluir os alunos, em trabalhos em grupos o professor deve se impor e ele organizar, incluindo alunos com deficiências com os não deficientes, pois com isso nos dá a capacidade de entender e explorar nossas capacidades e desafiar nossas possibilidades isso visto que é as diferencias que enriquecem as experiências curriculares.
A inclusão não pode ser papel apenas da escola, os pais devem estar presentes e ajudar no desenvolvimento e aprendizagem da criança, a união da escola com a família é primordial para obterem maiores possibilidades de acertos quanto ao que fazer no convívio com o autismo. Quanto mais houver diálogo entre família e escola irá ter mais troca de informação sobre o assunto e com esta troca ocorre mais progresso.
[...] escola e família precisam ser concordes nas ações e nas intervenções na aprendizagem, principalmente, porque há grande suporte na educação comportamental. Isto significa dizer que a maneira como o autista come, veste-se, banha-se, escova os dentes manuseiam os objetos os demais estímulos que recebe para seu contato social precisam ser consoantes nos dois ambientes (CUNHA 2014, p.89 apud OLIVEIRA Eduarda Sampaio, 2015).
O aluno com autismo possui comportamentos exclusivos e precisam de rotina, qualquer mudança pode influenciar no seu comportamento onde ficam muito agitados e irritados com isso a escola e família precisam andar juntos e seguir esses parâmetros o mais rígido possível. Conforme afirmam Batista e Bosa.
Os indivíduos com autismo são ainda muito sensíveis a mudanças de humor das pessoas com as quais convivem, talvez porque estejam atentos a mudanças sutis como: o tom de voz, a expressão facial ou a pressão do toque, mesmo que não saibam “interpretar” o significado de toda essa gama de comportamento não verbal. (2002, p. 36 apud OLIVEIRA Eduarda Sampaio, 2015).
10 CONCLUSÃO
Com base no estudo concluímos que as barreiras enfrentadas pelas crianças com autismo podem serem vencidas, para isso é preciso que tenha acompanhamento especializado na área da saúde e educação, bem como a utilização de técnicas e estratégias que devem ser aplicadas de acordo com a necessidade individual de cada criança. É necessário que o diagnostico seja mais precoce, pois muitas vezes a criança começa a ser tratada muito tarde, por isso é preciso que ocorra mais estudos específicos do autismo e que possua algum exame específico que apresente este laudo, assim podendo ser descoberto com antecedência e possuir melhores tratamentos. Em sequência é importante o uso da Ludoterapia e Fonoaudiologia para que haja uma melhora mais eficaz na aprendizagem dos indivíduos. Com isso ajudara a desenvolver habilidades cognitivas e capacidades de interagir socialmente em seu dia a dia. A aprendizagem deve ser estimulada pelos professores, e principalmente pelos pais que têm um papel fundamental, pois são eles que convivem diariamente com essas crianças. Deduz-se que a inclusão do autista na escola regular é muito importante para o seu aprendizado, pois a separação dos indivíduos com autismo de um ambiente normal contribui para agravar os seus sintomas. As crianças com autismo têm necessidades especiais, mas é necessário que sejam educadas com as mínimas restrições possíveis. 
REFERÊNCIAS
AMARAL, Carlos. Lei nº 12.764/2012: Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, 2016. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/48333/lei-n-12-764-2012-direitos-da-pessoa-com-transtorno-do-espectro-autista> . Acesso em: 21/11/2019.
AMORIM, Simone. A Síndrome de Asperger e o Autismo de Alta Performance, 2016. Disponível em:<https://vitaclinica.com.br/blog-da-vita/a-sindrome-de-asperger-e-o-autismo-de-alta-performance/>. Acesso em: 19/11/2019. 
BIEMATH André. O que é autismo?, 2019. Disponível em: < https://saude.abril.com.br/tv-saude/saude-em-90-segundos/o-que-e-autismo/>. Acesso em: 28/11/2019.
FLORIANI, Marlei. Educação Inclusiva. Indaial: Uniasselvi, 2017.
MANTOAN, Maria. O desafio das diferenças nas escolas. 4.ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
MICHEL, Fernanda Vach. A criança autista na escola regular, 2015. Disponível em: <https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-crianca-autista-na-escola-regular.htm%201.%20HOME>. Acesso em: 28/10/2019. 
PAIVA, A.; SPINELLI, M.; VIEIRA.S. Distúrbios de comunicação: estudos indisciplinares. São Paulo:Cortez, 1981.
SILVA Fernanda, BARROSO Ana Cláudia. Contribuição da Ludoterapia no autismo infantil, 2017. Disponível em: <https://saberhumano.emnuvens.com.br/sh/article/view/217-830-1> . Acesso em: 20/11/2019
TENORIO Goretti, PINHEIRO Chloé. O que é autismo, das causas aos sinais e o tratamento, 2018. Disponível em: < https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/o-que-e-autismo-das-causas-aos-sinais-e-o-tratamento/>. Acesso em: 20/11/2019.
SILVEIRA Andrea da Rosa. Crianças com Autismo no Processo de Inclusão: Comunicação Alternativa e Método TEACCH, 2019. Disponível em: <https://psicologado.com.br/psicopatologia/transtornos-psiquicos/criancas-com-autismo-no-processo-de-inclusao-comunicacao-alternativa-e-metodo-teacch>. Acesso em: 19/11/2019.

Continue navegando