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Prof. Ms. Rafael Cavalcanti Natal, 2017 SEMIOLOGIA DA CINTURA ESCAPULAR E DO OMBRO ANATOMIA: Articulação mais móvel Vulnerabilidade; Ossos; Articulações: - Gleno-umeral; - Acrômioclavicular; - Esternoclavicular; - Escapulotorácica; ANATOMIA: Estabilidade: Estática: lábio glenóide, capsula articular e ligamentos (lig. acrômiclavicular, lig. coraco- acromial, lig. coracoclavicular, lig. Capsular...); Dinâmica: manguito rotador, cabeça longa do bíceps, serrátil anterior; ANATOMIA: AVALIAÇÃO: Avaliação, Diagnóstico e Tratamento Clínico: - Avaliação médica Dor Exame de imagem; - Tendinites (+ rupturas), Bursites, Síndrome do Impacto, Capsulite adesiva, “Ombro congelado”, Escápula alada, doenças reumáticas; instabilidades, luxações, fraturas; - Medicação anti-inflamatória/analgésica (+ infiltrações de corticóide), procedimentos cirúrgicos, imobilização; - Encaminhamento para a fisioterapia; AVALIAÇÃO: Avaliação e Diagnóstico Cinético-funcional; - Identificação Idade*, Ocupação*; - QP DOR (tipo e intensidade) / HDA Trauma, Estresse repetitivo, Uso de medicamentos; Obs: Proximidade entre as estruturas / Mobilidade complexa - Antecedentes pessoais / patológicos Doenças reumáticas, Frouxidão ligamentar, Cirurgias anteriores; - Hábitos de vida Sedentarismo, Esporte (gestos desportivos), AVD’s; AVALIAÇÃO: Avaliação e Diagnóstico Cinético-funcional; - Inspeção Sinais flogísticos, Déficit de trofismo, força e mobilidade / Cicatrizes,Desalinhamentos/Deformidades (sinais de “Dragona” e “Tecla”), Simetria escapular (Ritmo escapulo-umeral), Imobilizadores; - Palpação Dor, Edema, Temperatura, Trofismo, Fibrose, Mobilidade passiva, Creptação, Atrito coraco-acromial e escapulo-torácico; Ritmo Escapulo-umeral: AVALIAÇÃO: Avaliação e Diagnóstico Cinético-funcional; - Avaliação Quantitativa Força muscular, ADM, Perimetria (edema/trofismo), Espasmo, testes especiais. AVALIAÇÃO: Avaliação e Diagnóstico Cinético-funcional; - Testes Especiais: Teste de Neer (Impacto do Ombro): Elevação do MS (no plano da escápula) com estabilização escapular, sem rotação do ombro. Choque do tubérculo maior com o acrômio; Dor (irritação da bursa sinovial / Tendinite do m. supra-espinhal; AVALIAÇÃO: Teste de Hawkins: Partindo da elevação do MS com flexão do cotovelo (90º) e rotação neutra, realiza-se rotação interna intensa (Manobra de Yocum: Mão sobre o ombro oposto + elevação do cotovelo = lesão da art. Acromio- clavicular). Choque do tendão do SE contra o lig. coraco-acromial; Dor e Tendinite do m. supra-espinhal; AVALIAÇÃO: Teste de Jobe: Partindo da posição e rot. Int., elevação ativa do MS associada à rot. ext. do ombro, com resistência. Dor na face ânterolateral do ombro + Incapacidade de elevação do MS; Tendinite ou rupturas do tendão do supra-espinhal; AVALIAÇÃO: Teste de Patte: Partindo da posição de abd de ombro (90º) e flexão de cotovelo (90º), paciente tenta resistir à força de rot. Int. gerada pelo avaliador. Dor e incapacidade de manter resistência; Tendinite ou rupturas do tendão do infra-espinhal; AVALIAÇÃO: Teste de Gerber: A partir do posicionamento do dorso da mão na região lombar (L5), afasta-se esse segmento das costas sob resistência; Incapacidade de realizar a manobra; Tendinite ou rupturas do tendão do subescapular; AVALIAÇÃO: Teste de Speed: Partindo da posição de extensão e rot. ext., eleva o MS ao passo que se palpa o sulco intertubercular, impondo resistência (Obs: Teste de Yergason: flexão cotovelo + rot. ext. com resistência = dor no sulco bicipital); Dor na região do sulco intertubercular + Incapacidade de elevação; Tendinite da cabeça longa do bíceps; AVALIAÇÃO: Teste de Gaveta ântero-posterior: braço do paciente ao lado do corpo, terapeuta desloca a cabeça do úmero no sentido anterior e posterior. Grande mobilidade desse segmento; Frouxidão ligamentar + Instabilidade do ombro; AVALIAÇÃO: Avaliação e Diagnóstico Cinético-funcional; - Exames de imagem: US; Raio X; Ressonância Magnética; Prof. Ms. Rafael Cavalcanti Natal, 2017 DISFUNÇÕES DA CINTURA ESCAPULAR E DO OMBRO MECANISMOS DE LESÃO: Vulnerabilidade ao surgimento de lesões: - Grande mobilidade articular; - Proximidade das estruturas; - Hipovascularização; - Imobilidade; - Impacto mecânico; PRINCIPAIS DISFUNÇÕES: Fraturas, Luxações e Entorses; Bursites; Tendinites (+ calcária); Síndrome do impacto do ombro; Capsulite adesiva do ombro; Ombro congelado; Aderências escapulares (+ escápula alada); CAPSULITE ADESIVA DO OMBRO DEFINIÇÃO: Condição idiopática do ombro Inflamação da cápsula articular; Ocasiona dor espontânea e evolui para restrição de mobilidade; Afeta a articulação gleno-umeral; Há formação de aderências e fibrose, que restringem ainda mais o movimento; ETIOLOGIA: São dois tipos: 1) Primária Forma idiopática (sem causa aparente) de ombro rígido e doloroso; 2) Secundária Pode estar relacionada a algum evento desencadeante (Ex: Trauma, patologias articulares, fraturas, doenças auto-imunes e imobilização por tempo prolongado; ESTÁGIOS: Fase congelante e dolorosa (10-36 semanas) - existe um aumento gradual da dor no ombro ao repouso, com a presença de dor aguda nos extremos de movimento. Fase adesiva (4-12 meses) - A dor começa a ceder, porém inicia-se uma progressiva perda de flexão da gleno-umeral, abdução e rotação interna e externa. Fase de resolução (12-42 meses) é caracterizada por uma melhora progressiva na ADM funcional do ombro. Jessyca Realce ESTÁGIOS: QUADRO CLÍNICO: Dor exacerbada tanto em repouso quanto ao movimento (região anterior do ombro; pode ser irradiada); Grande perda de ADM para todos os graus de liberdade, principalmente para ABD, flexão e rotações; Redução de força e trofismo muscular por imobilismo; Formação de aderências capsulares e fibrose articular; Incapacidade funcional; PLANO DE TRATAMENTO: Objetivos: - Debelar dor e edema**; - Restaurar a ADM passiva e ativa**; - Debelar as aderências e fibroses**; - Aumentar o trofismo, a força e a resistência da musculatura envolvida; - Aprimorar a estabilidade dinâmica do ombro; PLANO DE TRATAMENTO: Objetivos: - Manter o alinhamento e mobilidade da escápula; - Melhorar a propriocepção estática e dinâmica do ombro; - Favorecer o retorno às atividades funcionais (AVD’s, esporte e/ou ocupação); - Orientar o paciente quanto aos cuidados básicos com o ombro**; PLANO DE TRATAMENTO: Tratamento (fase aguda): - Crioterapia (20-30 minutos); - Tens convencional (F=70-120Hz e LP=60-100ms); - US Pulsado (20%, 48Hz e i=0,5 a 0,8 W/cm²); - Mobilização passiva da escápula e glenoumeral em baixa intensidade em todos os graus de liberdade, começando por MIA; - Alongamento passivo de baixa intensidade em manguito rotador, bíceps e tríceps braquial, rombóides e peitoral maior; - Exercícios de Pêndulo (sem carga); - Uso da Polia para flexores de ombro e rotadores internos; - Uso de Bastões para mobilização passivo de rotadores externos e abdutores (dissociação da cintura escapular) ; PLANO DE TRATAMENTO: Tratamento (fase subaguda): - US Contínuo (F=48Hz, i=0,9-1,3 W/cm²); - Compressas quentes; - Mobilização ativa de maior intensidade (escápula e gleno- umeral); - Alongamentos passivos de maior intensidade; - Tração glenoumeral ; - Exercícios isométricos e EAR de baixa intensidade (abaixo de 90º - Hidroterapia); PLANO DE TRATAMENTO: Tratamento (fase final): - EAR mais intensos para rotadores internos e externos, abdutores, adutores, bíceps tríceps, deltoide, romboides e serrátil anterior (pode-se fazer excêntricos); - Us contínuo a 1,0-1,4W/cm² para quebra de aderências residuais; - Crioprevenção por 20 minutos; - Bandagens funcionais; - Orientações ao paciente (Exercícios e alongamentosem casa, evitar elevação acima de 90º, posicionamento de dormir, etc...) SÍNDROME DO IMPACTO DO OMBRO DEFINIÇÃO: Síndrome dolorosa do ombro; Afeta principalmente a bursa subacromial e os tendões dos músculos do manguito rotador, em especial, o supra-espinhoso; Pode haver lesão total ou parcial das estruturas tendíneas ao longo do tempo; Caracteriza-se por muita dor local e incapacidade funcional; ETIOLOGIA: Traumas; Impacto subacromial; Anatomia acromial*; Zona crítica de Codman; EPIDEMIOLOGIA: Maior acometimento de pessoas acima de 40 anos (estresse repetitivo + redução metabólica); Maior acometimento no sexo feminino (alterações hormonais + frouxidão ligamentar); Pacientes com doenças reumatológicas (perda da estabilidade do ombro); CLASSIFICAÇÃO: Quanto ao estágio da patologia: - Estágio I: Dor, edema e hemorragia reversíveis no ombro; comum a partir dos 25 anos. - Estágio II: Desgaste excessivo das bursas (+subacromial); lesões em tendões do manguito rotador (+ supra-espinhal); presença de fibrose; comum entre 25 e 40 anos. - Estágio III: Desaparecimento das bursas; deposição de cálcio nos tendões; rupturas em tendões do manguito rotador; comum acima de 40 anos. Obs: Necessidade de intervenção cirúrgica*. QUADRO CLÍNICO: Dor difusa na cintura escapular; Crepitação (degeneração articular) + “estalos” (impacto subacromial); Perda de trofismo/força da musculatura do manguito rotador, bíceps, serrátil anterior e deltóide; Sinal do “Ombro caído”; Hipomobilidade articular; Instabilidade articular; Incapacidade funcional; PLANO DE TRATAMENTO: Objetivos: - Debelar dor e edema; - Restaurar a ADM passiva e ativa; - Reduzir o processo de fibrose*; - Aumentar o trofismo, a força e a resistência da musculatura envolvida; - Aprimorar a estabilidade dinâmica do ombro; PLANO DE TRATAMENTO: Objetivos: - Manter o alinhamento e mobilidade da escápula; - Melhorar a propriocepção estática e dinâmica; - Favorecer o retorno às atividades funcionais (AVD’s, esporte e/ou ocupação); - Orientar o paciente; Exercício: Com base nos aspectos estudados, elabore o plano de tratamento de um paciente com Síndrome do impacto do ombro, separando-o por fase do processo inflamatório OUTRAS PATOLOGIAS: Fraturas de úmero (cabeça do úmero e diáfise) e clavícula (+fraturas por avulsão – tubérculos do úmero); Instabilidades, Luxações e Entorses (gleno-umeral, acrômio-clavicular e esterno-clavicular) – (Casos em recém-nascidos Fórceps e manobras do parto); Tendinite calcária (deposição idiopática de cálcio no tendão, principalmente no supra-espinhoso) Tratamento semelhante à Síndrome do Impacto do ombro; Bursites (principalmente na bursa subacromial);
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