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APS Interação clinico patológica

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Nome: Tayná Vaz Randel de Oliveira
Matrícula: 2018103416
Professor: Rafael Oliveira
 Respondas as questões propostas 
baseado nos artigos científicos indicados:
A) Quais são as formas clínicas encontradas da febre amarela? (1,5)
R: No ponto de vista epidemiológico, a Febre Amarela pode se dividir em duas formas: rural e urbana. Clinicamente, a febre amarela pode se apresentar assintomática, oligossintomática, moderada, grave e maligna. Cerca de 90% dos casos da doença apresentam-se com formas clínicas benignas que evoluem para a cura, enquanto 10% desenvolvem quadros dramáticos com mortalidade em torno de 50%.
B) Quais são as vias de transmissão e quais agentes envolvidos da febre amarela? (2,0) 
R: O vírus da febre amarela mantém-se em dois ciclos básicos: um ciclo urbano simples e ciclo silvestres. Apesar desses ciclos diferentes, a febre amarela tem as mesmas características sob o ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico.
 No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.
 O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. Os mosquitos além de serem transmissores são os reservatórios do vírus pois uma vez infectados assim permanecem por toda vida, ao contrário dos macacos que, como os homens, ao se infectarem morrem ou curam-se, ficando imunes para sempre. Portanto, os macacos atuam tão somente como hospedeiros amplificadores da virose57.
C) Quais as situações clínicas para a contraindicação da vacinação da febre? (1,5)
R: Em geral, a vacina contra febre amarela é contraindicada durante o tratamento com doses elevadas de corticosteroides: Paciêntes Reumatológicos. 
 A indicação da vacina contra febre amarela se baseia na avaliação do estado imunológico do paciente e do risco epidemiológico: Pacientes soropositivos para o HIV e Transplante de Células Progenitoras da Medula Óssea: pode ser administrada a partir de 24 meses após o transplante.
 Ela também está contraindicada para pacientes oncológicos ou em vigência de quimioterapia.
 A mesma coisa serve no caso de pós-transplante de órgãos sólidos em uso de drogas imunossupressoras.
D) Quais as lesões microscópicas descritas no fígado? (1,5)
R: No período de intoxicação, toxêmico ou fase de localização, em que o vírus deixa de circular no sangue sendo encontrado principalmente no fígado e baço. No fígado, podemos encontar lesões de necrose salpicada hialina, predominantemente na região médio zonal de lóbulos hepáticos.
E) Quais os testes clínicos indicados para detecção do vírus? (1,5)
R: O vírus é identificado por testes de fixação do complemento e imunofluorescência indireta. Faz-se ainda a Reação em Cadeia de Polimerase (PCR). O diagnóstico pode ser confirmado por detecção de antígenos virais e do RNA viral (isolamento viral), além de sorologia com captura de IgM em ensaio enzimático, o MAC-ELISA em pessoas não vacinadas ou com aumento de quatro vezes ou mais nos títulos de anticorpos pela técnica de inibição da hemaglutinação (IH), em amostras pareadas. Em casos fatais, sem tempo para obtenção de amostras in vivo, faz-se detecção de antígenos específicos por imunohistoquímica (histopatologia) em tecidos, que devem ser coletados preferencialmente dentro das primeiras oito horas após o óbito.
F) Qual o impacto na saúde pública causado pela febre amarela? (2,0)
R: Devido à sua gravidade clínica e potencial de disseminação em áreas urbanas com altos índices de infestação pelo mosquito Aedes aegypti, a febre amarela é de grande importância epidemiológica. Não há tratamento específico para a doença, e a vacinação é a medida mais importante para a prevenção e controle da doença no homem .
 No passado, a febre amarela representou um dos maiores problemas para a saúde pública brasileira, mas foi controlada com a eliminação da transmissão urbana no país em 1942. Entretanto, com a impossibilidade de erradicação da febre amarela de transmissão silvestre, por tratar-se de uma zoonose de animais silvestres, e a ampla dispersão do Ae. aegypti nas cidades brasileiras, a possibilidade de reemergência da febre amarela nos espaços urbanos é uma ameaça constante.
 Assim, no Brasil as estimativas indicavam risco por 100 mil doses aplicadas igual a 0,8 para anafilaxia, de 0,25 a 0,8 para doença neurotrópica e 0,25 a 0,4 para doença viscerotrópica 27. Mas após campanhas de vacinação realizadas em São Paulo e Rio Grande do Sul em 2009, as frequências de eventos adversos graves foram maiores: 0,31 e 0,11 por 100 mil doses, respectivamente. 
 As estratégias de controle da febre amarela no Brasil se baseiam essencialmente na vacinação nas regiões do país em que a vigilância de casos humanos e epizootias indicam circulação viral. Complementarmente, a existência de populações de primatas de espécies suscetíveis e de vetores silvestres com potencial para sustentar a circulação viral contribui na delimitação de áreas para vacinação e bloqueio de surtos, e para a antecipação da vacinação de populações vulneráveis 3. Não havendo evidências de transmissão por vetor urbano, a abordagem tem sido direcionada à transmissão silvestre, cujo controle é essencial para evitar a reurbanização.

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