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Resumo de Isotretinoína e a Odontologia

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CURSO DE ODONTOLOGIA 
CAMILA JESUS SANCHES
TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA
RESUMO: ISOTRETINOÍNA E A ODONTOLOGIA
	
 Sinop – MT
2020
A Isotretinoína é quimicamente conhecida como ácido 13-cis-retinóico, composto derivado do retinol (vitamina A). É um isômero sintético da tretinoína, cuja administração é por via tópica ou sistêmica, e exige um papel fundamental no tratamento de formas graves de acne (nódulo-cística, conglobata e acne com risco de cicatrizes permanentes), quadros de acne resistentes a terapêuticas anteriores (antibióticos sistêmicos e agentes tópicos), psoríase, desordens de queratinização e genodermatoses queratóticas.
A isotretinoína é um retinóide de 1º geração, na qual afeta a diferenciação celular, interagindo com as células através de dois receptores (receptores de ácido retinóico e os receptores retinóides RAR/RXR), suas isoformas ativa genes promotores através do complexo ligante-receptor, onde o mesmo é responsável pelos efeitos farmacológicos desejáveis na glândula sebácea, que atua na redução do seu tamanho, na quantidade de sebo produzido, age na colonização do ducto com Propionibacterium acnes e no processo inflamatório.
Este fármaco é contraindicado nos seguintes casos: mulheres grávidas (TERATOGÊNICO); mulheres no período de lactação; depressão; epilepsias; psicose; insuficiência hepática; hipervitaminose A; hiperlipidemias; pacientes que fazem uso de tetraciclinas e derivados; pacientes com hipersensibilidade a isotretinoína e/ou seus componentes.
A medicação isotretinoína apresenta vários efeitos adversos que envolve a pele, membranas mucosas, sistema nervoso, musculoesquelético, hematopoiético, linfático, gastrointestinal, cardiorrespiratório e geniturinário. Entre os mais comuns são: anemia; aumento ou diminuição nas plaquetas; aumento da taxa de sedimentação; blefarite, uma inflamação na borda das pálpebras; conjuntivite; irritação e ressecamento ocular; fragilidade e sensibilidade cutânea; coceira na pele; ressecamento intenso dos lábios e da pele; dores musculares e articulares; lombalgia, dor na região lombar; aumento de triglicérides e colesterol séricos; diminuição de HDL. E pode-se encontrar os efeitos adversos mais raros, no qual o paciente precisa ficar alerto caso ocorra: depressão; hipersensibilidade sistêmica; alopecia reversível; infecções bacterianas locais ou sistêmica; diabetes mellitus; células brancas na urina; aumento dos valores do ácido úrico no sangue; aumento da pressão intracraniana; alterações comportamentais; convulsões; tontura; insônia; perda temporária ou completa da sensibilidade e do movimento; desmaio; distúrbios visuais; visão turva; distúrbios da adaptação ao escuro; redução da audição em algumas frequências e zumbido; hemorragia gastrointestinal; diarreia grave.
 O uso constante deste fármaco tem efeitos adversos relacionado diretamente à odontologia, visto que, dessa forma tem a redução da produção de saliva, tem o aumento da descamação das células da mucosa oral, tornando a cicatrização mais lenta, e levando a um ressecamento labial, fissuras e/ou queilite. Devido a consequência de hipossalivação da utilização da isotretinoína, podem surgir as seguintes desordens: xerostomia; doença cárie dentária; halitose; cáseos; paladar alterado; dificuldade de deglutição e fonação.
Algumas medidas são fundamentais na associação da isotretinoína e saúde bucal, portanto cabe ao cirurgião dentista orientar o paciente a seguir os seguintes cuidados a fim de se evitar e/ou diminuir esses sinais e sintomas como usar hidratante e protetor labial diariamente , optar pelo uso de dentifrícios sem sulfato de sódio, ingerir no mínimo 2,5 litros de água por dia, higienização dos dentes com escovas macias e escovas próprias para a língua, usar fio dental e sempre comparecer nos retornos de profilaxia quando o mesmo for indicado pelo profissional. 
 REFERÊNCIAS
Disponível em:< https://simpatio.com.br/isotretinoina/>. Acesso em: 01 de março de 2020.
 Disponível em: <https://dialogoroche.com/content/dam/brasil/bulas/r/roacutan/Bula-Roacutan-Profissional.pdf >. Acesso em: 01 de março de 2020.
CAJUEIRO, E. S.; LIMA, L. B. R.; PARTATA, A. K.. Isotretinoína e suas propriedades farmacológicas; Revista Científica do ITPAC; v. 7; jan. 2014.
DINIZ, D. G. A.; LIMA, E. M.; FILHO, N. R. A.. Isotretinoína: perfis farmacológico, farmacocinético e analítico; Revista brasileira de ciências farmacêuticas; v. 38; out./dez. 2002.
KOLBE, A. C.; SILVA, F. L.. Uso da isotretinoína no tratamento da acne e sua relação com a halitose; Revista de ciências medicas e biológicas; Salvador; v. 16; p. 101-105; jan./abr. 2017.

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