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RELAÇAO DO TREINO DE FORÇA NA OBESIDADE EM ADULTOS USUARIOS EM ACADEMIAS DE MUSCULAÇÃO

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Acadêmicos: Eliquecio Rocha de Souza; Elielson Rocha de Souza. 
 Professor tutor externo: Bruna de Abreu Vasconcelos 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (EFL 0683/7) – Prática do Módulo I – 23/09/19 
RELAÇÃO DO TREINO DE FORÇA NA 
OBESIDADE EM ADULTOS USUÁRIOS EM 
ACADEMIAS DE MUSCULAÇÃO 
 
 
 
Acadêmicos: Eliquecio Rocha de Souza; 
Elielson Rocha de Souza. 
Tutor Externo: Bruna de Abreu Vasconcelos. 
 
RESUMO 
 
Este trabalho sobre a correlação da aptidão física e saúde para obesos usuários dos serviços 
prestados por academias convencionais de musculação apresenta um estudo longitudinal 
acompanhado na Academia Olimpo, localizada na rua São Vicente, 111 no bairro São Lázaro, da 
cidade de Manaus no Amazonas, onde foram aplicados conhecimento teóricos e práticos, sob a 
ótica da aptidão física e saúde para 20 voluntários adultos, com o Índice de massa corpórea maior 
que 30, classificados como obesidade grau 2, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). 
Foram utilizados alguns métodos para avaliação da obesidade como índices antropométricos, 
aferição da composição corporal e Percepção Subjetiva de esforço (PSE) na escala de Borg. Após a 
coleta de dados, estes participantes foram submetidos a um treino de força com curta duração e alta 
intensidade durante 30 dias, respeitando a frequência cardíaca (FC) através de monitoramento 
individual. Foram observadas melhoras em todos os índices do grupo, portanto, com excelentes 
vantagens nesta amostra no que compreende a composição corporal, resistência cardiorrespiratória, 
força, resistência muscular e flexibilidade. Conclui-se que a metodologia escolhida tem que atender 
aos princípios do treinamento esportivo para assim extrair as os melhores benefícios no objetivo 
individual do aluno. 
 
Palavras-chave: Força; Intensidade; Obesidade. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
A Educação Física no que se refere a aptidão física e saúde vem sendo uma constante na 
atuação de atender uma grande demanda da população que cada vez mais procura os profissionais 
para tratamentos de inúmeras patologias, dentre elas a obesidade. Segundo Florindo; Hallal (2011) 
o Ministério da Saúde, em 1998, realizou um levantamento sobre o estilo de vida da população 
brasileira, detectando assim que 67% dos entrevistados eram sedentários, ou seja, não praticavam 
nenhum tipo de exercício físico. 
O sedentarismo desacelera o metabolismo incidindo na perda de massa magra e aumentando 
o volume de gordura corporal denotando a obesidade que por sua vez colabora para o surgimento de 
doenças crônicas não transmissíveis como a dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica, diabetes 
mellitus, deficiências respiratórias, distúrbios cardíacos, aterosclerose, esteatose hepática, 
patologias ortopédicas, depressão e até a morte. 
Duca e Nahas (2011) apontam que no ano de 2008, havia cerca de 1,5 bilhão de obesos pelo 
mundo e a preocupação é alarmante porque esse número vem aumentado a cada ano e em todas as 
faixas etárias. É consenso geral, que a prática de exercícios físicos regulares tem importância 
fundamental tanto na prevenção e promoção de saúde (GUEDES; GUEDES,1995). 
2 
 
 
 
Nesta ótica, a Educação Física não está tão somente associada a esportes coletivos e 
individuais, mas também na geração e manutenção da saúde no que tange a abordagem central 
desse estudo, a aptidão física e todo os seus fatores determinantes. Este trabalho se propôs a utilizar 
predominantemente dois fatores da aptidão física a saber a força e a resistência, embora todos os 
outros demais serão utilizados, pois de certa forma está tudo interligado neste contexto. Isto é, 
foram aplicados a intensidade vigorosa em períodos mais curtos no que tange a força e 
simultaneamente a resistência muscular localizada no aumento das repetições buscando sempre a 
elevação máxima do esforço em indivíduos obesos para assim, observar as respostas agudas e 
crônicas no tecido adiposo, bem como, as variações nos índices de desempenhos das capacidades 
físicas. 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 
 A inatividade física juntamente com as práticas inadequadas e o desiquilíbrio na ingestão de 
energia levaram a população em geral a aumentar seu percentual de tecido adiposo no corpo 
(GIANINI, 1998). Este aumento vem sendo percebido em todos os países e leva as organizações de 
saúde constatarem que a obesidade é uma condição relacionada ao surgimento e desenvolvimento 
de diversas doenças e que a prática regular de exercícios físicos atua como necessário na prevenção 
e tratamento. 
Quando observamos toda a estrutura de conhecimento na área dos exercícios físicos, 
identificamos claramente a pauta sobre conceitos fisiológicos de cada sistema/tecido, formação, 
estrutura, funções, cinética, variáveis associadas, condições patológicas e demais aspectos 
relevantes. Sabe-se que o exercício físico aeróbio é um importante aliado quando o objetivo é 
diminuir o percentual de gordura corporal. 
 
Os benefícios da atividade física podem ser encontrados em baixa, moderada ou alta 
intensidade. É importante lembrar que a intensidade será determinada conforme o 
objetivo do praticante. A magnitude definida para a realização dos exercícios será 
avaliada pelo estilo de vida do indivíduo, pela sua condição física inicial, entre 
outros, porém, independentemente de todos os critérios de avaliação, a prática de 
exercícios será importante para a prevenção de doenças e manutenção da saúde. 
(CASONATTO, 2016, p.88). 
 
Nesse contexto, o ACSM – Colégio Americano de Medicina do Esporte – (2009) orienta, 
que para a promoção da saúde é preciso praticar atividades aeróbias de intensidade moderada 30 
min, cinco dias por semana ou atividades de alta intensidade pelo menos 20 minutos, três vezes por 
semana para pessoas entre 18 a 65 anos sedentárias. Fundamentado nessa recomendação, este 
trabalho optou para prescrição de um treinamento intenso com maior volume de exercícios numa 
duração de tempo mais curto. 
 O treinamento com maior tempo em elevada intensidade possibilita o alcance maior no 
desgaste fisiológico melhorando as funções cardiorrespiratórias e metabólica do indivíduo 
(LAURSEN; JENKINS, 2002). Ou seja, as durações da recuperação estimulam diferentes sistemas 
energéticos e atuando no elevado grau de recrutamento de fibras musculares, que 
consequentemente, resulta numa maior captação da glicose pelas células musculares, segundo 
estudos de Litlle et al. (2010). 
 A prescrição de um programa de condicionamento físico deve está baseado em algum 
parâmetro adequado dentro do objetivo que se busca alcançar de acordo com o perfil biológico do 
grupo a ser trabalhado. Como este trabalho buscou trabalhar com treinamentos de alta intensidade, 
3 
 
 
 
foi utilizado algumas ferramentas da literatura cientifica neste monitoramento de controle individual 
de cada participante. 
 Dessa forma, optou-se por utilizar a frequência cardíaca individual, pois se trata de um 
grupo de obesos que automaticamente já se incluem em um grupo de risco coronariano. Pois 
segundo (Nunes; Barros, 2004), a obesidade está diretamente associada ao surgimento de doenças 
como hipertensão e complicações coronarianas. De maneira simples, pode-se descrever a frequência 
cardíaca (FC), como a quantidade de vezes que o coração bate num período de 1 minuto e assim 
delimitar a zona de treinamento mais eficiente dentro do percentual da FCmax de acordo com 
Londeree et al. (1995). De maneira simultânea, foi aplicado a escala de percepção subjetiva de 
esforço (PSE), pois de acordo com a escala de Borg é possível monitorar a intensidade do programa 
de treino. Essa ferramenta facilita a compreensão da alteração da frequência cardíaca por meio da 
própria percepção corporal durante a prática de exercícios. 
 Neste conceito de aptidão física relacionada à saúde, dentro da dimensão morfológica foi 
abordado a composiçãocorporal, que se trata de um fracionamento da massa corporal para futura 
análise. O fracionamento utilizado foi a divisão feita em massa gorda e massa livre de gordura. 
Segundo Heyward & Stolarczyk, (2000) apesar dos termos massa corporal livre de gordura e massa 
magra serem, algumas vezes usadas como sinônimos, elas são bem diferentes. A massa corporal 
livre de gordura, não contem lipídios, ao passo que a massa magra inclui tão somente uma pequena 
quantidade de lipídios essenciais. Como se sabe, a obesidade não é necessariamente o excesso de 
peso do indivíduo, mas ela se refere ao acúmulo excessivo de gordura no corpo e isto está ligado a 
diversos fatores como sedentarismo, má alimentação ou ingestão de uma quantidade maior de 
energia do que o gasto energético e até mesmo a genética. 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 
 A captação dos 20 voluntários foi realizada após uma abordagem amistosa expondo a 
natureza do estudo e apresentando a proposta a cada um individualmente com a ciência do 
proprietário da academia escolhida. Estes participantes foram submetidos a uma avaliação física 
inicial supervisionada por um professor responsável da empresa de maneira a validar ainda mais os 
procedimentos. De acordo com Fontoura, Formentin e Abech (2008), utilizou-se os dados obtidos 
na avaliação física para verificação da condição inicial do aluno e análise ampla para elaboração de 
um planejamento adequado dos exercícios a serem desenvolvidos. 
 Nesta apresentação inicial de captação foi comunicado todo o programa, na intenção de 
dirimir quaisquer dúvidas relacionadas a horários, vestuário e foi criado um grupo em um aplicativo 
de mensagens para maior interação social. Antes do treinamento propriamente dito, durante 5 dias 
foi apresentado cada máquina e exercício a ser executado a fim de familiarizar cada aluno para que 
o durante o programa de treinamento não houvesse tantas dúvidas e com isto prejudicasse o 
andamento dos circuitos de exercícios. 
Embora se tratassem de alunos potencialmente avaliados pelos profissionais da empresa e 
considerados aptos para um programa de treinamento físico, optou-se por realizar uma anamnese 
sucinta do tipo PAR-Q (Physical Activity Readness Questionnaire) levantando 7 questões sobre 
histórico pessoal e familiar no que se refere a doenças crônicas não transmissíveis e deficiências ou 
limitações físicas. Este questionário simples sobre a prontidão para a atividade física foi utilizado 
como parâmetro de acesso ao programa de treinamento onde o critério de aceitação foi o de que 
todas as respostas deveriam ser afirmativas. Estas informações preenchidas foram devidamente 
assinadas por cada participante como garantia, inclusive para fins legais. 
4 
 
 
 
Também foi realizado uma avaliação antropométrica onde o avaliado descalço na posição 
ortostática foi submetido a aferição da sua estatura através de um estadiômetro fixo na parede. Esta 
medida foi registrada em centímetros observando todo o protocolo da medida. Foi também definido 
massa corporal total expressa em quilogramas, utilizando neste procedimento de mensuração uma 
balança digital com escala mínima de 100g. 
 As medidas das circunferências e perímetros foram realizadas com o auxílio de uma fita 
antropométrica flexível com precisão elevada. Observou-se inicialmente as medidas da cintura (cm) 
considerando os riscos para doenças associadas à obesidade. A Organização Mundial da Saúde 
(OMS) informa que quando o acúmulo de gordura tem predominância na região abdominal, os 
riscos de complicações a saúde aumentam proporcionalmente. Para esta análise, a referência para 
riscos esteve aplicada na tabela adaptada de (WHO, 2008) a seguir. 
Sexo Risco elevado Risco muito elevado 
Mulheres >80 >88 
Homens >94 >102 
 Circunferência de cintura 
Dentre os principais índices antropométricos foi utilizado apenas dois que são mais 
comumente usados pois requer menos tempo de execução e baixo custo financeiro, a saber o Índice 
de Massa Corporal (IMC) e a relação entre as circunferências da cintura e do quadril (RCQ). A 
avaliação desse trabalho utilizou a fórmula (IMC = peso/altura²) no qual se refere a razão entre o 
peso (Kg) dividido pela estatura ao quadrado (E²), aderindo a tabela recomendada pela Organização 
Mundial de Saúde a seguir. 
 
IMC Classificação Obesidade (grau) 
Menor de 18,5 Magreza 0 
Entre 18,5 e 24,9 Normal 0 
Entre 25,0 e29,9 Sobrepeso I 
Entre 30,0 e 39,9 Obesidade II 
Maior que 40,0 Obesidade grave III 
 Índice de Massa Corporal 
Também foi realizado a medição com o auxílio de uma fita métrica da região da cintura e do 
quadril e aplicando a formula (RCQ = cintura/quadril) e sujeitando os resultados na tabela de 
classificação de riscos. 
 
 Homens Mulheres 
RCQ >0,90 cm >0,85 cm 
 Relação Cintura-Quadril 
 
Embora, esse uso é padronizado como excelente indicador das causas da mortalidade 
relacionada a obesidade e a identificação dos agravos a saúde foi também aplicado a avaliação da 
composição corporal utilizando uma técnica duplamente indireta conhecida como Bioimpedância 
(BIA). Este método se baseia na condução de uma corrente elétrica através do corpo de maneira 
indolor e com bases nos cálculos pré-programados pelo soft do equipamento se evidencia o 
somatório das resistências oferecidas pelos tecidos, denominando essa resistência de impedância. 
Desta maneira se obtém a proporção estimada de massa isenta de gordura e de massa gorda 
corporal. Na execução desta avaliação foi observado as recomendações de KYLE et al., 2004 na 
busca de minimizar erros e imprecisões na leitura, como por exemplo: não usar medicamentos 
5 
 
 
 
diuréticos nos últimos 7 dias, manter-se em jejum por no mínimo 4 horas, ter-se abstido da prática 
intensa de exercícios físicos nas últimas 24 horas e urinar pelo menos 30 minutos antes da aferição 
da impedância. Após dados coletados foi aplicado a tabela de classificação de Pollock & Wilmore, 
1993. 
 
Classificação Masculino Feminino 
Excessivamente baixa <6% <12% 
Baixa 6,01% a 10% 12,01% a 15% 
Adequada 10,01% a 20% 15,01% a 25% 
Moderadamente alta 20,01% a 25% 25,01% a 30% 
Alta 25,01% a 31% 30,01% a 36% 
Excessivamente alta >31% >36% 
 Percentual de gordura corporal 
Por fim, foi aplicado uma avaliação funcional analisando a mobilização articular e aptidão 
cardiorrespiratória mensurando assim suas funções fisiológicas quando na necessidade de realizar 
um teste físico. Foi apresentado teste de andar e correr em 12 minutos sobre uma esteira 
ergométrica sem interrupção (COOPER, 1982). O teste foi aplicado com velocidade constante e ao 
apurar a distância foi identificado na tabela do autor, a categoria da capacidade aeróbica de acordo 
com o sexo e idade do avaliado. 
 
Capacidade 
Aeróbica 
13-19 anos 20-29 anos 30-39 anos 40-49 anos 50-59 anos 
 
+ 60 anos 
 
Muito fraca 
Homens 
Mulheres 
 
<2090m 
<1610m 
 
<1960m 
<1550m 
 
<1900m 
<1510m 
 
<1830m 
<1420m 
 
<1860m 
<1350m 
 
<1400m 
<1260m 
Fraca 
Homens 
Mulheres 
 
2090m-2200m 
1610m-1900m 
 
1960m-2110m 
1550m-1790m 
 
1900m-2090m 
1510m-1690m 
 
1830m-1990m 
1420m-1580m 
 
1660m-1870m 
1350m-1500m 
 
1400m-1640m 
1260m-1390m 
Média 
Homens 
Mulheres 
 
2210m-2510m1910m-2080m 
 
2120m-2400m 
1800m-1970m 
 
2100m-2400m 
1700m-1960m 
 
2000m-2240m 
1590m-1790m 
 
1880m-2090m 
1510m-1690m 
 
1650m-1930m 
1400m-1590m 
Boa 
Homens 
Mulheres 
 
2520m-2770m 
2090m-2300m 
 
2410m-2640m 
1980m-2160m 
 
2410m-2510m 
1970m-2080m 
 
2250m-2460m 
1800m-2000m 
 
2100m-2320m 
1700m-1900m 
 
2130m-2490m 
1760m-1900m 
Excelente 
Homens 
Mulheres 
 
2780m-3000m 
2310m-2430m 
 
2650m-2830m 
2170m-2330m 
 
2520m-2720m 
2090m-2240m 
 
2470m-2660m 
2010m-2160m 
 
2330m-2540m 
1910m-2090m 
 
2130m-2490m 
1760m-1900m 
 
 
 Esta capacidade aeróbica se define como a quantidade de oxigênio que um indivíduo 
consegue captar do ar alveolar, transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular e utilizar em 
nível celular na unidade de tempo determinada. Este consumo de oxigênio se comporta de maneira 
diferente quanto a idade, a sexo, a constituição corporal, ao ambiente, entre outros, podendo 
aumentar ou diminuir dependendo do nível de prática de exercícios físicos (BERGAMO; DANIEL; 
MORAES, 2008). 
6 
 
 
 
 Para obtenção do indivíduo durante as atividades de testes foi apresentado ao aluno a tabela 
para que a cada cinco minutos fosse apontado qual grau de dificuldade que o exercício estava 
oferecendo dentro de um nível de esforço. As opções vão do nível mais baixo até um nível de 
esforço exaustivo correspondendo aproximadamente a frequência cardíaca máxima. Durante os 
exercícios é natural que a frequência cardíaca aumente e com o objetivo de não ultrapassar os 
limites máximos suportados pelo sistema circulatório foi desenvolvida esta classificação. 
 
6 
7 Muito fácil 
8 
9 Fácil 
10 
11 Relativamente fácil 
12 
13 Ligeiramente cansativo 
14 
15 Cansativo 
16 
17 Muito cansativo 
18 
19 Exaustivo 
20 
 Escala de Borg 
 
Basicamente, os números de 6-20 são baseados na frequência cardíaca de 60-200 bpm 
(batimentos por minuto), já o numeral 12 corresponde aproximadamente a 55% e o nível 16 a 85% 
da frequência cardíaca máxima. Isto aplicado após os cálculos pertinentes a frequência cardíaca de 
reserva e de treino e assim trabalhar na zona aeróbica que corresponde a 70-80% da zona de 
frequência ou de esforço. O modelo de equação utilizada foi oriundo do estudo de Karvonem et al. 
(1957), que traz uma abrangência para ambos os sexos, no caso a FCMáx = 220-idade, para assim 
munido dessa informação se determinou a zona alvo de treinamento para o grupo respeitando os 
princípios da sobrecarga, individualidade biológica e da adaptação. 
O programa seguiu conforme o esperado, com maior adesão por parte das mulheres que 
correspondia um total de 75%, ou seja, apenas cinco dos participantes eram do sexo masculino. Foi 
direcionado prática de 15 minutos de aeróbios distribuídos igualmente em esteiras, bicicletas e 
elípticos perfazendo um total de 5 minutos para cada equipamento. Este procedimento foi 
desenvolvido numa escala intervalada de alta intensidade 1x1, ou seja, 1 minuto no máximo nível 
de percepção subjetiva do esforço mantendo a FC dentro da zona de capacidade aeróbia pré-
determinada, e outro minuto no nível de esforço relativamente fácil aproveitando para fazer a 
recuperação do sistema neuromuscular. 
Durante atividade aeróbia, este monitoramento dos batimentos foi realizado pelo sensor de 
cada equipamento troca de equipamento ergométrico e cada aluno estava sendo motivado a se 
manter dentro da faixa sugerida. Nos exercícios resistidos com cargas no salão de musculação o 
monitoramento seguiu sendo mantido num período de intervalo das séries de cada circuito através 
da verificação na artéria radial localizada no punho. Esta mensuração foi realizada por cada aluno 
7 
 
 
 
que durante um minuto realizava a verificação e comunicava em voz alta sua FC. Neste 
procedimento foi orientado a cada voluntário que contasse seus batimentos durante 15 segundo e 
depois multiplicasse por 4. 
 Vale ressaltar que as bicicletas ergométricas escolhidas foram as do tipo horizontal, no 
intuito de garantir melhor estabilidade do tronco e apoio para a coluna vertebral em virtude do 
grupo está muito acima do peso ideal. Este modelo de equipamento foi escolhido também para 
melhor acomodação do quadril e toda cintura pélvica de modo a preservar a integridade dessa 
região. 
Após a atividade aeróbia, seguiu-se para o salão de musculação onde se alternava um 
circuito de 15 minutos aproximadamente em um dia membros superiores, tronco e no outro dia 
membros inferiores e glúteos. Se realizou exercícios conjugados observando-se carga relativa, isto 
é, um percentual da carga utilizada e relação à carga máxima suportável. As séries eram de no 
máximo 8 repetições geralmente já no limite da fadiga muscular, conforme abaixo apresentado no 
programa de treinamento aplicado neste período de 30 dias. 
 
Programa de treinamento de Aptidão Física para Obesos - 30 dias 
Pré-circuito: Esteira (5min); Bicicleta Horizontal (5min); Elípitco (5min) 
Circuito A (membros superiores/ tronco) Circuito B (membros Inferiores) 
Puxador triângulo Elev. unilateral perna estendida (Dec. Dorsal) 
Desenvolvimento máquina Leg press 45º 
Peck deck Máquina de glúteo 
Tríceps pulley Cadeira abdutora 
Rosca pulley Cadeira adutora 
Pinça isométrica (halteres) Panturrilha sentada 
Prancha isométrica abdominal Tibial leg press 45º 
(4 séries) rep. Máximas (4 séries) rep. máximas 
 
 É importante relatar, que foi dado preferência para exercícios em maquinas ao invés de 
utilização de pesos livres. Baseado no comentário de Mccaw & Friday (1996), que reforça a 
segurança e facilidade do uso das máquinas, bem como na ajuda da estabilização do corpo. Além 
disso constatou-se que pode treinar com cargas mais pesadas (finalidade deste trabalho), sem 
precisar de assistência e nem risco de lesão ou acidente. 
Neste programa, não foi determinado um número de repetições para cada exercício pois era 
buscado sempre as repetições máximas dentro de cada exercício com carga proporcional estipulada, 
sendo assim esse número era uma variante de cada indivíduo. Como forma de realizar o rodizio nos 
exercícios propostos no circuito, era sempre quando o último terminava. Foram realizados por dia 
em cada circuito um total de 4 series completas onde ao termino de cada serie era feito o 
levantamento da FC de cada aluno. 
No circuito de treino para membros inferiores evitou-se exercícios de agachamento na 
posição vertical, como é o caso do hack vertical e Smith machine. Essa decisão foi a de diminuir 
riscos de lesões proveniente de execuções erradas, haja visto que o grupo era de obesos iniciantes 
na musculação. 
No final do treino, era realizado exercícios de volta a calma com utilização da respiração 
profunda, bem como, alongamento passivos principalmente da região lombar e do piriforme. Em 
8 
 
 
 
média, o treino diário tinha duração de 35 a 40 minutos intensos com recrutamento de vários grupos 
musculares e com exaustão sempre aparente. 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 Na fase inicial, todos os participantes estavam com o IMC acima de 30 apresentando 
dificuldades motoras coordenativas e cansaço corporal acentuado. Foram aplicadas sessões de 
treinos intensos como treinamento intervalado de alta intensidade, técnicas de força e explosão 
muscular com carga proporcional. Já no final dos 30 dias de programa foi realizado a avaliação 
final utilizando os mesmos procedimentos da avaliação física inicial. 
 Foi repassado de maneira individual a evolução individual de cada um nesse processo 
respeitando o sigilo pessoal. E de maneira geral e impessoal foi transmitido o resultado de todo o 
grupo com os percentuais de ganhos sem citação nominal. Houve um retorno positivo por parte dos 
participantes que expuseram que o treino anterior ao programa era muito longo, ou seja, se gastava 
1 hora apenas caminhando na esteirade forma monótona sem falar dos outros exercícios. E que no 
programa realizava todo o treino em menos de 40 minutos e com a sensação se realmente ter havido 
um gasto energético. Com isto, ficavam menos tempo dentro da academia podendo dar 
continuidade na rotina particular e com a sensação de treino concluído com sucesso. 
 Verificou-se também que havia um certo receio por parte de alguns participantes na 
realização dos exercícios resistidos por motivos variáveis. Contudo percebeu-se que como o grupo 
era razoavelmente numeroso, percebeu-se uma motivação mútua com o encorajamento de um ao 
outro no sentido de quebrar barreiras e se estimular a praticar novos modelos de treinos. De forma 
isolada uma aluna teve um mal-estar durante a fase aeróbia onde prontamente nossa equipe a 
atendeu realizando o retorno venoso com elevação dos membros inferiores. Após sua recuperação, 
ela nos relatou que estava no ciclo menstrual e que por isso não tinha se alimentado 
satisfatoriamente. Neste episódio pontual, esta aluna foi liberada e orientada a manter repouso nas 
próximas 12 horas. 
 Muitas dúvidas foram sanadas principalmente alguns mitos sobre a musculação deixar as 
mulheres masculinizadas ou que somente atividades rítmicas poderiam realmente realizar a lipólise. 
O fundamental do programa de fato foi presenciar que na experiência pessoal de cada indivíduo em 
contato com os aparelhos e com o autoconhecimento do próprio limite de esforço e na superação 
frente a exercícios intensos de alto volume, muitos paradigmas foram quebrados tanto externos 
quanto internos. 
 A literatura cientifica já produz muitos estudos sobre atuação comprovada dos exercícios 
puramente aeróbios de longa duração sobre indivíduos acima do peso. Por isso se faz necessário a 
demonstração de que cada metodologia tem suas vantagens específicas. Este trabalho por exemplo, 
propôs um resultado de treino de força com alunos obesos potencialmente sedentários buscando a 
ativação neuromuscular e melhorando as todas as capacidades físicas. 
 Um dado importante, foi a redução não apenas do peso corporal, mas sim uma redução 
significativa do percentual de gordura corpórea. Em suma, da equipe formada por 20 participantes, 
14 saíram da categoria obesidade grau II para o grau I e todos tiveram redução no índice de massa 
corporal. E 17 alunos alteraram sua classificação de forma positiva na tabela de massa gorda e 13 
tiveram aumento superior a 2,0% no ganho de massa livre de gordura (hipertrofia muscular). 
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 Houve relatos positivos por parte de todos no que tange a melhora na qualidade do sono, na 
diminuição do cansaço físico corporal, no aumento da força muscular, na redução de dores/ 
incômodos/ estalos nas articulações ósseas, melhoria cognitiva na concentração, além do aumento 
autoestima. Outro ponto importante, é que houve também uma sensação prazerosa em estar na 
academia, condição essa que não havia antes, isto é, se antes da intervenção do programa o fato de 
ir à academia se exercitar era um fardo ou obrigação, agora após a implementação do programa se 
tornou uma ação prazerosa como uma terapia necessária. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Ao término de 30 dias intensos com alguns imprevistos, como atrasos por partes de alguns 
participantes naturalmente se observou que todos os índices relacionados a saúde como aptidão 
cardiorrespiratória, força/resistência muscular e flexibilidade e composição corporal contribuíram 
significativamente para a melhora da postura corporal, independência funcional, redução de dores 
articulares e melhor condicionamento físico. 
O mais gratificante foi poder notar esse novo olhar dessa fatia de pessoas obesas para a 
musculação como agente transformador, livre daquele estereótipo de “coisa de maromba”. Em 
suma, do ponto de vista prático, ao invés dos alunos obesos se sentirem segregados a ficarem 
apenas na área ergométrica e fadado a caminhar e pedalar continuamente, eles agora 
experimentaram um sentimento de inclusão na academia podendo transitar de forma irrestrita por 
todo o salão de cabeça erguida na busca dos seus resultados. 
Todo avanço obtido no grupo foi compensador pois nitidamente se percebia um brilho no 
olhar de cada aluno que ultrapassava seus próprios limites de esforço e se desafiando cada vez mais. 
Por fim, esta pequena amostra busca rever alguns conceitos na musculação que são deixados de 
lado por parte do mundo fitness, onde coloca imagens de pessoas com corpos esculturais levantando 
pesos e de forma inconsciente vai inculcando na mente da população obesa que aquela modalidade 
de exercícios não se encaixa no seu perfil. 
Para isso, é importante destacar que a aptidão física e saúde para obesos tem espaço dentro 
de um programa de treinamento específico dentro da musculação, observando cada aluno de forma 
específica e atento aos procedimentos com cautela e profissionalismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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