Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profª Eli Ikuta Vigilância em Saúde Lei 8080/90 “A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País” “Ações e serviços organizados para detectar, analisar, conhecer, monitorar e intervir sobre determinantes do processo saúde-doença, incidentes sobre indivíduos ou sobre a coletividade, sejam eles decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de produtos ou da prestação de serviços de interesse da saúde, com a finalidade de prevenir agravos e promover a saúde da população” Vigilância em Saúde Lei 8080/90 Vigilância em Saúde Reforma Sanitária ↓ Implantação do SUS ↓ Processo saúde-doença ↓ Novos modelos assistenciais ↓ Saúde como um produto social em um cenário político, econômico, ideológico e cultural (Bertolozzi & Fracolli, 2004). Vigilância em Saúde Vigilância Epidemiológica Vigilância Sanitária Vigilância Ambiental Saúde do trabalhador Vigilância Nutricional Vigilância em Saúde Modelo de atenção à saúde de Integralidade das ações; Mudança do enfoque clínico para um modelo de atenção que, além de cuidar e da atenção individual, seja centrado na qualidade de vida das pessoas e do seu meio ambiente, bem como na relação da equipe de saúde com a comunidade. Neves (2003) Vigilância em Saúde: Gestão Descentralizada Tornar as ações mais eficazes e garantir maior acesso da comunidade aos serviços de saúde. Municípios: assume grande parte das ações de vigilância em saúde. Estados: coordenação e supervisão, além de execução das ações de caráter suplementar ou complementar. Federal: cabe a normatização e coordenação nacional. Vigilância Epidemiológica “Fortalecimento de sistemas municipais de vigilância epidemiológica, autonomia técnico-gerencial para enfocar os problemas de saúde próprios de suas áreas de abrangência”. Organograma da Secretaria da Saúde do Município de São Paulo (26 SUVIS) Secretaria Municipal de Saúde COVISA CRS Norte 6 SUVIS CRS Leste 7 SUVIS CRS Sudeste 5 SUVIS CRS Sul 5 SUVIS CRS Centro- Oeste 3 SUVIS , -Butantã -Lapa/Pinhe - Sé/SCecíia C. Tiradentes Ermelino M. Guaianases Itaim P/Curuçá Itaquera/C.Líder S. Mateus S. Miguel P. C.Verde/Cach Freg. Ó/Bras Jaçanã/Trem. Pirituba/Perus Santana/Tucur. V.Maria/V.Guilh Aric/Mooca Ipir/Sacomã Penha V.Mariana/Jab V.Pru/Sapo C.Limpo/Capão C.Socorro C.Ademar/SA M’boiM/J Angela Parelheiros “Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos” Lei 8080/90 Vigilância epidemiológica “Prevenir, controlar, eliminar ou erradicar doenças, bem como evitar a ocorrência de casos, óbitos e seqüelas, com as suas repercussões negativas sobre a sociedade e a prestação de serviços de saúde” Objetivo da Vigilância Epidemiológica Leia a referência: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica, Guia de vigilância epidemiológica, 7. ed. Pag. 19 a 31, Brasília, 2005. 12 Atividades da Vigilância epidemiológica Informação (sócio econômicos, morbi mortalidade, Sinan...) Ação Decisão Mudança no perfil demográfico à partir dos anos 60 Importância epidemiológica das DCNT: doenças cardiovasculares, respiratórias, câncer e diabetes; obesidade; Causas externas: acidentes e violências. Vigilância Epidemiológica das Doenças Crônicas Não Transmissíveis-DCNT Manual e protocolo Indicadores de infecção: Relacionada à assistência ITU Sítio cirúrgico Cateter Etc. Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares “ Criança, Gestante, Adulto, Idoso “ Vigilância Epidemiológica Imunização: 19 doenças Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis Hídrica e alimentar: Botulismo, Cólera, Diarreia, Febre Tifóide, Hepatite A, Rotavírus, etc. Respiratória: Caxumba, Coqueluche, Difteria, Influenza, Meningites, Varicela, etc. Hanseníase e Tuberculose HIV, Hepatite B e C, Sífilis Vetores e Zoonose: Dengue, Chagas, Malária, Chikungunya, Febre Amarela, Leptospirose, Zika vírus, etc “É a comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada por profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública” Notificação Compulsória: Portaria 204/2016 = 48 doenças 18 Coleta de dados Preencher a ficha do SINAN Quando se tratar de evento inusitado, uma ficha de investigação especial deverá ser elaborada. Preencher ficha do SINAN??? Identificar a fonte e o modo de transmissão; Identificar os grupos expostos a maior risco; Identificar casos secundários; Identificar os fatores determinantes: esclarecer as circunstâncias que propiciaram a ocorrência, investigar os fatores de risco e coletar informações adicionais; Confirmar o diagnóstico; Determinar as principais características epidemiológicas; Recomendar e adotar medidas oportunas de prevenção e controle Investigação Busca de pistas Fontes de infecção: água, alimentos, ambiente insalubre, etc.; Período de incubação do agente; Modos de transmissão (respiratória, sexual, vetorial, etc.); Faixa etária, sexo, raça e grupos sociais mais acometidos Presença de outros casos na localidade; Existência de vetores ligados à transmissão da doença; Busca de pistas Estação do ano; ocupação do indivíduo; Saneamento (fonte de suprimento de água, destino dos dejetos e do lixo, etc.); Hábitos alimentares; Aspectos socioeconômicos, Potenciais riscos ambientais (físicos, químicos, biológicos, etc.). Busca ativa de casos “O propósito desta etapa é identificar casos adicionais (secundários ou não) ainda não notificados ou aqueles oligossintomáticos que não buscaram atenção médica” Busca ativa de casos Tem como finalidade: Tratar adequadamente esses casos; Determinar a magnitude e extensão do evento; Ampliar o espectro das medidas de controle. Processamento e análises parciais dos dados “Realizar análises parciais visando definir o passo seguinte, até que a conclusão da investigação e as medidas de controle tenham se mostrado efetivas”. “A consolidação, análise e interpretação dos dados disponíveis, formularão hipóteses quanto ao diagnóstico clínico, fonte de transmissão, potenciais riscos ambientais e efetividade das medidas de controle adotadas até o momento”. Processamento e análises parciais dos dados Encerramento de casos “FE de cada caso devem ser analisadas visando definir qual critério (clínico-epidemiológico-laboratorial; clínico-laboratorial; clínico-epidemiológico) foi empregado para o diagnóstico final, considerando as definições de caso específicas para cada doença, de acordo com as instruções constantes neste Guia”. Relatório final “Resumir em um relatório que inclua a descrição do evento (todas as etapas da investigação)”. “Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde” Vigilância Sanitária Lei 8080 de 19/09/90 – artigo 6° parágrafo 1 Regulamentação Registro e autorizaçãoFiscalização e monitoramento Educação e Pesquisa Atuação da Vigilância Sanitária Fiscalização, observação do fato, no licenciamento de estabelecimentos, no julgamento de irregularidades e na aplicação de penalidades – funções decorrentes do poder de polícia. Sanções penais para os infratores: advertência, multa, apreensão, inutilização e/ou interdição de produto, suspensão de venda ou fabricação do produto, cancelamento do registro, etc Vigilância Sanitária Formas de atuação Tecnologia de alimentos Locais de produção e comercialização de alimentos: “Bares, restaurantes, indústrias, produtores de laticínios, mercados, frutarias, açougues, peixarias, frigorífico, etc.” Campos de Abrangência Bens de serviços de Saúde: Tecnologia de beleza, limpeza e higiene “Salão de estética, podologia, cabeleleira, etc...” Campos de Abrangência Bens de serviços de Saúde: Tecnologias médicas: Hospitais, clínicas, investigação de reações adversas a medicamentos, sangue e produtos de uso hospitalar, além de intoxicação por produtos químicos e venenos naturais (de plantas e animais), etc... Campos de Abrangência Bens de serviços de Saúde Tecnologia de produção industrial e agrícola: Campos de Abrangência Tecnologias de lazer “Shoppings, cinemas, clubes, ginásios de esportes, estádios, piscinas, etc.” Campos de Abrangência: “Escola, creche, pré-escola, berçário...” Campos de Abrangência Tecnologias da educação e convivência Para saber mais sobre a vigilância sanitária leia: BRASIL, Agencia Nacional da Vigilância Sanitária, Cartilha da Vigilância Sanitária, Série Cidadania e Controle, 2. ed. Brasilia:2002 38 Vigilância em Saúde Ambiental “Conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos à saúde”. Quais as mudanças que o meio ambiente tem sofrido, que afetam a sua saúde? Contaminação da atmosfera, solo e água, Urbanização não planejada; Industrialização; Más condições de trabalho e moradia; Disposição inadequada de resíduos industriais; Falta de saneamento; Etc.. Vigilância e controle dos fatores de Riscos Biológicos Vetores; Hospedeiros e reservatórios; Animais peçonhentos. Vigilância e controle dos fatores de Riscos Biológicos Vetores; Hospedeiros e reservatórios; Animais peçonhentos. Vigilância e controle dos fatores de Riscos NÃO Biológicos Água para consumo humano; Ar; Contaminantes ambientais, Qualidade do solo, incluindo os resíduos tóxicos e perigosos; Desastres naturais e acidentes com produtos perigosos; Contaminantes ambientais Prevenção e Controle de Doenças e Agravos Vigilância Ambiental AR ÁGUA SOLO Cólera, febre tifóide, Partifóide, Amebíase, diarreia e gastroenterites, hepatites virais, doenças infecciosas e parasitarias, esquistossomose, infecções respiratórias, intoxicações diversas, neoplasias.... Vias de transmissão Doenças e Agravos Vírus Bactérias Parasitas Protozoários Toxinas Subs. Quimica Radiações Ionizantes 45 Desastres naturais e acidentes com Produtos perigosos Prevenção e Controle de Doenças e Agravos Vigilância Ambiental Desastres Naturais (seca, incêndio) Acidentes com Produtos Perigosos Doenças decorrentes de riscos não biológicos e biológicos, tais como: Lepstirose, Infecção respiratórias, Hepatites, intoxicações, acidentes com animais peçonhentos, etc Situação de risco Doenças e Agravos Vírus Bactérias Parasitas Protozoários Toxinas Subs. Quimica Radiações Ionizants 46
Compartilhar