Buscar

História da Medicina

Prévia do material em texto

PBL - TUTORIAL I 
 História da Medicina
OBJETIVO 1: Avaliar como a doença era concebida dos tempos arcaicos até a antiguidade.
Medicina Pré-Histórica – Medicina primitiva e mágica
- A crença no sobrenatural e a necessidade que os deuses governem a vida das pessoas estão relacionadas à medicina. Por meio da mitologia, o homem primitivo encontrou uma forma de conceber a origem divina das doenças, assim como implorar aos deuses que as curassem.
- A medicina surgiu como uma forma de solidariedade de um homem para com o outro, com o desejo de ajudar aqueles que sofriam, tinham necessidades e doenças.
Exemplo: Desde a Pré-História se encontram crânios trepanados (Com buracos no crânio), aparentemente para a eliminação dos maus espíritos e demônios do paciente. É possível que houvesse razoes terapêuticas, como tratar cefaleias, fraturas, convulsões ou insanidade.
- O homem primitivo achava que as doenças eram causadas por poderes sobrenaturais que precisavam ser apaziguados (medicina surgiu ligada à religião)
Medicina Pré- Colombiana
- Os povos que viveram na América compartilhavam conceitos semelhantes sobre as doenças e suas praticas curativas. As medicinas asteca e maia eram um pouco mais desenvolvidas no que tange ao diagnóstico e tratamento das enfermidades.
- Estava ligada à religião (Certas doenças eram atribuídas aos deuses) e à magia (acreditavam que doenças eram provocadas por feiticeiros) e à ciência (conheciam propriedades curativas de plantas e alguns minerais).
- A medicina era praticada pelos curandeiros, que passavam seus conhecimentos de geração em geração
- O médico desfrutava de grande consideração na sociedade pré-colombiana
- Os astecas possuíam conhecimentos de anatomia resultantes de práticas de sacrifícios, tinham ética profissional e davam relevância a fatores psicológicos no tratamento das doenças. 
- Os maias sempre relacionavam as doenças à religião e aos conceitos éticos. Ademais, possuíam conhecimentos anatômicos por seus sacrifícios e até mesmo terminologia anatômica. 
- Os incas fizeram várias descobertas farmacológicas: quinino para tratar a malária, folhas de coca como analgésicos, etc.
Medicina na Mesopotamia
- A doença era tida como uma maldição, um castigo divino. Entretanto, havia alguma nocao de causas não sobrenaturais. 
- Ningishzida: Deus da cura. Representado pela serpente, sendo uma indicação desse animal como símbolo da medicina (É símbolo de regeneracao e cura das doenças).
- Medicina sumérica: Baseava-se na astrologia, tentavam achar relação entre o movimentos dos astros e as doenças. As causas das doenças também eram relacionadas ao pecado. Entretanto, também eram relacionadas a causas naturais 
- Medicina assírio-babilonica: Baseavam suas teorias em simbolismos mágicos, entretanto, suas condutas empíricas tinham certa lógica. 
OBJETIVO 2: Descrever as diferenças entre as práticas médicas da medicina tradicional chinesa, indiana e do Egito. 
Medicina no Egito Antigo
- A medicina era mais magia do que ciência, sempre acompanhando rituais e invocações aos deuses. Os deuses deveriam ser honrados ou a saúde do paciente estaria em risco. Alguns deuses relacionados à saúde: Tot, deus da sabedoria; Sekhmet, deusa da misericórdia. Os templos eram centros de cura espiritual.
- Mesmo intimamente ligada à religião e à magia, era uma medicina organizada, dividida em especialidades. Os tratamentos eram diferentes para as específicas doenças, sendo numerosos os cuidados reservados às mulheres. Também usavam plantas medicinais e sabiam dosá-las.
- Não raro a profissão médica era hereditária e exigia aprendizagem. 
- Usavam medicamentos que tinham princípios ativos minerais, vegetais e substancias animais, que eram usadas quase sempre associadas e em grande número.
- Os egípcios tomavam medidas de higiene para diminuir os riscos de epidemias ouy de doenças infecciosas e parasitárias após as enchentes do Nilo.
- Haviam os papiros médicos, em que foram encontrados registros de sintomas de doenças, medidas profiláticas, tratamentos cirúrgicos, mágicos, mecânicos e farmacológicos. 
- Foram os egípcios os primeiros a dar nomes a algumas partes do corpo, mas nada sabiam de seu funcionamento.
Medicina tradicional chinesa
Fonte: Revista Neurociencias
- Se ressalta como papel fundamental a prevenção. Para isso é essencial a difusão de informações, fazendo-se necessário um constante “movimento” em relação aos hábitos e costumes. A abordagem de cada paciente é global, envolvendo corpo, mente, espírito, e ambiente. . As doenças são apenas caminhos onde o objetivo é a TRANSFORMAÇÃO PESSOAL. A modernização de equipamentos utilizados em diagnóstico permitiu o entendimento parcial das técnicas, o que possibilitou a inclusão da acupuntura como especialidade médica em 1999
O homem é visto tendo três componentes básicos: ❧ Energia ( Chi) ❧ Matéria (Jin) ❧ Mente (Shen) A terapêutica pode ser feita através da atuação em qualquer um deles, isoladamente ou em associação. As técnicas da MTC são: acupuntura, dietoterapia, fitoterapia, meditação, exercícios físicos, e toque, sendo que as três últimas (grifadas) são as utilizadas na sala de espera.
A DOENÇA significa que MUDANÇAS SÃO NECESSÁRIAS
Dificuldades: ❧ Tempo – nem sempre o tempo de espera é suficiente. Por isso enfatizamos atividades mais rápidas. ❧ Conscientização dos pacientes e cuidadores – a “prática consciente” deve ser estimulada, baseada no princípio zen do autoconhecimento, e do aqui e agora. É a base do pensamento corpo, mente, espírito integrados. ❧ A prática deve ser regular. Atividades esporádicas propiciam bem estar, mas o efeito é fugaz.
Medicina tradicional Indiana
- AYURVEDA: "significa conhecimento (veda) da vida (ayur) ". "a medicina tradicional indiana trabalha com o reequilíbrio orgânico, emocional e espiritual do paciente." "Para o ayurveda, toda a matéria é formada por cinco elementos: éter, ar, fogo, água e terra." "Na primeira consulta, o terapeuta ayurvédico faz a anamnese – uma entrevista sobre hábitos de vida, problemas físicos e emocionais – e o diagnóstico pela observação de pulso, língua, unhas, pele, cabelos e urina. O tratamento depende muito do paciente, porque além das massagens com óleos específicos e uso de ervas, inclui mudanças na rotina, como na alimentação, 
OBJETIVO 3: Explicar o por que Hipócrates é considerado o pai da medicina 
Medicina na Grécia Antiga
- A medicina sofreu considerável transformação e evolução. Inicialmente era ligada à magia e à religião. A medicina helênica fundamentou-se em experiencias anteriores, como Egito, Mesopotamia, Índia e a ilha de Creta.
- A medicina desenvolveu-se paralelamente à filosofia, passando a ser praticada não por sacerdotes, mas por leigos que substituíram a magia pela investigação. 
- Era uma medicina de guerra, praticada muitas vezes pelos próprios guerreiros. Os conhecimentos anatômicos, apesar de primitivos, eram bastante exatos no que tange à ossos, músculos e articulações
- Hipócrates: É considerado o pai da medicina por ter sido o primeiro ser humano a tentar o registro das experiencias médicas para futura referência. Deu à medicina uma base racional e independente de práticas religiosas. Seus princípios eram voltados à atenção direcionada ao paciente. Descreveu sinais de determinadas doenças, associou sinais clínicos que caracterizavam síndromes, insistia em uma análise precisa da evolução das doenças. Estudou as influencias externas, como qualidade da água, alimentação, e o clima sobre a saúde. Havia a teoria dos 4 humores: Sangue, bile ( bile amarela), atrabile (bile negra) e pituíta (líquido nasal). A doença, para ele, provinha da alteração nesses 4 humores.
OBJETIVO 4: Debater acerca dos problemas da medicina da Idade Média 
Fonte: Alves, E. Medicina na Idade Média, 2008.
- A medicina na Idade média foi praticada em meio a grandes epidemias com centenas de milhares de vítimas. Além das epidemias, havia miséria e fome. Houve a desmoralização da medicina, no qual cresceu a desconfiança nos médicos e as pessoas voltaram para os ritos mágicose crenças sobrenaturais. –
- Não havia a preocupação com a investigação das causas das doenças, por que se aceitava que era a vontade de Deus. 
- Hospitais medievais: Eram basicamente comunidades religiosas, no qual a caridade crista provia comida e abrigo, e raramente se dedicavam ao tratamento dos enfermos.
- Peste negra: Dizimou 30-60% da população europeia. Ocorreu numa época onde a medicina não dispunha de conhecimentos e nem capacidade para controlar epidemias. A doença é transmitida pela pulga do rato, no qual pode-se associar à falta de cuidados sanitários na Idade Média.
OBJETIVO 5: Estudar sobre o contexto histórico que consiste o progresso da medicina após a Idade Média até os dias atuais.
- Medicina no século XVIII: Conhecido como o “Século das Luzes”, de mudanças políticas e idealismos revolucionários, que diminuíram a influencia do dogmatismo. 
- Iatroquímica: As doenças deveriam serr interpretadas quimicamente, e o tratamento por meio de medicamentos químicos adequados.
- Iatromecanica: Interpretava os processos fisiológicos e patológicos por meio de leis físicas e mecânicas. O organismo humano era considerado uma máquina.
- Animismo e vitalismo: Animismo (A doença provem do mau direcionamento da alma) e vitalismo (Acreditava que certos órgãos produziam uma secreção, e que ela em concentrações adequadas no corpo ajudava a manter a saúde)
- Brownismo: A excitabilidade era a base da saúde corporal, e que as moléstias dependiam do grau de excitação. 
- Meremismo: Os planetas exerciam influencia sobre os tecidos do corpo humano, no qual havia o “magnetismo animal”. Obteve sucesso em doenças psicossomáticas.
- Homeopatia: As doenças só se curam quando são destruídas por outras análogas ou mais intensas. 
- Métodos de tratamento: No século XVII houve poucos avanços terapêuticos, uma vez que continuavam sendo usadas antigas práticas das ventosas, sangria e purga.
Medicina no séc XIX: Houve revolução no pensamento social, na economia, nos costumes, na política e na tecnologia. A massa de operários nas cidades vivia em péssimas condições de trabalho e nas casas. Houve o surgimento regular de doenças como cólera e febre tifoide. Todavia, por meio das reformas políticas e associações sindicais houve certo avanço na saúde pública. 
- Invencao do Raio X, que possibilitou ver através da matéria. Com o advento da anestesia e da antissepsia, a cirurgia passou por um período de grande exploração e inovação. 
- Expansao do horizonte profissional do médico: Grandes guerras e epidemias precisavam de homens com talento para cirurgia, medicina e higiene. A expansão do comércio instigou a investigação de doenças tropicais e higiene naval. A indústria e o crescimento urbano estimularam o estudo das doenças ocupacionais e dos problemas de saúde pública.
Medicina do século XX: Cientificamente, a medicina evoluiu mais no século XX do que em toda história prévia da humanidade. Doencas como varíola, cólera e peste agora são raras ou inexistentes. Há vacinas eficazes, antimicrobianos, métodos de diagnostico por imagem e técnicas cirúrgicas sofisticados, etc. Novas áreas do conhecimento se desenvolveram: genética, imunologia, psiquiatria , medicina nuclear e tantas outras.
- Doencas notáveis no século XX: Gripe espanhola, AIDS, doença de Alzheimer, de Parkinson, obesidade.

Continue navegando