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DIREITO DO TRABALHO I

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DIREITO DO TRABALHO I
PROF.: Paulo Sifuentes
Aluna: Milena Pessôa Cruz
Definição: Complexo de princípios, regras e institutos jurídicos que regulam, no tocante às pessoas e matérias envolvidas, a relação empregatícia de trabalho além de outras relações laborais normativamente especificadas.
 Direito do Trabalho como o ramo da Ciência do Direito composto pelo conjunto de normas que regulam, no âmbito individual e coletivo, a relação de trabalho subordinado, que determinam seus sujeitos (empregado e empregador) e que estruturam as organizações destinadas à proteção do trabalhador.
Teorias e suas visões sobre o Direito do Trabalho:
· Teoria subjetivista: o Direito do Trabalho se caracteriza como o Direito especial de proteção aos trabalhadores, como o conjunto de normas que têm por finalidade proteger a parte economicamente mais fraca (hipossuficiente) da relação jurídica, qual seja, o empregado;
· Teoria objetivista: têm em vista a relação de emprego e seu resultado (trabalho subordinado), e não as pessoas que participam daquela relação. Em tais definiçõs, a relação jurídica de emprego é disposta como objeto do Direito do Trabalho. O enfoque conceitual está, portanto, na relação jurídica de dependência ou subordinação que se forma entre as pessoas que exercem certa atividade em proveito de outrem e sob suas ordens;
· Teoria mista: fazem uma combinação dos elementos objetivo e subjetivo, isto é, consideram tanto o sujeito como o objeto da relação jurídica regulada pelo Direito do Trabalho, além da finalidade do conjunto de normas que compõem este ramo da Ciência do Direito. Dessa forma, as definições de Direito do Trabalho que se fundam na teoria mista consideram o seu objeto (a relação de emprego), seus sujeitos (empregado e empregador), e o seu fim (a proteção do trabalhador e a melhoria de sua condição social).
· Objetivos da disciplina: proporcionar ao discente conhecimento sobre o surgimento da categoria básica que permite a relação de trabalho livre, sua formação histórica e tratar também de princípios e normas do direito do trabalho, buscando fontes, estudando a relação e emprego e atualizar com a terceirização, tratar conceito de empregador, grupo econômico e etc., por fim incentivar o aluno na busca de soluções inovadoras para conceitos elementares. 
· Métodos de ensino: predominantemente expositiva, com algumas aulas práticas
· Unidades do programa:
· Relação de trabalho e de emprego;
· Conceito de trabalho, doméstico;
· Contratos afins (mandatário, terceirizado, estagiário...);
· Contrato de trabalho e suas nuances;
· Efeito do contrato de trabalho;
· Poder do contrato do trabalho: diretivo, disciplinar, regulatório.
Sistema de avaliação: não dá múltipla escolha, ampla consulta à legislação seca (CLT e leis esparsas) 
· 1ª prova: 30/09 – 25 ptos (3 questões abertas dissertativas – 9, 8 e 8 ptos.);
· 2ª prova: 11/11 – 25 ptos (matéria não cumulativa – mesmo número de questões e pontuação da última prova);
· Trabalhos: estudo dirigido em sala de aula, com o total de 8 alunos cada (15 pontos);
· Atividade de campo: laboratório de prática do TRT (20 pontos); 
· Prova Global: provavelmente dia 25/11 (abrange todo o programa do curso – 3 questões de 10 pontos cada). 
Bibliografia básica:
1. Curso de Direito do Trabalho – Maurício Godinho Delgado – LTR
2. Direito do Trabalho – Sérgio Pinto Martins. Ed. Saraiva
3. Direito do Trabalho com a Reforma Trabalhista – VOLIA BONFIM – Ed. Método 
OBS.: trazer CLT em todas as aulas. 
05/08/19
Natureza jurídica: Direito público ou privado? R.: é um pouco dos dois. PROVA
	Direito Privado
	Direito Público
	Vontade das partes.
	Regras que realçam a autonomia da vontade das partes, com a observação do direito mínimo a ser garantido ao empregado, sob pena de nulidade do ato. 
 É um direito social, pois congrega essas duas facetas. 
Arts. 9, 444 e 468 CLT
Segundo Cezarino, não é público sem privado É DIREITO SOCIAL.
Art. 9º - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação. É um instrumento a ser utilizado pelo trabalhador contra aqueles meios de trabalho que vão contra as leis de trabalho. Arnaldo Susequinte disse que o art. 9º é o mais importante da CLT, sendo o instrumento que resguarda a possibilidade de combater agressões à CLT, ao contrato de trabalho em particular e leis trabalhistas no geral. 
DESVIRTUAMENTO, FRAUDE, IMPEDIMENTO = nulos!
· Princípio da primazia da realidade conjugado com art. 9º = exemplo o combate a pejotização, que é uma típica transgressão do contrato de trabalho. O contrato de trabalho prevalece à realidade sobre a forma – PROVA;
· Não se pode maquiar uma questão civil como se fosse trabalhista.
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. É livre a contratualidade, desde que não seja contra as decisões de acordo coletivo de trabalho e convenções coletivas de trabalho, também às decisões das autoridades, sejam elas administrativas ou não. Ou seja, é livre, mas não pode extrapolar limites estipulados pela CLT. 
Parágrafo único.  A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.                       (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia. O contrato de trabalho tem uma estabilidade, então só pode haver alteração se for bilateral, nunca uma alteração in pejus , apenas in melius – direito público assegurado ao empregado. 
§ 1o  Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.                     (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.                          (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
12/08/19
Formação Histórica do Direito do Trabalho
Livros: Iniciação do Direito do Trabalho - Amauri Mascaro Nascimento; Curso de Direito do Trabalho - Luciano Martinez
Sociedade pré-industrial
No período histórico que pode ser caracterizado como de sociedade pré-industrial — que tem início nos primórdios da humanidade e vai até o final do século XVIII, quando se inicia a chamada Revolução Industrial —, várias são as formas de trabalho encontradas, das quais podemos destacar, em momentos distintos, a escravidão, a servidão e as corporações de ofício. 
No entanto, até pelas características de cada uma dessas formas de trabalho, não há, na sociedade pré-industrial, como se falar em um sistema de normas jurídicas de proteção ao trabalhador e, muito menos, em Direito do Trabalho.
A. Escravidão x Servidão = o Direito do Trabalho se iniciou com a escravidão, por isso essa ideia de negação do protecionismo por parte do trabalho. Deste modo, havia a escravidão por um lado (muito trabalho) e nada em contrapartida. 
Para o direito do trabalho, essa mágoa irreversível não cessa, pois até hoje se vê o trabalho escravo, ainda que não escravo no sentido punitivo da ideia, mas trabalhos análogos aos deescravo.
No estágio seguinte, um pouco menos precarizante, mas igualmente difícil, é a servidão, onde o senhor feudal entregava a terra para produção em troca de segurança. 
 Em todas as sociedades que nesse período histórico adotaram a escravidão como modo de produção, o trabalho era executado por quem, em razão de sua própria condição, era destituído de personalidade, sendo equiparado a coisa, incapaz de adquirir direitos e de contrair obrigações. Desta forma, resta evidente que a escravidão era absolutamente incompatível com a ideia de direito. A condição do escravo era da mais absoluta inferioridade jurídica em relação aos demais membros da sociedade, homens livres, para quem o trabalho era visto como impróprio e até desonroso.
 Durante a Idade Média, a principal forma de prestação de trabalho era a realizada pelos camponeses, na modalidade de servidão, que, apesar de não apresentar grandes diferenças em relação à escravidão, pois os trabalhadores ainda não tinham uma condição livre, caracterizava-se por uma certa proteção política e militar prestada ao servo pelo senhor feudal, dono das terras. Os servos eram obrigados a entregar parte da produção como preço pela fixação na terra e pela defesa recebida, sendo que os senhores feudais detinham um poder absoluto no exercício do controle e organização do grupo social. Não havia, portanto, como se falar em direito dos trabalhadores.
B. Corporações de ofício: cada corporação tinha a sua norma específica, que eram ditadas pelos mestres
a. Mestres: eram os proprietários das oficinas, os empregadores daquela época (Idade Média), e sob suas ordens trabalhavam os companheiros;
b. Companheiros: eram os trabalhadores livres que trabalhavam sob às ordens dos mestres;
c. Aprendizes: os companheiros acabaram inspirando os menores. 
 Com o declínio da sociedade feudal e o consequente desenvolvimento do comércio, atividades urbanas, como a produção artesanal de bens, foram estimuladas. Com isso, surgiram os artesãos profissionais, sendo que muitos deles eram os antigos servos, que tinham algum ofício e até então o praticavam exclusivamente para seus senhores. Visando assegurar determinadas prerrogativas de ordem comercial e social, os artesãos fundaram associações profissionais, dando início às chamadas corporações de ofício. Em todas as cidades, havia uma corporação para cada tipo de atividade especializada. Nelas agrupavam-se os artesãos ou comerciantes do mesmo ramo, em uma determinada localidade, compostas pelos mestres, pelos companheiros e pelos aprendizes.
A disciplina das relações de trabalho existentes nas corporações era prevista em estatuto próprio de cada uma delas. Nas corporações de ofício, a produção era integrada, mas ainda não havia uma ordem jurídica semelhante ao Direito do Trabalho, embora existisse maior liberdade do trabalhador.
C. Locação de serviços: essa modalidade de instituto que abriga trabalhadores foi prevista a partir de 1916 no CC de Clóvis Beviláqua (mentores do CC que vigorou por muito tempo). Esta modalidade acabou se constituindo em um embrião do direito do trabalho no Brasil, pois muitas das vezes, os domésticos eram contratados com base nesta lei. 
Sociedade Industrial e Trabalho Associado – meados do século XVIII
 Marcou o estabelecimento do sistema capitalista como modelo econômico dominante.
VAPOR ELETRICIDADE. AUTOMAÇÃO
O Direito do Trabalho tem uma grande ligação com a revolução tecnológica. 
A. Aspectos econômicos: o trabalho nasceu com a sociedade industrial, e a principal causa econômica que levou a essa progressão do direito do trabalho foi a revolução industrial do séc. XVIII – o vapor como fonte de energia. A produção que até então era artesanal, passou, com o aperfeiçoamento dos métodos produtivos e o avanço tecnológico, a ser uma produção em larga escala. As pequenas oficinas dos artesãos foram sendo substituídas pelas fábricas, e as ferramentas pelas máquinas, por fim, no lugar das tradicionais fontes de energia, passaram a ser utilizados o carvão e a eletricidade; 
B. Aspectos políticos: a decadência do liberalismo, onde se constatou três elementos relevantes, como a liberdade das partes nas relações de trabalho, mas em contraponto, a presença autoritária do Estado (como socialismo, fascismo italiano e etc.). O liberalismo econômico, aliado ao não intervencionismo do Estado nas relações econômicas e sociais (Estado Liberal) e ao individualismo que marcava o campo jurídico de então (todos frutos da Rev. Francesa), fez com que a desproporção de forças do trabalhador frente ao empregador se agravasse, o que gerou uma realidade de grave injustiça no modelo das relações de trabalho e levou ao surgimento da “questão social”, ou seja, a luta entre capital e trabalho derivada do estado de extrema exploração em que se encontravam os trabalhadores; 
C. Aspectos jurídicos: a liberdade de associação que alcançou a época, de modo que acabou a fomentar o nascimento do sindicalismo, que hoje é um dos grandes motes de tendência do direito de trabalho, através da coletivização. O sistema jurídico derivado da Revolução Francesa, fundado em conceitos abstratos de liberdade e igualdade, permitiu que, como decorrência da Revolução Industrial, surgisse um cenário de extrema injustiça social, no qual a natural desigualdade econômica entre as partes da relação de trabalho era acentuada;
D. Aspectos religiosos: marcante influência da Igreja Católica na formação do Direito do Trabalho, sendo fundamental para poder ensejar o nascimento das leis, haja vista que o protagonista foi a Encíclica Rerum Novarum – Leão XIII em 1891, e também mais recente a Encíclica Laborem Exercens – João Paulo II de 1981;
 O rico e caloroso debate ideológico que surgiu na época e que se fundamentou na valorização do trabalho e na necessidade de modificação da condição de exploração em que se encontravam os trabalhadores levou à publicação, em 1848, do Manifesto Comunista, escrito por Marx e Engels, no qual as ideias do socialismo científico são difundidas, e, ainda, à publicação pelo Papa Leão XIII, no final do século XIX (1891), da Encíclica “Rerum Novarum”, caracterizando-se como marco no surgimento da doutrina social da Igreja Católica.
As ideias defendidas em tais documentos tiveram grande relevância no surgimento do Direito do Trabalho, à medida que contribuíram para que o Estado percebesse que não podia deixar a regulamentação das relações de trabalho à livre negociação das partes interessadas, passando, então, a intervir na ordem econômica e social e a fixar normas coativas, com condições mínimas de proteção que deveriam ser respeitadas pelos empregadores. 
E. Aspectos sociais: a sociedade tipicamente rural se transformou em uma sociedade urbana. 
· Trabalho assalariado subordinado. 
· Escravidão;
· Servidão;
· Corporação de ofício. 
Primeiras leis trabalhistas
Primeiras leis trabalhistas MORAL AND HEALTH aprovada em 1802 pelo Parlamento Britânico por Sir Robert Peel.
 Higiene do local de trabalho. 
· Segundo Arnaldo Sussekind, a 1ª lei trabalhista que se tem notícia no mundo contemporâneo é a chamada “Moral and Health”, que versava sobre higiene e local de trabalho, além de dormitórios que possuíam aprendizes. Esta obra tinha o propósito de diminuir a exploração do menor, vedando o trabalho noturno e restringia o trabalho diurno. 
Constitucionalismo social (pág. 45 do meu livro esquematizado) 
Movimento que incentivou a inserção de normas trabalhistas nas constituições de cada país.
· Constituição do México – 1917: a 1ª constituição do mundo que abrigou normas trabalhistas, e o seu art. 123 tinha a previsão da jornada de trabalho diária de 08 horas;
· Constituição da Alemanha – 1919: ela foi a base das democracias sociais, e também influenciou a nossa legislação atual. Ela incentivou a participação dos trabalhadores nos lucros das empresas, sistema de seguros, representação nas empresas (classes);
· Carta Del Lavoro (1927) – Itália: foi a base de sistemas políticos corporativistas, como também na Espanha e Portugal, influenciandotambém o Brasil com a política de Vargas, em que houve uma grande proteção ao trabalhador – Tudo dentro do Estado, nada fora do Estado e nada contra o Estado (lema do corporativismo fascista italiano). 
17/08/19
CRONOGRAMA HISTÓRICO
(Luciano Martinez)
1ª Fase: Formação
Início do século XVIII com a publicação das primeiras normas trabalhistas em 1802 até a efervescência em 1848 com o Manifesto Comunista.
· Início com a lei Moral and Health, que tratava de higiene do trabalho, visando diminuir a exploração do trabalho do menor, foi editada no parlamento britânico em 1802.
2ª Fase: Efervescência
De 1848 até A ENCÍCLICA RERUM NOVARUM de 1891.
· Movimento comunista 1848 até Encíclica Rerum Novarum, que teve grande alcance social, e pela sua própria redação, viu-se formados vários direitos dos trabalhados, sobretudo, voltados à jornada de trabalho, higiene e segurança do trabalho (salubridade, periculosidade e etc.);
· Desenvolvimento do sindicalismo. 
3ª Fase: Consolidação
Da Encíclica Rerum Novarum até o Tratado de Versailles em 1919.
· Esse Tratado de Versailles coincide com a constituição de Weimer, na Alemanhã. Foi muito importante, pois acabou trazendo a inclusão do Brasil na OIT, sendo o período da consolidação das leis trabalhistas de forma mundial.
4ª Fase: Aperfeiçoamento
Do Tratado de Versailles ao Constitucionalismo Social em 1927.
· Constitucionalismo Social acabou gerando uma inserção e condições nos países das normas trabalhistas;
· Começou no México em 1927, foi a 1ª a tratar de normas trabalhistas, tratando de jornada de 08 horas;
· A Constituição de Weimar (1919), que apresentou a liberdade de colisão, participação nos lucros e representação nas empresas;
· A Carta Del Lavoro (1927) na Itália, também apresentou normas trabalhistas – Tutela exagerada. 
Evolução Histórica no Brasil
· Influências internas:
· O movimento grevista dos imigrantes em 1800 e início de 1900;
· Surto industrial pós primeira guerra mundial em 1919 – à época uma presença de 1800 fábricas no Brasil e 300.00 mil operários no Brasil;
· 1930 contatou-se a presença da política trabalhista da Era Vargas.
· Influências externas:
· Transformações políticas na Europa com a crescente elaboração legislativa em prol do trabalhador;
· Criação da OIT e Brasil ingressando em 1919 através do Tratado de Versailles, se prontificando a aplicar normas trabalhistas, de modo que o país a se vincular com as convenções internacionais da OIT;
· Convenção 158 da OIT que tratava de proibição e dispensa arbitrária, e o Brasil adotou por pouco tempo essa questão, saindo por motivos políticos dessa questão APENAS, porque ainda faz parte da OIT. 
Leis principais 
Constituições:
· 1934: não proibia o pluralismo sindical (presença de mais de um sindicato em uma mesma base territorial);
· 1937: nesta, através da política Vargas de controle do espiritismo fascista, passou-se a adotar o sistema de unicidade sindical (um sindicato em uma base territorial), o que acaba gerando um maior controle estatal, também pode-se destacar a proibição do movimento grevista;
· 1946: constituição mais liberalizante, demonstrou uma menor tutela do Estado as atividades laborais e sindicais, acabou reestabelecendo o direito de greve, e teve como outro grande feito, levar o reconhecimento da justiça do trabalho como órgão do Poder Judiciário da União
· 1967: culminou da instabilidade no emprego. Havia estabilidade para trabalhadores a partir de 10 anos de emprego. Para que esta não ocorresse mais, finalizou com ela e incluiu o fundo, com multa de 40% no caso da demissão sem justa causa. 
· 1988: valorizou enormemente o direito coletivo, e com a autonomia plena do sindicato para criação e funcionamento (art. 7º da CR), e os direitos sociais foram quase todos eles elencados. 
19/08/19
CONSTITUIÇÃO DE 1988
· Valorização do sindicato – art. 8º, I e II;
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
 I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
 II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
· Trouxe liberdade e autonomia ao sindicato, e a única exigência é o registro, o que não implica em restrição do funcionamento ou transformação, isso serve para se poder fiscalizar;
· Os trabalhadores e empregadores definirão a base territorial;
· A CR trouxe a ideia de que vai se seguir um novo modelo, dando ênfase à criação do sindicato – autonomia de criação e funcionamento.
· Previsão dos direitos sociais – art. 7º.
· Inciso XXVI foi um direito muito importante ligado à condição de se reconhecer nos acordos e convenções coletivas;
· Quando a constituição quis que esse reconhecimento fosse levado avante, o fez de maneira expressa (incisos VI, XIII, XIV);
· Quando as partes em um momento de crise acordarem em convenção coletiva, pode ser reduzido o salário;
· Tudo que diga respeito à jornada de trabalho, por estar prevista na constituição que é possível negociar, assim o fará;
· Quando se trata de temas ligados à turnos ininterruptos, também será possível negociar;
· No mais, o restante é irrenunciável. 
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
 I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
 III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
 V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
 VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
 VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
 IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
 X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
 XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
 XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;         (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
 XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
 XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
 XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal;          (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º)
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
 XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
 XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
 XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
 XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termosda lei;
 XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
 XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
 XXIV - aposentadoria;
 XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006)
 XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
 XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
 XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 2000)
 XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
 XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
 XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
 XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso
Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social.          (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013)
CLT – Principais Alterações – Lei 13.467/ 17
1. Trabalho intermitente – arts. 443 e 452- A , CLT;
a. A intermitência do labor não elide o vínculo;
b. Soma-se apenas os períodos trabalhados em intermitência;
c. Exemplo: garçons de finais de semana;
d. Intervalo intrajornada de 1 hora e interjornada de 11 horas. 
Art. 443.  O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.                       (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.                    (Parágrafo único renumerado pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando:                     (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;                    (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
b) de atividades empresariais de caráter transitório;                     (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
c) de contrato de experiência.                     (Incluída pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 3o  Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.                          (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 452-A.  O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o  O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.                       (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa.                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o  A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente.                     (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o  Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5o  O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes.                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)  
§ 6o  Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas:                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - remuneração;         (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - férias proporcionais com acréscimo de um terço;         (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - décimo terceiro salário proporcional;      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - repouso semanal remunerado; e        (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
V - adicionais legais.       (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 7o  O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6o deste artigo.                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 8o  O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações.                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 9o  A cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador.                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
2. Dano moral (extrapatrimonial) – art. 223 – E, CLT;
Art. 223-E.  São responsáveis pelo dano extrapatrimonial todos os que tenham colaborado para a ofensa ao bem jurídico tutelado, na proporção da ação ou da omissão.  
Art. 223-F.  A reparação por danos extrapatrimoniais pode ser pedida cumulativamente com a indenização por danos materiais decorrentes do mesmo ato lesivo.                     (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o  Se houver cumulação de pedidos, o juízo, ao proferir a decisão, discriminará os valores das indenizações a título de danos patrimoniais e das reparações por danos de natureza extrapatrimonial.                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  A composição das perdas e danos, assim compreendidos os lucros cessantes e os danos emergentes, não interfere na avaliação dos danos extrapatrimoniais.                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 223-G.  Ao apreciar o pedido, o juízo considerará:                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - a naturezado bem jurídico tutelado;                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - a intensidade do sofrimento ou da humilhação;                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - a possibilidade de superação física ou psicológica;                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - os reflexos pessoais e sociais da ação ou da omissão;                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
V - a extensão e a duração dos efeitos da ofensa;                         (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
VI - as condições em que ocorreu a ofensa ou o prejuízo moral;                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
VII - o grau de dolo ou culpa;                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
VIII - a ocorrência de retratação espontânea;                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IX - o esforço efetivo para minimizar a ofensa;                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
X - o perdão, tácito ou expresso;                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
XI - a situação social e econômica das partes envolvidas;                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
XII - o grau de publicidade da ofensa.                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o  Se julgar procedente o pedido, o juízo fixará a indenização a ser paga, a cada um dos ofendidos, em um dos seguintes parâmetros, vedada a acumulação:                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - ofensa de natureza leve, até três vezes o último salário contratual do ofendido;                     (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - ofensa de natureza média, até cinco vezes o último salário contratual do ofendido;                       (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - ofensa de natureza grave, até vinte vezes o último salário contratual do ofendido;                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - ofensa de natureza gravíssima, até cinquenta vezes o último salário contratual do ofendido.                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  Se o ofendido for pessoa jurídica, a indenização será fixada com observância dos mesmos parâmetros estabelecidos no § 1o deste artigo, mas em relação ao salário contratual do ofensor.                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o  Na reincidência entre partes idênticas, o juízo poderá elevar ao dobro o valor da indenização.          (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
3. Contribuição sindical – art. 522, CLT;
Art. 522. A administração do sindicato será exercida por uma diretoria constituída no máximo de sete e no mínimo de três membros e de um Conselho Fiscal composto de três membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia Geral.
§ 1º A diretoria elegerá, dentre os seus membros, o presidente do sindicato.
§ 2º A competência do Conselho Fiscal é limitada à fiscalização da gestão financeira do sindicato.
§ 3º - Constituirão atribuição exclusiva da Diretoria do Sindicato e dos Delegados Sindicais, a que se refere o art. 523, a representação e a defesa dos interesses da entidade perante os poderes públicos e as empresas, salvo mandatário com poderes outorgados por procuração da Diretoria, ou associado investido em representação prevista em lei.                          (Incluído pelo Decreto-lei nº 9.502, de 23.7.1946)
4. Demissão por acordo – 484 – A, CLT: coibir situação viciosa; dar materialização ao art. 7º, inc. XXVII da CR. A reforma não acabou com a contribuição sindical, pois está prevista na CR, porém tornou-a facultativa através do art. 545 da CLT. 
Art. 484-A.  O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:                         (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - por metade:             (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
a) o aviso prévio, se indenizado; e                 (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990;                 (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas.                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o  A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos.                 (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
5. Férias – art. 134, CLT: novidade foi a inserção do §3º
Art. 134 - As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.                  
§ 1o  Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.                 (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  (Revogado).                 (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o  É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.                (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
6. Grupo econômico – art. 2º, §2º, CLT: mostrar a efetiva assunção de interesse dos sócios, de modo a promover a prova da atuação conjunta do grupo econômico. (Art. 818,inc. I c/c 373). 
Art. 2º - 
§ 2o  Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.               (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
§ 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.              (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
24/08/19
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
1. Fontes materiais: fatores sociais, históricos para o surgimento das normas jurídicas. Ou seja, é a força da sociedade organizada em seus diversos seguimentos, forçando o legislador a editar normas jurídicas, sintonizando o interesse do povo. 
2. Fontes formais: meios de revelação e transparência das normas jurídicas. Seria a forma pela qual a norma ingressa, instaura-se e se cristaliza na ordem jurídica, então, é a materialização do direito positivo trabalhista. Para fins de direito do trabalho, essa hierarquia é relativa, pois se predomina o princípio da norma mais favorável. Assim, muitas vezes uma norma jurídica hierarquicamente superior pode deixar de prevalecer sobre uma inferior.
a. Constituição: quanto á eficácia das normas constitucionais são não auto executáveis e auto executáveis. Sendo as primeiras, aquelas normas programáticas que existem, mas não estão materializadas (sem eficácia plena), como exemplo o art. 7º, inc. I da CR; já as outras são de aplicação imediata, pois, assim que promulgada já tem sua eficácia imediata, como exemplo os incisos III, XIII e XVII, do art. 7º da CR. Outra classificação, são as normas de eficácia plena ou eficácia contida, sendo essa restringível ou redutível (art. 5º, ins. XIII da CR)
b. Lei: é o preceito comum e obrigatório, emanado dos poderes competentes e provido de sanção. No sentido material, é toda regra de direito geral, abstrata e permanente tornada obrigatória pela vontade da autoridade competente para produzirdireito e expressa numa fórmula escrita; no sentido estrito, é a norma jurídica emanada do Poder Legislativo, sancionada e promulgada pelo Presidente da República. Enquadram-se no conceito genérico de lei como fonte do Direito do Trabalho tanto as leis complementares e as leis ordinárias como as leis delegadas e as medidas provisórias. 
c. Regulamento: art. 84, inc. IV da CR – explicita melhor os termos da lei, sendo uma espécie de interpretação da lei. Tem que se ater aos limites da lei, nunca o ultrapassando. 
Exemplo: Começa com o art. 2, inc. I, Decreto 93412/ 96 que regulamentou a lei 7369/ 96.
Súmula nº 364 do TST
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE. EXPOSIÇÃO EVENTUAL, PERMANENTE E INTERMITENTE (inserido o item II) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016
I - Tem direito ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. (ex-Ojs da SBDI-1 nºs 05 - inserida em 14.03.1994 - e 280 - DJ 11.08.2003)
II - Não é válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, §1º, da CLT).
d. Sentença normativa: previsto no art. 114, §2º da CR, é aquela que corporifica o poder normativo da justiça de trabalho, ou seja, seriam as decisões proferidas com força de lei – tem corpo de sentença e alma de lei – para todos os efeitos, gerará efeitos de lei TRT (efeitos regionais), TST (efeitos nacional). A sentença normativa é de natureza constitutiva, ou seja, ela vai criar um novo status jurídico, fixando direitos para toda a categoria, e por isso, não tem por si só exequibilidade (não se executa após proferida). É materializada através da ação de cumprimento, é fonte formal de natureza heterônoma (de cima para baixo – impostas às partes). 
Art. 872 - Celebrado o acordo, ou transitada em julgado a decisão, seguir-se-á o seu cumprimento, sob as penas estabelecidas neste Título.
Parágrafo único - Quando os empregadores deixarem de satisfazer o pagamento de salários, na conformidade da decisão proferida, poderão os empregados ou seus sindicatos, independentes de outorga de poderes de seus associados, juntando certidão de tal decisão, apresentar reclamação à Junta ou Juízo competente, observado o processo previsto no Capítulo II deste Título, sendo vedado, porém, questionar sobre a matéria de fato e de direito já apreciada na decisão.                              (Redação dada pela Lei nº 2.275, de 30.7.1954)
Art. 114, § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.                (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
e. Acordos e convenções coletivas: fonte do tipo autônoma, pois decorre do consenso entre as partes, de modo a ensejar um acordo e uma convenção coletiva de trabalho
i. Convenção: pacto coletivo representativa de cada categoria, traçando normas que vão repercutir em toda a categoria (ex.: sindicato dos bancários) SINDICATO + SINDICATO;
ii. Acordo coletivo de trabalho: sindicato profissional dos empregados celebrando acordo com um ou mais empresários/ empregadores/ empresas daquela categoria econômica SINDICATO + EMPREGADOR. 
Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às relações individuais de trabalho.                     (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 1º É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria econômica, que estipulem condições de trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa ou das acordantes respectivas relações de trabalho.                       (Redação dada   pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 2º As Federações e, na falta desta, as Confederações representativas de categorias   econômicas ou profissionais poderão celebrar convenções coletivas de trabalho para reger as relações das categorias a elas vinculadas, inorganizadas em Sindicatos, no âmbito de   suas representações.                       (Redação dada  pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
Exemplo: Súmula nº 277 do TST
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO OU ACORDO COLETIVO DE TRABALHO. EFICÁCIA. ULTRATIVIDADE (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - SÚMULA CUJA APLICAÇÃO ESTÁ SUSPENSA NOS TERMOS DA MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA NOS AUTOS DO PROCESSO STF-ADPF Nº 323/DF, REL. MIN. GILMAR MENDES  - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
As cláusulas normativas dos acordos coletivos ou convenções coletivas integram os contratos individuais de trabalho e somente poderão ser modificadas ou suprimidas mediante negociação coletiva de trabalho.   
f. Jurisprudência:
g. Costume:
09/09/19
f. Jurisprudência: esta e a doutrina são oscilantes quanto ao entendimento sobre ser ou não fonte formal do direito de trabalho. Na verdade, quando se fala em jurisprudência esparsa ou isolada não é caracterizada como fonte, que podem ou não gerar consequências para processos futuros, de. Modo que entende-se aceita de forma reiterada pela doutrina é a jurisprudência sedimentada em súmula dos tribunais superiores, sendo consistente e vinculante. Hoje, a súmula vinculante do STF é tida de forma pacífica que é fonte formal do direito de trabalho – PROVA.
g. Costume: também recebida na doutrina como fonte formal, que está intrínseca á sociedade, principalmente em prol de uma coletividade, empregados e etc., como força do art. 8º da CLT. 
Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
§ 1º  O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.                 (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
§ 2o  Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
§ 3o  No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva.                (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
· Princípios de Direito do Trabalho: 
· Tríplice função:
· Informativa: informativa enquanto inspira o legislador; 
· Normativa: atua como fonte supletiva na ausência da lei, ou seja, quando o legislador não edita norma de acordo com o fato resistido, tem que se valer de fontes supletivas; 
· Interpretativa: função de interpretar orientando o intérprete. 
· Princípios segundo Plá Rodriguez:
· Princípio da proteção:ou da tutela – procura amenizar o distanciamento entre trabalhador e empresário
· In dubio pro operário: se for analisar uma norma dúbia ou controversa, esta será inspirada a favor do operário por ser o mais fraco da relação;
· Exemplo: Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
§ 4º - É devido o aviso prévio na despedida indireta.                         (Parágrafo incluído pela Lei nº 7.108, de 5.7.1983)
· Regra mais favorável: com relação ao empregado, que vai prevalecer sobre a CR; 
· Condição mais benéfica: de acordo com alguma causa, de modo que cessada a causa, cessa o efeito. 
· Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
§ 1o  Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.                     (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.                          (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
14/09/19
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO (continuação...)
· Irrenunciabilidade:
· No ponto em que ele é privado, o direito do trabalho dá o direito de que as partes transijam sobre algo, são livres, porém, desde que não contraponham normas constitucionais que impõe limites mínimos que não podem ser renunciados de forma alguma. 
É aceito de forma unânime na doutrina como uma das principais bases do Direito do Trabalho e constitui-se no reconhecimento da não validade do ato voluntário praticado pelo trabalhador no sentido de abrir mão de direito reconhecido em seu favor.
Portanto, a irrenunciabilidade, que está vinculada à ideia de imperatividade, isto é, de indisponibilidade de direitos, diz respeito à impossibilidade de que o trabalhador prive-se voluntariamente, em caráter amplo e por antecipação, de direitos que lhe são garantidos pela legislação trabalhista.
Sempre que entendeu que a interpretação do princípio da irrenunciabilidade deve ser o mais ampla possível, abrangendo tanto a privação total de direitos como a parcial, e tanto a que se realize por antecipação como a que ocorra posteriormente à extinção da relação jurídica da qual decorre o direito que é o objeto da renúncia. 
Os neoliberais desejam privatizar o direito do trabalho, e a sua flexibilização seria o aumento do rigor da norma trabalhista, de modo que defendem que o art. 7º, inciso XXVI da CR dá o direito de que tudo pode ser colocado em acordo ou convenção coletiva. Porém, esse pensamento não merece prosperar, pois a constituição não pode ser interpretada de maneira extensiva, mas restritiva. O art. 7º, incisos VI, XIII, XIV a renúncia poderia ocorrer. 
Os arts. 611-A e 611-B da CLT estabelecem os limites daquilo que pode ou não ser negociado em sede de convenções coletivas. 
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
Parágrafo único.  A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.                       (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;         (Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943)
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; neoliberais se equivocaram como se fosse um salvo conduto para poder flexibilizar tudo, mas na verdade, só se pode flexibilizar aquilo que a CR autoriza expressamente. 
· Continuidade: consiste no objetivo que têm as normas trabalhistas de dar ao contrato individual de trabalho a maior duração possível e tem por fundamento o fato de ser o contrato de trabalho um contrato de trato sucessivo, que não se esgota com a execução de um único e determinado ato, mas ao contrário, perdura no tempo, regulando obrigações que se renovam. 
A continuidade de relação de emprego como princípio do Direito do Trabalho fundamenta-se no fato de que nela está a fonte de subsistência e de sustento do empregado e de sua família, tendo nítida natureza alimentar.
Assim, as normas trabalhistas devem tomar como base a continuidade de relação de emprego e estabelecer mecanismos eficazes para a preservação pelo maior tempo possível. 
Em regra, os contratos têm tempo indeterminado, pois para ser por prazo determinado, deverá ser expressamente compactuado.
Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo.                   (Vide Lei nº 9.601, de 1998)
Art. 452 - Considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos.
SÚMULA Nº 212 DO TST - DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA
O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
 Súmula 12/TST - . Carteira profissional. Anotação. Carteira de trabalho. CLT, art. 29.
«As anotações apostas pelo empregador na Carteira Profissional do empregado não geram presunção «juris et de jure» mas apenas «juris tantum».»
· Primazia da realidade: se explica pela preponderância no conteúdo sobre a forma, ou seja, na visão do jurista mexicano Mário de La Cueva, que fala que o contrato de trabalho é de realidade, onde prevalece o que acontece na realidade fática sobre a forma, ou melhor dizendo, a forma somente prevalecerá se ocorrer na realidade. 
Ainda que tenha tido a forma de um autônomo, se na realidade fática ele continua sendo empregado como anteriormente isso prevalecerá. Essa prova será eminentemente testemunhal, de modo que o juiz deverá ficar bastante atento para que essa prova não esteja viciada. 
· Razoabilidade: Plá Rodriguez defende sua importância e utilidade eo estuda como princípio que “consiste na afirmação essencial de que o. ser humano, em suas relações trabalhistas, procede e deve proceder conforme a razão”, ou seja, nas relações de trabalho as partes e os operadores do Direito devem sempre buscar a solução mais razoável para os conflitos dela advindos. 
Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial.
Súmula nº 366 do TST
CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E SUCEDEM AJORNADA DE TRABALHO  (nova redação) - Res. 197/2015 - DEJT divulgado em 14, 15 e 18.05.2015
Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal, pois configurado tempo à disposição do empregador, não importando as atividades desenvolvidas pelo empregado ao longo do tempo residual (troca de uniforme, lanche, higiene pessoal, etc).
· Boa – fé : este princípio abrange tanto o empregado como o empregador. No primeiro caso, baseia-se na suposição de que o trabalhador deve cumprir seu contrato de boa-fé, que tem, entre suas exigências, a de que coloque todo o seu emprenho no cumprimento de suas tarefas. Em relação ao empregador, supõe que deva cumprir lealmente suas obrigações para com o trabalhador.
Assim, a boa-fé é elemento que deve estar presente não só no momento da celebração do contrato de trabalho, mas, principalmente, na sua execução. 
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
m) perda da habilitação ou dos requisitos estabelecidos em lei para o exercício da profissão, em decorrência de conduta dolosa do empregado.   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Parágrafo único - Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios à segurança nacional.                    (Incluído pelo Decreto-lei nº 3, de 27.1.1966)
Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
§ 1º - O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço.
§ 2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho.
§ 3º - Nas hipóteses das letras "d" e "g", poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo.                     (Incluído pela Lei nº 4.825, de 5.11.1965)
· Princípio da isonomia: 
· Jusrista Cesar Machado Junior;
· Art. 5º da constituição;
· Art. 461 da CLT: 
Art. 461.  Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.                     (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o  Trabalho de igual valor, para os fins deste Capítulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos.                        (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público.                     (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o  No caso do § 2o deste artigo, as promoções poderão ser feitas por merecimento e por antiguidade, ou por apenas um destes critérios, dentro de cada categoria profissional.                        (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de paradigma para fins de equiparação salarial.                  (Incluído pela Lei nº 5.798, de 31.8.1972)
§ 5o  A equiparação salarial só será possível entre empregados contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação judicial própria.                        (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 6o  No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
21/09/19
INTERPRETAÇÃO, INTEGRAÇÃO E APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
Interpretação
1. Quanto às fontes:
a. Autêntica: a interpretação do legislador pelo próprio legislador – decreto 93412 que interpretou a lei 7369, dando critérios suficientes para a aplicação desta; 
b. Jurisprudencial: aquela que emerge da voz dos tribunais, as jurisprudências que podem ser reiteradas e até sumulada, ou a isolada (minoritária ou majoritária);
c. Doutrinária: emerge da voz dos juristas, porque doutrina interpreta acerca de um certo dispositivo (ex.: prescrição trabalhista declarada de ofício, que foi reiterada em 487, II, CPC 2015). 
i. Fase de execução: lei pode ser de ofício;
ii. Fase processual: doutrina tem que ser arguida. 
2. Quanto aos meios:
a. Gramatical: sinônimo de literal, ou seja, que apanha o conteúdo ter significado das palavras externadas pela lei (interpretação literal da lei), tentando estabelecer o alcance das palavras empregadas pelo legislador que são, em regra, ambíguas ou vagas e não apresentam, quase nunca, um sentido unívoco;
i. Exemplo: art. 460, CLT
Art. 460 - Na falta de estipulação do salário ou não havendo prova sobre a importância ajustada, o empregado terá direito a perceber salário igual ao daquela que, na mesma empresa, fizer serviço equivalente ou do que for habitualmente pago para serviço semelhante.
b. Lógica: aquela que tem como referência a intenção do legislador, o sentido da lei – mens legen. O intérprete emprega raciocínios lógicos que levam em consideração os períodos da norma, combinando-os entre si com op objetivo de atingir o perfeito alcance e sentido dela; 
i. Súmula 230 do TST
 Súmula 230/TST - 19/09/1985. Aviso prévio. Horas reduzidas. Jornada de trabalho. Pagamento. CLT, art. 58 e CLT, art. 487.
É ilegal substituir o período que se reduz dajornada de trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas correspondentes.
c. Sistemática: harmonização do texto legal com o sistema jurídico dominante. Ideia de que para fim de comparação, importa a função. Busca estabelecer uma conexão entre os diversos textos normativos, ou seja, considera o sistema em que se insere a norma, relacionando-a com outras normas que tratam do mesmo objeto. 
i. Exemplo: súmula 6, inciso III do TST
Súmula nº 6 do TST
EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT  (redação do item VI alterada) – Res. 198/2015, republicada em razão de erro material – DEJT divulgado em 12, 15 e 16.06.2015
III - A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função, desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação. (ex-OJ da SBDI-1 nº 328 - DJ 09.12.2003)
3. Quanto aos resultados
a. Declarativa: neste ponto, o conteúdo expresso pelo legislador foi aquele mesmo desejado – exemplo: quando do meio gramatical, o resultado obtido é aquele que estava expresso pelo legislador. É aquela realizada pelo próprio órgão que elaborou a norma interpretada, e que por meio de outra norma jurídica, tem por finalidade declarar o seu sentido e conteúdo; 
i. Exemplo: art. 470, CLT
Art. 470 - As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador.                            (Redação dada pela Lei nº 6.203, de 17.4.1975)
b. Extensiva: o legislador, neste caso, disse menos que poderia dizer. Quer dizer, que a dicção legal não é numerus clausus, mas sim exemplificativa, não se esvai, dá margem que como intérprete, coloque outras questões elucidativas, visa atingir-lhe o verdadeiro alcance. 
i. Exemplo: art. 457, §1º da CLT
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.                    (Redação dada pela Lei nº 1.999, de 1.10.1953) 
§ 1o  Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador.                   (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
c. Restritiva: quando o legislador fala muito, e há o decote com a interpretação restritiva, de modo a impedir que produza efeitos não pretendidos. 
i. Exemplo: art. 477, §8º da CLT Á rigor, fica parecendo que o empregado recebe dois tipos de valor, porém, a primeira multa é para os cofres públicos e não ao empregado. 
Art. 477, § 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora.                          (Incluído pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
Integração
Mecanismos de integração
Art. 8º da CLT - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.
§ 1º  O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.                 (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
§ 2o  Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.                  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
§ 3o  No exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos essenciais do negócio jurídico, respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade coletiva.                (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
Art. 140 do CPC. O juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.
· Jurisprudência: conjunto de decisões dos tribunais, sendo um referencial ao ordenamento jurídico; 
· Analogia: traduz a ideia de que para uma situação não prevista em norma legal, aplica-se uma norma prevista para uma situação semelhante/ análoga;
· Exemplo: súmula 428 do TST
Súmula 428/TST - 27/05/2011. Jornada de trabalho. Sobreaviso. Aplicação analógica da CLT, art. 244, § 2º. CLT, art. 58 (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14/09/2012).
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso.
·  Res. 185, de 14/09/2012 - DJ 25, 26 e 27/09/2012 (Nova redação a súmula. Seção do Pleno de 14/09/2012).
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.
Art. 244 da CLT. As estradas de ferro poderão ter empregados extranumerários, de sobre-aviso e de prontidão, para executarem serviços imprevistos ou para substituições de outros empregados que faltem à escala organizada.                      (Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de 4.4.1966)
 § 2º Considera-se de "sobre-aviso" o empregado efetivo, que permanecer em sua própria casa, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço. Cada escala de "sobre-aviso" será, no máximo, de vinte e quatro horas, As horas de "sobre-aviso", para todos os efeitos, serão contadas à razão de 1/3 (um terço) do salário normal.                       (Restaurado pelo Decreto-lei n º 5, de 4.4.1966)
Súmula 346/TST - 28/06/1996. Jornada de trabalho. Digitador. Intervalos intrajornada. Aplicação analógica da CLT, art. 72.
Os digitadores, por aplicação analógica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos trabalhadores nos serviços de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), razão pela qual têm direito a intervalos de descanso de 10 minutos a cada 90 de trabalho consecutivo.
· Equidade: ideia do justo e da justiça, aplicável a temperar os rigores da lei, flexibilizando-a. 
· Art. 482 da CLT: não mais se reconhece a embriaguez habitual, pois tem se entendido como uma doença, não passível de demissão. 
Art. 482 - Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
f) embriaguez habitual ou em serviço;
· Princípios gerais de direito: sobretudo os do direito de trabalho, que são:
· Autonomia da vontade;
Art. 444 - As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.
· Pacta Sunt Servanda (força obrigatória dos contratos);
· Cláusula Rebus Sic Stantinbus – art. 505, CPC: relações jurídicas continuativas. 
Art. 505. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à mesma lide, salvo:
I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi estatuído na sentença;
II - nos demais casos prescritos em lei.
23/09/19
APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
1. Quanto aos destinatários: o direito do trabalho tem abrangência no direito individual e coletivo. No plano da abrangência individual está ligado ao contrato, típica relação individual, que só incide com relação ao empregador e empregado; já com relação à coletividade, está se referindo a direitosabstratos de categoria, não há direitos específicos a indivíduos determinados; 
2. Quanto à aplicação espacial (competência sempre relativa): dimensão geográfica da aplicação do direito do trabalho invocado, é uma aplicação muito importante, por exemplo, à equiparação salarial (ex.: mesma empresa em vários Estados, e aqueles que desempenham as mesmas funções, devem receber o mesmo salário);
3. Quanto à aplicação temporal: tudo o que foi iniciado pela lei antiga, tem que ser aplicado por ela, embora isso apresente certas dúvidas na jurisprudência Só retroage se for para beneficiar. A aplicação do Direito do Trabalho no tempo refere-se à entrada da lei em vigor, seguindo a regra geral do direito comum. Assim, aplica-se a lei nova de forma imediata e não retroativa, que significa que tem efeitos imediatos, mas não atinge o direito adquirido, a coisa julgada e o ato jurídico perfeito.
Referências legais:
1. Quanto aos destinatários:
	a) Relações trabalhistas individuais
 coletivas
2. Quanto à aplicação espacial – art. 651, CLT;
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.                      (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.                     (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999)                      (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário.                   (Vide Constituição Federal de 1988)
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.
3. Quanto à aplicação temporal – art. 912, CLT.
Art. 912 - Os dispositivos de caráter imperativo terão aplicação imediata às relações iniciadas, mas não consumadas, antes da vigência desta Consolidação.
DICAS PARA PROVA:
· Questão de fontes de direito do trabalho;
· Questão de princípio do direito do trabalho;
· Questão de interpretação do direito do trabalho.
28/09/2019
DICAS PARA PROVA:
· Se fontes formais: constituição e tal/ Se fontes materiais: a influência da sociedade na formação do direito;
· Interpretação do direito do trabalho: fontes, meios e resultados – DAR EXEMPLO;
· Princípios: breve alusão e dar exemplo (irredutibilidade não cai).
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
A declaração de prescrição e decadência constituem extinção do processo sem julgamento do mérito, é tema de natureza hibrida, em direito material na essência, mas em consequência de direito processual.
O tempo tem que incidir efeitos sobre o judiciário, de modo que ele não poderá ser de tal sorte impiedoso que deixe as pessoas em um constante estado de aflição, assim, o objetivo da prescrição e decadência é fazer cessar o estado de tensão e promover a paz social. 
Prescrição x Decadência:
Prescrição é a perda do direito de ação pela inércia do agente durante certo lapso temporal, e a decadência é a perda do próprio direito, não submetendo esta a qualquer causa suspensiva, impeditiva ou interruptiva. 
Outra diferença é que a prescrição, em regra, não pode ser declarada de ofício (pelo menos no processo do trabalho), ela demanda a provocação da parte, já a decadência PODE e DEVE ser decretada de ofício. 
PRESCRIÇÃO = direito de ação
DECADÊNCIA = do próprio direito
Conceitos: 
· Casos de decadência: art. 853 CLT e súmulas 62/ TST, 403/ STF 
· Caso típico de decadência;
· Outro casos que ocorrem: ação rescisória (prazo de 2 anos) e mandado de segurança (prazo de 120 dias a partir da prática do ato que viole direito líquido e certo).
Art. 853 - Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado.
Súmula 62/TST - 24/10/1974. Abandono de emprego. Decadência. Inquérito. Prazo decadencial. CLT, art. 482, «i».
«O prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito, contra o empregado que incorre em abandono de emprego, é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao serviço.»
 Súmula 403/STF - 08/05/1964. Trabalhista. Instauração de inquérito judicial. Prazo. CLT, art. 853.
«É de decadência o prazo de trinta dias para instauração do inquérito judicial, a contar da suspensão, por falta grave, de empregado estável.»
· Causa impeditiva: 
· Não corre contra menor de 18 anos.
· Causas suspensivas:
· Serviço militar em tempo de guerra: quando a pessoa voltar, gozará de mais um tempo para reclamar
· Serviço público ao exterior: esse período não vai perder, depois que voltar terá mais um ano para ajuizar
· Causa interruptiva: o ajuizamento da ação trabalhista interrompe a prescrição
· Ação trabalhista: art. 11, §3º da CLT
Art. 11.  A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.                  (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
§ 3o  A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos.                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
Súmula 268/TST - 01/03/1988. Prescrição. Interrupção. Demanda trabalhista arquivada. Ação arquivada. CCB/1916, art. 172. CPC/1973, art. 219, § 1º. CLT, art. 11 e CLT, art. 841. CF/88, art. 7º, XXIX.
«A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.»
· Momento da arguição: destinada, em regra, para ser arguida nas defesas trabalhistas
· Instâncias ordinárias: art. 193, CCB, súmula 153/ TST
Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de jurisdição, pela parte a quem aproveita. 
1 - Súmula 153/TST - 11/10/1982. Prescrição. Argüição na instância ordinária. CLT, art. 11. CF/88, art. 7º, XXIX.
«Não se conhece de prescrição não arguida na instância ordinária.»
 Instância ordinária envolve direito maior do duplo grau de jurisdição (vara do trabalho e TRT), pois se recorrendo ao TST ou STF são instâncias extraordinárias. 
· Arguição de ofício: 
05/10/19
Anotações da Ana – faltei essa aula.
· Arguição de ofício
Lei 11280/06 – introduziu no Art. 332, § 1º do CPC/15 a permissão de arguição de ofício.
Também foi recepcionada pelo CC em relação à decadência.
Art. 332. § 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
· Trabalhista: Maurício Godinho afirma que essa regra não é aplicável ao processo do trabalho por agredir o princípio da tutela/ proteção. Beneficiaria o empregador na falta de uma norma específica na CLT.
Jurisprudência acolheu a tese da doutrina, não podendo arguir de ofício no direito do trabalho. (posição majoritária)
Com a reforma trabalhista, surgiu alteração do Art. 11 – A, §§ 1º e 2º da CLT. Introduziu a possibilidade de se acolher de oficio a prescrição intercorrente.
Art. 11-A.  Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.

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