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Questão 1/10 - História e Memória Leia a seguinte passagem de texto: “A lembrança é uma experiência eminentemente individual, mas o fato de crer no compartilhamento de lembranças origina essa memória compartilhada, o que estaria na base da função política da memória ou daquilo que se denomina hoje como ‘políticas de memória’”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FERREIRA, M. L. M. Políticas da memória e políticas do esquecimento. Aurora - revista de arte, mídia e política. n. 10, p. 102-118, p. 2011. p. 106. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/index.php/aurora/article/view/4500/3477>. Acesso em 20/08/18. A partir da passagem de texto e dos conteúdos do livro-base, História e memória: diálogos e tensões, a respeito das políticas de memória é possível afirmar: Nota: 10.0 A As políticas de memória e sua promoção são atos e ações desvinculados de relações de poder em diferentes contextos. B Por questões de ética, ao historiador não cabe questionar quem produz memórias e políticas de memória, quais os interesses envolvidos e que tipos de memórias são difundidas. C O Brasil é um país sem memória, pois não houve em sua trajetória projetos diferenciados que buscaram instituir determinados tipos de memória. D A construção de memórias compartilhadas carece de função política, pois o Estado e as instituições públicas não têm atuação nesse processo. E As memórias públicas - geradas a partir de políticas de memória- comumente sofrem enquadramentos, gerando memórias homogeneizantes que deixam de lado memórias conflitantes e contradições. Você acertou! A afirmação de que o Brasil é um país sem memória se tornou comum. Entretanto, ao examinarmos mais de perto essa questão, percebemos que existem projeto diferenciados que pretendem instituir determinado tipo de memória (pública), [...]. Comumente há um enquadramento da memória - sobretudo da memória pública - que fica mais evidente nas datas comemorativas. As memórias conflitantes, divididas, cedem lugar a memórias homogeneizantes, [...]”. (livro-base, p. 151). Questão 2/10 - História e Memória Leia o extrato de texto a seguir: “A memória é, em parte, herdada, não se refere apenas à vida física da pessoa. A memória também sofre flutuações que são função do momento em que ela é articulada, em que ela está sendo expressa”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: POLLAK, Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 10, p. 200-212, 1992. P.204. Considerando esse fragmento de texto e os conteúdos do livro-base História & Memória: diálogos e tensões sobre a memória, suas criações e ressignificações, relacione corretamente os seguintes elementos às suas respectivas características. 1.Memória como fenômeno construído. 2. Enquadramento da memória. 3. Trabalho da memória em si. ( ) Organiza-se em função das preocupações do momento. ( ) Memória constituída e consolidada que realiza um trabalho de manutenção e unidade de sua organização. ( ) Realizado por alguns indivíduos/grupos que pretendem registrar e divulgar certos tipos e dados de memória. Agora selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 3 – 2 – 1 B 1 – 3 – 2 Você acertou! Comentário : A sequência correta é: 1 – 3 – 2, pois “dados da memória nacional evidenciam o quanto ‘a memória é um fenômeno construído’ [...], pois ela se organiza em função das preocupações políticas do momento, sendo um importante objeto de disputas e conflitos para se determinar as datas e os acontecimentos que devem ser lembrados ou esquecidos por um povo”. “Enquadramento da memória, realizado por alguns indivíduos/grupos que pretendem registrar e divulgar certos tipos e dados de memória (muitas vezes, em detrimento de outros)”. “O trabalho da memória em si, isto é, uma memória já relativamente constituída e consolidada realiza um trabalho de manutenção, unidade de sua organização, que lhe rende certa continuidade no tempo” (livro-base, p. 119). C 1 – 2 – 3 D 3 – 1 – 2 E 2 – 3 – 1 Questão 3/10 - História e Memória Leia o excerto de texto: “No estudo histórico da memória histórica é necessário dar uma importância especial às diferenças entre sociedades de memória essencialmente oral e sociedades de memória essencialmente escrita”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LE GOFF, Jacques. História e memória. Trad. Bernardo Leitão et al. 6ª ed. Campinas: Editora da Unicamp, 2012. P.409. Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base História & Memória: diálogos e tensões sobre a trajetória da memória ao longo do tempo, conforme a visão de Jacques Le Goff, relacione corretamente os seguintes elementos às suas respectivas características: 1. Memória étnica 2. Progressos da memória na Idade Moderna 3. Desenvolvimento contemporâneo da memória ( ) Com a invenção da imprensa e maior difusão da escrita e dos livros, a memória encontrou mais espaço de registro e difusão. ( ) Memória em expansão, com os novos meios tecnológicos de registro e difusão, tais como a fotografia, o vídeo e o computador. ( ) Em sociedades sem o uso da escrita, o aprendizado e a transmissão da memória estão mais ligados aos cantos e versos, dando base muitas vezes aos mitos de origem. Agora selecione a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 1 – 3 – 2 B 2 – 3 – 1 Você acertou! Comentário : A sequência correta é 2-3-1 conforme síntese das ideias de Jacques Le Goff apresentada no quadro da p. 54 do livro-base: 1) A memória étnica: Em sociedades sem o uso da escrita. Nestas, o aprendizado e a transmissão da memória estariam mais ligados aos cantos e versos, dando base muitas vezes aos mitos de origem; 2) Progressos da memória na Idade Moderna: Com a invenção da imprensa e maior difusão da escrita e dos livros, a memória encontrou mais espaço de registro e difusão; 3) Desenvolvimentos contemporâneos da memória: A memória em expansão, com os novos meios tecnológicos de registro e difusão, tais como a fotografia, o vídeo e o computador (livro-base p. 54). C 1 – 3 – 2 D 2 – 1 – 3 E 3 – 2 – 1 Questão 4/10 - História e Memória Confira a citação de texto a seguir: “O trabalho com história local, principalmente ao utilizarmos a possibilidade que a entrevista oral como metodologia nos proporciona, contribuiu para o reconhecimento de cada aluno como sujeito histórico pertencente à determinada comunidade, que também é um espaço onde se vive e se produz história.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: POSSEBOM, B. L.; SCHMIDT, M. A. M. dos S. História Oral e aprendizagem histórica: uma experiência com a História das Mulheres do bairro Jardim Cruzeiro. In: Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE, Cadernos PDE, Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR), Curitiba, 2014. p. 2-19. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/ 2014/2014_ufpr_hist_artigo_bianca_liz_possebom_franco.pdf> Com base na citação de texto e nos conteúdos do livro-base História e memória: diálogos e tensões, no que se refere à utilização da História Oral em sala de aula com os alunos, enumere corretamente a definição das etapas que devem ser seguidas: 1. Projeto de pesquisa 2. Roteiro 3. Gravação 4. Transcrição 5. Análise ( ) Definição de um tema de pesquisa, objetivos para realização de entrevistas, definição de etapas. ( ) Passagem do áudio das entrevistas para a forma escrita.( ) Registro das entrevistas, cuidando para que tenham uma qualidade mínima. Devem- se verificar o equipamento que será utilizado (celular, câmera, etc.) e o ambiente (de preferência silencioso). ( ) Organização das entrevistas, considerando o número de pessoas a serem entrevistadas, a faixa etária, o gênero e o local das entrevistas. ( ) Conferência dos dados obtidos nas entrevistas, que diz respeito ao confronto entre as diferentes vozes ouvidas. Nesse momento, devem ser questionadas as diferenças e as semelhanças entre elas. Agora, marque a alternativa que contém a sequência correta: Nota: 10.0 A 1 – 4 – 3 – 2 – 5 Você acertou! “[...] a história oral como metodologia de pesquisa deve partir de um projeto. Portanto, para utilizá-la em sala de aula, o professor precisa considerar que não pode simplesmente propor aos alunos que realizem entrevistas aleatórios. Pelo contrário, estas devem partir de um propósito com objetivos definidos. Junto aos alunos, o professor deve escolher que tipo de projeto pretende desenvolver [...]. Após a definição do tema e a definição do projeto de pesquisa, cabe ao professor organizar como as entrevistas serão feitas [...]. É importante formular um roteiro, além de considerar o número de pessoas a serem entrevistadas, a faixa etária, a quantidade de homens e mulheres, o local em que serão feitas as entrevistas. [...]. É fundamental também ficar atento para que as gravações tenham uma qualidade mínima, devendo-se verificar qual equipamento será usado (celular gravador, câmera ou outro). Além disso, o ambiente de gravação deve ser, preferencialmente, silencioso. [..] Outra etapa importante é a transcrição, que deve ser feita de maneira cuidadosa. [...] Feitas as gravações e as transcrições, passa-se à etapa da análise das entrevistas. Essa fase é bastante importante, pois diz respeito ao momento de confronto entre as várias vozes ouvidas. Na análise, os professores e alunos devem questionar: Há diferenças entre as narrativas de homens e mulheres? E as pessoas de idades distintas? [..]” (livro-base, p. 263, 264). B 2 – 3 – 4 – 1 – 5 C 3 – 1 – 2 – 5 – 4 D 4 – 2 – 3 – 5 – 1 E 5 – 4 – 2 – 1 – 3 Questão 5/10 - História e Memória Leia a citação de texto abaixo: “A história oral é uma forma específica de discurso: história evoca uma narrativa do passado, oral indica um meio de expressão. No desenvolvimento da história oral como um campo de estudo, muita atenção tem sido dedicada às suas dimensões narrativa e linguística.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PORTELLI, A. A história oral como gênero. Projeto história, São Paulo, n. 22, 9-36, 2001. p. 10. A partir da referida citação de texto e dos conteúdos do livro-base História e memória: diálogos e tensões, a respeito da História Oral podemos afirmar que: Nota: 10.0 A A história oral amplamente aceita como técnica moderna de documentação para a pesquisa histórica, antecede a invenção do gravador. B Atualmente o uso da metodologia da história oral vem decaindo cada vez mais, visto seu alto grau de subjetividade. C No Brasil atual ainda é difícil encontrar grupos de pesquisa e laboratórios nas universidades que se dedicam a pesquisar e constituir acervos de história oral. D Desde o ascender da escola positivista até a década de 1960 a oralidade como fonte histórica foi relegada à marginalidade. Você acertou! O século XIX assistiu à ascensão da tradição documental em detrimento da tradição oral. [...] Da ascensão da escola positivista até os anos 1960, a oralidade como fonte histórica foi relegada à marginalidade. Nas últimas décadas do século XX, com a pluralização de temas e metodologias de produção de conhecimento histórico, a recorrência à memória e o uso da metodologia da história oral entraram em cena. (livro-base, p. 180). E Até os dias de hoje, a história oral se limita em registrar a história de pessoas ilustres das sociedades ocidentais. Questão 6/10 - História e Memória Leia o seguinte excerto de texto: “Para entendermos a força específica da História que ensinamos e aprendemos, precisamos recolocá-la no seu devido lugar dentro das produções culturais de nossa sociedade. A História, da qual a História Antiga faz parte, é um tipo peculiar de memória social. E a memória social é fundamental para a criação de uma identidade coletiva”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em GUARINELLO, N. L. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013. p.8. Considerando o excerto de texto e os conteúdos do livro-base História & Memória: diálogos e tensões sobre a produção da História na Antiguidade greco-romana, relacione corretamente os autores com suas respectivas características. 1.Heródoto 2.Tucídides 3.Tácito 4.Cícero ( ) Historiador grego, considerado “pai da História”, escreveu a obra Histórias com base em testemunhos do vivido, separando o vivido dos mitos. ( ) Historiador romano, apresenta a ideia da historia magistra vitae (a História como mestra da vida, ou seja, como exemplo para os homens). ( ) Historiador romano que escreveu as obras Anais e Historiae, pregava a necessidade de imparcialidade na escrita da História. ( ) Grego, escreveu a História da Guerra do Peloponeso. Defendeu a ideia de que os testemunhos são variáveis e que é necessário desconfiar deles confrontando-os com outras fontes. Agora, marque a alternativa que apresenta a sequência correta: Nota: 10.0 A 1 – 2 – 3 – 4 B 2 – 1 – 4 – 3 C 3 – 1 – 4 – 2 D 1 – 4 – 3 – 2 Você acertou! Comentário : A resposta correta é a letra D. Conforme o livro-base páginas 84-87: “[o historiador romano] Cícero (106 a.C.-43 a.C.) apresenta a ideia da historia magistra vitae, ou seja, a história compreendida como mestra da vida”. Tucídides “Na obra História da Guerra do Peloponeso, privilegia uma narrativa com uma cronologia rigorosa e vai além de Heródoto [...]. Tucídides observa que os testemunhos são variáveis e que é preciso confrontar diferentes fontes”. “Heródoto não abordou um tempo longínquo. Pelo contrário, ele procurou a causa dos acontecimentos, falou de um tempo de homens e de testemunhas do vivido. Seu método não se baseou em documentos escritos, mas na investigação oral”. “Tácito concebia a história enquanto uma narrativa de acontecimentos memoráveis, significativos, marcando também o intento da imparcialidade. Nas suas Historiae, Tácito pretendeu historiar o período desde a morte de Nero até a morte de Domiciano, fazendo, desse modo, uma história contemporânea ao período em que vivia”. E 1 – 3 – 4 – 2 Questão 7/10 - História e Memória Confira o excerto de texto abaixo: “O lugar e o papel ocupados pela História na educação básica brasileira, na atualidade, derivam, pois, de transformações na política educacional e no ensino de História, conquistadas a partir de lutas pela democracia nos anos 1980, da promulgação da Constituição Federal de 1988 e da implantação da nova LDB ”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FONSECA, S. G. A história na educação básica: conteúdos, abordagens e metodologias. In: ANAIS DO I SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais Belo Horizonte, novembro de 2010. p. 1-13. p. 1. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7168-3-4-historia-educacao-basica-selva/file>. Acesso em: 20/08/18. Considerando o excerto dado e os conteúdos do livro-base História e memória: diálogos e tensões, a respeito das transformações no ensino de História no Brasil e a abordagem do estudo do campo da memória nas salas de aula, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A Na década de 1930, durante o governo de GetúlioVargas, intelectuais e governo se aliaram para rejeitar uma educação e ensino de História voltados a interesses políticos e a uma glorificação nacional. B Entre 1945 e 1964, período no qual o país viveu um momento democrático, não houve avanços na formação de professores e criação de cursos universitários para o estudo da História. Esses foram criados no período da Ditadura Militar. C No período da Ditadura Militar, entre 1964 até o fim da década de 1980, o ensino de História foi particularizado e destacado no currículo nacional, seguindo uma abordagem crítica e problematizadora dos conteúdos. D Com a redemocratização e durante a década de 1990, houve uma revisão no ensino de História, maior diálogo com a produção acadêmica e a inclusão do trabalho com grupos tradicionalmente excluídos da memória nacional. Você acertou! “Nos anos de 1980, com o processo de reabertura política e a proliferação de diversos movimentos sociais e intelectuais, ocorreram vários debates sobre o retorno da História como disciplina escolar obrigatória em todos os níveis de ensino, bem como a respeito de uma maior aproximação entre a história produzida no mundo acadêmico e o ensino de História nas escolas. [...] Na década de 1990, como continuidade a esse processo, os debates a respeito da LBDEN [...] impulsionaram uma revisão do ensino de História, bem como lutas pelo reconhecimento da memória de grupos tradicionalmente excluídos. [...] A redemocratização do Brasil na década de 1980 abriu espaço para o questionamento de modelos de ensino enraizados na educação, entre eles o ensino de História. O modelo de ensino dessa disciplina até então predominante foi questionado. Assim, buscou-se maior aproximação com a historiografia, que desde a década anterior vinha demonstrando especial apreço pelos sujeitos tradicionalmente marginalizados do passado. (livro-base, p. 249). E Na década de 1990 foi mantido e renovado o ensino das disciplinas de Educação Moral e Cívica (EMC) e Organização Social e Política Brasileira (OSPB) nos diferentes níveis de ensino. Questão 8/10 - História e Memória Leia o seguinte fragmento de texto: “Aliás um dos grandes problemas que se colocam a todos é o da identidade pessoal e coletiva; e é por meio da história do seu país que se pode, de maneira mais adequada, conceber o seu conteúdo, sua importância e os seus objetivos.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LE GOOF, Jacques. Uma vida para a história: conversações com Marc Heurgon. São Paulo: Editora UNESP, 2007, p. 241. Considerando o fragmento acima e o livro-base, História e memória: diálogos e tensões, no que se refere a formação das identidades, assinale a alternativa correta: Nota: 10.0 A As identidades podem ser reconstruídas por meio das trocas sociais, possibilitando aos indivíduos serem renovadas. Você acertou! Além da alteridade, elemento fundamental para a construção das identidades e entendida como o contraponto da identidade, devemos levar em consideração, como bem destaca Hall (2005), que as identidades não são atributos imutáveis dos indivíduos ou das coletividades. Ao contrário, são constantemente construídas, reconstruídas e renovadas nas trocas sociais. Portanto, não existem identidades estanques, especialmente no mundo globalizado. Conforme salienta o sociólogo Jean-Claude Ruano-Borbalan (2004), a identidade não é como uma substância, um atributo imutável do indivíduo ou das coletividades. As identidades comunitárias ou políticas se elaboram, são construídas e atualizadas incessantemente com as interações entre os indivíduos, grupos e suas ideologias. Assim, um indivíduo pode estar ligado a vários grupos de pertencimento (família, profissão, grupo étnico, comunidade religiosa), de modo que o grupo funciona como catalisador da identidade individual. Na construção da identidade, tanto individual como grupal, os rituais de memória, a cultura e as crenças (principalmente as religiosas) constituem vetores privilegiados de socialização e identificação do indivíduo. (História e Memória: diálogos e tensões, p. 213) B As identidades constituídas ao decorrer da vida do indivíduo são inalteráveis, permanecendo iguais desde a infância até a velhice. C As identidades coletivas são imutáveis, pois são compostas por símbolos e tradições que impedem a possibilidade de mudança. D Durante o processo de formação da identidade, a memória não influencia em nenhum aspecto, pois a identidade é uma característica inata aos indivíduos. E O indivíduo só pode se associar a um grupo social, como por exemplo à família ou ao grupo étnico. Questão 9/10 - História e Memória Leia o seguinte trecho de texto: “O filme [histórico] quer mais do que apenas ensinar a lição de que a história ‘dói’, ele quer que você, o espectador, vivencie a dor (e os prazeres) do passado”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ROSENSTONE, R. A. A história nos filmes, os filmes na história. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015. p. 34. A partir da leitura do trecho de texto e dos conteúdos do livro-base História e memória: diálogos e tensões, referentes ao uso do cinema para trabalhar as relações entre memória e história, nas aulas da disciplina de História, analise as afirmações a seguir: I. Assim como a história é produzida pelos historiadores, os filmes também constituem possíveis interpretações sobre o passado. II. Os filmes, em especial os filmes históricos, constituem fontes neutras em relação ao seu contexto de produção, reproduzindo de forma fiel o passado que retratam. III. Embora os historiadores se interessem mais pela memória produzida em filmes de temática histórica, obras de outros gêneros, como a ficção científica, apresentam potencial de análise para compreender o momento histórico de sua produção. IV. Os filmes históricos podem ser analisados por duas perspectivas: a partir da reflexão sobre seu período de produção e a partir de uma leitura cinematográfica da história, ou seja, de como o passado é lido pelo cinema. Agora, assinale a alternativa que contém as afirmações corretas: Nota: 10.0 A I, II e III B I, II e IV C I, III e IV Você acertou! A afirmativa II é incorreta, pois: “O professor deve ter em mente que nenhum filme é neutro em relação ao momento histórico de sua produção. Pelo contrário, sempre traz objetivos que podem estar explícitos ou implícitos na narrativa fílmica. Já as afirmações I, III e IV são corretas, visto que: “Com relação aos filmes históricos, eles podem ser pensados de duas formas ou de acordo com dois eixos temáticos: uma leitura histórica do filme – ou seja, analisar o filme à luz de seu período de produção – e uma leitura cinematográfica da história – como o passado é lido pelo cinema. [...] Assim como a história produzida pelos historiadores, os filmes também constituem interpretações sobre o passado, porém com linguagens diferentes, tendo em vista as questões postas pelo presente. [...] Embora os historiadores se interessem muito mais pelos filmes históricos, é importante destacarmos que não são apenas as produções que tratam da história que podem ser utilizadas em sala de aula. Obras cinematográficas de ficção científica, dramas, documentários, entre outros gêneros, também apresentam potencial de análise. Tais filmes expressam, por trás de seus enredos, medos, desejos, preocupações, expectativas de futuro ou problemas que são típicos do momento histórico vivido [...].” (livro-base, p. 270-272). D I e II E III e IV Questão 10/10 - História e Memória Leia o seguinte fragmento de texto: “As noções de ‘identidade’ e ‘memória’ são ambíguas, pois ambas estão subsumidas no termo representações,um conceito operatório no campo das Ciências Humanas e Sociais, referindo-se a um estado em relação à primeira e a uma faculdade em relação à segunda”. Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDAU, Joël. Memória e identidade. São Paulo: Contexto, 2012. p. 21. Refletindo sobre o fragmento de texto apresentado e os conteúdos do livro-base, História e memória: diálogos e tensões, no que se refere às dimensões e manifestações da memória, relacione corretamente os conceitos abaixo com suas respectivas definições: 1. Protomemória 2. Memória propriamente dita (ou memória-lembrança) 3. Metamemória ( ) É uma memória de alto nível e diz respeito à recordação ou ao reconhecimento. Refere-se ao ato, à capacidade, de recordar-se de algo. ( ) Refere-se à representação que cada pessoa faz da própria memória, bem como à forma como ela constrói e explicita a sua identidade a partir das lembranças e da leitura de si. ( ) É a forma de memória mais primária, relaciona-se a uma” memória-hábito” nas diferentes sociedades. Fazem parte dela o aprendizado e repetição de costumes, tradições, elementos da língua (tal como o sotaque). Agora, assinale a alternativa que contém a numeração em sequência correta: Nota: 0.0 A 1 – 3 – 2 B 2 – 3 – 1 “A primeira forma de memória é aquela de baixo nível, denominada de protomemória, que nos indivíduos constitui os saberes e as experiências mais resistentes e compartilhadas pelos membros de uma sociedade, o que na concepção do filósofo francês Henri Bergson – na qual Candau se apoia – refere-se à memória repetitiva ou memória-hábito. A protomemória é imperceptível, ocorre sem tomada de consciência, ou seja, ela é garantida pela memória familiar. [...] A protomemória está relacionada ao que Bordieu chamou de habitus. Como exemplo, podemos pensar nas diversas formas por meio das quais as pessoas falam (o sotaque) e que são apreendidas no grupo de convívio. [...] O segundo tipo é a de alto nível, denominada memória propriamente dita, que essencialmente diz respeito a uma memória de recordação ou reconhecimento. Na concepção de Bergson, é a memória-lembrança. Refere-se ao ato de recordar. [...]. Já o terceiro tipo de memória é o que Candau (2012) chama de metamemória. Por um lado, ela se refere à representação que cada indivíduo faz da própria memória, o conhecimento que tem dela. Por outro, refere-se ao que ele diz dela, às dimensões em que um indivíduo se filia ao seu passado e à forma como constrói e explicita sua identidade. Em suma, a metamemória é a leitura que cada ser humano faz de si mesmo, considerando-se como as lembranças são acionadas e atualizadas pelo presente. (livro-base, p. 229-230). C 1 – 2 – 3 D 3 – 2 - 1 E 2 – 1 - 3