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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DE TAGUATINGA NO DISTRITO FEDERAL. Processo n°2016.0.028619238 MARCOS BARBOSA DERMACHADO, brasileiro, solteiro, empresário, RG nº 6.589.325, CPF nº 021.365.958-61, residente e domiciliado QSF 03, Lote 104, Apto.302, Taguatinga/DF, CEP 72.025-530, por intermédio do escritório de advocacia , no prazo de apresentação da: CONTESTAÇÃO à Investigação de ação de redução de pensão alimentícia e pedido de dna da criança, proposta por MARCOS BARBOSA DERMACHIDO, já qualificada nos autos, no seguintes termos: 1.DOS FATOS O requerente aceitou registrar a requerida no cartório competente, sem qualquer tipo de prova que comprovasse sua verdadeira paternidade. Apenas com base na presunção pater is est e na confiança em sua relação com a requerida, alega que tiveram um relacionamento amoroso que resultou no nascimento da menor, a Mariana Santana. Mas há dúvidas sobre o DNA do requerente, por que nos dois anos que estiveram juntos, ocorre que a mãe da criança poderia ter tido caso com outro homem, mas prova que enquanto estavam juntos não deixou nada faltar para sua requerente. O fato de registrar uma criança como seu filho e pagar a devida pensão alimentícia não impede o pai de, anos depois, pedir na Justiça o exame de DNA para que a paternidade seja realmente confirmada. A decisão é da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça. O exame de DNA é imprescindível ao esclarecimento dos fatos. Também é útil lembrar que a ação é imprescritível, e não faz coisa julgada. E que vigora, sem exceção de qualquer ordem, em relação à matéria, o princípio da verdade REAL. O requerente só pagará a restituição do valor que não foi pago da pensão com o DNA comprovando se é ou não filha. Julgará então primeiro o teste do DNA, logo após se resolverá o valor da pensão, se o requerente terá de restituir o valor que não foi pago por ele. Lembrando que, o requerente, justificou a falta do pagamento por ter dúvida de não ser o pai. Se o requerente for o pai, terá de restituir o valor, caso contrário, não terá que restituir valor algum. 2.DO MÉRITO a. Durante os dois anos , o MARCOS BARBOSA deu assistência quando à alimentação e as necessidades da criança mas ocorre dúvidas sobre a paternidade, a. O requerente quer um exame de DNA por ter dúvidas sobre a paternidade, diante disso o exequente e a requerida deve realizar um novo exame, assim como descreve a jurisprudência; “APELAÇÃO CÍVEL. INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE COM ALIMENTOS. EXAME DE DNA POSITIVO. CONTRAPROVA. POSSIBILIDADE. GARANTIA DE AMPLA DEFESA DO MENOR. 1. É possível a realização de contraprova do exame de DNA, para que fique comprovada, de forma segura, a existência ou inexistência de relação biológica de pai e filho. 2. Deu-se provimento ao apelo para cassar a r. sentença e determinar a produção de nova prova pericial. (Acórdão n.700686, 20120910201064APC, Relator: J.J. COSTA CARVALHO, Relator Designado:SÉRGIO ROCHA, Revisor: SÉRGIO ROCHA, 2ª Turma Cível, Data de Julgamento: 03/07/2013, Publicado no DJE: 13/08/2013. Pág.: 93 (negrito inexistente no processo) b. O requerente sempre exerceu a sua função de paternidade, mas depois de um tempo está exigindo um exame de Dna da criança; c. O autor foi de livre e espontânea vontade reconhecer o filho em ato público conforme a certidão de nascimento que acompanha a presente ação e está ciente disso; No sentido de ação negatória de paternidade, reza a jurisprudência de nossos Egrégios Tribunais diz que: EMENTA: CIVIL. FAMÍLIA. AÇÃO NEGATÓRIA DE PATERNIDADE. EXAME DE DNA. INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO AFETIVO. EXCLUSÃO DA PATERNIDADE. 1. É direito do pai registral esclarecer suas dúvidas acerca da paternidade legalmente assumida no curso de relacionamento estável. 2. Comprovada a exclusão genética do suposto pai, após realização de exame de DNA, a lei faculta ao indigitado pai a sua exclusão do registro de nascimento daqueles que, até então, supunha ser geneticamente seus filhos. 3. É certo que a paternidade não cinge-se em vínculo meramente biológico, porém, para que se imponha ao pai registral o dever de continuar a haver como seus, filhos de outrem , os quais descobriu somente após exame de DNA que não o são, é imprescindível que entre suposto pai e filhos haja vínculo afetivo, amparado em afetuosa convivência. 4. A paternidade socioafetiva deriva de convívio amigável e afetuoso entre pais e filhos, não podendo ser imposta ao pai registral que nunca conviveu com os filhos por ele assumidos no passado e que enganosamente supunha serem seus. 5. Recurso conhecido e provido. (TJDF- Apelação Cível nº 0014690-03.2007.807.0007. 2ª Turma Cível. Relator: Des. Nilsoni de Freitas. Julgamento: 24/03/2010. Publicação: 15/04/2010). 3- DOS PEDIDOS Diante dos fatos e fundamentos jurídicos, requer a Vossa Excelência a concessão de liminar, da contestação em favor do requerente, e para tanto requer: d. O requerente só quer tirar essa dúvida, caso realmente seja verdade vai arca com as necessidades da requerida. e. a realização imediata de exame genético (DNA), em local, dia e horário a serem designados por Vossa Excelência, estando o REQUERENTE disposto a arcar com o respectivo custo, pois, apesar de requerer o amparo da assistência judiciária gratuita, está, desde o início do processo, se preparando financeiramente para a despesa do exame; f. Provar alegado mediante prova documental, testemunhal, exame de DNA pela pericia, depoimento pessoal dos requeridos, sob pena de confissão, e demais meios de prova em Direito admitido, nos termos dos Art.332 do Código de Processo Civil. g. Mas caso ocorra de ser realmente filha do requerente, o mesmo pede-se uma nova audiência para um acordo. Nestes termos Pede e espera deferimento. Taguatinga- DF, 03 de março de 2016. LARISSA ROSA FEITOSA 21502681
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