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AP1 Educação e Trabalho 2020 1 reformulada

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD
Avaliação Presencial (AP1) – 2020.1
Data: 20/04/2020 até 26/04/2020 (prazo final de postagem)
Disciplina: Educação e Trabalho
Coordenador: Prof. Dr. Carlos Soares Barbosa
Aluno(a)Monique Souza da Silva da Rocha 
Matrícula:18212080433 Polo: Nova Iguaçu 
 
Questão 1: (1 ponto)
Saviani (2007) retrata em seu texto a relação ontológica/histórica entre trabalho e educação, demonstrando que em um dado momento histórico a unidade existente entre trabalho e educação foi rompida. Segundo o autor, em que momento histórico essa cisão entre trabalho e educação foi rompida?
RESPOSTA:
A divisão dos homens em classes irá provocar uma divisão também na educação. Introduz-se, assim, uma cisão na unidade da educação, antes identificada plenamente com o próprio processo de trabalho. A primeira modalidade de educação deu origem à escola. A palavra escola deriva do grego e significa, etimologicamente, o lugar do ócio, tempo livre. Era, pois, o lugar para onde iam os que dispunham de tempo livre. Desenvolveu-se, a partir daí, uma forma específica de educação, em contraposição àquela inerente ao processo produtivo. Pela sua especificidade, essa nova forma de educação passou a ser identificada com a educação propriamente dita, perpetrando-se a separação entre educação e trabalho.
Questão 2: (2 pontos)
Após a reestruturação produtiva, o mundo do trabalho sofre profundas mudanças, como podem ser percebidas nos textos de Ribeiro (2015) e Antunes (2002), estudados nas aulas 4 e 5. Cite algumas mudanças ocorridas no mundo do trabalho em decorrência da reestruturação produtiva.
RESPOSTA:
Com a expansão capitalista, a busca por mais produtividade e mais lucratividade se acentuou, favorecendo assim, o avanço tecnológico e a concentração de capitais. Essas mudanças tiveram grande impacto sobre o mundo do trabalho, pois, resultou na diminuição de postos de trabalho. Assim este trabalho teve como objetivo verificar, através do discurso do trabalhador, como essas mudanças são percebidas por ele. Para esses mesmos autores, restruturação produtiva é, principalmente, a mudança do sistema americano de produção fordista/ taylorista para o modelo japonês toyotista. Ambos tiveram seus berços nas indústrias automobilísticas. Com a expansão capitalista, através do sistema de produção toyotista, a busca constante por mais produtividade e mais lucratividade se acentuou, favorecendo assim o avanço tecnológico e a concentração de capital. No Brasil, estas transformações ocorreram mais tardiamente, em relação aos principais países do mundo, tornando-se mais significativas a partir da década de 90. O modo de desenvolvimento do Brasil passou, nesta década, de um estilo de industrialização protegida para o de uma economia aberta e competitiva.
Questão 3: (1 ponto)
Indique um aspecto da atual realidade educacional brasileira que demonstre a separação entre trabalho e educação apontada por Saviani (2007) e criticada pelos teóricos da matriz histórico-crítica.
RESPOSTA:
Segundo Saviani, na medida em que a burguesia, de classe revolucionária se transformou em classe consolidada no poder, seus interesses tornaram-se conservadores, contrários à transformação da sociedade. A pedagogia da existência possui um caráter reacionário, isto é, ela se contrapõe ao movimento de libertação da humanidade. Enquanto a pedagogia da essência não deixa de ter um papel revolucionário ao defender a igualdade essencial entre os homens. É interessante atentar para a semelhança entre o discurso da pedagogia da existência e o discurso dos chamados neoliberais que passa a vigorar a partir do final do século XX, o qual procura ressaltar as diferenças, creditando tanto o fracasso quanto o sucesso ao indivíduo, deixando de avaliar a responsabilidade coletiva pela persistência das imensas desigualdades na sociedade capitalista.
Questão 4: (2 pontos)
Com as mudanças provocadas pela restruturação produtiva, novas relações de trabalho (cada vez mais “flexibilizadas”) foram estabelecidas e têm sido denominadas mundialmente de trabalho precarizado. Com base nessa afirmativa, responda:
A) Cite três exemplos de trabalho precarizado (ou relações precarizadas de trabalho).
RESPOSTA:
-Baixo salário;  
-Excesso de horas trabalhadas;  
-Pessoas com elevada escolaridade (curso superior, mestrado, doutorado etc.) aceitado trabalhar em ocupações "inferiores" á sua formação acadêmica; 
B) Quais as características do trabalho precarizado? 
RESPOSTA:
Trabalho não assalariado, péssimas condições de trabalho, carga horária diária superior a 10 horas (15, 17) por dia.
Questão 5: (3 pontos)
Na concepção de alguns teóricos brasileiros, a função da escola é formar trabalhadores adequados ao projeto de desenvolvimento do país, cabendo a educação escolar adaptar seus conteúdos às necessidades do setor produtivo e formar os trabalhadores requeridos pelo mercado de trabalho. Esse é o pensamento defendido, por exemplo, pelos teóricos liberais e neoliberais. Esse é também o pensamento defendido pelos teóricos da matriz histórico-crítico, como Antonio Gramsci? Justifique sua resposta apresentando alguns aspectos da escola defendida pelos teóricos da matriz histórico-crítica, conforme os textos das aulas 1, 2 e 3. 
RESPOSTA:
Esse movimento intelectual, que consistiu numa busca de referências teóricas e históricas para orientar proposições políticas na direção de uma escola democrática, passou a exigir maior empenho numa nova pesquisa: compreender os fundamentos históricos e filosóficos da própria escola capitalista. Estabeleceu-se, assim, um estreito vínculo entre a investigação do conceito socialista da educação, o estudo das origens da escola capitalista e a formulação de propostas para democratizar o acesso à educação no Brasil. Relaciona-se ao fato de que grande parte das propostas elaboradas no campo democrático e popular fundamentam-se na expectativa de uma revolução social, derrubando todas as instituições do capitalismo. Sob a expectativa de uma tal revolução, as aspirações populares de acesso à escola são tratadas de modo instrumental, como tática de “enfrentamento” do Estado, já que, estrategicamente, seria impossível começar a construir uma escola democrática no contexto do capitalismo. Mas é preciso considerar que, para além de uma unidade das formações geral e profissional, a ideia de escola unitária, apresentada por Gramsci, tem como horizonte a luta pela igualdade social: daí a ideia de “unitária”, que significa superar as divisões classistas que separam a sociedade em governantes e governados. Essa luta não é proposta como uma revolução imediata, que desmonte toda a estrutura social capitalista de um só golpe. Ela requer um trabalho paciente de identificação de espaços para ampliar conquistas democráticas, particularmente no campo cultural. Envolve, sim, uma elevação cultural dos trabalhadores, preocupando-se com os métodos para que estes sejam capazes de formular conceitos, de compreender o mundo em que vivem, de saber se orientar, elaborar críticas e participar do governo da sociedade.

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