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ABORDAGEM DA FISIOTERAPIA NA ÚLCERA DE MEMBROS INFERIORES Tâmara Gomes Úlcera ■ Lesões superficiais em tecido cutâneo ou mucoso – ocorre a ruptura do epitélio e exposição de tecidos mais profundos ■ Afeta em até 5% da população acima de 65 anos de idade ■ US $ 3 bilhões por ano nos Estados Unidos ■ 45-90% são de origem venosa ■ A segunda etiologia mais comum é a arterial periférica ■ A coexistência de ambos, postula-se a presença de doenças arteriais em até 26% de pacientes com ulceração dos MMII Úlcera ■ Úlceras de MMII – Venosa – Arterial – Diabética – Por pressão ÚLCERA VENOSA Tâmara Gomes Fisiologia do Sistema Venoso ■ A importância da bomba de panturrilha ■ Válvulas -> Fluxo unidirecional Venodilatação Acúmulo de sangue Vaso de baixa resistência Fluxo mais lento Fisiopatologia ■ O aumento da pressão venosa é o principal fator para úlcera de MMII ■ Degranulação de mastócitos -> prurido ■ Diferenciação de fibroblastos e miofibroblastos – Aumento colágeno – Diminuição elastina Ulceração Venosa Edema e Fibrose Ambiente Inflamatório Crônico Sobrecarga de Ferro Hipertensão Venosa Aumento da Pressão Venosa Venodilatação Falha Valvular Sinais e Sintomas Características ■ Dor – Característica peculiar – Posicionamento – Horário do dia Os pacientes consideraram a dor como o mais importante problema associado à úlcera de MMII, mais do que cicatrização ou qualquer outro aspecto da ulceração Persoon et al. 2004 ■ Inchaço / edema perimaleolar – Aumenta risco de exsudato excessivo – Aumenta risco de infecção (bolhas) Sinais e Sintomas Características ■ Prurido ■ Hiperpigmentação ■ Fibrose dérmica ■ Pele atrófica ■ Descamações e eritemas ■ Pele brilhante ■ Veias varicosas Sinais e Sintomas Características ■ Bordas irregulares ■ Tamanho variado ■ Presença de exudato – O leito da úlcera é frequentemente coberto com uma camada fibrosa misturada com tecido de granulação Úlcera venosa típica da perna sobre maléolo medial (esquerda) e perna com úlcera venosa sobre maléolo com base fibrinosa (direita) Da esquerda para a direita: Hemosiderina associada a uma úlcera venosa da perna; lipodermatosclerose; úlcera venosa da perna na área da atrofia branca; úlcera de perna venosa com deformidade grave da perna em “garrafa de champanhe” Fatores Predisponentes ■ Idade ■ Sexo ■ Genética ■ Gravidez ■ Obesidade ■ Dieta e hábitos intestinais ■ Ocupação e postura Fatores Predisponentes ■ Varizes ■ Insuficiência Venosa Crônica ■ Trombose venosa profunda prévia ■ Inativação da bomba de panturrilha ■ Histórico de fraturas em MMII Objetivo Terapêutico Fisioterapia ■ Minimizar o nível álgico ■ Fechamento total da ferida ■ Manter integridade da pele ■ Melhorar o retorno venoso ■ Manter ADM e FM preservada O que podemos fazer para alcançarmos os objetivos terapêuticos? Tratamento ■ Padrão Ouro – Terapia de compressão graduada – cerca de 40 mmHg no tornozelo, e de 18 mmHg abaixo do joelho – Elástico único ou multicamada – Remoção nos casos de dormência, formigamento, dor e dedos sombrios Melhorar o retorno venoso Minimizar o nível álgico Tratamento Fisioterapêutico ■ Minimizar o nível álgico – Tens – Laser ■ Fechamento total da ferida – Laser – US ■ Manter integridade da pele – Hidratação Tratamento Fisioterapêutico ■ Melhorar o retorno venoso – Compressão pneumática – DLM – Cinesioterapia – Ativação de bomba de panturrilha ■ Manter ADM e FM preservada – Cinesioterapia (fortalecimento e alongamento) – Mobilização articular – Treino de equilíbrio e propriocepção ▪ Bota de Unna ▪ Gaze com óxido de zinco Orientações ■ Manter meias de compressão ■ Cuidados com a pele ■ Pernas em elevação ■ Exercícios na panturrilha ■ Dieta adequada. ÚLCERA ARTERIAL Tâmara Gomes Fisiologia do Sistema Vascular ■ Camada de m. lisa ■ Fibra elástica ■ Suprimento sanguíneo aos MMII Fisiopatologia ■ Suprimento sanguíneo arterial reduzido para o membro inferior – Obstrução – Danos na camada íntima ■ Má nutrição e oxigenação ■ Acúmulo de resíduos do metabolismos Estreitamento do lúmen Diminuição do Fluxo Isquemia local Fatores Predisponentes ■ Doenças cardiovasculares ■ Níveis séricos elevados de lipoproteína de baixa densidade – LDL ■ Hipertensão arterial . Fatores Predisponentes ■ Doenças cardiovasculares ■ Diabetes ■ Tabagismo ■ Obesidade ■ Vasculite ■ Sedentarismo ■ Doença falciforme - pode predispor à formação de ateroma Sinais e Sintomas Características ■ Dor – Cãimbra – Agrava ao elevar o membro e no exercício físico – Melhora no repouso ■ Claudicação intermitente ■ Diminuição de pulsos distais ■ Palidez e pele fria ■ Sem pêlos, fino e quebradiço Sinais e Sintomas Características ■ Região – Dedos dos pés, calcanhares e proeminências ósseas do pé. ■ Bordas bem demarcadas ■ Áreas necróticas ■ Eritema ■ Textura brilhante ■ As unhas dos pés engrossam e tornam-se opacas ■ Gangrena das extremidades também pode ocorrer. Superior esquerdo: Gangrena seca do dedo grande do pé em paciente com doença vascular periférica doença com linha de demarcação coberto com pântano. Superior direito: Gangrena úmida do antepé e dos dedos dos pés em paciente com doença arterial, com inchaço dos tecidos moles devido a infecção. Esquerda: úlcera arterial sobre a perna, com alterações cutâneas associadas típicas de doença arterial Sinais e Sintomas Características ■ A compressão – a cor da pele não retorna ao normal (> 3 seg.). ■ Teste de Buerger – Um atraso de mais de 10 a 15 segundos em retorno de cor após elevar uma perna isquêmica a 45 graus por um minuto indica comprometimento vascular. Tratamento ■ Aumentar o fluxo sanguíneo periférico – cirurgia reconstrutiva - para doença difusa – angioplastia – para estenose localizada ■ Indicações – Isquemia crônica com ulceração não cicatrizante – Gangrena – Dor excessiva ao repouso – Progressão da claudicação incapacitante. Tratamento Fisioterapêutico Arterial Venosa Orientações ■ Parar de fumar ■ Reeducação alimentar – Controlar o diabetes, hipertensão e hiperlipidemia. ■ Caminhar é benéfico ■ Cuidado com o calçado ■ Cuidado com a pele – Reduzir riscos de infecções – Procurar pele rachada, bolhas, inchaço ou vermelhidão Arterial e Venosa
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