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A história do trabalho 1

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Os direitos do trabalho no brasil se originaram através de um longo processo, tendo evoluções constantes durante o tempo, até chegarmos nos direitos que temos hoje.
Em 1824 a Constituição assegurava a liberdade do trabalho e extinguia as corporações de ofício.
Em 1830, foi promulgada a primeira lei que regulamentava o contrato por escrito sobre prestação de serviço celebrado por brasileiro ou estrangeiro dentro do Império.
Em 1837 houve uma normativa sobre contratos de prestação de serviços entre colonos dispondo sobre justas causas de ambas as partes. Em 1850 foi criado o Código Comercial, que dispõe sobre preposição mercantil, salários, nomeação por escrito dos caixeiros, indenização para os empregados, relação de justa causa, aviso prévio, etc.
Com a extinção do tráfico africano em 1850, muitos senhores rurais voltaram-se para outros negócios da indústria e comércio, proporcionando um país mais desenvolvido economicamente.
O café e o açúcar estavam em ascensão e acabaram por deslocar o eixo econômico no Norte para o Sul. Começaram a cogitar na tentativa de mão de obra de colonos livres, imigrantes estrangeiros e de preferência europeus.
O trabalho livre no Brasil apareceu somente a partir de 1988, após a abolição da escravatura, com a promulgação da Lei Áurea em 13 de maio de 1988, que aboliu o trabalho escravo. Sendo considerado, portanto, 4 séculos de trabalho escravo no Brasil.
A origem do direito do trabalho teve uma certa influência do fluxo migratório, pois, os donos de terras não queriam contratar os negros como funcionários livres. Por isso, migraram para o Brasil muitos europeus (italianos, portugueses e espanhóis) 
Em 1891 foi criada a primeira Lei com cunho tutelar e trabalhista, que proibia no Distrito Federal o trabalho dos menores de 12 (doze) anos, salvo a título de aprendizado, entre os oito e doze anos.
Quando os imigrantes chegam aqui, encontram um nada sobre os direitos do trabalho, mas como europeus, estavam acostumados com uma forte luta trabalhista, e diante da ausência de proteção dão início, no Brasil, as primeiras reivindicações por direitos, começam a organizar sindicatos, influenciando os trabalhadores brasileiros a lutar pela causa operária. Inicialmente, essas reivindicações não foram bem vistas, afinal, colocavam em risco a classe dominante.
A primeira lei trabalhista é de 1903, qual seja, a Lei dos Sindicatos Rurais. Não podendo esquecer, portanto, que até a década de 50 o Brasil era iminentemente rural. Em 1907, temos a Lei dos Sindicatos Urbanos. No período de 1907 a 1917 há uma intensa luta operária, inclusive, a primeira greve geral no Brasil ocorre neste período.
O início da legislação trabalhista ocorreu na Europa e chegou mais tarde ao Brasil sob pressão advindas de outros países, no sentido de elaborar leis trabalhistas brasileiras. Essa pressão se asseverou com o compromisso internacional assumido pelo nosso país ao ingressar na Organização Internacional do Trabalho, criada pelo Tratado de Versalhes (1919), propondo-se a observar normas trabalhistas. A Lei que trata sobre o acidente de trabalho é criada em 1919 e em 1923 temos a Lei Elói Chaves que disciplina sobre estabilidade no emprego conferida aos ferroviários que contassem com mais de dez anos de serviço junto do mesmo empregador.
Em 1930, pelo Decreto nº 19.443, Getúlio Vargas cria o ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, com a finalidade de prestar um amparo aos trabalhadores nacionais. O salário mínimo foi instituído pela Lei nº185 de 14 de janeiro de 1936.
Em 1º de maio de 1939 com o Decreto Lei nº 1.237, foi constituída a Justiça do Trabalho, instalada oficialmente em 1º de abril de 1941 e tendo como órgãos as Juntas, os Conselhos Regionais do Trabalho e o Conselho Nacional do Trabalho, estes últimos alterados em 1946 para Tribunal Regional do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho.
Em 1943, temos o diploma mais importante para a matéria, que é a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Foram reunidas as leis sobre direito individual do trabalho, direito coletivo do trabalho e processo do trabalho.
A Constituição de 1946 foi promulgada e apesar do seu cunho social e democrático, conviveu com o pensamento corporativista existente na Consolidação das Leis de Trabalho.	
Em 1967 tivemos a Emenda Constitucional que revisou a Constituição, mas, não alterou os direitos sociais de forma acentuada.
Em 1988 tem-se uma nova Constituição, com a essência do Estado Democrático de Direito. As modificações expressivas foram, entre outras, a redução da jornada de trabalho de 48 para 44 horas semanais, generalização do regime do fundo de garantia com a consequente supressão da estabilidade decenal, criação da indenização prevista para os casos de dispensa arbitrária, aumento de 1/3 da remuneração das férias, ampliação da licença gestante para 120 dias, elevação do adicional de hora extra para o mínimo de 50%, elevação da idade mínima para admissão no emprego para 14 anos, a criação da figura do representante dos trabalhadores nas empresas com mais de 200 empregados, a inclusão de três estabilidades especiais: a do dirigente sindical, a do dirigente das Comissões Internas de Acidentes e a das empregadas gestantes.
Regulamentando a Constituição de 1988, o Congresso Nacional aprovou a Lei de Greve (Lei n º 7.783/1989), lei sobre política salarial (Lei nº7.788/1989), a lei sobre o salário mínimo (Lei nº 7.789/1989), lei sobre o FGTS (Lei nº8.036/1990).
A Lei 11.788 de 2008 introduziu fortes inovações nas normas que regem o trabalho do estagiário, como redução da jornada de trabalho para 6 horas diárias e a concessão de recesso remunerado de um mês após um ano de estágio.
Em 2010 a licença maternidade de seis meses passou a ser obrigatória no serviço público e opcional da iniciativa privada.
Em 2011 foi aprovada a Lei nº 12.506 que estabelece o prazo de 30 dias para o aviso prévio com o acréscimo de 03 dias por ano trabalhado, podendo chegar ao limite de 90 dias.
A Lei complementar nº 150 de 1º de junho de 2015 dispõe sobre o contrato de trabalho do empregado doméstico estendendo garantias que já eram previstas para as demais categorias de trabalhadores.
A Reforma Trabalhista no Brasil de 2017 foi uma mudança significativa na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) instrumentalizada pela lei № 13.467 de 2017. Segundo o governo, o objetivo da reforma foi combater o desemprego e a crise econômica no país. 
Portanto estes foram alguns dos mais importantes acontecimentos que marcaram a história e possibilitam a melhor compreensão do surgimento e da atual fase do direito trabalhista no Brasil.

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