Buscar

Plano de Gestão Sitio Histórico Cobertura Vegetal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CLODOMIR BARROS PEREIRA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CONSERVAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL EM SÍTIO URBANO DO 
PATRIMÔNIO CULTURAL 
ESTUDO DE CASO : SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UFPE - DAU - CECI 
JANEIRO/2001 
 
 
2 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÕES 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
CENTRO DE CONSERVAÇÃO INTEGRADA URBANA E TERRITORIAL 
4º CURSO DE CONSERVAÇÃO INTEGRADA URBANA E TERRITORIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CONSERVAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL EM SÍTIO URBANO DO 
PATRIMÔNIO CULTURAL 
OBJETO DE ESTUDO : SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA 
 
CLODOMIR BARROS PEREIRA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao CECI - Centro 
de Conservação Integrada Urbana e 
Territorial, sob orientação da Prof  Dra. 
Ana Rita Sá Carneiro, para a obtenção do 
grau de Especialista em Conservação 
Integrada Urbana e Territorial 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Recife - PE 
2001 
A CONSERVAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL EM SÍTIO URBANO DO 
PATRIMÔNIO CULTURA 
ESTUDO DE CASO : SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA 
 
 
 
 
 
 
CLODOMIR BARROS PEREIRA JUNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em: / / 
 
 
 
 
 
 
 
BANCA EXAMINADORA : 
 
 
 
----------------------------------------------------------- 
ANA RITA DE SÁ CARNEIRO 
Doutora pela Oxford Brookes University 
 
 
 
------------------------------------------------------------ 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A Deus, Sobre Todas as coisas 
A Meus Pais, 
Meus avós 
Minha Esposa, 
Minha filha, 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Carta de Doação de 12 de Março de 1537 
 
 " Duarte Coelho, fidalgo daCasa de El-
rei Nosso Senhor , capitão e governador 
destas terras da Nova Luzitânia por El rei 
Nosso Senhor, etc " ... 
 
( § 1º ) No ano de 1537 deu e doou o Sr. 
Governador a esta sua vila de Olinda, para 
seu serviço e de todo o seu povo, moradores 
e povoadores, as coisas seguintes:... 
 
" E assim hei por bem de lhe dar e confirmar 
para sempre e mando que todo o povo se 
sirva e logre dos ditos matos , lenhas e 
madeiras para casas tirando fazer roças, 
que não farão, e assim árvores de palmo e 
meio de testa e daí para riba não cortarão 
sem minha licença ou dos meus oficiais, que 
por mim o cargo tiverem, porque as tais 
árvores são para outras cousas de maior 
sustância em especial, sob pena posta em 
meu regimento, e assim resguardarão todas 
as madeiras e matos que estão ao redor 
dos ribeiros e fontes." 
 
 
 
 
6 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
Agradecemos a todos aqueles que contribuíram direta e indiretamente para a 
elaboração desta monografia, e de modo especial: 
 
À Professora Ana Rita de Sá Carneiro, pelas orientações 
 
Aos Professores da Pós graduação em paisagismo Willams Souza, José 
Fernando e Ricardo Martins 
 
Aos professores da Graduação pelos primeiros ensinamentos na área : Prof  
Ana Maria ( paisagismo), Prof. Tavares ( madeira) e Prof. Osvaldo Lima ( botânica) . 
 
A todos os professores e amigos do CECI, pelas diversas contribuições dadas 
na elaboração do trabalho. 
 
A todos os professores que contribuíram na minha formação. 
 
 
7 
 LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
 
Figuras: 
 
01- mapa de Olinda ....................................................................................1630 
02- Paisagem de Olinda , vista do Mosteiro de São Bento....................... 1990 
03- Paisagem de Olinda , Vista do Horto Del Rey......................................1990 
04 - Paisagem de Olinda , vista da antiga várzea, mangues e restingas..1990 
05 - Mapa do Polígono de Tombamento.....................................................1992 
06 - Litografia , Colheita de cajus pelos índios caétes...........................Sec XVI 
07- Mapa do Brasil, capitanias hereditárias...............................................1530 
08 - Gravura , Derrubada do Pau Brasil .................................................Séc XVI 
09- Gravura, batalha entre Índios Caétes e Colonos de Olinda................1558 
10- Mapa de Olinda Civitas.........................................................................1551 
11- Gravura de Olinda...........................................................................Séc XVII 
12 - Gravura de Olinda, produção de Açúcar.........................................Séc XVI 
13 - Paisagem de Olinda , .....................................................................Séc XVII 
14 - Gravura Franz Post , Olinda , vista sentido Norte/sul.........................1631 
15- Gravura, vista porto de Olinda..............................................................1631 
16 - Paisagem de Olinda ......................................................................Séc XVIII 
17- Destruição do Patrimônio Natural, erosão...........................................2000 
18- Extrapolação da Capacidade de Carga, Carnaval..............................1999 
19- Paisagem, Patrimônio Ambiental , Natural e Construído...............Séc XX 
20- Paisagem, Patrimônio Ambiental , Natural e Construído...............Séc XX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
 
2.0 O PLANO DE GESTÃO E A CONSERVAÇÃO INTEGRADA 
 
 2.1 A IMPORTÂNCIA DA COBERTURA VEGETAL NO PLANO DE 
GESTÃO DOS SÍTIOS HISTÓRICOS 
 
 3.0 O SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA 
 
3.1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS 
 
3.2 PROBLEMATIZAÇÃO 
 
3.3 POTENCIALIDADES 
 
4.0 A CONSERVAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL NA GESTÃO DO 
SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA 
 
4.1 PROJETOS E AÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO SÍTIO 
HISTÓRICO DE OLINDA 
 
 4.2 GERENCIAMENTO E MANUTENÇÃO AMBIENTAL 
 
5.0 CONCLUSÕES 
 
6.0 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
l. INTRODUÇÃO 
 
Preservar o nosso patrimônio cultural , seja ele construído , natural, tangível ou 
intangível transforma-se, para quem trabalha na área, em uma árdua tarefa, uma 
abnegação, um sarcedócio. Nossos bens culturais estão pouco a pouco perdendo-se, 
degradando-se e descaracterizando-se. Nossos Centros Históricos Urbanos , berço da 
nossa história e civilização, museu vivo da nação agonizam e tendem a desaparecer 
paulatinamente, em conseqüência da pressão social, da falta de recursos para 
investimentos, falta de sensibilidade dos governantes, ausência de consciência e 
cidadania, educação patrimonial e ambiental dos moradores e usuários desses 
núcleos. 
Para minimizar os efeitos da dinâmica urbana das cidades, causadas pelo 
aumento dos novos bens e serviços, novos processos tecnológicos, aumento da 
densidade demográfica, com altas taxas de natalidade, degradação ambiental, tais 
como: poluição do ar pela emissão de gases das chaminés das fabricas e canos de 
scapes de veículos, poluição das águas com lançamento de dejetos e cargas 
orgânicas nos afluentes, além do assoreamento do leito, poluição do solo pela 
percolação de metais pesados provenientes da mineração e decomposição dos 
resíduos sólidos, somados ao colapso no sistema de infra estrutura urbana, 
extrapolando sua capacidade de carga, se faz necessário cada vez mais a gestão da 
conservação desses núcleos através de mecanismos e instrumentos eficientes e 
eficazes para combatermos a problemática urbana atual e os seus efeitos predadores. 
O novo modelo de planejamento dessas áreas está baseado na carta de 
Amsterdã de 1975, que recomenda para o enfrentamento de tais problemas nos 
nossos núcleos históricos, a gestão da conservação integrada urbana e territorial. Essa 
gestão do patrimônio ambiental construído e natural deve compatibilizar as políticasambientais e socio-culturais com os interesse públicos e privados , através de uma 
política de conservação integrada , permitindo o desenvolvimento sustentável , com a 
garantia de preservar esse patrimônio cultural ambiental e construído para as futuras 
gerações . 
O controle dos problemas, das ações, das gestões técnicas , e administrativas 
sobre essas áreas especiais é atribuição legal e constitucional do poder público que 
tem a tarefa de promover essa gestão da conservação deste patrimônio natural e 
 
 
10 
cultural. Porém para cumprir essa árdua tarefa com sucesso é essencial a participação 
da população nas fases de elaboração de programas, projetos e planos , 
implementação , controle e monitoramento da ações de conservação de modo que 
permita o constante registro e avaliação de todas as etapas do processo. 
O objetivo desta monografia é analisar o sítio histórico de Olinda no que tange a 
sua Cobertura Vegetal , e propor um plano de gestão, baseado no processo de 
planejamento da conservação integrada, que visa orientar o planejamento de ações 
que busquem o desenvolvimento econômico do Sítio Histórico de Olinda 
fundamentado nos princípios da sustentabilidade incluso na Agenda 21 ( ECO 92 ), 
frisando a importância da vegetação no equilíbrio do meio ambiente e na paisagem do 
Sítio Urbano do Patrimônio Cultural 
Este trabalho oferece assim, conhecimentos básicos sobre a conservação da 
Cobertura Vegetal nos núcleos urbanos históricos , embasando futuras pesquisas, 
relacionadas a utilização, manejo e conservação dessas áreas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
2.0 O PLANO DE GESTÃO E A CONSERVAÇÃO INTEGRADA 
 
A cidade torna-se, cada vez mais, o habitat do homem , inclusive no Brasil, onde 
78% da população é urbana. Este fato aumenta a responsabilidade de todos que, por 
razões profissionais ou exercício da função pública, tem que intervir no espaço 
urbano. (MOURTHÉ, 1998,p.36) 
A falta de um planejamento urbano, coadunado com a falta de uma política 
ambiental gera megalopolis inabitáveis , onde o crescimento populacional e 
desordenado ocasiona uma ocupação inadequada do espaço urbano, contribuindo 
para a devastação de grandes áreas verdes. 
" A conseqüência da falta desta política urbana e ambiental , é uma população 
marginalizada, que vive em condições precárias em locais sem o mínimo de 
salubridade, provocando o desequilíbrio total dos recursos naturais, que são elementos 
essenciais do meio ambiente necessário a vida do homem, ou seja ao metabolismo do 
seu organismo; alimentos fornecidos pelas plantas, pelos animais, água e ar, que com 
o passar dos anos tornam-se inexistentes . (TRICART, 1977) 
A produção do espaço urbano, da-se geralmente de uma forma regular e 
coerente. Ao espaço são adicionados infra-estrutura básica, equipamentos urbanos, 
edificações, sistema viário, formando núcleos que juntamente com a existência ou não 
de amenidades, compõem o valor da terra. Este fato relacionado a escassez de terras 
urbanizadas, pode ser constatada na paisagem urbana atual em nossa volta, a 
população de poder aquisitivo mais baixo, não tem condições de adquirir um lote 
urbanizado, somando a isso a inexistência de programas que visem a distribuição 
gratuita de lotes, gerando assim, a ocupação desordenada dos solos urbanos. " A 
conseqüência desta prática inadequada, unida a desinformação da população, provoca 
inúmeros danos a natureza ( RESENDE,1982). Estes danos vão desde o 
desmatamento, a ocupação desordenada do solo, gerando estabelecimentos 
irregulares, a poluição dos recursos naturais. Em se tratando de áreas urbanas já 
existentes é de suma importância considerar o traçado antigo e o arranjo dos espaços 
públicos, considerar as especificidades sociais e culturais do lugar. "É na cidade que a 
vida acontece. É neste espaço privilegiado que cada ser humano se relaciona, interage 
e se expressa como sujeito. Nesse sentido, a cidade , é a expressão física das 
relações humanas que uma dada sociedade estabelece. ( LEITÃO, 1996). 
 
 
12 
"Nas relações entre o homem e a natureza deve-se levar em conta o caráter 
dialético das mesmas; o homem atua sobre o meio ambiente com uma maior 
capacidade de modificá-lo ou não conforme as disponibilidades do capital - dinheiro e 
do conhecimento tecnológico que possui." ( ANDRADE, 1982 ). 
O espaço livre público ou privado , não pode ser considerado um vazio, uma 
sobra de terreno, que deve ser organizado por último, ou deixado ao esquecimento, 
Esses espaços tem que estar unidos, coesos, a formação do conjunto do tecido 
urbano: construções, espaços livres públicos e privados, sistema viário , intercalados 
por arranjos paisagísticos. 
A conservação destes espaços é primordial, tanto para a geração presente , 
quanto para as futuras gerações, se faz necessário o conhecimento dos princípios de 
sustentabilidade, a importância dos valores e significados da riqueza ambiental e 
cultural , como fundamentais para a vida coletiva. A sociedade que não tem memória, 
esquece a verdade de si mesma, não tem história, nem consciência do seu patrimônio. 
Assim , o resultado seria a inexistência da identidade cultural e a pouca afetividade ao 
lugar. Um patrimônio conservado , promove a imagem do lugar, resgata valores e 
proporciona condições para a interação dos indivíduos, fatos que geram melhorias na 
qualidade de vida e perspectivas de futuro mais positivas. 
A reabilitação dos centros históricos , em particular de seus espaços públicos , 
de sua paisagem, implica na recuperação do seu patrimônio natural, de sua Cobertura 
vegetal, como parte da cultura e especificidades locais. Tais considerações estão 
inseridas no novo conceito de Conservação Integrada Urbana e Territorial, que refere-
se a um conjunto de planejamento e ações de gestão de áreas urbanas existentes 
com o objetivo de garantir o desenvolvimento sustentável pela manutenção das 
estruturas físicas e sociais, integrando-os com novos usos e funções. 
Essas preocupações surgiram , com a crise do petróleo em 1972, e já em 1975 
com a Carta de Amsterdã , surge também a preocupação com a sustentabilidade dos 
sítios históricos." A conservação dos conjuntos deve estar inserida em uma perspectiva 
global, a conservação integrada conclama a responsabilidade dos poderes locais e 
apela para a participação do cidadão". 
Na ECO 92, na Carta do Rio, as Nações Unidas reafirmam a preocupação com 
o meio ambiente e o desenvolvimento: que se respeitem os interesses de todos e se 
proteja a integridade do sistema ambiental e desenvolvimento mundial, reconhecendo 
 
 
13 
a natureza integral e interdependente da terra, nossa morada, onde como princípio 1º 
proclama que: " Os seres humanos constituem o centro das preocupações 
relacionadas com o desenvolvimento sustentável. Tem direito a uma vida saudável e 
produtiva em harmonia com a natureza". 
"O respeito a esses princípios obriga a introdução de ritmos de crescimento 
compatíveis com a capacidade de sustentação dos ecossistemas envolvidos, urbanos 
e rurais, sejam naturais ou modificados., particularmente considerando as relações das 
cidades entre si e delas com os sistemas naturais remanescentes, numa perspectiva 
de globalização." (RIBEIRO,1998). 
O Meio Ambiente no Brasil, tornou-se objeto de proteção Integral, por força da 
Lei n.º 6.938, de 31.08.81, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente com a 
criação de instrumentos jurídicos d defesa, órgãos encarregados de ações destinadas 
a evitar a degradação ambiental. E em 1988 na Carta Magna, erigiu-o ao patamar de 
direito fundamental do Homem (art, 225). 
O Desenvolvimento Sustentável Urbano, passa pela compreensão do Meio 
Ambiente e pela compreensão ecológica da cidade, pela abordagem da conservação 
Integrada, como centro da produção humana, econômica e cultural. 
A cobertura Vegetal do sítio é importante,pois faz parte da paisagem, um dos 
fatores indispensáveis ao tombamento como cidade ecológica em 1980 e cidade 
patrimônio cultural da humanidade em 1982. A vegetação do sítio diluída nos espaços 
livres públicos e privados é responsável pelo clima ameno que envolve o sítio histórico 
o diferenciando em temperatura de um a dois graus centígrados mais baixo do que 
outras áreas da cidade, a estruturação do solo das colinas históricas, o regime de 
ventos , a maior precipitação pluviométrica, a oxigenação e a grande 'variedade de 
aves que permeiam o Sítio. 
 Nos últimos 40 anos as cidades triplicaram suas populações crescendo em 
teias cada vez mais complexas, as quais continuam despreparadas para enfrentar a 
grande quantidade de problemas de infra-estruturas gerados pela ocupação 
desordenada, oriunda da crescente urbanização. 
O novo paradigma do Desenvolvimento Sustentável e a nova revolução técno-
científica surgem para compatibilizar essa explosão demográfica com o crescimento 
econômico e o desenvolvimento social transformando-se no primeiro grande desafio 
do terceiro milênio. 
 
 
14 
Essa nova maneira de pensar o planejamento das cidades como sustentáveis 
está fundamentada na implantação de estratégias utilizando o conceito da gestão e 
conservação integradas norteados pelos princípios da Agenda 21. 
"Para atingir os novos objetivos, se faz necessário a elaboração de novos 
projetos, planos, instrumentos e mecanismos de gestão, que buscam consolidar 
algumas atividades tais como: diagnóstico, proposições, negociação, controle e 
monitoramento e implementação de estratégias sempre articulados com os diversos 
atores." (ZANCHETI,1995). 
Pensando assim, elegemos este modelo de gestão para ser implantado no Sítio 
Histórico de Olinda haja visto que ele atende aos novos princípios da sustentabilidade 
e a inserção do município no processo de globalização, aproveitando as suas 
especificidades tais como o uso predominantemente residencial compatibilizado com o 
turismo cultural, com a gestão do patrimônio ambiental integrado e as novas 
modalidades de prestação de serviços. 
O modelo conceitual de gestão a ser desenvolvido inicia-se com a identificação 
preliminar do objeto de estudo ( análise e avaliação), que neste trabalho é 
representado pelo Sítio Histórico de Olinda, levantando não apenas a sua problemática 
mas, suas potencialidades, pois estas serão capazes de reverter o quadro atual para 
uma realidade futura, considerando os princípios da sustentabilidade. Em seguida, 
executa-se a fase de proposição do Plano de Gestão, que busca a consolidação e 
detalhamento das diretrizes, estratégias e ações, considerando o horizonte de tempo 
necessário à sua implementação e o âmbito institucional responsável. É de extrema 
necessidade reconhecer a importância da fase de negociação existente na 
elaboração e implementação do Plano, pois esta é a forma de consolidar e 
impulsionar as ações a serem formuladas. A última etapa, e que permeia todo o 
mecanismo de elaboração e implantação do Plano, é representada pelo 
Monitoramento e Controle, responsável pela avaliação constante do processo e a 
retroalimentação do Plano, afim de permitir uma maior flexibilidade a adaptação das 
suas proposições a dinâmica urbana. A elaboração do Plano a ser apresentado no 
presente trabalho se estrutura, metodologicamente, na formulação da dimensão 
ambiental, sem esquecer de levar em consideração as dimensões sociais, cultural, e 
políticas e econômicas, facilitando desta forma o entendimento das realidades a serem 
consideradas para a definição da Gestão da Conservação da Cobertura Vegetal. 
 
 
15 
2.1 A IMPORTÂNCIA DA COBERTURA VEGETAL NO PLANO DE GESTÃO DOS 
SÍTIOS HISTÓRICOS. 
 
A utilização que o homem tem feito dos recursos naturais nem sempre ocorreu 
considerando suas características e a capacidade de recuperação, o que leva a uma 
rápida degradação do ambiente, consequentemente causando problemas ambientais 
graves, A natureza tem uma grande capacidade de resiliência , mas tem um limite, 
muitas vezes um recurso natural degradado, perde a condição de retornar a suas 
características originais. Um bom exemplo é o desmatamento das nascentes do rio 
São Francisco na serra da canastra em Minas Gerais , gerando a diminuição do 
volume d' água do rio, diminuição da fauna e assoreamento do leito. 
Ao longo da história o homem vem modificando os diversos ecossistemas, 
desconsiderando sua capacidade de resiliência. " Para atender as suas necessidades 
biológicas e desenvolver suas atividades, o homem faz constantemente uso dos 
recursos naturais. Deles, ele retira: a água; o ar; o alimento; a matéria prima para o seu 
abrigo, seus meios de locomoção , seus móveis, utensílios e outros materiais; e a 
energia que precisa para viver e desenvolver suas ações . Neles ele lança os resíduos 
decorrentes do seu organismo ou o resultante de suas atividades ".(MOTA,1997) 
Só há muito pouco tempo a humanidade começou a verificar que essa 
degradação ao meio ambiente estava causando prejuízos ao homem, pois estava 
ficando insuportável viver em determinadas áreas do planeta, pois as condições de 
degradação do meio ambiente, ar, solo, e água , já se encontrava em estado 
avançado. Existe no Nordeste Brasileiro uma região situada no Sertão do Piauí que há 
mais de um século entrou no processo de desertificação, levando sua população a 
emigrar para centros urbanos onde pudesse ter melhor qualidade de vida. 
Os problemas ambientais agravaram-se nas últimas décadas , vários 
espécimes de animais e vegetais se extinguiram, desastres ecológicos tornam-se 
corriqueiros. O crescimento populacional e a expansão urbana contribuem de forma 
definitiva para o desmatamento da cobertura vegetal e a poluição dos recursos 
naturais, pois a degradação é causada pela intensificação das atividades humanas, 
tais como a industrialização, a agropecuária, a extração de minérios, dentre outras 
ações degradadoras. 
O desmatamento tem sido mais abordado nestas duas últimas décadas, devido 
 
 
16 
a perda rápida e demasiada de cobertura vegetal , através do corte indiscriminado de 
árvores nas florestas , destruição das matas ciliares que protegem os recursos 
hídricos, a queimada do cerrado , caatinga e campos para abrir novas fronteiras para a 
agropecuária. Esses procedimentos tem levado o planeta nos últimos anos, a quase 
exaustão, a um colapso climático, modificando a atmosfera, as marés, o regime dos 
ventos, causando desastres ecológicos. 
Em geral, as árvores são muito importantes para a manutenção do meio 
ambiente, consequentemente ao equilíbrio climático, as árvores produzem sombra, 
aliviando os efeitos da insolação, retirando do ambiente uma enorme quantidade de 
radiação, além de extrair água do solo e transformá-la em vapor, para amenizar a 
temperatura do ambiente, também consomem gás carbônico no processo de 
fotossíntese, alteram o regime de ventos e absorvem grande quantidade de poeira e 
sons. Suas folhas e raízes servem como estruturadora dos solos, criando uma malha 
fibrosa de proteção contra a lixiviação, também servem como cortinas de quebra-
ventos, controle e harmonização visual, como nicho ecológico, levando a presença de 
fauna, pois produz frutos para os animais silvestres. 
"Uma das conseqüências das modificações causadas pelo homem ao meio 
ambiente é a destruição da cobertura vegetal primária , seja pra agricultura ou outros 
empreendimentos. A floresta primária representa o equilíbrio da interação climática 
com as características do solo de uma determinada área, pois é o elemento fixador do 
solo e estabilizador das condições climáticas e hidrológicas. A retirada da cobertura 
vegetal de uma área, expõe o solo e as margens dos cursos d'água aos processos 
erosivos, causando voçorocas, assoreamento, inundações e provocando 
desertificações." (MOTA,1997)17 
A cobertura vegetal, tem papel fundamental no regime hídrico, a umidade 
permanece no solo por mais tempo, e abastece os lençóis freáticos, o manto de folhas 
decompostos em matéria orgânica, favorecem a infiltração ou lixiviação controlada das 
águas no solo, evitando assim a erosão. A umidade agi no desenvolvimento das 
sementes quebrando sua dormência e propiciando um ambiente adequado para o 
crescimento das mudas. 
Além desta importância na questão ambiental, ao avaliarmos o local de uma 
ocupação urbana, verificamos que a vegetação é um componente bastante evidente 
na paisagem. A presença da vegetação , especialmente em áreas urbanas, além de 
promover a estabilização das condições físicas, proporciona um conforto ambiental, 
determinando uma oferta de espaços ambientalmente mais agradáveis, promovendo 
assim a melhoria das condições de lazer, saúde física e mental da população. 
Neste sentido, ao planejar gestão de uma área ou a implantação de um novo 
espaço urbano, é necessário identificar na unidade de paisagem, praças, adros, horto, 
mirantes, suas aptidões e restrições aos usos diversos, conforme as condições físicas, 
sociais , econômicas, ambientais, culturais e institucionais. No caso do nosso objeto de 
estudo, a cidade de Olinda, Núcleo Urbano do Patrimônio Cultural, essas restrições 
tornam-se mais exacerbadas devido a legislação urbanista de preservação e a 
vocação do Turismo Cultural e Lazer. 
 
 
 
 
18 
3.0 O SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA 
 
O centro Histórico de Olinda fica a 6.0 km de Recife e possui uma área de 
40,83 km2, sendo 34,5 km2 de área urbana e 6,29 km2 de área rural, embora seja a 
menor cidade em área urbana, é considerada a terceira maior em densidade 
demográfica com uma população de 349.380 habitantes em 1996. A cidade possui 
seus limites demarcados pela cidade de Paulista ao norte, o Oceano Atlântico ao leste 
e Recife ao oeste e sul. Geológica e morfologicamente é considerada uma faixa 
sedimentar ciateira cretácea - paleocênica, com planície marinha: cobertura recente 
predominantemente arenosa resultante de acumulação marinha; planície fluvio-
marinha: desembocaduras dos rios Beberibe e Paratibe; Tabuleiros costeiros: elevação 
com topos planos, de baixa altitude, formados por sedimentos arenosos e argilosos. 
Além de ser considerada como zona da mata com cobertura vegetal, originalmente 
constituída de mata atlântica e seus ecossistemas associados, manguezais e 
restingas.(Fonte: Plano Diretor de Olinda) 
 
 
 
 
 
 
19 
Olinda possui uma área tombada a nível Federal ( Notificação N.º 100004/68) e 
Municipal ( Lei 4849/920) de 10,4 Km2, composta pelo Sítio Histórico e seu entorno, 
delimitando assim o polígono de preservação. A área de preservação rigorosa, é 
formada por 1,2 km2, se refere principalmente a manutenção do gabarito e de caráter 
plástico das edificações, frontispícios, cornijas, empenas e telhados, a preservação da 
vegetação pública e privada, e fixando a ocupação máxima dos lotes em 20% dentro 
do perímetro da ZEPC 1 Zona Espacial de Proteção Cultural e Paisagística , que é 
constituído pelo núcleo urbano primitivo, compreendendo edifícios e áreas verdes de 
reconhecido valor histórico, SV1 , SV2 e SV3. 
Possui uma população média de 17.363 que significa 5,09% da população em 
relação ao município, é formado por 3.305 imóveis sendo 2.914 imóveis habitacionais, 
com isso o sítio se caracteriza como predominantemente habitacional tendo 88% de 
uso habitacional, 5,63% de comércio e 6,20% de serviços. 
 
 
 
20 
3.1 ANTECEDENTES HISTÓRICOS 
 
 "Não se podia mais catar castanhas sob a sombra rala dos cajueiros da 
restinga, os tabajaras estavam cada vez mas atrevidos entravam adentro na mata dos 
cajus, o território não era respeitado, estava na hora de se impor, investir novamente 
sobre as aldeias tabajaras e mostrar-lhes de uma vez por todas que aquela várzea era 
dos caétes" ( BARROS,1991). 
 Até então tudo estava praticamente como Deus havia criado, o ecossistema da 
mata atlântica tinha adaptado-se pouco a ação dos silvícolas, o ambiente das florestas 
tropicais estava equilibrado, milhões de anos haviam se passado, os animais e os 
vegetais desses ambientes viviam na dependência uns dos outros. Através dos anos 
eles foram se adaptando ao solo, clima, e a presença ou não da água (doce ou 
salgada ). 
 
 
 
 
21 
"A praia estava deserta. Não havia ninguém ao longo da enseada e nem nas 
matas que a cercavam. A areia porém se encontrava repleta de pegadas , num sinal 
claro que a terra era habitada. Tal evidência não impediu que os marujos recém 
desembarcados gravassem seus nomes e de seus navios nas árvores e rochas 
costeiras e, a seguir imprimissem o dia, o mês e o ano de seu desembarque, tomando 
posse daquele território em nome da Coroa de Castela. 
 Era 26 de Janeiro de 1500 e os homens chefiados pelo capitão Vicente Yañes 
Pinzón tinham acabado de descobrir o Brasil, três meses antes de Pedro Alvares 
Cabral. 
Batizaram o cabo de cor esmeralda que avançava sobre o mar numa estreita 
faixa de areia branca emoldurada por uma densa vegetação, de Santa Maria de La 
Consolación."( BUENO,1998) 
 
 
 
 
 
 
 
22 
Durante trinta anos, Pindorama ( Terra das Palmeiras, denominação do Brasil, 
na língua Tupi) , permanecia isolado, visitado apenas pelos franceses, conhecidos por 
mair, que contrabandeavam o pau de tinta, Caesalphinea echinata, e esporadicamente 
pelos portugueses, conhecidos por peros, que também daqui só levavam o pau brasil. 
" No Brasil o pau de tinta medrava exclusivamente na planície costeira que ia do Rio 
Grande do Norte ao Rio de Janeiro, em meio a exuberância da mata atlântica. E existia 
três pontos na costa onde a árvore se encontrava em maior quantidade que eram em 
Cabo Frio onde foi fundada a primeira feitoria , no sul da Bahia , próximo a Porto 
Seguro, onde Cabral havia aportado em 1500, e em Pernambuco, próximo a ilha de 
Itamaracá ( de onde provinha a madeira de melhor qualidade, o chamado brasil-fino), 
onde foi fundada a segunda feitoria por Cristóvão Jaques." (BUENO,1998) 
A Ibirapitanga, ( pau vermelho) em tupi, foi retirada indiscriminadamente no 
século XVI . Portugueses e franceses, foram indiretamente responsáveis pela 
derrubada de 2.000.000 milhões de árvores, as primeiras tinham mais de 3.0 metros 
de diâmetro e 30,00 metros de altura . No início do século XVII, a coroa enviou os 
primeiros guardas florestais do Brasil, para controlar o abate das árvores. 
"Impossibilitados de fundar feitorias , os contrabandista franceses eram largados 
na costa brasileira e tinham permissão para viverem em aldeias onde serviriam de 
intermediários e intérpretes entre os mercadores franceses e os índios." (BUENO , 
1998).A convivência com esses novos índios brancos, era muito mais harmoniosa, do 
que com os portugueses , pois os "mair" só estavam interessados nas árvores , 
enquanto os "pero", sempre estavam envolvidos em conflitos com os gentios, tratavam 
também do comércio de escravos indígenas. 
 
 
 
23 
Quando em 1535 o fidalgo Duarte Coelho desembarcou em terras brasileiras 
procurou desembarcar próximo a feitoria de Itamaracá, onde já funcionava uma 
feitoria que comercializava o pau brasil desde 1517, fundada por Cristóvão Jaques e 
no continente já existia um povoado denominado " Igaraçu " ( canoa grande em tupi ), 
fortificado com uma paliçada onde existiam alguns índios domesticados, poucos 
mamelucos e colonos, sempre em conflitos com os índios caétes. Duarte Coelho 
preocupado com a segurança de sua família e dos povoadores, depois de fundar mas 
a frente uma vila chamada são Cosme e Damião, dirigiu-se ao sul próximo ao porto 
natural pero nhambuco, onde havia um povoado sobre um platôchamado mair dos 
caétes ( antigo entreposto francês), envolvido por uma densa vegetação, floresta 
ombrófila densa, composta de macaibeiras, pitangueiras, cajueiros , genipapeiros, 
cajazeiras, pau brasil, visgueiros, cedros, ipés, ingazeiros e outras árvores nativas. 
Duarte Coelho depois de meses e varias investidas com ajuda dos Tabajaras , inimigos 
seculares dos caétes, conseguiu expulsa-los da colina e tomou posse, construiu uma 
paliçada em volta do platô e trouxe a família e vários colonos, que estavam no 
povoado de Cosme e Damião. 
 
 
 
 
24 
Como estratégia militar, para não ser surpreendido pelos ferozes caétes, Duarte 
Coelho devastou toda a floresta que cobria a colina e a dos morros vizinhos, 
derrubando toda a mata primitiva existente, deixando um campo aberto. 
Onde hoje é o alto da Sé, foi edificada a torre do donatário, a ermida e outras 
edificações dando origem a Rua dos Nobres, nasceu naquele logradouro a vila Marin, 
posteriormente Vila de Olinda. Pouco a pouco as áreas adjacentes, as varzeas e 
matas ciliares da vila foram sendo devastadas para dar início a criação de animais 
domesticos, a lavoura de subsistência e a cana de açúcar, responsável na zona da 
mata pela devastação total da mata atlantica. 
 
O plantio de árvores frutíferas nos quintais só veio a ser utilizado no século 
XVIII, com frutas nobres exóticas provenientes Horto Del Rei, ( 1º jardim de 
aclimatação do Brasil ). Olinda com o declínio da lavoura de cana de açúcar, no século 
XIX, caiu em decadência, tornando-se uma cidade praieira para veranistas, 
sobrevivendo da agropecuária, com a criação de gado, lavouras de subsistência, e um 
pequeno comércio. 
 
 
 
25 
Até meados do século XX, Olinda como o restante do Brasil, era estritamente 
agrícola, cerca de 70% da população habitava na zona rural, e as cidades, com raras 
exceções, eram apenas entrepostos comerciais. Olinda até a década de 30 possuia 
duas usinas que moiam a cana para a produção de açucar. Com o desenvolvimento 
da industrialização a partir da década de 60, o Brasil entrou na era da metropolização 
com um grande êxodo rural em direção aos grandes centros do País ( São Paulo, Rio 
de Janeiro, Belo Horizonte e Recife ). Em Olinda, instalaram-se algumas Industrias, até 
uma montadora de veículos , onde hoje funciona o quartel do exercito em Santa 
Teresa. Surgiram também os loteamentos de Umuarama e Bairro Novo, desmatando 
os coqueirais , macaibeiras, os cajueiros e mangabeiras. A partir da década de 60, 
foram implantados vários conjuntos residenciais concomitante a um desmatamento e 
aterramento de aqüíferos ; Vila Popular ( aterramento do Mangue),Ouro Preto 
( desmatamento da mata do ronca), Rio Doce ( desmatamento da mata de 
Maranguape), Jardim Brasil ( assoreamento das lagoas). 
A partir da década de 80, ocorreram invasões de áreas de mangues, ribeirinhas, 
localizado nas lagoas de pulsação das APA'S , do Varadouro, do Beberibe, de Santa 
Teresa, na Zona Rural e ao redor da mata do passarinho. Em pouco mais de 50 anos 
Olinda passou de uma cidade com características agrícolas para a terceira maior 
densidade demográfica do País, a 44 em população ( dados do IBGE censo 2000), 
mais de 70.000 habitações, resultando assim em uma das menores taxas de área 
verde por habitante no País . 
 
 
 
 
 
 
26 
3.2 PROBLEMATIZAÇÃO 
 
A preocupação com a preservação do patrimônio vem ser evidenciada em 1920 
com a Comissão Arquidiocesana de Arte Sacra; em 1927 o Projeto n.5 a nível estadual 
criando um serviço de defesa ao patrimônio, que em 1928 transforma-se em lei; em 
1929 cria-se a “Inspectoria Estadual de Monumentos Nacionais” a qual inventariou 
alguns monumentos. Em 1937 edita-se o Decreto Lei Federal n. 25, tombando 13 
monumentos de Olinda como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Apenas em 
1968 pela notificação n.º 100004/68 é que se tomba o acervo urbanístico e 
arquitetônico de Olinda, correspondente a 1,2 Km2 . Em 1973 é desenvolvida a 
Legislação Urbanística básica do município, constituindo -se na Lei 3826/73. Nesta Lei 
no livro lll, trata especificamente do Sítio Histórico, estabelecendo um zoneamento para 
o conjunto urbanístico. 
 
 
A construção do complexo de salgadinho e o centro de convenções abre uma 
nova perspectiva de Sítio e a possibilidade de intervenções nas áreas de mangues 
aterrados, com prováveis prejuízos à paisagem e ao meio ambiente. 
Em decorrência desta nova situação , em 1979 é aprovada pelo IPHAN, Instituto 
do Patrimônio Histórico Artístico Nacional, uma proposta de ampliação da área 
tombada de 1,2 km2 para 10,4 km2, sob a denominação de notificação 1115/79, mais 
de 1/4 do território do município, onde são estabelecidos normas de proteção a 
visibilidade e de preservação de áreas naturais. 
A partir da década de 60, Olinda teve uma acelerada expansão urbana com o 
inicio da implantação dos conjuntos habitacionais, Esses conjuntos localizados na 
periferia do município, tiveram o intuito de suprir a grande demanda populacional, 
ocorrida no contexto metropolitano, relocando vários bolsões de pobreza da capital do 
 
 
27 
Estado, triplicam a população do município e acabam por desencadear um processo 
de desequilíbrio financeiro, pelo fato de não ter as bases econômicas para suporte do 
crescimento, sendo assim, o município de Olinda, é incapaz de proporcionar uma 
qualidade de vida razoável à população. 
A velocidade com que Olinda cresceu para a periferia acarretou também uma 
transformação no seu Sítio Histórico que paulatinamente foi se degradando e sofrendo 
as conseqüências do esvaziamento, sendo assim visto como um lugar de camadas 
sociais mais pobres e sem nenhuma infra-estrutura. Este fenômeno, considerado 
negativo somado ao fator histórico de que a especulação urbana sempre se voltou 
para Recife permitindo assim que Olinda ficasse mais tempo fora da voracidade 
especulativa e apenas vista como local de turismo foram os condicionantes que 
permitiram até certo ponto, a manutenção de sua originalidade e a preservação de 
suas áreas verdes públicas e privadas. 
Hoje a realidade permite ver que a cidade de Olinda sofreu um processo nocivo 
de planejamento urbano, regido pela FIDEM, Fundação de Apoio ao Desenvolvimento 
da Região Metropolitana , que na década de 70, estabelecia a política urbana da região 
metropolitana, levando os conjuntos habitacionais para Olinda e nenhuma área para 
instalações de industria ou serviços para desenvolverem economicamente o município, 
além deste grande número de conjuntos residenciais, 67 favelas surgiram devido ao 
déficit habitacional do Estado, ausência de um programa de planejamento familiar, 
somados a inoperância do controle urbano municipal. 
Algumas destas favelas encontram-se ao redor do seu Sítio Histórico, que 
resiste e persiste de todas as formas manter-se vivo diante da caos social que vive a 
cidade. 
O Centro Histórico, milagrosamente se manteve com as características 
arquitetônicas, urbanas e ambientais integras e não absorveu aspectos de 
centralidade, devido a baixa infra-estrutura urbana do sítio existente na década de 70, 
a expansão urbana para o norte acompanhando a praia interligando o sítio histórico 
aos conjuntos habitacionais e o processo de gentrification. Estes fatores permitiram 
que agora a cidade explore economicamente estas potencialidades, como o Turismo 
Cultural e Ecológico, de uma maneira sustentável, contribuindo para o 
desenvolvimento econômico do setor terciário, consequentemente proporcionando 
uma melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes. 
 
 
28 
3.3 POTENCIALIDADES 
 
O Sítio Histórico de Olinda, após cinco séculos de existência, mantém ainda 
hoje o traçado original como também os principais monumentos e o casario do período 
colonial.Em meados da década de 60, os antigos moradores transferiram-se do Sítio 
Histórico degradado para conjuntos habitacionais adjacentes com melhores infra 
estruturas de energia elétrica, abastecimento d’água , saneamento básico, segurança, 
transportes, além de obterem moradias de baixo custo, em relação a cidade alta. Este 
fato induziu o processo de gentrification, tendo pela chagada ao sítio de intelectuais e 
artistas na perspectiva de usufruírem de aspectos bucólicos, históricos, das áreas 
verdes, uma vez que seus novos moradores buscavam para si uma área, que apesar 
dos problemas, guardasse características e especificidades próprias , adequassem ao 
seu modo de vida e que fugissem do modelo contemporâneo. 
Até a década de 80, os planejamentos urbanos, PDLI, Plano de 
Desenvolvimento Local e Integrado, direcionados para a área social, não levavam em 
consideração os aspectos culturais e regionais, dentro deste contexto a vitalidade do 
Sítio Histórico de Olinda dependia quase exclusivamente da produção artística e das 
manifestações culturais locais que atraiam visitantes por suas especificidades. 
Com os novos paradigmas do planejamento urbano, onde os aspectos, 
ambientais, sócios culturais e econômicos, passam e ter grande relevância nos anos 
90, somados a preocupação do desenvolvimento sustentável , orientados pelos 
princípios da Agenda 21, o Sitio Histórico de Olinda passa a ter uma atenção 
direcionada nestes aspectos. 
 
 
 
 
29 
O Título de Monumento Nacional em 1979, Cidade Ecológica em 1980 e de 
Patrimônio Cultural da Humanidade, reconhecido pela Unesco, em 1982, o ambiente 
natural e construído, somados a sua diversidade cultural, proporcionaram, os 
diferenciais para captação de recursos junto aos órgãos fomentadores de 
desenvolvimento, firmaram Olinda numa das âncoras da economia moderna que é o 
turismo. Neste sentido a valorização do Patrimônio Cultural está vinculada as seguintes 
especificidades: 
 
 Traçado urbano preservado e a peculiar ambiência de uma identidade 
urbana 
 A grande concentração de artistas, artesãos, galerias e ateliês 
 Manifestações culturais: carnaval, ciclo pascal, junino e natalino 
 Conjunto arquitetônico colonial e acervo monumental dos sec. XVI a, XIX 
 A condição geográfica da cidade com belas paisagens e mirantes, que 
permite observar todo o sítio e seu entorno 
 Patrimônio da formação da nacionalidade brasileira 
 Cidade com maior concentração de vegetação, aproximadamente 50m2/ 
habitante dentro do perímetro tombado que caracteriza um diferencial em 
relação às outras cidades coloniais. 
 
Levando em consideração o conhecimento das especificidades do Sítio 
Histórico, observou-se a existência de diversas potencialidades propulsoras do 
aperfeiçoamento dos serviços de turismo cultural, ecológico e de lazer, associado a 
uma vocação de atividade comercial voltada para os serviços acima citados e ao 
ensino superior especializado. 
 É necessário enfocar o caráter habitacional do Sítio Histórico, e admitir que este 
está ligado, direta e indiretamente, a todas as suas especificidades e tendências 
urbanas que venham a atuar dentro do seus limites, ressaltando sempre, a 
preocupação em concentrar seus objetivos na preservação do patrimônio ambiental e 
construído. As potencialidades do Sítio devem ser capazes de traduzir as restrições 
existentes, para o desenvolvimento sustentável, em possíveis formas de rentabilidade 
permitindo que a cidade tenha um retorno qualitativo da sua realidade tanto social 
quanto cultural. 
 
 
30 
As potencialidades identificadas para o desenvolvimento econômico e 
sustentável do município, através do Sítio Histórico, levaram em consideração, além do 
caracter das especificidades da paisagem construída e natural, a vocação residencial, 
fator preponderante na conservação do casario e da cobertura vegetal, a consciência 
social e cultural da população no processo de elaboração dos diversos Planos de 
Gestão por serem formuladoras de uma linha de pensamento, associada a 
administração pública. 
As potencialidades se articulam em três itens: 
 
Turismo Cultural, Ecológico e Lazer: conhecer o seu potencial turístico a ser 
explorado, sendo necessário para o seu sucesso uma melhoria na infra-estrutura para 
atender os turistas, a recuperação e a conservação dos monumentos a reabilitação 
das áreas verdes públicas e privadas e a integração da comunidade local neste 
seguimento visando a geração de recursos econômicos, seguindo os parâmetros do 
turismo sustentável, sem prejudicar o uso habitacional característico do Sítio. 
 Polo Cultural: estimular a manutenção dos fazeres artísticos e culturais, 
populares e folclóricos: carnaval, maracatu, ciranda, coco de roda, mamulengo, bumba 
meu boi, artesanato de barro, palha e madeira, novenas, serenatas, ciclos natalino e 
pascal, com a criação de uma agenda para eventos culturais, além da educação 
cultural, utilizando a cidade como laboratório de aprendizado didático pela rede de 
escolas municipais, estaduais, privadas e regionais. 
Ambiente Construído e Natural: necessidade de uma maior conscientização 
do valor ambiental existente no Sítio, tais como: Horto Del Rey classificado como 
espaço livre de relevante qualidade ambiental, os espaços livres públicos e privados, 
os oitões e quintais das edificações civis e religiosas, sitio marroquim, sitio das quintas, 
catorze praças, 11 largos e mirantes, e o patrimônio construído. 
 
Não podemos tratar o Sítio Histórico de forma isolada sem considerar suas área 
de adjacências com potencialidades especificas que refletem direta ou indiretamente 
na dinâmica urbana do sitio. Algumas destas áreas são remanescentes de mangues, 
aterradas indiscriminadamente ao longo dos anos, sofrendo um processo de 
favelização. Outros elementos que podem ser considerados como potencialidades 
ambientais externas ao Sítio Histórico são: 
 
 
31 
 Parque Memorial Arco Verde, que é um parque metropolitano situado entre 
as cidades de Olinda e Recife, com equipamentos esportivos e de lazer 
contemplativo, onde funciona também o espaço ciência, que recebe mais de 
20.000 estudantes/mês 
 Lagoa de Santa Teresa , remanescentes de mangues localizado ao lado do 
convento de Santa Teresa. 
 Mangue da Ilha de Maruim, localizado entre as localidades de Maruim e 
Milagres 
 Lagoa de Jardim Brasil, localizados entre os bairros de Ouro Preto e Jardim 
Brasil, lagoas artificiais remanescentes da exploração de Foscal , pela 
industria de fertilizantes. 
 Mata do Passarinho, 16,00 Ha de Remanescentes de Mata Primária, 
 Mata do Ronca, remanescente de Mata Atlântica Primária, localizada dentro 
do Quartel do exercito 7º RO. Regimento Olinda. 
 Santuário da Mãe Rainha e morro do peludo, remanescentes de área verde, 
capoeirão espontâneo 
 Área Rural, 60,00 hectares, que corresponde a 15% do território municipal, 
onde existe ainda lavouras de subsistência, criação de bovinos, ovinos, 
caprinos, avestruzes, frangos, codornas e piscicultura, além de desenvolver 
o turismo ecológico e possuir alguns hotéis fazenda. 
 
 
 
 
 
 
32 
A partir do conhecimento da realidade do Sítio Histórico de Olinda podemos 
apontar as restrições existentes que impedem o desenvolvimento sustentável do Sítio, 
bem como os atores responsáveis pela articulação das ações estratégicas da 
conservação do patrimônio construído e a reabilitação da cobertura vegetal. 
 
Restrições: 
Desarticulação das instituições competentes da conservação do patrimônio 
ambiental e construído. ( IPHAN, FUNDARPE, SEPAC ) 
Instrumentos normativos de extrema rigorosidade, enfatizando a punição e não 
estimulando a participação 
Infra-estrutura urbana deficiente e desaparelhamento da máquina administrativa 
Baixo padrão econômico, disparidades sociais 
Recursos ambientaisdegradados 
Patrimônio edificado degradado 
Fragilidade econômica, e baixa capacidade de endividamento do município 
Sistema viário e de transporte deficientes 
Ineficiência dos serviços públicos 
Falta dos recursos humanos e capacitação técnica 
Transformação e descaracterização urbana 
Falta de segurança 
 
Atores: 
 
Internacional 
UNESCO, ICOMOS, ICRON, UNICEF, BID, BIRD 
Federal 
IPHAN, IBAMA, MinC, BNDS, SUDENE 
Estadual 
FIDEM, FUNDARPE, CPRH, CREA 
Secretaria de Ciências e Tecnologia e Meio Ambiente 
Secretaria de Projetos Especiais 
CELPE, TELEMAR, COMPESA,CIPOMA 
 
 
 
33 
 
Municipal 
Prefeitura 
SEPAC,SOSPU,SAÚDE, SEDETUR, SEPLAMA 
Câmara Municipal 
Não Governamentais 
SODECA, 
UNACOMO, 
SNE 
ECO s 
CENTRO LUIS FREIRE 
Ordens Religiosas 
Associações Carnavalescas e dos Artistas 
Associações comerciais 
Entidades de Classes 
SOS MATA ATLÂNTICA 
IAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
4.0 A CONSERVAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL NA GESTÃO DO SÍTIO 
HISTÓRICO DE OLINDA. 
 
A tendência mundial de desenvolvimento econômico leva as cidades a 
reformularem seus modelos de gestão para conseguirem alcançar suas metas, que 
consistem geralmente em utilizar os recursos naturais sem exauri-los, utilizando os 
princípios da Agenda 21. 
No caso dos Centros Históricos torna-se mais urgentes esta tomada de decisão, 
"São muitos os efeitos que empreendimentos em geral ou que intervenções em 
particular podem provocar aos sítios e monumentos de valor paisagístico, 
arqueológico, histórico ou artístico. Também as espécies vegetais apresentam efeitos 
conforme impactem de forma benéfica ou maléfica"(DELPHIN,1998). Assim sendo no 
caso de Olinda urge a necessidade de resolver os problemas atuais em relação a 
conservação e a reabilitação da Cobertura Vegetal do Sítio Histórico. 
Infelizmente nem todos os municípios ainda atingiram este nível de 
sensibilização dentre eles destaca-se o modelo da atual gestão de Olinda, que segue 
uma linha centralizadora e de ações contingências que não solucionam os diversos 
problemas da cidade, concentra-se pontualmente e geralmente as medidas utilizadas 
para enfrenta-los são apenas mitigadoras , provocando uma pressão social e o 
desequilíbrio do patrimônio ambiental pondo em risco a conservação e a qualidade 
devida do sítio histórico. 
 
 
 
35 
Administrações anteriores preocupada com a gestão da conservação do Centro 
Histórico (não existe um plano de gestão da conservação da cobertura vegetal) 
criaram um Sistema de Preservação que é composto por um Conselho de Preservação 
dos Sítios Históricos, um Fundo de Preservação, um órgão gestor que é SEPAC e o 
Instituto do Tombamento, este sistema propiciou que em 1982 a cidade fosse 
reconhecida como Patrimônio Cultural Da Humanidade. Em 1992, criou-se uma 
Legislação Urbanística de Uso e Ocupação do Solo específica para o Sítio Histórico de 
Olinda. 
A inócua gestão atual pressionada pela União para habilitar-se a captação de 
recursos federais , e pelas entidades sociais organizadas conseguiu elaborar o Plano 
Diretor do Município, que serviu para capacitar o município a receber recursos diretos 
do BID, Banco Inter-americano de Desenvolvimento. No BID Monumenta. 
 
 
 
 
 
 
 
36 
Apesar de todos estes avanços, Olinda padece de vários problemas comuns a 
diversas cidades brasileiras que podem ser pontuados como as principais causas da 
ineficiência da gestão da conservação, sendo eles: 
 Desarticulação institucional 
 Gestão não participativa 
 Legislação inflexível 
 Falta de recursos humanos e baixa remuneração dos servidores 
 Desaparelhamento da máquina administrativa 
 Controle e monitoramento ineficiente 
 Colapso no sistema de transporte 
 Ineficiência dos serviços básicos de saúde e educação 
 Ineficácia dos serviços de Infra estrutura 
 Inadimplência de taxas e tributos municipais 
Dentro deste quadro da realidade administrativa podemos levantar no Sítio 
Histórico vários fatos urbanos que acontecem devido a esta problematização da gestão 
e que tendem a desvalorizar toda a potencialidade mal explorada do sítio como: 
 Uso inadequado e degradação dos espaços públicos 
 Destruição do patrimônio Ambiental e Construído 
 Desmatamento da cobertura vegetal 
 Aumento da ocupação inadequada dos lotes 
 Perda do Patrimônio Intangível ( medicina popular, fitoterapia, receituário ) 
 Favelização, explosão demográfica 
Apesar da situação caótica, Olinda continua detentora de um invejável e rico 
Patrimônio Ambiental, Arquitetônico e Urbano, composto por uma diversidade cultural, 
ambiental e paisagística, Cabe a municipalidade utilizar, este capital natural e 
construído, para estimular a imaginação dos que podem possuí-la visualmente, extrair 
destas potencialidades o desenvolvimento econômico e sustentável que almeja o 
município, para isso é necessário que se incorpore à instituição responsável por estes 
bens, um plano de gestão da conservação e preservação do sítio dentro de uma visão 
holística e sustentável. Com isso, poderemos usufruir de todo o encanto bucólico de 
Olinda enquanto houver consciência dos seus valores. 
 
 
 
37 
4.1 PROJETOS E AÇÕES PARA A CONSERVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO 
SÍTIO HISTÓRICO 
 
Os Principais projetos e ações levantados que visam o desenvolvimento 
metropolitano, com repercussão no Sítio Histórico, e os específicos para Olinda serão 
caracterizados a seguir: 
O Plano Diretor de Olinda, PDO (1997) visa traçar diretrizes de desenvolvimento 
físico, econômico e social do município de Olinda, objetivando requalificação do tecido 
social e físico da cidade. Tendo como objetivo específico para o sítio histórico de 
Olinda o incremento da atividades culturais e que consequentemente dinamizem o 
turismo. Os principais sujeitos envolvidos na implementação deste plano são PMO, 
CMO, as instituições públicas e privadas e a SODECA. 
O Plano da Região Metropolitana de Recife, PRMR, visa levantar diretrizes 
para orientação de ações dos agentes públicos e privados visando o desenvolvimento 
metropolitano, objetivando promover equidade social, manutenção de meio ambiente e 
qualidade de vida. O Sítio Histórico é incorporado ao plano como prioridade 
econômica na propagação do turismo cultural, que está associado a futura implantação 
do polo náutico de Paulista que passa a ser mais um impulsionador do turismo no sítio. 
Os sujeitos envolvidos são FIDEM, SEPLAM, e os municípios da região metropolitana. 
O BID / Monumenta (1997), visa promover o desenvolvimento turístico de Olinda 
melhorando a infra-estrutura básica, visando saneamento ambiental e sistema de 
transporte. O Plano de Qualidade das Águas do BIRD, visa o tratamento dos cursos 
d’água das bacias hidrográficas do município, a partir das ações urbanizadoras dos 
assentamentos populares ribeirinhos e o tratamento adequado do esgoto. Esta ação é 
prevista num período de longo prazo e envolve o Governo do Estado e o Governo 
Federal. O PRODETUR/NE, Plano de Reabilitação do Sítio Histórico de Olinda, visa 
promover a reabilitação urbana através de ações de conservação integrada visando o 
desenvolvimento sustentável. Este plano prever o desenvolvimento das atividades 
culturais e econômicas do Sítio Histórico de Olinda, visando a melhoria da qualidade 
de vida da população, requalificando os espaços urbanos, conservando e recuperando 
o patrimônio natural e edificado. Dentro desta ação estão envolvidos a PMO, IPHAN, 
MinC e sociedade civil. Demais programas de captação municipal , tais como o Fundo 
Nacional do Meio Ambiente FNMA, que visa promover programas que reabilitem áreas 
 
 
38 
verdes, programas de educação ambiental e bio-remediação de lixões. O MinC / 
Pronac (1995/96): visa a recuperação dos monumentos isolados e incentiva a cultura. 
O Fundo de Apoio ao TrabalhadorFAT, visa preparar e capacitar mão de obra de 
adolescentes para entrarem no mercado de trabalho, na prefeitura de Olinda esses 
recursos são voltados para preparar os moradores para atividades ligadas a 
preservação dos monumentos. 
 
4.1.1 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DA GESTÃO DA CONSERVAÇÃO DA 
COBERTURA VEGETAL DO SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA 
 
 Atualmente o gerenciamento da conservação da Cobertura Vegetal da Cidade é 
executado pela Gerência de Paisagismo vinculada a Diretoria de Limpeza Pública e 
Paisagismo, subordinada a Secretaria de Obras e Serviços Públicos. 
Hoje a gerência de paisagismo dispõe de 2 agrônomos, um arquiteto, um 
técnico agrícola, dez jardineiros , 15 ajudante de jardineiros e 30 garis que se revezam 
na manutenção de praças , plantio, sementeira e podação de árvores . Também conta 
com uma casa de Jardinagem no Sítio Histórico que apoia as ações de manutenção 
nas 21 praças do Sítio Histórico. Possui um caminhão de carroceria para transporte de 
pessoal, mudas e arborização urbana , um veículo de fiscalização e um caminhão pipa 
de 6.000 litros. 
O número insuficiente de pessoal, desaparelhamento da maquina e falta de 
recursos financeiros para a conservação da cobertura vegetal , deixou as praças do 
município , áreas verdes , e arborização urbana entregues ao descaso, em uma 
administração de quatro anos só se reformou uma praça do sítio histórico e uma no 
bairro de ouro preto. 
Na orla marítima foram plantados nos últimos quatro anos aproximadamente 
100 coqueiros, uma média de 25 por ano , quando a média de perda por depredação é 
de 40, não se conseguiu nem repor a arborização , da mesma forma aconteceu na 
arborização de ruas e logradouros. 
Foram executados 27 projetos, nos últimos dois anos , mas apenas dois 
projetos de reforma saíram da prancheta para o canteiro de obras. 
Esperamos com o plano de gerenciamento da cobertura vegetal do sítio 
histórico esta situação se reverta em favor da população Olindense. 
 
 
39 
4.2 PLANO DE GERENCIAMENTO E MANUTENÇÃO DA COBERTURA VEGETAL 
DO SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA. 
O Plano de Gerenciamento e Manutenção da Cobertura Vegetal do Sítio 
Histórico de Olinda é um documento normativo, que visa estabelecer estratégias de 
gestão e de planejamento para o enfrentar da problemática da conservação do 
Ambiente Natural do Sítio. Essa gestão deverá ocorrer gradativamente de forma 
participativa, articulando os diversos atores, revisando e operacionalizando a legislação 
ambiental, também buscará aprimorar os mecanismos de captação de recursos, 
impulsionando o setor do Turismo ecológico, cultural e de lazer, que 
consequentemente promoverá a melhoria da qualidade de vida dos moradores, 
promoverá a valorização da identidade cultural e o exercício da cidadania e 
principalmente reabilitará e recuperará além de conservar a vegetação dos espaços 
livres e privados do Sítio Histórico, fazendo o replantio das encostas, a manutenção da 
vegetação dos espaços públicos, o controle fitosanitário da vegetação e fomentará o 
plantio nos espaços livres privados. 
Assim sendo sua implementação necessitará de uma série de mudanças nos 
âmbitos : Político- Institucionais, Ambientais, Sócio - Culturais e Econômicos, que 
visarão: 
 A diversificação e o fortalecimento da economia municipal, 
 Empreendimento de novas tecnologias de biorremediação de áreas 
degradadas, tais como: reflorestamento, consolidação dos solos das 
encostas e taludes e restauração de nichos ecológicos e unidades 
ambientais. 
 Conservação do Patrimônio Ambiental, através de planos de ações, 
monitoramento e controle dos recursos naturais. 
 Reestruturação e redimensionamento da máquina administrativa , para a 
implementação, execução e monitoramento do plano de conservação da 
cobertura vegetal, e a manutenção dos espaços públicos. 
 Modificação na estrutura organizacional e institucional 
 Implantação de uma gestão participativa na formulação e implementação do 
plano. 
 
 
 
 
40 
PRINCÍPIOS 
Democratizar a gestão para a conservação integrada com a participação da 
comunidade no processo de interação institucional, legitimando suas propostas e 
decisões. 
Garantir a permanência da população local, incentivando o uso residencial. 
Promover a conservação e a preservação dos valores culturais e do patrimônio 
natural, dentro dos preceitos do desenvolvimento sustentável. 
OBJETIVO GERAL 
Formular à luz dos princípios do planejamento integrado diretrizes que nortearão 
um conjunto de ações na busca da sustentabilidade do Sítio Histórico, promovendo a 
reabilitação da cobertura vegetal e a preservação do meio ambiente, a partir da 
implantação de um plano dinâmico e participativo. 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Elevar o nível de conscientização da população para a conservação da 
Cobertura Vegetal através de uma gestão participativa. 
Qualificar os recursos humanos elevando a capacidade técnica na elaboração e 
execução de projetos visando uma melhora no grau de conservação da cobertura 
vegetal, criando instrumentos para o desenvolvimento sustentável do sítio histórico. 
Adequar a legislação urbanística e ambiental do sítio Histórico levando em 
consideração os princípios da conservação e da sustentabilidade 
Atualizar, ajustar e legitimar os instrumentos legais de arrecadação tributária e 
aumentar a captação de recursos externos para a serem aplicados no sítio histórico 
DIRETRIZES 
Manter a participação dos diversos atores no processo de implantação do plano. 
Otimizar os recursos municipais existentes, complementando com o 
aperfeiçoamento do sistema de captação de investimentos públicos e privados para a 
conservação e preservação do sítio histórico. 
Promover ações para aprimorar o grau de conservação da cobertura Vegetal. 
Utilizar a base institucional existente com o gradual aprimoramento interno, 
propiciando a capacitação técnica para desenvolver projetos ambientais e atuar no 
gerenciamento da Cobertura Vegetal do Sítio Histórico. 
Compatibilizar o turismo cultural no sítio histórico com o uso habitacional e a 
conservação da cobertura vegetal dos espaços livres públicos e privados. 
 
 
41 
4.21 O MODELO DE GERÊNCIAMENTO DA CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO 
DA COBERTURA VEGETAL DO SÍTIO HISTÓRICO DE OLINDA 
 
O Modelo de Gerenciamento para Conservação e Manutenção da Cobertura 
Vegetal a ser implantado no Sítio Histórico de Olinda está fundamentado na 
metodologia do Centro de Conservação Integrada Urbana e Territorial - CECI , 
através das tarefas de gestão: analise e avaliação, proposição, negociação , 
monitoramento e controle e implementação, incluídas dentro dos princípios do 
Desenvolvimento Sustentável . A gestão participativa e a articulação com os diversos 
sujeitos institucionais em todas as etapas é imprescindível para o sucesso do plano. 
A apresentação do Modelo de Gerenciamento da Conservação e Manutenção 
da Cobertura Vegetal desenvolvido por este trabalho para o Sítio Histórico de Olinda 
será feita através de Tabelas que foram desenvolvidas a partir das diretrizes buscando 
identificar ações do plano para o sítio e separadas de acordo com as tarefas atribuídas 
a gestão. Paralelamente, será apresentado o levantamento dos respectivos sujeitos 
institucionais, dos mecanismos de gestão e dos instrumentos operacionais que se 
articulam com as ações propostas para a efetivação do Plano de Gerenciamento para 
Conservação e Manutenção da Cobertura Vegetal do Sítio Histórico de Olinda. 
É importante salientar que para o sucesso da Implantação das ações a 
população esteja imbuída e consciente da importância deste plano de gestão para a 
conservação da cidade e do Plano de Gerenciamento da Conservação da Cobertura 
Vegetal do Sítio Histórico de Olinda. Educada ambientalmente a população do Sítio 
Histórico, será agente multiplicador e modelo para o resto da população da cidade, 
propiciando ao Municípioexpandir a experiência por todo o território. 
O plano de Gerenciamento da Conservação da Cobertura Vegetal do Sítio 
Histórico é um dos muitos planos que articulados entre si , permitirão a cidade de 
Olinda, dar um salto de qualidade de vida aos seus munícipes, tornando a cidade muito 
mais agradável pra se morar e viver, como dizia o poeta Carlos Pena Filho. "Olinda é 
só para os olhos, Olinda é só desejos , não é lá que eu moro , é lá que eu vejo." 
"Como uma árvore , a sociedade , quanto mais firme e profundamente tiver suas 
raízes fixadas no substrato do passado, tanto mais forte e resistente desenvolve seu 
tronco no presente, e tanto mais garantirá à sua copa, no futuro, a capacidade de florir 
e frutificar sadia e abundantemente (DELPHIN, 1998)
 
 
42 
TABELA 1 DIMENSÃO POLÍTICA INSTITUCIONAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
Manter a participação 
dos diversos atores no 
processo de implantação 
do plano de 
gerenciamento 
Analise e Avaliação  Analisar os 
procedimentos do 
Conselho de 
Preservação e do 
CONAMA 
 Analisar e Avaliar a 
estrutura 
administrativa 
existente 
 Governo Federal 
Minc, IPHAN, Ministério 
Público, Ministério do Meio 
Ambiente, IBAMA, UFPE, 
UFRPE 
 Governo Estadual 
FUNDARPE, FIDEM, 
CPRH, Ministério Público 
Estadual, CIPOMA 
 Governo Municipal 
SEPAC,SEDETUR,SEPLA
MA, SOSP, Procuradoria 
Municipal 
 ONGS, Sociedade 
Civil 
 
 Fórum da Cidade 
 Conselho de 
Preservação 
 Câmaras Técnicas 
 Unidade Gestora 
 Programas e 
Projetos 
Institucionais 
 Ação Popular 
 Ação Civil Pública 
 Campanha de 
Divulgação 
Proposições  Criação dos Fóruns 
de discussão de 
planos e programas 
com ampla 
participação da 
sociedade Civil 
 Criação de Câmaras 
Técnicas 
 Implantação do 
CONAMA 
 Definir nova estrutura 
de PGMCCVSHO 
 
 
 
43 
CONTINUAÇÃO DA TABELA 1 DIMENSÃO POLÍTICA INSTITUCIONAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Negociação  Ampliar gradualmente 
a participação da 
população civil e 
institucional no 
conselho de 
preservação e no 
fórum da cidade 
 Estabelecer parcerias 
com os diversos 
atores, visando a 
participação nas 
ações, planos, 
projetos e programas 
 
 
Monitoramento e 
Controle 
 Realização de 
relatórios abordando 
níveis de articulação 
dos diversos atores 
 Realização de 
relatórios das 
reuniões do 
CONAMA e Fórum 
 
 
44 
CONTINUAÇÃO DA TABELA 1 DIMENSÃO POLÍTICA INSTITUCIONAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
Utilizar a base existente 
com gradual 
aprimoramento 
Analise e Avaliação  Promover a Revisão 
da Legislação 
Urbanística do Sítio 
Histórico Lei 4849/92 
e a Legislação de uso 
e ocupação do solo 
Lei 3826/73 
 Governo Municipal 
SEPAC,SEDETUR,SEPLA
MA, SOSP, Procuradoria 
Municipal, Secretaria de 
Políticas Sociais. 
 Câmara Municipal 
 ONGS, Sociedade 
Civil 
 
 Fórum da Cidade 
 Conselho de 
Preservação 
 Câmaras Técnicas 
especializadas 
 Grupos de Trabalho 
 Plano Diretor do 
Município 
 Lei 4849/92 
 Lei 3826/73 
 Legislações 
ambientais 
Federais, Estaduais 
 Lei Municipal de 
Meio Ambiente 
 Código de Higiene 
do Município 
Proposições  Elaborar a Legislação 
Ambiental do 
Município. 
 Elaborar Regimentos 
Internos das 
Secretarias Afins 
 Implantação das 
câmaras técnicas 
 Garantir a 
operacionalização e 
Implantação do 
PGMCCVSHO 
 Aperfeiçoar o sistema 
de atendimento a 
população de Olinda 
 
 
45 
 
CONTINUAÇÃO DA TABELA 1 DIMENSÃO INSTITUCIONAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Negociação  Promover uma 
permanente 
articulação Politica-
Administrativa com a 
sociedade civil 
 Promover articulação 
com outros órgãos 
institucionais 
 
 
 
Monitoramento e 
Controle 
 Realização de 
relatórios mensais 
sobre o 
funcionamento das 
instituições 
 Realização de 
relatórios mensais 
das operações 
realizadas. 
 
 
 
 
46 
 TABELA 2 DIMENSÃO AMBIENTAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
Promover ações voltadas 
para aprimorar o grau de 
preservação e 
conservação do 
Patrimônio Ambiental, 
Construído e Natural do 
Sítio Histórico de Olinda 
Análise e Avaliação  Analisar o relatório do 
desmoronamento das 
encostas do Sítio 
Histórico de Olinda 
 Analise do programa 
Bid monumenta, 
Prodetur, PRO-
Metropole e Plano de 
monitoramento das 
bacias hidrográficas 
 Inventário da 
Cobertura Vegetal do 
Sítio Histórico 
catalogação das 
espécies 
 Plantio de Vegetação 
Arbórea , Arbustiva e 
herbácea nas praças, 
Parques, Sítios, 
Quintais, Oitões, ruas, 
mangues e etc. 
 
INTERNCIONAL 
 UNESCO,ICOMOS , 
ICRONS 
FEDERAL 
 Minc, IPHAN,IBAMA, 
Ministério Público, 
UFPE, UFRPE 
ESTADUAL 
Secretaria de Ciência e 
Tecnologia, CPRH, 
Secretaria de 
Planejamento, 
FIDEM,FUNDARPE, 
Ministério Público 
Estadual, Promotoria de 
Defesa do Patrimônio e 
Meio Ambiente, Secretaria 
de Defesa Social, CIPOMA 
 Fórum da Cidade 
 Conselho de 
Preservação 
 CONDERME 
 Câmaras Técnicas 
 CONAMA 
 Plano Diretor 
 Lei orgânica do 
Município 
 Código de Obras 
Lei 3826?73 
 Legislação 
Urbanista dos Sítios 
Históricos Lei 
4849/92 
 Legislação 
Ambiental Federal 
 Legislação 
Ambiental Estadual 
 Legislação de Meio 
Ambiente do 
Município 
 Código de Higiene, 
Inventário da 
Vegetação 
 Base Cadastral geo 
referenciada 
 
 
47 
TABELA 2 CONTINUAÇÃO DIMENSÃO AMBIENTAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Preposições  Implantação do 
Programa de 
sensibilização da 
comunidade para 
melhoria da qualidade 
de vida urbana e 
ambiental 
 Elaboração de 
Campanhas 
sistemáticas para a 
educação ambiental e 
Patrimonial 
 Resgate da auto 
estima da população 
 Capacitar a 
comunidade através 
de cursos na área de 
patrimônio histórico, 
turismo e ambiental, 
para inseri-los no 
mercado de trabalho 
 
MUNICIPAL 
 Secretaria de 
Planejamento e Meio 
Ambiente 
 Secretaria de Políticas 
Sociais 
 Secretaria de 
Patrimônio Cultural 
 Secretaria de Obras e 
Serviços Públicos 
 SODECA 
 Procuradoria do 
Município 
 UNACOMO 
 S N E 
 E C O S 
  
 
 
48 
TABELA 2 CONTINUAÇÃO DIMENSÃO AMBIENTAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Preposições  Implantação de 
sistema de gestão e 
administração dos 
serviços básicos de 
Infra estrutura urbana 
 Realização de cursos 
e oficinas de 
jardinagem para os 
moradores do sítio 
histórico 
 Criar mecanismos de 
contenção do 
processo de 
favelização 
 Formular programas 
de expressões 
culturais nas escolas 
públicas e privadas 
para crianças e 
adolescentes 
 
 
 
 
 
49 
TABELA 2 CONTINUAÇÃO DIMENSÃO AMBIENTAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Preposições  Implantação de 
sistema de 
distribuição de mudas 
de arvores frutíferas 
 Implantar as rotinas 
do gerenciamento da 
conservação da 
Cobertura vegetal do 
Sítio Histórico 
 Executar o 
restabelecimento da 
Vegetação dos 
espaços públicos e 
privados 
 Executar as ações de 
replantio de 
vegetação nas 
encostas das colinas 
 Executar 
bioremediação de 
todas as áreas no 
Sítio Histórico 
 
 
 
50 
TABELA 2 CONTINUAÇÃO DIMENSÃO AMBIENTAL 
DIRETRIZ ATIVIDADESAÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Negociação  Estabelecer ligação 
entre a sociedade e o 
poder público para 
conscientizar a 
população do 
Patrimônio Ambiental 
do Sítio Histórico 
 Firmar convênios com 
as universidades para 
o assessoramento de 
planos e programas 
visando a 
conservação do 
Patrimônio Natural. 
 Firmar convênio com 
a universidade para a 
realização do 
inventario da 
Cobertura vegetal 
com o apoio da 
população 
 
 
 
 
51 
TABELA 2 CONTINUAÇÃO DIMENSÃO AMBIENTAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Negociação  Articular um sistema 
de licenciamento e 
fiscalização integrada 
entre os diversos 
órgãos institucionais: 
IBAMA, FIDEM, 
CPRH, VIGILÂNCIA 
SANITARIA, 
SEPLAMA, SEPAC, 
SECRETARIA DE 
SERV. PÚBLICOS , 
CIPOMA,SNE, ECOS 
 
Controle e 
Monitoramento 
 Relatórios técnicos de 
monitoramento das 
ações d Conservação 
da Cobertura Vegetal 
 Fiscalização e 
Salvaguarda do 
Patrimônio Ambiental 
 Monitoramento das 
encostas e controle 
dos Vetores biológico 
 
 
52 
TABELA 3 DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
Compatibilizar o Turismo 
Cultural e Ecológico com 
o uso habitacional do 
Sítio Histórico 
Analise e Avaliação  Elaboração de 
estudos para melhor 
aproveitar as 
potencialidades 
Ambientais Turísticas 
 Elaborar pesquisa 
junto a população 
para identificar a 
melhor maneira de 
integra-la no cotidiano 
do Turismo Cultural e 
Ecológico 
 Levantar as 
publicações sobre o 
receituário de 
fitoterapia, doces, 
licores e compotas 
 Analisar os Progr. 
PRODETUR e BID 
Monumenta e sua 
interface c/ o turismo 
Cultural e Ecológico 
FEDERAL 
 Minc 
 EMBRATUR 
 IPHAN 
 ABAVE 
 IBAMA 
 Caixa Econômica 
 
ESTADUAL 
 Secretaria de 
Desenvolvimento 
Econômico e Turismo 
 Secretaria de 
Planejamento FIDEM 
 Secretaria de Cultura 
FUNDARPE 
 Secretaria de Ciência e 
Tecnologia CPRH 
 Fórum da Cidade 
 Conselho de 
Preservação 
 CONDERME 
 Câmaras Técnicas 
 CONAMA 
 Plano Diretor 
 Lei orgânica do 
Município 
 Código de Obras 
Lei 3826?73 
 Legislação 
Urbanista dos Sítios 
Históricos Lei 
4849/92 
 Legislação 
Ambiental Federal 
 Legislação 
Ambiental Estadual 
 Legislação de Meio 
Ambiente do 
Município 
 Código de Higiene, 
Inventário da 
Vegetação 
 Base Cadastral geo 
referenciada 
 
 
53 
TABELA 3 CONTINUAÇÃO DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Preposições  Aperfeiçoar 
mecanismos de 
fomento a ação 
cultural na sua 
interface com o 
ambiente natural 
 Criação da agenda 
Ecológica do 
Município com feiras, 
simpósios , cursos, 
seminários, 
congressos, 
encontros e etc. 
 Promover um sistema 
de financiamento 
voltado para a 
aquisição e melhoria 
da habitação, que é 
fator preponderante 
para a preservação 
do patrimônio 
Ambiental 
MUNICIPAL 
 Secretaria de 
Planejamento e Meio 
Ambiente 
 Secretaria de Obras e 
Serviços Públicos 
 Secretaria do 
Patrimônio Cultural 
 Secretaria de 
Desenvolvimento 
Econômico e Turismo 
de Olinda 
 ASTUR 
 SODECA 
 UNACOMO 
 
ONGS 
 SNE 
 ECOS 
 
 
 
 
54 
TABELA 3 CONTINUAÇÃO DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Preposições  Criação de roteiros 
ecológicos e culturais 
interligando o sítio a 
os monumentos 
isolados e 
potencialidades 
externas 
 Elaboração de 
Estudos para 
articular o TRADE 
turístico da RMR 
 Favorecer a 
utilização dos 
espaços recreação, 
lazer e de convívio 
público. 
 Lançar Campanha de 
Marketing para 
promover a imagem 
da cidade dentro e 
fora do país. 
 
 
 
 
55 
TABELA 3 CONTINUAÇÃO DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Negociação  Facilitar a articulação da 
população com os 
agentes fomentadores 
destinados para os 
projetos ambientais e de 
habitação através de 
uma unidade de 
coordenação do plano 
 Negociar uma 
contrapartida com as 
ordens religiosas criando 
um calendário e roteiro 
de visitas as igrejas, 
conventos, hortas, 
quintais, Sítios 
 Negociar com o 
comercio Informal e 
Mercados para 
comercialização de 
mudas exóticas e 
frutíferas para a 
população em geral 
 
 
 
56 
TABELA 3 CONTINUAÇÃO DIMENSÃO SOCIO-CULTURAL 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Controle e 
Monitoramento 
 Relatórios da 
freqüência de 
atividades ambientais 
no sítio 
 Controle e freqüência 
Turística do sítio 
 Controle dos relatórios 
de vigilância sanitária 
das condições de 
salubridade das casas 
e quintais do sítio 
 Relatório das vistorias 
fito sanitárias 
executadas nas 
arvores e arbustos das 
áreas verdes livres e 
privadas do sítio 
Histórico 
 Relatório mensal do 
número de mudas 
arbóreas e arbustivas 
plantadas no SHO 
 
 
 
57 
 TABELA 4 DIMENSÃO ECONÔMICA 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Otimizar os Recursos 
municipais aperfeiçoando 
o sistema de captação 
de recursos, 
investimentos públicos e 
privados , além de 
fomentar o 
desenvolvimento 
sustentável do município 
Análise e Avaliação  Analise e revisão do 
código tributário do 
Município 
 Avaliação dos 
Programas de 
Investimentos atuais 
 Analise dos recursos 
humanos e sua 
distribuição na 
estrutura institucional 
do município 
 Analise e Avaliação 
dos mecanismos de 
capacitação de 
pessoal 
INTERNACIONAL 
 BID e BIRD 
NACIONAL 
 Ministério da Fazenda 
 Secretaria de 
Orçamento da União 
 BNDS 
 SUDENE 
 Banco do Brasil 
 Caixa Econômica 
 UFPE - FADURPE 
ESTADUAL 
 Secretaria da Fazenda 
 Secretaria de Industria 
e Comercio 
 Secretaria de 
Planejamento 
 Secretaria de 
Desenvolvimento 
Econômico e Turismo 
 Fórum da Cidade 
 Conselho de 
Preservação 
 CONDERME 
 Câmaras Técnicas 
 CONAMA 
 Secretaria da 
Fazenda do 
Municipal 
 Camara dos 
vereadores 
 Secretaria de 
Articulação e 
orçamento 
 Plano Diretor 
 Base Cadastral geo 
referenciada 
 Lei de diretrizes 
orçamentárias 
 Código tributário 
 Linhas de 
Financiamento 
 Fiscalização da 
secretaria da 
Fazenda e 
Vigilância sanitária 
Preposições 
 
 
 
 
 
 Formação e 
qualificação do 
pessoal Técnico para 
projetos de captação 
de recursos e 
assistência técnica 
 
 
 
58 
TABELA 4 CONTINUAÇÀO DIMENSÃO ECONÔMICA 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS 
DE GESTÃO 
INSTRUMENTOS 
OPERACIONAIS 
 Preposições  Incrementar a política 
de Incentivos e 
subsídios destinados 
ao fomento da 
economia municipal 
 Aperfeiçoar o 
funcionamento da 
Secretaria da 
Fazenda do Município 
 Reorientação da 
aplicação da receita 
tributária 
 Incentivar a 
comercialização de 
Mudas frutíferas e 
Ornamentais 
 Implantar do Fundo 
de Preservação 
MUNICIPAL 
 Secretaria da Fazenda 
do Município 
 Secretaria de 
Desenvolvimento 
Econômico e Turismo 
 Secretaria de 
Patrimônio Cultural de 
Olinda 
 Secretaria de Saúde 
 SODECA 
 SNE 
 
 
 
Negociação  Articular com a 
população a 
comercialização dos 
produtos. 
 
 
59 
TABELA 4 CONTINUAÇÀO DIMENSÃO ECONÔMICA 
DIRETRIZ ATIVIDADES AÇÕES 
SUJEITOS 
INSTITUCIONAIS 
MECANISMOS

Continue navegando