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Proc. Civil III - caso 07

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Aluna: Haniny Gonçalves Seidel
Matricula: 201401337325
Professor: Tibério Galvão
Matéria: Processo Civil III 
Campus: Queimados
Caso - 07 
Determinado Tribunal Regional Federal confirmou a sentença proferida por juízo federal no sentido de negar a equiparação de soldos entre militares das forças armadas. Inconformado, o recorrente interpôs recurso extraordinário, que foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. O Ministro Relator entendeu que a violação ao texto constitucional era reflexa, por necessitar de revisão de lei federal, e inadmitiu o recurso extraordinário. Agiu adequadamente o relator?
RESPOSTA:
	O recurso extraordinário é um mecanismo processual que viabiliza a análise de questões constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Para que o recurso chegue à Suprema Corte é necessário que o jurisdicionado tenha se valido de todos os meios ordinários, ou seja, que tenha percorrido as demais instâncias judiciais do País. Também se exige que o recorrente preencha alguns requisitos legais para que o recurso extraordinário possa ser recebido pelo STF. Portanto, RE é de competência do Supremo Tribunal Federal, posto que sua função precípua como Corte Suprema é a de proteção à Constituição, sendo assim, o RE é o instrumento processual pelo qual se faz um reexame de sentenças e decisões que contrariem dispositivo constitucional; declare a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; julgue válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição da República, como também a validade da lei local contestada em face de lei federal (art. 102, III, CF/88).
	O STF julga tão somente questões de direito – precisamente, uma espécie do gênero constitucionais. A função do Extraordinário predetermina que o recurso só reflexamente tutela o interesse das partes, e, por isso, retira-se do efeito devolutivo o reexame das questões de fato. 
	Assim sendo, não agiu adequadamente o relator, devendo nesta feita, observância ao art. 1033, CPC, que preconiza a ideia de que, se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao STJ para julgamento como recurso especial, de modo que determinará a devolução dos autos para fins de julgamento do recurso especial. Pois, o STJ possui o dever - como sua missão -, zelar pela uniformidade de interpretações da legislação federal brasileira, conforme regra prevista na CF/88.

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