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Enfermidades Urológicas e Renais 2

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Enfermidades urológicas e renais –
parte 2
Professora Camila Costa
Universidade Estácio de Sá
Fisiopatologia da Nutrição e 
Dietoterapia II
Insuficiência renal aguda – IRA
 Diminuição abrupta da função renal com consequente 
retenção de escórias nitrogenadas, geralmente associada a 
redução do volume urinário ou do ritmo de filtração 
glomerular para menos que 400 mL/ dia (oligúria).
 Diagnóstico e tratamento definido em 3 categorias:
 Pré-renal – doenças que promovem diminuição do fluxo 
plasmático renal: hipovolemia – hemorragias, desidratação; 
diminuição do débito cardíaco – infarto, arritmias;
 Renal – doenças que afetam o parênquima renal: inflamação 
do glomérulo, do néfron;
 Pós-renal – obstrução ao fluxo da urina: câncer renal, de 
bexiga, de próstata, de útero.
Insuficiência renal aguda – IRA
 Pacientes hipercatabólicos, com necessidade de hemodiálise
para redução da acidose, correção da uremia e controle da
hipercalemia;
 Recuperação em 2 a 3 semanas
 Nestes casos:
 Cuidado nutricional com a uremia, acidose metabólica e
distúrbios hidroeletrolíticos
 Atenção aos vômitos, diarreia ou estase gástrica
Síndrome nefrótica
 Compreende doenças que causam danos aos vasos sanguíneos
dos rins que filtram os resíduos e os nutrientes e derivam da
perda de barreira glomerular para proteína (urina espumosa).
 Proteinúria > 3,5g/d.
 Hipoalbuminemia  perda urinária.
 Edema.
 Hiperlipidemia (ocorre devido ao aumento da produção de
lipoproteínas pelo fígado em resposta à queda dos níveis de
proteínas no sangue).
Síndrome nefrótica
CAUSAS (95%):
 Diabetes mellitus
 LES  lupus eritematoso sistêmico (doença
inflamatória autoimune).
Síndrome nefrótica
DIETA + MEDICAÇÃO (diuréticos, estatinas) 
 KCAL: 35kcal/kg/d (adultos)
 PROTEÍNA
 Estudos demonstram que a redução proteica (0,8g/kg/d) pode diminuir a
proteinúria sem afetar a albumina sérica. 50-60% AVB (alto valor biológico)
 SÓDIO
 Edema indica um estado de sobrecarga corporal total de sódio. Restrição
moderada: 3g sal/d.
 LIPÍDEOS
 Atenção com possível DCV  Dieta pobre em colesterol
Síndrome nefrítica
 Conjunto de sintomas característicos de inflamação 
dos glomérulos renais (glomerulonefrite) e 
grandes quantidades de hemácias são 
excretadas na urina (proteinúria < 3,5 g/ dia e 
oligúria – 400 mL/dia de urina) – perda da capacidade 
de filtração.
 Causas – vírus, diabetes mellitus, dentre outras 
doenças.
 Tratamento – retirar o agente agressor para não 
evoluir para síndrome nefrótica ou insuficiência renal 
(IR).
Pielonefrite
 Infecção do rim causada por uma infecção 
bacteriana (E. coli) vinda da bexiga provocando 
inflamação. 
Aguda – infecção surge de forma repentina e intensa, 
desaparecendo ao fim de alguns dias ou semanas;
Crônica – caracterizada por infecções bacterianas 
recorrentes e que não foram bem curadas, 
provocando inflamação prolongada no rim e lesões 
graves que podem levar a IR crônica.
 Sintomas – dor e ardência ao urinar, vontade 
constante de urinar, urina com mau cheiro, febre, 
náuseas, urina turva.
Conduta nutricional IRA
 Caracterizada por uma redução da função renal resultando 
em desequilíbrio hidroeletrolítico e acúmulo de produtos 
nitrogenados.
Nutriente Quantidade
Proteína 0,8 a 1,0 g/ kg de PI ou PA*/ dia – aumentando conforme TFG retorna ao 
normal
Energia 30 a 40 kcal/kg de PI ou PA*/dia
Potássio Repor perdas
Sódio Repor perdas
Fósforo Limitar, conforme necessário
Líquido Repor o débito anterior e acrescentar 500 mL
*utilizando fórmula de bolso o peso deve ser ideal ou ajustado em função de não ter fator 
injúria.
Litíase renal
 Litíase renal ou cálculo renal – presença de “pedras” 
nos rins. É uma das causas mais frequentes de cólicas 
renais.
 Doença muito comum, estimando-se uma incidência 
global de 2 a 3 %. 
 Tipos de cálculo – frequentemente encontrado é o 
oxalato de cálcio (80% dos casos).
 Os homens apresentam o dobro da tendência para 
desenvolvimento de cálculos em relação às mulheres e o 
primeiro episódio ocorre por volta dos 30 anos de idade. 
No caso das mulheres, existem dois picos de incidência, 
aos 35 e aos 55 anos (elevada recorrência).
Litíase renal
 < 5mm – elevada chance de 
eliminação espontânea;
 Entre 5 e 7mm – 50% 
eliminação espontânea;
 > 7mm – maioria requer 
intervenção urológica.
 Sintomas: dor lombar 
intensa, com irradiação para 
a região genital, que não 
alivia com a posição e pode 
ser acompanhada de disúria, 
polaciúria ou hematúria.
Litíase renal
 Hidratação – reduzir a 
saturação da urina prevenindo 
os processos que conduzem à 
formação dos cálculos.
 Os cálculos de cálcio são os 
mais frequentes – dieta 
moderada em cálcio diminui o 
risco de litíase renal. É 
importante não restringir em 
excesso o consumo de cálcio 
para evitar alterações a nível 
da densidade óssea 
(problemas com 
suplementação de cálcio).
Litíase renal
 Ácido ascórbico em excesso – eliminação na forma de 
oxalato na urina.
 Vários estudos evidenciaram que a dieta típica dos países 
industrializados, rica em sódio, em proteínas de origem animal 
e bebidas adoçadas com açúcar e frutose, tem como 
consequência uma elevada excreção de cálcio, ácido úrico, 
oxalato e fósforo e uma diminuição do citrato e pH urinários, 
favorecendo, assim, a formação dos cálculos.
 Consumo adequado de frutas, legumes e verduras parece ser 
um fator protetor para a formação dos cálculos, por estar 
diretamente relacionado à ingestão de fatores antilitogênicos
como potássio, magnésio, citrato e fitato.
 Ingestão hídrica: 30 a 40 ml/kg de peso/ dia.
Gota
 O ácido úrico é uma substância formada pelo organismo 
depois da digestão das proteínas, que formam uma substância 
chamada purina normalmente eliminada pelos rins, porém, 
quando existe algum problema renal, quando a pessoa ingere 
muitas proteínas ou quando seu corpo produz muito ácido 
úrico, este se acumula nas articulações, tendões e rins, dando 
origem a artrite gotosa, também conhecida popularmente 
como “gota”, que é o tipo de artrite mais dolorida que existe.
Gota
 Alimentos ricos em purinas – origem animal (carnes 
vermelhas, brancas, embutidos, peixes e frutos do mar), 
bebidas alcoólicas em especial a cerveja (leveduras), 
oleaginosas, leguminosas e alguns cereais.
 Sintomas – dor intensa nas articulações que pioram com o 
movimento; articulação quente, dolorida e avermelhada.
Insuficiência renal crônica (IRC)
IRC
 Doença caracterizada pela perda lenta e continuada da 
função dos rins, promovendo comprometimento das 
funções metabólicas, endócrinas e excretoras dos 
rins, em especial o acúmulo de toxinas metabólicas no 
sangue (uremia – retenção de escorias nitrogenadas 
como creatinina associada a sinais clínicos).
 Principais alterações promovidas pela IRC – edema, 
hipercalemia, hiperfosfatemia, hipocalcemia, anemia, 
dislipidemia, redução da síntese de eritropoietina (anemia) 
e aumento do PTH em presença de hipocalcemia 
(osteodistrofia renal).
 Doenças renais primárias são as principais causas de 
DRC.
Tratamento conservador (SB Nefrologia)
 O tratamento conservador consiste em todas as medidas 
clínicas (remédios, modificações na dieta e estilo de vida) 
que podem ser utilizadas para retardar
a piora da função renal, reduzir os sintomas e 
prevenir complicações ligadas à doença renal crônica.
 Apesar dessas medidas, a doença renal crônica é 
progressiva e irreversível até o momento. Porém, com o 
tratamento conservador é possível reduzir a velocidade 
desta progressão ou estabilizar a doença.
 Quando a doença renal crônica progride até 
estágios avançados apesar do tratamento conservador, o 
paciente é preparado da melhor forma possível para o 
tratamento de diálise ou transplante.
Tratamento conservador (SB Nefrologia)
 Controle glicêmico – hiperglicemia é fator de risco para 
progressão da DRC (meta hemoglobina glicada < 7% -
indicativo de diabetes controlado);
 Controleda pressão arterial – manter em níveis menores 
que 130/80 mmHg;
 Osteodistrofia – restrição de fósforo para 800 a 1000 
mg/dia;
 Prevenção da desnutrição –VET entre 30 a 35 kcal/kg de 
peso/ dia (utilizar peso ajustado caso o peso atual esteja 
superior a 115% ou inferior a 95% do peso ideal).
Pajust (obesidade) = (PA - PI) x 0,25 + PI
Pajust (desnutrição) = (PI - PA) x 0,25 + PA
Tratamento conservador (SB Nefrologia)
 Nutrição no tratamento conservador:
 < 60 anos: 35 Kcal / kg /dia
 > 60 anos: 30 – 35 Kcal / kg / dia 
 Líquidos – sem restrição;
 Sódio – 1 a 3 g/dia;
 Potássio – 1,5 a 3 g/dia;
 Fósforo – < 10 mg/ kg de peso/ dia;
 Cálcio – 1400 a 1600 mg/dia;
 Lipídios – 25 a 35% VET (saturados até 7%; poliinsaturados até 
10%; monoinsaturados restante, sempre > 10%);
 Carboidratos – normoglicídica (50 a 60%);
 Fibras – 20 a 25 g.
Tratamento conservador (SB Nefrologia)
 Nutrição no tratamento conservador:
 Restrição proteica promove – diminuição da pressão 
intraglomerular e redução da geração de produtos 
nitrogenados tóxicos.
Taxa de filtração 
glomerular (mL/min)
Proteína (g/kg*/dia)
> 70 (estágio 2) Sem restrição
30 – 70 (estágio 3) 0,6 (50% proteína de alto valor biológico)**/***
< 30 (estágios 4 e 5 ) 0,6 (50% proteína de alto valor biológico)**/*** ou 
0,3 + suplementação com mistura de aminoácidos 
essenciais e cetoácidos.
* Usar peso ajustado
** Poderá ser aumentado até 0,75 caso o paciente tenha dificuldade em se adaptar a restrição 
proteica ou se aporte energético não alcançar as necessidades do paciente
*** Em caso de proteinúria > 3g/24 hs aumentar 1g de ptn de AVB para cada g de proteinúria.
Tratamento conservador (SB Nefrologia)
 Nutrição no tratamento conservador:
 Cetoácidos – análogos dos aminoácidos essenciais sem 
nitrogênio (esqueletos de C, O e H) que por 
transaminação hepática incorporam o nitrogênio 
disponível no plasma sendo então convertidos no AA 
correspondente – diminui formação de escória 
nitrogenada.
12 comprimidos/ dia
360 ao mês
Custo do tratamento > R$ 1.000,00 
CarambolaCarambola
Avesani e Cuppari, 2007
▪ A ingestão é proibida para pacientes com DRC.
▪ Possui uma neurotoxina que é depurada pelo rim.
▪ Com a ↓ função renal, essa neurotoxina não é totalmente depurada,
podendo causar desde soluços e convulsões até a morte.
Avesani, Cuppari 2013; Cuppari, 2009
QUAL É O PESO CORPORAL QUE DEVE SER 
USADO
DESCONTAR EDEMA
▪ Peso atual ou Peso ideal?
▪ Peso atual: deve ser usado apenas se o paciente estiver com o peso
próximo do ideal ou desejável (90 – 110% do peso ideal), caso contrário
deve-se usar
1) 1) Peso ajustado;
2) 2) Peso ideal (teórico).
▪ Peso seco
▪ HD: Peso pós-diálise
▪ DP: Peso sem líquido na cavidade peritoneal
✓ Estimativa de peso hídrico para pacientes com edema
✓ Estimativa de peso de acordo com o grau de ascite
Grau de ascite Líquido ascítico (kg)
Leve 2,2
Moderado 6,0
Grave 14,0
Tratamento conservador (SB Nefrologia)
 Preparo do paciente para terapia de diálise ou 
transplante: essa fase do tratamento inicia-se quando 
o paciente apresenta em torno de 20% da sua 
função renal e depende da velocidade com que a sua 
doença progride; à medida que a função renal se 
aproxima de 15% é fundamental preparar o paciente 
para o tratamento de substituição da função renal 
(diálise ou transplante).
 Os cuidados no tratamento conservador permitirá que 
o paciente tenha menos complicações quando for 
iniciar a diálise ou se submeter ao transplante de rim.
Tratamento da doença renal terminal
 Ao iniciar o tratamento o paciente perceberá uma 
melhora significativa nos sintomas que apresentava, 
como: falta de apetite, indisposição, cansaço, náuseas, 
dentre outros.
 Opções:
Diálise peritoneal;
Hemodiálise;
Transplante renal.
Diálise peritoneal
 Opção de tratamento através do qual o processo ocorre 
dentro do corpo do paciente, com auxílio de um filtro 
natural como substituto da função renal. Esse filtro é 
denominado peritônio. 
 O peritônio é uma membrana porosa e semipermeável, que 
reveste os principais órgãos abdominais. O espaço entre esses 
órgãos é a cavidade peritoneal. Um líquido de diálise é 
colocado na cavidade e drenado, através de um cateter (tubo 
flexível biocompatível).
Diálise peritoneal
 O cateter é permanente e indolor, implantado por 
meio de uma pequena cirurgia no abdômen (próximo 
ao umbigo) em geral, com anestesia local, podendo 
receber alta no mesmo dia.
 A solução de diálise é infundida e permanece por um 
determinado tempo na cavidade peritoneal, e depois 
drenada. 
 A solução entra em contato com o sangue e isso 
permite que as substâncias que estão acumuladas no 
sangue como ureia, creatinina e potássio sejam 
removidas, bem como o excesso de líquido que não 
está sendo eliminado pelo rim.
Diálise peritoneal
 Principal vantagem – permite realizar tratamento em 
domicílio. Após um período de treinamento o paciente 
pode realizar em casa, de maneira independente. Um 
familiar do paciente também recebe treinamento para 
ajudar o paciente quando for necessário.
 Modalidades: 
 Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC):
realizada diariamente e de forma manual pelo paciente 
e/ou familiar, em domicílio. Geralmente 4 trocas ao dia 
(manhã, almoço, tarde, noite), com intervalo de 6 horas 
entre as trocas. No período entre as trocas, o paciente 
fica livre das bolsas.
Diálise peritoneal
 Diálise Peritoneal Automatizada (DPA):
realizada todos os dias, normalmente à noite, em casa, 
utilizando uma máquina, a cicladora, que infunde e 
drena o líquido, fazendo as trocas do líquido. 
 Antes de dormir, o paciente se conecta à máquina, 
que faz as trocas automaticamente de acordo com a 
prescrição médica. A drenagem é realizada 
conectando a linha de saída a um recipiente rígido 
para grandes volumes. Durante o dia, se necessário, 
podem ser programadas “trocas manuais”.
Diálise peritoneal
 Dialisato – eletrólitos e um agente osmótico (para 
redução do volume de água no sangue), geralmente a 
glicose. 
• Osmose é a passagem de água de um 
meio menos concentrado (hipotônico) 
para outro mais concentrado 
(hipertônico), através de uma 
membrana semipermeável.
• O processo de osmose tem como 
finalidade igualar as concentrações 
entre uma solução hipotônica e outra 
hipertônica, até que se atinja um 
equilíbrio.
Diálise peritoneal
 Ganho de peso decorrente da absorção de 400 a 
800 kcal/dia provenientes da glicose do dialisato
(concentrações de até 4,25% de glicose/ entre 60 e 
80% da glicose é absorvida) – absorção entre 100 e 
150 gramas (considerar glicose absorvida no cardápio 
elaborado).
 Ocorre perda de proteína no procedimento 
dialítico (perdas entre 5 e 24g/dia) – necessidade 
entre 1,2 a 1,5 g/kg de peso/ dia.
 Recomendação hídrica – sem restrições (2000 mL
+ volume urinário).
 Dialisato: 1,5%, 2,5% ou 4,25% glicose
 60 – 80% da glicose é absorvida
 Exemplo: 3 trocas de 1,5% e 1 troca de 4,25% (2 
litros/bolsa)
 6 litros (1,5%) = 90g
 2 litros (4,25%) = 85g
175g x 70% = 122g GLIC
Absorção de glicose
Diálise peritoneal
 Recomendações:
 Energia = ≥ 35 kcal/kg de peso/dia e 20 a 25 kcal/kg 
de peso/dia para promover perda de peso;
 Proteínas entre 1,2 a 1,5 g/kg de peso/dia;
 Lipídios entre 30 a 35% do VET;
 Carboidratos entre 55 e 60% do VET sendo 35% 
por via oral (considerar glicose absorvida – entre 20 
e 25% do VET) – fibras entre 25 e 30 gramas;
 Atenção para os níveis de fósforo.
 Principais complicações da diálise peritoneal –
hiperglicemia e peritonite (↑ perda proteica).
Hemodiálise
 Procedimento através do qual uma máquina limpa e filtra o 
sangue, ou seja, faz parte do trabalho que o rim doente não 
pode fazer.
 Basicamente a máquina recebe o sangue do paciente por um 
acesso vascular (fístula arteriovenosa) e depois é impulsionado 
por uma bomba até o filtro de diálise (dialisador). No 
dialisador o sangue é exposto à solução de diálise (dialisato)através de uma membrana semipermeável que retira o 
líquido e as toxinas em excesso e devolve o sangue limpo 
para o paciente pelo acesso vascular.
 O procedimento libera do corpo resíduos prejudiciais à saúde, 
como o excesso de sal e de líquidos. Também controla a 
pressão arterial e ajuda o corpo a manter o equilíbrio de 
substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina.
Hemodiálise
Hemodiálise
 Pacientes com IRC que precisam realizar hemodiálise necessitam de 
um acesso venoso. Os mais utilizados são as fístulas 
arteriovenosas. A fístula arteriovenosa consiste na conexão de 
uma veia com uma artéria, na maioria das vezes nos membros 
superiores. Após essa conexão, a veia passa a receber fluxo sob 
pressão vindo da artéria – veia fica dilatada e com sua parede grossa 
e resistente, favorecendo o fluxo sanguíneo para a realização de 
hemodiálise. 
 Esse processo chama-se “maturação” e demora cerca de 6 a 8 
semanas, após o qual a veia desenvolvida já permite fácil inserção de 
2 agulhas para a hemodiálise. Uma das agulhas leva sangue à 
máquina e a outra retorna o sangue filtrado para o 
organismo.
 As sessões de hemodiálise são realizadas geralmente em clínicas 
especializadas ou hospitais.
Hemodiálise
Hemodiálise
 Quanto tempo o paciente necessita ficar na máquina para 
fazer a hemodiálise?
 O tempo varia de acordo com o estado clínico do 
paciente e, em geral, é de quatro horas, três ou 
quatro vezes por semana. Dependendo da situação 
clínica do paciente esse tempo varia de 3 a 5 horas por 
sessão e pode ser feita 2, 3, 4 vezes por semana ou até 
mesmo diariamente. 
 Na maioria das sessões de hemodiálise o paciente não 
sentirá nada, mas algumas vezes, pode ocorrer uma queda 
da pressão arterial, câimbras ou dor de cabeça (muito 
líquido para remover entre uma sessão e outra de 
hemodiálise).
Hemodiálise
 Recomendações:
 Energia = 35 kcal/kg de peso/dia;
 Proteínas 1,2 g/kg de peso/dia (perda de 5 a 8g de 
aminoácidos por sessão);
 Lipídios entre 30 a 35% do VET;
 Carboidratos entre 55 e 60% do VET (fibra entre 20 e 
25g);
 Atenção para os níveis de fósforo;
 Hídrica – se o paciente urina, a recomendação é de 500 
mL + débito urinário. Se o paciente não urina a 
recomendação é de 500 mL/dia. O ganho de peso entre 
uma sessão de diálise e outra deve ser entre 3 a 5% do 
peso seco ( exemplo, paciente com 70 kg, pode ganhar 
entre 2,1 e 3,5 kg).
Diálise peritoneal e hemodiálise
 A hipertrigliceridemia na DRC pode ser tratada com 
suplementação de L-carnitina, por facilitar a 
beta-oxidação dos ácidos graxos. 
 A síntese de L-carnitina ocorre principalmente nos 
rins a partir de dois aminoácidos essenciais: lisina e 
metionina – alterações renais tanto para produção e 
reabsorção de carnitina prejudicam a beta oxidação 
(processo catabólico de ácidos graxos – oxidação 
mitocondrial).
 Recomendação: 10-20 mg/ kg de peso/ dia.

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