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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ CURSO DE PEDAGOGIA PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇOES NAO ESCOLARES PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR ALINE SANTIAGO CAVALCANTE DO NASCIMENTO MATRÍCULA 201801270341 Fortaleza 2019 2 ALINE SANTIAGO CAVALCANTE DO NASCIMENTO MATRÍCULA 201801270341 PEDAGOGIA NAS INSTITUIÇOES NAO ESCOLARES PROPOSTA DE PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina Pedagogia nas Instituições não Escolares, sob a orientação da Professora Débora Raquel Alves Barreiros 3 SUMÁRIO OBJETIVOS ............................................................................................................... 4 INTRODUÇÃO TEÓRICA........................................................................................... 4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 7 O LAR DE CRIANÇAS ...............................................................................................7 CR INDÚSTRIA E COMERCIO DE CONFECÇÕES.................................................. 7 O QUESTIONÁRIO..................................................................................................... 8 RESULTADOS.......................................................................................................... 13 CONCLUSÕES ........................................................................................................ 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 15 4 OBJETIVOS Este relatório objetiva expor uma análise crítica do modelo de formação e treinamento dos profissionais desenvolvidos pelos dois perfis de empresas entrevistadas, à luz da teoria estudada nesta disciplina, sobretudo nas aulas 4, 5 e 10. INTRODUÇÃO TEÓRICA Segundo Libâneo (2001, p. 3) o conceito de educação e a variedade de atividades educativas foram ampliados devido aos recentes acontecimentos afetarem de forma a modificar processos sociais contemporâneos. Tantas mudanças acabaram ocasionando em uma variação da ação pedagógica na sociedade. Ou seja, as práticas pedagógicas se estenderam a diversas áreas da prática social devido as diferentes formas educacionais que surgiram, como as informais, não- formais e formais. Na sociedade da atualidade é possível perceber as práticas pedagógicas se correlacionando com os meios de comunicação, com as empresas e até com as esferas estatais de serviços. O campo pedagógico está se ampliando. As constantes transformações sociais, tecnológicas, econômicas, a reformulação dos valore, colocam diante do pedagogo novas questões que estão diretamente ligadas à educação. As empresas passaram a reconhecer a necessidade da formação como requisito para enfretamento da intelectualização do processo produtivo. (LIBÂNEO, 2001, p. 4). Consequentemente os sistemas de ensino precisaram se ajustar às mudanças. As empresas requerem um novo perfil profissional, mais qualificado, com novas habilidades, comportamento flexível, etc. Fez-se necessária uma nova formação do educador, um intermediador entre a empresa e a educação. Para Libâneo (2001, p. 5) a pedagogia na contemporaneidade da sociedade passa a ter multifaces. Verificamos, assim, uma ação pedagógica múltipla na sociedade, em que o pedagógico perpassa toda a sociedade, extrapolando o âmbito escolar formal, abrangendo esferas mais amplas da educação informal e não formal, criando formas de educação paralela, desfazendo praticamente todos os nós que separavam escola e sociedade. 5 A ação pedagógica na sociedade assume várias facetas, onde o pedagogo perpassa todos os âmbitos da sociedade, sobressai o âmbito escolar formal e abrange esferas mais amplas da educação informal e não formal, criando formas paralelas de educação, desfazendo praticamente todos os nós que separavam escola e sociedade. Vieira e Maron (2002, p. 18) dizem que, o pedagogo dever ser aquele profissional da educação que está capacitado para trabalhar em qualquer campo de atuação, onde for preciso oportunizar aprendizagem e desenvolvimento de habilidades. Portanto, o pedagogo deve está apto a atuar no ambiente empresarial, uma vez que cada dia mais as empresas estão recrutando esse profissional, devido aos novos modelos de gestão, mais humanitários e valorizadores do capital intelectual. Segundo Gagliari (2009): O Pedagogo Empresarial surge como uma nova ferramenta para este desenvolvimento nas organizações que caminham para serem empresas aprendentes. Com o propósito de ajustar as falhas, pensar estrategicamente, ter habilidade para as relações humanas: saber aprender, treinar e delegar tarefas estas características são algumas das solicitadas aos profissionais no mercado globalizado e que o Pedagogo direcionará o profissional na tarefa da qual ele melhor se ajusta para o melhor aproveitamento de suas qualidades. Sendo assim, o pedagogo ganha espaço no ambiente empresarial, no departamento de Recursos Humanos, pois é ele quem irá proporcionar à empresa uma gestão humanitária, mão-de-obra qualificada, ambiente de trabalho agradável, voltado às necessidades da organização. O pedagogo neste contexto se torna imprescindível, pois ele difundirá o conhecimento, assumindo o papel de educador que desenvolve as oportunidades de aprendizagem, proporcionando o aumento qualidade de vida e nos relacionamentos através da capacitação e consequentemente gerando o aumento da produtividade. Segundo Holtz (2005, p. 8-9) entre a pedagogia e a empresa há um “casamento perfeito”, pois ambas focam na definição de objetivos e na realização de ideias, no trabalho de gerar mudanças no comportamento das pessoas. A autora diz que, tais mudanças no comportamento das pessoas que as direcionam a um objetivo é chamado de aprendizagem, e aprendizagem é especialidade da pedagogia. 6 Segundo Holtz (2005, p. 32) o processo de influência que os funcionários de uma empresa são submetidos durante todo o tempo que trabalham, é educação. Ainda segundo Holtz (2005, p. 32) “é fundamental que o Pedagogo Empresarial esteja ciente de que a Educação, puramente humana, por mais requintada que seja, não realiza totalmente o homem, e isto porque o homem tem aspirações de Infinito.” Ou seja, a educação se torna um processo de formação que ocorre durante toda a vida do homem. Na empresa ela continua a ter um caráter educativo não apenas instrutivo. Relata Holtz (2005, p. 42): O Pedagogo Empresarial deve saber que o homem é um microcosmo, um ser complexo e que para desenvolver a sua faculdade inata de produzir necessita do desenvolvimento integral da sua personalidade. Portanto, deve demonstrar com o seu trabalho prático, na empresa, os efeitos benéficos da adoção das várias atividades educativas. Com as novas exigências da sociedade, é fato que houve ajuste, que houve transformação na esfera pedagógica, que passou a existir em diferentes contextos. Logo, também passou a exercer um papel importante no ambiente empresarial, onde a educação também passou percebida e valorizada. Existe a necessidade de um profissional capacitado a promover a educação e a aprendizagem nesse ambiente. A problemática sobre a nova forma como a pedagogia é concebida atualmente está voltada para a atuação do pedagogo em diferentes contextos, onde este deve estar preparado para atuar em qualquer espaço que haja oportunidade de aprendizagem, principalmente no que diz respeito ao ambiente empresarial. Sendo assim,eis a questão: “Em que espaços o pedagogo tem de fato atuado?”. Tal questionamento me levou a autorreflexão: “Que práticas pedagógicas são existentes em uma empresa no setor de Recurso Humanos?”. E “Tais práticas pedagógicas têm contribuído para aprendizagem do grupo de trabalhadores que compõem o quadro de funcionários da empresa?”. 7 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A pesquisa se deu através de um percurso investigativo, envolvendo duas etapas. Na primeira etapa utilizei a pesquisa bibliográfica, que segundo Gil (2007, p.44), é desenvolvida a partir de material já elaborado. Na segunda etapa, somei com pesquisa quantitativa, desenvolvida a partir do uso de questionários. A atividade envolve uma pesquisa exploratória realizada no Lar de Crianças Sara e Burton Davis e na CR Indústria e Comércio de Confecções Ltda, visando inicialmente identificar os processos de gestão de pessoas adotados nestas instituições. O LAR DE CRIANÇAS O Lar de Crianças Sara e Burton Davis, mais conhecido como Lar Davis, tem sua unidade matriz estabelecida na Praça Araçás, 14, Patacas, Aquiraz-CE. A unidade filial está estabelecida na Rua Ezequiel Campina 861, Tamatanduba, Eusébio-CE. Trata-se de uma unidade de acolhimento atuante há dezoito anos no Brasil, que conta atualmente com 36 funcionários lotados nas duas unidades, para cuidar de mais de 70 crianças acolhidas. Os acolhidos são recebidos por meio de medida protetiva da justiça, expedida pela Vara da Criança e do Adolescente e levados ao Lar através dos Conselhos Tutelares dos Municípios. Lá permanecem residindo em modalidade casa/lar até que seja expedida a guia de desacolhimento pela mesma vara. A CR INDÚSTRIA E COMERCIO DE CONFECÇÕES LTDA – MODA COLMEIA A Colmeia é uma marca de revenda de roupa de moda feminina, fundada em Fortaleza-CE e tem 27 anos de mercado. Conta hoje com 18 lojas próprias de atacado, 1 loja virtual de atacado on-line, 01 loja de varejo on-line, 3 lojas varejo nos principais shoppings de Fortaleza-CE e 1 em Maranguape-CE, presente em 11 estados do Brasil, e tem 550 funcionários nas mais diversas funções do ramo. 8 O QUESTIONÁRIO Foram entregues questionários às duas gestoras e a análise aconteceu a partir da síntese das respostas às questões abaixo em lista. As respostas relativas ao Lar de Crianças Sara e Burton Davis foram dadas pela Coordenadora Administrativa, Sra. Ivone Moreira dos Santos, pedagoga, estudante do curso de Serviço Social na Faculdade Cearense. A mesma faz parte do quadro de funcionários da empresa há oito anos, nos quais há quatro anos desempenha cargo de gestão. As respostas da Cr Indústria e Comércio de Confecções Ltda foram dadas pela Coordenadora da Gestão de Pessoas, Sra. Aleuda Santiago Cavalcante, administradora. A mesma faz parte da equipe gestora da empresa há 1 ano, já tendo atuado na mesma função anteriormente. Traz a experiência na área em um total de cinco anos. QUESTIONÁRIO – RESPOSTAS DO LAR DE CRIANÇAS SARA E BURTON DAVIS 1- Como são selecionados os funcionários? Por concurso, envio de currículo, entrevistas, testes, indicação de outros funcionários? Por indicação de outros funcionários e membros do conselho. 2- Funcionários de todos os setores são selecionados da mesma forma? Sim, da mesma forma. 3- Qual é a escolaridade dos funcionários? Em sua grande maioria, ensino médio. Como a maioria é pai/mãe social, a Lei exige que tenham o ensino médio. A equipe de copa e manutenção, tem ensino fundamental em sua maioria. Os que trabalham em áreas técnicas, tem nível superior. 4- A empresa oferece incentivos para que eles aumentem essa escolaridade? Não. 5- Para todos os funcionários? Nenhum funcionário recebe qualquer tipo de incentivo para que aumentem a escolaridade, a não ser em caso de adequação as exigências da Lei. 6- A empresa oferece treinamentos? Sim. 7- De que tipo? 9 A equipe técnica, psicólogas e assistentes sociais, preparam capacitações rotineiramente, baseadas em acontecimentos relatados pelo(a)s cuidadore(a)s. A equipe técnica recebe capacitação/treinamento oferecidos por órgãos públicos. As equipes de copa e manutenção não recebem treinamentos. 8- Em que ocasiões? Em situações de dificuldades vividas nas casas lares com os acolhidos. 9- Treinamentos pontuais, apenas para a melhoria do desempenho e para a realização das tarefas e/ou para o domínio de produtos e máquinas novas? Nesse caso sim. 10- Treinamentos de mais longa duração, oferecidos de modo encadeado, que buscam elevar a capacidade técnica e tecnológica dos funcionários? Não. 11- Todos os funcionários têm acesso aos treinamentos? Não. 12- Existe diferença nas propostas de formação para funcionários com cargos mais elevados? Não. 13- Existe alguma proposta de formação continuada oferecida pela instituição? Não. 14- Para todos os funcionários? Não. 15- Alguma proposta de educação corporativa? 16- Não. 17- De que tipo? 18- Nenhum. 19- Como os funcionários são supervisionados? A coordenação da unidade de acolhimento supervisiona através de observação de rotina. 20- Como a empresa se conduz em caso de problemas/erros na atuação do funcionário? Reúnem os membros de coordenação geral e social, decidem o que é melhor a ser feito e a coordenação social da unidade do funcionário em questão trata o assunto. 10 Os casos muito graves são levados ao conselho para que seja decidido o que será feito. 21- Como eles são avaliados? Através dos feedbacks recebidos dos acolhidos e através de observações feitas pela coordenação. 22- Com que critério? Não existe um critério. 23- Com que periodicidade? O tempo todo. 24- Que tipo de benefício é oferecido aos funcionários? Nenhum. 25- Quem recebe os benefícios? Apenas os coordenadores. 26- As vantagens são iguais para todos ou variam de acordo com o cargo? Variam de acordo com o cargo. 27- Existem prêmios? Não rotineiramente. Apenas em datas comemorativas como dia das mães, pais e mulher. 28- De que tipo? Cestas natalinas e pequenos mimos. 29- Quem os recebe? Todos os funcionários. QUESTIONÁRIO – RESPOSTAS DA CR INDÚSTRIA E COMERCIO DE CONFECÇÕES LTDA – MODA COLMEIA 1- Como são selecionados os funcionários? Por concurso, envio de currículo, entrevistas, testes, indicação de outros funcionários? Seleção interna e externa. (pode depender da vaga) Primeiro é feita a análise de todos os currículos recebidos, filtrando os que estão no perfil da vaga, depois uma entrevista em grupo ou individual analisando características para vaga, e aplicação de testes. Em seguida é feita uma redução para entrevistas com 3 a 5 candidatos, ouvindo o candidato sobre experiências e 11 expectativas. O próximo passo é serem entrevistados pelo o gestor da área. Só aí o gestor e RH decidem pelo candidato ideal. 2- Funcionários de todos os setores são selecionados da mesma forma? Dependendo da área, as habilidades e competências a serem observadas são diferentes e podem mudar o formato da seleção. 3- Qual é a escolaridade dos funcionários? Geralmente, para cargos: Auxiliares: ensino médio concluído ou em andamento Assistentes: superior em andamento Supervisão: superior em andamento 4- A empresa oferece incentivos para que eles aumentem essa escolaridade? Bolsa de estudo com percentual de até 50% 5- Para todos os funcionários? Pode variar a partir do plano de cargos e carreiras, mas geralmente a partir de assistentes. 6- A empresa oferece treinamentos? Capacitação direcionada para área com bolsa de até 50% 7- De que tipo? Qualificação e capacitação de curta duração. 8- Em que ocasiões? Geralmente existe um orçamento anual, mas pode haver uma ação especifica para cada área. 9- Treinamentospontuais, apenas para a melhoria do desempenho e para a realização das tarefas e/ou para o domínio de produtos e máquinas novas? Treinamentos concedidos em ações que desejem aumento de resultado de alguma área. 10- Treinamentos de mais longa duração, oferecidos de modo encadeado, que buscam elevar a capacidade técnica e tecnológica dos funcionários? Geralmente com funcionários que já exercem liderança e supervisão com plano de carreira. 11- Todos os funcionários têm acesso aos treinamentos? Sim. 12 12- Existe diferença nas propostas de formação para funcionários com cargos mais elevados? Cargos de supervisão e gerência, as especializações precisam ser especificas para área de atuação na empresa. 13- Existe alguma proposta de formação continuada oferecida pela instituição? Sim. 14- Para todos os funcionários? Para cargos de assistentes e supervisão. 15- Alguma proposta de educação corporativa? Geralmente em casos que a empresa decide iniciar um processo de aprendizagem para disseminar um conhecimento específico alinhado com os objetivos da empresa. 16- De que tipo? Geralmente para contribuir com o processo para aumento de produtividade, mas existem várias formas. 17- Como os funcionários são supervisionados? Depende da área, mas geralmente acompanhamento semanal de metas e atividades e através de indicadores. 18- Como a empresa se conduz em caso de problemas/erros na atuação do funcionário? Geralmente advertência verbal, advertência escrita, suspensão e desligamento, mas pode depender do erro e política da empresa. 19- Como eles são avaliados? Geralmente com aplicação de avaliação de desempenho de auto avaliação e com gestor. 20- Com que critério? Habilidades e competências alinhadas com valores da empresa. 21- Com que periodicidade? Geralmente semestral. 22- Que tipo de benefício é oferecido aos funcionários? Depende da política da empresa, mas pode ser: cesta básica, educação, participação de lucros, etc. 23- Quem recebe os benefícios? Todos. 13 24- As vantagens são iguais para todos ou variam de acordo com o cargo? Pode haver diferenças, como auxilio educação. 25- Existem prêmios? Sim. 26- De que tipo? Participação de lucros quando meta de vendas ou faturamento são atingidos. 27- Quem os recebe? Pode ser pra todos ou uma área especifica. RESULTADOS De acordo com o as respostas obtidas através dos questionários, as empresas "hipermodernas", são organizações que dispõem de sistemas que viabilizam a intermediação entre suas ações de exploração e dominação e as vantagens e benefícios oferecidos aos indivíduos, de tal forma que essa contradição é minimizada e os que nela trabalham até colaboram para sua própria submissão. Este perfil caracterizou a CR Indústria e Comércio de Confecções Ltda. Seus processos de seleção, avaliação, monitoramento, formação e treinamento dos funcionários são claros e adequados ao seu perfil. Oferece possibilidades de ascensão na carreira e educação permanente, para que os trabalhadores aceitem o trabalho excessivo, os objetivos de lucro da empresa e a própria dominação capitalista. O sistema decisório é de autonomia controlada, impessoal e distante, sobre o qual os trabalhadores não têm domínio. Substitui as ordens e interdições por regras e princípios interiorizados, mais sutis e sofisticados, que os trabalhadores internalizam de modo não autoritário, reproduzindo-os sem muita reflexão. A dominação psicológica acontece a nível inconsciente onde o trabalhador desenvolve uma dependência psicológica da organização. Uma dependência despersonalizada, que não é encarnada na figura da chefia, mas que tem como foco a própria estrutura organizacional. O trabalhador não se identifica com pessoas, mas com a empresa. Já o Lar de Crianças, se enquadra no perfil de empresa ”moderna”, uma vez que não oferece vantagens econômicas significativas aos trabalhadores, desenvolve um 14 sistema decisório centralizado na figura do chefe, que exerce um papel autoritário, atuando como um soberano local e como intérprete das regras da organização. Seus funcionários não possuem um elevado padrão de qualificação. Não existe investimento nem preocupação em formação continuada, treinamento e capacitação do quadro de pessoal. CONCLUSÃO No setor produtivo fabril, caso da CR Indústria e Comércio de Confecções Ltda, o pedagogo, com sua formação e visão de mundo, com o compromisso assumido com a emancipação humana, está submetido aos objetivos empresariais. Ao mesmo tempo em que contribui para a elevação da escolaridade do trabalhador, o faz dentro de uma perspectiva surgida das necessidades do processo produtivo. No terceiro setor, caso do Lar de Crianças, em se tratando das crianças e dos adolescentes, o pedagogo pode somar indicando alternativas que ajudem na inclusão social das famílias, com a elaboração e execução de projetos pedagógicos, de capacitação profissional, formação humana e artes, e até de acompanhamento familiar através de reuniões periódicas com os pais dos acolhidos. Em se tratando de funcionários, pode elaborar projetos de capacitação na área de inteligência emocional, criando espaços próprios para que lidem com seus sentimentos e conflitos, favorecendo a percepção da importância do seu papel na função social do abrigo e, de como esta se relacionada a uma assistência de qualidade que resulta em respeito à individualidade de crianças e adolescentes. 15 REFERÊNCIAS BIOBLIOGRÁFICAS CAGLIARI, Débora. O pedagogo empresarial e a atuação na empresa. 2009. Disponível em:<http://www.pedagogia.com.br/artigos/pedagogo> Acesso em: 01 de novembro de 2015 HOLTZ, Maria Luiza M. “ Lições de pedagogia empresarial. MH Assessoria Empresarial Ltda., Sorocaba SP. Disponível em <http://www.mh.etc.br/documentos/ LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos: inquietações e buscas. Editora da UFPR. Educar, Curitiba, n. 17. 2001, p. 153-176 licoes_de_pedagogia_empresarial.pdf>. Acesso em: 01de novembro de 2015 VIEIRA. A; MARON. N. O pedagogo e a aprendizagem Empresarial. Ciência e Cultura, n. 28, FCHLA 04, Curitiba, 2002, p. 11-44 PRADO. A; SILVA. E; CARDOSO. M. A Atuação do Pedagogo na Empresa: A Aplicação Eficiente e Eficaz da Pedagogia Empresarial. ECCOM, v. 4, n. 7, jan./jun. 2013
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