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PROBLEMA 1- SOI IV- SÍNDROME DE CUSHING

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GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
Problema 1: Fases da Lua 
OBJETIVOS: REVISAR A FISIOLOGIA E FUNCIONAMENTO 
DAS GLÂNDULAS ADRENAIS, COMPREENDER AS 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E CRITÉRIOS PARA 
DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DE CUSHING E PESQUISAR 
A FISIOPATOLOGIA, TRATAMENTO E DIAGNÓSTICOS 
DIFERENCIAIS PARA ESSA SÍNDROME. 
ANATOMIA DAS GLÂNDULAS ADRENAIS 
As glândulas suprarrenais são revestidas por fáscia 
renal, pelas quais estão fixadas aos pilares do 
diafragma. Embora o nome “suprarrenal” sugira que 
os rins são a relação primária, a principal fixação das 
glândulas é aos pilares do diafragma. Elas são 
separadas dos rins por um septo fino, parte da fáscia 
renal. 
Cada glândula tem um hilo, pelo qual as veias e vasos 
linfáticos saem da glândula, ao passo que as artérias e 
nervos entram nas glândulas em diversos locais. 
Cada glândula suprarrenal tem duas partes: o córtex 
suprarrenal e a medula suprarrenal, essas partes têm 
diferentes origens embriológicas e diferentes funções. 
 
CÓRTEX 
O córtex suprarrenal é derivado do mesoderma e 
secreta corticosteroides e androgênios. 
Esses hormônios causam a retenção renal de sódio e 
água em resposta ao estresse, aumentando o volume 
sanguíneo e a pressão arterial, também afetando 
músculos e órgãos como o coração e os pulmões. 
 
MEDULA 
A medula suprarrenal é uma massa de tecido nervoso 
permeada por capilares e sinusoides derivados das 
células da crista neural associadas à parte simpática do 
sistema nervoso. 
As células cromafins da medula estão relacionadas com 
os neurônios dos gânglios simpáticos tanto em 
derivação (células da crista neural) quanto em função. 
Essas células secretam catecolaminas (principalmente 
epinefrina) para a corrente sanguínea em resposta a 
sinais de neurônios pré-ganglionares. 
Os potentes hormônios medulares epinefrina 
(adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina) ativam o 
corpo para uma resposta de fuga ou luta. Também 
aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, 
dilatam os bronquíolos e modificam os padrões de 
fluxo sanguíneo, preparando para o exercício físico. 
 
 
IRRIGAÇÃO, DRENAGEM E INERVAÇÃO 
As artérias suprarrenais ramificam-se livremente 
antes de entrarem em cada glândula, de modo que 50 
a 60 artérias penetram a cápsula que cobre toda a 
superfície das glândulas. 
As artérias suprarrenais têm três origens: 
 Artérias suprarrenais superiores 
 Artérias suprarrenais médias 
 Artérias suprarrenais inferiores 
A drenagem venosa das glândulas suprarrenais se faz 
para veias suprarrenais calibrosas. A veia suprarrenal 
direita curta drena para a VCI, enquanto a veia 
suprarrenal esquerda, mais longa, frequentemente se 
une à veia frênica inferior e drena para a veia renal 
esquerda. 
GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
Os vasos linfáticos suprarrenais originam-se de um 
plexo situado profundamente à cápsula da glândula e 
de outro em sua medula. A linfa segue até os 
linfonodos lombares. 
A inervação das glândulas suprarrenais provém do 
plexo celíaco e dos nervos esplâncnicos 
abdominopélvicos. As fibras simpáticas pré-
ganglionares mielínicas derivadas principalmente do 
corno lateral da medulares, atravessam os gânglios 
paravertebrais e pré-vertebrais, sem fazer sinapse, e 
são distribuídas para as células cromafins (As células 
cromafins são uma espécicie de neurônios simpáticos 
pós ganglionares que são estimuladas pela aceticolina) 
na medula suprarrenal. 
FISIOLOGIA DAS GLÂNDULAS ADRENAIS 
CÓRTEX 
Os principais hormônios secretados pela face cortical 
das glândulas adrenais são os mineralocorticoides 
(ALDOSTERONAL), glicocorticoides (CORTISOL) e uma 
pequena quantidade de hormônios androgênicos. 
Os mineralocorticoides receberam este nome porque 
afetam, os eletrólitos dos líquidos extracelulares, 
sobretudo sódio e potássio. 
Os glicocorticoides têm este nome por seus 
importantes efeitos que aumentam a concentração 
sanguínea de glicose e apresentam efeitos adicionais 
nos metabolismos proteico e lipídico. 
O córtex das adrenais são divididos em: Zona 
Glomerulosa, Fasciculada e Reticular. A Zona 
Glomerulosa é a responsável por produzir a maior 
quantidade de Aldosterona, sendo modulada pela 
Angiotensina II e pela concentração de K+. 
A Zona Fasciulada tem por função produzir a maior 
quantidade de cortisol e corticoesterona, ambos 
glicorcorticóides, e em menor quantidade androgênios, 
sendo controlada pelo ACTH produzido na face anterior 
da hipófise, ou adenohipófise. 
A zona reticular produz a maior parte dos androgênios 
como DHEA e androestediona e é regulada pelo ACTH e 
pelo hormônio estimulante do androgênio cortical, 
produzido pela hipófise. Porém, esses mecanismos de 
controle ainda não são tão bem entendendidos. 
 
Altas de Histologia- MED UESB 
Todos os hormônios esteroides humanos, incluindo os 
produzidos pelo córtex adrenal, são sintetizados a 
partir do colesterol. Embora as células do córtex 
adrenal possam apresentar síntese, de novo, de 
pequenas quantidades de colesterol a partir do 
acetato, aproximadamente 80% do colesterol usado 
para a síntese dos esteroides é fornecido por 
lipoproteínas de baixa densidade (LDL) no plasma 
circulante. 
O transporte do colesterol para as células adrenais é 
regulado por mecanismos de feedback que podem 
alterar, acentuadamente, a quantidade disponível para 
a síntese dos esteroides. Por exemplo, o ACTH, que 
estimula a síntese de esteroides adrenais, aumenta o 
número de receptores de LDL nas células 
GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
adrenocorticais, bem como a atividade das enzimas 
que liberam o colesterol da LDL. 
Uma vez que o colesterol entra na célula, é 
transportado para as mitocôndrias, onde é clivado pela 
enzima colesterol desmolase, formando pregnenolona 
e os hormônios em sequência. 
Os hormônios adrenocorticais plasmáticos ligma-se a 
proteínas plasmáticas, especialmente uma globulina 
chamada globulina ligadora de cortisol ou transcortina, 
e, em menor quantidade, à albumina. Esse alto grau de 
ligação às proteínas plasmáticas reduz a velocidade de 
eliminação do cortisol do plasma e faz com que ele 
permaneça por mais tempo no organismo. Esses 
hormônios são metabolizados no fígado e o cortisol, 
está presente em alta quantidade no início da manhã e 
entra em declínio durante o dia. 
 
ALDOSTERONA 
Sem os mineralocorticoides, a concentração de íons 
potássio, no líquido extracelular, eleva-se 
acentuadamente, sódio e cloreto são rapidamente 
eliminados do organismo, e os volumes totais do 
líquido extracelular e do sangue são muito reduzidos. 
Rapidamente se desenvolve redução do débito 
cardíaco, que evolui para um estado semelhante ao 
choque, seguido de morte. O cortisol, apesar de ser um 
glicocorticoide, também pode ligar-se a receptores de 
mineralocorticoides, atuando como um. 
Funções: 
 Aumentar a reabsorção tubular renal de sódio; 
 Aumentar a secreção de potássio; 
 O excesso de aldosterona aumenta o volume 
do líquido extracelular e a pressão arterial, 
mas apresenta pequeno efeito na concentração 
plasmática de sódio (Na+ reabsorvido junto 
com água); 
 O excesso de aldosterona provoca hipocalemia 
(perda excessiva de K+) e fraqueza muscular; 
 O déficit de aldosterona provoca hipercalemia 
e toxicidade cardíaca; 
 O Excesso de aldosterona aumenta a secreção 
tubular de íon H+ e provoca Alcalose; 
A regulação da secreção de aldosterona pelas células 
da zona glomerulosa é quase inteiramente 
independente da regulação do cortisol e dos 
androgênios pelas zonas fasciculada e reticular. São 
conhecidos os seguintesquatro fatores que 
desempenham papéis essenciais na regulação da 
aldosterona: 
1. A elevação da concentração de íons potássio no 
líquido extracelular aumenta muito a secreção de 
aldosterona. 
2. A elevação da concentração de angiotensina II no 
líquido extracelular também aumenta acentuadamente 
a secreção de aldosterona. 
3. A elevação da concentração de íons sódio no líquido 
extracelular reduz muito pouco a secreção de 
aldosterona. 
 4. O ACTH formado pela hipófise anterior é necessário 
para a secreção de aldosterona, mas tem pequeno 
efeito no controle da secreção. 
 
GLICOCORTICÓIDES 
Pelo menos 95% da atividade glicocorticoide das 
secreções adrenocorticais resulta da secreção de 
cortisol, também chamado hidrocortisona. Além disso, 
uma pequena, mas significativa, quantidade de 
atividade glicocorticoide é produzida pela 
corticosterona. Funções: 
 Agem no metabolismo dos carboidratos 
estimulando a gliconeogênese (Produz 
carboidratos a partir de outras substâncias); 
 O cortisol antagoniza os efeitos da insulina 
para inibir a gliconeogênese hepática; 
 Redução da utilização celular de glicose; 
GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
 Elevação da concentração sanguínea de glicose 
e “Diabetes Adrenal”; 
 Redução de proteínas celulares; 
 Mobilização de ácidos graxos e aumento da sua 
concetração plasmática; 
 Excesso pode causar obesidade; 
 Resistência ao estresse e à inflamação; 
 Efeito Anti-inflamatório; 
 Bloqueia a resposta inflamatória a reações 
alérgicas; 
O ACTH Estimula a Secreção de Cortisol e é produzido 
pela hipófise anterior. Ele é controlado pelo fator 
liberador de corticotropina do hipotálamo (FLC) e o O 
ACTH atiiva as Células Adrenocorticais para Produzir 
Esteroides pelo Aumento do AMPc. 
O Estresse Fisiológico Aumenta a Secreção 
Adrenocortical e de ACTH. 
 
 
O aspecto fundamental desse controle do cortisol é a 
estimulação do hipotálamo por diferentes tipos de 
estresse. Esses estímulos ativam todo o sistema, 
provocando a rápida liberação de cortisol, que, por sua 
vez, inicia uma série de efeitos metabólicos, cujo 
objetivo é aliviar a natureza lesiva do estado de 
estresse. 
Também existe o processo de feedback negativo direto 
do cortisol no hipotálamo e na hipófise anterior, 
reduzindo a concentração de cortisol no plasma, nos 
momentos em que o organismo não está em estado de 
estresse. 
Contudo, os estímulos de estresse são preponderantes; 
eles sempre podem se impor ao feedback inibitório 
direto do cortisol, provocando exacerbações periódicas 
de sua secreção em múltiplos momentos ao longo do 
dia ou sua secreção prolongada em situações de 
estresse crônico. 
SÍNDROME DE CUSHING 
Esse distúrbio é causado por condições que produzem 
níveis elevados de glicocorticoides. Em geral, a 
síndrome de Cushing pode ser dividida em causas 
exógenas e endógenas. 
A maioria dos casos de síndrome de Cushing resulta da 
administração de glicocorticoides exógenos (síndrome 
de Cushing “iatrogênica”, ou seja, resultado de um 
tratamento médico). 
As causas endógenas podem, por sua vez, ser divididas 
naquelas que são dependentes do ACTH e naquelas que 
são independentes do ACTH. Os adenomas hipofisários 
secretores de ACTH são responsáveis por 
aproximadamente 70% dos casos de hipercortisolismo 
endógeno, sendo a forma hipofisária é conhecida como 
doença de Cushing. 
 
HIPERCORTISOLISMO EXÓGENO 
A prescrição de um Glicocorticóide (GC) sistêmico pode 
estar relacionada a diversas situações (doenças 
crônicas e emergenciais). Quadros de emergência 
(choque anafilático, nefrite lúpica, choque séptico, 
síndrome enxerto X hospedeiro, broncoespasmo grave 
etc.) podem necessitar do uso de GC. Nesses casos, 
geralmente a administração é realizada por via 
parenteral, em altas doses e por poucos dias 
(pulsoterapia) até que a terapia primária estabelecida 
apresente eficácia. 
GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
A terapia crônica com GC é empregada em diferentes 
doenças anteriormente descritas e é nessa situação 
que o médico deve estar atento aos riscos da 
corticoterapia prolongada e abusiva. Assim, alguns 
critérios devem ser obedecidos ao iniciar uma terapia 
crônica com GC. 
Iniciar somente se existem evidências 
clínicas estabelecidas na literatura do seu 
benefício terapêutico 
Utilizar somente frente à falência de outras 
terapias específicas 
Utilizar critérios de resposta objetivos 
Administrar uma dose necessária por um 
tempo suficiente para se atingir à resposta 
desejada 
Identificar um objetivo terapêutico 
específico 
 
Muitos dos efeitos colaterais da corticoterapia podem 
ser confundidos com os achados da SC propriamente 
dita. A principal diferença entre a SC exógena e a 
endógena é que esta última apresenta maior ação 
mineralocorticóide, resultando em maior incidência de 
hipertensão arterial sistêmica (HAS), hipocalemia e 
sintomas de hiperadrogenismo (hirsutismo e sintomas 
de virilização). 
 
HIPERCORTISOLISMO ENDÓGENO DEPENDENTE DE ACTH 
Os adenomas hipofisários secretores de ACTH são 
responsáveis pela maioria dos casos de 
hipercortisolismo endógeno, sendo, na maioria dos 
casos, causado por um microadenoma hipofisário 
produtor de ACTH. 
Em alguns casos, há um macroadenoma subjacente e 
raramente se verifica hiperplasia das células 
corticotróficas sem um adenoma distinto. 
A hiperplasia celular corticotrófica pode ser primária 
ou surgir secundariamente ao estímulo excessivo da 
liberação de ACTH por um tumor hipotalâmico produtor 
do hormônio liberador de corticotrofina (HLC). 
As glândulas adrenais em indivíduos com doença de 
Cushing são caracterizadas por graus variáveis de 
hiperplasia cortical nodular, causada pelos elevados 
níveis de ACTH. A hiperplasia cortical, por sua vez, é 
responsável pelo hipercortisolismo. 
A secreção ectópica de ACTH pelos tumores não 
hipofisários é responsável por cerca de 10% da 
síndrome de Cushing dependente de ACTH. Em muitos 
casos, o tumor responsável é um carcinoma de células 
pequenas do pulmão, por exemplo. 
Além dos tumores que produzem o ACTH 
ectopicamente, uma neoplasia neuroendócrina 
ocasionalmente pode produzir o hormônio de liberação 
de corticotropina ectópico (HLC), o qual, por sua vez, 
leva à secreção de ACTH e ao hipercortisolismo. Assim 
como ocorre na variante hipofisária, as glândulas 
adrenais sofrem hiperplasia cortical bilateral. 
 
HIPERCORTISOLISMO ENDÓGENO INDEPENDENTE DE 
ACTH 
As neoplasias adrenais primárias, como os adenomas 
e os carcinomas adrenais, são as causas subjacentes 
mais comuns da síndrome de Cushing independente de 
ACTH. 
A condição bioquímica necessária da síndrome de 
Cushing independente de ACTH é a presença de níveis 
séricos elevados de cortisol com baixos níveis de ACTH. 
Os carcinomas corticais tendem a produzir 
hipercortisolismo mais marcante do que os adenomas 
ou hiperplasias. 
Em casos de neoplasia unilateral, o córtex adrenal não 
envolvido e o córtex da glândula oposta sofrem atrofia 
por causa da supressão da secreção de ACTH. 
A maioria das adrenais hiperplásicas são ACTH 
dependentes, e a hiperplasia cortical primária (ou seja, 
hiperplasia independente de ACTH) é incomum. 
A hiperplasia macronodular é, tipicamente, uma 
condição não esporádica (não sindrômica) observada 
em adultos. Sabe-se agora que, embora a condição seja 
independente de ACTH, não é inteiramente 
“autônoma”. Especificamente, a produção de cortisol é 
GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
regulada pelos hormônios circulantes não ACTH, sendo 
resultado da superexpressão ectópica deseus 
receptores correspondentes nas células 
adrenocorticais. 
Tais hormônios não ACTH incluem peptídeo inibidor 
gástrico, LH, ADH, e seus receptores são 
superexpressos nas células corticais adrenais 
hiperplásicas. O mecanismo por meio do qual esses 
receptores para hormônios não ACTH são 
superexpressos nos tecidos adrenocorticais é, no 
entanto, desconhecido. 
Um subgrupo de hiperplasia macronodular surge na 
condição da síndrome de McCune-Albright, 
caracterizada por mutações somáticas que provocam 
hiperplasia através do aumento dos níveis 
intracelulares de AMPc, que é um importante segundo 
mensageiro em muitos tipos de células do sistema 
endócrino. 
 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS 
As principais lesões da síndrome de Cushing são 
encontradas nas glândulas hipofisária e adrenal. 
A hipófise mostra alterações independentemente da 
causa. A alteração mais comum, resultado dos altos 
níveis de glicocorticoides endógenos e exógenos, é 
chamada de alteração hialina de Crooke. 
Nessa condição, o citoplasma granular e basofílico 
normal das células produtoras de ACTH torna-se 
homogêneo e pálido na adenoipófise. Essa alteração 
resulta do acúmulo de filamentos intermediários de 
queratina no citoplasma. 
Dependendo da causa do hipercortisolismo, as 
adrenais apresentam uma das seguintes alterações: 
(1) Atrofia cortical 
(2) Hiperplasia difusa 
(3) Hiperplasia macronodular e micronodular 
(4) Adenoma ou carcinoma. 
Nos pacientes em que a síndrome resulta de 
glicocorticoides exógenos, a supressão do ACTH 
endógeno tem como sequela a atrofia cortical bilateral, 
decorrente da falta de estímulo das zonas fasciculada 
e reticular pelo ACTH. Nesses casos, a zona 
glomerulosa é de espessura normal, porque essa 
porção do córtex funciona independentemente do 
ACTH. 
Em casos de hipercortisolismo endógeno, as adrenais 
são hiperplásicas ou contêm uma neoplasia cortical. A 
hiperplasia difusa é encontrada em indivíduos com a 
síndrome de Cushing dependente de ACTH. 
O córtex adrenal está difusamente espessado e 
variavelmente nodular, embora o último não seja 
pronunciado, como visto nos casos de hiperplasia 
nodular independente de ACTH. 
Sob o aspecto microscópico, o córtex hiperplásico 
demonstra uma zona reticular expandida e “pobre em 
lipídios”, compreendendo células eosinófilas 
compactas, circundadas por uma zona externa de 
células vacuoladas “ricas em lipídios”, semelhantes 
àquelas vistas na zona fasciculada. 
Em geral, qualquer nódulo presente é composto de 
células vacuoladas “ricas em lipídios”, que são 
responsáveis pela coloração amarelada das glândulas 
difusamente hiperplásicas. 
 
GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
Hiperplasia difusa da adrenal contrastada com a 
glândula adrenal normal. Na seção transversal, o 
córtex adrenal é amarelo e engrossado e uma 
nodularidade sutil é vista. Ambas as glândulas 
adrenais estavam difusamente hiperplásticas 
nesse paciente com síndrome de Cushing 
dependente de ACTH. 
 
Em contraste, na hiperplasia macronodular as adrenais 
são quase inteiramente substituídas por nódulos 
proeminentes de tamanhos variados, os quais contêm 
uma mistura de células pobres e ricas em lipídios. 
Diferentemente do que ocorre na hiperplasia difusa, as 
áreas entre os nódulos macroscópicos também 
demonstram evidência de nodularidade microscópica. 
A hiperplasia micronodular é composta de 
micronódulos com pigmentos escuros (marrom a preto) 
e áreas atróficas entremeadas Acredita-se que o 
pigmento seja lipofuscina, um pigmento associado ao 
desgaste celular. 
 
 
A. Hiperplasia adrenocortical micronodular com 
nódulos pigmentados proeminentes na glândula 
adrenal. B. No exame histológico, os nódulos são 
compostos de células contendo o pigmento 
lipofuscina, visto na parte direita do campo. 
 
As neoplasias adrenocorticais primárias que causam 
síndrome de Cushing podem ser malignas ou benignas. 
Os adenomas ou carcinomas funcionantes do córtex 
adrenal como fonte de cortisol não são 
morfologicamente distintos das neoplasias das 
adrenais não funcionantes. Tanto as lesões benignas 
quanto as malignas são mais comuns em mulheres dos 
30 aos 50 anos. 
Os adenomas adrenocorticais são tumores amarelos 
envoltos por cápsulas bem desenvolvidas. 
Microscopicamente, são compostos de células que são 
similares àquelas encontradas na zona fasciculada 
normal. 
Os carcinomas associados à síndrome de Cushing, pelo 
contrário, tendem a ser maiores do que os adenomas. 
Esses tumores são massas encapsuladas, com todas as 
características anaplásicas de câncer. Com os tumores 
funcionantes, tanto benignos quanto malignos, o córtex 
adrenal adjacente e o córtex da glândula adrenal 
contralateral são atróficos, como resultado da 
supressão do ACTH endógeno pelos altos níveis de 
cortisol. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
A síndrome de Cushing se desenvolve lentamente e 
pode ser muito suave em suas manifestações precoces. 
Os estágios iniciais desse distúrbio podem apresentar-
se com Hipertensão e Ganho de peso. 
Com o tempo, o padrão mais característico de 
deposição do tecido adiposo se torna aparente na 
forma de obesidade do tronco, rosto arredondado e 
acúmulo de gordura na parte posterior do pescoço e 
nas costas (corcova de búfalo). 
 
Achados clássicos 
O hipercortisolismo causa uma atrofia seletiva das 
miofibras de contração rápida, resultando em massa 
muscular diminuída e fraqueza proximal nos membros. 
Os glicocorticoides induzem a gliconeogênese e inibem 
a captação de glicose pelas células, resultando em 
hiperglicemia, glicosúria e polidipsia (diabetes 
secundária). 
GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
EFEITOS CUTÂNEO 
O hipercortisolismo inibe a proliferação de fibroblastos 
levando à perda de colágeno e tecido conectivo. A 
atrofia cutânea e o aparecimento de púrpuras. Essas 
geralmente atingem áreas expostas ao sol (dorso das 
mãos e ombros) e não são acompanhadas de edema 
palpável. 
Os efeitos do catabolismo causam perda de colágeno e 
reabsorção óssea, consequentemente, a pele é fina, 
frágil e facilmente machucável. 
A cicatrização de ferimentos é pouco eficaz e as estrias 
cutâneas são particularmente comuns na área 
abdominal. 
 
Púrpuras 
 
Presença de estrias 
 
EFEITOS ÓSSEOS 
A reabsorção óssea resulta no desenvolvimento de 
osteoporose, com consequente dor nas costas e 
suscetibilidade a fraturas aumentada. 
EFEITOS IMUNES 
As pessoas com síndrome de Cushing estão sob risco 
para uma variedade de infecções, porque os 
glicocorticoides suprimem a resposta imunológica. 
Os GC aumentam o número de leucócitos 
polimorfonucleares que são liberados da medula óssea 
e diminuem sua aderência ao endotélio. Também 
reduzem o número de linfócitos, monócitos e 
eosinófilos. 
 
EFEITOS NO SISTEMA REPRODUTOR 
Hipercortisolismo pode causar irregularidade menstrual e 
infertilidade tanto no homem como na mulher, 
provavelmente pela inibição da secreção das 
gonadotrofinas. Além desse efeito central, em nível 
ovariano e testicular observa-se inibição da produção de 
estrógeno ou testosterona pelas células da granulosa e de 
Leydig, respectivamente. 
 
OUTROS EFEITOS 
As manifestações adicionais abrangem diversos 
distúrbios mentais, incluindo mudanças de humor, 
depressão e psicose franca, assim como hirsutismo. 
 
DIAGNÓSTICO 
Exame Clínico: Positivo na presença de sinais típicos de 
excesso de glicocorticoide, como a distribuição anormal 
de gordura nas fossas supraclaviculares e temporal, 
debilidade nos músculos proximais, estria roxa larga e 
nova irritabilidade, diminuição da cognição e memória 
de curto prazo reduzida. 
 
Achados laboratoriais: A administraçãoexógena de 
glucocorticóide deve ser excluída antes de classificar a 
síndrome de cushing endógena. 
Os exames solicitados são de urina, saliva e cortisol 
sérico. 
GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
O diagnóstico laboratorial da síndrome de Cushing se 
baseia no seguinte: 
(1) Concentração de cortisol livre na urina por 24 horas, 
que está aumentada; 
(2) Perda do padrão diurno normal de secreção de 
cortisol. 
 
Teste de Supressão da Dexametasona 
O teste de supressão da dexametasona se aproveita 
do efeito de retroalimentação negativa dos corticoides 
em reduzir o ACTH. 
A dexametasona é ingerida em certo horário e a 
dosagem é medida depois de um certo espaço de 
tempo. 
A determinação da causa da síndrome de Cushing 
depende do ACTH sérico e da medida da excreção 
urinária de esteroides após a administração de 
dexametasona (teste da supressão de dexametasona). 
Os resultados desses testes seguem três padrões 
gerais: 
• Na síndrome de Cushing hipofisária, a forma mais 
comum, os níveis de ACTH estão elevados e não podem 
ser suprimidos pela administração de uma dose baixa 
de dexametasona. Por isso, não há redução na 
excreção urinária dos 17-hidroxicorticosteroides. No 
entanto, após a injeção de altas doses de 
dexametasona, a hipofisária responde diminuindo a 
secreção de ACTH, o que é refletido pela supressão da 
secreção urinária de esteroides. 
• A secreção ectópica de ACTH resulta em um nível 
elevado de ACTH, mas sua secreção se mostra 
completamente insensível às baixas ou altas doses de 
dexametasona exógena. 
• Quando a síndrome de Cushing é causada por um 
tumor adrenal, o nível de ACTH é muito baixo devido à 
inibição retroativa da hipófise. Assim como ocorre na 
secreção ectópica de ACTH, tanto baixas quanto altas 
doses de dexametasona falham em suprimir a 
excreção de cortisol. 
 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
Pelo fato de muitos sinais e sintomas serem 
inespecíficos, o diagnóstico pode ser confundido com 
distúrbios psiquiátricos, síndrome do ovário policístico, 
síndrome metabólica, obesidade simples, fibromialgia 
ou doenças agudas. 
Mudanças de humor e cognição são marcadores úteis 
de hipercortisolismo. 
 
TRATAMENTO 
Tratamento Cirúrgico 
- Ressecção cirúrgica da lesão produtora do ACTH, se 
esta for malsucedidad ou não puder ser realizada a 
adrenalectomia bilateral é uma opção. 
- A combinação com radiação também é uma terapia 
indicada; 
- Cura de 80 a 90% nos pacientes com microadenoma 
e de 25 a 75% naqueles com macroadenoma da 
hipófise; 
- Nos pacientes em que o rumor hipofisário não é 
identificado, hipofisectomia parcial; 
 
Radioterapia 
- Combinada com a terapia médica adjunta pode 
normalizar os níveis de cortisol em pacientes que não 
podem ser submetidos à cirurgias; 
- Pacientes com recidiva do hipercortisolismo após 
tratamento cirúrgico; 
 
Farmacologia 
GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
-A definição do esquema terapêutico depende da 
identificação da causa e caracterização da forma 
clínica. Normalmente Cetoconazol, metirapona, 
aminoglutetimida, mltotano, bromocriptina e 
dproeptadina são os medicamentos mais usados para 
tratamento. 
- Indicado no pré-operatório de pacientes com doença 
de Cushing, para diminuir a morbimorralidade do ato 
cirúrgico; 
 
CASO CLÍNICO 
Caso 1: Como agir perante à pacientes com uso crônico 
de corticoides como em doenças autoimunes como o 
lúpus? 
Nesses casos, mantemos o uso do corticoide e é feito 
um monitoramento regular em como é receitado 
fármacos que controlem os efeitos adversos para 
evitar a progressão no desenvolvimento da síndrome 
de cushing. 
 
SÍNDROME DE PSEUDOCUSHING 
Quadro clínico semelhante ao da síndrome de Cushlng, 
mas com hipercortisolismo leve a moderado. 
 Causas: Transtorno depressivo e alcoolismo crônico. O 
diagnóstico diferencial com a síndrome de Cushing 
pode ser difícil, requerendo acompanhamento por 
meses ou anos até definição do quadro clínico e 
laboratorial. 
 
FARMACOLOGIA DOS CORTICÓIDES 
Os corticoides da classe dos glicocorticoides são uma 
classe de hormônios adrenais produzidos 
naturalmente pelo nosso corpo e que também podem 
ser ingeridos sinteticamente para tratamento de 
algumas comorbidades. 
CLASSIFICAÇÃO 
Essa classe de medicamentos pode ser agrupada de 
acordo com seu tempo de ação: em curta, intermediária 
e prolongada. 
- Curta: Hidrocortisona e Cortisona 
- Intermediária: Prednisolona 
- Prolongada: Betametasona/Dexametasona 
!! Corticóides de longa duranção são utilizados 
normalmente para o tratamento de doenças 
autoimunes como o lúpus e é totalmente 
contraindicado para gestantes. 
 
GLICOCORTICÓIDES: OCORRÊNCIA NATURAL (CORTISOL) 
Sua síntese e secreção estão estreitamente reguladas 
pelo sistema nervoso central (SNC), que é muito 
sensível à retroalimentação negativa dos níveis 
circulantes de cortisol e glicocorticoides sintéticos. Sua 
síntese é dada a partir das moléculas de colesterol e a 
velocidade de secreção segue um ritmo circadiano, 
governado por pulsos de ACTH que alcançam um pico 
nas primeiras horas da manhã e após as refeições. 
A globulina (CBG) é a molécula responsável por se ligar 
ao cortisol em cerca de 90% e apenas 10% está 
presente na forma livre, podendo desenvolver função 
biológica. A CBG aumenta durante a gravidez e em caso 
de administração de estrogênio, bem como no 
hipertireoidismo. 
Ocorre redução de CBG em consequência de 
hipotireoidismo, defeitos genéticos em sua síntese e 
estados de deficiência de proteína. 
 
FARMACODINÂMICA 
Os efeitos conhecidos dos glicocorticoides são 
mediados, em sua maioria, por receptores amplamente 
distribuídos, que integram como os promotores dos 
genes-alvo e fazem sua transcrição. 
Alguns efeitos dos glicorticoides podem ser atribuídos 
à sua ligação aos receptores mineralocorticoides. Com 
GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
efeito, os MR ligam-se à aldosterona e ao cortisol com 
afinidade semelhante. 
 
FUNCIONAMENTO E EFEITOS 
- Normalmente utilizado para tratamento de doenças 
autoimunes; 
- Cortisol: Imunocompetente 
 Corticoide: Imunesupressor 
- Os glicocorticoides promovem retenção de sódio e 
água, provocando edema; 
- Funções: Antialégica, Analgésico, Anti-inflamatório e 
imunossupressor; 
EFEITOS FISIOLÓGICOS 
- Respostas homeostáticas da insulina e do glucagon; 
- As respostas lipolíticas das células adiposas às 
catecolaminas, ao ACTH e ao hormônio de crescimento 
são atenuadas na ausência de glicocorticoide; 
 
EFEITOS METABÓLICOS 
- Estimulam a gliconegonênese e a síntese de 
glicogênio em jejum; 
- Estimula a liberação de aminoácidos durante o 
catabolismo muscular; 
- Aumentam os níveis séricos de glicose, e, portanto, 
estimulam a liberação de insulina e inibem a captação 
de glicose pelas células musculares; 
- Estimulam a lipase sensível ao hormônio, 
promovendo lipólise; 
- Aumento efetivo da deposição de gordura, em 
conjunto com aumento na liberação de ácidos graxos e 
de glicerol na circulação; 
- Maior crescimento de pelos finos na face, coxa e 
tronco; 
- Aparecimento de Acne, Insônia e aumento do apetite; 
 
EFEITOS CATABÓLICOS E ANABÓLICOS 
- Redução da massa muscular, fraqueza e 
adelgaçamento da pele; 
- Efeitos catabólicos e antianabólicos no osso que 
constituem a oestoporose de cushing; 
- Nas crianças reduzem o GH e seu crescimento; 
 
EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIOS E IMUNOSUPRESSORES 
- Reduzem manifestações da inflamação; 
- Efeitos supressores nas citocinas e quimiocinas 
inflamatórias; 
- Aumento na concentração de neutrófilos e redução de 
linfócitos,monócitos, eosinófilos e basófilos; 
- Inibem a fosfalipase A2, reduzindo síntese de Ac. 
Aracdônico, prostaglandinas e leucotrienos; 
- Redução da permeabilidade capilar em detrimento da 
quantidade reduzida de histamina liberada dos 
basófilos e mastócitos; 
 
OUTROS EFEITOS 
- Depressão; Euforia; Distúrbios do sono; 
- Aumento da pressão intracraniana com um 
pseudotumor cerebral; 
- Suprimem secreção hipofisária, GH. TSH e LH em 
formas crônicas; 
- Antagoniza o efeito da vitamin D na absorção do 
cálcio; 
- Redistribuição da gordura do corpo; 
- Deficiência: Comprometimento renal; 
- Estímulo à produção de surfactante no período de 
desenvolvimento fetal; 
- Administração VO normalmente é rápido e completo; 
GABRIEL FREITAS SISTEMAS ORGÂNICOS INTEGRADOS IV 
- Presença de úlceras pépticas, miopatia grave, 
cataratas sucapsulares, glaucoma e elevação da PA; 
!! Em geral, a dieta de um paciente em uso de 
corticoesteroides deve ser hiperproteica e rica em 
potássio 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
- Age no DNA para estimular a produção de lipocortina, 
um anti-inflamatório natural, que inibe a fosfolipase 
A2; 
- Inibe a Estidina Carboxilase que é responsável pela a 
síntese de histamina e produzindo o efeito anti-
alérgico; 
 
CONTRAINDICAÇÕES 
- Doenças fúngicas sistêmicas; 
- Herpes Simples; 
- TB ativa ou histórico de TB; 
- Histórico de doenças psicóticas; 
- Hipersensibilidade à droga; 
 
PRECAUÇÕES 
- Gestante e Lactantes; 
- Diabéticos e portadores de HAS; 
- Cardiopatas e Ulcerosos pépticos; 
- Infecções agudas e Asma brônquica; 
 
SUPRESSÃO SUPRARRENAL 
No caso da administração de pacientes com mais de 
duas semanas em uso de corticoide, é preciso fazer 
uma terapia suplementar e se houver necessidade 
reduzir a dose dos corticoesteroides, porém de modo 
lento e gradual, em 10% da dose por dia. 
Esse processo deve ser realizado para que não 
tenhamos uma insuficiência da suprarrenal caso seja 
removido com rapidez, podendo os sintomas da doença 
reaparecer ou piorar. 
Pacientes com baixos níveis de corticoesteroides 
podem apresentar anorexia, náuseas, vômitos, perda 
de peso, letargia, cefaleia, dor articular, muscular ou 
hipotensão postural. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Farmacologia Básica e clínica, Katzung 
Anatomia Orientada para Clínica, Moore 
Patologia e Bases Patológicas, Robbins 
Tratado de fisiologia médica, Guyton 
Vademecum de Clínica Médica, Celmo Celeno 
Porto

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