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Princípios do Preparo dos dentes

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Prótese Fixa 4°ed (Shillingurg); Prótese Fixa 2° (Pergoraro)		12 de março de 2020
		
------------------------Princípios do Preparo dos dentes------------------------
----------Princípios Biomecânicos--------------------------------------------------------------------------
· São cinco princípios biomecânicos básicos: 
· Preservação da estrutura dentária. Princípios biológicos
· Preservação do periodonto. 
· Retenção e resistência.Princípios mecânicos
· Integridade das margens.
--------Preservação da estrutura dental------
· Todas as superfícies da estrutura dental que puderem ser mantidas devem ser mantidas, na medida da aceitação do paciente e da necessidade de retenção.
· Muitos fatores estão relacionados a preservação das estruturas dentárias: higiene bucal; extensão do preparo; forma, contorno e localização da margem cervical do preparo.
· O potencial de agressão pulpar depende do calor gerado, qualidade das pontas e da caneta de alta rotação, quantidade de dentina remanescente, permeabilidade dentinária, reações exotérmicas de alguns materiais utilizados e o grau de infiltração marginal.
· O desgaste excessivo pode prejudicar a retenção da prótese e pode causar dano pulpares irreversíveis.
· O desgaste insuficiente pode gerar problemas estéticos e danos ao periodonto.
----------Preservação do periodonto-----------
· O local de termino cervical do preparo está intimamente relacionado a saúde do periodonto.
· O melhor local para o término cervical do preparo é aquele que possibilita o paciente a realizar adequada higienização.
· Em paciente com alto risco de carie o término cervical de ser subgengival, pois na região supragengival é com a placa bacteriana é depositada em maior quantidade.
· Razões para colocação do termino cervical intrassulcular:
· Estética: mascarar cintas metálicas, interface cerâmica/cimento/dente.
· Restaurações de amálgama ou resina composta com parede gengival já intrassulcular.
· Presença de caries estendendo-se para o sulco gengival.
· Fraturas que terminem subgengivalmente.
· Em dentes curtos para obter maior área de dentre preparado e melhorar a retenção e estabilidade da prótese, evitando necessidade de aumento de coroa clínica.
· Acredita-se ser uma região com relativa imunidade à carie, portanto em paciente com alto risco de carie.
· O preparo 0,5 a 1mm dentro do sulco não traz problemas para o tecido gengival, desde que tenha adaptação, forma, contorno e polimento satisfatórios, e o paciente consiga higienizar corretamente.
----------Retenção--------------------------------
· Impede que a restauração saia pelo eixo de inserção ou pelo eixo longitudinal do preparo dental.
· Definida como: qualidade que uma prótese apresenta em atuar contra as forças de deslocamento ao longo da sua via de inserção.
· Depende basicamente da retenção friccional: contato existente entre as superfícies internas.
· Retenção mecânica da restauração é dada pela retenção friccional e a ação do agente cimentante.
· Quanto maior for a coroa clinica do dente preparado, maior será a superfície de contato e a resistência final. 
· Coroas curtas devem apresentar paredes mais próximas ao paralelismo e receber retenções adicionais.
· Confecção de sulcos nas paredes axiais, aumentando superfície de contato.
· Em preparos com conicidade excessiva também são necessárias formas de retenção adicionais, pois não há um sentido de inserção e remoção bem definido.
· Confecção de sulcos, reduz a possibilidade de deslocamento da coroa e limita sua inserção e remoção a um eixo único.
· Determinar um plano de inserção único dos dentes pilares é essencial para retenção da PPF.
· Analisar previamente a inclinação do dente no arco, no modelo de estudo, para que assim possa controlar melhor a quantidade de desgaste necessárias para retenção, preservando a saúde pulpar.
· Quanto maior a área preparada maior será a retenção.
· Meios adicionais de retenção (caixas, canaletas, pinos, orifícios, etc.) são realizados afim de compensar qualquer deficiência retentiva do preparo.
· A textura da superfície é importante na retenção, pensando na capacidade de união dos cimentos a microrretenções de superfícies com certa aspereza.
· Alguns fatores podem ser controlados pelo cirurgião dentista no preparo dental:
 Conicidade Área de superfície do preparo Área de cimento sob efeito de cisalhamento 
 Aspereza da superfície do preparo Formas adicionais de retenção 
 
---------Resistencia/Estabilidade--------------------
· Previne o deslocamento da prótese quando ela é submetida a forças obliquas, que podem provocar sua rotação.
· Durante o ciclo mastigatório ou em movimentos parafuncionais, a coroa tende a girar, deixando o cimento sujeito a forças de cisalhamento que podem causa ruptura, deslocando a prótese. 
· A prótese gira em torno de um fulcro cujo raio forma um arco tangente nas paredes opostas do preparo. A área do preparo envolvido nessa tangente é denominada de área de resistência ao deslocamento. 
· Há fatores que estão estritamente relacionados a retenção:
 Magnitude e direção da força aplicada Relação altura/largura do preparo Integridade do dente preparado Ação de alavanca 
· Forças de grande intensidade e direcionada lateralmente, podem causar deslocamento.
· Ocorre com frequência em pacientes com bruxismo.
· Quando maior a altura das paredes do preparo, maior a área de resistência para impedir o deslocamento.
· Se a largura do preparo for maior que a altura, maior será o raio de rotação, como consequência as paredes do preparo não oferecerão resistência adequada.
· É importante que a altura do preparo seja no mínimo igual a sua largura.
· Quando esse requisito não for possível, devem ser feitas formas adicionais de retenção (sulcos, caixas e/ou canaletas), um exemplo são os dentes de coroa curta.
· Nos dentes de coroa curta a resistência pode ainda ser melhorada diminuído inclinação das paredes axiais, além da confecção de caixas axiais.
· Em dentes cariados ou restaurados, suas próprias caixas oclusal ou proximais, podem atuar como elementos de estabilização, opondo-se as forças laterais.
· Uma coroa integra resiste melhor as forças laterais que aquela parcialmente restauradas ou destruídas.
--------Rigidez Estrutural-----------------------
· A peça protética deve ter espessura suficiente de acordo com o material escolhido.
· Espessura do material deve permitir que ele resista as forças mastigatórias.
· O preparo deve ter desgaste suficiente para as características mecânicas da restauração.
· O desgaste deverá ser feito de forma eletiva de acordo com as necessidades estéticas e funcionais do material.
· Espessura inadequada gera deslocamento, deformação ou fratura.
· Fatores que melhoram a rigidez estrutural:
 Redução oclusal Bisel da cúspide funcional Redução axial 
------Integridade Marginal---------------
· Margens inadequadas facilitam a instalação de um processo patológico no tecido gengival.
· As próteses devem ter justeza de adaptação, ou seja, o término da prótese deve estar bem ajustado ao termino do preparo.
· Somente uma linha mínima de cimento de parecer.
· Sem há um certo grau de desajuste entre as margens e isso deve ser minimizado o máximo possível para evitar acumulo de biofilme, desenvolvimento de lesões cariosas e/ou doença periodontal, o que ocasionaria a perca do trabalho.
· Uma moldagem e modelo bem feitos, com correta manipulação dos materiais, leva a uma melhor adaptação devido a correta visualização do término do preparo.
· O termino cervical do preparo deve ser continuo e bem polido.
------Durabilidade Estrutural-----------
· Os princípios biomecânicos do preparo devem ser respeitados para que haja uma maior durabilidade das restaurações.
· As especificações mecânicas de cada material devem ser respeitadas, utilizando-os de acordo com sua indicação.
· É importante observar se o paciente tem parafunção e levar isso em consideraçãona escolha do material e tipo de preparo ideal.
------------Conicidade-----------------------------------------------------------------------------------------
· As paredes axiais do preparo devem ter ligeira conicidade para permitir a inserção da peça protética.
· Duas paredes externas opostas devem convergir para oclusal (ângulo de convergência) ou duas paredes internas opostas devem divergir para oclusal (ângulo de divergência).
· A relação entre uma parede do preparo e o eixo longitudinal é a inclinação dessa parede.
· Uma broca troncocônica confere de 2 a 3 graus de inclinação ao cortar uma superfície.
· Superfícies opostas com 3 graus de inclinação conferem ao preparo 6 graus de convergência/divergência. 
· Quanto mais paralelas as paredes do preparo, maior a retenção, porem na prática é difícil obter essa condição.
	
	 Ângulo de
	convergência
	ou divergência
	
	Arco dental
	Dentes
	Mesial/Distal
	Vestibular/Lingual
	Geral
	Superior
	Anteriores
	10
	 10
	 10
	
	Pré-molares
	14
	 14
	 14
	
	Molares
	17
	 21
	 19
	
	Istmo
	
	
	 7
	
	Caixa prox.
	
	
	 7
	
	
	
	
	
	Inferior
	Anteriores
	10
	 10
	 10
	
	Pré-molares
	16
	12
	 14
	
	Molares
	24
	20
	 22
	
	Istmo
	
	
	 12
	
	Caixa prox.
	
	
	 12
 
---------Liberdade de Deslocamento-----------------------------------------------------------------------
· Quanto menor o número de trajetória em que a restauração pode sair do preparo, melhor a retenção, portanto uma única trajetória seria o ideal.
Ao se limitar a liberdade de deslocamento causado pelas forças de torção em plano horizontal, aumenta a resistência da restauração.
· Sulcos em V, ângulo mais agudo, dão mais resistência que os sulcos com parede lingual definida, formam ângulo obtusos.
· Nas caixas proximais as paredes vestibular e lingual devem formar ângulos, próximos de 90°, com a parede pulpar.
· Dessa forma as paredes estarão perpendiculares as forças que tendem a imprimir movimento de rotação na restauração. 
· Um bisel na caixa proximal deve ser adicionado para haver uma margem aguda na face côncava da restauração.
--------Comprimento------------------------------------------------------------------------------------------
· Deve ser suficiente para interceptar o arco descrito pela restauração quando esta gira sobre um ponto situado na sua margem oposta.
· Paredes mais longas levam a uma maior retenção da restauração.
· Em um dente que as paredes sejam curtas o seu diâmetro deve ser 
pequeno.
· Em dentes de paredes curtas devem der feitos sulcos nas paredes axiais, isso diminui o raio rotacional e melhor a retenção.
--------Substituição das Características Internas--------------------------------------------------------
· Na realidade da prática clinica muitas vezes há uma certa destruição de parte da coroa, nesses dentes não é possível fazer o preparo ideal. Se torna necessário modificar algumas características do preparo, para que seja garantida a resistência e retenção.
· A unidade básica de retenção é constituída por duas paredes axiais opostas com conicidade mínima, se a conicidade for excessiva ou uma das paredes estiver destruída, as modificações no preparo devem ser feitas.
· Sulcos, forma de caixa e orifício para pinos são algumas das características internas que podem ser substituídas, ou seja, característica do preparo que podem ser mudadas.
--------Eixo de Inserção-------------------------------------------------------------------------------------
· É uma linha imaginaria ao longo da qual a restauração será colocada ou retirada do preparo.
· É determinado antes do início do preparo.
· Em dentes que funcionarão como pilares, as trajetórias devem ser paralelas entre si.
· O preparo deve ser observado com um olho fechado, para evitar o efeito de inversão da conicidade causada pela distância entre os olhos.
· O espelho deve estar aproximadamente a 1,5 cm acima do preparo para a visualização. 
· O eixo de inserção deve ser considerado em duas dimensões, vestíbulolingual e mesiodistal.
· A orientação do eixo na vestíbulolingual pode afetar a estética de coroas metalocerâmicas ou parciais.
· Para coroa metalocerâmica deve ser paralelo ao longo eixo do dente. Se tive inclinação vestibular pode causar sobrecontorno e/ou “transparência opaca”. Se tive inclinação lingual o preparo será encurtado e poderá invadir a polpa.
· Em preparos ¾ em dente anterior deve ser paralelo a metade dos dois terços incisais da face vestibular, e em dentes posteriores deve ser paralelo ao logo eixo do dente. A inclinação vestibular provocará corte excessivo do ângulo mesiovestibular e em dentes anteriores os sulcos ficarão pequenos.
· A inclinação mesiodistal da trajetória deve ser paralela as áreas de contato dos dentes.
· Se tive inclinação, tanto mesial quanto distal, a restauração ficara suspensa nos contatos interproximais e sua trajetória obstruída.
· Se for paralelo ao longo eixo do dente, o eixo de inserção será invadido pelos contatos dos dentes adjacentes. 
--------Redução Oclusal-------------------------------------------------------------------------------------
· Confere volume adequado ao material restaurador.
· Para ligas de ouro deve haver espaço de 1,5 mm nas cúspides funcionais e 1mm nas cúspides não-funcionais.
· Coroas metalocerâmicas necessitam de 1,5 a 2 mm nas cúspides funcionais e de 1 a 1,5 mm nas cúspides não-funcionais.
· Coroas totalmente cerâmicas deve haver espaço de 2 mm no preparo.
· O padrão básico da face oclusal deve ser reproduzido para se obter espaço adequado sem encurta demais o preparo.
-------Biselamento das Cúspides Funcionais-------------------------------------------------------------
· Deixa espaço adequado numa área de forte contato oclusal, como são as cúspides funcionais.
· Se não for realizado a peça protética ficara muito delgada na junção entre a redução oclusal e a axial, assim prejudicando a resistência e durabilidade da restauração.
· Caso se tente obter espaço suficiente sem o Biselamento, resultar em uma redução excessiva da superfície axial levando a diminuição da retenção. Além da destruição excessiva de estrutura dental sadia.
· A tentativa de compensar a ausência do biselamento com acréscimo de material nessa área, resultara em sobrecontorno. 
------Redução Axial-----------------------------------------------------------------------------------------
· Também importante para obter uma espessura adequada de material restaurador.
· Um preparo com pouca redução axial leva a uma restauração com paredes muito finas e sujeitas a distorções. 
· A tentativa de corrigir a pouca redução axial com acréscimo de material restaurador, gera grandes prejuízos ao periodonto devido ao sobrecontorno.
------Biselamento das Margens----------------------------------------------------------------------------
· Teoricamente, quanto mais agudo o ângulo da margem do preparo, ou mais obtuso ângulo de termino da peça protética, menor a distancia entre a margem da restauração e o dente.
· A película de cimento impõe um limite a redução da distancia entre o termino da peça e o dente, impedindo o total ajuste.
· Estudos mostram que a adaptabilidade da coroa não é melhor com biseis extremamente agudos.
· Estudos também mostraram que a vedação marginal é melhor com termino em ombro.
· O ângulo de biselamento deve ficar entre 30 e 45°.
· Preciso evitar biseis largos e rasos, pois esses têm grande probabilidade de criar sobrecontornos.
------Configurações da Linha de Terminação------------------------------------------------------------
· Chanfro: obtida com ponta arredondada de uma ponta diamantada troncocônica, simultaneamente em que a redução axial é feita com essa ponta diamantada., ou com uma ponta diamantada torpedo.
· É o preferido para coroas metálicas.
· Chanfro largo: obtida com a ponta arredondada de uma ponta diamantada troncocônica.
· Se obtêm uma concavidade de 90°, com um ângulo interno arredondado e de grande raio.
· Da mais sustentação as coroas cerâmicas.
· Para restauraçõesmetálicas pode-se acrescentar um bisel.
· Ombro: Cria espaço bom para o contorno da restauração e produz bons resultados estéticos, porem seu ângulo da linha interna de 90 concentra tensão na parede e pode provocar fratura. Além de exigir uma maior destruição de estrutura dental sadia.
· Preferida para coroa cerâmicas.
· Sua grande superfície minimiza a tensões contra forças oclusais que poderiam causar fratura as porcelanas,
· Em geral não é utilizada em restaurações metálicas.
· Ombro arredondado: Modificação do ombro clássico. O ângulo interno é feito com broca carbide e o acabamento complementado com cinzel biangulado especial.
· Ângulo cavossuperficial é de 90° e a largura do ombro é diminuída pelo arredondamento do ângulo interno.
· Concentra menos tensões que o ombro clássico.
· Boa sustentação para cerâmicas.
· Destruição de estrutura dental é semelhante ao ombro clássico.
· Ombro com bisel: usado em várias situações.
· Caixa proximal de onlays e inlays.
· Ombro oclusal de onlays e preparos ¾. 
· Vestibular de metalocerâmicas, onde a estética não é crítica. 
· Preparos de paredes curtas, facilita a proximidade das paredes axiais com o paralelismo. 
· Não muito utilizado em coroas totais devido ao desgaste excessivo de estrutura dental.
· em Ponta de faca: Difícil execução, pois pode ocorrer de apagar a redução axial, dificulta a moldagem de obtenção do molde e é possível que quando a restaurações sofra força oclusal tenha distorções.
· Pode criar sobrecontorno.
· Necessário usa-la na lingual de posteriores inferiores, devido a convexidade, e na face cuja direção um dente esteja inclinado.

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