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i Marcos Luís Gimo Processos Mentais Licenciatura em Ensino de História Universidade Licungo Extensão da Beira 2020 i Marcos Luís Gimo Psicologia Geral – 1º Ano Processos Mentais Licenciatura em Ensino de História Docente: Dr. Américo Toca Universidade Licungo Extensão da Beira 2020 Trabalho de Psicologia Geral a ser apresentado no Departamento de Filosofia e Ciências Sociais, Curso de História para avaliação parcial. 2 Índice Introdução ........................................................................................................................................ 3 1. Conceito de Processos mentais .................................................................................................... 4 2. Processos mentais e suas características ...................................................................................... 4 2.1 Sensação ................................................................................................................................ 4 2.2 Percepção ............................................................................................................................... 4 2.3 Atenção .................................................................................................................................. 4 2.4 Memória ................................................................................................................................ 5 2.5 Emoção .................................................................................................................................. 5 2.7 Linguagem ............................................................................................................................. 6 2.8 Comunicação ......................................................................................................................... 6 3. Problemas de perturbações .......................................................................................................... 7 Conclusão ........................................................................................................................................ 8 Referências Bibliográficas ............................................................................................................... 9 3 Introdução Neste Presente trabalho de Psicologia Geral, faz uma abordagem sobre os processos mentais, ao longo do trabalho iremos mencionar e descrever cada processo mental. Os processos mentais dizem respeito a maneira como a mente humana funciona - pensar, planejar, tirar conclusões, fantasiar e sonhar. O comportamento humano não pode ser compreendido sem que se compreendam esses processos mentais, já que eles são a sua base. Os chamados “processos mentais” interagem com a nossa vida em três dimensões, ou seja ligam-se ao nosso saber ao sentir e ao fazer. Estes processos surgem logo após o nosso nascimento, para que consigamos nos relacionar com a realidade física e social. Os processos mentais são sensação, percepção, atenção, memória, emoção, sentimento, linguagem e comunicação são exemplos de processos psicológicos básicos. 4 1. Conceito de Processos mentais De acordo com LURIA (1991), os processos mentais dizem respeito a maneira como a mente humana funciona - pensar, planejar, tirar conclusões, fantasiar e sonhar. O comportamento humano não pode ser compreendido sem que se compreendam esses processos mentais, já que eles são a sua base. Os chamados “processos mentais” interagem com a nossa vida em três dimensões, ou seja ligam-se ao nosso saber ao sentir e ao fazer. Estes processos surgem logo após o nosso nascimento, para que consigamos nos relacionar com a realidade física e social. 2. Processos mentais e suas características 2.1 Sensação Acredita-se, a partir de perspectivas e estudos realizados por várias áreas – entre elas a neuroanatomia e física -, que o mundo externo é captado e compreendido pelas pessoas a partir de mensagens que são descodificadas no cérebro. A sensação, dessa forma, configura-se como uma primeira resposta ao que está ao nosso redor, ou seja, uma primeira decodificação sensorial e motora à mensagens que estão constantemente sendo passadas. Assim, são detectados sons, objectos, odores, etc. No entanto, embora o ser humano esteja constantemente em relação e recebendo influências do meio, nem tudo que o cerca é sentido com intensidade. Ou seja, certas "mensagens" de fora tornam-se inconscientes, pois não são completamente descodificadas. 2.2 Percepção O processo de percepção consiste na capacidade de adquirir, seleccionar e organizar as informações captadas do meio. Assim permite ao ser humano organizar as impressões sensoriais e sensações obtidas baseando-se tanto em um histórico pessoal e colectivo de experiências anteriores, quanto em algo completamente novo. A função desse processo é óbvia: conhecer o ambiente permite nos movermos e interagirmos com ele, aspectos básicos para alcançar uma adaptação eficiente. 2.3 Atenção A atenção é o processo encarregado de concentrar nossos recursos em uma série de estímulos e ignorar o restante. A atenção humana é determinada por dois principais factores: a estrutura dos 5 estímulos externos que chegam ao indivíduo e, também, factores referentes à actividades do próprio sujeito, isto é, a estrutura do campo interno do mesmo. Desta maneira, segundo LURIA (1991), há duas tipologias de atenção: a involuntária e a arbitrária. A primeira ocorre quando um estímulo forte é verificado pelos sensores do sujeito, como exemplo um grito alto e estridente ou uma forte batida na porta. Já a atenção arbitrária, que está presente apenas na humanidade não sendo identificada em outros animais, demonstra a capacidade de homens e mulheres terem a habilidade de mudarem arbitrariamente o foco de atenção de forma rápida. 2.4 Memória O processo psicológico básico da memória nos permite codificar a informação para armazená-la e depois recuperá-la. A memória nos permite lembrar informações explícitas, tais como qual é a capital da França ou informações procedimentais, como andar de bicicleta. A memória existe porque é muito útil ter informações sobre nossas experiências passadas para poder raciocinar e agir sobre eventos futuros. Além disso, sem esse processo, os demais processos psicológicos básicos não existiriam, já que todos possuem um forte suporte da memória. 2.5 Emoção As emoções são reacções aos estímulos externos que nos permitem guiar nosso comportamento e agir rapidamente em resposta às demandas do nosso ambiente. Pela perspectiva da neurociência emoção é um complexo conjunto de padrões emocionais partir da união de determinadas reacções químicas e neurais. Outro aspecto regulador - biológico e interno - deste processo psicológico é dissertado por DAMÁSIO (2000) onde a emoção é compreendida como influenciadora de incontáveis circuitos cerebrais, sendo assim também responsável possível por alterações profundas no cérebro e no corpo. A função da emoção é conseguir dirigir o nosso comportamento de forma rápida e eficiente. A maioria das decisões carecem da importância necessária para dedicar um tempo e recursos elevados, e é aí que a emoção atua. É importante entender que qualquer decisão é mediada por nossas emoções em maior ou menor grau. (CAMARGO, 1999, p. 10) 6 2.6 Sentimento Pela concepção senso-comum emoções e sentimentos são considerados sinónimos, no entanto, possuem dissemelhanças. Enquanto as emoções são necessárias para o saudável desenvolvimento humano e de outros animais, os sentimentos são inerentes ao homem, sendo assim considerados – pela visão evolucionista – uma evolução das emoções. De maneirageral os sentimentos são conscientes, diferentemente das emoções, que chegam ao ser humano de forma inconsciente. Exercem função de juízo das emoções evidenciando uma maior auto-percepção e, assim, traduzem ideias sobre o corpo ou organismo. 2.7 Linguagem Conforme WECKER (s/d) a linguagem é compreendida como a primeira forma de socialização, implícita ou explícita, exercida por um sujeito e é através deste mecanismo que é possível acessar valores, regras e crenças. Desta maneira, torna-se precursora e fomentadora da aprendizagem. Enquanto processo psicológico básico a linguagem é a capacidade de, além de receber e interpretar, exprimir mensagens ao ambiente, podendo ser trocadas e desenvolvidas informações a partir do contacto com o meio e outros indivíduos. Cabe ressaltar ainda, consoante BRONCKART e CARON, a linguagem possui duas funções principais, são elas: função de representação consiste na possibilidade que possui toda língua de reproduzir objectos, acções, acontecimentos ou conceitos através de signos. Aqui, a linguagem é abordada geralmente como instrumento que permite a codificação de informações tendo em vista seu tratamento cognitivo e função de comunicação é definida como uma transmissão de informação do emissor ao receptor, ou como instrumento de interacção social desenvolvida em uma situação determinada, tendo em vista certos objectivos. (BRONCKART, 1985; CARON, 1987 apud LEITE, 1997) 2.8 Comunicação A comunicação é uma função essencial da linguagem e implica uma representação de um pensamento, ou seja, a construção através da fala de um quadro do pensamento. Enquanto a linguagem pode ser expressiva e corpórea, a comunicação, especificamente, é um signo, ou um 'espelho que comporta uma analogia interna com o conteúdo veiculado' (LEITE, 1995). 7 Do ponto de vista da capacidade de aprendizagem da comunicação, GREENE coloca: [...] considera-se que as respostas verbais são uma subclasse das respostas em geral. Por conseguinte, elas podem ser explicadas pelas leis que regem o estabelecimento de conexões entre estímulos e respostas, embora exista discordância sobre quão complicadas precisam ser as conexões estímulo-respostas no caso de comportamentos complexos tais como a solução de problemas, o pensamento e a linguagem. A exposição mais simples é a de Skinner, afirmando que as respostas verbais estão directamente vinculadas a estímulos, sem necessidade alguma de variáveis intervenientes, como o significado, as ideias ou as regras gramaticais. (GRENNE, 1980) Assim, fica evidente que para este processo psicológico básico se estimulado, diferentemente dos inicialmente citados, é necessário contacto com o meio, não apenas o natural, mas com o constructo da civilização: o meio social. 3. Problemas de perturbações Os problemas de saúde mental podem incluir alterações do pensamento, do humor, da energia e/ou do comportamento, traduzindo-se em sinais e sintomas. Quando adquirem intensidade severa ou persistem no tempo, aliadas ao sofrimento e/ou disfunção, podem ser diagnosticadas como uma perturbação mental. Nestas incluem-se as perturbações de ansiedade, do humor (depressão, perturbação bipolar), perturbação obsessivo-compulsiva, as psicoses, a esquizofrenia, entre outras. Os sinais que nos devem preocupar são: perda de interesse ou abandono do convívio com as pessoas habituais; mudança na maneira habitual de funcionar (na escola, trabalho ou em casa); problemas de concentração, memória, ou do pensamento lógico e da maneira de falar difíceis de explicar; maior sensibilidade ao som, luz, cheiros e evitamento de locais barulhentos; falta de vontade ou desejo de participar nas actividades habituais, ou apatia; uma vaga sensação de estar desligado de si próprio e dos que os rodeiam; uma sensação de irrealidade; crenças pouco habituais ou exageradas acerca de poderes pessoais em compreender significados ou de mudar acontecimentos; medo ou desconfiança dos outros ou uma estranha sensação de se sentir nervosa; alterações graves no sono ou no apetite; mudanças nos hábitos de higiene e mudanças grandes e rápidas nos sentimentos, ou nos níveis de energia. 8 Conclusão Findo o trabalho de Psicologia Geral, chegamos a conclusão que os processos mentais dizem respeito a maneira como a mente humana funciona - pensar, planejar, tirar conclusões, fantasiar e sonhar. O comportamento humano não pode ser compreendido sem que se compreendam esses processos mentais, já que eles são a sua base. Dentre os processos mentais chegamos a conclusão que sensação configura-se como uma primeira resposta ao que está ao nosso redor, ou seja, uma primeira decodificação sensorial e motora à mensagens que estão constantemente sendo passadas. O processo de percepção consiste na capacidade de adquirir, seleccionar e organizar as informações captadas do meio. A atenção é o processo encarregado de concentrar nossos recursos em uma série de estímulos e ignorar o restante. A Memória o processo psicológico básico da memória nos permite codificar a informação para armazená-la e depois recuperá-la. A memória nos permite lembrar informações explícitas, tais como qual é a capital da França ou informações procedimentais, como andar de bicicleta. As emoções são reacções aos estímulos externos que nos permitem guiar nosso comportamento e agir rapidamente em resposta às demandas do nosso ambiente. O Sentimento pela concepção senso-comum emoções e sentimentos são considerados sinónimos, no entanto, possuem dissemelhanças. Enquanto as emoções são necessárias para o saudável desenvolvimento humano e de outros animais, os sentimentos são inerentes ao homem, sendo assim considerados – pela visão evolucionista – uma evolução das emoções. A linguagem é compreendida como a primeira forma de socialização, implícita ou explícita, exercida por um sujeito e é através deste mecanismo que é possível a cessar valores, regras e crenças. E por fim a comunicação é uma função essencial da linguagem e implica uma representação de um pensamento, ou seja, a construção através da fala de um quadro do pensamento. 9 Referências Bibliográficas CAMARGO, Denise de. Emoção, primeira forma de comunicação. Curitiba: Interacção, 1999. GREENE, Judith. Psicolinguística (Chomsky e a psicologia). Rio de Janeiro: Zahar, 1980. LEITE, Luci. Representação e comunicação: o estudo de funções linguísticas em psicologia. Temas psicol. vol. 3 no.2. Ribeirão Preto, 1995. LURIA, Alexandre R. Curso de Psicologia Geral. Volume III. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991. MONTEIRO, Manuela; TAVARES, Pedro. Ser humano. Porto: Porto Editora, s/d. OLIVEIRA. Sobre diferenças individuais e diferenças culturais: o lugar da abordagem histórico-cultural. In: AQUINO, J. G., (org.). Erro e fracasso na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus, 1997. PRIMI; MUNIZ, NUNES. Definições contemporâneas de validade de testes psicológicos. Universidade São Francisco: Itatiba, s/d. WECKER, Lisiane. Aquisição da linguagem. (s/r)
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