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resumo capítulo 10 Malamed

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RESUMO: MANUAL DE ANESTESIA LOCAL - CAPÍTULO 10 Avaliação Clínica: Anamnese e Exame Físico
INTRODUÇÃO
A anamnese é uma parte indispensável do exame clínico pois auxilia o cirurgião dentista na obtenção de informações importantes acerca do estado físico e de saúde do paciente. 
Além disso, a partir das respostas obtidas que o profissional irá determinar: o diagnóstico, se o paciente tem condições físicas para submeter-se ao tratamento e qual a melhor forma para realizar o procedimento necessário.
QUESTIONÁRIO DA HISTÓRIA MÉDICA
É composto pelas perguntas relacionadas à saúde geral do paciente e sua história odontológica pregressa e atual.
Algumas perguntas relevantes que constam nesse questionário são:
· Você está sob tratamento médico ?
· Você está tomando algum medicamento ? Qual ?
· Tem história de alergia ?
· Tem ou teve algum distúrbio sanguíneo ? 
· Você já fez ou faz tratamento radioterápico de tumor ? E quimioterápico ?
· Você tem diabetes ?
· Tem ou teve hepatite A, B ou C ?
· Tem algum problema renal ?
· Tem algum problema hepático ?
· Tem algum problema estomacal ?
· Tem alguma DST ?
· Tem cicatrização lenta ?
· Tem ou teve doença cardiovascular ?
· Faz uso de álcool ?
· Faz uso de fumo ?
· Já realizou tratamento odontológico anteriormente ? Há quanto tempo ?
· Teve alguma experiência desagradável durante tratamento odontológico anterior ?
· Já teve alguma reação ao uso de anestésico ?
De acordo com as respostas afirmativas recebidas, o cirurgião dentista deve atentar-se quanto ao planejamento do procedimento. Por exemplo, no que concerne ao uso de medicamentos, álcool e fumo pode ocorrer interações com os anestésicos locais ou vasoconstritores.
No caso de pacientes que apresentam algum distúrbio sanguíneo como anemia, hemofilia, entre outros, as técnicas anestésicas que possuem maior índice de aspiração positiva têm que ser dispensadas em prol daquelas com menor tendência a causar sangramento. Visto que essas pessoas apresentam dificuldades no processo de cicatrização.
Em relação às alergias é importante salientar: o látex (componente presente nas luvas, nos lençóis para isolamento), hipoclorito de sódio (muito utilizado em tratamentos endodônticos), as medicações em geral e soluções anestésicas.
Além disso, pacientes com problemas renais, hepáticos e estomacais merecem atenção no que se refere a escolha do anestésico local e das medicações (pré, trans e pós-operatórias), devido ao processo de metabolização dos mesmos que ocorre nesses órgãos.
O profissional também precisa se resguardar quanto ao risco de infecção por meio de saliva ou sangue no atendimento de pacientes HIV positivos ou portadores de hepatite A e B.
E quanto a utilização de vasoconstritores, deve-se evitar em pacientes com: hipertensão grave não tratada ou não controlada, diabetes não controlada e hipertireoidismo não controlado. Ou portadores de doenças cardiovasculares graves: angina instável, infarto do miocárdio recente (menos de 6 meses), cirurgia de revascularização cardíaca recente, insuficiência cardíaca congestiva intratável ou não controlada.
EXAME FÍSICO
O exame físico compreende a verificação dos sinais vitais, inspeção bucal e exame extra-oral (palpação das cadeias ganglionares).
Os sinais vitais (pressão arterial, pulso radial, frequência respiratória, temperatura, altura e peso), ou qualquer alteração analisada durante os exames intra e extra-orais devem ser anotados na ficha clínica do paciente. Sendo indispensável a aferição da pressão arterial antes de realizar qualquer procedimento odontológico.
Vale ressaltar que:
· Pacientes com pressão sistólica maior que 200 mmHg ou diastólica maior que 115 correm risco significativo e não devem ser submetidos a tratamentos odontológicos eletivos invasivos até que a pressão arterial estabilize. 
· A frequência cardíaca normal de um adulto em repouso varia de 60 a 110 batimentos por minuto. A administração de anestésicos locais contendo adrenalina é relativamente contraindicada em pacientes com arritmias cardíacas que não respondem ao tratamento clínico. 
Além disso, a inspeção bucal e o exame extra-oral podem contribuir no diagnóstico de distúrbios eventualmente significativos que não foram observados previamente.
Após a avaliação completa, o cirurgião dentista deve ponderar se o paciente apresenta algum risco e quais modificações no plano de tratamento serão necessárias para minimizar esse risco.
HIPERTERMIA MALIGNA
É uma complicação severa e com grande risco de vida associada à administração de anestesia geral. 
O episódio dessa síndrome acontece quando o paciente é exposto a um agente deflagrador e é caracterizado por febre, arritmias cardíacas, rigidez muscular, taquicardia, cianose, taquipneia e morte.
O tratamento odontológico em consultório é viável na maioria dos casos, exceto aqueles envolvendo pacientes de alto risco em que é recomendado o atendimento hospitalar. 
Os anestésicos locais do tipo éster ou amida com ou sem vasoconstritores são os indicados para a realização de procedimentos odontológicos de pacientes com a síndrome de hipertermia maligna.
COLINESTERASE PLASMÁTICA ATÍPICA
Pacientes portadores de colinesterase plasmática atípica tem maior risco de desenvolvimento de níveis sanguíneos elevados de anestésicos locais do tipo éster. 
Por isso, nesses casos a administração desse tipo de anestésico é uma contraindicação relativa e os anestésicos do tipo amida são mais indicados.
METEMOGLOBINEMIA
É o desenvolvimento de um estado de cianose na ausência de anormalidades respiratórias ou cardíacas. Em condições severas os sinais e sintomas clínicos são: sangue na cor de chocolate, depressão respiratória e síncope.
Geralmente os sinais e sintomas aparecem 3 a 4 horas após a administração de altas doses de prilocaína em pacientes saudáveis ou de doses menores em pacientes com desordem congênita.
Desde que as doses do anestésico local permaneçam dentro dos limites recomendados, a metemoglobinemia não deverá se desenvolver em pacientes odontológicos ambulatoriais saudáveis.
A administração de prilocaína é uma contraindicação relativa em caso de metemoglobinemia congênita.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
MALAMED, S. Manual de Anestesia Local. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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