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AVALIAÇÃO SISTÊMICA DO PACIENTE 4 pilares da avaliação inicial: 1) Avaliação clínica; 2) Avaliação do medo/ansiedade; 3) P.A.G.O; 4) Tipo de procedimento a ser realizado. Avaliação Clínica: 5 informações mais relevantes sobre o estado do paciente:Ajuda a descobrir quais são as patologias do paciente 1) Qual foi a última vez que o(a) sr(a) foi ao médico? E porquê? Hábitos que interferem na saúde do paciente (álcool, fumo, obesidade e etc) 2) Comorbidades Descobrir patologias, interações medicamentosas 3) Medicamentos em uso Permite ao CD determinar o quanto a patologia já descompensou; ajuda a lembrá-lo dos procedimentos que fez 4) Cirurgias e internações 5) Alergias Evitar intercorrências Avaliação do medo: Usar a escala visual de medo ou um questionário de ansiedade; É essencial para evitar que o paciente passe mal no consultório, pois as principais emergências são devido ao medo. É ele que descompensa os sinais vitais na hora do atendimento, e não a patologia do paciente em si; Em pacientes odontofóbicos, principalmente nos que possuem doenças cardiovasculares, é necessário utilizar um protocolo de sedação medicamentosa. P.A.G.O: Pressão Arterial, Glicemia e Oxímetro (frequência cardíaca e saturação de oxigênio); Sistemas envolvidos nas principais emergências médicas: respiratório, cardiovascular e SNC; Ajuda a entender a estabilidade do problema de saúde do paciente, é o norte para entender se deve atender naquele momento ou não; Ex: um paciente tem arritmia – tenho que manter sua frequência cardíaca estável para poder atender; Pressão ArterialSuspender o atendimento e dar água para o paciente – muita água para aumentar a pressão (hidratação) / mesmo princípio do soro no hospital · Menor que 90/60 hipotensão · Menor que 140/90 atendimento normal Analisar o medo do paciente, pois muitas vezes se trata de uma HAS fake, a PA só aumenta no consultório – sedação medicamentosa · De 140/90 a 159/99 hipertensão estágio I · De 160/100 a 179/109 hipertensão estágio II · Acima de 180/110 hipertensão grave estágio III Saturação de oxigênio · Acima de 95% atendimento normal · Entre 95 e 91% patologia ou pós-COVID, fumante, apnéia (atende) · Entre 90 e 70% patologia ou descompensação grave (oxigenioterapia) · Menor que 70% emergência médica Frequência cardíaca: · Menor que 40 bpm braquicardia (emergência médica) · Entre 41 e 60 bpm paciente em repouso, dormindo ou sedado (avaliar sinais e sintomas) · Entre 61 e 100 bpm atendimento normal · Entre 110 e 220 bpm taquicardia (se em repouso) · Maior que 220 bpm taquicardia grave (suspende atendimento – medo, adrenalina injetada dentro do vaso durante a anestesia) Glicemia em jejum ou capilar (após 2h da última refeição): · Menor que 45 hipoglicemia grave Oferecer bebida ou alimento hiperglicemiante · Menor que 65 início de quadro hipoglicêmico · Entre 70 e 99 atendimento normal Pode atender, mas encaminhar ao endócrino · Entre 100 e 125 resistência à insulina Pode atender, sem necessidade de profilaxia antibiótica – fazer FMD · Entre 126 e 174 diabético Tratamento odontológico eletivo pode ser realizado, fazer FMD prévio/ AVALIAR o uso de profilaxia antibiótica antes de cirurgias (ver o quadro de infecção da boca) · Entre 175 e 240 analisar necessidade de profilaxia · Acima de 241 diabetes descompensada Tratamento odontológico eletivo pode ser realizado, mas requer FMD prévio. Recomendado uso de prof. Antibiótica antes de procedimentos em regiões contaminadas Tratamento eletivo contraindicado/urgências devem ser atendidas sob cobertura antibiótica obrigatória · Acima de 400 o atendimento não é indicado (encaminhar ao médico) Tipo de procedimento: Invasivo: tudo que causa estresse psicológico ou fisiológico; Não invasivo: não causa estresse, não invade tecidos (essa questão é variável para o paciente) Como avaliar o risco-benefício do procedimento: Quando você tem um paciente com várias patologias, foca naquelas que podem descompensar durante o atendimento!! Por mais que o paciente tenha varias patologias, se seus sinais e sintomas estiverem estáveis, pode atende-lo; Pesquisar sobre a patologia do paciente no google; Avaliar sinais e sintomas; Pesquisar medicamentos que o paciente usa no google e ver as interações medicamentosas; Quando você conhece a condição de saúde de um paciente, controla sua ansiedade e adequa o seu manejo, os benefícios do tratamento odontológico superam os riscos! Como escolher o anestésico: Escolher primeiro o vasoconstrictor · Esses hormônios desencadeiam várias alterações sistêmicas; · Interferem nos sistemas onde temos mais intercorrências médicas no consultório, ou seja, isso acontece devido a eles, e não necessariamente ao princípio ativo (mepi, bupi e etc); · Começo escolhendo pelo vasoconstrictor porque se eu tenho um paciente que tem alguma patologia com envolvimento cardiovascular ou respiratório (que estão relacionadas as principais emergências no consultório) a gente deve escolher o vasoconstrictor menos potente – é por isso que quando a gente pensa em um paciente cardiopata, faz preferência pela felipressina; POTÊNCIA Epinefrina (adrenalina) – procedimentos mais invasivos e cruentos (excelente hemostasia); Fenilefrina – procedimentos mais invasivos e cruentos (excelente hemostasia); Norepinefrina – procedimentos menos cruentos (menor hemostasia); Felipressina / Octapressina – procedimentos não cruentos (fraca hemostasia) Sem vasoconstrictor – pacientes alérgicos ou com crises asmáticas · Escolher de acordo com o nível de sangramento durante o procedimento – isso que vai ditar Ex: Cirurgia – usa um mais potente (epinefrina); Dentística – usa um menos potente (felipressina) · Anestésicos sem vasoconstrictor dispensam conservantes que dão alergia – usar em pacientes que tem alergia à metilparabeno e etc. Escolha do sal anestésico Lidocaína – todos os tipos de paciente, mesmo com alterações sistêmicas, desde que se respeite a posologia por peso/ utilizada junto com epinefrina; · Adultos, gestantes, crianças, pacientes que usam anticoagulantes Mepivacaína – ação semelhante à lidocaína, mas um pouco mais rápida; · Sem vaso é mais concentrada – usar a menor quantidade possível em crianças, idosos, renais e hepatopatas Sobrecarrega um pouco mais (não é a melhor indicação caso você tenha a opção de escolher) Prilocaína – utilizada junto com a felipressina/ não interfere no controle glicêmico/ menor potência; · Indicado para pacientes com alterações cardiovasculares (cardiopatas, hipertensos, com arritmia), diabéticos, renais, usuários de medicações betabloqueadoras ou estimulantes cardiovasculares. Articaína – pacientes difíceis de anestesiar/ metabolizada no rim e plasma (sobrecarrega menos o rim)/ risco de metemoglobinemia/ usada com epinefrina; · Adultos, usuários de anticoagulantes, hepatopatas, renais com PA controlada; · Pacientes hepatopatas e renais crônicos fazendo hemodiálise tendem a eliminar o fármaco lentamente do organismo (mais indicado a articaína porque ela se difunde melhor pelos tecidos e tem uma eliminação plasmática); · Evitar: gestantes e lactentes, asmáticos ou alérgicos, pacientes anêmicos. Bupivacaína – procedimentos longos e cruentos/ 4x mais potente que a lidocaína/ efeito anestésico pode durar até 7 horas/ excelente no controle de dor pós-operatória; · Cirurgia oral menor e maior, anestesia pulpar; · Não é legal para crianças e pacientes com deficiências intelectuais (muito tempo anestesiado, pode se morder e machucar)
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