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APRESENTAÇÃO - TGA Teoria Estruturalista

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Teoria Estruturalista
Universidade Federal de Santa Maria - Campus Frederico Westphalen
Curso de Sistemas de Informação
Teoria Geral da Administração
Alunos: Guilherme , Ederson, Lucas e Fernando
Professor: Igor Senger
No final da década de 50, com o declínio da Teoria das Relações Humanas, houve a primeira tentativa da introdução das ciências do comportamento na teoria administrativa por meio de uma filosofia humanística a respeito da participação do homem na organização.
Como a Teoria Clássica não possui embasamento suficiente para gerar uma nova teoria, a oposição entre as teorias Clássica e das Relações Humanas criou um impasse incapaz de ser ultrapassado pela Teoria da Burocracia. Em síntese a Teoria Estruturalista é um desdobramento da Teoria da Burocracia que se aproxima levemente das Relações Humanas.
Origens da Teoria Estruturalista
A origem desta teoria na administração se deu por quatro fatores:
A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas:
 Devido a incompatibilidade entre algumas ideias divergentes entre as duas teorias, se fez necessária a criação de uma posição que pudesse abranger pontos que eram considerados por uma teoria e omitidos por outra.
A necessidade de visualizar a organização como uma “unidade social”:
A organização passa a ser vista de uma maneira maior e mais complexa, onde interagem grupos sociais que participam da organização e que possui objetivos em comum (como a capacidade econômica da organização), e outros que divergem (como a maneira que é feita a distribuição dos lucros na organização).
A influência do Estruturalismo nas ciências sociais:
O Estruturalismo aplicou forte influência em outras áreas como Filosofia, Psicologia, Antropologia, Matemática, chegando até a Teoria das Organizações. Nas ciências sociais, as ideias de diversos autores trouxeram a tona novas métodos a respeito do estudo das organizações sociais.
Novo conceito de estrutura:
Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações.
O estruturalismo está voltando para as organizações de forma que possa analisar o todo, e tem como característica a ideia de que o todo, é maior que a mera soma das partes.
Sociedade de Organizações
Para pensadores estruturalistas a sociedade moderna é uma sociedade de organizações, da qual o homem atual se faz deperder delas para tudo.
O estruturalismo ampliou o estudo das interações entre os grupos sociais, iniciado pela Teoria das Relações Humanas, para o das interações entre as organizações sociais.
As organizações:
A teoria estruturalista concentra-se no estudo das organizações, na sua estrutura interna e na interação com outras organizações.
As organizações são concebidas como unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas a fim de atingir objetivos específicos.
Os estruturalistas focalizam as organizações complexas, caracterizadas pelo elevado grau de complexidade na estrutura e nos processos devido ao grande tamanho ou à natureza complicada das operações.
O homem organizacional:
 
Assim como a Teoria Clássica apresenta o homo economicus e a Teoria das Relações Humanas, o homem social, a Teoria Estruturalista traz o homem organizacional que desempenha variados papéis em diferentes organizações.
O homem organizacional, para ser bem-sucedido em todas as organizações, necessita de quatro características fundamentais que estão descritas nos próximos slides:
Flexibilidade: o homem organizacional deve ser flexível para adaptar-se as diversidades dos papéis desempenhados na empresa, principalmente estar preparado para novas relações e possíveis desligamentos. Deve ser flexível também para acompanhar as mudanças em geral que ocorrem na sociedade e não simplesmente em relação ao trabalho
 
Tolerância às frustrações: o homem deve encontrar o equilíbrio ideal para os conflitos de interesses (necessidades da empresa x necessidades individuais), para não se abalar com desgastes emocionais, muitas vezes em função da rigidez e formalidade da organização.
Capacidade de adiar recompensas: e poder compensar o trabalho rotineiro dentro da organização, em detrimento das preferencias e vocações pessoais outros tipos de atividade profissional.
 
Permanente desejo de realização: para garantir a conformidade e cooperação com as normas que controlam e asseguram o acesso às posições de carreira dentro da organização, proporcionando recompensas e sanções sociais e matérias.
Apreciação Crítica da Teoria Estruturalista
Convergência de várias abordagens distintas: integra as teorias Clássica, das Relações Humanas e Burocracia, ampliando seus conceitos, assim sendo chamada de abordagem múltipla na análise das organizações;
Ampliação da abordagem: a ênfase desloca-se do indivíduo para o todo da organização;
Dupla tendência teórica: a integrativa, cuja preocupação é juntar e cujo objeto de análise é a organização como um todo, e a do conflito, cuja preocupação é mostrar a dinâmica e cujo objeto de análise são os conflitos (que não são relegados à esfera de atritos interpessoais, mas também à estrutura organizacional e societária);
 
Análise organizacional mais ampla: a teoria estruturalista estimula o estudo de organizações não-industriais e de organizações não-lucrativas e a análise organizacional pode ser feita no nível da sociedade, no nível intergrupal ou no nível interpessoal;
Inadequação das tipologias organizacionais: as tipologias são limitadas quanto à sua aplicação prática e se baseiam em uma única variável ou aspecto básico (unidimensionais);
 
Teoria da crise: tem mais a dizer sobre os problemas e patologias das organizações complexas do que com sua normalidade, pois seus principais autores são críticos e revisionista que buscavam resolver estas questões;
Teoria da transição e da mudança: representa uma trajetória à abordagem sistêmica, na sua tentativa de conciliação e integração dos conceitos clássicos e humanísticos, a visão crítica do modelo burocrático, a ampliação da abordagem das organizações envolvendo o contexto ambiental e as relações Inter organizacionais, além de um redimensionamento das variáveis organizacionais internas (múltipla abordagem da teoria estruturalista).
ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES
Os estruturalistas utilizam uma analise organizacional mais ampla, pois fazem uma abordagem múltipla que leva em conta simultaneamente os fundamentos da Teoria Clássica, da Teoria das Relações Humanas e da Teoria da Burocracia, envolvendo:
Organização formal e informal: Os estruturalistas estudam o relacionamento entre as organizações formal e informal, focalizando seus problemas em busca de um equilíbrio entre os elementos racionais e não racionais do comportamento humano, da sociedade e do pensamento moderno. Encoraja o desenvolvimento de um estudo não valorativo – nem a favor da administração, nem do operário.
Recompensas materiais e sociais: As recompensas salariais e sociais e tudo que se inclui nos símbolos de posição é importante na vida de qualquer organização, pois são utilizadas para motivação das pessoas.
Os diferentes enfoques da organização: As organizações podem ser concebidas segundo duas diferentes concepções:
• Modelo racional da organização: É um sistema fechado e suas características principais são a visão focalizada apenas nas partes internas do sistema, com ênfase no planejamento e no controle e a expectativa de certeza e imprevisibilidade. Baseia-se nas abordagens típicas da Administração Cientifica de Taylor, Teoria Clássica de Fayol e a Teoria da Burocracia de Weber.
• Modelo natural de organização: O sistema é aberto e suas características principais são a visão focalizada sobre o sistema e sua interdependência com o ambiente. Existe a expectativa de incerteza e de imprevisibilidade. Utiliza-se das modernas teorias da Administraçãofundamentadas na Teoria de Sistemas.
Os níveis da organização: As organizações caracterizam-se por uma hierarquia de autoridade, desdobrando-se em três níveis organizacionais:
• Nível institucional ou estratégico: É o nível organizacional mais elevado, composto dos dirigentes ou dos altos funcionários. Responsável pela definição dos principais objetivos e estratégias.
• Nível gerencial: É o nível intermediário que trata do detalhamento dos problemas, da captação de recursos necessários para aloca-los dentro das diversas partes da organização e da distribuição e colocação dos produtos e serviços da organização.
• Nível técnico ou operacional: É o nível mais baixo em que as tarefas são executadas, os programas são desenvolvidos e as técnicas são aplicadas.
A diversidade de organizações: A abordagem estruturalista ampliou o campo da analise da organização afim de incluir outros tipos diferentes de organizações além das fábricas: pequenas, médias e grandes, publicas e privadas empresas dos mais diversos tipos, organizações militares, religiosas, filantrópicas, partidos políticos, sindicatos e etc.
Análise Interorganizacional: A análise dasrelações interorganizacionais parte do pressuposto de que a organização funciona na base de transações com outras organizações que promovem a interação entre as organizações. E provoca uma forte interdependência entre elas. Cada organização interage com seu ambiente externo e com as demais organizações nele contidas.
 Ambiente é tudo o que envolve externamente uma organização
 É constituído pelas outras organizações que formam a sociedade
 A interação entre a organização e o ambiente torna-se fundamental para a compreensão do estruturalismo
 São definidos dois conceitos fundamentais para a análise interorganizacional: a interdependência e o conjunto organizacional
AMBIENTE ORGANIZACIONAL	
 Nenhuma organização é totalmente autônoma
 As estratégias que as organizações desenvolvem lidar com o seu ambiente podem ser competição e de cooperação.
Interdependência das organizações com a sociedade
 Cada organização ou classe de organizações tem interações com uma cadeia de organizações em seu ambiente
Conjunto organizacional
As diferentes manobras no sentido de administrar suas trocas e relações com os diversos interesses afetados por suas ações no ambiente são chamadas de estratégia organizacional.
Na teoria estruturalista existem estratégias de competição e de cooperação, são algumas delas: competição, ajuste ou negociação, cooptação ou coopção e coalizão.
Ajuste, cooptação e coalizão buscam e necessitam da interação direta entre as organizações diferente da competição
Estratégia Organizacional
 É uma forma de rivalidade entre organizações, envolve a disputa por recursos como clientes, compradores ou membros em potencial
Competição
 Essa é uma estratégia onde se busca um acordo satisfatório nas negociações quando existem trocas de bens ou serviços entre organizações
Ajuste ou negociação
 É uma maneira da organização trazer para seu meio elementos vindos de organizações potencialmente ameaçadoras para compartilhar seus conhecimentos em processos políticos e tomadas de decisões
Cooptação ou coopção
 É uma forma extrema de condicionar os objetivos de uma organização ao ambiente
 Duas ou mais organizações agem de forma conjunta para alcançar um objetivo comum
Coalizão
 Os estruturalistas discordam de que haja harmonia de interesses entre patrões e empregados ou de que essa harmonia deva ser preservada através de uma atitude compreensiva e terapêutica . Para os estruturalistas, os conflitos são elementos geradores das mudanças e da inovação na organização. Considerasse cooperação e conflito como dois aspectos da atividade social, ou seja, dois lados da mesma moeda, pois estão inseparavelmente ligados entre si.
CONFLITOS ORGANIZACIONAIS
Conflito entre a autoridade do especialista (conhecimento) e a autoridade administrativa (hierarquia)
 Ocorre em Organizações especializadas, não especializadas e de serviço 
 Dilemas da organização segundo Blau e Scott
Há uma relação de mútua dependência entre conflito e mudança, pois as mudanças precipitam conflitos, e os conflitos geram inovações
* Dilema entre coordenação e comunicação livre
* Dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional
* Dilema entre a necessidade de planejamento centralizado e a necessidade de iniciativa individual.
Existem tipos de situação dentro das organizações que provocam conflitos:
Conflito entre a autoridade do especialista (conhecimento) e a autoridade administrativa (hierarquia)
 Ocorre em Organizações especializadas, não especializadas e de serviço 
 Dilemas da organização segundo Blau e Scott
Há uma relação de mútua dependência entre conflito e mudança, pois as mudanças precipitam conflitos, e os conflitos geram inovações
* Dilema entre coordenação e comunicação livre
* Dilema entre disciplina burocrática e especialização profissional
* Dilema entre a necessidade de planejamento centralizado e a necessidade de iniciativa individual.
Conflitos entre linha e assessoria (Staff)
 Caracterizada por confrontos entre o pessoal de linha, que detém autoridade linear, e o pessoal de assessoria que possui autoridade de staff

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