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Estudo de caso - TDP

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TEORIA DO DIREITO PENAL 
PROF. FRANCISCO BELO. 
DATA. 05/05/2020 
ESTUDO DE CASO 
ALANA ROCHA DOS REIS - 201902578937 
CASO CONCRETO 01. 
No dia 02.01.2020, Jéssica, na véspera de completar dezoito anos de idade, realiza 
disparos de arma de fogo contra Ana, sua inimiga, em Santa Maria, mas terceiros que 
presenciaram os fatos socorrem Ana e a levam para o hospital em Brasília. Após cinco 
dias internada, Ana vem a falecer, ainda no hospital, em virtude exclusivamente das 
lesões causadas pelos disparos de Jéssica. Com base na situação narrada, explique: 
a) A teoria adotada pelo Código Penal Brasileiro para a definição do tempo do 
crime. 
A teoria da atividade que se fundamenta pelo artigo 4º do código penal que diz: 
“Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja 
o momento do resultado. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)”. Logo, se Jessica 
cometeu o delito com 17 anos, ela responderá pelo crime como se tivesse a menoridade, 
mesmo sendo o óbito da vitima com ela possuindo a maioridade com seus 18 anos 
completos. De tal forma que conforme o artigo 27 do Código penal os menores de idade 
são penalmente inimputáveis, e portanto ficam sujeitos a legislação especial. 
b) A Teoria adota pelo Código Penal Brasileiro para a definição do lugar do crime. 
Adota-se a teoria da ubiquidade que está solidificado no artigo 6º do código penal com a 
seguinte redação: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou 
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado”. Por considerar tanto o local da conduta como o local do resultado, essa 
teoria consegue solucionar o problema dos crimes à distância e também os conflitos de 
Direito Penal internacional, fazendo com que o Direito brasileiro tome a frente de 
questões que apesar de serem começadas ou terminadas em outros países, sejam 
resolvidas e decididas dentro do Brasil. 
CASO CONCRETO 02. 
Em abril de 2014 José é flagrado por autoridades de fiscalização com um molinete e 
anzol pescando numa área interditada, de preservação ambiental. Em depoimento ele 
afirma que estava pescando apenas para distrair e levar um peixinho para o almoço, não 
fazendo de tal prática seu meio de vida. Ocorre que ele é preso e denunciado pela 
prática do crime previsto no art. 34 da lei 9.605/98. Uma vez condenado, havendo 
recurso da defesa o TRF o absolveu alegando que não ocorreu dano e nem grave risco 
ao bem jurídico tutelado que é o meio ambiente. 
Ante o exposto, é correto afirmar que a decisão do magistrado teve por fundamento qual 
(is) princípio (s) norteador (es)de Direito Penal? Responda de forma fundamentada. 
O magistrado de 1º instância levou em consideração o principio da culpabilidade do 
individuo, já que o réu foi pego praticando o ato e também a letra de lei 9605 de 1998 
dispõe sobre sanções penais e administrativas de condutas e atividades prejudiciais ao 
meio ambiente. 
Já magistrado do TRF levou em consideração o principio da insignificância ou como 
também é conhecido principio da criminalidade de bagatela que relata que o direito 
penal na deve se ocupar de assuntos irrelevantes. Ao passo que o ato de José não 
acarreta ofensividade de conduta, periculosidade social e lesão jurídica. 
Segue o HC 92,463/RS do ministro Celso de Mello, 2º turma: “O princípio da 
insignificância - que deve ser analisado em conexão com os postulados da 
fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal - tem o sentido 
de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu 
caráter material. Doutrina. Tal postulado - que considera necessária, na aferição do 
relevo material da tipicidade penal, a presença de certos vetores, tais como (a) a mínima 
ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o 
reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da 
lesão jurídica provocada - apoiou-se, em seu processo de formulação teórica, no 
reconhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal reclama e impõe, em 
função dos próprios objetivos por ele visados, a intervenção mínima do Poder Público.”

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