Buscar

6_coluna_cervical_inferior

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 72 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Coluna cervical inferior 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 2 
Índice 
1 – INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 5 
2 – ANATOMIA DA COLUNA CERVICAL INFERIOR ................................................................... 7 
2.1 - Generalidades ...................................................................................................................... 7 
2.2 – Estrutura de uma vértebra cervical típica ................................................................................ 8 
2.2.1 - Corpo vertebral .............................................................................................................. 8 
2.2.2 - Disco intervertebral ........................................................................................................ 9 
2.2.3 - Forame transverso .......................................................................................................... 9 
2.2.4 - Tubérculos anterior e posterior: ....................................................................................... 9 
2.2.5 - Forames vertebrais ....................................................................................................... 10 
2.2.6 - Processos articulares .................................................................................................... 10 
2.2.7 - Processos uncovertebrais .............................................................................................. 11 
2.2.8 - Processos espinhosos ................................................................................................... 11 
2.3 – Sistema ligamentar da região cervical .................................................................................. 11 
2.3.1 - Ligamentos amarelos: .................................................................................................. 11 
2.3.2 - Ligamento longitudinal anterior: ................................................................................... 11 
2.3.3 - Ligamento longitudinal posterior: .................................................................................. 12 
2.3.4 - Ligamento supraespinhal: ............................................................................................. 12 
2.3.5 - Ligamento intertransversário:........................................................................................ 12 
2.4 – Sistema muscular da região cervical .................................................................................... 12 
* Plano posterior .................................................................................................................... 12 
2.4.1 - Trapézio ...................................................................................................................... 12 
2.4.2 - Esternocleidomastóideo ................................................................................................ 14 
2.4.3 - Esplênio da cabeça: ...................................................................................................... 15 
2.4.4 - Esplênio do pescoço: .................................................................................................... 15 
2.4.5 - Semi-espinhal da cabeça: .............................................................................................. 16 
2.4.6 - Semi-espinhal do pescoço: ............................................................................................ 16 
2.4.7 - Levantador da escápula ................................................................................................ 17 
2.4.8 - Suboccipitais ............................................................................................................... 17 
* Plano anterior ...................................................................................................................... 19 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 3 
2.4.9 - Longo da cabeça .......................................................................................................... 19 
2.4.10 - Reto anterior da cabeça ............................................................................................... 19 
2.4.11 - Longo do pescoço ...................................................................................................... 19 
2.4.12 - Escalenos .................................................................................................................. 20 
2.4.13 - Reto lateral da cabeça ................................................................................................. 20 
2.5 - Neuroanatomia cervical ...................................................................................................... 21 
2.5.1 - Plexo cervical .............................................................................................................. 23 
2.5.2 - Plexo braquial ............................................................................................................. 25 
2.5.3 - Gânglios simpáticos ao nível cervical ............................................................................ 26 
3 – FISIOLOGIA ARTICULAR DA COLUNA CERVICAL INFERIOR .......................................... 28 
3.1 – Plano sagital (Flexão/extensão) ........................................................................................... 28 
3.2 – Plano coronal (Inclinação) .................................................................................................. 29 
3.3 – Plano transversal (Rotação)................................................................................................. 30 
4 – PRINCÍPIOS DE FRYETTE APLICADOS À COLUNA CERVICAL ......................................... 30 
4.1 – Princípio II de Fryette: ERS, FRS ........................................................................................ 30 
5 – DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA CERVICAL INFERIOR ........................................ 32 
5.1 – Disfunção em ERS ............................................................................................................. 32 
5.2 – Disfunção em FRS ............................................................................................................. 32 
5.3 - Disfunção em anterioridade cervical..................................................................................... 33 
6 – POSSÍVEIS CAUSAS DE DOR E/OU LIMITAÇÃO DE MOVIMENTOS NA COLUNA 
TORÁCICA .................................................................................................................................. 34 
7 - DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO DA COLUNA CERVICAL INFERIOR ................................... 35 
7.1 - Generalidades .................................................................................................................... 35 
7.5 – Testes articulares ............................................................................................................... 42 
7.5.1 Quick scann cervical ...................................................................................................... 42 
7.5.2 – Springing test segmentar .............................................................................................. 42 
7.4.3 – Teste de mobilidade analítica ....................................................................................... 43 
7.5.4 Teste de Mitchell para a coluna cervical inferior ............................................................... 45 
7.5.5 – Diagnóstico das disfunções de anterioridade cervical ......................................................... 48 
7.6 – Testes ortopédicos para a coluna cervical ............................................................................. 48 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 4 
7.6.1 – Teste de Klein (artéria vertebral).................................................................................. 48 
7.6.2 – Teste de Soto-Hall ....................................................................................................... 49 
7.6.3 – Teste de Valsalva ........................................................................................................ 50 
7.6.4 – Teste de Spurlig .......................................................................................................... 50 
7.6.5 – Teste de distração cervical ........................................................................................... 51 
7.6.6 – Teste de depressão do ombro ........................................................................................ 51 
7.6.7 – Teste de compressão de Jackson ................................................................................... 52 
7.6.8 – Teste de extensão cervical ............................................................................................ 53 
8 - TÉCNICAS DE TRATAMENTO DA COLUNA CERVICAL INFERIOR .................................... 54 
8.1 – Técnicas de tecidos moles ................................................................................................... 54 
8.1.1 - Técnica de streching dos músculos posteriores ............................................................... 54 
8.1.2 - Técnica de streching do esternocleidomastóide ............................................................... 55 
8.1.3 - Técnica de Jones para o esternocleidomastóide ............................................................... 56 
8.1.4 - Técnica de inibição do longo do pescoço ....................................................................... 57 
8.1.5 - Técnica de streching do levantador da escápula .............................................................. 58 
8.1.6 - Técnica de liberação fascial das fibras superiores do trapézio .......................................... 59 
8.1.7 - Técnica neuromuscular para os escalenos....................................................................... 59 
8.1.8 - Técnica de relaxamento dos escalenos ........................................................................... 61 
8.1.9 - Técnica de energia muscular para ERS .......................................................................... 62 
8.1.10 - Técnica de energia muscular para FRS ......................................................................... 63 
8.2 – Técnicas articulares ............................................................................................................ 65 
8.2.1 - Técnica de thrust para disfunções em ERS ..................................................................... 65 
8.2.2 - Técnica de correção de ERS com o paciente sentado (Ashmore) ...................................... 66 
8.2.3 - Técnicas de thrust para disfunções em FRS .................................................................... 68 
8.2.4 – Técnica de thrust para anterioridade cervical ................................................................. 69 
9 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................ 71 
 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 5 
1 – INTRODUÇÃO 
A cervical é um segmento da coluna vertebral composto por sete vértebras, que 
normalmente apresenta uma curvatura em lordose. Tal curvatura se desenvolve no ser 
humano somente após seus primeiros meses de vida, após os primeiros estímulos 
visuais. 
 
Por se tratar de uma curvatura secundária oferece ampla mobilidade nos três 
planos de espaço, mas da mesma forma necessita proporcionar estabilidade e 
coordenação aos movimentos da cabeça (10% do peso corporal). 
É um segmento bastante exigido do ponto de vista mecânico, tornando-se dessa 
forma vulnerável a distúrbios álgicos e/ou degenerativos em alguns segmentos 
específicos, principalmente C5-C6 e C6-C7. Clinicamente, a instabilidade nesse 
segmento é frequente. Algumas estatísticas sugerem que cerca de 70% das pessoas tem 
ou terão algum episódio de cervicalgia em suas vidas. Tais índices só ficam atrás das 
lombalgias 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 6 
Apresenta relações mecânicas importantes não somente com o crânio e o sistema 
mastigador, mas também com a cintura escapular, membros superiores, coluna torácica 
e lombar, costelas, pelve, membros inferiores e também algumas vísceras. Tais 
conexões se devem principalmente aos diferentes tipos de tecidos conectivos 
(ligamentos, aponeuroses, dura-máter...) que ligam de forma direta ou indireta estas 
zonas. 
Além de suas conexões mecânicas, a coluna cervical está diretamente ligada ao 
controle autônomo (sistema nervoso visceral) de algumas vísceras como o coração, 
esôfago, glândula tireoide, etc. Gânglios simpáticos situados na coluna cervical tem 
papel importante no controle vasomotor de artérias que nutrem crânio e membros 
superiores. 
Deve-se ter em mente que este segmento da coluna vertebral tem funções 
significativas não somente do ponto de vista mecânico ou articular, mas também 
relações fisiológicas de grande importância para outras partes do corpo. 
Pode-se dividir funcionalmente 
a coluna cervical em dois segmentos: 
coluna cervical superior (C0-C1-C2) e 
coluna cervical inferior (C3-C7). Tendo 
em vista essa divisão funcional, os 
segmentos serão abordados 
separadamente. 
 
 
 
2 – ANATOMIA DA COLUNA CERVICAL INFERIOR 
2.1 - Generalidades 
Normalmente considera-se que a coluna cervical média e inferior seja composta 
pelos segmentos vertebrais de C3 à C7. Essas são consideradas vértebras cervicais 
típicas, pois apresentam características anatômicas em comum exceto pelo processo 
espinhoso proeminente de C7. 
A vértebra T1 forma uma base estável para os movimentos dessa região, e C3 
para a coluna cervical superior. 
As vértebras C2 e T1 são os limites superior e inferior desse segmento 
respectivamente. A metade inferior de C2, assim como a metade superior de T1 
apresentam características morfológicas de vértebras cervicais típicas, principalmente 
pelo direcionamento das facetas das articulações apofisárias. 
 Vários músculos curtos e longos envolvem a coluna cervical nos seus planos 
lateral, anterior e posterior. Os músculos escalenos, que se estendem entre as duas 
primeiras costelas e as vértebras cervicais, tem importante papel na função da região 
cervicotorácica e podem atuar como acessórios na mecânica respiratória pulmonar. 
Os músculos intrínsecos da coluna cervical média e inferior se estendem por 
vários segmentos, tornando impossível que ocorram movimentos independentes nesta 
região. Uma exceção seria no caso da flexão e extensão da coluna cervical, sendo que 
estes movimentos podem ocorrer sem que necessariamente se realizem movimentos de 
flexão-extensão da cabeça. 
 
 
 
 
 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 8 
Algumas outras características que diferenciam a coluna cervical inferior e média de 
outros segmentos: 
 Discos intervertebrais 
relativamente espessos em 
relação aos corpos vertebrais, o 
que permite graus consideráveis 
de movimentos em todos os 
planos. 
 A presença das articulações 
uncovertebrais, que tem uma 
função estabilizadora, mas que 
também limitam movimentos. 
 Os processos espinhosos de C2 a 
C6, que são bifurcados. 
 Os processos transversos que 
apresentam forames e sulcos. 
 
2.2 – Estrutura de uma vértebra cervical típica 
As sete vértebras cervicais que são as menores vértebras móveis da coluna 
vertebral, formam o esqueleto ósseo do pescoço, sendo localizadas entre o crânio e o 
tórax. São ossos relativamente pequenos e suportam uma massa menor que as vértebras 
localizadas nos segmento inferiores (torácicas e lombares). 
 As vértebras cervicais típicas (C3-C6)apresentam as seguintes características: 
2.2.1 - Corpo vertebral 
Pequeno e com diâmetro lateral maior do que anteroposterior. A face superior 
dos corpos é côncava e a face inferior é convexa. 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 9 
2.2.2 - Disco intervertebral 
São os discos mais espessos da 
coluna vertebral proporcionalmente à 
espessura dos corpos vertebrais. 
A proporção da espessura do 
disco e corpo vertebral é de 2:5 neste 
segmento da coluna. São mais espessos 
anteriormente do que posteriormente 
devido à lordose cervical. 
 
2.2.3 - Forame transverso 
Nos processos transversos de todas as vértebras cervicais existe um forame que 
permite a passagem da artéria vertebral para que esta possa penetrar no crânio através 
do forame magno do occipital. 
A artéria vertebral normalmente penetra no forame transverso a partir de C6 e 
dirige-se até o forame magno atravessando este canal em cada nível vertebral. 
 
2.2.4 - Tubérculos anterior e posterior: 
Os processos transversos cervicais terminam lateralmente em duas projeções 
denominadas de tubérculos anterior e posterior. Tais projeções são formadas a partir das 
tensões impostas por músculos e ligamentos que se inserem sobre essas áreas. 
 
 
 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 10 
2.2.5 - Forames vertebrais 
As vértebras de C3 a C7 
apresentam forames vertebrais grandes 
e triangulares devido ao importante 
volume da medula espinhal ao nível 
cervical (intumescência cervical) que 
forma plexos nervosos. 
 
2.2.6 - Processos articulares 
As facetas dos processos articulares superiores são voltadas no sentido superior 
e posterior, e as facetas dos processos articulares inferiores ficam voltadas no sentido 
inferior e anterior. 
No plano sagital, essas facetas apresentam angulação de cerca de 45 graus. Esta 
orientação facetária faz com que os movimentos de inclinação e rotação aconteçam 
sempre em conjunto e sempre para o mesmo lado (segundo princípio de Fryette). 
 
 
Estruturas de vértebras cervicais típicas 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 11 
2.2.7 - Processos uncovertebrais 
As margens superiores dos corpos vertebrais são elevadas no sentido 
posterolateral formando projeções denominadas de processos uncovertebrais. Tais 
processos se conectam superiormente ao corpo vertebral da vértebra suprajacente 
formando uma articulação sinovial do tipo plana – articulação uncovertebral. 
 
 
2.2.8 - Processos espinhosos 
Nas vértebras C3 a C6 são curtos e em alguns casos, bífidos. A vértebra C7 
apresenta um longo processo espinhoso, por isso não é considerada uma vértebra 
cervical típica e é denominada de vértebra proeminente. 
 
2.3 – Sistema ligamentar da região cervical 
2.3.1 - Ligamentos amarelos: une as lâminas entre si. 
2.3.2 - Ligamento longitudinal anterior: une os corpos vertebrais na sua região anterior. 
 
 
Processos uncovertebrais de vértebras cervicais 
 
2.3.3 - Ligamento longitudinal posterior: 
une os corpos vertebrais na sua região 
posterior, fazendo parte da margem 
anterior do canal vertebral. Vai do crânio 
ao cóccix e é ricamente inervado. 
2.3.4 - Ligamento supraespinhal: une os 
processos espinhosos em toda a coluna 
vertebral. Na região cervical leva o 
nome de ligamento nucal, e se fixa 
desde a protuberância occipital externa 
até o processo espinhoso de C7. 
2.3.5 - Ligamento intertransversário: 
conecta os processos transversos. 
 
 
2.4 – Sistema muscular da região cervical 
* Plano posterior 
2.4.1 - Trapézio 
- Fixação Medial: Linha nucal suprema, 
ligamento nucal e processos espinhosos 
(C7 à T12). 
- Fixação Lateral: Borda posterior da 
clavícula, acrômio e espinha da escápula. 
- Inervação: N. Acessório (XI par 
craniano) e nervo do trapézio (C3 - C4). 
 
Músculo trapézio e suas fixações 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pontos-gatilho e zona de dor referida do músculo trapézio 
 
Pontos-gatilho e zona de dor referida do músculo trapézio 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 14 
2.4.2 - Esternocleidomastóideo 
- Fixação Superior: Processo mastóide e 
linha nucal superior. 
- Fixação Inferior: Manúbrio do esterno e 
face superior e borda anterior do 1/3 
medial da clavícula. 
- Inervação: C2, C3 e parte espinhal do 
nervo Acessório (XI par craniano). 
 
 
 
 
 
 
 
Músculo esternocleidomastóide e suas fixações 
Pontos-gatilho e zona de dor referida do músculo esternocleidomastóide 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 15 
2.4.3 - Esplênio da cabeça: 
- Fixação Superior: 1/3 lateral da linha 
nucal superior e processo mastóide do 
osso temporal. 
- Fixação Inferior: Processos espinhosos 
da C7 à T4. 
- Inervação: Nervos espinhais do 
segmento correspondente. 
 
2.4.4 - Esplênio do pescoço: 
- Fixação Superior: Processo transverso 
das 3 primeiras vértebras cervicais. 
- Fixação Inferior: Processo espinhoso 
da T3 à T6. 
- Inervação: Nervos espinhais do 
segmento correspondente. 
 
 
Músculos esplênio da cabeça e 
do pescoço e suas fixações 
Pontos-gatilho e zona de dor referida dos músculos esplênio da cabeça e do pescoço 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 16 
2.4.5 - Semi-espinhal da cabeça: 
- Fixação Superior: Entre a linha nucal 
superior e inferior 
- Fixação Inferior: Processo transverso 
da T1 à T7 e processos articulares da C5 
a C7. 
- Inervação: Nervos espinhais do 
segmento correspondente. 
2.4.6 - Semi-espinhal do pescoço: 
- Fixação Superior: Processo espinhoso 
da C1 à C7. 
- Fixação Inferior: Processos 
transversos das T1 à T6. 
- Inervação: Nervos espinhais (ramos 
dorsais). 
 
 
 
Músculo semi-espinhal da cabeça e suas fixações 
 
Músculo semi-espinhal do pescoço e suas fixações 
 
Pontos-gatilho e zona de dor referida do músculo semi-espinhal da cabeça 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 17 
2.4.7 - Levantador da escápula 
- Fixação Inferior: Ângulo superior da 
escápula. 
- Fixação Superior: Processo transverso 
do atlas ate C4. 
- Inervação: Nervo dorsal da escápula 
(C5). 
 
 
 
2.4.8 - Suboccipitais 
Reto posterior maior da cabeça 
- Fixação Superior: Linha nucal inferior. 
- Fixação Inferior: Processo espinhoso do áxis. 
- Inervação: Plexo Cervical (C1). 
Músculo levantador da escápula e suas fixações 
 
Pontos-gatilho e zona de dor referida do músculo levantador da escápula 
 
 
Reto posterior menor da cabeça 
- Fixação Superior: Linha nucal inferior. 
- Fixação Inferior: Tubérculo do arco 
posterior do atlas. 
- Inervação: Plexo Cervical (C1). 
Oblíquo superior da cabeça 
- Fixação Superior: Entre as linhas 
nucais superior e inferior. 
- Fixação Inferior: Processo transverso 
do atlas. 
- Inervação: Plexo Cervical (C1). 
Oblíquo inferior da cabeça 
- Fixação Superior: Processo transverso 
do atlas. 
- Fixação Inferior: Processo espinhoso 
do áxis. 
- Inervação: Plexo Cervical (C2). 
 
 
 
Músculos suboccipitais e suas fixações 
 
Pontos-gatilho e zona de dor referida dos músculos suboccipitais 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 19 
* Plano anterior 
2.4.9 - Longo da cabeça 
- Fixação Superior: Processo basilar do occipital. 
- Fixação Inferior: Tubérculos anteriores das transversas de C3 a C6. 
- Inervação: C1, C2 e C3. 
 
2.4.10 - Reto anterior da cabeça 
- Fixação Superior: Processo basilar do occipital. 
- Fixação Inferior: Processo transverso do atlas. 
- Inervação: Ramo de C1 e C2. 
 
2.4.11 - Longo do pescoço 
Porção Oblíqua Superior: 
- Fixação Superior: Tubérculo do arco anterior do Atlas. 
- Fixação Inferior: Tubérculo anterior dos processos transversosde C3 e C5 
Porção Oblíqua Inferior: 
- Fixação Superior: Tubérculo anterior dos processos transversos de C5 e C6. 
- Fixação Inferior: Corpos vertebrais de T1 a T3. 
Porção Vertical: 
- Fixação Superior: Corpos vertebrais de C2 a C4. 
- Fixação Inferior: Corpos vertebrais de C5 a T3. 
Inervação: Ramos de C2 à C7. 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 20 
2.4.12 - Escalenos 
Escaleno anterior: 
- Fixação Superior: Tubérculos anteriores das transversas de C3 à C6. 
- Fixação Inferior: Face superior da 1º costela (tubérculo do escaleno anterior). 
- Inervação: Ramos dos nervos cervicais inferiores. 
Escaleno médio: 
- Fixação Superior: Tubérculos anteriores das transversas de C2 à C7. 
- Fixação Inferior: Face superior da 1ª costela. 
- Inervação: Ramos dos nervos cervicais inferiores. 
Escaleno posterior: 
- Fixação Superior: Tubérculos posteriores das transversas de C5 à C7. 
- Fixação Inferior: Borda superior da 2ª costela. 
- Inervação: Ramos anteriores dos 3 últimos nervos cervicais. 
 
2.4.13 - Reto lateral da cabeça 
- Fixação Superior: Processo jugular do occipital. 
- Fixação Inferior: Processo transverso de atlas. 
- Inervação: Ramos de C1 e C2. 
 
 
 
 
 
2.5 - Neuroanatomia cervical 
 Os nervos espinhas mistos da região cervical, formados pela raiz posterior 
(sensitivo) e anterior (motor), deixam a medula e inicialmente apresentam uma 
ramificação (nervo meníngeo recorrente) que inerva ligamento longitudinal anterior e 
posterior, porções periféricas dos discos intervertebrais, periósteo do corpo vertebral e 
também a face ventral da dura-máter. 
O nervo espinhal também apresenta uma conexão direta com os gânglios 
simpáticos localizados na região cervical (superior, médio e inferior) através do ramo 
comunicante cinzento. 
Logo em seguida, quando o nervo espinhal ultrapassa o forame de conjugação, 
entre a faceta articular e o forame transverso, os nervos espinhais mistos se ramificam 
formando: 
 um ramo anterior e 
 um ramo posterior. 
Pontos-gatilho e zona de dor 
referida dos músculos escalenos 
 
Músculos reto lateral e anterior da cabeça, 
longo da cabeça e do pescoço, escalenos e 
suas fixações 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 22 
Os forames de conjugação dos níveis cervicais podem ser invadidos por 
osteófitos localizados nas articulações facetarias ou nas articulações uncovertebrais, 
diminuindo o calibre desses canais. As radiografias oblíquas ¾ da região cervical 
realizadas bilateralmente identificam de forma precisa a presença de osteófitos 
decorrentes de processos degenerativos, e também auxilia na decisão de utilizar técnicas 
em de tratamento em rotação ou translação, dependendo do problema encontrado. 
Os ramos posteriores dos nervos espinhais cervicais apresentam trajeto curto, 
sendo que suas principais funções são: inervação sensorial da cápsula articular, pele da 
região dorsal dos mesmos níveis, periósteo do processo transverso, espinhoso e lâmina; 
e inervação motora dos músculos dorsais profundos dos mesmos que controlam os 
movimentos do próprio segmento. 
 
 
Já os ramos anteriores dos nervos espinhais dos níveis medulares C1 à T1 tem 
trajeto bem mais longo, formando dois plexos nervosos: 
Neuroanatomia da região cervical 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 23 
 plexo cervical: ramos anteriores de C1 a C4 
 plexo braquial: ramos anteriores de C5 a T1 
O plexo cervical com funções sensório-motoras ligadas à cabeça e pescoço. Já o 
plexo braquial, que forma grandes nervos ligados ao controle sensorial e motor da 
cintura escapular e membro superior. 
* É importante recordar que a raiz nervosa existente entre o occipital (C0) e 
atlas (C1) é a raiz C1. Esta sequencia numérica se mantém até o espaço intervertebral 
C6-C7 (raiz C7). Entre C7 e T1 encontra-se a raiz C8, e logo após, entre T1 e T2 
encontra-se a raiz T1. 
 
 
2.5.1 - Plexo cervical 
 Este plexo nervoso é formado pelos ramos anteriores dos quatro nervos cervicais 
superiores. Participa da inervação de alguns músculos do pescoço, do músculo 
diafragma e de áreas da pele na cabeça, pescoço e tórax. 
Algumas fibras se juntam aos nervos cranianos acessório (XI) e hipoglosso (XII) 
para suprir alguns músculos do pescoço e da faringe. Fibras do 3°, 4° e 5° nervos 
cervicais forma o nervo frênico – diafragma. 
Formação dos plexos cervical e braquial cervical 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 24 
 
 
Plexo cervical 
 
Plexo cervical e suas ações sensório-motoras 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 25 
2.5.2 - Plexo braquial 
O plexo braquial é formado por 
ramos anteriores dos quatro nervos 
cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do 
primeiro torácico (T1). 
Este plexo que inerva os 
membros superiores, tem localização 
lateral à coluna cervical. Passa por 3 
desfiladeiros escapulotorácicos 
(interescalênico, costoclavicular e do 
peitoral menor) antes de chegar no 
membro superior. 
 
 Os grandes nervos dos membros superiores (mediano, radial, musculocutâneo, 
ulnar, axilar) são formados a partir deste plexo. Existem descrições anatômicas de 
variações na formação do plexo braquial, sendo que em alguns cadáveres foram 
encontrados ramos de T2 participando da formação do plexo. 
 
Plexo braquial 
 
Plexo braquial 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 26 
 
 
2.5.3 - Gânglios simpáticos ao nível cervical 
A cadeia de gânglios simpáticos laterovertebrais se estende bilateralmente desde 
a coluna cervical até o cóccix. Ao nível da coluna cervical existem 3 pares de gânglios 
que se situam contra a aponeurose pré-vertebral: 
 
2.5.3.1 – Gânglio cervical inferior (cérvicotorácico ou estrelado) 
É localizado na zona de C7-T1 e primeira costela. Inerva: 
- coração (nervo cardíaco inferior); 
- pulmões e brônquios; 
- esôfago; 
- artéria subclávia e vertebral. 
 
2.5.3.2 – Gânglio cervical médio: 
É situado anteriormente à transversa de C5-C6, mas é inconstante. Inerva: 
- coração (nervo cardíaco médio); 
Dermátomos dos níveis medulares cervicais 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 27 
- artéria tireóidea inferior. 
 
2.5.3.3 – Gânglio cervical superior: 
Localizado anteriormente às vértebras C2-C3. Inerva: 
- artérias carótidas (interna e externa); 
- faringe e laringe; 
- esôfago; 
- coração (nervo cardíaco superior). 
Gânglios simpáticos cervicais 
 
 
3 – FISIOLOGIA ARTICULAR DA COLUNA CERVICAL INFERIOR 
3.1 – Plano sagital (Flexão/extensão) 
 O movimento de flexão ocorre no plano sagital, através de um eixo transversal. 
A vértebra superior é deslizada para frente, provocando uma separação das facetas 
articulares. O disco intervertebral sofre tensão excêntrica nas suas fibras posteriores. A 
tensão da cápsula e dos ligamentos do plano posterior (LLP, supraespinhoso, amarelo...) 
limitam este movimento. 
O movimento de extensão 
também ocorre no plano sagital, através 
de um eixo transversal. A vértebra 
superior se inclina para trás em relação 
a vértebra inferior. Ocorre a imbricação 
das facetas articulares inferiores. O 
disco intervertebral sofre tensão 
excêntrica nas suas fibras anteriores. A 
amplitude dos movimentos de 
flexão/extensão é de cerca de 130 graus. 
 
 
Movimentos das vértebras cervicais no plano sagital 
 
Movimentos das vértebras cervicais no plano sagital 
 
 
3.2 – Plano coronal (Inclinação) 
 Movimentos de inclinação lateral ocorrem no plano coronal ou frontal através de um eixo 
anteroposterior. 
Ocorre uma imbricação das facetas no lado da inclinação (concavidade) e uma 
desimbricação no lado oposto (convexidade). 
O movimento de inclinação das vértebras cervicais é sempre acompanha do de uma 
translação contralateraldas vértebras. Ex: quando se faz uma inclinação à direita, as vértebras 
realizam uma translação lateral à esquerda. Este fato é dado pela presença das articulações 
uncovertebrais. 
A tensão da cápsula articular e dos ligamentos no lado oposto à inclinação limitam o 
movimento. A amplitude deste movimento na coluna cervical é de aproximadamente 45 graus. 
 
 
Movimentos das vértebras cervicais no plano coronal 
 
 
3.3 – Plano transversal (Rotação)
Os movimentos de rotação 
ocorrem no plano transversal através de 
um eixo axial. 
O corpo da vértebra suprajacente 
gira para um lado, gerando um 
cisalhamento do disco intervertebral. 
A tensão das cápsulas e dos 
discos intervertebrais limita este 
movimento. Na coluna cervical, a 
rotação pode chegar à cerca de 80-90 
graus. 
 
 
 
4 – PRINCÍPIOS DE FRYETTE APLICADOS À COLUNA CERVICAL 
 A coluna cervical apresenta seus movimentos fisiológicos seguindo sempre o 
princípio 2 de Fryette, independente de sua posição em relação ao plano sagital (neutra, 
flexão ou extensão). 
Esse fato deve-se à disposição de 45º das facetas articulares das articulações 
apofisárias cervicais. 
 
4.1 – Princípio II de Fryette: ERS, FRS 
Este princípio descreve que: quando uma vértebra ou um grupo delas encontra-
se em estado não neutro (flexão ou extensão), realizam o movimento de inclinação 
lateral acompanhado de rotação para o mesmo lado. 
 E = extensão 
 F = flexão 
Movimentos de rotação das vértebras cervicais 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 31 
 R = rotação 
 S = side-bend (inclinação lateral) 
Da mesma forma que NSR, a nomenclatura do movimento sempre respeita a 
posição da rotação das vértebras. 
Ex: ERSd: 
 Vértebras em extensão, inclinadas para a direita. 
 Deslizamento lateral das vértebras para o lado da convexidade (esquerda). 
 O corpo vertebral roda para a direita e a apófise espinhosa fica desviada para a 
esquerda. 
 A apófise transversa direita está posterior e baixa, enquanto a apófise esquerda 
encontra-se anterior e alta. 
 Os discos intervertebrais estão comprimidos ao lado direito e estirados ao lado 
esquerdo. 
 As facetas articulares ao lado direito encontram-se aproximadas (imbricadas), 
enquanto as do lado oposto encontram-se afastadas (desimbricadas). 
 
 
Fisiologia articular das vértebras cervicais 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 32 
5 – DISFUNÇÕES SOMÁTICAS DA COLUNA CERVICAL INFERIOR 
5.1 – Disfunção em ERS 
Vértebra em extensão, inclinação e rotação homolateral. Segundo princípio de 
Fryette. 
 Disfunção mecânica: Imbricação do lado da concavidade. 
 Posterioridade do lado disfuncional que aumenta na flexão e diminui na 
extensão. 
 Apófise espinhosa desviada do lado da convexidade. 
 Espaço interespinhoso diminuído. 
 Fixada por espasmo do músculo transverso-espinhoso homolateral. 
 Movimentos limitados: flexão, rotação e inclinação contralateral. 
 O objetivo do tratamento é abrir a faceta imbricada. 
 
5.2 – Disfunção em FRS 
Vértebra em flexão, inclinação lateral e rotação homolateral. 
 Disfunção mecânica: desimbricação do lado da convexidade. 
 Posterioridade do lado contrário à disfunção que aumenta com a extensão e 
diminui com a flexão. 
 Apófise espinhosa desviada para a convexidade. 
 Espaço interespinhoso aumentado. 
ERS à direita 
 Plano dos processos articulares 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 33 
 Teoricamente a fixação da disfunção é dada pelo deslocamento posterolateral do 
núcleo para a convexidade e o espasmo do músculo intertransverso da 
concavidade. 
 Os movimentos limitados são a extensão, rotação e inclinação contralateral. 
 O objetivo do tratamento é fechar a faceta desimbricada. 
 
 
5.3 - Disfunção em anterioridade cervical 
 Esta disfunção ocorre por um mecanismo traumático de hiper-flexão do 
whiplash cervical. Na disfunção unilateral, a faceta articular contralateral à rotação se 
encontra fixada numa posição alta e anterior. Os músculos escalenos são responsáveis 
pela fixação da disfunção. Pode ocorrer o espasmo do músculo longo do pescoço, que 
fixa a retificação cervical. 
 
 
FRS à direita 
 Plano dos processos articulares 
 
Anterioridade cervical 
 Plano dos processos articulares 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 34 
6 – POSSÍVEIS CAUSAS DE DOR E/OU LIMITAÇÃO DE MOVIMENTOS NA 
COLUNA TORÁCICA 
 
 TRAUMA 
o Chicote cervical (whiplash); 
o Fratura de corpo vertebral, processo espinhoso ou transverso; 
o Estiramento/ruptura ligamentar; 
o Estiramento muscular; 
 CONDIÇÕES DEGENERATIVAS 
o Espondilólise – degeneração do disco intervertebral; 
o Artrose – degeneração da articulações zigoapofisárias e/ou 
uncovertebrais; 
 CONDIÇÕES INFLAMATÓRIAS 
o Artrite reumatóide; 
o Espondilite anquilosante; 
 NEOPLASIAS 
 INFECÇÕES 
 COSTELA CERVICAL 
 MEGAPÓFISE TRANSVERSA 
 TORCICOLO 
 SÍNDROME DE HIPERMOBILIDADE 
 DOR REFERIDA MIOFASCIAL 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 35 
7 - DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO DA COLUNA CERVICAL INFERIOR 
7.1 - Generalidades 
 As cervicalgias/cervicobraquialgias que ocorrem por numerosos motivos são 
umas das causas mais frequentes das consultas médicas e fisioterapêuticas. 
Em pacientes com quadro de dor nesse segmento, num primeiro momento o 
avaliador deve eliminar causas mais graves (tumor, fratura, impressão basilar...) que são 
contraindicadas ao tratamento Osteopático, buscando sinais e sintomas característicos 
das patologias e também realizando a investigação por exames de imagem quando 
necessário. Eliminadas as contraindicações, deve-se investigar qual o tecido responsável 
pelos sintomas atuais para poder planejar e aplicar um tratamento específico e objetivo. 
Durante a anamnese, é importante que o avaliador registre alguns dados básicos 
que são essenciais na formulação de uma hipótese diagnóstica: 
 Localização dos sintomas: é necessário ser exato no mapeamento dos 
sintomas. Alguns pacientes apresentam dor em áreas muito extensas. 
Nesses casos deve-se solicitar que o paciente mostre as regiões onde as 
dores são mais intensas. No caso de pacientes com cervicalgias, é 
comum que apresentem também sintomas no crânio (face, ATM, fossa 
posterior), membros superiores e região torácica. 
 Tempo de existência dos sintomas. 
 Características da dor: importante para determinar os tecidos 
responsáveis pelos sintomas. 
 Sintomas associados: cefaleias, tonturas, náuseas, dor de garganta. 
 Frequência de aparecimento dos sintomas: questionar se os sintomas são 
constantes ou intermitentes. Se for constante, questionar se sofre 
variação de intensidade. Dor constante que não sofre alteração em 
decorrência de movimentos ou posições pode estar ligada a neoplasias. 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 36 
 Relação dos sintomas: quando o paciente apresenta diferentes tipos de 
sintomas ou em mais de um local, questionar se aparecem associados ou 
não. 
 Comportamento dos sintomas: investigar quais fatores, posições e 
movimentos que aumentam ou diminuem os sintomas. Essas 
informações podem ter grande valor para o avaliador quando reconhece a 
mecânica fisiológica do segmento afetado. 
 Comportamento da dor durante 24 horas do dia: investigar se os sintomas 
sofrem variação em relação aos horários do dia. 
 Histórico clínico passado: traumas (fraturas, acidentes automobilísticos, 
entorses); cirurgias, doenças. 
 Tratamentos já realizados. 
 Utilização de medicamentos. 
 Exames de imagem. 
 Atividade física e laboral. 
 É fundamental saber realizar um exame motor e sensorial de forma completa, 
com os cuidados necessários para encontrar evidencias de comprometimentos 
neurológicos.A tabela abaixo mostra relações neurológicas importantes para o exame 
físico. 
 
 
 
 
 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 37 
NÍVEL 
NEUROLÓGICO 
ALTERAÇÃO 
TÔNICA 
REFLEXO SENSIBILIDADE 
C5 Deltóide e bíceps Bíceps Região lateral do 
braço 
C6 Bíceps e extensores 
do punho 
Braquioradial Primeiro e segundo 
dedos 
C7 Extensão cotovelo e 
dedos 
Tríceps Terceiro dedo 
C8 Flexão dos dedos Nenhum Região ulnar do 
antebraço 
 
7.2 - Inspeção estática 
 Deve-se observar a postura do paciente de forma geral e também do segmento 
cervical isoladamente na busca de atitudes antálgicas (degeneração discal, torcicolo...), 
escolioses, e também a curvatura da região cervical relacionando esta com o sistema 
estomatognático e com o resto do corpo. 
 
7.3 - Inspeção dinâmica 
 Após a inspeção estática, deve-se solicitar ao paciente para realizar os 
movimentos fisiológicos nos 3 planos de espaço (frontal, sagital e transversal) 
observando a amplitude de cada movimento e também a presença de dor em algum 
desses movimentos. A partir dessa inspeção dinâmica, os dados observados podem ser 
transcritos para a estrela de dor/Maigne para que se tenha um controle pré/pós-
tratamento. Deve-se anotar a presença de dor e/ou limitação de movimento nesta estrela. 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 38 
 
 
 
 
 
 
Inspeção dinâmica em flexão/extensão da coluna cervical 
 Plano dos processos articulares 
 
Inspeção dinâmica em inclinações da coluna cervical 
 Plano dos processos articulares 
 
Inspeção dinâmica em rotações da coluna cervical 
 Plano dos processos articulares 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 39 
 
7.4 - Palpação 
 Vários tecidos podem ser responsáveis pelos sintomas na coluna cervical: 
- um músculo hiperativo: dor surda e difusa. Manifesta-se com a contração muscular e 
pode apresentar pontos gatilho e dores referidas. 
- uma articulação fixada: dor precisa, centralizada sobre a vértebra correspondente. Dor 
surda que aumenta com o movimento. Final de movimento abrupto nos testes de 
mobilidade e movimentos dolorosos ou impossíveis (bloqueio mecânico). Quando essa 
disfunção ocorre em segmento vertebral causa facilitação medular no segmento. 
- o disco intervertebral: dor aguda, quando o disco é submetido às pressões da 
gravidade. Não tem tempo de latência. 
- um ligamento: Posições prolongadas, final das amplitudes articulares. Tempo de 
latência entre 10 minutos e uma hora. Dor em queimação. 
- um nervo irritado: dor do tipo filiforme, radicular. O paciente pode descrever o trajeto 
com o dedo. Aumenta com certos movimentos da coluna cervical. 
- dor referida visceral: estômago, fígado, pulmões, coração.... 
Estrela de dor/Maigne da coluna cervical 
 Plano dos processos articulares 
 
Coluna cervical inferior 
 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 40 
 Os tecidos devem ser palpados de superficial a profundo, buscando as sensações 
de densidade e tensão. Alguns segmentos vertebrais da coluna cervical inferior sofrem 
com freqüência processos de hipermobilidade adaptativa, e como conseqüência, 
sintomas e processos degenerativos. É muito frequente encontrar hipomobilidades das 
primeiras vértebras torácicas, transições cérvicotorácica e crânio-cervical, com 
hipermobilidades adaptativas nos níveis de C4, C5 ou C6. 
 O diagnóstico das disfunções somáticas maiores se confirma com os testes de 
mobilidade e pela presença dos sinais clínicos da tríade metamérica: dermátomo, 
esclerótomo e miótomo. Deve-se realizar o diagnóstico criterioso de cada um desses 
elementos. 
 - dermátomo: palpado rodado evidenciando a dermalgia reflexa; 
 - esclerótomo: palpação vertebral ou de periósteo da periferia evidenciando o 
aumento da sensibilidade deste tecido; 
 - miótomo: testes de tônus de músculos inervados pelo segmento medular 
correspondente evidenciando alteração tônica (hiper/hipotonia). Palpação muscular 
evidenciando pontos gatilho e cordões tensos nos músculos hiperativos. 
 Na coluna cervical as vértebras são pequenas e por isso deve-se utilizar pontos de 
referência anatômica para buscar a palpação de cada segmento especificamente. 
Observe as imagens a seguir com as principais referências palpatórias: 
 
 
Palpação de C3 e cartilagem tireóide 
 Plano dos processos articulares 
 
 
 
 
 
 
Anatomia palpatória da coluna cervical 
 Plano dos processos articulares 
 
Anatomia palpatória da coluna cervical 
 Plano dos processos articulares 
 
Palpação do primeiro anel cricóide e tubérculo anterior de C6 
 Plano dos processos articulares 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 42 
7.5 – Testes articulares 
7.5.1 Quick scann cervical 
É um teste de mobilidade geral que busca as zonas de hipomobilidade sem 
mostrar qual o tipo da disfunção. As áreas restritas identificadas por esse teste devem 
ser investigadas em seguida por testes específicos de cada segmento. 
 O paciente encontra-se sentado na maca/cadeira. O avaliador fica em pé em 
qualquer um dos lados. Sua mão anterior toma um contato amplo no frontal para fixar a 
posição da cabeça. A mão posterior toma um contato posicionando o processo espinhos 
da vértebra, entre o polegar e indicador. A mão anterior fixa a cabeça enquanto a mão 
posterior exerce translações posteroanteriores apreciando a resistência ao movimento 
(sensação de rebote). 
 
 
7.5.2 – Springing test segmentar 
 Esse teste também se trata de um teste global que busca áreas restritas que 
devem ser analisadas de maneira segmentar logo após. 
O paciente deve se encontrar em decúbito ventral com a cervical em posição 
neutra. O Avaliador se encontra em pé ao lado da cabeça do paciente. Posiciona um dos 
polegares reforçados (um sobre outro) no processo espinhoso ou nas facetas articulares 
da vértebra que deseja testar. 
Quick scann cervical 
 Plano dos processos articulares 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 43 
Os outros dedos envolvem a coluna cervical. O avaliador deve posicionar seu 
centro de gravidade sobre a coluna cervical e em seguida exercer translações 
posteroanteriores em cada área testada, tendo atenção nas sensações de barreiras. 
 
 
7.4.3 – Teste de mobilidade analítica 
Tem como objetivo estudar diferentes parâmetros de movimentos de cada 
segmento vertebral, especialmente aqueles que se encontraram restritos nos testes 
globais. Deve-se sentir a qualidade do movimento em todo seu curso e também as 
sensações de barreira. 
Com esses testes é possível determinar os maiores parâmetros das disfunções e 
desta maneira eleger a técnica de correção mais adequada. 
Flexão-extensão 
O paciente fica sentado na maca. O avaliador fica em pé ao lado do paciente. A 
mão anterior toma contato no topo da cabeça do paciente. A mão posterior toma contato 
com a polpa dos dedos nas apófises espinhosas que deseja avaliar. 
Com a mão anterior induz o tronco movimentos de flexão-extensão, avalia a 
qualidade do movimento e a sensação de barreira com seus contatos nas espinhosas. 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 44 
 
 
 
Rotação 
O paciente fica sentado na maca. O avaliador fica em pé, atrás da cabeça do 
paciente. A mão anterior toma contato no topo da cabeça do paciente. A mão posterior 
toma contato bilateral nas transversas ou lâminas da vértebra que deseja testar, com as 
polpas do indicador e polegar. 
Com a mão anterior deve-se induzir movimentos de rotação cervical 
monitorando os movimentos com os contatos da mão posterior no intuito de sentir as 
barreiras de movimento. Quando é induzida uma rotação para esquerda, por exemplo, a 
transversa/lâmina direita deve anteriorizar enquanto que a esquerda deve posteriorizar. 
 
Teste de mobilidade analítica emflexão Teste de mobilidade analítica em extensão 
 
 
 
Teste de mobilidade analítica em rotação 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 45 
Inclinação lateral 
Paciente na mesma posição, e avaliador em pé ao seu lado. A mão anterior 
controla o topo da cabeça do paciente, e a posterior palpa lateralmente as apófises 
transversas dos níveis que quer avaliar com a polpa do polegar e indicador. 
A mão anterior induz os movimentos de inclinação enquanto os contatos da mão 
posterior induzem translações laterais das vértebras no sentido da convexidade e 
analisam os movimentos que ocorrem nas transversas. . 
 
 
7.5.4 Teste de Mitchell para a coluna cervical inferior 
 Neste teste se analisa a capacidade de translação lateral das vértebras cervicais e 
é possível diagnosticar o tipo específico da disfunção. 
O paciente fica em decúbito dorsal na maca. O avaliador fica sentado na cadeira, 
atrás da cabeça do paciente, voltado para seus pés. Toma-se um contato com a polpa dos 
dedos (indicador e médio) na face lateral dos processos transversos bilateralmente, da 
vértebra que se deseja testar. 
O resto da mão toma contato com a face lateral do crânio do paciente. 
A coluna cervical deve estar em posição neutra de flexão/extensão. 
Teste de mobilidade analítica em inclinação 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 46 
O avaliador deve inclinar passivamente a coluna cervical do paciente para um 
dos lados e ao mesmo tempo deve realizar translação da vértebra para o lado da 
convexidade com a polpa dos dedos. 
Este deslizamento/translação é acompanhado fisiologicamente de inclinação 
para o lado oposto. 
Quando se realiza uma translação da direita para a esquerda, ocorre 
automaticamente uma inclinação para direita e com isso as facetas articulares ao lado 
direito são imbricadas e do lado esquerdo desimbricadas. 
Se a vértebra está livre, o movimento ocorre sem resistência para os dois lados. 
 
Movimentos realizados no teste de Mitchell 
cervical 
 
 
Se existe uma restrição articular na translação da direita para a esquerda, pode estar ocorrendo 2 
situações distintas: 
1 - a faceta articular do lado esquerdo recusa desimbricar (ERS à esquerda) ou; 
2 - a faceta articular do lado direito recusa imbricar (FRS à esquerda com desimbricação à 
direita). 
 Para saber qual a disfunção (FRS ou ERS), o avaliador impõe flexão ou extensão no 
segmento, e retesta a capacidade de translação da vértebra. 
 Se durante a flexão, a capacidade de translação melhora = FRS à esquerda. Se durante a 
extensão, a capacidade de translação melhora = ERS à esquerda. 
 Isto se deve ao fato de que quando se aproxima a vértebra do parâmetro disfuncional, a 
cápsula articular permite o movimento de translação mais amplo. 
Ex: O avaliador palpa as transversas de C3 com a cervical em posição neutra e realiza as 
translações. A translação da direita para a esquerda ocorre livremente, mas da esquerda para a 
direita está bloqueada. 2 possibilidades: ERS à direita ou FRS à direita. Quando o avaliador 
impõe a flexão até C3, o a translação da esquerda para a direita permanece bloqueada, mas 
quando impõe a extensão até C3 a translação fica livre. Neste caso, estaríamos diante uma ERS 
à direita. 
 
Teste de Mitchell cervical 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 48 
7.5.5 – Diagnóstico das disfunções de anterioridade cervical 
 Essa disfunção ocorre por mecanismo traumático, especialmente nos acidentes 
automobilísticos com chicotes. Somente ocorre nos segmentos C4 ou C5. 
 No caso de uma anterioridade à direita, no teste de Mitchell: 
 A vértebra aceitará fazer a translação da esquerda para a direita 
 A vértebra não aceitará fazer a translação da direita para a esquerda 
 O bloqueio da translação para a esquerda não será modificado pelas posições de flexão e 
nem de extensão. 
O avaliador deve palpar os tubérculos anteriores de C4 ou C5 bilateralmente, 
anteriormente no pescoço, entre as fibras do ECOM e a cartilagem tireoidea. No caso de uma 
anterioridade á direita, o tubérculo anterior do lado direito estará mais anteriorizado e bastante 
sensível a palpação. Geralmente as fibras dos escalenos desse lado estarão mais densas. 
 
7.6 – Testes ortopédicos para a coluna cervical 
7.6.1 – Teste de Klein (artéria vertebral) 
 Este teste é utilizado para tentar identificar possíveis problemas relacionados à artéria 
vertebral. O paciente fica sentado e o avaliador em pé na sua frente, O avaliador toma contato 
com os polegares na face lateral do crânio do paciente (ptério) e a polpa dos outros dedos na 
região posterior da transição crânio-cervical. 
Deve posicionar a coluna cervical em extensão, inclinação e rotação homolateral. Esta 
posição deve ser mantida por 30 segundos, pedindo ao paciente para manter seus olhos abertos e 
avisar se ocorrem sintomas como tonturas, náuseas, cefaleias ou alterações visuais decorrente da 
debilidade na irrigação arterial craniana causada por problema da artéria vertebral. Deve-se 
realizar de forma bilateral. 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 49 
 
 
7.6.2 – Teste de Soto-Hall 
Teste inespecífico de função da 
coluna cervical. 
O paciente encontra-se em decúbito 
dorsal e avaliador ao seu lado. Pedir ao 
paciente para realizar flexão cervical 
máxima, levando seu queixo na direção do 
tórax. Quando o paciente chegar na flexão 
máxima o terapeuta toma contato com uma 
das mãos na fossa posterior do crânio e a 
outra na osso esterno. 
O examinador passivamente aumenta 
a flexão cervical enquanto a outra mão 
exerce pressão anteroposterior no esterno. 
 Dor na região posterior do pescoço 
quando a pressão é aplicada sugere 
problemas articulares e ligamentares na 
coluna cervical. Quando a dor ocorre 
quando o paciente exerce a flexão ativa 
sugere problemas ligados à tensão facial dos 
músculos do plano posterior. 
Teste de Klein 
 
Teste de Soto-Hall 
 
 
7.6.3 – Teste de Valsalva 
 O paciente deve ficar sentado com um dos polegares dentro de sua boca, sendo solicitado 
à exercer pressão assoprando para levar o polegar para fora da boca. Isto aumenta a pressão 
intravertebral, revelando a presença de elementos que ocupam espaço como discos 
interevrtebrais degenerados, osteófitos, tumores, ou edema de tecidos moles. Isto levaria ao 
aparecimento dos sintomas radiculares. 
 
7.6.4 – Teste de Spurlig 
Utilizado para acessar dores de origem facetaria ou irritação neural. 
O paciente fica sentado com a cervical inclinada e rodada para um lado. O avaliador 
encontra-se em pé atrás do paciente com uma mão localizada no topo da cabeça do paciente. 
Com a outra mão, o examinador realiza pequenas compressões na mão que está no topo da 
cabeça. 
Se o paciente não apresentar sintomas nessa posição, deve-se agregar a extensão cervical 
para diminuir ainda mais o diâmetro do forame de conjugação e canal vertebral. Deve-se realizar 
de forma bilateral. 
 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 51 
7.6.5 – Teste de distração cervical 
Este teste busca diferenciar os 
sintomas radiculares dos de origem 
muscular ou ligamentar, localizados na 
região cervical, cintura escapular e membros 
superiores. 
O paciente se encontra sentado. O 
avaliador toma contato no crânio do paciente 
com uma das mãos na região inferior da 
mandíbula, e sua outra mão na fossa 
posterior do crânio. 
Com esses contatos o avaliador 
exerce tração axial superior no crânio do 
paciente. A distração cervical reduz a carga 
nos discos intervertebrais e também nas 
raízes nervosas dos níveis cervicais. A 
redução dos sintomas radiculares, mesmo 
nas rotações passivas, quando a cervical é 
tracionada é um sinal sugestivo de irritação 
nervosa de origem discal. Já o aumento dossintomas durante esse procedimento sugere 
alteração funcional cervical devido a 
patologias de origem articular, muscular, 
capsulo-ligamentar ou muscular. 
 
7.6.6 – Teste de depressão do ombro 
 O paciente se encontra sentado e o avaliador em pé atrás do paciente. O avaliador produz 
pressão caudal (depressão) em um dos ombros enquanto inclina a cervical para o lado oposto. 
A provocação dos sintomas radiculares é sinal de adesão do saco dural e/ou raiz nervosa. 
Dor aumentada no lado da musculatura alongada indica tônus aumentado do trapézio e 
esternocleidomastóideo. Diminuição dos sintomas no lado que não está sendo alongado sugere 
alterações funcionais envolvendo tensão muscular. O teste deve ser feito bilateralmente. 
Teste de distração cervical 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 52 
 
 
7.6.7 – Teste de compressão de Jackson 
 O paciente se encontra sentado. O avaliador em pé ao seu lado com as mãos apoiadas no 
topo da cabeça do paciente. O avaliador impõe inclinação lateral da coluna cervical e exerce 
pressão axial na coluna. 
A pressão axial resulta no aumento da compressão nos discos intervertebrais, raízes 
nervosas e facetas articulares. A pressão no forame de conjugação pode produzir sintomas distais 
nos dermátomos comprometidos. A presença de irritação de raízes nervosas causa sintomas 
radiculares. A dor local pode ocorrer devido ao estiramento excessivo de músculos do lado 
contralateral. 
Teste de depressão do ombro 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 53 
 
 
7.6.8 – Teste de extensão cervical 
Com o paciente em pé ou sentado, o 
avaliador impõe extensão cervical máxima 
do paciente e mantém por 20-25 segundos. 
Quando o paciente refere aumento 
dos sintomas na região cervical, 
interescapular ou membro superior o teste é 
considerado positivo sugerindo 
comprometimento discogênico. 
Pesquisas recentes sugerem que o 
disco degenerado protrai posteriormente no 
canal medular na extensão cervical, 
agravando a tensão mecânica e processo 
inflamatórios que acometam tecidos locais 
(raízes nervosas, ligamento longitudinal 
posterior, dura-máter). 
 
Teste de Jackson 
 
Teste de extensão cervical 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 54 
8 - TÉCNICAS DE TRATAMENTO DA COLUNA CERVICAL INFERIOR 
8.1 – Técnicas de tecidos moles 
8.1.1 - Técnica de streching dos músculos posteriores 
 O objetivo é promover um relaxamento da tensão das aponeuroses e fascias dos músculos 
posteriores da região cervical, reduzindo densidades, quebrando aderências e aumentando a 
vascularização. 
O paciente se encontra em supino. O Osteopata deve estar em pé ao lado contrário aos 
músculos que quer trabalhar. A mão cefálica toma um contato no osso frontal para controlar o 
crânio. A mão caudal toma um contato com a polpa dos últimos 4 dedos nas espinhosas cervicais 
no lado contralateral. 
Deve-se realizar um tissue pull no sentido lateral tomando o contato na massa muscular 
posterior. A técnica é realizada com um movimento rítmico da mão cefálica realizando rotação 
da cabeça para o mesmo lado dos músculos trabalhados, enquanto a mão caudal é levada na 
direção do teto. Deve-se auscultar os tecidos e imprimir o ritmo necessário até que a tensão 
muscular seja normalizada. 
Técnica de streching dos músculos posteriores 
 
 
 
8.1.2 - Técnica de streching do esternocleidomastóide 
O objetivo é promover um relaxamento da tensão das aponeuroses e fascias do 
esternocleidomastóide, reduzindo densidades, quebrando aderências e aumentando a 
vascularização. 
 Paciente em supino. Osteopata em pé ao lado oposto ao músculo que vai trabalhar. A 
mão cefálica toma contato no osso frontal para controlar os movimentos da cabeça. A mão 
caudal toma um contato com a polpa dos últimos 4 dedos na região posterior do ventre do 
ECOM. 
Com a mão cefálica, o Osteopata 
impõe uma rotação da cabeça para o lado do 
ECOM trabalhado. Com a mão caudal deve-
se levar as fibras do ECOM na direção do 
teto. Estes movimentos devem ser feitos de 
forma rítmica até atingir os objetivos da 
técnica. 
 
 
 
 
 
8.1.3 - Técnica de Jones para o esternocleidomastóide 
O objetivo desta técnica é desativar pontos gatilho do ECOM. 
O paciente encontra-se em supino. O Osteopata deve estar em pé, atrás da cabeça do 
paciente. Com uma das mãos, o Osteopata pinça (entre primeiro e segundo dedos) o ventre do 
ECOM no local do ponto gatilho. Com a outra mão toma contato amplo na fossa posterior do 
crânio para controlar os movimentos cervicais. 
O Osteopata deve comprimir o ponto gatilho para reproduzir a dor, e em seguida buscar 
os parâmetros de posições cervicais para alcançar o silêncio neurológico ou redução de pelo 
menos 70% da dor . Normalmente, este ponto é alcançado em flexão, inclinação homolateral e 
rotação contralateral. 
Quando o silêncio neurológico é 
alcançado, deve-se manter esta posição por 
90 segundos sem diminuir a compressão do 
ponto gatilho. 
 No final da técnica, voltar lenta e 
passivamente para posição neutra para evitar 
o reflexo miotático positivo. 
 
 
 
Técnica de Jones para o esternocleidomastóide 
 
 
8.1.4 - Técnica de inibição do longo do pescoço 
A proposta dessa técnica é relaxar o músculo longo do pescoço e a aponeurose pré-
vertebral. 
Paciente em decúbito dorsal e Osteopata sentado atrás da cabeça do paciente. 
Quando se trata o longo do pescoço ao lado direito, deve-se posicionar a mão direita com 
a polpa dos dedos (últimos 4) por baixo das fibras do esternocleidomastóide na direção dos 
corpos vertebrais cervicais, sendo que os dedos ficam transversais à coluna vertebral. Ao mesmo 
tempo a mão esquerda impõe inclinação homolateral da cervical para relaxar os tecidos moles 
permitindo que a mão direita penetre o máximo possível próximo aos corpos vertebrais, visto 
que o músculo longo do pescoço é um músculo pré-vertebral profundo. 
Assim que for atingida a penetração 
máxima dos dedos, o Osteopata deve 
realizar compressão seguida de pequenos 
movimentos cefalocaudais e em círculo de 
forma alternada, no intuito de diminuir a 
tensão nas fibras musculares. 
É importante buscar zonas de mais 
densidade e/ou sensibilidade por parte do 
paciente, para que a técnica seja focada 
nessas zonas. Quando é alcançada a 
diminuição máxima da sensibilidade e 
tensão a técnica pode ser encerrada retirando 
os contatos de forma suave. 
 
 
 
Técnica de inibição do longo do pescoço 
 
 
8.1.5 - Técnica de streching do levantador da escápula 
O objetivo da técnica é promover um estiramento rítmico no intuito de reduzir densidades 
fasciais, quebrar aderências e potencializar a vascularização tecidual. 
O paciente encontra-se em supino com a mão do lado a ser trabalhado tocando a região 
cérvicotorácica. Isto impõe uma báscula externa da escápula, estirando as fixações proximais. 
O Osteopata encontra-se em pé atrás da cabeça do paciente. Uma das mãos toma contato 
no cotovelo do paciente, enquanto a outra mão toma contato na fossa posterior do crânio para 
controlar os movimentos cervicais. 
A técnica consiste em levar o cotovelo do paciente na direção da maca, e a outra mão 
levar a cervical em flexão e inclinação contralateral para estirar as fibras musculares. Deve-se 
realizar esta técnica de forma rítmica até que se perceba quebra de barreiras restritivas e a 
percepção de barreira elástica fisiológica 
 Técnica de streching do levantador da escápula 
 
 
8.1.6 - Técnica de liberação fascial das fibras superiores do trapézio 
Paciente em decúbito lateral com a região a ser tratada para cima, flexão 90 graus do 
quadril e joelhos. 
O Osteopata se encontra em pé na frente do paciente, em finta anterior voltado para sua 
cabeça. A mão caudal toma contato com o antebraço abaixo do cotovelodo paciente. A mão 
cefálica toma contato com a região tênar nas fibras superiores do trapézio. 
1º passo - aproximar as fibras musculares levando a cintura escapular na direção da 
cabeça e fixar estas fibras com a mão cefálica. 
2º passo - O Osteopata leva seu centro de gravidade na direção posterior estirando as 
fibras musculares, enquanto a mão cefálica fixa essas fibras. A técnica é feita de forma rítmica 
até conseguir reduzir a densidade tecidual 
 
 
 
8.1.7 - Técnica neuromuscular para os escalenos 
Liberação miofascial das fibras superiores do trapézio 
 
 
As metas das técnicas neuromusculares são: 
 promover ruptura de aderências fasciais 
 aumentar a vascularização do tecido 
 reduzir densidade fascial 
 suprimir a atividade proprioceptiva e nociceptiva alterada 
Paciente em supino com a cabeça rodada para o lado oposto ao que vai ser trabalhado. 
O Osteopata se encontra sentado atrás da cabeça do paciente, voltado para seus pés. Uma 
das mãos fixa os tecidos moles na região lateral da cabeça na altura das cervicais altas. A outra 
mão toma contato com o polegar nas fibras dos escalenos e produz um deslizamento profundo na 
direção de suas fixações inferiores. 
Realizar vários traços até que se perceba que os tecidos se encontrem mais vascularizados 
e menos densos. 
Técnica neuromuscular para os escalenos 
 
 
 
 
8.1.8 - Técnica de relaxamento dos escalenos 
Ex: escalenos ao lado esquerdo. 
 O paciente encontra-se sentado na maca com rotação da cabeça para o lado direito. O 
Osteopata encontra-se em pé, atrás do paciente. Sua mão direita toma contato com a palma da 
mão na face lateral esquerda da cabeça do paciente. A mão esquerda toma contato com a palma 
da mão no esterno e na clavícula esquerda. O esterno toma contato na região dorsal do paciente. 
 A técnica consiste em: 
1º - encontrar a barreira tecidual restritiva; 
2º - impor tensões estáticas ou rítmicas nos tecidos, aumentando a barreira conforme os tecidos 
permitem. 
 A técnica deve ser finalizada quando o Osteopata percebe que a barreira deixou de ser 
restritiva e tornou-se fisiológica. 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 62 
8.1.9 - Técnica de energia muscular para ERS 
O objetivo da técnica é promover a diminuição da tensão dos músculos que fixam a 
disfunção, para conseguir desimbricar a faceta articular ao lado da posterioridade. 
Ex: ERS à direita. 
O paciente se encontra em supino. O Osteopata fica sentado numa cadeira atrás da cabeça 
do paciente. A mão esquerda passa por baixo da cervical do paciente e toma contato sensitivo 
com um dos dedos na posterioridade que se encontra ao lado direito. A mão direita toma contato 
envolvendo a mandíbula na região mentoniana e o antebraço fica posicionado na face lateral 
direita do crânio do paciente. 
Colocar os parâmetros de flexão, rotação e inclinação esquerda até o nível que está sendo 
tratado. 
 
Mantendo a barreira, deve-se solicitar ao paciente contração de 3-5 segundos em cada um 
dos parâmetros da disfunção, para contrair os músculos fixadores: 
 Extensão, pedindo para o paciente olhar para cima (direção do Osteopata). 
Finalizadas a contração, aumentar os 3 parâmetros no nível vertebral encontrando 
uma nova barreira. 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 63 
 Rotação direita, pedindo para o paciente olhar para seu lado direito. Finalizadas a 
contração, aumentar os 3 parâmetros no nível vertebral encontrando uma nova 
barreira. 
 Inclinação direita pedindo ao paciente para inclinar a cabeça em direção ao 
ombro direito. Finalizadas a contração, aumentar os 3 parâmetros no nível 
vertebral encontrando uma nova barreira. 
No final da técnica, voltar a posição neutra, lenta e passivamente para evitar um reflexo 
miotático positivo. 
 
8.1.10 - Técnica de energia muscular para FRS 
O objetivo da técnica é promover a diminuição da tensão dos músculos que fixam a 
disfunção, para conseguir imbricar a faceta articular contralateral à posterioridade. 
Ex: FRS à esquerda. 
O paciente se encontra em supino. O Osteopata fica sentado numa cadeira atrás da cabeça 
do paciente. A mão direita toma contato sensitivo com um dos dedos na desimbricação que se 
encontra ao lado direito. A mão esquerda toma um contato envolvendo a mandíbula na região 
mentoniana e o antebraço fica posicionado na face lateral esquerda do crânio do paciente. 
 Colocar os parâmetros de extensão, rotação e inclinação direita até o nível que está sendo 
corrigido. 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 64 
 
Mantendo a barreira, deve-se solicitar ao paciente contração de 3-5 segundos em cada um 
dos parâmetros da disfunção, para contrair os músculos fixadores: 
 Flexão, pedindo para o paciente olhar para os pés dele mesmo. Finalizadas a 
contração, aumentar os 3 parâmetros no nível vertebral encontrando uma nova 
barreira. 
 Rotação esquerda, pedindo para o paciente olhar para seu lado esquerdo. 
Finalizadas a contração, aumentar os 3 parâmetros no nível vertebral encontrando 
uma nova barreira. 
 Inclinação esquerda pedindo ao paciente para inclinar a cabeça em direção ao 
ombro esquerdo. Finalizadas a contração, aumentar os 3 parâmetros no nível 
vertebral encontrando uma nova barreira. 
No final da técnica, voltar a posição neutra, lenta e passivamente para evitar um reflexo 
miotático positivo. 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 65 
8.2 – Técnicas articulares 
8.2.1 - Técnica de thrust para disfunções em ERS 
 O objetivo desta técnica é desimibricar a faceta articular com um movimento de rotação 
em alta velocidade. 
Ex: ERS à esquerda. 
 Paciente se encontra em decúbito dorsal. O Osteopata deve estar em pé (finta anterior) ao 
lado esquerdo da cabeça do paciente, com o membro inferior esquerdo posterior. 
A mão esquerda toma contato com o 
segundo dedo (articulação interfalangeana 
proximal ou distal) no processo articular 
esquerdo da vértebra que se encontra em 
disfunção (imbricada). O polegar fica na 
mandíbula e os outros dedos ficam 
posicionados na fossa posterior do crânio. 
A mão direita controla a cabeça do 
paciente, tomando contato com a palma da 
mão na face lateral direita do crânio e 
deixando o ECOM direito entre terceiro e 
quarto dedos. 
Colocar os parâmetros: 
 inclinação esquerda até o nível, 
 rotação direita de cerca de 45 graus e 
 regular a flexão/extensão até o nível 
 translação pósteroanterior e da esquerda para a direita. 
Reduzir o slack em rotação até a barreira motriz, e aplicar um impulso de alta velocidade 
em rotação direita. 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 66 
*** Obs: Esta técnica pode ser feita de forma articulatória rítmica, construindo as mesmas 
alavancas, mas sem aplicar o impulso de alta velocidade. 
 
 
8.2.2 - Técnica de correção de ERS com o paciente sentado (Ashmore) 
Ex: ERS à direita. 
Paciente sentado. O Osteopata deve ficar em pé no lado contrário da imbricação facetaria, 
nesse caso no lado esquerdo do paciente. 
Sua mão anterior toma contato com a polpa do segundo dedo (reforçado pelo terceiro 
dedo) na lâmina ou processo transverso da vértebra em disfunção, no lado da imbricação. O 
cotovelo desse membro superior deve sempre permanecer junto ao tronco. A mão posterior toma 
contato na face lateral do crânio do paciente (lado oposto à imbricação) de tal forma que seus 
dedos fiquem voltados para o teto. 
O tronco (esterno) do Osteopata deve estar em contato com o ombro esquerdo do 
paciente para proporcionar estabilidade. 
Técnica de thrust para ERS à esquerda 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 67 
Deve-se impor os parâmetros: 
 de inclinação homolateral à imbricação 
 rotação contralateral 
 regular a flexão-extensão até o nível translação posteroanterior na faceta com o contato da mão posicionada na 
imbricação (esquerda). 
Reduzir o slack em rotação, e quando atingir a barreira motriz, aplicar impulso rotação 
contralateral à imbricação (esquerda na foto) em alta velocidade. O impulso deve ser aplicado 
diretamente na faceta imbricada enquanto a outra mão deve apenas controlar o movimento. 
*** Obs: Esta técnica pode ser feita de forma articulatória rítmica, construindo as mesmas 
alavancas, mas sem aplicar o impulso de alta velocidade. 
Técnica de Ashmore para ERS à direita 
 
 
8.2.3 - Técnicas de thrust para disfunções em FRS 
O objetivo da técnica é imbricar a faceta articular contralateral à posterioridade com um 
impulso em translação lateral. 
Ex: FRS à direita. 
 Paciente em decúbito dorsal. Osteopata em pé ao lado esquerdo da cabeça do paciente 
com seu membro inferior esquerdo posterior. 
Sua mão esquerda toma um contato indexial (art. metacarpo-falangeana do segundo 
dedo) na face lateral da transversa esquerda da vértebra em disfunção, o polegar na mandíbula e 
os outros dedos na fossa posterior do crânio. O antebraço fica voltado para o ombro contralateral 
do paciente. 
A mão direita controla a cabeça do paciente, tomando contato com a palma da mão na 
face lateral direita do crânio e deixando o ECOM direito entre terceiro e quarto dedos. 
Colocar os parâmetros: 
 inclinação esquerda até o nível 
 rotação direita de cerca de 30 graus 
 translação da esquerda para a direita. 
Alcançada a barreira motriz, deve-se aplicar o impulso com a mão esquerda, na direção 
do ombro direito do paciente. 
*** Obs: Esta técnica pode ser feita de forma articulatória rítmica, construindo as mesmas 
alavancas, mas sem aplicar o impulso de alta velocidade. 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 69 
 
 
8.2.4 – Técnica de thrust para anterioridade cervical 
 O objetivo desta técnica é corrigir a anterioridade unilateral facetária de uma vértebra 
cervical (C4 ou C5) ocorrida normalmente por trauma (chicote). Para isso, deve-se impor os 
parâmetros descritos a seguir e realizar o impulso corretivo em rotação. 
Ex: anterioridade unilateral à direita. 
 Paciente em decúbito dorsal. Osteopata em pé na altura da cabeça do paciente, no lado 
oposto à anterioridade. 
Sua mão cefálica (direita) toma contato na apófise transversa da vértebra em disfunção no 
lado da anterioridade (entre indicador e médio). Este contato sensitivo é tomado para monitorar 
os movimentos que a vértebra realiza quando são colocados os parâmetros de correção. O 
restante desta mão, assim como o antebraço, deve dar suporte para a cabeça do paciente. 
 A mão caudal (esquerda) toma contato na face lateral do crânio do paciente no lado 
oposto à anterioridade: polegar na escama do osso temporal, indicador sobre o osso zigomático, 
Técnica de thrust para FRS à direita 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 70 
dedo médio sobre a maxila, anular no corpo da mandíbula e dedo mínimo inferiormente à 
mandíbula. O antebraço deve estar na direção do corpo da mandíbula. 
 O Osteopata deve impor: 
 flexão até o nível 
 rotação homolateral à anterioridade (para posteriorizar) 
 inclinação contrária com translação no sentido da anterioridade para abrir a faceta. 
Deve-se reduzir o slack em rotação, monitorando a transversa da vértebra até que a 
barreira motriz seja alcançada. Quando isso ocorre, a correção é realizada com movimento 
explosivo em rotação. 
 
 
 
 
Técnica de thrust para anterioridade 
unilateral à direita 
 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 71 
9 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
American Association of Colleges of Osteopathic Medicine (AACOM).Glossary of Osteopathic terminology. Nov 
2011. 
BUCKUP, K. Clinical Tests for the Musculoskeletal System. Nova York: Thieme, 2004. 
CHAITOW, L. Técnicas de Energia muscular. 2001. Manole. 
CHILA, A. G. Foundations of osteopathic medicine, 3 ed. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins; 2010. 
COX, J.M. Dor lombar. 6ª Ed. 2002. Manole. 
DÂNGELO, JG e FATTINI CA. Anatomia humana sistêmica e segmentar. 1998. Atheneu. 
DIGIOVANNA, E; SCHIOWITZ, S. An Osteopathic Aproach to Diagnosis and Treatment, 2
nd
 Edition. 
Lippincott, 1997. 
EL, A. Orthopaedic Manual Therapy Diagnosis : spine and temporomandibular joints. Massachusetts: Jones 
and Bartett Publishers, 2010. 
GRANT, R. Physical Therapy of the Cervical and Thoracic Spine. 3 ed. Missouri: Churchill Livingstone, 2002. 
GREENMAN, PE. Princípios da medicina manual. 2ª Ed. 2001. Manole 
KAPANDJI, AI. Fisiologia Articular. 2000 .Panamericana 
LE CORRE, F; RAGEOT, E. Atlas Prático de Osteopatia. Porto Alegre: Artmed, 2004. 
LEWIT, K. A Manipulação na reabilitação do Sistema Locomotor. 3 ed. São Paulo: Santos, 2000. 
MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 
MAGEE, DJ. Avaliação musculoesquelética. 2005. Manole. 
MOORE KL, DALLEY, AF. Anatomia orientada para clínica. 2007. Guanabara Koogan. 
PARSONS, J; MARCER, N. Osteopathy: Models for Diagnosis, Treatment and Practice. 1 ed. Elsevier Health 
Sciences, 2006. 
PETTY, N; MOORE, A; Maitland, G. Neuromusculoskeletal Examination and Assessment. 2 ed. New York: 
Churchill Livingstone, 2001. 
RICARD, F. Tratamento osteopático das lombalgias e ciáticas. V. 1. 2001. Atlântica. 
ROULIER, G. La práctica de la Osteopatia. Madrid: EDAF, 1995. 
Coluna cervical inferior 
COLÉGIO BRASILEIRO DE OSTEOPATIA Página 72 
SAMMUT, E.A, SEARLE-BARNES, P.J, SEARLE-BARNES, P. Osteopathic Diagnosis. 1 ed. Cheltenham: 
Nelson Thornes, 1998. 
SIMONS, D. G, TRAVELL, J. G, SIMONS, L.S. Myofascial Pain and Dysfunction. Vol. 1. 2 ed. Williams & 
Wikins, 1998. 
SIZINO H e XAVIER R. Ortopedia e traumatologia, princípios e prática. 4ª Ed. 2008 . Artmed. 
STONE, C. Science in the Art of Osteopathy: Osteopathic Principles and Practice. Nelson Thornes, 1999. 
WARD, R. Foundations for Osteopathic Medicine. Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2003. 
WHITE, A; PANJABI, M. Clinical Biomechanics of the Spine. 2 ed. Philadelhia: Lippincott Williams & Wilkins, 
1990.

Continue navegando