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TCC Edmilson Vana

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41
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL PIAUIENSE-FUNEAC
FACULDADE DAS ATIVIDADES EMPRESARIAIS DE TERESINA - FAETE
DIREÇÃO DE ASSUNTOS ACADÊMICOS E COMUNITÁRIOS
COORDENAÇÃO DO CURSO DE BACHAREL EM DIREITO
O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NO BRASIL: UMA ABORDAGEM ACERCA DE SUA APLICAÇÃO.
EDIMILSON VIANA DE ARAÚJO
TERESINA - PIAUÍ
2019
EDIMILSON VIANA DE ARAÚJO
O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NO BRASIL: UMA ABORDAGEM ACERCA DE SUA APLICAÇÃO.
 (
Monografia apresentada à Faculdade das Atividades Empresariais de Teresina – FAETE, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Direito
, sob 
orientação
 
da Profª Esp.
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 Maria da Silva Abreu Pontes
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TERESINA - PIAUÍ
2019
EDIMILSON VIANA DE ARAÚJO
O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NO BRASIL: UMA ABORDAGEM ACERCA DE SUA APLICAÇÃO.
Monografia apresentada à Faculdade das Atividades Empresariais de Teresina como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em ....................................
				
Monografia aprovada em___/___/___
BANCA EXAMINADORA
________________________________________
Profª. Esp. Josianne Maria da Silva Abreu Pontes.
Orientador(a)
		________________________________________
Profª. Esp. Cesar Roney Gonçalves de Andrade Filho
Membro
TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Declaro, para todos os fins de direito que se fizerem necessários, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico e referencial conferido ao presente trabalho, isentando à Faculdade das Atividades Empresariais de Teresina – FAETE, à Coordenação do Curso de Direito, à Banca Examinadora e a Orientadora de todo e qualquer reflexo acerca da monografia.
Estou ciente de que poderei responder administrativa, civil e criminalmente em caso de plágio comprovado do trabalho monográfico.
Teresina, _____ de ________de 2019.
___________________________________
EDIMILSON VIANA DE ARAÚJO
Primeiramente agradecer a Deus pelo dom da vida e por ter me concedido a força para chegar até esse momento.
Aos meus amigos que sempre me deram força para continuar.
A minha família, em especial, que me apoiou sempre a conseguir esse objetivo.
Agradeço aos meus professores pela compreensão, paciência e esforço para nos transmitir todo o seu conhecimento e nos alertar sobre as dificuldades da vida pessoal e profissional. 
Agradeço a FAETE por sempre tentar manter o melhor corpo docente, buscando para os alunos sempre as melhores condições de ensino e aos funcionários, que sempre dispuseram seus esforços para o melhor funcionamento da faculdade.
Às minhas filhas, razão de viver, pela falta que fiz em muitos momentos de suas vidas. Uma certeza filhas: que o amor e os sorrisos, presentes comigo sempre, deram-me forças e ânimo para concluir esta jornada. Muitas são as coisas que gostaria de dizer-lhes, mas... Aqui ficam, para vocês, meu amor e eterna gratidão. 
À minha namorada que sempre esteve ao meu lado durante o meu percurso acadêmico.
A minha mãe, mulher admirável, fonte infinita de amor, carinho, saber, exemplo e estímulo, pela constante renúncia de sua vida em favor dos filhos. Ao meu pai (em memória), que mesmo de não estando presente em corpo, fez-me sentir sua presença em cada momento de minha vida. Muito obrigado a todos por tudo.
AGRADECIMENTOS		
À Profª. Esp. Josianne Maria da Silva Abreu Pontes, minha orientadora, por aceitar conduzir o meu trabalho de pesquisa com paciência e compreensão mesmo com seu escasso tempo. 
Ao Coordenador do Curso de Direito, por empreender todos os esforços para manter sempre um excelente quadro de professores para um bom desempenho acadêmico da instituição.
À FAETE, em especial, aos funcionários que sempre procuraram fazer o melhor para manter a instituição sempre pronta para receber e nos acolher com todo o conforto e comodidade possível.
Aos professores do curso de Direito da faculdade Faete, pela excelência da qualidade do ensino que nos foi dispensado durante toda a graduação.
Aos amigos do curso de graduação que durante esse período acadêmico puderam compartilhar comigo dos inúmeros desafios que enfrentamos, sempre com o espírito coletivo. 
“Será que nossos sonhos podem
dizer algo sobre nós mesmos?”
Victor Hellern
RESUMO
A presente pesquisa tem como finalidade abordar a importância dos Princípios no Direito, em especial, o Princípio da Insignificância no Direito Penal brasileiro. Para tanto, será necessário apresentar seu conceito, origem, sua aplicabilidade, seus requisitos e suas consequências jurídicas. O enfoque da pesquisa consiste em destacar a aplicabilidade deste princípio em determinados delitos, mas especificamente ao crime de furto. Objetiva ainda demonstrar a incompatibilidade do Princípio da Insignificância em crimes que envolvam ameaça e violência contra a pessoa e, por fim verificar o entendimento jurisprudencial dos nossos tribunais, para ao final concluir a necessidade de se utilizar de forma mais expressiva este princípio pelos aplicadores do Direito brasileiro.
Palavras chaves: Princípio. Insignificância. Aplicabilidade. Direito Penal. 
ABSTRACT 
This research aims to address the importance of the Principles in Law, especially the Principle of Insignificance in Brazilian Criminal Law. Therefore, it will be necessary to present its concept, origin, applicability, requirements and legal consequences. The focus of the research is to highlight the applicability of this principle to certain offenses, but specifically to the crime of theft. It also aims to demonstrate the incompatibility of the Principle of Insignificance in crimes involving threat and violence against the person and, finally, to verify the jurisprudential understanding of our courts, to finally conclude the need to use this principle more expressively by law enforcers. Brazilian.
Keywords: Principle. Insignificance. Applicability Criminal law.
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO	11
1 PRINCIPIOS DO DIREITO PENAL	13
1.1 Princípio da intervenção Mínima	13
1.2 Princípio da Adequação Social	14
1.3 Princípio da Proporcionalidade	15
1.4 Princípio da Limitação de Penas	15
1.5 Princípio da Culpabilidade	16
1.6 Princípio da Legalidade	17
2 PRINCIPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: REQUISITOS 	19
2.1 Requisitos objetivos	21
2.1.2 A mínima ofensividade da conduta do agente	22
2.1.3 A ausência da periculosidade da conduta do agente	23
2.1.4 O reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento	24
2.1.5 A inexpressividade da lesão jurídica provocada	24
2.2 Requisitos Subjetivos	25
3 APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NO BRASIL	27
3.1 Crimes da Administração Pública	27
3.2 Crimes de Furto Simples	29
3.3 Crimes Militares	32
3.4 Crimes Ambientais	34
3.5 Crimes Contra a Ordem Tributária	35
CONSIDERAÇÕES FINAIS	38
REFERÊNCIAS	39
10
INTRODUÇÃO 
O princípio da insignificância surgiu da necessidade de excluir do âmbito do Direito Penal, aquelas condutas que, embora típicas careçam de tipicidade material, uma vez que não afetam os bens jurídicos tutelados. Na antiguidade as penas para aqueles que cometiam delitos como furtos e lesões eram desproporcionais e exageradas, como exemplo na China, quando instituíram o “código das cinco penas,” que punia aquele que cometia um homicídio com a morte. Já os pequenos, delitos como furto e lesões, a pena era a amputação de um dos pés ou ambos; o estupro com a castração; a fraude com a amputação do nariz e os delitos menores com um sinal na testa. No Egito Antigo, destaca-se a pena de morte, as mutilações, o confisco e trabalho escravo forçado em minas, para aqueles que cometiam delitos contra os faraós. Justifica-se o presente trabalho monográfico pela sua indiscutível relevância e importância, em virtude do contexto social em que vive a sociedade brasileira com altos índices de criminalidade enquadrada na bagatela.
Nesse contexto, a presente monografia tem por objetivo discutir a aplicação do princípio da insignificância em nosso país na ordem tributária, administrativa,bem como nos crimes militares, ambientais e nos casos de furto simples. Para isso, será elaborada uma pesquisa bibliográfica e jurisprudencial, quanto ao tema, bem como a posição da doutrina quanto à viabilidade de utilização do referido princípio no contexto do Direito Penal Brasileiro, no que tange aos crimes já mencionados acima. 
O trabalho apresenta-se dividido em três capítulos: o primeiro elenca alguns princípios do Direito Penal que tem a função de orientar o legislador, a fim de limitar o poder repressivo estatal.
	O segundo aborda o conceito e origem do Princípio da Insignificância. Vale ressaltar que o princípio em análise, já era aplicado na área cível pelos Romanos, tal estudo serve para entender como o princípio se consolidou na doutrina e na jurisprudência, bem como se destaca os requisitos objetivos e subjetivos para a sua aplicabilidade. 
O terceiro analisa-se as hipóteses de cabimento elencadas na doutrina e jurisprudência para afastar do âmbito penal, condutas que, embora sejam típicas e formais, estão fora do direito penal porque não apresenta lesão ou perigo ao bem jurídico tutelado. 
1 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
De origem no latim principium, significa “origem”, e conceituada de acordo com o ordenamento jurídico como o conjunto de valores essenciais que inspiram a criação e a manutenção do sistema jurídico. Possui a função de orientar o aplicador do Direito Penal e seu conceito varia entre muitos doutrinadores. Atualmente, o direito e suas regras estão a regular a vida das pessoas em sociedade, portanto as fontes vigentes, além de auxiliar mesmo depois de promulgadas como socorro para a sua aplicação. No Direito Penal, muitos princípios norteiam nossa Legislação Penal e doutrina uniformizada junto á doutrina que interpreta a norma do Direito Penal.
1.1 Princípio da Intervenção Mínima
Para salvaguardar o individuo de penas vexatórias e que fere a dignidade da pessoa humana instituiu a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, em seu art. 8º em que a lei só poderá prever penas estritamente necessárias. Assim surgia o princípio da Intervenção Mínima exigindo a criminalização de um fato quando este se constitui meio fundamental para a proteção de determinado bem ou interesse não podendo ser delegado a outros ramos do ordenamento jurídico.
 O princípio da Intervenção Mínima, também conhecido como “ultima ratio”, orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando de uma conduta só se legitima de constituir meio necessário para proteção de determinado bem jurídico se outras formas de sanções ou outros meios de controle social revelar suficientes, quando os demais ramos do direito revelarem-se incapazes de dar tutela devida a bens relevantes na vida do individuo e da própria sociedade. (BITTENCOURT, 2002, p.94).
Assim o princípio da Intervenção Mínima é uma norma preocupada em intervir somente quando a lesão ou ameaça a um direito não solucionado por outros ramos. Este princípio recomenda moderação no momento de eleger as condutas dignas de proteção penal, abstendo de incriminar qualquer comportamento. Somente deverão ser castigados aqueles que não puderem ser contidos por outros ramos do Direito, como enfatiza Claus Roxin (1999) “é evidente que nada favorece tanto a criminalidade como a penalização de qualquer bagatela”.
1.2 Princípio da Adequação Social 
A vida em sociedade nos impõe riscos que não podem ser punidos pelo Direito Penal, uma vez que essa sociedade com eles precisa conviver da forma mais harmoniosa possível, portanto este princípio busca afastar a interferência do Direito Penal sobre certas condutas socialmente aceitas. De acordo com este princípio não pode ser considerado criminoso o comportamento humano que é socialmente aceito para determinados grupos ou entidades, é o caso dos trotes realizados em Universidades Públicas. Este princípio funciona como causa supralegal de exclusão de tipicidade pela ausência da mesma em termos material e embora a conduta tenha um caráter social, mesmo sendo inadequadas para a sociedade civil organizada. Greco faz uma análise entre o tipo de adequação social e diz:
 
Na função dos tipos de apresentar o modelo de conduta proibida se põe de manifesto que as formas de conduta selecionadas por uma parte, um caráter social, quer dizer, são referentes á vida sócia, ainda por outra parte, são precisamente inadequadas a uma vida social ordenada. Nos tipos encontra-se patente a natureza social e ao tempo histórico do Direito Pena: indicam as formas de condutas que se separam gravemente dos mandamentos históricos da vida social. (GRECO, 2014, p. 59).
Este princípio é direcionado a condutas perniciosas que são socialmente aceitas, mesmo tidas como inadequadas, mas que são essenciais para determinados grupos da sociedade. Um exemplo é o que se refere a Usinas atômicas, são perigosas, porém a sociedade convive, não sendo objeto de aplicação de Direito Penal. Welzel, fazendo uma adequação social, diz:
O princípio da Adequação Social possui dupla função, sendo uma delas, já mencionadas acima, é a de restringir a abrangência do tipo penal aceitável. A segunda cabe à orientação ao legislador em duas vertentes, sendo a primeira selecionar as condutas que deseja proibir com o intuito de proteger os bens considerados importantes e a segunda busca que o legislador repense os tipos penais e retire do ordenamento jurídico a proteção sobre aqueles bens onde suas condutas se adaptou a evolução da sociedade.
1.3 Princípio da Proporcionalidade
Este princípio tem raízes que remota a antiguidade e se firmou apenas no período do iluminismo. No que se refere a proporcionalidade em concreto, ou seja, aquela levada a efeito pelo juiz, sua verificação não é tão difícil quanto a do plano abstrato, isso porque o art. 68° do Código Penal, ao implementar o critério trifásico da aplicação da pena favorece o julgador no quesito de buscar meios para que pudesse no caso concreto, individualizara pena do agente encontrando, com isso, a proporcionalidade ao delito cometido.
Assim no plano abstrato, cabe ao legislador, procurar meios para almejar a proporcionalidade, mesmo com diversas infrações penais existentes em nosso ordenamento jurídico, além de estar atenta a dignidade da pessoa humana, sendo este, pilar indispensável em uma sociedade. Assim pode-se concluir com Lenio Streck:
Trata-se de entender, assim que a proporcionalidade possui uma dupla face: de proteção de omissões estatais: ou seja, a inconstitucionalidade pode ser decorrente de excesso de Estado, caso em que determinado ato é desarrazoado, resultado desproporcional o resultado de sopesamento (Abwagung) ente fins e meios; de outro, a inconstitucionalidade pode advir de proteção insuficiente de um direito fundamental - social, como ocorre quando o Estado abre mão de uso de determinados bens jurídicos. Esse duplo viés do princípio da proporcionalidade decorre da necessária vinculação de todos os atos estatais a materialidade da constituição, e que tem como consequência a sensível diminuição da discricionariedade (liberdade de conformação) do legislador. (STRECK, 2000, p. 180).
Masson (2019), afirma que o princípio da proporcionalidade combate a sanção desproporcional e também busca uma resposta penal proporcional a seu merecimento. Nas palavras de Paulo Queiroz (2011), os crimes de abuso de autoridade, geralmente possui uma resposta penal insuficiente e desproporcional, a conduta praticada pelo agente.
1.4 Princípio da Limitação de Penas
A Constituição Federal em seu art. 5º preceitua:
 XLVII --- não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art.84°; b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) cruéis 
A nossa C.F tem por objetivo impedir qualquer tentativa de retrocesso no quetange à cominação de penas. A proibição de tais penas cotadas anteriormente atende a um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, previsto no art. 1 da C.F, que é a dignidade da pessoa humana. (FERRAJOLI, 20002) afirma com clareza que a dignidade da pessoa humana está acima da quantidade de pena imposta ao individuo e que o Estado que se utiliza de penas desumanas se equivale ao mesmo nível de delinquência. O corpo era o alvo da condenação e que o sofrimento sofrido pelo corpo era a pena imposta pelo mal produzido pelo mesmo, no entanto em meados do século XVIII e XIX começou a transição de penas corporais para a pena privativa de liberdade. Fábio Konder diz:
No que tange as penas degradantes ou cruéis, é geralmente admitido que entrem nessa categoria todas as mutilações, tais como decepamento de mãos do ladrão, prescrito na sharia muçulmana, e a castração de condenados por crimes de violência sexual, constante de algumas legislações. (KONDER, 2005, p. 67).
 O §  2° do art. 5º da Convenção Americana de Direitos Humanos diz “Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a pena ou tratamento cruéis, desumanos ou degradantes” o que reforça a aplicação desse princípio.
1.5 Princípio da Culpabilidade.
 Entende-se como culpa uma imputação que se realiza a algo ou a alguém com uma conduta que criou determinada reação, consiste na omissão para prever e evitar danos. O princípio da Culpabilidade diz respeito à reprovação e censura de condutas comentidas pelo agente que levam a um efeito e que poderia agir de outro modo. 
Nas palavras de Assis Toledo diz:
Deve-se entender o princípio da culpabilidade como exigência de um juízo de reprovação jurídica que se apoia sobre a crença- fundada na experiência da vida cotidiana – de que ao homem é dada a possibilidade de, em certas circunstâncias. ‘agir de outro modo’. (TOLEDO, 1984, p. 88).
 A culpabilidade é dos elementos do crime, se há crime ele possui elemento típico, antijurídico e culpável, assim tem que o agente cometeu uma infração ao bem jurídico protegido pelo Direito Penal. Deverá o julgador observar as regras do critério trifásico da aplicação de pena previsto no art. 68° do Código Penal e as circunstâncias judiciais do art. 59°, assim redigido.
Art. 59°. O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como o comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para a reprovação e prevenção do crime. 
 Uma vez condenado o agente, será aplicada uma sanção penal compatível com a conduta, não podendo exceder ao limite necessário à reprovação pelo fato ilícito e culpável praticado pelo agente. É necessário que a conduta do agente tenha sido dolosa ou culposa. A responsabilidade penal deve ser sempre subjetiva, uma vez que os resultados que não forem causados a título de dolo ou culpa pelo agente não pode ser a ele atribuído. 
1.6 Princípio da Legalidade
 No art. 5°, inciso XXXIX, da constituição Federal de 1988, que diz:
XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal.
É a capacidade que tem a lei penal de se movimentar no tempo regulando fatos ocorridos durante sua vigência, mesmo depois de ter revogado, ou de retroagir no tempo, a fim de regular a situação ocorrida anteriormente a sua vigência, desde que beneficie o agente. O princípio da insignificância surge da vontade de estabelecer na sociedade regras permanentes, e pudessem abrigar o individuo de uma conduta contrária por parte do Estado. Segundo (GRECO, 2014) “O princípio da legalidade, sem dúvida alguma, o mais importante do Direito Penal, conforme se extrai do art. 1° do Código Penal, bem como o inciso XXXIX do art. 5° da constituição Federal”.
Alguns autores atribuem a origem desse princípio à Carta Magna Inglesa de 1215, cujo art. 39° vinha assim redigida:
Art. 39°. Nenhum homem livre será detido, nem preso, nem despojado de sua propriedade, de suas liberdades ou livres usos, nem posto fora da lei, nem exilado, nem perturbado de maneira alguma; e não poderemos, nem faremos pôr a mão sobre ele, a não ser em virtude de um juízo legal de seus pares e segundo as leis do país.
 	Com a Revolução Francesa o princípio da legalidade atingiu os moldes do Direito Penal, conforme pode ser verificado nos arts. 7° 8° e 9° da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Na primeira parte do art. 7°, já se afirmava: Ninguém pode ser acusado, detido ou preso, senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por ela prescrita. No art. 8°, diz: a lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessárias e ninguém pode ser punido senão por força de uma lei estabelecida e promulagada antes do delito e legalmente aplicada. No art. 9° relata: Todo acusado é considerado inocente até ser declarado culpado e, se julgar indispensável prendê-lo, todo o rigor desnecessário à guarda da sua pessoa deverá ser severamente reprimido pela lei.
2 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: REQUISITOS
A origem desse princípio está entrelaçada ao caráter patrimonial de seu destino, ou seja, a existência de um dano ao patrimônio, de forma mínima, inexistindo a caracterização de um prejuízo considerável a alguém, sendo assim, é tida como uma bagatela e desta forma não há necessidade de tutela penal.
Há uma vertente que afirma que o principio da insignificância possui origem Romana e foi introduzido no direito penal, em 1964, através dos trabalhos do jurista Alemão, Claus Roxim, este princípio recebeu a denominação de princípio da bagatela, por outro jurista Alemão, Klaus Tiedman. Nesse sentido, há duas correntes doutrinárias, que sustentam a origem do principio e assim podemos dispor que segundo Ribeiro Lopes afirma que:
O direito Romano foi notadamente desenvolvido sob a óptica do Direito Privado e não do Direito Público. Existe naquele brocardo menos do que um principio, um mero aforismo. Não que não pudesse ser aplicado vez ou outra a situações de Direito Penal, mas qual era a noção que os romanos tinham do principio da legalidade? Ao que me parece, se não nenhuma, uma, mas muito limitada, tanto que não se faz creditar os romanos a herança de tal principio. (LOPES, 2000, p41-42).
 O autor sugere que o princípio da insignificância vem de uma evolução histórica do direito sendo um fruto do principio da legalidade. Contudo, essas controvérsias sobre a origem nos levam para a Europa, com a doutrina atribuída a Claus Roxin, que formulou a base de validez geral para a determinação do injusto, a partir da máxima latina mínima non curat preator. A origem do princípio da insignificância tem sua evolução histórica, a partir do século XX, devido às consequências causadas pelas duas grandes guerras mundiais. Os efeitos maléficos para a sociedade proveniente de tais guerras estão associados ao desemprego, falta de alimentos, justamente com outros fatores, que influenciaram a população a cometer pequenos furtos. Nesse sentido, Lopes afirma:
O principio da insignificância ou criminalidade de bagatela, como denominado pelos alemães, surgiu na Europa como problema de índole geral e progressivamente crescente, a partir da primeira guerra mundial. Ao final da segunda guerra, em decorrência das circunstâncias socioeconômica conhecidas, houve um aumento dos delitos de Carter patrimonial e econômico, sendo a maioria deles marcado pelas características de consistirem em subtração de pequena relevância, daí a nomenclatura “criminalidade da bagatela”. (LOPES, 2000, p.42).
Conclui-se que, embora muitos autores afirmem que o principio da insignificância remonta ao direito romano, a maioria da doutrina atribui a Claus Roxin sua idealização e formulação. No Brasil, em razão do desrespeito ao principio da intervenção mínima, há um grande descrédito ao Direito Penal, visto que a criminalização de inúmeras condutas não acompanha a capacidade da máquina estatal para atender a este aumento de demanda. Não se pode confundir a criminalidadeda bagatela com as infrações de menor potencial ofensivo, definidas no art. 61 da lei 9.099/1995, a saber, todas as contravenções penais e os crimes com pena privativa de liberdade, em ambos os casos não cabe à insignificância da conduta.
Assim, a aplicação no país tem sido feita através da doutrina e pela jurisprudência como forma de excluir do âmbito do Direito Penal as condutas, que embora se ajuste ao tipo penal previsto no Código, não causa dano ou lesão importante ao bem jurídico. O crime, para aqueles que adotam o seu conceito analítico, é composto pelo fato típico, ilicitude e culpabilidade. Para que se fale em fato típico é preciso, ainda, que reconheçamos a presença dos seguintes elementos:
a) Conduta (dolosa ou culposa – comissiva ou omissiva)
b) Resultado;
c) Nexo de casualidade (entre a conduta e o resultado)
d) Tipicidade (formal e conglobante)
Segundo a doutrina (GRECO, 2011) é necessário à ocorrência da insignificância da conduta e de seu resultado, sendo assim, não se aplica, dito principio, em crimes como, por exemplo, de roubo, previsto no artigo 157 do Código Penal, visto que não existe a insignificância como resultado.
O fato típico se divide em formal e conglobante, onde a primeira se refere à adequação perfeita da conduta do agente ao modelo abstrato previsto na lei penal. Em casos de exame, haverá tipicidade formal, uma vez que, o legislador fez previsão para o delito de lesão corporal de natureza culposa. Para que se possa tipificar como conglobante é necessário verificar dois aspectos: a conduta do agente é normativa e se o fato é materialmente típico.
 Na seara do Direito Penal o princípio afasta a tipicidade material do fato, o que retira a conduta da proteção do Direito Penal, uma vez que se molda a figura típica, mas não material típico. A tipicidade material trata da real lesividade social da conduta, objeto do principio da insignificância, a tipicidade formal é a correspondência exata entre o fato e os elementos constantes de um tipo penal.
O código penal não especifica quais os bens patrimoniais serão protegidos, contudo o legislador deve se preocupar com os bens mais importantes, as infrações que causa uma lesão expressiva à sociedade. Segundo Greco:
Ao realizar o trabalho de redação do tipo penal, o legislador apenas tem em mente os prejuízos relevantes que o comportamento incriminado possa causar à ordem jurídica e social. Todavia, não dispõe de meios para evitar que também sejam alcançados os casos leves. O principio da insignificância surge justamente para evitar situações dessa espécie, atuando como instrumento de interpretação restritiva do tipo penal, com o significado sistemático político-criminal da expressão da regra constitucional do nullum crime sine lege, que nada mais faz do que revelar a natureza subsidiaria e fragmentada do direito penal. (GRECO, 2004, p.69).
Contudo o raciocínio é subjetivo, visto que há casos onde doutrinadores revelam a aplicação do principio da insignificância em casos em que a própria conduta do agente é um desatino ao direito penal, tal qual aplicar o principio a um delito de homicídio e na lei de Drogas, porém a jurisprudência é relutante. 
Para a aplicação do princípio da insignificância no caso concreto é determinante a análise de vetores, cuja presença é cumulativa juntamente com a observação as circunstâncias judiciais do agente. Os vetores são a mínima ofensividade da conduta do agente; a ausência de periculosidade social da conduta; o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; e a inexpressividade da lesão jurídica causada. 
2.1 Requisitos Objetivos
	O Supremo Tribunal Federal, através do Ministro Celso de Mello, estabeleceu critérios para a aplicação do principio da insignificância e, consequentemente, a aplicação ou não de pena. De acordo com o Ministro devem ser relevados o valor do objeto do crime e os aspectos do fato, tais como: mínima ofensividade da conduta do agente; ausência de periculosidade social da ação; reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; inexpressividade da lesão. O STF, ao elencar tais critérios, observou dois aspectos, o primeiro seria a conduta e o segundo o resultado da conduta.
Trata-se de entender, assim que a proporcionalidade possui uma dupla face: de proteção de omissões estatais: ou seja, a inconstitucionalidade pode ser decorrente de excesso de Estado, caso em que determinado ato é desarrazoado, resultado desproporcional o resultado de sopesamento( Abwagung) ente fins e meios; de outro, a inconstitucionalidade pode advir de proteção insuficientes de um direito fundamental-social, como ocorre quando o Estado abre mão de uso de determinados bens jurídicos. Esse duplo viés do princípio da proporcionalidade decorre da necessária vinculação de todos os atos estatais a materialidade da constituição, e que tem como consequência a sensível diminuição da discricionariedade (liberdade de conformação) do legislador. (STRECK, 2000, p. 180).
2.1.2Mínima ofensividade do agente da conduta
O Direito Penal trata como crime, as condutas que violam os bens jurídicos, colocando-os em situação de risco, ou que haja ofensa ou lesão. A mínima ofensividade é o elemento que determina se há potencial de risco ao bem jurídico tutelado na sua modalidade abstrata. Se na conduta do agente, houver lesão ou resultar em perigo a bem jurídico tutelado, automaticamente este vetor estará ausente. Em uma análise dos critérios adotados pelos tribunais superiores, devemos destacar o desvalor da conduta e o desvalor do resultado. Nesse sentido, Paulo Queiroz critica sua redundância, segundo ele:
“é de notar, por fim, que há diversos precedentes do Supremo Tribunal Federal condicionando a adoção do princípio aos seguintes requisitos: a) mínima ofensividade da conduta; b) nenhuma periculosidade social da ação; c) reduzidíssimo grau de reprovabilidade; d) inexpressividade da lesão jurídica. Parece-nos, porém, que tais requisitos são tautológicos. Sim, porque se mínima é a ofensa, então a ação não é socialmente perigosa; se a ofensa é mínima e ação não perigosa, em consequência, mínima ou nenhuma é a reprovação; e, pois, inexpressiva a lesão jurídica. Enfim, os supostos requisitos apenas repetem a mesma ideia por meio de palavras diferentes, argumentando em círculo”. (QUEIROZ, 2008 p. 53).
 Podemos citar a título de exemplo, o individuo que ao adentrar um comércio, subtrai um sabonete no valor de R$ 1,00 (um real). A principio este individuo estaria cometendo o crime de furto tipificado no artigo 155 do Código Penal, “ subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena - reclusão. De 1 (um) a 4(quatro) anos, e multa”, contudo a lesão ao bem jurídico tutelado é irrisória, tendo em vista que para um estabelecimento comercial, um sabonete no valor mencionado,não traria prejuízos relevantes, sendo assim não estaria dentro da razoabilidade, bem como proporcionalidade aplicar uma pena a rigor do mínimo previsto no texto normativo. 
O exemplo citado acima, no caso do furto do sabonete no valor de R$ 1,00 (um real), se amolda perfeitamente a mínima ofensividade da conduta do agente, tendo em vista que não houve violência ou ameaça na subtração do bem, ausência de periculosidade da ação e apesar de ser uma conduta reprovável, não trouxe perigo à sociedade, além de uma inexpressiva lesão jurídica, portanto os quatros requisitos estão presentes e a aplicação do principio é cabível. O ministro Luis Roberto Barroso, afirma que o “direito penal deve ser moderado e sério: sem excesso de tipificações, que geralmente importam em criminalização da pobreza, e sem exacerbação de penas, que apenas superlotam presídios degradados” (BRASIL, 2014).
2.1.3 A ausência de periculosidade social da ação
Quando se fala em conduta sem periculosidade social, o que se busca é a tradução de uma conduta cuja prática se dá sem qualquer repúdio ou vedação social, isto é, toda conduta socialmente aceita, devendo-se manter a integridade da ordem social.
Ao Direito Penal é atribuída a tutela dos interesses mais caros dasociedade (BITENCOURT, 2007), o que significa dizer que na ausência de lesão relevante deve-se aplicar o principio da insignificância, portanto o Direito Penal somente deve ser acionado, em caso de dano significativo. Quando se fala em conduta sem periculosidade social, entende-se como uma conduta socialmente aceita e que se dá sem qualquer vedação, isto é, uma conduta realizada mantendo a ordem social. 
O direito penal não se deve ocupar de condutas que produzam resultados cujo desvalor – por não importar em lesão significativa a bens jurídicos relevantes – não represente, por isso mesmo, prejuízo importante, seja ao titular do bem jurídico tutelado, seja a integridade da própria ordem social. (BRASIL, 2004).
A existência ou não da periculosidade social é um elemento capaz de verificar se há uma conduta que possa resultar em um perigo social. É importante ressaltar que por mais que as condutas sejam insignificantes para o direito penal, se elas demonstrarem periculosidade social, será protegido pelo direito.
Da mesma forma, existe controvérsia sobre a sua aplicação na Lei de Drogas (Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006), no julgado da Min. Laurita Vaz, no STJ:
Não se afigura possível à aplicação do princípio da insignificância ao delito de tráfico ilícito de drogas, tendo em vista tratar-se de crime de perigo presumido ou abstrato, sendo irrelevante a quantidade de drogas apreendida em poder do agente. Precedente desta Corte e do Supremo Tribunal Federal. (STJ, HC 240258/SP, Rel. Min. Laurita Vaz, 5º T., Dje 13/8/2013).
2.1.4 Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento
 Por este requisito é necessária à análise da culpabilidade do agente como condição para a aplicação do principio da insignificância. A culpabilidade que se remete a esse requisito consiste como elemento de determinação, de forma proporcional a culpabilidade pessoal (BITENCOURT, 2007), ou seja, a culpabilidade no sentido de responsabilidade. 
“(...) a reiteração delitiva impede o reconhecimento do principio da insignificância penal, uma vez ser imprescindível não só a análise, mas também o desvalor da culpabilidade do agente, sob pena de se aceitar, ou mesmo incentivar, a prática de pequenos delitos. (...)” (AgRg no HC 285.161/RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, QUINTA TURMA, julgado em 12/08/2014, DJe 18/08/2014)
2.1.5 Inexpressividades da lesão jurídica provocada.
Requisito de referência ao tal ínfimo é a lesão causada ao patrimônio da vitima. Sendo uma lesão inexpressiva, não poderá ser importante para o direito penal. Na aplicação da bagatela existe a insegurança jurídica em razão dos requisitos serem subjetivos, podendo cada Juiz decidir de acordo com a sua convicção, sem estar restrito amplamente por um mandamento normativo. De qualquer sorte, os requisitos facilitam a aplicação do princípio e garantem a mínima intervenção do Direito Penal.
Se interpretássemos o tipo penal do furto por meio do princípio da insignificância para excluir a incriminação em caso de objeto material de baixo valor, seja quanto ao patrimônio da vítima, seja em face de um parâmetro genérico e abstrato como o salário mínimo, poderíamos chegar a situações absurdas como a exclusão do crime quando a vítima fosse um milionário e o bem furtado não lhe diminuísse sensivelmente o patrimônio. Por hipótese, poderíamos considerar uma vítima cujo patrimônio se assemelhasse ao de Mark Zuckeberg; correndo o furto de um automóvel de propriedade dessa pessoa, não se pode dizer da ocorrência de prejuízo significativo. Entretanto, em face da sociedade, tal conduta não poderia ser tida como indiferente penal. 
Portanto, o critério para a utilização da insignificância não deve ser exclusivamente a relação entre o objeto material do delito e o patrimônio da vítima no caso concreto, sob pena de chegarmos a interpretações teratológicas.
Conforme ensina Guilherme de Souza Nucci:
“não se pode conceber seja passível de subtração, penalmente punível, por exemplo, uma caixa de fósforos vazia, desgastada, que a vítima possui somente porque lhe foi dada por uma namorada, no passado, símbolo de um amor antigo. Caso seja subtraída por alguém, cremos que a dor moral causada no ofendido deve ser resolvida na esfera civil, mais jamais na penal, que não se presta a esse tipo de reparação”. (NUCCI, 2003, p.515).
O valor sentimental é algo muito difícil de si mensurar em valor (quantia em dinheiro), de tanto que, o Direito Penal não terá condições de fazer tal reparação. Esse conflito deve ser resolvido em outra esfera do direito, daí o caráter fragmentariedade do direito, na esfera civil, o juiz poderá solucionar essa lide de forma indenizar a vítima.
2.2 Requisitos subjetivos.
Além dos requisitos objetivos, existem os requisitos subjetivos tipificados no artigo 59 do Código Penal;
Art. 59 – O juiz atendendo a culpabilidade, aos antecedentes à conduta social, à personalidade do agente, aos nativos, às circunstancias e consequências do crime, em como ao comportamento da vitima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. (BRASIL, 1940, p.325).
Tais requisitos são observados nos casos onde haja circunstâncias do agente, onde na ação, o agente cause consequências a vitima, ou quando o agente possui reincidência em crimes de mesma espécie. Nos requisitos subjetivos não se aplica a culpabilidade porque esta é pressuposto da aplicação da pena, por sua vez o dolo e a culpa serão aferidos.
Por mais que os requisitos tratem de fatos diferentes se remetem a mesma ideia, sob a ótica de argumentos diferentes. A doutrina parte do entendimento que busca não gerar a impunidade no caso concreto, por esse motivo a análise deve ser observada caso a caso. Em síntese nem toda lesão ou colocação em perigo de um bem jurídico, desvalor do resultado, é ilícita, mas apenas aquela que deriva de uma ação desaprovada pelo ordenamento jurídico, desvalor da ação. É unânime nas decisões o fato de levarem-se em conta a condição pessoal do individuo como forma de aplicabilidade do principio da insignificância, vejamos:
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ESPECIAL. FURTO SIMPLES. PRINCIPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE TIPICIDADE MATERIAL. LESÃO AO BEM JURÍDICO TUTELADO (BICICLETA NO VALOR DE R$ 100,00, RESTITUÍDA À VÍTIMA). MAUS ANTECEDENTES E REICIDÊNCIA. CIRCUNSTÂNCIAS DE CARATÉR PESSOAL, QUE NÃO INFLUENCIAM NA ANÁLISE DA INSIGNIFICÂNCIA PENAL. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Nos termos de consolidado entendimento desta Corte Superior, o fato de ser a paciente reincidente no mesmo tipo de delito, não impede o reconhecimento do delito como sendo de bagatela, importando na atipicidade da conduta. 2. Agravo Regimental desprovido. (Brasil, 2010).
O que se observa em algumas decisões é que o fato do bem jurídico tutelado constitui apenas requisito, para reconhecer o principio da insignificância, devendo preencher os requisitos subjetivos como circunstancias judiciais, continuidade delitiva, maus antecedentes, conduta social, os resultados da infração para a vitima, se houve restituição de bem e ainda a reincidência do agente passou a ser critério observado na suprema corte.
3 APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NO BRASIL
O princípio da insignificância advindo da doutrina, sem nenhuma base no ordenamento jurídico. Sua aplicação no delito de furto depende muito do caso concreto, obedecendo aos requisitos objetivos: à mínima ofensividade da conduta do agente; à ausência de periculosidade da conduta do agente; o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento; inexpressividade da lesão jurídica provocada. Ademais, a necessidade de requisitos subjetivos do agente tipificados no art. 59 do Código Penal, que são: á culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime. (BRASIL, 1940).
Tais requisitos são analisadoscaso a caso, com uma olhada sobe o desvalor da ação praticada e o desvalor do resultado, que definem a aplicação do princípio da insignificância no caso.
3.1 Crimes da Administração Pública
	A República Federativa do Brasil, expressa em seu artigo 1º da Constituição Federal de 1988, constitui-se como um Estado democrático de direito, e por tal razão, não possui um direito penal mínimo, e que se dar, somente em casos em que outros ramos do direito não sejam cabíveis. Em contrapartida a orientação da súmula 599, editou na data de 20 de Novembro de 2017 nos seguintes termos “O principio da insignificância é inaplicável aos crimes contra a Administração Pública”.
	O citado enunciado entendeu que a corte não considera insignificante os crimes praticados contra a Administração Pública, visto que não há os requisitos subjetivos presentes. Os citados crimes contra a Administração Pública previstos no título XI do Código Penal, os quais determinam punição a funcionários públicos e particulares que vierem a praticar condutas que ferem o regular funcionamento da Administração Pública. Neste rol, citamos o crime de peculato artigo 312, que se refere ao emprego irregular de verbas públicas, bem como o artigo 317, que se referem à corrupção passiva e o contrabando e descaminho do artigo 334, entre outros. Sendo assim, como enunciado na súmula 599, podem ser punidas tanto pessoas que subtraem milhões de verbas públicas, quanto quem subtrai uma caneta da repartição pública.
 “É pacífica a jurisprudência no sentido de não ser possível a aplicação do principio da insignificância ao crime de peculato e aos demais delitos contra a Administração Pública, pois o bem jurídico tutelado pelo tipo penal incriminador é a moralidade administrativa, insuscetível de valorização econômica” (RHC 59.801/SP, sexta turma, Rel. Min. Nefi Cordeiro, DJe 28/08/2017). Também: RHC 75.847/DF, Quinta turma, Rel. Min. Ribeiro Dantas, DJe 18/08/2017.
Vejamos esse julgado da quinta turma Superior Tribunal de Justiça (STJ), um recurso em habeas corpus, do estado do Pará, com pedido de liminar impetrado pela Defensória Pública da União. 
HARBEAS CORPUS. PECULATO PRATICADO POR MILITAR. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. APLICABILIDADE. CONSEQUÊNCIAS DA AÇÃO PENAL. DESPROPORCIONALIDADE. 1. A circunstância de tratar-se de lesão patrimonial de pequena monta, que se convencionou chamar crime de bagatela, autoriza a aplicação do princípio da insignificância, ainda que se trate de crime militar. 2. Hipótese em que o paciente não devolveu á Unidade Militar um fogão avaliado em R$ 455, 00 (quatrocentos e cinquenta e cinco reais). Relevante, ademais, a particularidade de ter aconselhado, pelo seu comandante, a ficar com o fogão como forma de ressarcimento de benfeitorias que fizera no imóvel funcional. Da mesma forma, é significativo o fato de o valor correspondente ao bem ter sido recolhido ao erário. 3. A manutenção da ação penal gerará graves consequências ao paciente, entre elas a impossibilidade de ser promovido, traduzindo, no particular, desproporcionalidade entra a pretensão acusatória e os agravantes dela decorrentes. Ordem “concedida”. (HC 87.478/PA, Min. Eros Grau. Primeira Turma, por maioria, DJ 23.3.2007).
HABEAS CORPUS 108.884. ESTELIONATO. POLICIAL MILITARRODOVIÁRIO NA RESERVA. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO INSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. ELEVADA REPROVABILIDADE DA CONDUTA. ORDEM DENEGADA. 1. A pertinência do princípio da insignificância deve ser avaliada considerando não só o valor do dano decorrente do crime, mas igualmente outros aspectos relevantes da conduta imputada. 2. O pequeno valor da vantagem auferida é insuficiente para aplicação do princípio da insignificância ante a elevada reprovabilidade da conduta do militar da reserva que usa documento falso para não pagar passagem de ônibus. 3. Aos militares cabe a guarda da lei e da ordem, competindo-lhes o papel de guardiões da estabilidade, a serviço do direito e da paz social, razão pela qual deles se espera, ainda que na reserva, conduta exemplar para o restante da sociedade, o que não se verificou na espécie. 4. Ordem denegada.
A aplicação do princípio da insignificância nas hipóteses de delitos cometidos contra a Administração Pública, nos quais se enquadra o peculato. Entende- se, que a norma contida no art. 312 do Código Penal, ao penalizar o peculato, tem por objetivo proteger não apenas o erário, coibindo a lesão patrimonial, mas principalmente, resguardar um dos princípios da Administração Pública, a moralidade, além da probidade e credibilidade dos agentes públicos.
3.2 Crime de Furto Simples
 Vejamos esse julgado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), um recurso ordinário em habeas corpus, do estado de Minas Gerais, caso de furto simples, que foi provido e ocorreu o trancamento da ação penal, aplicação do princípio da insignificância ao caso.
STJ - RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS RHC 23376 MG 2008/0075402-9 (STJ)
Jurisprudência•Data de publicação: 20/10/2008
Ementa: FURTO SIMPLES. BISCOITOS, LEITE, PÃES E BOLOS. CRIME FAMÉLICO. ÍNFIMO VALOR DOS BENS. AUSÊNCIA DE LESIVIDADE AO PATRIMÔNIO DAS VÍTIMAS. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. PROVIMENTO DO RECURSO. 1. O princípio da insignificância em matéria penal deve ser aplicado excepcionalmente, nos casos em que, não obstante a conduta, a vítima não tenha sofrido prejuízo relevante em seu patrimônio, de maneira a não configurar ofensa expressiva ao bem jurídico tutelado pela norma penal incriminadora. Assim, para afastar a tipicidade pela aplicação do referido princípio, o desvalor do resultado ou o desvalor da ação, ou seja, a lesão ao bem jurídico ou a conduta do agente, devem ser ínfimos. 2. In casu, conquanto o presente recurso não tenha sido instruído com o laudo de avaliação das mercadorias, tem-se que o valor total dos bens furtados pelo recorrente - pacotes de biscoito, leite, pães e bolos -, além de ser ínfimo, não afetou de forma expressiva o patrimônio das vítimas, razão pela qual incide na espécie o princípio da insignificância, reconhecendo-se a inexistência do crime de furto pela exclusão da ilicitude. Precedentes desta Corte. 3. Recurso provido, em conformidade com o parecer ministerial, para conceder a liberdade ao recorrente, se por outro motivo não estiver preso, e trancar a ação penal por falta de justa causa.
Encontrado em: Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Ministros Jorge Mussi, Laurita Vaz e Arnaldo Esteves Lima votaram com o Sr. Ministro Relator. Ausente, justificadamente, o Sr. Ministro Felix Fischer. T5 - QUINTA TURMA --> Dje 20/10/2008 - 20/10/2008 RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS RHC 23376 MG 2008/0075402-9 (STJ) Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO. (BRASIL, 2008, p. 10).
A observância às requisitos objetivos: à mínima ofensividade da conduta do agente; à ausência de periculosidade da conduta do agente; o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; e a inexpressividade da lesão jurídica provocada, a aplicação do princípio da insignificância no caso em destaque, o julgador, deu provimento ao recurso, analisando o delito de furto praticado pelo agente.
Dando uma clara observância ao desvalor do resultado e o desvalor da ação, a lesão ao bem jurídico ou a conduta do agente, sendo ínfimos.
 Sua conduta obteve consequências ínfimas ao patrimônio das vitimas. Uma importante análise no caso foi o reconhecimento do furto famélico, pelas circunstâncias do caso e a res furtiva, caracterizava a situação de necessidade de alimentar-se. Nesse julgado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), recurso ordinário em habeas corpus, caso de um furto, na forma tentada, da justiça de São Paulo, que cumulou com a cassação da sentença condenatória, aplicação do princípio da insignificância no caso concreto.STJ - RECURSO ORDINARIO EM HABEAS CORPUS RHC 20028 SP 2006/0179974-7 (STJ)
Jurisprudência•Data de publicação: 04/06/2007
Ementa: FURTO. TENTATIVA. PLEITO DE ABSOLVIÇÃO. ÍNFIMO VALOR DOS BENS. INCONVENIÊNCIA DE MOVIMENTAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO. DELITO DE BAGATELA. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. FURTO FAMÉLICO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. SENTENÇA CONDENATÓRIA CASSADA. RECURSO PROVIDO. I. Hipótese na qual o recorrente sustenta que a conduta da ré não se submete ao tipo do art. 155 do estatuto Repressor, em face do pequeno valor econômico das mercadorias que ela teria tentado subtrair, atraindo a incidência do princípio da insignificância. II. Mesmo que a paciente tivesse obtido êxito na tentativa de furtar os bens, tal conduta não teria afetado de forma relevante o patrimônio das vitimas, pois as mercadorias teriam sido avaliadas em valor aproximado de R$ 30,00, atraindo, portanto, a incidência do princípio da insignificância, excludente da tipicidade. III. Atipicidade da conduta que merece ser reconhecida, apesar de a paciente já estar sofrendo os efeitos nocivos do processo penal, uma vez que já foi condenada, estando o feito em grau de recurso, ressaltando-se a inconveniência de se movimentar o Poder Judiciário para solucionar tal lide. Precedentes. IV. As circunstâncias de caráter pessoal, tais como reincidência maus antecedentes, não devem impedir a aplicação do princípio da insignificância, pois este esta diretamente ligado ao bem jurídico tutelado, que na espécie, devido ao seu pequeno valor econômico, esta excluído do campo da incidência do direito penal. V. A mercadoria considerada alimentos e fraldas descartáveis – caracteriza a hipótese de furto famélico. VI. Deve ser aplicado o princípio da insignificância à hipótese, cassada a sentença condenatória imposta à paciente pelo juízo de 1º grau e anulada a ação penal contra ela instaurada. VII. Recurso provido, no termos do voto do relator.
Encontrado em: QUINTA TURMA DJ 04/06/2007 p. 377 – 4/6/2007 CP-40 LEG:FED DEL. 002848 ANO: 1940 ART. 00155 CÓDIGO PENAL PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIASTJ – RESP 778795 – RS, HC 27219 - MA (RSTJ.176/429). HC 28796 – SP PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. (BRASIL, 2006, p. 7).
O recurso exposta demonstra uma situação de crime furto na forma tentada. Conduta preenchia os requisitos objetivos da aplicação do princípio da insignificância. Contudo, podemos observar que o réu não preenchia requisitos subjetivos, tendo maus antecedentes e já tenha sido condenado em outro processo, porém em grau de recurso. 
A res furtiva em questão caracterizava furto famélico. A tentativa em questão se tivesse se concretizado seria ínfima ao patrimônio da vitima, a não aplicação do princípio seria desproporcional.
Nesse julgado do Tribunal de Justiça (TJ), recurso de apelação, caso de furto simples, da justiça do estado da Bahia (BA), recurso foi provido, aplicação do princípio da insignificância.
TJ – BA – APELAÇÃO APL 03011014620148050146 (TJ-BA)
Jurisprudência•data de publicação: 21/02/2018
Ementa: Sendo assim, na ausência de elementos mínimos de convicção sobre a vida pregressa do réu, forçoso concluir que unicamente remanesce em seu desfavor a prática do furto aqui apurado, representativo da subtração de uma garrafa de whisky, da marca Teacher’s, no valor estimado de R$ 45,00 (quarenta e cinco reais), surrupiado do interior de um supermercado. 7. Destaque-se, por oportuno, o teor do interrogatório prestado em Juízo, consignando na mídia audiovisual de fl. 159, no qual o Recorrente confesso o furto da bebida por troca de comida, alegação cuja verossimilhança se afere pelo fato de o mesmo ter, na fase inquisitiva (fl. 14), igualmente, confessado a prática, no passado (2012), do furto de carne, de um frigorífico, circunstâncias, estas, indicativas da motivação famélica da conduta do imputado. 8. Dado o contexto dos fatos em apuração, a subtração realizada pelo réu, morador de rua, revela, sem sombra de dúvidas, para além da extrema vulnerabilidade social daquele, o caráter bagatelar da infração, pois, do fato apurado, verifica-se a mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação, a inexpressividade da lesão jurídica provocada e, por fim, a efetiva ausência de reprovabilidade social da conduta, contrariando, este ultimo vetor, o entendimento firmado pelo MM juízo sentenciante, sendo, por fim, imperioso o reconhecimento da atipicidade material da conduta, como consequência da aplicação, no caso solvendo, do princípio da insignificância. 
Encontrado em: Primeira câmara criminal – Segunda turma 21/02/2018 Apelação APL 03011014620148050146 (TJ-BA) Janete Facul de Oliveira. (BRASIL, 2018, p. 9).
O recurso de apelação do recorrente que praticou o furto simples, atendendo os requisitos de mínima ofensividade da conduta, a ausência de periculosidade social da ação, a inexpressividade da lesão jurídica provocada, e ausência de reprovabilidade social da conduta. Aqui pode-se perceber que o réu não possui requisitos subjetivos, pois é reincidente no mesmo crime. Não há um desvalor na ação nem um desvalor no resultado.
Contudo, as circunstâncias do caso demonstram que não aplicabilidade do princípio da insignificância seria desproporcional, pois o caso em questão é de lesividade mínima para o direito penal. 
3.3 Crimes Militares
Todo o sistema jurídico que compreende o direito militar envolvem as forças armadas e auxiliares, quais seja corpo de bombeiro militar, policia militar vinculados ao Estado ao Distrito Federal. As atribuições e conceito das forças armadas estão previstas no artigo 142º e diz:
Artigo 142° As Forças Armadas constituídas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizada com base hierárquica e na disciplina, sob autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da pátria, á garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. (BRASIL, 1988, p. 70).
As forças auxiliares, por sua vez, encontram previsão no artigo 42° da Constituição Federal conforme nota “Os membros das Policias Militares e Corpo de Bombeiros Militares, instituições com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos territórios” (BRASIL, 1988, p.41).
A jurisprudência do STF não é pacifica quanto à aplicabilidade o principio da insignificância ao crime de furto cometido por um militar.
Nesse julgado pela Segunda turma do STF, que decidiu pela inaplicabilidade do principio da insignificância, referente à subtração, por militar, de bens, no valor total de R$ 165,00 reais, pertencente a outro colega de farda. Fatos esses realizados em ambientes sujeitos a administração militar. O Ministro relator Ricardo Lewandowski e os demais ministros componentes da turma consignou que apesar dos valores dos bens, a conduta do militar foi relevante, quanto a sua reprovabilidade em face da ação de furtar bens de colegas de farda, no interior do aquartelamento, o que demonstra desrespeito, às leis que abrangem a instituição, na qual ele faz parte, como descrito: 
EMENTA habeas corpus. Penal Militar. Principio da Insignificância. Inaplicabilidade. Crime de furto (art.240 do Código Penal Militar) praticado dentro da caserna. Reprovabilidade da conduta. Precedentes. Ordem denegada. 
1. A aplicabilidade do postulado da insignificância ao delito de furto foi afastada na espécie, uma vez que não se pode falar em reduzido grau de reprovabilidade da conduta, a qual foi praticada pelo paciente dentro caserna e contra um colega de farda.
2.Conforme já assentou o Supremo Tribunal Federal, “é relevante e reprovável a conduta de um militar que, no interior do aquartelamento, furta bens de dois colegas de farda, demonstrado total desrespeito às leis e ás instituições castrense de seu país” (ARE nº 728.826/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 21/5/13).
3.Ordem denegada.
Em contrapartida, ao analisar outro julgado, a primeira turma decidiu pela aplicabilidadedo principio da insignificância, no entanto a discussão foi acirrada, visto que se tratava de uma suposta acusação de subtração por coisa móvel e alheio realizado por um militar (art.240, caput, c/c art. 9° , I, do COM). No presente caso, denunciou-se um militar fardado que, no seu horário de serviço, subtraiu uma caixa de bombons de um estabelecimento comercial. O ministro Relator Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, votou pela inaplicabilidade do principio da insignificância, no entanto Gilmar Mendes entendeu que caberia a aplicabilidade do principio ao reconhecer que a ideia da insignificância, está na concretização da proporcionalidade, e que a conduta, há desvio, porém não houve a intenção de cometer um crime com o objetivo de atingir patrimônio de alguém. No mesmo sentido, o Ministro Ayres Brito esclareceu que pelo modo da conduta do agente, não se evidenciou o objetivo de desfalcar patrimônio alheio. Devido ao empate, foi deferido o habeas corpus.
Habeas Corpus 108.373. 2. Furto. Bem de pequeno valor. Mínimo grau de lesividade da conduta. 3. Aplicação do principio da insignificância. Possibilidade. 4. Ordem concedida. 
Habeas corpus concedido, em virtude de se haver registrado empate em sua votação (RISTF, art.150, § 3°), pois os Ministros relator e Ricardo Lewandowski denegavam a ordem, enquanto os Ministros Gilmar Mendes e Ayres Brito (presidente) a concediam, a fim de trancar ação penal movida contra o paciente, ante a patente falta de justa causa para seu prosseguimento. 
 Desse modo, torna-se necessário averiguar cada caso concreto com o objetivo de ponderar os pilares militares com a dignidade da pessoa humana, a fim de concluir a relevância da lesão da conduta ao bem jurídico tutelado.
3.4 Crimes Ambientais
O crime ambiental é todo e qualquer dano ou prejuízos causados aos elementos que compõem a fauna, flora, recursos naturais e o patrimônio cultural e por ser crime é passível de sanções penais que é regido pela lei 9.605 de 1998 que dispõe sobre as sanções penais derivadas de condutas lesivas causadas ao meio ambiente. Com o surgimento da lei de Crimes Ambientais, no tocante a proteção, ela é centralizada e suas infrações são bem definidas, ao contrário ao que ocorria no passado. Além das agressões ambientais que ultrapassem a lei, as condutas que ignoram as normas ambientais, mesmo que não cause dano, no caso de empreendimentos sem licença ambiental, neste caso há uma desobediência à exigência da legislação ambiental e está sujeito a punição que varia de multa e/ou detenção. 
Para Fiorillo (2010, p.56) “o bem ambiental, diante da manifestação constitucional que informa sua natureza jurídica, não guarda necessariamente compatibilidade com o direito de propriedade”. O bem ambiental não tem valor patrimonial, se torna um bem a coletividade, dessa forma a violação as normas ambientais não comporta a ideia de irrelevância e por consequência não caberia o principio da insignificância. As penas de crimes ambientais são aplicadas de acordo com a gravidade da infração. Vejam esse julgado pelo STJ em São Paulo sobre a pesca utilizando apetrechos não permitidos pela legislação ambiental.
HC 178.208 SP 2010/0122806 (STJ) CRIME AMBIENTAL. PESCA MEDIANTE PETRECHOS NÃO PERMITIDOS. MÍNIMA OFENSIVIDADE AO BEM JURÍDICO TUTELADO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. ATIPICIDADE MATERIAL DA CONDUTA. WRIT NÃO CONCEDIDO A ORDEM EX OFFICIO. 1. É imperiosa a necessidade de racionalização do emprego do habeas corpus, em prestigio ao âmbito de cognição da garantia constitucional, e, em louvor a lógica do sistema recursal. In casu, foi impetrada indevidamente a ordem do acórdão de apelação, como se fosse um sucedâneo recursal. 2. Aplica-se o principio da insignificância, reconhecendo a atipicidade material da conduta, consubstanciada em pescar mediante a utilização de petrechos não permitidos, se foi aprendida a ínfima quantidade de quilo de peixe, o que denota ausência de ofensividade ao bem jurídico tutelado. 3. Flagrante ilegalidade reconhecida. 4. Habeas corpus não reconhecido, mas concedida a ordem, ex offício para trancar a ação penal nº 996./2005, da Terceira Vara Criminal da comarca de Bauru/ SP, cassando, por conseguinte, a sentença condenatória, decisão que fica estendida (art.580 do Código de Processo Penal) ao correú.
A decisão dos julgados exposta acima é contrária à aplicação do princípio da insignificância aos crimes ambientais, por mais que sejam pequenas práticas e embora pareçam irrelevantes, se reiteradas ou em conjunto com outros, poderão provocar danos irreparáveis a médio e longo prazo. Os legisladores ao tipificar os crimes ambientais, não adotaram o principio da insignificância, logo não cabe ao judiciário decidir com base nesse principio, pois estaria a violar os princípios constitucionais de reserva legal e da independência entre os poderes. 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. ARTIGO 34, CAPUT, DA LEI Nº 9605/98. PESCA EM PERÍODO DEFESO. CRIME CONTRA O MEIO AMBIENTE. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IN DUBIO PRO SOCIETATE. DENÚNCIA RECEBIDA. RECURSO PROVIDO, 349.6051. Os réus foram denunciados com incursos nas sanções do artigo 34, caput, da lei nº. 9.605/98. A denúncia foi rejeitada pelo magistrado por entender tratar-se de conduta insignificante para o Direito Penal. 3. O princípio da insignificância é inaplicável aos crimes ambientais, uma vez que o bem jurídico tutelado é essencial à vida e à saúde de todos de maneira que os possíveis danos ambientais, ainda que apresentem ser de pequena monta, podem causar consequências graves e nem sempre previsíveis. Precedentes. 4. Presentes os requisitos do artigo 41 do código de Processo Penal, assim como os indícios suficientes de materialidade e autoria delitiva. Denuncia recebida em homenagem ao principio in dúbio pro societate, a fim de não cercear a acusação no exercício de sua função e de ensejar ao acusado oportunidade de defesa. Código de Processo Penal. Recurso em Sentido Estrito a que se dá provimento. Denúncia recebida. (SER 3482, TRF3, SP 0003482-34.2009.4.03.6106, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL VESNA KOLMAR, Data de julgamento: 24/07/2012, PRIMEIRA TURMA).
3.5 Crimes Contra a Ordem Tributária 
É notável que no Brasil a sua atual configuração política e social tem cunho providencialista, com base nos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil previsto no artigo 3°e incisos da Constituição Federal, além de políticas publicas voltada a garantia dos Direitos Sociais e econômicos. E para que a máquina funcione, a fim de garantir tais direitos, o Estado necessita dispor de recursos financeiros, ao denominamos de receita pública. 
A arrecadação tributária provem de diversas atividades financeiras exercidas pela máquina estatal, sendo assim Prado (2007, p.303) ensina que “tutela penal da ordem tributária se encontra justificada pela natureza supra-individual, de cariz institucional, do bem jurídico, em razão de que são recursos auferidos das receitas tributárias que darão o respaldo econômico necessário para a realização das atividades destinadas a atender as necessidades sociais.” 
Os crimes de ordem tributária passaram a ser previstos nos artigos 1º, 2º,3º da Lei n° 8.137/90. O artigo refere-se a práticas fraudulentas, trata-se de crime material e que exija um resultado consistente, por sua vez o artigo 2º de acordo com a jurisprudência majoritária, constitui crime de natureza formal, não exigindo, para a sua consumação, o efetivo prejuízo ao patrimônio estatal advindo de arrecadação tributária. Em relação ao artigo 3º, este busca apenas tipificar condutas, que já eram previstas anteriormente pelo código penal de 1940.
Na legislação brasileira, a aplicação do principio da insignificância nos crimes de ordem tributária é baseada na redação do artigo 20, da Lei nº 10.522/2002, que preceitua “serão arquivados, sem baixa na distribuição, mediante o requerimento do Procurador da Fazenda Nacional, os autos da execução fiscal de débitos inscritos como Divida Ativa da União pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional ou por elacobrado o valor consolidado igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais)”.
Portanto, de acordo com a lei acima mencionada, quando o valor do tributo ilidido não ultrapassar o montante de R$10.000,00 (dez mil reais), o prejuízo causado aos cofres públicos será insignificante, de modo que a condita deixará de ser considerada como crime em função da atipicidade trazida pelo principio da insignificância. 
Em contrapartida, a Lei n° 11.457/07considerou como divida ativa da união os débitos decorrentes das contribuições previdenciárias, conferindo tratamento semelhante ao que é dado aos creditos tributários. Dessa forma, não há como fazer distinção, na esfera penal, entre os crimes de descaminho, apropriação indébita ou sonegação de contribuição previdenciária, razão pela qual é admissível a incidência do principio da insignificância a estes últimos delitos, quando o valor do debito for inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).
Contudo, diante da recente alteração promovida pela portaria nº 75, do Ministério da Fazenda, publicada em 22 de março de 2012, que prevê em seu artigo 1º inciso II, “a impossibilidade de ajuizamento de execuções fiscais de débitos da fazenda nacional, cujo valor seja igual ou inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais)”.
HARBEAS CORPUS. DESIÇÃO MONOCRÁTICA QUE DEU PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA IMPETRAÇÃO NÃO CONHECIDA. FLAGRANTE ILEGALIDADE. CRIME DE DECAMINHO. VALOR SONEGADO INFERIOR AO FIXADO O ART. 20 DA LEI 10.522/2002, ATUALIZADO PELAS PORTARIAS 75/2012 E 10/2012 DO MINISTÉRIO DA FAZENDA RETROATIVIDADE DA NORMA MAIS BENÉFICA. PRINCIPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. APLICABILIDADE. PRECEDENTES. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. I – No caso sob exame, verifica-se que a decisão impugnada foi proferida monocraticamente. Desse modo, o pleito não pode ser reconhecido, sob competência do STF descritos no art. 102 da Constituição Federal, o qual pressupõe seja a coação praticada por Tribunal Superior. II – A situação, neste caso, é absolutamente excepcional, apta a superar tal óbice, como consequente concessão de ordem de oficio, diante de um evidente constrangimento ilegal sofrido pelo paciente. III – Nos termos da jurisprudência desse tribunal, o principio da insignificância deve ser aplicado ao delito do descaminho quando o valor sonegado for inferior ao estabelecido no artigo 20 da Lei 10.522/2002, atualizado pelas portarias 75/2012 3 130/2012 do Ministério da Fazenda, que, por se tratarem de normas mais benéficas ao réu, devem ser imediatamente aplicadas, consoante ao disposto do artigo 5°, XL, da carta magna. IV – Habeas corpus não reconhecido. V- Ordem concedida para restabelecer a sentença de primeiro grau, que reconheceu a incidência do princípio da insignificância e absolveu sumariamente os ora pacientes, com fundamento no art. 397, III, do Código de Processo Penal. (STF- HC 123032 PR, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Data de Julgamento: 05/08/2014, Segunda Turma, Data de publicação: Dje – 164 DIVULG 25-08-2014 PUBLIC 26-08-2014).
EMENTA HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL E DIREITO PENAL. DESCAMINHO. VALOR INFERIOR AO ESTIPULADO PELO ART. 20 DA LEI 10.522/2002. PORTARIAS 75 E130/2012 DO MINISTÉRIO DA FAZENDA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. REGISTROS CRIMINAIS PRÉTERITOS. ORDEM DENEGADA. 1- A pertinência do princípio da insignificância deve ser avaliada considerando-se todos os aspectos relevantes da conduta imputada. 2- Para crimes de descaminho considera-se, na avaliação da insignificância, o patamar previsto no art. 20 da Lei 10.522/2002, com a atualização das portarias 75 e 130/2012 do Ministério da Fazenda. Precedentes. 3. Embora, na espécie, o descaminho tenha envolvido elisão de tributos federais em montante pouco superior a R$ 11.533,58 (onze mil, quinhentos e trinta três e cinquenta e oito centavos) a existência de registros criminais pretéritos obsta, por si só, a aplicação do princípio da insignificância, consoante a jurisprudência consolidada da Primeira Turma dessa Suprema Corte (HC 109.739/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje 14.02.2012; HC 110.951/RS, Rel. Min. Dias Toffoli. DJe 27.02.2012; HC 110.951/RS, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 20.10.2011; e HC 107.604/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.9.2011). Ressalva de entendimento pessoal da Ministra Relatora. 4. Ordem denegada. (HC 123861, Relator(a): Min. ROSA WEBER, Primeira Turma, julgado e 07/10/2014, PROCESSO ELETRÔNCO DJe-211 DIVULG 24-10-2014 PUBLIC 28-10-2014).
Diante do que foi exposto, verifica-se que nem todo dano de ordem tributária é passível de punição criminal, é necessário um prejuízo ou lesão com uma grande dimensão para que seja capaz de causar um dano significativo ao patrimônio público, sendo assim a aplicação do principio da insignificância na seara dos crimes tributários, não ocorre com a observação de apenas os requisitos objetivos, uma vez que a legislação brasileira limita a sua aplicação a um patamar de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), previsto no artigo 20 da Lei n° 10.522/ 2002, atualizado pelas portarias 75 e130, do Ministério da Fazenda.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O desenvolvimento do presente trabalho possibilitou uma análise da aplicação do princípio da insignificância em delitos de menor proporção em nosso país e que este é um importante passo, visto que o direito penal deve se ater aos delitos mais graves que assola a sociedade e deixa nosso sistema penitenciário estufado. Nesse sentido não se pode culpar a aplicação do princípio a insegurança jurídica do nosso país, a interpretação da norma jurídica deve ser alinhada aos novos tempos. 
A doutrina e a jurisprudência trouxe essa ferramenta jurídica, não para deixar impunes infratores, mas para mostrar que o direito penal não deve ser invocado para análise de condutas ínfimas e inexpressivas. Deve buscar o aprimoramento da análise dos requisitos objetivos e subjetivos, para a aplicação do princípio, pois não se podem ter circunstâncias taxativas na aplicação da insignificância. O que está mais claramente imposta aos nossos olhos é que o crime, quando denominado pelo juiz de bagatela, será o infrator isento de cumprimento de pena. Assim a sociedade tem a impressão de injustiça e impunidade. Contudo, ignorar a lei é tão grave quanto ignorar o ilícito. 
Contudo, os julgados são de tribunais superiores, assim destaca-se que foi preciso chegar até ele, essas demandas, no qual foi instruído um processo contra o autor do delito, demonstrando que a máquina pública foi utilizada de forma desnecessária. Assim, a análise do princípio da insignificância, deverá ser de tal bem mais vista pelos juízes de primeiro grau. Muitos dessas demandas poderiam tê-los sanados, sem mesmo ter que movimentar o judiciário, com processos. Nosso país já possui uma necessidade extrema de celeridade processual. 
Como citado anteriormente, à postura social em meio à crise de impunidade, poderá ser rebatida com as medidas do Estado. A aplicabilidade do princípio da insignificância não poderá caminhar na mesma esteira desse pensamento. As bases do estudo, ora empreendido seja motivo de constante reflexão entre os julgadores, como forma de se conciliar a segurança jurídica com os princípios regentes do Direito Penal e assim tutelar de forma justa os valores da liberdade e da dignidade da pessoa humana. A impunidade, não está ligada diretamente a benesse de benefícios aos criminosos, existe inúmeros fatores que contribui com a impunidade de nosso país. Tal questão deverá ser solucionada com políticas que vai alem do ordenamento penal, mas em conjunto com todos os ramos do direito.
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