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0 UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E DA EDUCAÇÃO CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA – EaD DISCIPLINA: ESTÁGIO III ACADÊMICA: JOCELI DRUM PROJETO PARA O ESTÁGIO III É HORA DE BRINCAR CAXIAS DO USL, RS 2019 1 SUMÁRIO 2 1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO Nome da escola: Escola Educação Infantil Pedacinho de Gente CNPJ:14 865 523/0001-05 Coordenadora: Jessica Capeletti Diretor: Leandro E. S. Crist 2 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como tema “É hora de brincar”. O interesse pela temática surgiu durante o estágio, onde se observou como as organizações do espaço das salas de aula da Educação Infantil podem propiciar diferentes aprendizagens e brincadeiras. Pode-se notar que as salas organizadas em cantos temáticos são encantadoras motivando-nos a aprofundar os saberes nesse campo de conhecimento. Sendo assim partiu-se da ideia de que o espaço escolar precisa ser um ambiente rico de estímulos para que as crianças possam se desenvolver, e uma sala de aula organizada nessa modalidade de espaço pode proporcionar grandes aprendizagens para as crianças, pois além delas adquirirem conhecimentos e terem os momentos das brincadeiras assegurados, elas poderão aprender, desenvolver-se e interagir melhor com os adultos e amigos da sala. Em grande parte das sociedades contemporânea, a infância é marcada pelo brincar, que faz parte de práticas culturais típicas, mesmo percebendo que sua prática esteja reduzida no meio educacional e social. A concepção de educação que envolve o aluno enquanto ser histórico e social são adotados neste estudo a fim de consolidar uma concepção que confirma a teoria VIGOTSKIANA de aprendizagem, pois foi a partir deste estudioso que o conceito de brincar e brinquedo se propõem com mais propriedades na educação. É pautando-se, sobretudo em Vigotsky que este trabalho se estrutura diante de suas teorias e afirmações que possibilitam um melhor entendimento sobre o mundo do brincar, em suas raízes mais profundas enquanto fator necessário para o desenvolvimento da criança. 3 A brincadeira é consagrada como atividade essencial ao desenvolvimento infantil. Gradativamente, através do relacionamento com sujeitos sociais, a criança vai adquirindo desenvolvendo uma capacidade simbólica aprimorando colocando-a em prática. Pode-se denotar que a interação social e o instrumento linguístico são decisivos para que o desenvolvimento exista. Nos estudos desenvolvidos por Vigotsky existem dois níveis de desenvolvimento um real, já adquirido ou formado, que determina o que a criança já é capaz de fazer por si própria, e um potencial, ou seja, capacidade de aprender com outras pessoas. A aprendizagem interage com o desenvolvimento produzindo abertura nas zonas de desenvolvimento proximal (distância entre aquilo que a criança faz sozinha e o que ela é capaz de fazer com a intervenção de um adulto), mas sabemos que a potencialidade para aprender não é a mesma para todas as pessoas, ou seja, a distância entre o nível de desenvolvimento real e o potencial) nas quais as interações sociais são centrais estando então, ambos os processos aprendizagem e desenvolvimento. Assim, a escola é o lugar onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo ensino-aprendizagem. O professor tem o papel explicito de interferir no processo diferentemente de situações informais nas quais as crianças aprendem por imersão em um ambiente cultural. Portanto, é papel do docente provocar avanços nos alunos e isso se torna possível com sua interferência na zona proximal. Portanto é fundamental que os professores tenham conhecimento do saber que a criança construiu na interação com o ambiente familiar e sócio cultural, para formular sua proposta pedagógica. Entende-se a partir dos princípios aqui expostos que o professor deverá contemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didáticas - pedagógicas possibilitando as manifestações corporais encontrando significado através do lúdico presente na relação que as crianças mantêm com o mundo. Porém essa perspectiva não é tão fácil de ser adotada na prática. Podemos nos perguntar: como colocar em prática uma proposta de educação infantil em que as crianças desenvolvam, construam adquiram conhecimento e se tornem autônimas e cooperativas? Segundo Kramer: 4 É preciso que os profissionais da educação infantil tenham acesso ao conhecimento produzido na área da educação infantil e da cultura em geral, para repensarem sua prática se reconstruírem enquanto cidadão sujeito da produção de conhecimento. E para que possam mais do que “implantar” currículo ou “aplicar” proposta a realidade da creche/ pré- escola em que atuam efetivamente participar da sua concepção construção e consolidação. (Kramer apud MEC/SEF/COEDI,1996 p.19) Desta forma, o profissional da educação infantil poderá adquirir sua prática pedagógica ao seu ambiente de trabalho absorvendo os recursos por este disponibilizado favorecendo a construção do conhecimento do educando ao mesmo tempo em que também aprimora os seus. Os momentos de brincadeiras que levam ao aprendizado devem ser considerados ações com finalidades bastante diferentes e não podem habitar o mesmo espaço e tempo. O professor deve criar oportunidades para que o brincar aconteça naturalmente nos horários normais da aula, não somente na hora do recreio ou momentos livres. Pois estar constatado que é através da brincadeira que a criança representa o discurso externo e o interioriza construindo o seu próprio conhecimento. Brincar juntos reforça laços afetivos. A participação dos adultos na brincadeira com a criança eleva o nível de interesse pelo enriquecimento proporcionado neste momento, podem também levar ao esclarecimento de dúvidas referentes às regras das brincadeiras. A criança sente-se ao mesmo tempo prestigiado e desafiado quando o parceiro da brincadeira é um adulto. Este por sua vez, pode levar a criança a fazer descobertas e a viver experiências que tornam o brincar mais estimulantes e mais ricos em aprendizagem. Vigotsky (1999) revela que o jogo infantil aproxima-se da arte tendo em vista necessidades da criança criar para melhor compreende-lo atitudes que também definem as atividades artísticas. Sabendo que a brincadeira e o resultado da aprendizagem e depende de uma educação voltada para o sujeito social, o educador deve acreditar que adotar jogos e brincadeiras como metodologia curricular, possibilita a criança para a base da subjetividade e compreensão da realidade concreta. Com isto podemos afirmar que o brincar enquanto promotor da capacidade e potencialidade da criança deve ocupar um lugar especial na prática pedagógica tendo como espaço privilegiado a sala de aula. Brincar é uma situação em que 5 a criança constitui significados sendo uma forma para a compreensão das relações afetivas que ocorrem em seu meio, como para a construção do conhecimento. O jogo e a brincadeira são sempre situações que a criança realiza e constrói e apropria-se de conhecimento das mais diversas ordens. A aprendizagem ocorre quando são colocadas atividades que estimulem o pensamento e que esta possibilite a formação de conceitos e pelo domínio desses elementos que a criança desenvolva a formação do pensamento como a analise, síntese, dentre outras tão importantes quanto este. É a partir dessa concepção de aprendizagem e de construção de aprendizagem e de construção do ser enquanto social que entende a proposta do brincar como perspectiva abrangente na formação do ser desde seus primeiros anos de vida na escola. Neste contexto é necessário assegurar a formação contínua dos educadores, a ludicidade surge como uma forma de formação não mágica, mas atraentee estimuladora para a construção do conhecimento. Recorrendo o brinquedo e a brincadeira. É possível desenvolve nos nossos educando o prazer de construir, através de processos que levem a própria aprendizagem. Portanto é imprescindível que os professores compreendam a importância da brincadeira e suas implicações para organizar o processo educativo de modo mais positivo, contribuindo para o desenvolvimento das crianças. Apesar da diversão e da aprendizagem que podem ocorrer pelo brincar livre, certas formas de brincar podem se tornar muito repetitiva. Portanto mas uma vez os educadores têm um papel chave a desempenhar: ajudar as crianças a desenvolver o seu brincar. O adulto pode, por assim dizer estimular, encorajar ou desafiar a criança a brincar de forma mais desenvolvida e madura. Ao participar do brincar os adultos também podem proporcionar estrutura e desafio. O jogo simbólico é muito importante para o desenvolvimento de habilidades sociais cognitivas e linguísticas nas crianças pequenas principalmente no caso daquelas que veem de ambientes desfavoráveis as quais acredita que elas raramente brincam dessa maneira em seus primeiros anos de vida. 6 3 JUSTIFICATIVA O tema parece ser ainda novo para os profissionais da Educação Infantil e organizar um espaço direcionado às crianças é um desafio, pois é um ambiente no qual as crianças passam a maior parte do seu tempo e por esse fato, pautando-se nas pesquisas realizadas, vê-se que os professores têm uma grande responsabilidade quanto a organização dos espaços onde a aprendizagem irá acontecer. Na atualidade alguns professores da Educação Infantil já ouviram falar sobre os cantos temáticos e como eles podem ajudar no desenvolvimento das crianças, mas existe uma preocupação de melhor esclarecer sobre como organizá-los e de que maneira a criança irá usufruir significantemente para o seu desenvolvimento imaginário, cognitivo, emocional e social inserida nesse espaço. Por esse motivo os professores devem proporcionar uma sala rica de estímulos e colocar o indivíduo que vai ocupar o espaço escolar em primeiro lugar, analisar a idade, o tamanho e quais são os materiais necessários para que sua sala seja um lugar de aprendizagem e conforto. Enquanto as crianças estiverem brincando, é importante que o professor seja o mediador e que esteja sempre em observação para ver como as crianças reagem diante de cada situação e se estão interessados em brincar nos espaços oferecidos. Dentro desta temática, houve a necessidade de esclarecer o significado de Educação Infantil, ambiente e espaço, para melhor contextualizar a didática dos cantos temáticos. Portanto, o trabalho está organizado em três seções: Caracterização da Educação Infantil, Ambiente e Espaço Escolar na Educação Infantil: Conceito e Importância e Cantos Temáticos na Educação Infantil. Para desenvolvê-lo, foram realizadas pesquisas bibliográficas a partir de livros e artigos científicos tendo como referência autores que relatam sobre o tema. 7 4 OBJETIVO GERAL O objetivo geral do trabalho é contribuir junto aos professores da Educação Infantil na compreensão e importância dos cantos temáticos como uma forma de organização do ambiente e do espaço da sala de aula agradável e estimuladora da aprendizagem, e os objetivos específicos são: refletir sobre a caracterização da Educação Infantil, definir ambiente e espaço na Educação Infantil e pesquisar formas de montagem de cantos temáticos na sala de aula no segmento da Educação Infantil. Objetivos específicos Os cantos temáticos ou zonas circunscritas, constituem uma forma de organização do espaço para garantir que a criança vivencie diferentes situações de aprendizagens. Oportunizar cantos temáticos na Educação Infantil faz para que a criança tenha estímulos para o desenvolvimento da imaginação, faz-de-conta, autonomia, socialização e cognição. 8 5 REFERÊNCIAL TEÓRICO O espaço escolar precisa ser construído em um ambiente rico de estímulos para que as crianças interajam entre si. Para que haja essa interação e para contribuir significantemente para o desenvolvimento imaginário, cognitivo, emocional e social da criança, é preciso que o professor saiba organizar esse espaço adequadamente, pois se a criança não se sentir estimulada nesse local, onde fica mais de oito horas por dia, ela não se desenvolverá de maneira satisfatória. Ao se pensar na sala de aula da Educação Infantil, relaciona-se esse espaço a lugares vazios onde as crianças podem brincar livremente ou então encontrar creches ou pré-escolas com espaços pobremente organizados e professores que não se preocupam com esse aspecto como citam Carvalho e Meneghini (2002, p. 150): “[...] é comum encontramos também espaços vazios com poucos móveis, objetos e equipamentos”. Ao entrar em uma sala de aula, o professor, deve pensar primeiramente nas crianças e não simplesmente deixar a sala de aula livre, empilhar caixas ou guardar tudo em armários para que as crianças não visualizem os materiais. O professor é o mediador do processo de ensino e aprendizagem, e por esse fato não deve se conformar com uma sala vazia ou com espaços abertos; o professor precisa transformar o espaço da sala de aula em um ambiente prazeroso, acolhedor, para que as crianças se sintam seguras e confortáveis, fazendo assim, com que a criança se desenvolva. Complementando essa ideia, Zabalza (1998) utiliza como referência Pole Morales (1998, p. 235) e esclarece: O espaço jamais é neutro. A sua estruturação, os elementos que o formam, comunicam ao indivíduo uma mensagem que pode ser coerente ou contraditória com o que o educador(a) quer fazer chegar à criança. O educador(a) não pode conformar-se com o meio tal como lhe é oferecido, deve comprometer-se com ele, deve incidir, transformar, personalizar o espaço onde desenvolve a sua tarefa, torná-lo seu, projetar-se, fazendo deste espaço um lugar onde a criança encontre o ambiente necessário para desenvolver-se. O professor deve tornar a sala de aula algo como se fosse realmente seu, parte da sua vida, transformar com afeto e dar vida a esse espaço. Certamente, por tratar-se de um ambiente de creche ou pré-escola, é preciso que as crianças também tenham espaços amplos e arejados para brincarem nos momentos 9 livres e para o professor aplicar atividades dirigidas ou em grupos. Também é preciso que as crianças tenham oportunidades de correr, andar, pular, girar e brincar em grandes ou pequenos grupos, ter fácil acesso aos objetos, aos brinquedos, aos seus materiais, entre outros. A sala precisa de espaço de arrumação visível e acessível às crianças. As crianças precisam de espaço em que aprendam com as suas próprias ações, espaço em que se possam movimentar, em que possam construir, escolher, criar, espalhar, edificar, experimentar, fingir, trabalhar com os amigos, trabalhar sozinhas e em pequenos e grandes grupos. (HOHMANN et al, 1979, p. 51). A organização do espaço escolar tem grande influência no comportamento das crianças, que de alguma maneira expressarão se estão satisfeitas ou não com aquele determinado espaço (sala de aula). Se tiver a ausência do planejamento, do arranjo, do brinquedo, possivelmente poderá gerar comportamentos agressivos, agitados, indisciplina e provável ansiedade além de gerar conflitos uns com os outros. O arranjo deste espaço é importante, porque afeta tudo o que a criança faz. Afeta o grau de atividade que pode atingir e o quanto é capaz de falar de si própria. Afeca as escolhas que pode fazer e a facilidade com que é capaz de concretizar os seus planos. Afeta as suas relações com as outras pessoas e o modo como utiliza os materiais. (HOHMANN et al, 1979, p. 51). Portanto, organizar uma sala de aula é um desafio grande para o professor, mas se ele colocara criança em primeiro lugar nesse espaço e não criá-lo para satisfazer a si próprio, certamente todos os profissionais da área saberão planejar um ambiente agradável onde as crianças e eles poderão ter um bem estar, gerando estímulos e crescimento para todos os atores do processo de ensino e aprendizagem nessa importante etapa da escolaridade infantil. Os cantos temáticos podem ser chamados também como zonas circunscritas, conforme acima citado, que representam áreas fechadas, com apenas três ou quatro lados delimitando o espaço. Com a chegada dos cantos e a organização funcional das salas de aula aconteceu uma verdadeira revolução na forma de conceber uma aula de 10 Educação Infantil e na forma de organizar o trabalho na mesma”. (ZABALZA, 1998, p. 229). Quando falamos sobre a organização dos cantos temáticos, é preciso pensar que este, segundo Almeida (2011), refletindo na visão de Barboza e Horn (2006, p. 40), “[...] deve considerar a faixa etária das crianças [...]”, ser prazeroso, acolhedor, rico e estimulador para que as crianças tenham oportunidades de se expressar, brincar, explorar o ambiente e sentir-se autônoma. A PARTICIPAÇÃO DO GESTOR ESCOLAR NA PRÁTICA DO BRINCAR O termo gestão escolar sempre esteve ligado ao papel que o diretor desempenha na escola, sendo considerada um bom gestor aquele que dinamiza a escola. Mas alguns conceitos educacionais vem mudando a medida que a sociedade exige nova postura, concepção e forma de agir diante de momento histórico. Podemos mencionar que a abertura política nos últimos vinte anos mudou significativamente o quadro da educação brasileira, mas infelizmente esta alteração e muito lenta. O papel do gestor passou a ter importância em todos os segmentos da educação. Com um conceito mais amplo a gestão escolar passou a fazer parte das atitudes de todas que atuam com a educação. A escola hoje requer gestores dinâmicos, criativos que proporcionem autonomia. Segundo Winck Leon (1997) os gestores atuais devem estar sempre procurando aprender, recorrer sempre ao poder do aprendizado decorrente de experiências de trabalho. Sentem-se responsáveis pela sua própria carreira, assumem a responsabilidade pelo seu próprio desenvolvimento, vê a educação como atividade permanente para a vida toda, e por fim decidem intencionalmente o que aprender. Isto significa que os gestores devem se responsabilizar pelo próprio aprendizado e estar consciente que o seu aprendizado e desenvolvimento pessoal e profissional dependem das suas atitudes pessoais na busca de novos conhecimentos. O gestor deve estar procurando definir os seus objetivos e estar buscando vivenciá-la com mais ansiedade, tendo maior poder de decisão sobre suas atividades, poder de escolha entre o que fazer ou não se responsabilizar pelos seus próprios atos. Sem estar nesta busca o seu trabalho pode ficar comprometido. Portanto precisamos usar a criatividade, 11 agilidade da capacidade de modificar, de se adaptar continuamente na busca de novos conhecimentos. O gestor escolar deve agir como líder, pensando no progresso de todas que fazem parte de sua equipe. Para conduzir sua equipe no desenvolvimento de seus projetos, planos, atividades o gestor tem sempre um propósito a ser concretizado e uma estratégia de ação para conquistar. Esse é o ponto de partida para que a ação da equipe escolar seja bem sucedida. O mesmo deve ter consciência de que sua equipe não se limita a alunos, professores e demais funcionários internos da instituição. A equipe escolar é formada também pelos pais dos alunos e por toda comunidade escolar de forma geral que deve ser mobilizada para que juntos possam promover o principal objetivo de toda equipe escolar, a aprendizagem dos alunos. Para que a aprendizagem realmente aconteça de forma mais dinâmica no meio escolar, envolvemos atividades práticas voltada para o brincar pois as mesmas estavam sendo desenvolvidas de forma aleatória. A equipe gestora tomando a iniciativa além de auxiliar na realização das atividades no dia -a- dia contribuiu com a realização dessas atividades no planejamento das metas a serem alcançadas, na organização de forma geral, na avaliação, de forma integrada e articulada, oferecendo além dos meio pedagógicos para si realizar este trabalho condições financeiras a equipe como adquirir todo material necessário para a realização das metas estabelecidas. Além de incentivar e procurar trazer a participação da família para a realização dessas atividades contribuindo com sua participação na realização de algumas atividades propostas voltadas para o brincar. O gestor escolar sendo considerado agente de transformação do meio escolar em que trabalha deve disponibilizar para sua equipe bons materiais para pesquisa, fazer parceria com recursos humanos da comunidade, investir na formação continuada dos professores e demais funcionários da escola para assim trabalhar de forma dinâmica o brincar no meio educacional. Garantindo assim o desenvolvimento em cada fase da criança. Esta participação do gestor ajuda os professores a se sentirem mais preparados para trabalhar com seus alunos. 12 O gestor teve participação importante procurando se capacitar e capacitando a sua equipe através da formação continuada, provocando assim mudanças efetivas na instituição, pois sabemos que conhecer bem a teoria não conduz a uma mudança na prática, por outro lado a prática sem um embasamento teórico não possibilita a autonomia profissional, muito menos favorece a criação de soluções singulares dos problemas que emergem. A teoria está presente na formação por meio do trabalho com conteúdo especifico, nos estudos que servem para embasar as resoluções de dúvidas relacionadas ao assunto em estudo. A participação do gestor garante a consolidação e a permanência da formação na instituição como um todo, diagnosticando e acompanhando melhor os resultados alcançados. Segundo Paulo freire (1997,p37) A tarefa de ensinante / aprendente e do aprendente / ensinante exige seriedade, preparo científico. Ensinar exige respeito aos saberes dos educandos, criticidade, pesquisa, estética e ética, risco, aceitação do novo, rejeição a qualquer discriminação, reflexão sobre a prática, reconhecimento e ascensão à identidade cultural, segurança, competência profissional, generosidade, comprometimento, autoridade, tomada consciente de decisão, disponibilidade para o diálogo, curiosidade, alegria, esperança, convicção que a mudança é possível e, entre outras coisas, querer bem aos alunos. Como romper com uma cultura “escolar tradicional” na educação infantil? Enfim, o que é ser formadoras de educadoras? Neste espaço, podemos rever uma série de conceitos e preconceitos em relação ao trabalho docente e, principalmente, refletir sobre nosso próprio percurso, assumindo posicionamentos frente à escola e à educação. Freire (1997, p 35) nos faz compreender que não há educação sem engajamento político, sem compromisso ético, sem rebeldia, sem respeito às diferenças, sem amor pelos educando, e é a partir dessa perspectiva, que procurei conduzir a prática de formação continuada, desenvolvida com as educadoras, desafiando-nos a estudá-la, no sentido de compreendê-la. Além disso, buscamos, junto com estas, alternativas para o trabalho na construção de uma escola, que prime pela autonomia do seu corpo docente, das crianças e de suas famílias, da equipe de apoio, ou seja, uma escola para todos. Esse é um grande desafio, pois ao olhar para a prática de nossas educadoras temos que olhar para o nosso próprio fazer, uma vez que atuamos diretamente na sua 13 formação, sem a curiosidade não aprendo nem ensino e que exercer a curiosidade é um direito que todos temos. Segundo Veiga, (1998, p, 11) A escola é o lugar de concepção, realização e avaliaçãode seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar seu trabalho pedagógico com base em seus alunos. Nesta perspectiva, é fundamental que ela assume suas responsabilidades, sem esperar que as esferas administrativas superiores tomem essa iniciativa, mas que lhe deem as condições necessárias para levá-la adiante. Assim, diferentes concepções sobre infâncias foram sendo construídas ao longo da história. Concepções que tem influenciado nosso olhar sobre o ser criança. Concepções que coexistem ainda hoje nas diversas práticas educativas, revelando, em muitos momentos, atitudes contraditórias em relação às primeiras. Apesar das transformações por que passam as famílias, eles continuam sendo a chave para o desenvolvimento do ser humano e fonte primordial para a construção da identidade de seu membro e vínculos relacionais de pertencentes capazes de promover uma inclusão na comunidade em que vivem, bem como capazes de proporcionar cuidado, proteção e afeto o que pode levar ao aprendizado. O meio familiar é o primeiro espaço educacional de aprendizagem infantil, no que se referem os hábitos, valores, papéis sociais, onde os pais são primeiros educadores de seus filhos. A partir desta realidade a família cumpre o seu papel de mediadora entre a criança e a sociedade. As crenças dos adultos sobre a brincadeira infantil são geradas em se sistema de significado cultural. Neste sentido, VALSINER (1998) destaca que a criança, como ser ativo no processo “viver a brincadeira” vai além da cultura de seus pais e professores, uma vez que reconstrói as experiências adquiridas nos espaços familiares, escolares e comunitários. Ela assim cria suas brincadeiras funções e cenários novos para as sugestões sociais oferecidas por seu grupo: assim ela internaliza sua prática sobre os eventos sociais e ao mesmo tempo reconstrói o significado social da brincadeira. Sabemos que o mundo adulto dependendo de seus valores culturais, oferece a criança uma variedade de sugestões e modos de interação semioticamente marcado pelos modelos sexuais, muitas vezes estereotipados como masculino e feminino, ou indiferenciado. Esta é uma realidade social que leva a criança a brincadeira 14 marcada pelo gênero de acordo com a sua cultura familiar, e coletiva o que ocorre frequentemente em situações em que o menino só pode brincar de carrinho e a menina só pode brincar de boneca. As famílias canalizam as ações, as percepções e representações da criança na direção de assumir um papel social aprovado de acordo com suas práticas e valores. Segundo PIAGET (1978) face ao desenvolvimento do pensamento infantil afirma que a brincadeira “está intimamente ligada ao símbolo” uma vez que por meio dele, a criança representa ações, pessoas ou objetos, pois estas trazem como temática para essa brincadeira o seu cotidiano (contexto familiar e escolar) uma vez que por meio dele a criança representa ações, pessoas ou objetos, pois estas trazem como temática para esta brincadeira o seu cotidiano (contexto familiar e escolar) de uma forma diferente de brincar com assuntos fictícios (contos de fadas ou personagens de televisão). Podemos analisar que esta realidade está quase extinta do nosso meio familiar, pois os pais não dispõem de tempo para se envolverem com seus filhos na hora da brincadeira. O contexto social em que vivemos retira do cotidiano familiar esta prática. As crianças hoje estão envolvidas com a tecnologia que invadiu o meio familiar. As brincadeiras de roda, de faz de conta, de transformar objetos em brinquedos de fantasiar foram substituídas por vídeo game, televisão, DVD, computadores, dentre outros meios tecnológicos. A família automaticamente vivencia esta realidade. Então é necessário que a gestão escolar procure trazer para a sua proposta pedagógica e sua rotina meios que venham resgatar uma prática envolvendo os pais. Conscientizando através de palestra sobre a importância do brincar para o desenvolvimento de seus filhos, atividades pedagógicas e formações continuadas voltadas para o brincar na rotina escolar. É necessária uma interação entre ambiente físico e social sendo que os membros desta cultura como pais, avós, educadores e outros ajudem a proporcionar as crianças atividades diversas, promovendo várias ações que levem a criança um saber construído pela cultura e modificando através de suas necessidades biológicas e psicossociais. O ingresso das crianças na educação infantil tem um grande diferencial ao chegar à educação básica, pois os mesmos se encontram adaptados de acordo com a sua faixa etária a rotina do meio escolar. Considerando que o 15 trabalho desenvolvido pelas instituições de educação infantil deve contemplar uma ação de esclarecimento junto ás famílias e de incentivos a participação incluindo a garantia da participação dos pais juntos as unidades escolares. Segundo Tarciana Mirna 2008: Familiares e profissionais não são amigos parceiros na educação e cuidado das crianças em contextos diferenciados pela sua natureza, objetivos e conteúdo. Analisando, ambos têm único objetivo o desenvolvimento infantil. E baseando nesse objetivo que podemos vivenciar responsabilidades especificas, sendo que o contexto escolar influencia a família, e a família influencia o ambiente escolar. Da coletividade entre a relação família e meio escolar. A gestão da relação entre a instituição educacional e a família varia conforme as situações, os sistemas, as tradições, a representação feita do papel da coletividade entre a relação da família e a criança. Por sua vez o poder que os pais podem exercer nas instituições de educação infantil depende de suas expectativas, representações sociais e experiências pessoais de escolarização, que por sua vez, derivam de seu nível social. Podemos observar que o educador é visto como um importante contribuinte na ação educativa. Nos meios mais pobres os pais consideram o professor como uma figura de autoridade, alguém que sabe controlar a família. O educador deve possuir habilidades para lidar como as ansiedades da família e partilhar decisões e ações com ela. Sendo assim a família terá no professor alguém que lhe ajude a pensar sobre seu próprio filho, a se fortalecer como recurso privilegiado no desenvolvimento infantil. No entanto, é necessário ressaltar que a presença de uma relação por demais intimista é cordial é sinônima de parceria satisfatória é possível trazer benefícios aos atores envolvidos, tão pouco as crianças, uma vez que o envolvimento dessa natureza pode se tornar muito superficial nos aspectos condizentes ao desenvolvimento infantil. 6 METODOLOGIA 16 A metodologia escolhida foi a dialética e mediadora, todos os planos de ações foram exposto o problema e então com a mediação da estagiária foram resolvidos, as aulas iniciavam com um objetivo, como o de escolher um tema para o canto temático então a estagiária explicava sobre os cantos temáticos e norteava as educadores nas suas escolhas. Deste mesmo modo foi nas reuniões com os pais, era apresentado o projeto e os objetivos e então a estagiária explicava o que seria os cantos temáticos para que os pais interagissem com os filhos na construção dos materiais solicitados. Em todos os planos de ações houve a interação entre a estagiária e as educadoras, também entre os pais, nas observações foram analisados a importância de cada canto nas salas, desta forma cada um escolheu o seu, assim compreenderam o significado e a importância do mesmo, e realizaram a proposta. 7 ROTEIRO DE ANALISE DE REALIDADE 17 Estagiária: Joceli Drum Escola: Escola de Educação Infantil Pedacinho de Gente Para iniciar as observações, será analisado a atuação da coordenadora pedagógica e o diretor, tendo em vista a parte de gestão, sendo a proposta pedagógica, supervisão,orientação educacional, analise dos processos e do funcionamento organizacional da escola. No primeiro dia fiquei observando a rotina da escola a entrada e saída, pela parte de amanhã, quem recebe as crianças era o diretor, percebei o carinho que ele tem com as crianças e os pais, quanto alguma crianças chegam com sono ele colocava no colo, entregava para professora que colocava na caminha e deixava dormir até 8hrs onde as outras professoras chegavam e buscavam as crianças para café. Também verifique o trabalhos da professoras em sala de aulas e suas rotinas, gostei de ver as crianças se servindo na hora do almoço. A professora me relatou que as crianças adoram servir e assim não tem desperdício de comida, pois a mesma sempre lembra a criança que ela deve se servir só o que vai comer, também acompanhei as aulas extras como bale e capoeira. Em um outro dia em que estive na escola fiquei com coordenadora observei os atendimentos que ela teve naquela dia com dois pais que vieram visitar a escola para seus filhos. Ela também estava olhando os planejamentos das professora, ela também fazia observações do que devia ser melhorando, ela me relatou que tem duas professora que tem dificuldades nos planejamentos, então ela reserva sempre meia hora para conversar com ela em individual. A coordenadora me falou que está programado um curso, para professora como descrever os pareceres e outras dificuldades. A observação terá como norte a documentação escolar como o histórico da escola, regimento escolar e outros que tenham no local. A coordenadora relatou em que a escola era nova naquele endereço, também os problemas que teve com a prefeitura na documentação de escola, estava fazendo toda a documentação me relatou a demora em que as coisas 18 andavam pois estava muito triste que as crianças que viam pela prefeitura ela não podia pegar sem estar tudo certo com documentação. Quanto a estrutura física da escola está tudo bem pois a escola é nova, só demora ficar pronta a sala de recreação da escola mas agora está tudo tranquilo pois a sala já está pronta as crianças adoram brincar pois o espaço é bem amplo e tem vários brinquedos e televisão. Cronograma Inicial Encontro Tópico/Conceito/Proposta de ação Proposta de ação Carga Horária Data Prevista Observação 1 Visita na escola; Apresentação da estagiária e conversa com a pedagoga da escola; 5hs 22/03 Conversar com as educadoras, analisar a realidade e as necessidades de ter cantos temáticos nas salas. 2 Encontro com as professoras e pedagoga para conversar sobre a proposta escolhida; 5hs 15/04 Visita na brinquedoteca da UCS. Convidei as educadoras para sentar e conversar o que elas acharam do lugar, Me relataram que estavam encantadas, foi maravilhoso sentir- se na infância novamente. 19 3 Reunião com os pais a professora e coordenação. A coordenadora começou passando os recados, roteiros da escola falou sobre a BNCC, após apresentou para os pais a professora, pois ela era nova na escola, Em seguida me apresentou para os pais. A estagiaria conversou com pais explicando a sua presença na escola, a mesma fez um atividades com pais. Convidados a participar da construção todos cantos temáticos 5hs 16/04 Observei o interesse dos pais, pois cada um relatou como foi a sua infância, falaram a necessidade do brincar, através da conversa com a professora da turma, cada pai ficou de ajudar a fazer um brinquedo com material reciclado. 4 A reunião com os pais, com o intuito da anterior. 6hs 20/04 Percebei o interesse das professoras, pois elas trocavam ideias, sobre os cantos temáticos. 5 Este dia foi uma reunião com duas turmas, pré 1 e 2. As conversas foram a mesma como das reuniões anteriores. 5hs 26/04 Observei o brilho nos olhos das professoras, e das crianças, pois elas conseguiram 20 entrar em uma sintonia boa, e evoluíram neste assunto. 6 Organização dos cantos temático. Pois os pais serão convidados para conhecer os cantos temáticos em que eles ajudaram a construir na sala de seus filhos, também poder conhecer das outras turmas. 5hs 14/05 Cada professora será responsável pelo seu canto temático, onde irá construir um cartaz de a apresentação dos contos temáticos para apresentar para as turmas que irão visitar. 8 RELATÓRIO DE OBSERVAÇÃO 21 Nome da escola: Escola Educação Infantil Pedacinho de Gente CNPJ:14 865 523/0001-05 Coordenadora: Jessica Capeletti Diretor: Leandro E. S. Crist O Estágio Supervisionado em gestão escolar está sendo realizado na Escola de educação infantil Pedacinho de Gente, localizado na rua: _Gilberto Antônio Sirena, número 74, no bairro De Zorzi II CEP 95074-580, situada na cidade de Caxias do sul, no estado do Rio Grande do Sul. O contato com a escola pode ser feito pelo telefone (54) 3212-33-16 e pelo e-mail ed.gente@bol.com.br. A escola é situada na zona norte da cidade, próximo a comunidades com pessoas carentes. São pessoas com nível social médio e baixo. Possui abastecimento de água, luz, esgoto, acesso à internet e coleta de lixo. O aspecto físico da escola é apresentado por uma casa, cercada por murro, grades o que facilita a visão de toda fachada da escola. A escola possui salas, de aulas sendo que uma está desativada, tem 3 banheiros, sala da recepção, onde fica a coordenadora e o diretor, a coordenador fica o dia inteiro sendo que diretor fica só na parte amanhã. A escola tem uma sala para múltiplas atividades pedagógicas, pátio para brinquedos, parquinhos, com (balanço, escorregadores, cama elástica, casinhas, etc.). Todos os banheiros possuem elevação para crianças, também tem um lavatório para escovação dos dentes, sempre limpos e organizados. A qualidade das instalações é ótima, todos salas de aula são amplas, iluminadas, com mobiliários em bom estado de uso e conservação, com qualidade suficiente para as crianças e professoras. A escola funciona em turno integral, atendendo 40 crianças, distribuídas em 4 turmas, berçário, maternal, Pré 1 e Pré 2, o horário de funcionamento é das 6h 40min às 18h 40min da tarde. A composição do quadro de funcionários é composto pelo diretor, coordenadora pedagógica, quatro professoras, cozinheira, responsável pela limpeza. A escola também oferece algumas atividades extras, como balé e capoeira. A escola possui Projeto Político Pedagógico (PPP) é atualizada e revisada sempre que necessário. Dentro as proposta citadas estão destacadas a missão de oferecer um ensino de qualidade que preze pela qualidade dando mailto:ed.gente@bol.com.br 22 acesso ao saber e compreensão da realidade física e social, o desenvolvimento das atividades tem como base na dialética buscando a transformação da criança como sujeito ativo na produção de conhecimento e no campo de trabalho, o resgate de valores e elevações da qualidades de vida e auto-estima em toda comunidade escolar. O projeto é elaborado pela coordenadora Pedagógica com a colaboração da equipe de gestão e participação dos professores. Existe coerência entre a proposta pedagógica e a prática, sendo compatível com que é descritivo no PPP. Refletindo acerca da Educação Infantil a alicerçando o este estudo sob o entendimento da especificidade da infância, compreende-se que quando se trata do trabalho com crianças, com certeza esta identidade implica estreitamente nos componentes operacionais da Educação Infantil, desde sua proposta curricular ao espaço físico, refletindo para além de uma mera categorização/modalidade de ensino. Na semana seguinte já recebi o retorno da diretora e já iniciei o processo do estágio três. Providenciei a inclusãodo contrato de estágio no sistema UCS e encaminhei-o para assinatura. Pois aprovado pelo professor orientador segui todos os passos para iniciar as observações na escola. Iniciei as atividades de observações do estágios III no dia 25/03/2019. Em minhas observações de análise de realidade, leitura 20h/ a os aspectos observados e visíveis foram: A entrada das crianças que era feita pela coordenadora ou pelo diretor, as crianças chegavam muito alegre, tento o diretor quanto a coordenadora, demostravam muito carinho pelas crianças e seus pais. Também tive oportunidade de observe a saída muitas crianças não queria ir embora, muitas vezes a professora da sala tinha que acompanhar a criança até a porta o pai esperava, onde a mesa conversa com a criança explicando que ela tinha que ir para casa pois ela também irei para casa, mas no outra dia ela estaria ali para brincar com a criança. Percebei a dedicação das professorar com as crianças senti um harmonia muito grande na escola, a pesar da escola estar com falta de professor muitos vezes a coordenadora tem que ir para sala, pois tem um sala que está faltando uma professora que está com sua mãe doente está no hospital, mas já sebe que a professora não volta mais, a escola já está a traz de uma nova 23 professora para ficar no lugar. A coordenadora me relatou que está muito difícil de encontrar professora, pois escola fica em bairro que é rui o acesso. Participei das 5 reuniões, a primeira foi com as professoras, para explicar sobre o planejamento como seria feito agora, e também ela falou sobre a BNCC. Percebei quem tem professoras com dificuldades nos planejamentos, a coordenadora sempre tendo atenção para cada professora tirar as dúvidas. A coordenadora me apresentou para o grupo onde fui bem recebida pela grupo. Conversei com o grupo explicando sobre o meu estagio de gestão na escola e contava com a colaboração delas, ela me relatou que iria aplicar um novo sistema para o planejamento queria que o planejamento fosse todo digitalizado, mas teve duas professoras que não querem, elas têm dificuldades em trabalhar com o computador então preferem o caderno mas a coordenadora está muito triste, pois ela já tinha avisado que este ano ele gostaria que fosse digitalizado pois seria bem mais prático para elas também. O grupo escolar tem um grupo whatsApp, onde a coordenadora sempre está enviando ideias para elas e também os cursos gratuitos, e outros, estando sempre em busca de conhecimentos. As reuniões foram feitas em dias diferentes, com turmas diferentes, pude participar das quatro onde tive oportunidade de me apresentar para os pais explicar o meu estagio que seria de gestão, e contava com a participação dos pais. Na reunião a coordenadora explicou para os pais como seria os projetos agora e também explicou sobre a BNCC. Cada pai falou como era sua infância e como brincava. A partir das falas dos pais falei da importância do brincar, a professora também falou sobre a importância das brincadeiras dos jogos. E assim surgiu a ideia dos cantos temáticos nas salas, sendo assim cada pai ficou responsável de ajudar construir os cantos temáticos, pois a professora irá escolher com as crianças o tema dos cantos temáticos na sua sala. Faz-se necessário considerar aspectos que reflitam qualitativamente no processo do desenvolvimento humano da criança, é a partir deste viés, que se idealizou os ambientes qualificados (cantinhos) para o desenvolvimento Infantil. Este olhar precisa ser estreitamente articulado sob a perspectiva das crianças, pois busca-se propostas específicas para um público-alvo específico. E o espaço não se trata apenas de um local físico, pelo contrário, é um forte instrumento 24 pedagógico, composto por aspectos socioculturais, estabelecendo basicamente: afetos, aproximação com a realidade e as relações interpessoais (crianças- crianças, crianças-adultos, crianças-sociedade) na formação processual do sujeito. A proposta pedagógica vista dentro desta concepção são os cantinhos; isto é, espaços envolventes que facultam para a criança “ocasiões para ela explorar e descobrir, aquilo que lhe é familiar, momentos em que ela retoma ações, brincadeiras (OLIVEIRA et al., p. 90. 1992)”. É importante enfatizar o quão indispensável é um espaço adaptado à criança, rico em significados, no qual chame atenção da mesma integralmente, estimulando experiências por intermédio das interações consecutivas da intencionalidade do ambiente. Deste modo, é essencial estruturar os cantinhos com materiais e recursos adequados e diversificados, que proporcionem às crianças, por meio das atividades e brincadeiras, conhecimentos, significados, interações, e, especialmente, o desenvolvimento integral do sujeito-criança. Este plano de ação busca confeccionar cantinhos fundamentados nas realidades das crianças, fazendo com que as crianças, através dos cantinhos, desenvolvam suas habilidades de maneira lúdica, prazerosa e criativa, mobilizando os sujeitos escolares e a comunidade a participarem ativamente na elaboração dos cantinhos, possibilitando-as a explorá-los e conhecê-los através das brincadeiras, proporcionando condições de interação com o meio, criança- criança e criança-professor. 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 25 Ao concluir este trabalho posso perceber, que esta escola assim como muitas outras de educação infantil por não apropriarem de um conhecimento amplo sobre a importância do brinquedo e do brincar, não possibilitava espaço e tempo para o brincar, trocando esses espaços por uma escolarização precoce. Os professores vêm diante dos ditames institucionais e acabam por produzir suas práticas educativas pautados na expectativa de brincar para aprender conteúdos escolares, mesmo percebendo que esta prática faz parte hoje da rotina escolar. Podemos destacar no projeto realizado uma grande preocupação em fazer do brincar na escola uma atividade cada vez mais pedagoga. Entretanto através da iniciativa do gestor foram propostas diversas formas de trabalhar e resgatar o brincar no meio educacional. Este trabalho desenvolvido na escola envolveu educadores, equipe de apoio, família nas formações continuada, momentos de resgate da brincadeira tradicionais. Concluímos que o brincar proporciona a criança como sujeito a oportunidade de viver entre o princípio do prazer e o princípio da realidade fator importante na sua formação humana. Como resultado final do projeto registra- se que houve avanço significativo na construção de conceitos sobre o brincar no desenvolvimento infantil. Em contato com um rico referencial bibliográfico observou-se também a importância do desenvolvimento de um projeto relacionado ao brincar, visando oferecer aos professores de educação infantil subsidio para um conhecimento mais amplo sobre o tema trabalhado. 26 10 ANEXOS 27 28 11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: ALMEIDA, E. N. O brincar e a organização dos cantos temáticos na educação infantil na perspectiva sócio histórico. 2011. BARBIERI, Stela. Interações: Onde está a arte na infância? São Paulo: Editora Edgar Blücher Ltda, 2012. BENJAMIM, Walter, Reflexão sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo, editora 34, 2002. CARVALHO, M. C.; MENEGHINI, R (Org.). Os fazeres na educação infantil. 5. ed. São Paulo: Calçadense, 2002. P. 150-151. Carvalho, Mara de. “Organização do espaço em instituições pré escolares” In: Oliveira, Zilma (Org.) Educação Infantil: muitos olhares, org. Zilma). COSTA, Vera Lúcia Cabral ET AL. Gestão educacional e descentralização. 2 ed. São Paulo. 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