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Roubo e extorsão

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Prévia do material em texto

ESSE MATERIAL É COMPLEMENTAR (MERO APOIO) E ESTÁ BASEADO NAS OBRAS DE ROGÉRIO GRECO E CESAR ROBERTO BITENCOURT INDICADAS NA BIBLIOGRAFIA E QUE COMPOEM O PLANO DE ENSINO. 
SERVE APENAS COMO REFERÊNCIA E DEVE SER LIDO EM CONJUNTO COM AS OBRAS REFERIDAS, O CÓDIGO PENAL E A JURISPRUDÊNCIA, NÃO DISPENSANDO AS OBSERVAÇÕES E DISCUSSÕES EFETUADAS EM AULA.
CAPÍTULO II DO ROUBO E DA EXTORSÃO 
Com alterações recentes de 2018
Roubo	
        Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
        Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
        § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
        § 2º  A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade:                 (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
        I – (revogado);                (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
        II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
        III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
        IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;                   (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
        V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.                   (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
        VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego.                 (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
        § 2º-A  A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):                 (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
        I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;                 (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
        II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.                 (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
        § 3º  Se da violência resulta:                 (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
        I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa;                  (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
        II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa.                 (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Trata-se da mesma subtração que ocorre no crime de furto, porém, soma-se a ela o emprego de violência ou grave ameaça à pessoa.
(Difere do crime de extorsão, previsto no artigo 158 do CP, pois aquele envolve o constrangimento e a dependência da atuação da vítima). 
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Subtrair
Especial fim de agir = para si ou para outrem
Coisa alheia móvel = mesma do furto
Emprego de violência própria ou imprópria à pessoa ou da grave ameaça (esse fator é que torna o roubo especial em relação ao furto).
Violência própria: violência física contra a pessoa (vis corporalis). Subjulgar. Essa violência é praticada para obter sucesso na prática da subtração. Pode ser: Direta (imediata) ou indireta (mediata).
Violência imprópria: o agente usa de outro meio que reduz a possibilidade de resistência da vítima (narcótico, embriaguez). Está na última parte do caput do artigo. 
Grave ameaça: É a vis compulsiva: capaz de infundir temor à vítima, permitindo que ela seja subjulgada. No caso, essa grave ameaça deve ser iminente, psíquica, anunciada pela própria situação. (não confundir com o crime de ameaça do artigo 147 do CP, pois lá o que se tem é a promessa de mal futuro). 
Trata-se de crime complexo, pluriofensivo, o qual protege precipuamente o bem jurídico patrimônio (mas abarca a integridade física, a liberdade individual e a vida).
É crime comum quanto ao sujeito ativo e quanto ao sujeito passivo.
Doloso – não há modalidade culposa
Comissivo – aceita a modalidade omissiva se for garante 
Plurissubsistente – admite a forma tentada.
Com relação a consumação no crime de roubo há uma recente jurisprudência sobre o momento da consumação:
Súmula 582 do STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.
Desse modo, aparentemente, a figura do roubo tentado está mais difícil de figurar, pois essa corte está dispensando a posse mansa e pacífica. 
Roubo próprio: ocorre quando o agente utiliza de violência ou grave ameaça para praticar o delito (modalidade prevista no caput).
Roubo impróprio – ocorre quando a violência ou grave ameaça é empreendida durante ou depois da subtração, na forma prevista no §1º do artigo 157 do CP. 
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
Desse modo, no roubo impróprio a finalidade inicial do sujeito ativo era não violenta (furto), o qual se transformou em roubo. Ex: é surpreendido dentro da residência e emprega a violência para escapar. 
Obs: Se o sujeito ativo já estava na posse mansa e pacífica da coisa (ou seja, já havia passado algum tempo da prática da subtração) e é surpreendido, e com isso, vem a empregar violência para escapar ou assegurar a coisa, será considerada a prática do furto mais o crime correspondente à violência praticada, como lesão corporal, por exemplo. 
Para ser roubo impróprio, a violência deve ser utilizada para assegurar a impunidade do crime ou assegurar a detenção da coisa alheia móvel para si ou para terceiro. O ato deverá ser contínuo (subtração mais emprego de violência/grave ameaça). Finalidade específica.
Consumação: no roubo próprio, Súmula 582 – inversão da posse mediante emprego da violência ou grave ameaça.
No roubo impróprio consuma-se com o simples emprego da violência ou grave ameaça.
OBS: A destruição da coisa faz consumar o crime em ambas as modalidades acima.
Elemento subjetivo: É o dolo, mais o fim especial de agir para si ou para outrem. Não há previsão de modalidade culposa.
Obs: No roubo impróprio o agente deverá ter um elemento subjetivo além desses que é assegurar a impunidade ou detenção da coisa.
Se a vítima nada possui? Alguns entendem como crime impossível com relação a furto e roubo.
Bitencourt entende que é tentativa de roubo; 
Grecco entende que deve se aplicar o crime de ameaça ou da violência correspondente.
Roubo de uso não existe: pode eventualmente ser considerado constrangimento ilegal. 
Causas de aumento:
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:	
Esse parágrafo 2º traz consigo as causas especiais de aumento de pena, as quais são aplicadas no terceiro momento da dosimetria da pena. São majorantes, por isso denomina-se roubo majorado.
Quanto maior a incidência de majorantes, maior a proporção da pena a ser aplicada:
Presença de mais de uma causa de aumento?
3 correntes
1 – Aplica-se apenas uma majorante – as demais ficam como circunstâncias judiciais, efetivando o aumento na primeira fase do cálculo da pena– art. 59 do CP;
2 – Aplica-se mais de uma majorante permite o julgador na terceira fase sair de 1/3 e ir mais para ½ na aplicação do cálculo; 
3 – Pode aplicar mais de uma majorante, mas aumenta somente em 1/3.
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma; 
(revogado);                (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018)
Esse inciso foi revogado em 2018. Ele abrangia arma de uma forma geral (arma de fogo e arma imprópria – tipo faca e porrete). O que se discuteé que com a mudança somente ficou a arma de fogo, incluída no §2º-A abaixo descrito. Desse modo, a utilização de armas impróprias (facas, porretes, canivetes) para a prática de intimidação no roubo não fazem mais incidir esse aumento de pena, uma vez que ele foi revogado.
É uma revogação tácita, uma lei posterior melhor (reformatio in mellius) uma vez que a alteração nova do artigo 157, nada mais falou sobre arma imprópria. 
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
No furto isso qualifica o crime. No roubo é causa de aumento. Mesmas observações relativas ao furto. Cuidar com eventuais combinações com o artigo 288 do CP para evitar o bis in idem. 
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
Dois fatores devem estar presentes: a vítima deve estar em serviço e o agente deve conhecer essa circunstância. Pode ser qualquer coisa transportada como valor. 
Obs: O office boy levando valores? Pode. O proprietário da empresa? Entende-se que não, pois não está a serviço. Tipicidade estrita.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Mesmas observações do furto. 
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Majorante inserida em função do sequestro relâmpago.
Esse inciso veio para solucionar uma questão, na qual anteriormente era aplicado o concurso entre o roubo e o 159 do CP (extorsão mediante sequestro), o que elevava demais a pena. 
Exige-se que seja a vítima do próprio roubo, senão estaremos diante de outros tipos penais.
A privação de liberdade da vítima é meio de execução do roubo, consistindo em garantia, em beneficio do agente, contra a ação policial.
A privação da vítima não pode ser prolongada – princípio da razoabilidade, pois, nesse caso, considera-se novo crime autônomo. Ex: a vítima depois do roubo permanece no carro, enquanto outros crimes são praticados.
Cuidar para não confundir com extorsão do art. 158 do CP, o qual veremos a seguir. 
NOVO: § 2º-A  A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços):                 (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo;        (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
Essa majorante incide devido ao poder de intimidação exercido sobre a vítima e não em decorrência do perigo que ela corre.
A arma deve ser de fogo apenas (princípio da taxatividade), não possibilitando analogias in mallam partem (consideram-se todas as de fogo, como revólver, pistola, metralhadoras e outras nesse sentido).
Algumas considerações doutrinárias e jurisprudenciais sobre arma de fogo:
A arma que não possuía condições de disparo não pode ser considerada para efeito desse aumento. Impossibilidade da potencialidade lesiva. 
Arma de brinquedo: Antes existia a súmula 174, a qual foi cancelada em 24/10/01, ofendia o princípio da legalidade. Desse modo, a arma de brinquedo, por mais que seja similar a uma arma de fogo, não pode ser considerada para majorar o crime de roubo.
  Súmula 174: “No crime de roubo, a intimidação feita com arma de brinquedo autoriza o aumento de pena.” (Cancelada)
Com relação a arma descarregada ou defeituosa, considera-se mero acidente se eventualmente disparar. No entanto, o STJ já decidiu algumas vezes pela incidência do aumento de pena.
Existe divergência: Alguns doutrinadores entendem que se o sujeito ativo somente mostrar que possui a arma não incide a majorante, sendo necessário o efetivo emprego da arma, pois o tipo refere violência “exercida” com o emprego de arma. Nesse caso, seria necessário empregá-la.
        II – se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.                 (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
        
Parágrafo inserido para combater regular mais especificamente os casos de roubos em caixas eletrônicos (princípio da especialidade). Antes dele, poderia se aplicar o roubo mais o crime de explosão previsto no artigo 251 do CP (em concurso material). Agora, aplica-se apenas essa majorante.
  § 3º  Se da violência resulta:                 (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) Esse artigo foi dividido em dois incisos agora
        I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa;                  (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) 
A pena máxima desse inciso I aumentou (antes era 15 anos). Trata-se do roubo qualificado pela lesão corporal (grave ou gravíssima) ou morte, ou seja, qualificado pelo resultado.
A violência física (só violência) empregada que deve causar o resultado lesão. Ex: se a vítima morrer de ataque do coração não será latrocínio, mas sim roubo mais homicídio culposo (culposo se tinha conhecimento da condição cardíaca da vítima).
A maioria da doutrina entende que o resultado pode ser imputado a título de dolo ou culpa. 
Deve ser aplicada a regra do artigo 19 do CP:
Agravação pelo resultado(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao menos culposamente.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
        II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa.                 (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
O inciso II do §3º é que corresponde ao latrocínio, o qual é considerado crime hediondo.
Para essas formas qualificadas do §3º, não se aplicam as majorantes do §2º do mesmo artigo. 
Não haverá a incidência da qualificadora do parágrafo terceiro se os agentes criminosos atingirem-se entre si. Também não incidirá se a polícia ou a vítima atingir os agentes criminosos. 
Será considerado latrocínio:
Caso o sujeito ativo venha a atirar na vítima e acidentalmente mata a outro agente criminoso. (Art. 20,§3º do CP – Erro sobre a pessoa).
E se durante o crime várias pessoas morrem? STF entende que uma única subtração, uma vítima, várias mortes, mesmo com vários atos desdobrados, há crime único. O número de mortes atua como agravante judicial na determinação da pena base. 6ª Turma 7.04.92 JSTF34/313.
Se forem várias subtrações com várias mortes? Nesse caso haverá concurso de crimes. 
A competência para julgamento dos crimes de latrocínio é do juiz comum, isto porque o principal bem jurídico protegido é o patrimônio, a não ser se esse tenha conexão com outro homicídio. 
Consumação e tentativa no latrocínio:
Homicídio consumado mais subtração consumada = latrocínio consumado
Homicídio tentado mais subtração tentada = latrocínio tentado
Homicídio consumado mais subtração tentada = divergências, mas STF já se pronunciou Súmula 610 do STF:
 Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da vítima.
Essa súmula ofende o artigo 14, I do CP – não se reúne todos os elementos do tipo complexo.
Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Crime consumado (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Tentativa (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Homicídio tentado mais subtração consumada = divergências, mas maioria por latrocínio tentado.
A ação penal para o delito do artigo 157 é pública incondicionada;
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Muito confundido com o roubo.
O bem jurídico protegido nesse caso é a liberdade individual, o patrimônio e a liberdade psíquica. 
Nesse crime a vítima é constrangida,sendo imposto a ela um comportamento positivo ou negativo para obtenção de vantagem econômica indevida. 
A obtenção da vantagem indevida é elemento especial do tipo penal.
Além disso, a vantagem é entendida em sentido mais amplo que a “coisa móvel alheia” do roubo, abrangendo o patrimônio em geral. “Qualquer vantagem de natureza econômica, gozando ou não de status de coisa móvel alheia, passível ou não de remoção”.
Nesse crime, a pessoa jurídica pode ser sujeito passivo, pois seus sócios podem ceder a um constrangimento. (Dois sujeitos passivos: o constrangido e aquele que teve o patrimônio lesionado).
Consumação:
Por ser crime formal, não necessitando resultado, se consuma quando ocorre o constrangimento. Se a vítima não se submeter, será tentativa. A obtenção da vantagem é mero exaurimento do crime. 
A súmula 96 do STJ: O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida.
O dolo é elemento especial do tipo. Não existe previsão da modalidade culposa.
A violência e a ameaça são a mesmas existentes no roubo, podendo haver o emprego de arma própria ou imprópria. 
Dicas para distinguir extorsão de roubo:
1 – observar que no roubo não há muita opção para a vítima pensar, pois o mal é iminente;
2 – No roubo, trata-se de coisa alheia móvel (mais restrita);
3 – No roubo, em geral, o sujeito ativo subtrai – dispensabilidade da conduta da vítima. Ex: Num roubo em que o ladrão está com uma faca e manda você entregar o celular, você entrega. Mesmo que você fique parado ele coloque a mão no seu bolso e retire; CONTRECTATIO- simples contato.
4 – Na extorsão, o extorsionário faz com que lhe seja entregue a vantagem econômica indevida pela vítima, a qual pode ser até um imóvel. Ex: a vítima deve entregar um bem, transferir dinheiro, transferir propriedade, títulos...TRADITIO – tradição/entrega.
Então cuidado: Eventualmente um sequestro relâmpago pode estar tipificado na extorsão e não no Art. 157, §2º, V do CP. Observe como vai se dar a ação criminosa – modus operandi, pois temos previsão parecida no 158, §3º;
Modalidades especiais ou tipos específicos:
Existe o crime de concussão, previsto no artigo 316 do CP, que é uma modalidade especial de extorsão praticada por funcionário público.
Também existe o crime do artigo 345, no qual a violência ocorre para a obtensão de pretensão legítima do sujeito ativo, diferente da extorsão onde a vantagem é indevida.
	CAUSAS DE AUMENTO NA EXTORSÃO:
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.
Mesmas observações do furto no caso de concurso de agentes.
Contudo, observar a natureza formal do crime que se consuma com a extorsão. O recebimento do resgate é mero exaurimento do crime. Caso um terceiro ingresse em fase posterior, apenas para receber o resgate (isso deve ficar provado no processo)? Segundo Grecco, ele não terá extorquido. Responderá por crime de favorecimento real. Art. 349 do CP[footnoteRef:1]. Há quem entenda que se trata de partícipe – art. 29 do CP. [1: Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime:Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
] 
MODALIDADE QUALIFICADA
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90. Mesma questão com relação a qualificadora do roubo, ou seja, qualifica no caso de extorsão seguida de lesão grave ou gravíssima e no caso de morte. Esse último (resultado morte) torna hediondo o crime. Obs: não se aplica o aumento da metade da pena previsto no artigo 9º da Lei 8072/90, devido a revogação do art. 224 do CP em 2009.
§ 3º  Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente. (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009)
A pena desse artigo é maior do que a estabelecida no roubo art. 157, §2º, V. Além disso, lá é majorante e aqui na extorsão é qualificadora. Aqui também vai incidir as penas maiores no caso de resultado lesão ou morte (as mesmas do artigo 159 do CP). Violação da proporcionalidade das penas, pois o delito é semelhante ao roubo, mas a pena muito maior.
Aqui, dependerá de uma maior atuação da vítima e da contextualização do mal que não é imediato. Ocorre a traditio. No entanto, as situações fáticas são muito semelhantes. É possível ocorrer casos em que o modo da prática seja muito semelhante e, conforme o julgador, modificar. O problema são as penas que são bem diferentes. 
Extorsão mediante seqüestro
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90    (Vide Lei nº 10.446, de 2002)
Pena - reclusão, de oito a quinze anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Observar que o termo correto agora é associação criminosa.
Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
§ 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)Não se aplica se o resultado morte advém de caso fortuito ou força maior.
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 9.269, de 1996) Caso de delação premiada.
É a modalidade especializada de extorsão que utiliza como meio, a liberdade da vítima.
A vítima é o próprio meio de obtenção da vantagem. 
Trata-se de tipo complexo, pois é a fusão de várias figuras típicas.
O bem jurídico tutelado é o patrimônio, mais a liberdade individual, mais a integridade física e psíquica. 
É crime permanente, pois o momento da consumação se prolonga no tempo.
Elemento subjetivo: É o dolo de privar a liberdade, com o especial fim de agir de obtenção da vantagem patrimonial. 
Elementos:
Privação da liberdade de alguém;
Especial fim de agir que é obter para si ou para outrem qualquer vantagem como condição ou preço do resgate;
(É a mesma privação de liberdade do art. 148 do CP, só que aqui existe o especial fim de agir para a obtenção da vantagem econômica).
Posição majoritária: a questão do “qualquer vantagem” descrita no tipo: deve ser vantagem de natureza patrimonial. A leitura do artigo deve ser sistemática, lembrando que esse delito está no rol dos delitos contra o patrimônio. 
Se o sujeito ativo buscar outro tipo de vantagem, além da vantagem patrimonial, deve ser observado o eventual concurso de crimes.
Objeto material: é a pessoa contra a qual recai a privação da liberdade, mediante o sequestro. 
Consumação: Se dá com o sequestro, independente da obtenção da vantagem. E se a pessoa for encontrada antes do primeiro contato com a família? Deverá ficar provado que havia a intenção de obtenção da vantagem patrimonial para poder incidir esse tipo, caso contrário, desclassifica-se para o crime de sequestro do artigo 148 do CP.
Admite a forma tentada.
OBs: No caso da incidência de mais de uma qualificadora, sugere-se a aplicação da mais grave e a utilização das demais como para a aplicação da pena base – art. 59 do CP ou ainda, de agravantes, como é o caso da vítima maior de 60 anos (art. 61, II “h” do CP). 
Obs: Para o delito de latrocínio, extorsão seguidade morte e extorsão mediante sequestro, não se aplica mais o artigo 9º da Lei 8072/90, pois entende-se que o artigo 224 do CP foi revogado. 
Obs2: No caso de aplicação da qualificadora do parágrafo 1º pela prática do artigo 159 do CP por bando ou quadrilha, é possível haver concurso com o artigo 288 do CP (associação criminosa)? Entendo que não, mas existem posições contrárias. 
Extorsão indireta
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Modalidade especial de extorsão. Nesse tipo penal deve haver dívida prévia entre o sujeito ativo e o sujeito passivo e esse documento é que faz com que ele fique com a garantia de que irá receber esse valor devido.
Tal documento dado pela vítima ao credor (Sujeito ativo), poderá gerar a ela um “procedimento criminal”, entendido pela doutrina como um inquérito policial, denúncia pelo MP e, até mesm,o o processo penal. 
Exemplos: A vítima assina uma nota promissória de um valor que não deve; A vítima assina documento confessando crime (imagine aqui um crime de natureza econômica, por exemplo). 
OBS1: O exemplo mais habitual da doutrina se refere à vítima endividada que fornece cheque sem provisão de fundos como garantia de dívida. (Aqui muito cuidado! Esse cheque deverá ser pré-datado para caracterizar o crime do art. 160, senão será crime de estelionato (Súmula 246 do STF). Porém, outra parte da doutrina fala que cheque pré-datado não tem capacidade de gerar procedimento criminal, por isso não caracteriza o tipo do artigo 160. Falaremos mais do tema quando estudarmos estelionato do artigo 171.
OBS2: O Agiota, tem seu crime definido na Lei 7.492 de 16 de junho de 1986. Assim dispõe o artigo 8º.
“Art. 8º - Exigir, em desacordo com a legislação (Vetado), juro, comissão ou qualquer tipo de remuneração sobre operação de crédito ou de seguro, administração de fundo mútuo ou fiscal ou de consórcio, serviço de corretagem ou distribuição de títulos ou valores mobiliários:
Pena - Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa."
Além disso, o artigo 71 do Código de Defesa do Consumidor proíbe “utilizar, na cobrança de dívidas, de ameaça, coação, constrangimento físico ou moral, afirmações falsas incorretas ou enganosas ou de qualquer outro procedimento que exponha o consumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira com seu trabalho, descanso ou lazer”. Ele prevê detenção de três meses a um ano, além de multa.
Desse modo, acredita-se que, em virtude do advento de Leis especiais, o crime do artigo 160 não se aplicaria aos casos de agiotagem (existem divergências).
CAPÍTULO III DA USURPAÇÃO
Alteração de limites
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem:
Usurpação de águas
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;
Esbulho possessório
II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
Observar aqui que o Estado poderá efetivar desapropriações quando houver interesse social, na forma do artigo 184 da CF. 
(Movimentos “Sem terra” e “Sem Teto”, por exemplo, sustentam a exclusão da ilicitude de seus atos, devido ao estado de necessidade – tema controvertido!)
Supressão ou alteração de marca em animais
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
	Protege-se o patrimônio imóvel.

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