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ENDOMETRIOSE EQUIPE HÉRRILA VELOSO LUCAS SEBADELHE NELSON NETO RAFAEL SOBRAL RAÍSSA VILELA PERÍODO: 6º SEMESTRE: 2020.1 TURMA: A PROFESSORA: ETIENE GALVÃO CLÍNICA Paciente, 29 a, feminino, parda, casada, professora, natural e procedente de Pedras de fogo-PB. IDENTIFICAÇÃO HISTÓRIA Dor e falta de ar há 02 meses. QUEIXA PRINCIPAL Paciente comparece ao serviço de Urgência e Emergência queixando-se de dor pélvica de forte intensidade e dor contínua no hemitórax direito. Concomitante ao quadro refere dispneia sem esforço. A paciente relata que os sintomas são de caráter cíclico com gravidade aumentada durante o período menstrual e que os mesmos se iniciaram a cerca de três anos, porém aumentaram de intensidade nos últimos dois meses. HDA CLÍNICA Hipertensa, em uso de losartana 50 mg 1x ao dia. Nega outras comorbidades e nega alergia medicamentosa. ANTECEDENTES PESSOAIS HISTÓRIA Mãe hipertensa e diabética. Demais familiares de primeiro grau, hígidos. ANTECEDENTES FAMILIARES Tabagista (5,5 maços/ano) e faz uso de bebidas alcoólicas socialmente. HBPS HGO Menarca aos 14 anos. Sexarca aos 16 anos. Ciclos menstruais regulares, 27/27 dias. G0P0A0, relata dificuldades para engravidar. Não faz uso de método contraceptivo no momento. FÍSICO EXAME • BEG, LOTE, fácies álgica, mucosas normocoradas e escleras anictéricas. GERAL • FC = 104bpm • FR = 14ipm • Tax = 36,3°C • PA = 135x70mmHg. SSVV PELE E FÂNEROS APARELHO RESPIRATÓRIO • Tórax assimétrico, com leve expansão do hemitórax direito. Murmúrio vesicular e frêmito –toracovocal diminuídos. Som com timpanismo predominante à percussão. Expansibilidade diminuída com predominância em hemitórax direito. • Pelos e fâneros bem implantados e panículo adiposo bem distribuído. FÍSICO EXAME • Ictus não visível e não palpável. À ausculta, BNRNF-2T, ausência de sopros. APARELHO CV HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS Copyrights apply Copyrights apply EXAMES COMPLEMENTARES HEMOGRAMA EXAMES DE IMAGEM HEMOGRAMA Eritrograma Valores encontrados Valores de referência Hemácias 5,69 milhões/mm³ 4,5 a 5,9 milhões/mm³ Hemoglobina 13,90 g/dL 12,0 a 17,5 g/dL Hematócrito 41,20% 38% a 57% VCM 79,41fl 78 a 100fl HCM 29,43pg 25 a 37pg CHCM 33,74g/dL 31 a 37g/dL RDW 14,8% 10 a 15% RADIOGRAFIA GOOGLE IMAGENS (2020) • A ressonância magnética (RM) dos nódulos pode revelar achados semelhantes aos da TC. • A resolução espacial aprimorada da RM pode permitir a imagem de pequenos endometriomas pleurais ou diafragmáticos caracterizados pela presença de pequenas lesões hiperintensas císticas nas imagens ponderadas em T1 da pleura visceral ou parietal (UPTODATE, 2020) RESSONÂNCIA MAGNÉTICA RM, T1 e T2, com e sem supressão de gordura, evidenciaram lesões nodulares hiperintensas na pleura com difusão restrita, sugestiva de endometrioma. US TRANSVAGINAL Revelou massa cística, multiloculada, nos anexos à direita, que sugeria endometrioma e hematossalpinge ipselateral. CONDUTA DIAGNÓSTICA • DEFINIDA COMO O DESENVOLVIMENTO DE TECIDO ENDOMETRIAL - GLÂNDULAS E ESTROMA - FORA DA CAVIDADE UTERINA, O QUE RESULTA EM UM PROCESSO INFLAMATÓRIO CRÔNICO. • ENFERMIDADE • CRÔNICA • BENIGNA • INFLAMATÓRIA • ESTROGÊNIO-DEPENDENTE CONCEITO LOCAIS DE IMPLANTAÇÃO MAIS FREQUENTES SÃO AS VÍSCERAS PÉLVICAS E O PERITÔNIO. 10% PREDOMINANTE NAS MULHERES EM IDADE REPRODUTIVA 25% MULHERES INFÉRTEIS +20% PACIENTE AFETADA MAIS CHANCE DE APRESENTAR INFERTILIDADE EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA A INFLUÊNCIA DA IDADE, RAÇA E STATUS SOCIOECONÔMICO NA PREVALÊNCIA DA ENDOMETRIOSE É CONTROVERSA. A idade média de diagnóstico de endometriose varia entre 25 a 30 anos. Em mulheres jovens com idade inferior aos 17 anos, a maioria dos casos está associada a malformações mullerianas, obstrução cervical ou vaginal. • Principal causa ginecológica de dor pélvica crônica em mulheres • Predomina em mulheres em idade reprodutiva • Encontrado também em adolescentes e mulheres pós menopausa com terapia hormonal ? FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO INFERTILIDADE NULIPARIDADECICLOS MAIS CURTOS MENARCA PRECOCE HIPERMENORREIA ACO ? MAL FORMAÇÕES CONGÊNITAS ALIMENTAÇÃO RICA EM GORDURA E CARNE VERMELHA FATORES DE RISCO FATORES DE RISCO FATORES GENÉTICOS TRATAMENTO PRÉVIO DA ENDOMETRIOSE (REICIDIVA) BAIXOS ÍNDICES DE MASSA CORPORAL GESTAÇÃO TARDIA RAÇA BRANCA E ASIÁTICA CONSUMO EXAGERADO DE CAFÉ E ÁLCOOL FATORES DE PROTEÇÃO EXERCÍCIOS E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL AUMENTO DO IMC AUMENTO DA RAZÃO CINTURA QUADRIL LACTAÇÃO MULTIPARIDADE MENSTRUAÇÃO RETROGRÁDA O sangue menstrual ocasiona um refluxo de fragmentos do endométrio para as tubas uterinas 01 Células endometriais viáveis são enviadas a sítios distantes da pelve Células tronco teriam um possível papel na origem dos focos de tecido endometrial ectópico Células indiferenciadas sofreriam transformações e desenvolveriam tecido endometriótico Remanescentes dos ductos de Müller se transformariam em focos de tecido endometrial METÁSTASE LINFOVASCULAR CÉLULAS TRONCO METAPLASIA CELÔMICA 02 RESTOS EMBRIONÁRIOS 04 03 05 TEORIAS ETIOPATOLÓGICAS PATOGENIA Mais estudos são necessários para elucidar o papel desses genes e alterações gênicas nas lesões de endometriose profunda. Essas mutações foram encontradas apenas nas células epiteliais, mas não estromais, o que sugere uma pressão seletiva única. • Multifatorial • A metanálise de oito estudos de associação em todo o genoma identificou pelo menos seis regiões genômicas que são estatisticamente associadas à endometriose. • Além disso, um estudo que analisou o sequenciamento do exoma de lesões não endigniais de endometriose profunda relatou mutações somáticas em 79% das lesões e mutações nos genes controladores de câncer conhecidos ARID1A, PIK3CA, KRAS e PPP2R1A em 26% das lesões. Atualmente acredita-se que não apenas um, mas sim um conjunto de fatores possa interagir para gerar a endometriose. ORGANOGRAMA- ENDOMETRIOSE Distúrbios no ciclo celular Maior capacidade de Angiogênese Secreção Anômala de citocinas FATOR AMBIENTAL + GENÉTICO ALTERAÇÕES ENDOMETRIAIS ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS Aumento da expressão de colagenases Expressão aberrante de proteínas de adesão Comprometimento De Imunidade Celular Menstruação Retrógrada QUADRO CLÍNICO “É uma dor horrível” “É como se um desentupidor de pia estivesse acoplado na vagina e a puxasse com toda pressão o útero e os ovários em sua direção” “É uma dor tão profunda que caminha pelo corpo, deixando um sentimento de incapacidade, chegando a doer na alma” “A barriga fica em carne viva, uma ferida aberta, uma dor da morte, de desespero, você não sabe se grita, chora, rola pelo chão, algo que não se deseja para pior inimiga.” “Uma dor que não se tem dimensão do tamanho” Depoimentos de Mulheres portadoras da endometriose- SBE QUADRO CLÍNICO Pode estar associada a sintomas gastrointestinais: Dor, Náuseas, Vômito, Distensão abdominal, Alteração do hábito intestinal A maioria das mulheres com a doença apresenta uma alteração característica da motilidade Suspeita de endometriose DOR PÉLVICA CRÔNICA INFERTILIDADE DISPANEURIA DISMENORREIA * Pode ser assintomática até em mulheres com doença mais avançada DIFÍCIL DIAGNÓSTICO A média estimada do tempo entre o início dos sintomas referidos pelas pacientes até o diagnóstico definitivo é de aproximadamente 7 anos QUADRO CLÍNICO DOR MULHERES ADULTAS A dismenorreia pode ser particularmente sugestiva de endometriose se começar após anos de menstruação sem dor ADOLESCÊNCIA A dor pode surgir logo após a menarca sem que haja um período de menstruação sem dor Em geral, a dismenorreia surge antes do início do sangramento menstrual e continua durante todo o período menstrual Todos os tipos de endometriose estão associados à dor pélvica, inclusive a endometriose mínima a leve A intensidade da dor relacionadaà profundidade da lesão: pacientes com acometimento mais profundo que 6mm têm dor mais intensa QUADRO CLÍNICO INFERTILIDADE Relação de causalidade: endometriose x infertilidade • A prevalência de endometriose na população infértil varia de 5-50% • Tem sido relatado que mulheres inférteis possuem 6-8x maior probabilidade de desenvolver endometriose • A fecundidade que varia de 15-20% em casais normais, tem média de 2-10% em casais nos quais há mulher com endometriose não tratada. Contribuem para alterações na ovulação e, portanto, têm papel na infertilidade: • A insuficiência da fase lútea • Alteração da secreção de prolactina e da fase folicular • Alteração da anatomia pélvica pelo processo inflamatório QUADRO CLÍNICO Endometriose extrapélvica Suspeita quando há sintomas de dor ou massa palpável fora da pelve com padrão cíclico, embora algumas vezes seja assintomática A endometriose com acometimento do sistema intestinal é o local mais comum de doença extrapélvica Outros tipos: Endometriose pulmonar, vesical, umbilical, do apêndice O tratamento da endometriose extragenital depende do local QUADRO CLÍNICO FORMAS CLÍNICAS • Suas várias formas de apresentação incluem implantes peritoneais superficiais e profundos, aderências e cistos ovarianos. • As aderências podem ser mínimas ou extensas e, neste último caso, envolvem frequentemente o intestino, a bexiga e o ureter. • Os cistos endometrióticos maciços comumente distorcem a anatomia tubo-ovariana. FORMAS CLÍNICAS ASPECTO MACROSCÓPICO DAS LESÕES • As lesões atípicas se apresentam através de vesículas, lesões vermelhas em chama de vela, defeitos peritoneais (janela peritoneal) e finas aderências (em véu de noiva) no hilo ovariano ou no fundo de saco posterior. FORMAS CLÍNICAS ASPECTO MACROSCÓPICO DAS LESÕES • As lesões típicas são consideradas de acordo com sua evolução e idade, a saber: • Vermelhas: São muito ativas. Podem se apresentar como petéquias; • Pretas: são menos ativas. Descritas como “queimadura por pólvora”. Podem se apresentar como nódulos pretos, castanho-escuros (café com leite) ou azulados, ou como pequenos cistos contendo hemorragia antiga circundada por um grau variável de fibrose; • Brancas: são consideradas resquícios cicatriciais. VERMELHAS (MAIS ATIVAS) PRETAS (MENOS ATIVAS) BRANCAS (CICATRICI AIS) PROGRESSÃO DAS LESÕES ENDOMETRIAIS FORMAS CLÍNICAS MEDCURSO (2018) MEDCURSO (2018) FORMAS CLÍNICAS FORMAS CLÍNICAS- ASPECTO MICROSCÓPICO DAS LESÕES • Na microscopia, são observadas glândulas e estroma endometriais com ou sem macrófagos repletos de hemossiderina. SÍTIOS DE ACOMETIMENTO MEDCURSO (2018) DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO PRESUNTIVO • Devido à dificuldade e demora do diagnóstico definitivo, vemos que a sintomatologia, exames físico e de imagem são suficientes para um diagnóstico presuntivo. • Este diagnóstico presuntivo e clínico é suficiente para início de terapia de baixo-risco e alta tolerância (ex: ACO), porém, caso esta terapia seja refratária, não há exclusão do diagnóstico. GOOGLE IMAGENS (2020) DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO CLÍNICO E LABORATORIAL • Inspeção de vulva, vagina, colo uterino. • Toque bimanual, buscando nodulações nos ligamentos uterossacros e em fundo de saco. • Este exame é limitado, e caso negativo não exclui o diagnóstico • O marcador CA 125 é utilizado, com suspeita diagnóstica se níveis séricos maiores que 35 UI/ml • Também de uso limitado, melhor utilizado para acompanhamento clínico. • Outras condições são relacionadas com seu aumento sérico, como neoplasias ovarianas, sendo um exame de baixa especificidade GOOGLE IMAGENS (2020) MEDCURSO (2018) DIAGNÓSTICO ULTRASSONOGRAFIA TRANSVAGINAL • Exame com alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de endometrioma ovariano, porém incapaz de identificar endometriose peritoneal • Útil para diagnóstico diferencial de neoplasias ovarianas • Achados com ecogenicidade em “vidro fosco do líquido cístico, um a quatro lóculos e ausência de partes sólidas” • A USG apresenta uma sensibilidade de 92% e especificidade de 99% no diagnóstico do endometrioma. • Visando a diferenciação com cistos hemorrágicos ou do corpo lúteo, idealmente a USG deve ser realizada na primeira fase do ciclo menstrual. UPTODATE (2020) DIAGNÓSTICO LAPAROSCOPIA-ACHADOS • Endometrioma Ovariano • Inspeção das duas faces dos ovários, podendo ser dificultada pela existência de aderências • Os endometriomas apresentam um “líquido chocolate” • Endometriomas precisam ser biopsiados e passar por exame anatomopatológico • Endometriose Peritoneal • Lesões em “queimadura por pólvora” e “lesão por projétil” • Podem apresentar “lesões em chama de vela” • Endometriose Profunda Infiltrativa • Localizada no fundo de saco • As lesões não representam a real dimensão da doença, causando uma subestimação dela. UPTODATE (2020) DIAGNÓSTICO RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE ABDOME E PELVE • Não pode substituir a videolaparoscopia por apresentar algumas limitações, como a detecção de pequenos implantes peritoneais. IMPORTANTE Tanto a ultrassonografia (transretal e/ou transvaginal) quanto a ressonância magnética podem ser usadas para mapear a extensão da doença. A escolha do método depende das circunstâncias individuais do caso, bem como da experiência do radiologista. MEDCURSO (2018) DIAGNÓSTICO CISTOSCOPIA, UROGRAFIA EXCRETORA E URORRESSONÂNCIA • Exames para avaliação do aparelho urinário são muito importantes nas pacientes com EIP. RETOSSIGMOIDOSCOPIA E COLONOSCOPIA • Exames oferecem pouco ganho na avaliação da endometriose intestinal, visto que raramente a doença compromete a mucosa. DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DEFINITIVO • O diagnóstico definitivo é feito a partir do exame anatomopatológico de lesão biopsiada durante cirurgia, tipicamente a laparoscopia, sendo este o padrão-ouro segundo organizações internacionais (NICE e ESHRE). • Alguns especialistas consideram a confirmação visual por cirurgião experiente como suficiente para diagnóstico definitivo, porém é altamente dependente da experiência do cirurgião. • Segundo a portaria nº 879 de 2016 do MS: “a laparoscopia com inspeção direta da cavidade e visualização dos implantes, não necessitando de biópsia para confirmação histopatológica”. • Em geral, o diagnóstico final pode demorar de 7 a 12 anos, devido aos sintomas comuns com outras afecções ginecológicas e com gastrointestinais, além dos riscos do diagnóstico por vias cirúrgicas A seta aponta epitélio glandular endometrial e estroma circundante. Microfotografia de implante endometrial peritoneal. Importante notar que anatomopatológico negativo não exclui diagnóstico de endometriose UPTODATE (2020) LET’S SEE A VIDEO CLASSIFICAÇÃO DA ENDOMETRIOSE • Atualmente, a classificação é cirúrgica e tem por base os critérios revisados da American Society of Reproductive Medicine. • O estadiamento não está correlacionado com o prognóstico ou nível de dor, sendo a dor correlacionada à profundidade do implante e inervação do local. • Contudo, há relação inversa entre o estágio da doença e o prognóstico de tratamentos para fertilidade. UPTODATE (2020) CLASSIFICAÇÃO DA ENDOMETRIOSE • Estágio I – Doença mínima, com implantes isolados e sem aderências de significância • Estágio II – Endometriose leve, que consiste em implantes superficiais que são menores que 5cm de agregado, espalhados pelo peritônio e ovários. Sem aderências significantes. • Estágio III – Endometriose moderada, de implantes superficiais e profundos múltiplos. Adesões peritubárias e periovarianas possivelmente evidentes. • Estágio IV – Endometriose severa, de implantes superficiais e profundos múltiplos, incluindo grandes endometriomas ovarianos. Adesões membranosas e densas geralmente presentes. CLASSIFICAÇÃO DA ENDOMETRIOSE UPTODATE (2020) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DIP ADENOMIOSE DOENÇA DIVERTICULAR CISTITE INTERSTICIAL SÍNDROME DO CÓLON IRRITÁVEL TUMORES OVARIANOS CÂNCERDE CÓLON • Expectante ? • Sintomático/ medicamentoso? • Cirúrgico • Restaurar a fertilidade TRATAMENTO- GENERALIDADES Não existe receita de bolo para tratamento da endometriose!! Temos que tratar cada caso INDIVIDUALMENTE!!!! MAS E AÍ... TODA MULHER QUE TEM ENDOMETRIOSE NÃO PODE ENGRAVIDAR, CERTO? TRATAMENTO- GENERALIDADES DIRECIONAMENTO DAS CONSULTAS • O tratamento é necessário. • Apesar de considerada progressiva, a endometriose pode permanecer estável e, em alguns casos, regredir sem tratamento. • Mulheres com doença mínima*; • Mulheres na perimenopausa. • AINH apenas para controlar a dor. • Pacientes cuja queixa principal é a dor devem ser manejadas com medicamentos ou cirurgia. • E aquelas pacientes que cuja queixa é a infertilidade? • Ressecção ou ablação laparoscópica das lesões de endometriose mínima/leve • Os tratamentos clínico e cirúrgico são recomendados para pacientes que apresentam sintomas mais graves. TRATAMENTO- GENERALIDADES TRATAMENTO- ECO SYSTEM • Sistema para avaliação da conduta em pacientes com endometriose. • Este sistema leva em consideração a queixa clínica da paciente, os achados do exame físico e/ou de imagem e o desejo da paciente, qualificando e quantificando mediante escore cada um desses três parâmetros. • A conduta é sugerida pelo ECO a partir do escore total obtido, de 0 a 3 sugere acompanhamento clínico, escore 4 permite acompanhamento clínico ou intervenção cirúrgica e o escore de 5 a 6 sugere cirurgia (LASMAR, 2017) TRATAMENTO- GENERALIDADES TRATAMENTO CLÍNICO ACO CONTÍNUO • A amenorreia deve ser induzida por cerca de 6 a 12 meses. • Cerca de 60 a 95% das pacientes referem melhora da dor pélvica. • No entanto, algumas mulheres podem experimentar piora transitória dos episódios álgicos no início do tratamento. • Este fato é atribuído ao componente estrogênico da pílula que promove estímulo ao crescimento endometrial. TRATAMENTO CLÍNICO PROGESTOGÊNIOS • Agem produzindo decidualização e atrofia do tecido endometrioide. • Acetato de medroxiprogesterona • Seus efeitos colaterais incluem retenção hídrica, hemorragia de privação, náuseas e ganho ponderal. • Dienogeste TRATAMENTO CLÍNICO PROGESTOGÊNIOS • O SIU liberador de levonorgestrel (Mirena®) parece ser uma boa opção para o tratamento da dor pélvica e dismenorreia, sem o inconveniente da perda óssea associado ao tratamento com progestogênio de depósito. GOOGLE IMAGENS (2020) TRATAMENTO CLÍNICO DANAZOL • O danazol é efetivo em regredir implantes nos casos de dor considerados leves a moderados. • Mais de 80% das pacientes experimentam alívio dos sintomas álgicos com a terapia. • Cistos endometrióticos grandes e aderências respondem mal à terapia. GESTRINONA • É um agente antiprogestacional de longa ação com efeitos androgênicos, antiestrogênicos e antiprogestogênicos. • Seu mecanismo de ação e efeitos colaterais são semelhantes aos do danazol. • Comodidade posológica: 2,5 a 10 mg por via oral, duas vezes por semana. PSEUDOMENOPAUSA AÇÃO ANDROGÊNICA TRATAMENTO CLÍNICO Agonistas do Hormônio Liberador de Gonadotrofinas – GnRH • Foi o padrão-ouro durante muito tempo → apresentam um bom resultado sintomático. • Qual seria o grande problema desse análogo? • Hipogonadismo-Hipogonadotrófico • Despertam como efeitos colaterais: fogachos, ressecamento vaginal, redução da libido e dispareunia. • A perda da matriz óssea pode ser importante. Add – back therapy Efeito Flare Up TRATAMENTO CLÍNICO INIBIDORES DA AROMATASE • Regulação da formação local de estrogênio nos tecidos endometrióticos, além de inibir a produção ovariana e periférica (tecido adiposo) de estrógenos. • Grande promessa no manejo terapêutico da endometriose TRATAMENTO E PARA AQUELAS PACIENTES QUE TÊM O DESEJO DE ENGRAVIDAR? • ↑↑ taxas de fertilidade após a laparoscopia. • E depois? • Refazer os focos • Tratamento Clínico não resolveu, e agora? TRATAMENTO CIRÚRGICO ABORDAGEM CIRÚRGICA • A cirurgia está indicada quando os sintomas da endometriose são graves, incapacitantes ou agudos; • A cirurgia é preferida ao tratamento clínico • Quando existe distorção da anatomia pélvica; • Cistos endometrióticos, ou obstrução intestinal ou do trato urinário. • No controle da dor, a cirurgia citorredutora melhora este sintoma em até 86% das pacientes. TRATAMENTO CIRÚRGICO AVALIAÇÃO DO PROGNÓSTICO E RISCO CIRÚRGICO AUXILIA NA PROGRAMAÇÃO CIRÚRGICA → GARANTE QUE NÃO SE PERCA NENHUMA LESÃO (LASMAR, 2017) TRATAMENTO CIRÚRGICO ABORDAGEM CIRÚRGICA CONCERVADORA • Preserva o útero e o tecido ovariano • Vantagens da abordagem videolaparoscópico • Sucesso terapêutico é cirurgião dependente UPTODATE (2020) PRINCIPAL MÉTODO TERAPÊUTICO TRATAMENTO CIRÚRGICO ABORDAGEM CIRÚRGICA DEFINITIVA • HTA • Ooforectomia bilateral CIRURGIA CITORREDUTORA TRATAMENTO CIRÚRGICO INFERTILIDADE • Cirúrgico – retirada dos focos e aderências (correção da distorção da anatomia pelvica) ENDOMETRIOSE PROFUNDA = FIV E a nossa paciente do caso clínico, como deveremos proceder no caso dela? • Endometriose Torácica • Mulheres jovens na menacne com pneumotórax catamenial ou hemotórax • Os achados do exame podem revelar sons respiratórios reduzidos e / ou desvio traqueal. • Sintomas e sinais geralmente são do lado direito. • O pneumotórax devido à endometriose torácica é tratado principalmente pelo gerenciamento definitivo do recurso de apresentação (por exemplo, drenagem do pneumotórax no tubo torácico), seguido pela prevenção secundária de recorrência (por exemplo, blebectomia e pleurodese e supressão hormonal). • Após o diagnóstico, sugerimos terapia supressora hormonal pós- operatória por 6 a 12 meses, em vez de nenhuma terapia, para reduzir o risco de recorrência. • O agente de escolha para a supressão hormonal inclui Dienogest , contraceptivos orais e análogos do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). TRATAMENTO UPTODATE (2020) https://www.uptodate.com/contents/dienogest-united-states-not-available-drug-information?search=Endometriose+tor%C3%A1cica&topicRef=6687&source=see_link TRATAMENTO DOR Inicialmente clínico: • Pílula combinada • Progesterona • Análogo GnRH • Inibidores da aromatase ENDOMETRIOMA Cistectomia INFERTILIDADE Tratamento clínico não resolve • Endometriose mínima / leve: laparoscopia • Endometriose severa: FIV (fertilização in vitro) Copyrights apply FLUXOGRAMA YELLOWBOOK: FLUXOS E CONDUTAS- GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA TRATAMENTO DOR Inicialmente clínico: • Pílula combinada • Progesterona • Análogo GnRH • Inibidores da aromatase ENDOMETRIOMA Cistectomia INFERTILIDADE Tratamento clínico não resolve • Endometriose mínima / leve: laparoscopia • Endometriose severa: FIV (fertilização in vitro) TRATAMENTO E para sintomática psicológica da endometriose? Inferioridade Depressão Raiva MedoFrustrações Culpas Tristezas profundas Baixa autoestima TRATAMENTO SAINDO DA PSICOTERAPIA ... TRATAMENTO REFERENCIAS • BEREK, Jonathan (ed.). Berek & Novak | Tratado de Ginecologia, 15ª edição. Guanabara Koogan, 03/2014. • ENDOMETRIOSIS: diagnosis and management. NICE Guideline. Reino Unido, p. 1-24. 6 set. 2017. • LASMAR, Ricardo Bassil. Tratado de Ginecologia. In: LASMAR, Ricardo Bassil; LASMAR, Bernardo Portugal. Endometriose. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Cap. 22. • URBANETZ, Almir (coord.). Ginecologia e Obstetrícia Febrasgo para o Médico Residente. Manole, 01/2016. ENDOMETRIOSE
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