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UC2- SP1- Relatorio Final

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20
Fundação Integrada Municipal de Ensino Superior
 Centro Universitário de Mineiros
 Campus Trindade
Curso de Medicina
Tutoria
SITUAÇÃO PROBLEMA 1 – A VIDA CONTINUA
Ana Carolina Moreira de Brito / 201910632
Henrique Alvarenga Aratake / 201910659
Maria Eduarda Borges Vitor / 201910685
Vitória Silva Cassemiro / 201910702
Lucas Matheus Rocha / 201910643
Tânia Laís Pereira Reis/ 201910697
Hyago Rodrigues Cândido/ 201910660
Lívia Ribeiro Lima/ 201910681
Jessyca Zanella F de Oliveira / 201910669
Daniele da Silva Almeida Fraga / 201910648
GeovannaKarolliny Marques Moreira / 201910656
William Borges de Menezes Filho / 201910703
Jordana Araújo Borges / 201910670
João Paulo Ávila Fernandes / 201910641
Lucas Lourencio Borges / 201910683
Pedro Henrique Gomes Santana / 201920193
Káritta Rosa da Cruz Sena / 201910674
Paula Moreira Peres / 201910630
Trindade – GO
15/04/2020
Sumário
1-	INTRODUÇÃO	3
2-	OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM	4
3-	RESPOSTAS E DISCUSSÃO	5
4-	CONCLUSÃO	19
5-	REFERÊNCIAS	20
1- INTRODUÇÃO
Nessa situação problema será feito o estudo do Câncer de mama, desde a epidemiologia ao tratamento desse tipo de câncer. O câncer de mama deve ser algo de atenção dos profissionais de saúde e das mulheres, e por isso nesse problema será destacado os fatores de risco, os sinais clínicos e as políticas de prevenção. Dessa forma, é esperado que ao fim do problema seja compreendido a importância do rastreamento e diagnóstico de mama para a o prognóstico da doença e entendimento do Caso Clinico da SP1 vivido por NARA que foi diagnosticada com um pequeno nódulo mamário.
2- OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
· Descrever a epidemiologia e os fatores de risco do câncer de mama.
· Descrever a fisiopatologia do câncer de mama e relacioná-los 
· às manifestações clínicas.
· Diferenciar os tipos de câncer de mama.
· Caracterizar os métodos diagnósticos e os planos terapêuticos para o câncer de mama, correlacionando o resultado do tratamento à qualidade de vida da mulher.
· Identificar as complicações do tratamento e das complicações do câncer de mama.
· Descrever as políticas públicas para a prevenção, o tratamento e o seguimento da mulher quanto ao câncer de mama.
3- RESPOSTAS E DISCUSSÃO
3.1- Descrever a epidemiologia e os fatores de risco do câncer de mama.
O câncer de mama é a quinta causa de morte no mundo e a que mais acomete mulheres. No Brasil, ele se encontra em segundo lugar em acometimento feminino atrás do câncer de pele não melanoma e em primeiro lugar na causa de morte por câncer da população feminina, com maiores taxas na região sul e sudeste.
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), a incidência deste câncer e o risco de óbito tende a aumentar a partir dos 40 anos, enquanto abaixo desta idade atinge dessa maneira menos de 10 mulheres a cada 100 mil, e acima dos 60 anos esse valor é multiplicado por 10.
Os fatores de risco do câncer de mama são muitos já que ele não possui causa única. Dentre eles estão sexo feminino, idade, histórico familiar ou pessoal, histórico de doença mamária benigna, histórico de câncer de ovário, fatores hormonais, menopausa tardia, gestação depois dos 30 anos, nenhuma gestação a termo e fatores comportamentais/ambientais.
De caráter hereditário, o câncer de mama acomete de 5 a 10% de todos os casos e as mutações gênicas, especialmente BRCA1 e BRCA2, 80% dos carcinomas. O BRCA1 está relacionado com a supressão tumoral aumentando o risco de desenvolvimento do câncer de mama de 60 a 85%. Mulheres portadoras desses genes podem ter seus riscos reduzidos se houver monitoramento clínico, quimioprofilaxia e cirurgia profilática.
Os fatores hormonais estão relacionados com a atividade e quantidade de estrogênio, dentre eles menarca precoce, uso de contraceptivos orais e terapia de reposição hormonal pós-menopausa. 
Fatores comportamentais/ambientais incluem fatores de risco modificáveis como obesidade pós menopausa, inatividade física e ingestão de álcool. Inclui também como fator de risco para o câncer de mama, a exposição à radiação ionizante sejam doses altas e moderadas ou baixas e frequentes
3.2- Descrever a fisiopatologia do câncer de mama e relacioná-los 
· às manifestações clínicas.
Os principais fatores de risco são hormonais e genéticos. Em termos etiopatogenéticos, os carcinomas da mama podem ser divididos em dois grandes grupos: (a) carcinomas hereditários; (b) carcinomas não hereditários ou esporádicos.
Os carcinomas hereditários representam 5 a 10% dos carcinomas da mama. Cerca de 90% desses casos são devidos a mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 2, ambos genes supressores de tumor. O BRCA 1 localiza-se na região 17q21. Indivíduos com mutação nesse gene têm risco elevado de desenvolver câncer da mama (50 a 80% aos 70 anos; o risco da população normal é de 12%) e do ovário (40 a 50% aos 70 anos; o risco da população normal é de 1,3%). O BRCA 2 localiza-se na região 13q12-13. Mutações constitucionais nesse gene aumentam sensivelmente o risco de desenvolver carcinoma da mama, tanto no gênero feminino (50 a 70% aos 70 anos) como no masculino (5 a 7%; o risco da população geral é de 0,02%). Mutações no BRCA 2 também aumentam o risco de câncer do ovário (10% aos 70 anos).
Tanto o BRCA 1 como o BRCA 2 são genes grandes e não possuem sítios preferenciais de mutações, exceto em alguns grupos populacionais, como judeus. Muitas vezes, somente critérios clínicos são pouco fidedignos para sugerir alterações nesses genes, tendo os aspectos morfológicos maior interesse; tumores associados a mutações nesses genes têm características histológicas especiais. Os carcinomas associados a mutações no BRCA 1 caracterizam-se por mostrarem-se, em geral, pouco diferenciados e, possuírem margens de crescimento expansivas, terem infiltrado linfocitário e serem negativos para receptores de estrógeno e HER2/neu. O subtipo medular é tão associado a mutações do BRCA 1 que, para alguns autores, o diagnóstico desse tipo de carcinoma em uma mulher é suficiente para indicar teste genético. Ao lado disso, a melhor compreensão do perfil de expressão gênica dos carcinomas da mama possibilitou a identificação de tumores com o chamado fenótipo basal. Carcinomas associados ao BRCA 1 exibem esse fenótipo, que é caracterizado pela expressão dos marcadores ceratina 5, P-caderina, p63 e EGRF. Embora não existam subtipos histológicos associados ao BRCA 2, tumores com anormalidades nesse gene são comumente positivos para receptores de estrógeno e mostram expressão de ciclina D1 e de p27. 
Apesar de anormalidades nos genes BRCA 1 e BRCA 2 serem responsáveis por cerca de 90% dos casos de câncer da mama hereditário, mutações germinativas em outros genes, como o TP53 (síndrome de Li-Fraumeni), PTEN (síndrome de Cowden), ATM e CHEK2, também estão associadas ao carcinoma mamário hereditário.
Embora grande parte dos carcinomas não hereditários ou esporádicos esteja relacionada com estimulação estrogênica prolongada e tenha uma via carcinogenética que passa por lesões proliferativas (hiperplasias ductais e lobulares, carcinoma in situ e carcinoma invasivo), estudos de genética molecular mostram que esse modelo está simplificado. Mutações nos genes BRCA 1 e BRCA 2 em carcinomas mamários esporádicos (não hereditários) é rara (< 5% dos casos). 
As causas do câncer de mama permanecem incompletamente compreendidas. No entanto, três conjuntos de influências parecem ser importantes: (1) alterações genéticas, (2) influências hormonais e (3) variáveis ambientais.
Alterações Genéticas. Tal como acontece com todos os cânceres, as mutações que afetam proto-oncogenes e genes supressores tumorais no epitélio da mama são subjacentes à oncogênese. Entre as mais bem caracterizadas está a superexpressão do proto-oncogene HER2/NEU, que sofre amplificação em até 30% dos cânceres da mama invasivos. Esse gene é um membro da família do receptor do fator de crescimento da epiderme, e sua superexpressão está associada a um prognóstico sombrio. O perfil da expressão gênica pode separar o câncer de mama emquatro subtipos moleculares: (1) luminal A (positivo para receptor de estrogênio, negativo para HER2/NEU); (2) luminal B (positivo para receptor de estrogênio, superexpressão de HER2/NEU); (3) positivo para HER2/NEU (superexpressão de HER2/NEU, negativo para receptor de estrogênio); e (4) semelhante ao basal (negativo para receptor de estrogênio e negativo para HER2/NEU). Esses subtipos estão associados a diferentes resultados e, em alguns casos, terapias diferentes.
Aproximadamente 10% dos cânceres de mama estão relacionados a mutações hereditárias específicas. As mulheres que carregam um gene de suscetibilidade ao câncer de mama são mais propensas a ter câncer bilateral, a ter outras formas familiares de câncer (p. ex., câncer de ovário), a ter história familiar positivo (isto é, múltiplos parentes de primeiro grau afetados antes da menopausa), a desenvolver câncer de mama antes da menopausa e a pertencer a determinados grupos étnicos (p. ex., as pessoas de ascendência judaica asquenazi). Cerca de 33% das mulheres com câncer de mama hereditário apresentam mutações no BRCA1 (no lócus cromossômico 17q21.3) ouBRCA2 (localizado na banda cromossômica 13q12-13). 
	Geneticamente, BRCA1 e BRCA2 são genes supressores tumorais clássicos, pois o câncer surge apenas quando ambos os alelos são inativados ou defeituosos — no primeiro, lesão genética causada por uma mutação germinativa; no segundo, por uma mutação somática subsequente. Os testes genéticos estão disponíveis, mas sua utilidade é complicada pela existência de centenas de alelos mutantes diferentes, sendo que apenas alguns deles conferem suscetibilidade ao câncer. A maioria das portadoras, no entanto, desenvolve câncer de mama na idade de 70 anos, em comparação com apenas 7% das mulheres que não carregam uma mutação. Doenças genéticas menos comuns associadas ao câncer de mama são a síndrome de Li-Fraumeni (causada por mutações em TP53), a síndrome de Cowden (causada por mutações germinais no PTEN — mencionado anteriormente no carcinoma endometrial) e as dos portadores do gene ataxia-telangiectasia.
Influências Hormonais. O excesso de estrogênio endógeno ou, mais precisamente, o desequilíbrio hormonal, tem claramente um papel significativo. Muitos dos fatores de risco mencionados (longa duração de vida reprodutiva, nuliparidade e idade avançada no nascimento do primeiro filho) envolvem aumento da exposição ao estrogênio sem oposição da progesterona. Tumores ovarianos funcionais que elaboram estrogênios estão associados ao câncer de mama em mulheres pós-menopáusicas. Os estrogênios estimulam a produção de fatores de crescimento, como fator a de crescimento transformador, o fator de crescimento derivado de plaquetas, o fator de crescimento de fibroblastos e outros, que podem promover o desenvolvimento do tumor através de mecanismos parácrinos e autócrinos.
Variáveis Ambientais. As influências ambientais são sugeridas pela incidência variável de câncer de mama em grupos geneticamente homogêneos e as diferenças geográficas na prevalência.
Curso Clínico. O câncer de mama muitas vezes é descoberto pelo paciente ou seu médico como massa enganosamente distinta, solitária, indolor e móvel. No momento da detecção clínica, o carcinoma tipicamente tem 2-3 cm de tamanho, e o envolvimento dos linfonodos linfáticos regionais (mais frequentemente axilares) já está presente em cerca de 50% das pacientes. Com exame mamográfico, os carcinomas frequentemente são detectados antes mesmo de se tornarem palpáveis. A média do carcinoma invasivo encontrado por exame mamográfico é de cerca de 1 cm de tamanho, e apenas 15% deles produziram metástases nodais. Além disso, muitas vezes o CDIS é detectado antes do desenvolvimento de carcinoma invasivo durante o exame. À medida que a mulher envelhece, o tecido fibroso da mama é substituído por gordura, e o exame torna-se mais sensível, como resultado do aumento da radiolucência da mama e do aumento da incidência de malignidade. A polêmica atual sobre o melhor momento para se começar o exame mamográfico surge dos esforços para equilibrar os benefícios da detecção precoce do câncer em algumas mulheres com riscos de exposição à radiação e a morbidade e despesa associada aos achados clínicos de lesões benignas da mama (falsos positivos). A ressonância magnética está sendo estudada como um adjuvante do exame mamográfico em pacientes jovens de alto risco, com mamas densas, que são difíceis de examinar através da mamografia.
3.3- Diferenciar os tipos de câncer de mama.
Quanto aos carcinomas da mama esses podem ser classificados seguindo alguns parâmetros, quanto à localização e a extensão, além da morfologia clássica. A localização mais comum do tumor de mama é no quadrante superior externo, cerca de 50%, seguido pela porção central, cerca de 20% e apenas 4 % das mulheres possuem tumores primários bilaterais ou lesões sequenciais na mesma mama. 
A maior parte das malignidades mamárias são adenocarcinomas, que são classificados conforme sua penetração ou não na membrana basal limitante. São chamados de carcinoma in situ aqueles que permanecem dentro desse limite, ou seja, não invasivo, já aqueles que se espalham além do limite, são chamados de carcinoma invasivo ou infiltrativo. Seguindo essa classificação, há diferentes formas de carcinoma de mama, sendo elas:
· Não Invasivo:
1. Carcinoma ductal in situ (CDIS)
2. Carcinoma lobular in situ (CLIS)
· Invasivo (Infiltrante)
1. Carcinoma ductal invasivo “não especificado em outros aspectos”, o tipo mais comum de carcinoma invasivo
2. Carcinoma lobular invasivo
3. Carcinoma medular
4. Carcinoma coloide / mucinoso
5. Carcinoma tubular
6. Carcinoma papilar invasivo
7. Carcinoma metaplásico
O carcinoma não invasivo possui dois tipos (CDIS e CLIS) os quais surgem a partir de células na unidade lobular do ducto terminal. O CDIS pode assumir 5 subtipos, senso eles: comedocarcinoma, sólido, cribiforme, papilífero e micropapilífero. O comedocarcinoma é caracterizado pela presença de massas sólidas de células pleomórficas com núcleo hipercromático de “alto grau” e áreas de necrose central. As membranas das células são detectadas como microcalcificações e fibrose periductal concêntrica e inflamação crônicas são comuns, e lesões extensas são algumas vezes palpáveis. No CDIS cribiforme, os espaços intraepiteliais são uniformemente distribuídos e regulares na forma. O CDIS sólido preenche completamente os espaços envolvidos. O CDIS papilífero cresce nos espaços ao longo dos eixos fibrovasculares que tipicamente carecem do revestimento celular mioepitelial normal. Por fim, o CDIS micropapilífero é reconhecido pelas protrusões bulbares sem eixos fibrovasculares.
 Esse tipo de carcinoma tende a distorcer e preencher os espaços semelhantes a ductos, podendo causar lesões extensas envolvendo um setor inteiro da mama. As calcificações estão frequentemente associadas ao CDIS, origina-se como dendritos necróticos calcificados ou um material de secreção calcificado. Os CDIS raramente se manifesta como massa palpável ou radiologicamente detectável. 
O prognóstico para CDIS é muito bom, pois há 97% de sobrevida de longo prazo após a mastectomia simples e o tratamento com agentes antiestrogênicos, como tamoxifeno e aromatase, podem também diminuir o risco de recorrência.
A Doença de Paget do mamilo é uma doença causada pela extensão do CDIS até os ductos lactíferos e para dentro da pele contígua do mamilo, que irá produzir um exsudato crostoso unilateral sobre o mamilo e a pele areolar. Em quase todos os casos, um carcinoma subjacente está presente e cerca de 50% das vezes esse carcinoma é invasivo, sendo o prognóstico baseado no carcinoma subjacente que não é afetado pela presença da doença de Paget. 
No que tange ao CLIS, o mesmo tem aparência uniforme, suas células são monomórficas com núcleos suaves e esféricos. Esse tipo de carcinoma raramente está associado a calcificações. Cerca de 33% das mulheres com CLIS acabarão por desenvolver carcinoma invasivo e ao contrário do CDIS, os carcinomas invasivospodem surgir em qualquer mama. O CLIS é tanto um marcador do aumento de risco do carcinoma em ambas as mamas quanto um precursor direto de alguns outros cânceres. É importante lembrar também que o CLIS é mais comum em mulheres jovens, com 80% a 90% dos casos ocorrendo antes da menopausa. 
Em relação ao carcinoma invasivo infiltrante, quase todos apresentam uma massa palpável, sendo muito comum a associação desses com metástases linfonodais axilares em grande parte dos pacientes. Carcinomas grandes podem estar fixos na parede torácica e causar retrações na pele. Quando envolve a porção central da mama pode gerar uma retração do mamilo. Os linfáticos podem estar expressamente envolvidos que bloqueiam o local de drenagem da pele o que vai acarretar linfedema e espessamento da pele, dando um aspecto que vai mimetizar a casca de uma laranja. 
Ao se tratar de um carcinoma inflamatório a mama se apresentará entumescida, eritematosa causada justamente pela obstrução dos vasos linfáticos dérmicos pelas células tumorais. Já o carcinoma subjacente é difusamente infiltrante e não forma massa palpável discreta. Geralmente o carcinoma primário é pequeno ou obscurecido pelo tecido mamário denso.
· Carcinoma ductal invasivo: São carcinomas sem nenhum tipo específico que inclui a maior o parte dos carcinomas (70% a 80%). Esse tipo de câncer está geralmente associado ao CDIS e raramente ao CLIS. Os carcinomas ductais normalmente produzem uma resposta desmoplásica que substitui a gordura da mama em uma massa dura e palpável. As margens desse tumor são irregulares na maioria dos casos, podendo ser observados também a invasão dos espaços linfovasculares e cerca de 66% expressam receptores de estrogênio e progesterona e 33% superexpressam HER2/NEU. 
· Carcinoma lobular invasivo: Geralmente se apresenta como uma massa ou densidade mamográfica com borda irregulares, possuem maior incidência de bilateralidade, esse tipo de carcinoma bem diferenciado e moderadamente diferenciado são normalmente diploides RE-positivos e têm associação com CLIS e os aneuploides são desprovidos de receptores hormonais e podem superexpressar HER2/NEU. 
· Carcinoma medular: É o mais comum na terceira idade, apresentando uma massa circular, com o prognóstico um pouco melhor que os carcinomas NTE, apesar do alto grau nuclear, aneuploidia, taxas proliferativas altas e ausência de receptores hormonais. Nesse tipo de carcinoma os linfonodos metastáticos não são frequentes. 
· Carcinoma coloide / mucinoso: Ocorre em idosas e crescem lentamente ao decorrer dos anos. As células tumorais formam ilhas de mucina e são RE-positivos e as metástases linfonodais também não são frequentes. 
· Carcinoma tubular: Mais comum em mulheres no final dos 40 anos, são incomuns, RE-positivos e HER2/NEU negativos.
· Carcinoma papilar invasivo: É um tipo raro juntamente com os micropapilares compondo 1% de todos os cânceres invasivos. Os carcinomas papilares invasivo são usualmente RE-positivos e possuem um prognóstico melhor, já os carcinomas micropapilares são geralmente RE-negativos e HER2/NEU positivos, sendo as metástases linfonodais muito comuns. 
· Carcinoma metaplásico: Esses são ER-RP-HER2/NEU chamados de “triplo negativo”, frequentemente expressam proteínas mioepiteliais e podem estar relacionados aos carcinomas basal-símile e as metástases linfonodais são infrequentes.
3.4- Caracterizar os métodos diagnósticos e os planos terapêuticos para o câncer de mama, correlacionando o resultado do tratamento à qualidade de vida da mulher.
A queixa principal mais comum das pacientes é à presença de tumor, o qual deve ser bem caracterizado. O tumor maligno, geralmente, tem crescimento insidioso e localiza-se no quadrante superior externo ou na região central. Deve-se desconfiar também de tumor unilateral, firme, de consistência endurecida ou até pétrea, indolor.
É importante sabermos os fatores de risco no momento de realiar o diagnóstico, os quais são:
· Sexo feminino;
· Idade maior que 40 anos;
· Antecedente pessoal de CA de mama: possui risco de 50% de desenvolver um CA microscópico e 20 a 25% de um CA clinicamente aparente na mama contralateral;
· História familiar: em parentes de primeiro grau aumenta o risco 2,5 vezes, e em parentes de segundo e terceiro grau esse risco aumente em 1,5 vezes;
· Antecedente pessoal de outros tipos de CA e RT para linfoma de Hodgkin;
· Lesões histológicas indicadoras de risco;
· Cicatriz radial ou lesão esclerosante complexa;
· História menstrual: menarca precoce e menopausa tardia;
· História obstétrica: nuliparidade e primiparidade idosa (após os 30 anos pelo MS).
Quanto aos métodos diagnósticos, são eles:
· PAAF: é o primeiro passo na investigação dos nódulos mamários, pois diferencia as lesões císticas das lesões sólidas.
· Ultrassonografia: é um método que assegura boa diferenciação entre nódulos sólidos e císticos. Alguns achados são sugestivos de malignidade, como margens irregulares; hipoecogenicidade e textura heterogênea; diâmetro CC maior que o diâmetro laterolateral; presença de sombra acústica posterior; e contornos microtubulares.
· Mamografia: é o principal método de rastreamento do câncer de mama. Os achados sugestivos de malignidade são: nódulos espiculados, de limites mal definidos com distorção do parênquima adjacente; presença de microcalcificações pleomóficas agrupadas.
· Ressonância magnética (RM): possui valor preditivo de 100% para os tumores invasores maiores de 2mm, mas não identifica microcalcificações ou tumores intraductais ou invasores menores que 2mm. Possui alguns fatores limitantes, como a impossibilidade de localização das lesões subclínicas e sua baixa especificidade (35-50%). Por outro lado, a RM é útil no estudo da mama contralateral, na avaliação de focos secundários do tumor na mama ipsilateral, no rastreio de recidiva local do tumor, na avaliação de pacientes em uso de implantes mamários, identificação de focos de metástases e avaliação de resposta à quimioterapia neoadjuvante;
· Cintilografia: é empregada para rastreamento e diagnóstico de metástases à distância;
· Tomografia computadorizada: não possui muito valor no estudo do tecido mamário;
· Radiografia simples: utilizado no rastreio e diagnóstico de lesões ósseas ou pulmonares produzidas pelos tumores mamários;
· Diagnóstico histopatológico.
O tratamento visa o controle locorregional e sistêmico do CA de mama, há vários tipos de tratamento, os quais são:
1. Cirurgias conservadoras:
Preservam boa parte da mama, pois limitam-se à ressecção das áreas que contém o tumor, com uma boa margem de segurança. Há três modalidades no tratamento conservador: tumorectomia (ressecção total do tumor, sem preocupação com margem de segurança); setorectomia ou segmentectomia (ressecção do setor que engloba o tumor, com margem de segurança de ao menos 1cm); quadrantectomia (ressecção de qualquer setor mamário que engloba o tumor, da pele suprajacente e da aponeurose do músculo grande peitoral subjacente
2. Cirurgias radicais:
Há a mastectomia, que está indicada nos casos de tumores malignosinfiltrantes que ocupam mais de 20% do volume da mama ou em casos de tumores localmente avançados. Pode ser classificada como: mastectomia simples (exérese apenas da mama, com extensão variável da pele, incluindo sempre o complexo areolopapilar); mastectomias radicais (estão indicadas para os tumores infiltrantes).
3. Esvaziamento axilar:
A cadeia linfática axilar é a mais acometida, assim esse procedimento está indicado sempre que o tumor primário for infiltrante, independente de seu volume ou da cirurgia realizada para extirpá-lo.
4. Radioterapia:
Tem como principal indicação o controle locorregional da doença. Seu uso mais comum é a radioterapia adjuvante (no pós-operatório) para diminuir as taxas de recidiva.
5. Quimioterapia:
Visa auxiliar no tratamento locorregional, controlar e tratar o surgimento de metástases à distância. O tratamento quimioterápico parece ser o principal responsável por afetar a evolução natural da doença, com melhora significante da sobrevida.Há três formas de administração:
· QT neoadjuvante ou pré-operatória: tem o objetivo de reduzir o tamanho tumoral, de forma a possibilitar cirurgias conservadoras em tumores grandes.
· QT adjuvante: propõe-se complementar o tratamento cirúrgico, diminuindo as taxas de recidiva e os índices de mortalidade. Deverá ser iniciada 4 a 6 semanas após a cirurgia.
· QT para tratamento de metástases à distância: atualmente, vem sendo indicada apenas para pacientes sintomáticos, em casos assintomáticos é indicada a terapia hormonal.
6. Hormonioterapia:
Consiste na utilização de substâncias que inibam ou diminuam a atividade dos hormônios endógenos (estrogênio e progesterona) sobre a mama.
3.5- Identificar as complicações do tratamento e das complicações do câncer de mama.
O tratamento de câncer de mama pode ser feito das seguintes formas: 1- tratamento loca: cirurgia e radioterapia; 2- tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
O estágio IV é fundamental para se decidir qual vai ser a conduta terapêutica, dessa forma é fundamental que a mesma busque o equilíbrio entre a resposta tumoral e o possível prolongamento da sobrevida, levando em consideração os possíveis efeitos colaterais do tratamento. Além disso, o profissional deve estar atento a qualidade de vida do paciente durante todo o tratamento.
O tratamento de câncer deve ser feito nas Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e dos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), lembrando que são unidades consideradas de nível terciário.
Quanto maior a extensão da cirurgia e a agressividade do tratamento, maior é o risco de complicações funcionais e físicas. Dessa forma, pode comprometer a qualidade de vida e os riscos no desempenho das atividades de vida diária. Diante dos tratamentos, as complicações mais encontradas são: infecção, necrose cutânea, seroma, parestesia, dor, diminuição da força muscular e amplitude de movimento do membro envolvido, linfedema e síndrome da rede axilar.
3.6- Descrever as políticas públicas para a prevenção, o tratamento e o seguimento da mulher quanto ao câncer de mama.
Sabe-se que o câncer de mama faz parte de um grupo heterogêneo de doenças com variadas manifestações clínicas e morfológicas e diferentes repostas terapêuticas, a depender de fatores como a idade da paciente, o tipo de câncer, o tamanho do tumor, a qualidade de vida, entre outros. Levando em consideração todos os aspectos biopsicossociais em envolve o acometimento do câncer de mama, nota-se que o controle do tumor requer ações articuladas em todos os níveis de atenção, envolvendo desde a promoção da saúde até os cuidados paliativos. Assim, devem-se haver níveis de intervenção e ações prioritárias em cada um dos aspectos do processo na busca da integralidade da atenção à saúde.
Nesse sentido, algumas estratégias são adotadas na tentativa de prevenir, tratar e dar seguimento à saúde da mulher. A prevenção engloba os determinantes sociais do processo saúde-doença que promovem qualidade de vida sendo fundamentais para a melhoria e controle de doenças e seus possíveis agravos. Para tanto, ações intersetoriais que ampliam o acesso à informação, a manutenção do peso corporal, a prática regular de atividade física e a redução das barreiras de acesso aos serviços de saúde para a detecção precoce são componentes fundamentais para possibilitar o processo preventivo da população. 
Por outro lado, observa-se que, no que tange o tratamento do câncer de mama, importantes avanços na abordagem da doença ocorreram nos últimos anos, envolvendo principalmente as cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização do tratamento. Sendo assim, o tratamento passou a varia de acordo com estadiamento da doença, das suas características, bem como das condições que envolvem a paciente, ou seja, se ela apresenta outras comorbidades, se ela tem ou não preferência por algum tratamento específico, sua idade, o status menopausal dessa paciente, entre outros fatores, disponibilizando então uma abordagem terapêutica local composta por cirurgia e radioterapia, a uma abordagem sistêmica, ou seja, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
Sendo assim, Políticas Públicas vêm sido desenvolvidas para o controle do câncer de mama no Brasil. Atualmente, o controle do câncer de mama é prioridade no sistema de saúde do país, e integra o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). Essa estratégia apoia rastreamento, qualidade da mamografia, diagnóstico precoce, tratamento oportuno e de qualidade, comunicação e mobilização social, capacitação profissional e informação.
O Plano de Enfrentamento de DCNT visa promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, interativas, sustentáveis e o controle das DCNT e seus fatores de risco e apoiar os serviços de saúde voltados às doenças crônicas. 
 O INCA/Ministério da Saúde vem desenvolvendo alguns Programas, como o Centro de Alta Complexidade em Oncologia (CACON), Viva Mulher, Tabagismo e o Programa de Integração Docente Assistencial na Área do Câncer (PIDAAC), para um melhor controle do câncer no Brasil. 
Segundo a Portaria Número 874, de 16 de maio de 2013, institui a Política Nacional para prevenção e controle do câncer na rede de atenção à saúde com doenças crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Além do programa, o mês de outubro é marcado anualmente, por campanhas de prevenção ao câncer de mama. O Outubro Rosa visa conscientizar mulheres sobre a importância da identificação precoce da doença para o tratamento. O movimento fornece informações e facilita o acesso ao diagnóstico, seja por explicação sobre o autoexame da mana ou pela elucidação sobre o exame de mamografia, que é indicado para mulheres entre 40 e 69 anos. 
4- CONCLUSÃO
O estudo Epidemiológico associado ao Fisiopatológico do Câncer de Mama se provou um desafio necessário perante a grande importância que esse tipo de câncer tem na atenção básica visto que sua taxa de incidência é muito alta, tornando-o um problema de saúde pública. Entender a importância de como os fatores de risco podem influenciar ou desencadear a doença bem como às manifestações clínicas levando a alterações físicas na mama, pele e ou do mamilo além dos métodos diagnósticos e tratamento, se mostram fundamental na atuação do generalista na atenção básica. Para que a detecção e rastreio precoce seja sempre realizada nas consultas de rotina na unidade básica de saúde assim proporcionando grandes chances de cura ou mesmo de sobrevida para essa usuária assim como relatado no caso clinico da SP1 vivido por NARA. 
5- REFERÊNCIAS
BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo Patologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
HOFF, Paulo Marcelo Gehm. Tratado de Oncologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2013. 2829 p.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. INCA. Conceito e Magnitude do câncer de mama. Disponível em: < https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/conceito-e-magnitude >Acesso em: 15 abr. 2020.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. INCA. Fatores de risco para o câncer de mama. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/fatores-de-risco>Acesso em: 15 abr. 2020.
ISABELLA CRISTINA BARDUCHI OHLI (São Paulo) (ed.). Ações públicas para o controle do câncer de mama no Brasil: revisão integrativa: Câncer de Mama. Revista Brasileira de Enfermagem, São Paulo, v. 69, n. 22, p. 01-11, 10 jun. 2016. Semanal. Revisão Integrativa. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/reben/v69n4/0034-7167-reben-69-04-0793.pdf> . Acesso em: 14 abr. 2020.
KUMAR, Vinay et al. Robbins Patologia Básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
PORTH, C.M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. 9ª ed. Guanabara Koogan, 2016.
Tratamento para o câncer de mama. INCA, 2020. Disponível em: < https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/acoes-de-controle/tratamento#7>. Acesso em 15 abri. 2020.
PORTARIA Nº 874, DE 16 DE MAIO DE 2013. Ministérioda Saúde. Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt0874_16_05_2013.html >. Acesso em 14 abr 2020.

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