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FISIOPATOLOGIA-DO-CÂNCER-DE-MAMA

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1 
 
SUMÁRIO 
1 O QUE É CÂNCER? .......................................................................... 3 
1.1 TIPOS DE CÂNCER.................................................................... 4 
1.2 O QUE CAUSA O CÂNCER? ...................................................... 6 
1.3 DICAS DE PREVENÇÃO ............................................................ 8 
1.4 COMO O ORGANISMO SE DEFENDE? .................................. 12 
1.5 TIPOS DE CÂNCER.................................................................. 14 
2 CANCER DE MAMA ........................................................................ 22 
2.1.2 Sintomas ............................................................................ 24 
2.2 TIPOS DE CANCER DE MAMA ................................................ 30 
3 PRINCIPAIS DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE O CÂNCER DE MAMA
 35 
4 CAUSAS DO CÂNCER DE MAMA .................................................. 36 
5 FATORES ASSOCIADOS AO CÂNCER DE MAMA ....................... 39 
5.1 A MULHER COM SITUAÇÃO DE ALTO RISCO ....................... 40 
6 SINTOMAS E SINAIS: DOR, NÓDULOS E SECREÇÕES .............. 40 
7 IDENTIFICANDO NÓDULOS BENIGNOS DA MAMA ..................... 42 
8 REALIZANDO O EXAME CLÍNICO DA MAMA ................................ 46 
8.1 COMO É O AUTO-EXAME DA MAMA ...................................... 49 
8.2 A MAMOGRAFIA ...................................................................... 52 
8.3 ULTRA-SONOGRAFIA .............................................................. 53 
8.4 BIÓPSIA – CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ..................... 55 
8.5 ESTADIAMENTO ...................................................................... 56 
9 TRATANDO O CÂNCER DE MAMA: INFORMAÇÕES GERAIS ..... 57 
9.1 TRATAMENTO CIRÚRGICO .................................................... 58 
 
2 
 
9.2 A RADIOTERAPIA .................................................................... 59 
9.3 O TRATAMENTO SISTÊMICO ................................................. 60 
9.4 SEGUIMENTO .......................................................................... 62 
10 ORIENTAÇÕES PÓS-DISSECÇÃO AXILAR ............................... 63 
10.1 RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA ............................................... 64 
11 A VIDA APÓS O TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA ......... 65 
BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 67 
LEITURA RECOMENDADA .................................................................. 68 
 
 
 
3 
 
1 O QUE É CÂNCER? 
 
FONTE:fernandoprado.com 
O câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm 
em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e os 
órgãos. Quando o crescimento celular é anormal, pode-se desenvolver um 
nódulo, massa ou tumor, que pode ser benigno (não canceroso) ou maligno 
(canceroso). 
Dividindo-se rapidamente, células cancerosas tendem a ser muito 
agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de 
células cancerosas) ou neoplasias malignas. Entretanto, um tumor benigno 
significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam 
vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo 
um risco de vida. 
 
4 
 
1.1 TIPOS DE CÂNCER 
 
FONTE:img.rtve.es 
 
Os diferentes tipos de câncer correspondem às diferentes células do 
corpo. Por exemplo, existe uma grande variedade de câncer de pele porque ela 
é formada por mais de um tipo de célula. Essa doença específica é nomeada 
conforme a parte do corpo em que se originou. 
Se o câncer tem início em tecidos epiteliais (pele ou mucosas) é 
denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos (osso, músculo ou 
cartilagem) é chamado de sarcoma. Alguns tipos de câncer envolvendo o sangue 
e órgãos hematopoiéticos não formam tumores, mas circulam por outros tecidos 
onde elas crescem. 
Outras características que diferenciam os diversos tipos de cânceres 
entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir 
tecidos e órgãos vizinhos ou distantes. Os tumores capazes de invadir estruturas 
próximas e espalhar-se por diversas regiões do corpo são chamados de 
 
5 
 
metástases. Trata-se da formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra, 
mas sem continuidade entre as duas. A metástase só se forma em tumores 
malignos. É importante saber que não são todos os tumores que se comportam 
dessa forma. 
Atualmente, muitos tipos de câncer são curáveis, em especial quando são 
detectados em estágios iniciais. Por isso, faz-se muito importante o diagnóstico 
precoce, que possibilita a cura de mais da metade dos casos da patologia. 
 
OUTROS CONCEITOS... 
Câncer é a proliferação descontrolada de células anormais do organismo. 
As células normais do corpo vivem, se dividem e morrem de forma controlada. 
As células cancerosas são diferentes, não obedecem a esses controles e se 
dividem sem parar. Além disso, não morrem como as células normais e 
continuam a se proliferar e a produzir mais células anormais. 
Essa divisão descontrolada das células é provocada por danos no DNA, 
o material genético presente em todas as nossas células e que comanda todas 
as suas atividades, inclusive as ordens para a célula se dividir. Na maior parte 
das vezes, o próprio DNA detecta e conserta seus erros. Nas células cancerosas, 
porém, o mecanismo de reparo não funciona. Esses defeitos no mecanismo de 
reparo podem ser herdados e estão na origem dos cânceres hereditários. Na 
maioria dos casos, porém, o DNA se altera por causa da exposição a fatores 
ambientais, entre eles, o fumo, sol, alguns vírus e alimentação. 
As células cancerosas geralmente formam um tumor, uma massa de 
células com crescimento anormal. Existem exceções, como as leucemias, em 
que as células doentes estão presentes no sangue e percorrem o corpo todo. 
Frequentemente, as células cancerosas se desprendem do tumor, viajam para 
outra parte do corpo onde passam a crescer e a substituir o tecido sadio, num 
processo chamado metástase. 
 
6 
 
Nem todos os tumores são cancerosos. Os chamados tumores benignos 
não têm a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo, mas merecem 
atenção e podem exigir tratamento, dependendo do local onde aparecem. 
Diferentes tipos de câncer têm comportamentos diferentes, exigem 
tratamentos diferentes até mesmo quando se trata de câncer do mesmo órgão. 
Há cânceres de próstata extremamente agressivos, de progressão rápida e 
outros menos agressivos, de desenvolvimento lento. Por isso, o tratamento é 
específico para cada caso. 
O câncer é a segunda causa de morte nos Estados Unidos e está entre 
as três primeiras no Brasil. A cada ano, 8 milhões de pessoas em todo o planeta 
recebem o diagnóstico de câncer. De forma geral, uma em cada três mulheres e 
um em cada dois homens tem, teve ou terá câncer. Quanto mais cedo a doença 
é detectada, maiores as chances de sobrevivência. 
1.2 O QUE CAUSA O CÂNCER? 
 
FONTE:1.bp.blogspot.com 
As causas de câncer estão relacionadas a fatores externos e/ou internos 
ao organismo. As causas externas estão relacionadas ao meio ambiente, aos 
 
7 
 
hábitos e costumes próprios de uma determinada comunidade. As causas 
internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, mas estão 
ligadas à capacidade do organismo de se defender de agressões externas. 
Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a 
probabilidade de transformações malignas nas células normais. Dados mostram 
que 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns 
deles são bem conhecidos, como os cigarros e a exposição excessiva ao sol. 
Outros estão em estudo, tais como alguns componentes dos alimentos que 
ingerimos. Existem alguns fatores que ainda são completamente desconhecidos. 
O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentama sua 
suscetibilidade à transformação maligna e isto, somado ao fato de as células de 
pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de 
risco para câncer, explica em parte a maior incidência nesses indivíduos. 
 
1.2.1.1 Fatores de risco de natureza ambiental 
 
Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos 
ou carcinógenos e atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células. O 
surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das 
células aos agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma pessoa 
desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros 
fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando. 
 
1.2.1.2 Hereditariedade 
 
São raros os casos de câncer causados por fatores hereditários, 
familiares ou étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante papel no 
surgimento da doença (oncogênese). Um exemplo é o dos os indivíduos 
 
8 
 
portadores de retinoblastoma que, em 10% dos casos, apresentam histórico 
familiar desse tipo de tumor. 
1.3 DICAS DE PREVENÇÃO 
 
FONTE:image.freepik.com 
Fonte: INCA 
 
 Não fumar 
 Manter hábitos alimentares saudáveis, evitando alimentos gordurosos, 
salgados e enlatados 
 Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas 
 Homens entre 50 e 70 devem buscar orientações médicas acerca do 
câncer de próstata 
http://www.inca.gov.br/
 
9 
 
 Homens acima de 45 anos e com histórico familiar de câncer de próstata 
devem realizar consulta médica 
 Mulheres, com 40 anos ou mais, devem realizar o exame clínico das 
mamas anualmente 
 Mulheres com casos de câncer de mama na família devem se submeter 
a um exame clínico e à mamografia, a partir dos 35 anos de idade, anualmente 
 Mulheres com idade entre 25 e 59 anos devem realizar exame preventivo 
ginecológico 
 Homens e mulheres, com 50 anos ou mais, devem se submeter ao exame 
de sangue oculto nas fezes anualmente 
 Evitar a exposição prolongada ao sol, entre 10h e 16h, e sempre usar 
proteção adequada, como chapéu e protetor solar 
 
COMO SURGE? 
Toda a informação genética está inscrita nos genes das células, numa 
"memória química” conhecida como DNA. É por meio dele que os cromossomos 
passam as informações para o funcionamento da célula. 
Uma célula normal pode sofrer alterações no DNA. Tais mudanças são as 
conhecidas mutações genéticas. Células, cujo material genético foi alterado, 
passam a receber instruções erradas para suas atividades, o que pode 
levar à malignização (cancerização). Essas células diferentes são denominadas 
cancerosas. 
 
Como se comportam as células cancerosas? 
 
10 
 
 
FONTE:manuelajunqueira.com 
As células cancerosas, diferentemente das normais, multiplicam-se de 
maneira descontrolada, formando tumores malignos que comprometem os 
órgãos afetados. Em alguns casos, células malignas se desprendem do tumor e 
migram para outros tecidos. Esse processo é conhecido por metástase. 
A invasão de células cancerosas em outros tecidos leva à alteração no 
funcionamento dos órgãos. A invasão nos pulmões, por exemplo, gera 
alterações respiratórias; a invasão do cérebro pode gerar dores de cabeça, 
convulsões, alterações da consciência, entre outras formas de manifestações 
em diferentes órgãos. 
 
 
COMO É O PROCESSO DE 
CARCINOGÊNESE? 
 
11 
 
 
FONTE:3.bp.blogspot.com 
 
Em geral, o processo de carcinogênese, ou seja, de formação de câncer, ocorre 
lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa se 
prolifere e dê origem a um tumor visível. Esse processo passa por vários 
estágios. São eles: 
 
Estágio de iniciação 
É o primeiro estágio da carcinogênese. Nele, as células sofrem o efeito 
dos agentes cancerígenos ou carcinógenos que provocam modificações em 
alguns de seus genes. Nesta fase, as células se encontram geneticamente 
alteradas, porém, clinicamente, ainda não é possível se detectar um tumor. 
 
Estágio de promoção 
 
Nessa etapa, as células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", 
sofrem o efeito dos agentes cancerígenos, classificados como oncopromotores. 
A célula "iniciada" é transformada em célula maligna de forma lenta e gradual. 
Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuo contato 
 
12 
 
com o agente cancerígeno promotor. A suspensão do contato com agentes 
promotores muitas vezes interrompe o processo nesse estágio. 
Estágio de progressão 
 
É o terceiro e último estágio e se caracteriza pela multiplicação 
descontrolada e irreversível das células alteradas. Nessa fase, o 
câncer está deflagrado e evoluindo até o surgimento das primeiras 
manifestações clínicas da doença. 
Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese 
são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo, por 
exemplo, é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que 
atuam nos três estágios da carcinogênese. 
 
1.4 COMO O ORGANISMO SE DEFENDE? 
 
 
FONTE:www.visaociencia.com.br 
 
13 
 
 
 
O organismo possui mecanismos naturais que o protegem das agressões 
causadas por diferentes agentes que entram em contato com suas estruturas. 
Ao longo da vida, são produzidas células alteradas, mas a defesa natural do 
corpo possibilita a interrupção desse processo, com sua eliminação 
subsequente. 
 A integridade do sistema imunológico, a capacidade de reparo do DNA 
danificado por agentes cancerígenos e a ação de enzimas responsáveis pela 
transformação e eliminação de substâncias cancerígenas introduzidas no corpo 
são exemplos de mecanismos de defesa. Esses processos são, na maioria das 
vezes, geneticamente pré-determinados e variam de um indivíduo para outro. 
Esse fato explica a existência de vários casos de câncer numa mesma família, 
bem como o porquê de nem todo fumante desenvolver câncer de pulmão. 
O sistema imunológico desempenha um papel de destaque. Ele é 
constituído por um sistema de células que circulam na corrente sanguínea e se 
distribuem numa rede complexa de órgãos, como o fígado, o baço, os gânglios 
linfáticos, o timo e a medula óssea. Esses órgãos são denominados órgãos 
linfoides e estão relacionados com o crescimento, o desenvolvimento e a 
distribuição das células especializadas na defesa do corpo contra os ataques de 
'invasores'. Dentre essas células, os linfócitos desempenham um papel muito 
importante nas atividades relacionadas às defesas no processo de 
carcinogênese do sistema imunológico. 
Cabe aos linfócitos a atividade de atacar as células do corpo infectadas 
por vírus oncogênicos (capazes de causar câncer) ou as células em 
transformação maligna, bem como de secretar substâncias chamadas de 
linfocinas, que regulam o crescimento e o amadurecimento de outras células e 
do próprio sistema imune. Acredita-se que distúrbios em sua produção ou em 
suas estruturas sejam causas de doenças, principalmente do câncer. 
 
 
14 
 
1.5 TIPOS DE CÂNCER 
 
 Câncer de Pele - Não Melanoma 
É o câncer mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os 
tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se 
for detectado precocemente. 
 
 Câncer Anal 
São tumores que ocorrem no canal e bordas externas do ânus. Os 
tumores no canal do ânus são mais frequentes entre as mulheres. Os que 
surgem nas bordas do ânus são mais comuns no homem. 
 Câncer Colorretal 
O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do 
intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, 
quando detectado precocemente. 
 Câncer Infantil 
O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em 
comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em 
qualquer local do organismo. 
 Câncer de Boca 
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pele-nao-melanoma/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-anal/http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-colorretal/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-infantil/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-boca/
 
15 
 
É o câncer que afeta lábios e o interior da cavidade oral. Dentro da boca 
devem ser observados gengivas, mucosa jugal (bochechas) palato duro (céu da 
boca), língua, assoalho (região embaixo da língua) e amígdalas. 
 Câncer de Estômago 
Os tumores do estômago se apresentam, predominantemente, na forma 
de três tipos: adenocarcinoma, linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos 
casos, e leiomiossarcoma. 
 Câncer de Esôfago 
No Brasil, o câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago) 
figura entre os dez mais incidentes. O tipo de câncer de esôfago mais frequente 
é o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por 96% dos casos. 
 Câncer de Fígado 
Os tumores malignos de fígado podem ser divididos em dois tipos: câncer 
primário (que tem sua origem no próprio órgão) e secundário ou metastático 
(originado em outro órgão e que atinge também o fígado). 
 
 Câncer de Laringe 
O câncer de laringe ocorre predominantemente em homens e é um dos 
mais comuns entre os que atingem a região da cabeça e pescoço. Representa 
cerca de 25% dos tumores malignos que acometem essa área. 
 Câncer de Mama 
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-estomago/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-esofago/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-figado/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-laringe/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama/
 
16 
 
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais 
comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. 
Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. 
 Câncer de Ovário 
Pouco frequente, o câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de 
ser diagnosticado e o de menor chance de cura. Cerca de 3/4 dos cânceres 
desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico. 
 Câncer de Pele – Melanoma 
O melanoma cutâneo é um tipo de câncer de pele que tem origem nos 
melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da 
pele) e tem predominância em adultos brancos. 
 Câncer de Próstata 
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens 
(atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o 
sexto tipo mais comum no mundo. 
 Câncer de Pulmão 
É o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando aumento 
de 2% por ano na sua incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados, o 
câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. 
 Câncer de Pâncreas 
Os tumores de pâncreas mais comuns são do tipo adenocarcinoma, que 
se origina no tecido glandular, correspondendo a 90% dos casos diagnosticados. 
A maioria dos casos afeta o lado direito do órgão (a cabeça). 
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-ovario/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pele-melanoma/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pancreas/
 
17 
 
 Câncer de Pênis 
O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a 
partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. Está 
relacionado às baixas condições socioeconômicas e de instrução, à má higiene 
íntima. 
 Câncer de Testículo 
O tumor de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer entre 
os homens. É facilmente curado quando detectado precocemente e apresenta 
baixo índice de mortalidade. 
 Câncer do Colo do Útero 
O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos 
anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o 
câncer são descobertas facilmente no exame preventivo, conhecido também 
como Papanicolau. 
 Família de Tumores de Ewing 
É um grupo de cânceres que afetam primariamente osso e tecido mole. O 
diagnóstico é mais frequente entre os 11 e os 20 anos (64%), seguido da faixa 
até os 10 anos (27%) e 9% entre os 21 e os 30 anos. 
 Leucemia Aguda 
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), 
geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o 
acúmulo de células jovens anormais na medula óssea. 
 Linfoma Não-Hodgkin 
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-penis/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-testiculo/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/familia-de-tumores-de-ewing/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/leucemia-aguda/
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/linfoma-nao-hodgkin/
 
18 
 
Os linfomas são neoplasias malignas, originárias dos gânglios (ou 
linfonodos), organismos muito importantes no combate a infecções. Há mais de 
20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin. 
 Linfoma de Hodgkin 
Conhecida também como doença de Hodgkin, essa forma de câncer se 
origina nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático. Pode ocorrer em qualquer 
faixa etária, mas a maior incidência do linfoma é em adultos jovens, entre 25 e 
30 anos. 
 
MAMAS 
 
 
FONTE:st.depositphotos.com 
A glândula mamária, um órgão par, está situada na parede anterior do 
tórax (porção superior) e está apoiada sobre o músculo peitoral maior (da 
http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/linfoma-de-hodgkin/
 
19 
 
segunda à sexta costela no plano vertical e do esterno a linha axilar anterior no 
plano horizontal). As mamas iniciam seu desenvolvimento na puberdade. É o 
responsável pela produção de leite para os bebês em seus primeiros meses de 
vida. 
A mama é formada por tecido glandular, por tecido fibroso de conexão de 
seus lobos e por tecido gorduroso no intervalo entre os lobos. Cada mama 
apresenta uma aréola e uma papila e, sua região central. Na papila mamária ou 
mamilo, exteriorizam-se 15 a 20 orifícios ductais, que correspondem às vias de 
drenagem das unidades funcionantes, que são os lobos mamários. 
O tamanho, o formato, os bicos e a aréola, bem como as glândulas 
Montgomery, diferem individualmente de uma mulher para outra. A forma da 
mama não é afetada pelo tipo básico do corpo de uma mulher. As mamas 
raramente são simétricas, mas, na maioria dos casos, a diferença é de mínima 
importância. As mamas pequenas têm pouco peso, são altas e empinadas e 
estão bem distante da parede do tórax. As mamas grandes são relativamente 
pesadas, o que faz com que pendam e se assentem próximas à parede do tórax. 
As mulheres mais jovens apresentam mamas com maior quantidade de tecido 
glandular, o que torna esses órgãos mais densos e firmes. Ao se aproximar da 
menopausa, o tecido mamário vai se atrofiando e sendo substituído 
progressivamente por tecido gorduroso, até se constituir, quase que 
exclusivamente, de gordura e resquícios de tecido glandular na fase pós-
menopausa. 
A mama é irrigada pela artéria mamária interna e por ramos da artéria 
axilar. Da artéria mamária partem os ramos perfurantes que atravessam os 
quatro primeiros espaços intercostais, em geral dois vasos por espaço, que 
atravessam o músculo peitoral, atingindo a face posterior da mama. Os ramos 
axilares da vascularização mamária são a artéria subescapular, a artéria torácica 
externa e a artéria acromiotorácica. 
A pele, a aréola, o tecido subcutâneo e o parênquima mamário são 
drenados por vasos linfáticos, que se dispõem da superfície para a profundidade, 
formando uma rede linfática que se comunica entre si. Grande parte da 
 
20 
 
drenagemlinfática da mama segue em direção aos linfonodos axilares que 
drenam a linfa proveniente da região centrolateral da mama, enquanto a região 
medial da mama drena para os linfonodos da cadeia mamária interna. 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE:www.mbapediatria.com.br 
Os linfonodos axilares são subdivididos em três níveis: linfonodos do 
primeiro nível axilar, linfonodos do segundo nível axilar e linfonodos do terceiro 
nível axilar. Na infância, as meninas apresentam discreta elevação na região 
mamária, decorrente da presença de tecido mamário rudimentar. Na puberdade, 
 
21 
 
a hipófise produz os hormônios folículo-estimulante e luteinizante, que controlam 
a produção hormonal de estrogênios pelos ovários. Com isso, as mamas iniciam 
seu desenvolvimento com a multiplicação dos ácinos e lóbulos. A progesterona, 
que passa a ser produzida quando os ciclos menstruais se tornam ovulatórios, 
depende da atuação prévia do estrogênio, é diferenciadora da árvore ducto-
lobular mamária. 
 
 FONTE:s3.amazonaws.com 
 
Na vida adulta, o estímulo cíclico de estrogênios e progesterona faz com 
que as mamas fiquem mais túrgidas no período pré-menstrual, por retenção de 
líquido. A ação do hormônio progesterona, na segunda fase do ciclo, leva a uma 
retenção de líquidos no organismo, mais acentuadamente nas mamas, 
provocando nelas aumento de volume, endurecimento e dor. Após a 
menopausa, devido à carência hormonal, ocorre atrofia glandular e tendência à 
substituição do tecido parenquimatoso por gordura. 
 
22 
 
O estrogênio fortalece a mama por meio de reservas de água e uma 
irrigação sanguínea maior, fazendo com que as glândulas mamárias inchem e 
multipliquem o número de suas células. Estas alterações são um preparo da 
gravidez e sua consequente produção de leite. Não havendo a fecundação, 
todos os inchaços e outras modificações regridem com o início da menstruação. 
 
2 CANCER DE MAMA 
 
FONTE:hypescience.com 
Todo câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado de 
células, que adquirem a capacidade de se multiplicar. Essas células tendem a 
ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores 
malignos (câncer), que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. O 
câncer também é comumente chamado de neoplasia. 
O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são 
glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas 
lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o 
 
23 
 
que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer 
(Inca). 
Segundo a Estimativa sobre Incidência de Câncer no Brasil, 2014-2015, 
produzida pelo Inca, o Brasil terá 576 mil novos casos de câncer por ano. 
Desses, 57.120 mil serão tumores de mama. 
O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima 
dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante 
lembrar que nem todo tumor na mama é maligno e que ele pode ocorrer também 
em homens, mas em número muito menor. A maioria dos nódulos (ou caroços) 
detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de 
exames médicos. 
Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o 
nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama 
chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para serem 
detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é 
fundamental que toda mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 
anos. 
 
2.1.1.1 Fatores de risco 
 
FONTE:hypescience.com 
 
24 
 
O câncer de mama – e o câncer de forma geral – não tem uma causa 
única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de 
fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não. 
O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o 
câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que 
tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis. 
Entre outros fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, 
a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a 
menopausa tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado 
ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos. 
Já os fatores de risco modificáveis bem conhecidos até o momento estão 
relacionados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular 
(mesmo que moderada) de álcool. Alterá-los, portanto, diminui o risco de 
desenvolver a doença. No entanto, a adoção de um estilo de vida saudável 
nunca deve excluir as consultas periódicas ao ginecologista, que incluem a 
mamografia anual a partir dos 40 anos. 
 
2.1.2 Sintomas 
 
O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um 
caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser 
malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é 
importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem: 
 
 
25 
 
 
Inchaço em parte do seio; 
 
 
Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas 
ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja; 
 
http://www.mulherconsciente.com.br/wp-content/uploads/2014/09/003-1_Sintoma_Thumb_1.png
 
26 
 
 
Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro); 
 
Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama; 
 
 
27 
 
 
Saída de secreção (que não leite) pelo mamilo; 
 
 
 
Caroço nas axilas. 
 
28 
 
 
 
2.1.2.1 DETECÇÃO PRECOCE 
 
O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. 
Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do 
diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de 
cura chegam a 95%. 
 
Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A 
detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o 
câncer de mama. Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal arma 
para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em toda 
mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença 
começa a aumentar significativamente. A mamografia é o único exame 
diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos 
de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas 
é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos. 
 
29 
 
 Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer 
de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na 
palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo 
passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram. 
O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. 
Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais 
no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas. 
Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma pesquisa 
realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femama revelou que para 82% 
das mulheres o autoexame é a principal forma de diagnóstico precoce. Apenas 
35% apontaram a mamografia. 
A incidência do câncer de mama vem crescendo no mundo todo, mas, 
quando se trata do número de mortes causadas pela doença, as tendências 
variam. Em países desenvolvidos, a mortalidade vem caindo lentamente, ao 
passo que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, registra-se um 
gradativo aumento. 
Pelo menos parte dessa diferença se deve ao diagnóstico precoce, ainda 
precário no nosso país. Entre 1999 e 2003, quase metade dos casos de câncer 
de mama foram diagnosticados em estágios avançados, segundo estudo do 
Instituto Nacional de Câncer (Inca). Especialistas estimam que mortalidade por 
câncer de mama em mulheres entre 50 e 69 anos poderia ser reduzida em um 
terço se todas as brasileirasfossem submetidas à mamografia uma vez por ano. 
Se o diagnóstico precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair 
vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em todas as 
mulheres com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença 
começa a aumentar significativamente. 
 
 
30 
 
2.2 TIPOS DE CANCER DE MAMA 
 
FONTE:www.hiperfeminina.com 
Existem vários tipos de câncer de mama, mas alguns deles são bastante 
raros. Em alguns casos, um único tumor na mama pode ser uma combinação 
destes tipos ou ser uma mistura de câncer de mamain situ e invasivo. 
 
 
Carcinoma Ductal In Situ 
O carcinoma ductal in situ, também conhecido como carcinoma 
intraductal, é considerado não invasivo ou câncer de mama pré-invasivo. A 
diferença entre o carcinoma ductal in situ e carcinoma invasivo é que as células 
não se espalharam através dos ductos para o tecido mamário adjacente. O 
carcinoma ductal in situ é considerado um pré-câncer, pois em alguns casos 
pode se tornar um câncer invasivo. 
Cerca de 20% dos novos casos de câncer de mama serão de carcinoma 
ductal in situ. Quase todas as mulheres diagnosticadas neste estágio da doença 
podem ser curadas. 
 
31 
 
 
Carcinoma Lobular In Situ 
 
No carcinoma lobular in situ as células se parecem com as células 
cancerosas que crescem nos lobos das glândulas produtoras de leite, mas não 
se desenvolvem através da parede dos lobos. 
 
 
Carcinoma Ductal Invasivo 
 
Este é o tipo mais comum de câncer de mama. O carcinoma ductal 
invasivo (ou infiltrante) se inicia em um duto de leite, rompe a parede desse duto 
e cresce no tecido adiposo da mama. A partir daí, pode se espalhar (metástase) 
para outras partes do corpo através do sistema linfático e da circulação 
sanguínea. Cerca de 80% dos cânceres de mama invasivos correspondem ao 
carcinoma ductal infiltrante. 
 
Carcinoma Lobular Invasivo 
O carcinoma lobular invasivo começa nas glândulas produtoras de leite 
(lobos). Assim como o carcinoma ductal invasivo pode se espalhar para outras 
partes do corpo. Cerca de 10% dos cânceres de mama invasivos correspondem 
ao carcinoma lobular invasivo. Este tipo pode ser mais difícil de ser detectado na 
mamografia do que o carcinoma ductal invasivo. 
 
Tipos menos comuns de Câncer de Mama 
 Câncer de Mama Inflamatório - É raro e corresponde a 1 - 3% dos 
cânceres de mama. Normalmente não existe um único nódulo ou 
tumor. A paciente se apresenta com vermelhidão e inchaço da pele 
 
32 
 
da mama, aumento da temperatura local, frequentemente sem uma 
massa ou nódulo palpáveis. Ele também pode dar uma aparência 
de casca de laranja à pele. As alterações na pele não são causadas 
pelas células cancerosas que bloqueiam os vasos linfáticos da 
pele. A mama pode se tornar maior ou mais firme, suave ou 
provocar coceira. Em estágios iniciais, o câncer de mama 
inflamatório é muitas vezes confundido com mastite (inflamação da 
mama) e tratada como uma infecção com antibióticos. Este tipo de 
câncer de mama tem maior chance de disseminação e um 
prognóstico pior do que o carcinoma ductal invasivo ou lobular. 
 
 
 Câncer de Mama Triplo-negativo - Este termo é usado para 
descrever os cânceres de mama cujas células não são receptores 
de estrogênio e progesterona, e não tem excesso da proteína 
HER2. Os cânceres de mama com essas características tendem a 
ocorrer com maior frequência em mulheres mais jovens e em 
mulheres negras. Esse tipo de câncer tende a crescer e se espalhar 
 
33 
 
mais rapidamente do que a maioria dos outros tipos de câncer de 
mama. Como as células tumorais têm esses receptores, a terapia 
hormonal e os medicamentos que tem como alvo o HER2 não são 
tratamentos eficazes. A quimioterapia é, muitas vezes, 
recomendada até mesmo para a doença em estágio inicial, uma 
vez que reduz o risco da recidiva. 
 
 
 Doença de Paget - Este tipo de câncer de mama começa nos 
ductos mamários e se espalha para a pele do mamilo e para a 
aréola. É raro, representando cerca de 1% dos casos de câncer de 
mama. A doença de Paget apresenta células cancerosas no 
mamilo, frequentemente causando irritação local, descamação, 
prurido e vermelhidão. A mulher pode manifestar queimação ou 
coceira. A doença de Paget é quase sempre associada ao 
carcinoma ductal in situ ou ao carcinoma ductal invasivo. O 
tratamento geralmente requer mastectomia. Na grande maioria dos 
casos, este diagnóstico está associado à presença de carcinoma 
ductal in situ ou a uma forma invasiva de câncer em algum outro 
local da mama. 
 
 
 Tumor Filoide - É um tipo de tumor de mama muito raro, que se 
desenvolve no estroma (tecido conjuntivo) da mama, em contraste 
com os carcinomas, que se desenvolvem nos ductos ou lobos. 
Estes tumores são geralmente benignos, mas em raras ocasiões 
podem ser malignos. A cirurgia é muitas vezes o único tratamento. 
Quando se espalha pode ser tratado com quimioterapia. 
 
 
 
34 
 
 Angiosarcoma - Este tipo de câncer começa nas células que 
revestem os vasos sanguíneos ou vasos linfáticos. Raramente 
ocorre na mama. Quando isso acontece, geralmente se desenvolve 
como uma complicação da radioterapia inicial. Entretanto, essa é 
uma complicação rara da radioterapia mamária que pode aparecer 
5 a 10 anos após o tratamento. O angiosarcoma também pode 
ocorrer nos braços de mulheres que desenvolvem linfedema como 
resultado da cirurgia dos linfonodos ou da radioterapia mamária. 
Esses cânceres tendem a crescerem e se espalharem 
rapidamente. O tratamento é geralmente o mesmo que para os 
outros tipos de sarcomas. 
 
Tipos Especiais de Carcinoma de Mama Invasivo 
Existem alguns tipos especiais de câncer de mama que são subtipos do 
carcinoma invasivo. Alguns deles podem ter um prognóstico melhor do que o 
carcinoma ductal invasivo e incluem: 
 Carcinoma cístico adenoide. 
 Carcinoma metaplásico. 
 Carcinoma medular. 
 Carcinoma mucinoso. 
 Carcinoma papilífero. 
 Carcinoma Tubular. 
Alguns subtipos têm o mesmo ou talvez um pior prognóstico do que o 
carcinoma ductal invasivo, e incluem: 
 Carcinoma metaplásico (a maioria dos tipos, incluindo células 
fusiformes e escamosas). 
 Carcinoma micropapilífero. 
 Carcinoma Misto (com características de ductal invasivo e lobular). 
 
35 
 
 Em geral, todos estes subtipos são tratados como carcinoma ductal 
invasivo. 
 
3 PRINCIPAIS DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE O CÂNCER DE MAMA 
 
FONTE:blog.pesquisasaude.com 
O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em 
todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países 
desenvolvidos. Cerca de 1,67 milhões de casos novos dessa neoplasia foram 
esperados para o ano de 2012, em todo o mundo, o que representa 25% de 
todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres. Suas taxas de incidência 
variam entre as diferentes regiões do mundo. 
O câncer de mama é a maior causa de morte por câncer nas mulheres 
em todo o mundo, com cerca de 520 mil mortes estimadas por ano. É a segunda 
causa de morte por câncer nos países desenvolvidos, atrás somente do câncer 
de pulmão, e a maior causa de morte por câncer nos países em 
desenvolvimento. 
 
36 
 
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima para 2014 e 2015, 
que sejam diagnosticados 57.120 novos casos de câncer de mama no Brasil com 
um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os 
tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo mais frequente nas 
mulheres das regiões Sudeste (71,18/ 100 mil), Sul (70,98/ 100 mil), Centro--
Oeste (51,30/ 100 mil) e Nordeste (36,74/ 100 mil). Na região Norte, é o segundo 
tumor mais incidente (21,29/ 100 mil). 
Apesar de ser considerado um câncer de relativamente bom prognóstico, 
se diagnosticado e tratado oportunamente, as taxas de mortalidade por câncer 
de mama continuam elevadas no Brasil, muito provavelmenteporque a doença 
ainda é diagnosticada em estágios avançados. 
 
4 CAUSAS DO CÂNCER DE MAMA 
Muitos fatores de risco podem aumentar a chance de desenvolver câncer 
de mama, mas ainda não se sabe exatamente como alguns desses fatores de 
risco tornam as células cancerígenas. Os hormônios parecem desempenhar um 
papel importante em muitos casos de câncer de mama, mas ainda não se sabe 
como isso acontece. 
O DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções 
genéticas de todas as células. Nós normalmente nos parecemos com nossos 
pais, porque eles são a fonte do nosso DNA. No entanto, o DNA nos afeta muito 
mais do que isso. 
Alguns genes têm instruções para controlar o crescimento e a divisão das 
células. Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes. 
Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células à morte no 
momento certo são denominados genes supressores do tumor. Os cânceres 
podem ser causados por alterações no DNA que se transformam em oncogenes 
ou por desativação dos genes supressores do tumor. 
Mutações Genéticas Hereditárias 
 
37 
 
 
 
FONTE:farm6.staticflickr.com 
Certas mutações hereditárias podem aumentar o risco de desenvolver 
determinados tipos de câncer e são responsáveis por muitos dos cânceres 
hereditários. Por exemplo, os genes BRCA (BRCA1 e BRCA2) são os genes 
supressores de tumor. Uma mutação em um desses genes pode ser herdada de 
um dos pais. Quando um desses genes sofre mutação, deixa de suprimir o 
crescimento anormal, propiciando o desenvolvimento do câncer. 
As mulheres já começaram a se beneficiar dos avanços na compreensão 
da base genética do câncer de mama. Os testes genéticos identificam mulheres 
que herdaram mutações nos genes supressores de tumor BRCA1 ou BRCA2. 
Dessa forma, essas mulheres podem tomar medidas preventivas para reduzir o 
risco de câncer de mama e monitorar quaisquer alterações na mama, de modo 
a diagnosticar a doença numa fase inicial e iniciar o tratamento. 
Embora muitas das mulheres com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 
desenvolvam câncer, a maioria dos casos, incluindo o câncer de mama, não são 
causados por esse tipo de mutação. As mutações ou variações nos genes em 
geral são um fator no desenvolvimento do câncer, podendo ter um pequeno 
efeito sobre o desenvolvimento de casos individuais, mas o efeito global sobre 
 
38 
 
uma população pode ser grande por ser comum, e muitas vezes as pessoas são 
afetadas com mais de um gene simultaneamente. Os genes envolvidos podem 
afetar níveis hormonais, metabolismo ou outras condições que interagem com 
fatores de risco para câncer de mama. Estes genes podem ser responsáveis por 
grande parte do risco de câncer de mama hereditário. 
 
Mutações Genéticas Adquiridas 
 
A maioria das mutações do DNA relacionadas ao câncer de mama não 
são hereditárias, mas adquiridas durante a vida de uma mulher. Existem alguns 
fatores de risco que provavelmente desempenham um papel importante nas 
mutações adquiridas, mas até agora não existe comprovação específica de 
qualquer mutação que cause o câncer mama. 
Os exames para detectar as alterações genéticas adquiridas podem 
ajudar a prever com mais precisão o prognóstico para algumas mulheres com 
câncer de mama. Por exemplo, os testes podem identificar as mulheres com 
câncer de mama cujas células têm muitas cópias do oncogene HER2. Estes 
cânceres tendem a ser mais agressivos. Ao mesmo tempo, novos medicamentos 
que visam especificamente esses tipos de cânceres estão em constante 
desenvolvimento, melhorando o resultado do tratamento dessas pacientes. 
 
 
39 
 
5 FATORES ASSOCIADOS AO CÂNCER DE MAMA 
 
FONTE:www.hospitalevangelicoipora.com.br 
Os principais fatores associados a um risco aumentado de desenvolver 
câncer de mama são: sexo feminino, menarca precoce (antes dos 11 anos), 
menopausa tardia (após os 55 anos), nuliparidade, primeira gestação a termo 
após os 30 anos, ciclos menstruais menores que 21 dias, mãe ou irmã com 
história de câncer de mama, na pré-menopausa, dieta rica em gordura animal, 
dieta pobre em fibras, obesidade (principalmente após a menopausa), radiações 
ionizantes, etilismo, padrão socioeconômico elevado, ausência de atividade 
sexual, residência em área urbana e cor branca. 
Por outro lado, os principais fatores associados a um risco diminuído de 
desenvolver câncer de mama são: sexo masculino, menarca após os 14 anos, 
menopausa antes dos 45 anos, primeira gestação a termo e amamentação 
precoces (idade inferior a 30 anos), atividade física regular e hábitos alimentares 
saudáveis (baixo teor de gordura, sal e açúcar; aumento no teor de grãos 
integrais, tubérculos, vegetais e frutas). Portanto, as adoções de hábitos 
saudáveis de vida aliada às estratégias para a detecção precoce do câncer 
 
40 
 
devem ser incentivadas, pois o tumor maligno da mama, quando diagnosticado 
precocemente, é passível de cura na grande maioria dos casos. 
5.1 A MULHER COM SITUAÇÃO DE ALTO RISCO 
 
É considerada mulher com situação de alto risco aquela com história 
familiar de câncer de mama em ascendentes ou parentes diretos (mãe ou irmã) 
na pré-menopausa; ou aquela que teve diagnóstico prévio de hiperplasia atípica 
ou neoplasia lobular in situ; ou ainda câncer de mama prévio. Recomenda-se, 
nessa situação, a realização do autoexame mensal e o exame clínico semestral 
ou anual. O exame radiológico (mamografia) deve ser feito anualmente, a partir 
dos 40 anos de idade, independente do exame clínico ou do autoexame estarem 
normais. 
 
6 SINTOMAS E SINAIS: DOR, NÓDULOS E SECREÇÕES 
 
FONTE:vignette1.wikia.nocookie.net 
 
41 
 
O sintoma da dor mamária é o mais frequentemente referido pelas 
mulheres (mais de 60%), que a associam com uma irreal propensão ao 
aparecimento de tumor. A causa mais frequente de dor mamária é a alteração 
funcional benigna da mama (AFBM), antes conhecida como displasia mamária. 
A dor é cíclica e depende da ação dos hormônios ovarianos sobre a mama, 
tornando-a túrgida e dolorida, principalmente no período pré-menstrual. A mulher 
que tem muitas gestações e amamentações, em geral, não refere dor mamária. 
Os traumas, infecções, neurites, inflamações nos arcos costais e “stress” são 
outras causas de dor, que pode ser agravada pela ingestão exagerada de 
cafeína (Coca-Cola, chocolate, café). 
A AFBM não é considerada doença e não aumenta o risco das mulheres 
para desenvolver câncer no futuro. A descarga papilar é de importância em 
relação ao câncer de mama apenas quando abundante, de aspecto cristalino ou 
sanguinolento, unilateral, exteriorizando-se por um único ducto. O líquido deve 
ser submetido ao exame citológico na busca de células cancerosas e aquele 
setor da mama merece investigação cirúrgica. O nódulo mamário (tumor) é uma 
área definida, de consistência variada, de limites precisos ou não, que pode ser 
a manifestação de um simples cisto - tumor de conteúdo líquido - ou sólido, 
benigno ou maligno. 
A importância do tumor varia de acordo com sua natureza que deve 
portanto ser esclarecida inicialmente através do exame clínico, a seguir com 
recurso de imagem, seja ultrassonografia e/ou mamografia e ainda por meio de 
procedimentos ambulatoriais, quais sejam, a punção aspirativa por agulha fina 
(exame citológico) e a punção por agulha grossa ou “core-biopsia” (exame 
histopatológico). O nódulo sólido benigno mais frequente é o fibroadenoma, que 
apresenta consistência dura e elástica, superfície lobulada, em geral é único e 
ocorre em mulheres jovens. O câncer de mama apresenta-se como um tumor de 
consistência dura, de limites mal definidos, de tamanho que pode variar de 1 até 
vários centímetros de diâmetro, de acordo com o tempo de evolução. O tumor 
menor que 1cm dificilmente será detectado clinicamente. Pode estar com a 
mobilidade preservada ou aderido à pele, ao gradil costal ou a ambos. A pele42 
 
que recobre a mama pode estar íntegra, ulcerada pelo tumor ou apresentar-se 
como uma casca de laranja. 
 
7 IDENTIFICANDO NÓDULOS BENIGNOS DA MAMA 
 
FONTE:static.tuasaude.com 
Existem muitos tipos de nódulos de mama que são de natureza benigna. 
Os mais comuns são os fibroadenomas e os cistos. O fibroadenoma apresenta-
se como um nódulo duro e elástico, sólido, não doloroso, móvel à palpação, de 
limites precisos e mede de 1 a 3 cm. Surge quase sempre na mulher jovem, entre 
15 e 30 anos. 
Trata-se de uma lesão sem potencial de malignização. Certos tipos de 
câncer, chamados tumores circunscritos, podem simular um fibroadenoma 
sendo, portanto, prudente que os fibroadenomas sejam submetidos à 
confirmação histopatológica. 
 
43 
 
Os cistos são tumores de conteúdo líquido, facilmente palpados, de 
consistência amolecida e podem atingir grandes volumes. Existem cistos 
pequenos, chamados microcistos, que não são palpáveis e que são detectados 
pela ultrassonografia. Quase sempre são múltiplos, não representam problema 
clínico e não precisam receber qualquer atenção específica. Alguns tipos de 
cistos grandes podem exibir crescimento tumoral no seu interior lembrando uma 
vegetação em desenvolvimento. Estas vegetações intra-císticas merecem 
investigação, pois podem representar lesões pré-malignas ou malignas. O cisto 
exibe-se bem à mamografia e à ultrassonografia como nódulo de contornos bem 
definidos e sem calcificações. 
A ultrassonografia é o método diagnóstico ideal da doença cística. O 
tratamento do cisto é a punção aspirativa esvaziadora com agulha. Ele deve ser 
extraído cirurgicamente nos casos de conteúdo sanguinolento à punção, 
persistência de tumor após punção, vegetação intra-cística ao ultrassom ou em 
casos de reaparecimento do cisto no local já puncionado (recidiva). 
 
VIVA MULHER – PROGRAMA NACIONAL 
DE CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO 
ÚTERO E DE MAMA 
O controle do câncer de mama no Brasil representa, atualmente, um dos 
grandes desafios para a saúde pública. O diagnóstico tardio da doença e a não 
identificação de mulheres com situação de alto risco apontam para a 
necessidade de um programa que estimule o diagnóstico precoce da doença. 
Por outro lado, a desigualdade de acesso à oferta de tecnologia na atenção ao 
câncer de mama e de seu diagnóstico precoce, mostra a necessidade do 
conhecimento e redimensionamento da oferta real de mamógrafos, bem como 
 
44 
 
de sua capacidade de realização de exames, o mesmo podendo ser dito em 
relação à rede de diagnóstico, tratamento e reabilitação. 
O cadastramento dos profissionais envolvidos na rede, sua capacitação, 
bem como a normalização, uniformização de procedimentos e controle de 
qualidade constituem-se ações prioritárias. Estas, incorporadas aos 
procedimentos referentes à atenção do câncer de mama, certamente, 
promoverão mudanças favoráveis no diagnóstico precoce, tratamento e 
reabilitação. 
O Viva Mulher – Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do 
Útero e de Mama tem, portanto, como objetivo, reduzir a mortalidade e as 
repercussões físicas, psíquicas e sociais desses cânceres na mulher brasileira, 
por meio da oferta de serviços para prevenção e detecção em estágios iniciais 
da doença e do tratamento e reabilitação das mulheres. Desta forma, as 
diretrizes e estratégias traçadas para o Programa contemplam a formação de 
uma rede nacional integrada, com base em um núcleo geopolítico gerencial, 
sediado no município, que permitirá ampliar o acesso da mulher aos serviços de 
saúde. 
Além disso, a capacitação de recursos humanos e a motivação da mulher 
para cuidar da sua saúde fortalecerão e aumentarão a eficiência da rede formada 
para o controle do câncer. Suas estratégias de implantação preveem a resolução 
das necessidades constantes nas seguintes diretrizes: 
• articular e integrar uma rede nacional; 
• motivar a mulher a cuidar da sua saúde; 
• reduzir a desigualdade de acesso da mulher à rede de saúde; 
• melhorar a qualidade do atendimento à mulher; 
• aumentar a eficiência da rede de controle do câncer. 
 
45 
 
 
REALIZANDO A PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
E IDENTIFICANDO GRUPOS DE RISCO 
 
FONTE:www.sonhosbr.com.br 
A Organização Mundial da Saúde recomenda o estímulo de hábitos 
alimentares saudáveis (baixo teor de gordura, sal e açúcar e o aumento de grãos 
integrais, tubérculos, vegetais e frutas) como uma medida importante de 
prevenção primária de câncer. 
A atividade física regular e a manutenção do Índice de Massa Corporal 
abaixo de 30, preferencialmente entre 18,5 e 25, também constituem importantes 
fatores de proteção e devem ser adotados pelo indivíduo e estimulados nas 
rotinas de consulta dos profissionais de saúde e nas ações de comunicação 
social públicas. 
 
46 
 
Por outro lado, o consumo de bebidas alcoólicas (mais do que 1 drink para 
as mulheres e 2 drinks para os homens, por dia), também contribui para um 
significativo aumento no risco de aparecimento de câncer e deve ser 
desestimulado nas populações. 
Vale mencionar que o conhecimento científico atual aponta para o uso de 
fármacos, como o tamoxifeno, em mulheres com situação de alto risco, ou seja, 
com mãe ou irmã com câncer de mama na pré-menopausa ou com antecedente 
pessoal de hiperplasia atípica ou neoplasia lobular in situ detectada em biópsia 
prévia. 
 
FONTE:image.slidesharecdn.com 
8 REALIZANDO O EXAME CLÍNICO DA MAMA 
 
 
 
47 
 
 
 
 
FONTE:fiquemaisbella.com.br 
O exame físico das mamas, também chamado de exame clínico das 
mamas (ECM), deve ser realizado rotineiramente pelo médico durante a sua 
consulta em mulheres a partir de 25 anos, preferentemente na primeira semana 
após a menstruação. Ele também pode ser realizado por outro profissional de 
saúde treinado (enfermeiro(a)), e tem fundamental importância para a detecção 
precoce do câncer de mama. Por isso, precisa ser bem executado e requer, para 
a sua realização, ambiente privativo adequado com boa iluminação, além de 
respeito ao recato da mulher. 
Durante o exame, sinais como assimetria, abaulamentos, retrações, 
eczemas, ulcerações, gânglios linfáticos e nódulos devem ser cuidadosamente 
pesquisados. Em sequência, os seguintes tempos do exame físico devem ser 
realizados: 
1) inspeção estática; 
2) inspeção dinâmica; 
3) palpação das axilas e regiões supra claviculares; e 
 
48 
 
4) palpação do tecido mamário. 
 
Os itens 1, 2 e 3 devem ser realizados com a mulher de pé ou sentada e o 
item 4, em decúbito dorsal. 
 
INSPEÇÃO ESTÁTICA 
Na inspeção estática, procura-se observar a simetria, abaulamentos, 
retrações ou presença de edema cutâneo das mamas, o aspecto das aréolas e 
papilas, procurando identificar áreas de ulceração ou eczemas. 
 
INSPEÇÃO DINÂMICA 
Na inspeção dinâmica, solicita-se que a mulher eleve os braços 
lentamente, acima de sua cabeça, de maneira que eventualmente possa 
salientar abaulamentos e retrações. A seguir, pede-se que a mulher coloque os 
braços na cintura e aperte-a, para que através da compressão dos músculos 
peitorais, sejam evidenciados abaulamentos e retrações. 
 
PALPAÇÃO DAS AXILAS E REGIÕES SUPRACLAVICULARES 
Com a mulher sentada, devem ser palpadas cuidadosamente as axilas. O 
profissional deve usar a mão contralateral da axila examinada, enquanto o braço 
da mulher descansa, relaxado, sobre o seu antebraço. A palpação das regiões 
supra claviculares pode ser realizada com o examinador localizado à frente ou 
por detrás da mulher. O exame das axilas e regiões supra claviculares visa a 
detecção de linfonodos. 
 
PALPAÇÃO DO TECIDO MAMÁRIO 
 
49 
 
Com a mulher confortavelmente deitada e com as duas mãos sob a 
cabeça, o profissional procura, por meio de manobra de dedilhamento da mama, 
identificar nódulos suspeitos. A seguir, realiza a palpação mais profunda da 
mama utilizando as polpas digitais. 
 
8.1 COMOÉ O AUTO-EXAME DA MAMA 
 
 
FONTE:clinicadamama.files.wordpress.com 
É o exame realizado pela própria mulher em suas mamas, viabilizando a 
descoberta de alterações existentes. O profissional de saúde precisa ensinar e 
estimular as mulheres a fazerem o autoexame das mamas (AEM). É 
recomendado, portanto, que durante a realização do exame clínico das mamas, 
o profissional mostre, à própria mulher, as áreas normais de suas mamas que 
 
50 
 
possam gerar suspeitas, quando esta for realizar o autoexame. Algumas 
dúvidas, porém, precisam ser esclarecidas: quais as mulheres, quando e como 
realizar o AEM? 
Todas as mulheres devem fazer regularmente o autoexame, devendo ser 
incentivada e ensinada a sua realização logo após o aparecimento das mamas, 
como uma forma de cuidado e conhecimento do próprio corpo. O melhor período 
para a sua realização é de 7 a 10 dias após a menstruação, quando as mamas 
ficam menos túrgidas, facilitando o eventual encontro de alterações. 
Para as mulheres que não menstruam, como por exemplo, aquelas que já 
se encontram na menopausa, ou as que se submeteram à histerectomia, ou 
ainda aquelas que estão amamentando, deve-se orientar a escolha arbitrária de 
um dia do mês para a realização do autoexame. 
Por exemplo, pode ser o primeiro ou o último dia de cada mês; pela manhã 
ao acordar ou à noite, antes de dormir. O grande valor do autoexame está na 
sua realização periódica mensal, pois uma vez que a mulher tenha como 
referência a palpação habitual normal, se houver uma alteração, ela logo 
perceberá. A alteração a ser procurada é, basicamente, o endurecimento nodular 
localizado. 
Os tempos do autoexame são dois: 
1) inspeção em frente ao espelho e 
2) palpação digital das mamas em decúbito dorsal. 
 
INSPEÇÃO EM FRENTE AO ESPELHO 
Inicialmente a mulher deve observar suas mamas diante do espelho com 
os braços alinhados ao longo do corpo. Em seguida, ela eleva os braços 
lateralmente e volta à posição original, observando alguma mudança ou 
alteração no contorno das mamas. 
 
 
51 
 
 
FONTE:paginasimoesfilho.com.br 
PALPAÇÃO DIGITAL DAS MAMAS 
Confortavelmente deitada, a mulher coloca uma das mãos sob a cabeça 
e, com a outra, palpa a mama oposta ao lado da mão que examina. Em seguida, 
repete o processo na mama contralateral. O importante é que toda a mama seja 
examinada e palpada. Com um pouco de pressão dos dedos pode-se sentir o 
tecido abaixo da pele, facilitando a detecção de nódulos. A repetição sistemática 
do autoexame levará ao conhecimento das próprias mamas, facilitando assim, a 
percepção de qualquer alteração das mesmas. 
 
 
52 
 
8.2 A MAMOGRAFIA 
 
 FONTE:diariodoaco.com.br 
A mamografia (mastografia ou senografia) é a radiografia da mama que 
permite a detecção precoce do câncer. É capaz de mostrar lesões, em fase 
inicial, muito pequenas (em milímetros). Em virtude de ainda ser um método caro 
em nosso meio, recomenda-se hoje a realização da mamografia nos casos de 
exame clínico suspeito e em mulheres com situação de alto risco, com idade 
igual ou maior que 40 anos, mesmo que não apresentem alterações no exame 
clínico. 
A mamografia é realizada em aparelho de raios X apropriado, chamado 
mamógrafo. Utilizando compressão, são feitas duas incidências (crânio-caudal e 
médio-lateral oblíqua) de cada mama. O desconforto provocado pela 
mamografia é discreto e suportável. Os sinais radiológicos de malignidade são 
divididos em diretos e indiretos. 
Os sinais diretos são os nódulos, as microcalcificações e as densidades 
assimétricas focais ou difusas. Constituem sinais indiretos: as distorções 
 
53 
 
parenquimatosas, dilatação ductal isolada, espessamento cutâneo, retração da 
pele e/ou complexo aréolo-papilar e linfonodopatia axilar. 
O nódulo muito denso e de contorno espiculado tem grande possibilidade 
de representar um câncer. Quanto às microcalcificações, vale dizer que apenas 
20% a 30% delas são manifestação de lesão maligna e que podem representar 
o sinal mais precoce de malignidade. As microcalcificações são, por definição, 
partículas opacas menores que 0,5 mm. Quando suspeitas de malignidade 
devem estar em grande número (mais de 5 por centímetro cúbico), exibir 
variedade de forma (pontos, linhas, ramificações) e variação de densidade no 
interior da partícula ou entre as partículas. A distribuição é, em geral, unilateral, 
podendo estar agrupadas num pequeno setor mamário ou seguindo trajeto 
ductal. 
 
FONTE:enfermagempatologia.files.wordpress.com 
8.3 ULTRA-SONOGRAFIA 
 
 
54 
 
 
FONTE:www.centrallife.com.br 
A ultrassonografia é um exame realizado com um aparelho que emite 
ondas de ultrassom e que, através do registro do eco, nos dá informações da 
textura e conteúdo de nódulos mamários. Na maioria dos casos será método 
complementar da mamografia. 
A ultrassonografia tem grande aplicação na diferenciação entre tumores 
císticos e sólidos e também é capaz de identificar lesões no interior de cisto, 
indicando a retirada do cisto através de cirurgia. Este exame tem melhor 
resultado quando feito em mamas densas, com tecido glandular exuberante, 
como as mamas das mulheres jovens. 
 A ultrassonografia não é utilizada como método de rastreamento do 
câncer de mama porque não tem capacidade para detectar microcalcificações 
que, muitas vezes, representam a única forma de expressão do câncer de mama. 
Outra limitação deste exame é a identificação de tumores menores que 1 cm, 
localizados profundamente em mamas volumosas e com grande quantidade de 
tecido adiposo, porque pequenos tumores e lojas de gordura geram imagens 
semelhantes. 
 
55 
 
 
8.4 BIÓPSIA – CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO 
 
FONTE:minhavida-symnav.adam.com 
Diante de lesões suspeitas, principalmente quando comprovadas pela 
mamografia, o médico deve buscar a confirmação do diagnóstico que pode ser 
citológico, por meio da punção aspirativa por agulha fina, ou histológico, por meio 
de biópsias cirúrgicas convencionais sob anestesia local ou geral ou biópsia por 
agulha grossa, sob anestesia local. 
O material obtido pela punção aspirativa por agulha fina é estendido em 
uma lâmina de vidro e submetido à análise citológica. Quando realizada em 
tumores palpáveis, este deve ser de tamanho igual ou maior que 1 centímetro. 
É um procedimento ambulatorial que deve ser estimulado por ser de baixo custo, 
fácil execução e raras complicações. 
Utiliza- se apenas uma agulha 30/7, uma seringa de 10ml ou 20ml e, neste 
caso, um suporte para a seringa, se disponível. A biópsia cirúrgica convencional 
consiste na retirada de parte (incisional), ou da totalidade do tumor (excisional), 
 
56 
 
sob anestesia local ou geral. Há atualmente o recurso técnico de biópsia por 
agulha grossa, a core biopsy, que se utiliza de um instrumento em forma de 
pistola, munida de cânula, mola e agulha, e uma vez disparada no interior do 
tumor, fornece material para estudo histopatológico. Este método tem a 
vantagem de ser um procedimento ambulatorial, e, portanto, mais barato. É de 
fácil realização e apresenta, como complicação mais frequente, a formação de 
hematoma, e mais grave e também rara, a perfuração da parede torácica 
 
8.5 ESTADIAMENTO 
Estadiar o câncer é avaliar a extensão anatômica de comprometimento do 
organismo, de acordo com normas determinadas. Serve para análise de grupo 
de pacientes, com uniformidade no registro da extensão da doença e 
classificação histopatológica das neoplasias malignas. Além disso, ajuda o 
médico no planejamento da abordagem terapêutica, dá alguma indicação do 
prognóstico, ajuda na avaliação dos resultados, facilita a troca de informação 
entre centros de tratamento e contribui para a pesquisa contínua sobre o câncer 
humano. 
O principal propósito, a ser conseguido pela concordância internacional 
na classificação dos casos de câncer pela extensão da doença, é fornecer ummétodo que permita comparação sem ambiguidade entre experiências clínicas. 
O estadiamento do câncer de mama é feito através de critérios estabelecidos 
pela União Internacional de Combate ao Câncer (UICC), em 1997. Ele baseia-
se na classificação (TNM) onde T= Tumor; N= Nódulo e M= Metástase e só se 
aplica aos carcinomas, ou seja, os tumores de origem do epitélio formador do 
ducto e representam 80% dos tumores da mama. Na figura ao lado, discrimina-
se com detalhes a classificação TNM e os respectivos agrupamentos das 
diversas combinações em termos de estadiamento 0, I, II, III e IV. 
No Brasil, a grande maioria das mulheres com câncer de mama chega 
aos serviços de saúde com tumores localmente avançados, ou seja, de tamanho 
 
57 
 
maior do que 3 cm, com linfonodos axilares comprometidos e com possibilidade 
de desenvolver precocemente as metástases (tumor disseminado para outros 
órgãos). Esses tumores encontram-se categorizados no Estádio ll b ou mais 
avançados. 
 
 
 
 
 
9 TRATANDO O CÂNCER DE MAMA: INFORMAÇÕES GERAIS 
 
FONTE:www.institutodemastologia.com.br 
O tratamento do câncer de mama é um processo de múltiplas etapas, 
cujas modalidades terapêuticas são: cirurgia, radioterapia, tratamento sistêmico 
(quimioterapia e hormonioterapia) e reabilitação. Os princípios do tratamento 
visam promover a retirada local do tumor, interromper as suas vias de drenagem 
através de linfonodos regionais, bem como realizar a caracterização prognóstica 
 
58 
 
e orientação do tratamento por meio de medicamentos quimioterápicos ou 
hormonais. 
Estes objetivam a proteção contra o aparecimento de metástases (terapia 
adjuvante) ou o tratamento de metástases já estabelecidas (terapia paliativa). 
Sabe-se que a associação dos tratamentos cirúrgico, quimioterápico e 
radioterápico são mais eficazes em reduzir a possibilidade de reaparecimento da 
doença. 
O sucesso do tratamento do câncer de mama, ou seja, o controle da 
doença, dependerá de características chamadas fatores prognósticos. Do ponto 
de vista clínico, os mais importantes são a extensão do comprometimento axilar 
e o tamanho do tumor. Quanto menores o tamanho do tumor e o 
comprometimento axilar, maiores serão as chances de cura da doença. Por 
exemplo, o carcinoma in situ apresenta índice de cura próximo de 100%; os 
tumores do estádio l ou seja, menores que 2cm, sem comprometimento axilar, 
apresentam taxa de sobrevida global da ordem de 90% em 5 anos de 
seguimento. Já os tumores do estádio lllB, que são tumores localmente 
avançados, tem taxa de sobrevida global em torno de 60% em 5 anos. 
 
9.1 TRATAMENTO CIRÚRGICO 
O objetivo do tratamento cirúrgico é promover o controle local, a mutilação 
mínima e a obtenção de informações a respeito da biologia do tumor e de seu 
prognóstico, modulando assim o tratamento adjuvante. Em termos de tratamento 
cirúrgico, as principais opções são: a cirurgia conservadora (quadrantectomia 
com dissecção axilar), que fornece excelentes resultados para tumores de até 
3cm de diâmetro ou que preservem a proporção tumor/mama; e a cirurgia radical 
(mastectomia), indicada, como regra geral, para tumores maiores que 3cm de 
diâmetro. 
Existem 2 tipos de mastectomia radical: a mastectomia radical chamada 
clássica, onde são retirados os dois músculos peitorais ou a radical modificada 
 
59 
 
em que apenas o músculo peitoral menor é retirado. A dissecção axilar completa 
faz parte da técnica cirúrgica. Os resultados estéticos da quadrantectomia são 
bastante bons, enquanto que a mastectomia implica em comprometimento da 
silhueta do tórax e da autoimagem da mulher. Por isso, nessas condições, 
sempre que possível, deve ser feita a reconstrução plástica da mama, que 
oferece resultados satisfatórios. 
 
9.2 A RADIOTERAPIA 
 
FONTE:www.onconews.com.br 
A radioterapia é um recurso terapêutico largamente utilizado no câncer de 
mama, que se beneficia da capacidade de penetração da radiação criada pelo 
bombardeamento de elétrons acelerados, ou raios gama emitidos pelo radium 
ou outro material radioativo, em um alvo, reduzindo e por vezes eliminando o 
tumor. 
A carga tumoricida é de 50 grays, aplicados através de aceleradores 
lineares e apresentam as seguintes indicações: • esterilizar os focos neoplásicos 
 
60 
 
no parênquima mamário remanescente após as quadrantectomias; • bloquear as 
células neoplásicas porventura presentes em via de drenagem linfática da mama 
que não foram dissecadas cirurgicamente como, por exemplo, a cadeia mamária 
interna e, principalmente, nos tumores muito volumosos; • proteger o leito 
cirúrgico de recidivas locais. 
 
9.3 O TRATAMENTO SISTÊMICO 
 
FONTE:www.helplink.com.br 
QUIMIOTERAPIA 
Quando se trata de evitar o aparecimento de metástases depois do 
tratamento inicial, está se falando da quimioterapia adjuvante ou preventiva. São 
utilizadas substâncias citotóxicas, eficazes em destruir células cancerosas 
porque elas interferem, por diferentes mecanismos, na síntese ou função do 
 
61 
 
ácido nucleico. Os esquemas com mais de uma droga (poliquimioterapia) são 
mais eficazes que os monoterápicos. 
O resultado final será um aumento significativo do tempo livre de doença 
e da sobrevida das mulheres submetidas a esta modalidade terapêutica. Chama-
se quimioterapia primária ou neoadjuvante àquela feita antes da cirurgia, 
realizada principalmente em tumores grandes, para facilitar o tratamento 
cirúrgico posterior. Outra forma de quimioterapia é a paliativa, ou seja, aquela 
usada para o tratamento de metástases. 
 
HORMONIOTERAPIA 
 
 FONTE:scontent.cdninstagram.com 
 
A maioria dos casos de câncer de mama são de tumores estimulados, no 
seu crescimento, por hormônios, principalmente os estrogênios. Assim, uma 
droga eficiente, usada com finalidade adjuvante preventiva ou no tratamento de 
metástase recém-implantada, é aquela que tem propriedade antiestrogênica. A 
mais usada nesse sentido é o tamoxifen, um agente competidor pelos receptores 
estrogênicos que existem na mama e em diversos órgãos. Ele deve ser 
 
62 
 
administrado na dose de 20mg por dia por um período de 5 anos, especialmente 
em mulheres na pós-menopausa. Outro recurso hormonioterápico são as 
substâncias inibidoras da enzima aromatase. Essas drogas atuam melhor em 
mulheres que têm tumores na pós-menopausa e naquelas que responderam 
bem, mas temporariamente, à terapia hormonal de primeira linha, o tamoxifen. 
 
9.4 SEGUIMENTO 
 
FONTE:www.espacodevida.org.br 
 
A quimioterapia apresenta alguns sintomas colaterais, em diversos graus 
de intensidade e de acordo com a droga utilizada. As mais frequentes são a 
toxicidade gástrica, que se manifesta por náuseas e vômitos, e a queda de 
cabelo. São circunstâncias transitórias. A radioterapia apresenta frequentemente 
uma espécie de queimadura da pele sobre a qual foi aplicada, a radioepidermite. 
Terminado o tratamento quimioterápico e radioterápico, a paciente volta a ser 
seguida pelo seu médico. Este acompanhamento baseia-se fundamentalmente 
na anamnese e exame físico a intervalos que variam entre 6 meses e 1 ano. A 
 
63 
 
solicitação de exames específicos como raios X de tórax, ultrassonografia de 
abdome, marcadores tumorais, cintilografia óssea, tomografia etc., não devem 
ser rotineiros. Dependerá de critério médico, em função de dados clínicos ou de 
parâmetros próprios de cada caso. 
 
 
10 ORIENTAÇÕES PÓS-DISSECÇÃO AXILAR 
 
FONTE:www.hospitalsiriolibanes.org.br 
A mulher submetida à linfoadenectomia, a parte do tratamento cirúrgico 
onde os linfonodos axilares são retirados, frequentemente se recente de 
sensações de formigamento, a parestesia, na face interna do braço, sensação 
esta que, usualmente, desaparece com o passar dos meses. Este fato deve ser 
encarado com naturalidade pelas mulheres, porque decorrem da lesão de 
pequenos ramos nervososseccionados durante a cirurgia. A retirada dos 
linfonodos favorece a instalação de processos infecciosos. Orienta-se a paciente 
no sentido de preservar a integridade do braço evitando contato com agulhas, 
espinhos e animais de garras afiadas e, se possível, injeções intravenosas no 
braço do lado operado. 
 
64 
 
A dissecção axilar, principalmente associada a radioterapia, pode facilitar 
a instalação de linfedema, uma retenção de líquido pela obstrução da rede 
linfática do membro superior homolateral. Medidas fisioterápicas estão indicadas 
e quase sempre conseguem reduzir os linfedemas a níveis aceitáveis pela 
paciente. Devem ser dadas orientações quanto a recursos domésticos que estão 
permanentemente disponíveis e podem ser utilizados pela paciente como 
métodos auxiliares da fisioterapia. 
 
10.1 RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA 
 
FONTE:www.santacasademaceio.com.br 
A retirada da mama para tratamento de tumores gera graves 
repercussões no psiquismo da mulher. Deve-se lançar mão do benefício da 
reconstrução, ou seja, refazer uma estrutura semelhante à mama retirada, 
através de técnicas de cirurgia plástica que pode ser realizada inclusive no 
mesmo ato que a mastectomia (reconstrução mamária imediata) ou a qualquer 
 
65 
 
momento, depois de terminada a quimioterapia e radioterapia, ou alguns anos 
depois. 
A reconstrução mamária se utiliza, basicamente, de duas técnicas: a 
primeira é a reconstrução através da transferência de retalhos de pele, músculo 
e gordura do abdome para a área correspondente à mama. A segunda, por meio 
do uso de uma prótese expansora dilatadora da pele, a qual é depois substituída 
por uma prótese definitiva de silicone. As duas técnicas proporcionam excelentes 
resultados e a escolha deve basear-se em aspectos locais do abdome de cada 
paciente, do formato da mama e da disponibilidade de próteses. 
 
11 A VIDA APÓS O TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA 
 
FONTE:consultadeenfermagem.com 
O tratamento da mulher com câncer de mama deve ser global e visar a 
recuperação do seu bem-estar psicossocial e de sua qualidade de vida. Ela deve 
voltar à plenitude de suas atividades profissionais, domésticas e afetivas a partir 
do estímulo a sua reabilitação total. Todas as mulheres com câncer de mama 
 
66 
 
necessitam, em maior ou menor grau, de uma ajuda especializada do ponto de 
vista emocional, e as equipes multidisciplinares formadas por médicos, 
enfermeiras, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, quando trabalham de 
forma integrada, induzem excelentes resultados para a qualidade de vida da 
mulher. Algumas dúvidas são comuns depois do tratamento: 
 
GESTAÇÃO 
A mulher que teve um câncer de mama, e que é jovem e tem vontade de 
engravidar, quase sempre se questiona a respeito da repercussão da gestação 
em sua doença. Embora não haja consenso, a maioria dos estudiosos no 
assunto acredita que a gravidez não piora o prognóstico da mulher. Por isso, 
permite-se a gravidez depois de decorridos 2 anos desde o início do tratamento, 
pois este representa um período crítico para as recidivas locais. 
 
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS 
Nas mulheres em idade reprodutiva e que se submetem ao tratamento de 
câncer de mama, sugere-se o planejamento familiar através de métodos 
naturais, de barreira (diafragma, preservativo) ou colocação do DIU (dispositivo 
intra-uterino). Não se recomenda o uso de anticoncepcionais orais. 
 
TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL 
A mulher que teve tumor de mama na pré-menopausa pode fazer uso de 
hormônios estrogênicos? Essa é uma dúvida ainda sem resposta definitiva. 
Evita-se a terapia de reposição hormonal caso não haja fatores de risco para 
doença cardiovascular ou osteoporose. As pacientes portadoras de tumor de 
bom prognóstico e com alto risco cardiovascular e ósseo, desde que 
esclarecidas e estejam de acordo, podem receber terapia estrogênica, 
avaliando-se caso a caso. As medidas não hormonais como exercício físico, 
 
67 
 
exposição ao sol matinais e adequadas ingestões alimentares de cálcio devem 
ser estimuladas. 
 
 
FONTE:www.mirandopolis.sp.gov.br 
BIBLIOGRAFIA 
 
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o clínico. J Bras Med 77: 4,100-111, 1999. 
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Mama para Ginecologistas. Editora Revinter. 1994. 
DIAS, EN, CALEFFI, M, SILVA, HMS. Mastologia Atual. Rio de Janeiro, 
Editora Revinter. 1994. 
FRANCO, JM. Mastologia, Formação do Especialista. Rio de Janeiro, 
Editora Atheneu. 1997. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Falando sobre câncer. 2 ed., Rio de Janeiro, 
Instituto Nacional de Câncer, Coordenação Nacional de Controle do Tabagismo 
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MINISTÉRIO DA SAÚDE. Implantando o Viva Mulher - Programa 
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Instituto Nacional de Câncer, Coordenação de Prevenção e Vigilância - Conprev 
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1995. 
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LEITURA RECOMENDADA 
 
 BASSET, LW, JACKSON, VP. Doenças da Mama – Diagnóstico e 
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 DE VITA, JR., VT, HELLMAN, S. ROSENBERG, SA. Cancer: principle and 
practice of oncology. Philadelphia, Lippincott-Raven Publishers. 1997. 
INTERNATIONAL AGENCY FOR RESEARCH ON CANCER. Cancer 
Incidence in Five Continents. Lyon, IARC Scientific Publication nº 120. 1992. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Controle do câncer: uma proposta de integração 
ensino-serviço. 2 ed. - Rio de Janeiro, Instituto Nacional de Câncer, 
Coordenação de Programas de Controle de Câncer - Pro-Onco. 1993. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ações de enfermagem para o controle do câncer. 
2 ed. - Rio de Janeiro, Instituto Nacional de Câncer, Coordenação de Programas 
de Controle de Câncer - Pro-Onco. 1995. 
 
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U.S.PREVENTIVE SERVICES TASK FORCE. Guide to Clinical Preventive 
Services, 2nd ed. Alexandria, Virginia: Internacional Medical Publishing. 1996.

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