Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 SUMÁRIO 1 O QUE É CÂNCER? .......................................................................... 3 1.1 TIPOS DE CÂNCER.................................................................... 4 1.2 O QUE CAUSA O CÂNCER? ...................................................... 6 1.3 DICAS DE PREVENÇÃO ............................................................ 8 1.4 COMO O ORGANISMO SE DEFENDE? .................................. 12 1.5 TIPOS DE CÂNCER.................................................................. 14 2 CANCER DE MAMA ........................................................................ 22 2.1.2 Sintomas ............................................................................ 24 2.2 TIPOS DE CANCER DE MAMA ................................................ 30 3 PRINCIPAIS DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE O CÂNCER DE MAMA 35 4 CAUSAS DO CÂNCER DE MAMA .................................................. 36 5 FATORES ASSOCIADOS AO CÂNCER DE MAMA ....................... 39 5.1 A MULHER COM SITUAÇÃO DE ALTO RISCO ....................... 40 6 SINTOMAS E SINAIS: DOR, NÓDULOS E SECREÇÕES .............. 40 7 IDENTIFICANDO NÓDULOS BENIGNOS DA MAMA ..................... 42 8 REALIZANDO O EXAME CLÍNICO DA MAMA ................................ 46 8.1 COMO É O AUTO-EXAME DA MAMA ...................................... 49 8.2 A MAMOGRAFIA ...................................................................... 52 8.3 ULTRA-SONOGRAFIA .............................................................. 53 8.4 BIÓPSIA – CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO ..................... 55 8.5 ESTADIAMENTO ...................................................................... 56 9 TRATANDO O CÂNCER DE MAMA: INFORMAÇÕES GERAIS ..... 57 9.1 TRATAMENTO CIRÚRGICO .................................................... 58 2 9.2 A RADIOTERAPIA .................................................................... 59 9.3 O TRATAMENTO SISTÊMICO ................................................. 60 9.4 SEGUIMENTO .......................................................................... 62 10 ORIENTAÇÕES PÓS-DISSECÇÃO AXILAR ............................... 63 10.1 RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA ............................................... 64 11 A VIDA APÓS O TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA ......... 65 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 67 LEITURA RECOMENDADA .................................................................. 68 3 1 O QUE É CÂNCER? FONTE:fernandoprado.com O câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e os órgãos. Quando o crescimento celular é anormal, pode-se desenvolver um nódulo, massa ou tumor, que pode ser benigno (não canceroso) ou maligno (canceroso). Dividindo-se rapidamente, células cancerosas tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Entretanto, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida. 4 1.1 TIPOS DE CÂNCER FONTE:img.rtve.es Os diferentes tipos de câncer correspondem às diferentes células do corpo. Por exemplo, existe uma grande variedade de câncer de pele porque ela é formada por mais de um tipo de célula. Essa doença específica é nomeada conforme a parte do corpo em que se originou. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais (pele ou mucosas) é denominado carcinoma. Se começa em tecidos conjuntivos (osso, músculo ou cartilagem) é chamado de sarcoma. Alguns tipos de câncer envolvendo o sangue e órgãos hematopoiéticos não formam tumores, mas circulam por outros tecidos onde elas crescem. Outras características que diferenciam os diversos tipos de cânceres entre si são a velocidade de multiplicação das células e a capacidade de invadir tecidos e órgãos vizinhos ou distantes. Os tumores capazes de invadir estruturas próximas e espalhar-se por diversas regiões do corpo são chamados de 5 metástases. Trata-se da formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra, mas sem continuidade entre as duas. A metástase só se forma em tumores malignos. É importante saber que não são todos os tumores que se comportam dessa forma. Atualmente, muitos tipos de câncer são curáveis, em especial quando são detectados em estágios iniciais. Por isso, faz-se muito importante o diagnóstico precoce, que possibilita a cura de mais da metade dos casos da patologia. OUTROS CONCEITOS... Câncer é a proliferação descontrolada de células anormais do organismo. As células normais do corpo vivem, se dividem e morrem de forma controlada. As células cancerosas são diferentes, não obedecem a esses controles e se dividem sem parar. Além disso, não morrem como as células normais e continuam a se proliferar e a produzir mais células anormais. Essa divisão descontrolada das células é provocada por danos no DNA, o material genético presente em todas as nossas células e que comanda todas as suas atividades, inclusive as ordens para a célula se dividir. Na maior parte das vezes, o próprio DNA detecta e conserta seus erros. Nas células cancerosas, porém, o mecanismo de reparo não funciona. Esses defeitos no mecanismo de reparo podem ser herdados e estão na origem dos cânceres hereditários. Na maioria dos casos, porém, o DNA se altera por causa da exposição a fatores ambientais, entre eles, o fumo, sol, alguns vírus e alimentação. As células cancerosas geralmente formam um tumor, uma massa de células com crescimento anormal. Existem exceções, como as leucemias, em que as células doentes estão presentes no sangue e percorrem o corpo todo. Frequentemente, as células cancerosas se desprendem do tumor, viajam para outra parte do corpo onde passam a crescer e a substituir o tecido sadio, num processo chamado metástase. 6 Nem todos os tumores são cancerosos. Os chamados tumores benignos não têm a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo, mas merecem atenção e podem exigir tratamento, dependendo do local onde aparecem. Diferentes tipos de câncer têm comportamentos diferentes, exigem tratamentos diferentes até mesmo quando se trata de câncer do mesmo órgão. Há cânceres de próstata extremamente agressivos, de progressão rápida e outros menos agressivos, de desenvolvimento lento. Por isso, o tratamento é específico para cada caso. O câncer é a segunda causa de morte nos Estados Unidos e está entre as três primeiras no Brasil. A cada ano, 8 milhões de pessoas em todo o planeta recebem o diagnóstico de câncer. De forma geral, uma em cada três mulheres e um em cada dois homens tem, teve ou terá câncer. Quanto mais cedo a doença é detectada, maiores as chances de sobrevivência. 1.2 O QUE CAUSA O CÂNCER? FONTE:1.bp.blogspot.com As causas de câncer estão relacionadas a fatores externos e/ou internos ao organismo. As causas externas estão relacionadas ao meio ambiente, aos 7 hábitos e costumes próprios de uma determinada comunidade. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, mas estão ligadas à capacidade do organismo de se defender de agressões externas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais. Dados mostram que 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos, como os cigarros e a exposição excessiva ao sol. Outros estão em estudo, tais como alguns componentes dos alimentos que ingerimos. Existem alguns fatores que ainda são completamente desconhecidos. O envelhecimento traz mudanças nas células que aumentama sua suscetibilidade à transformação maligna e isto, somado ao fato de as células de pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica em parte a maior incidência nesses indivíduos. 1.2.1.1 Fatores de risco de natureza ambiental Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos e atuam alterando a estrutura genética (DNA) das células. O surgimento do câncer depende da intensidade e duração da exposição das células aos agentes causadores de câncer. Por exemplo, o risco de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão é diretamente proporcional ao número de cigarros fumados por dia e ao número de anos que ela vem fumando. 1.2.1.2 Hereditariedade São raros os casos de câncer causados por fatores hereditários, familiares ou étnicos, apesar de o fator genético exercer um importante papel no surgimento da doença (oncogênese). Um exemplo é o dos os indivíduos 8 portadores de retinoblastoma que, em 10% dos casos, apresentam histórico familiar desse tipo de tumor. 1.3 DICAS DE PREVENÇÃO FONTE:image.freepik.com Fonte: INCA Não fumar Manter hábitos alimentares saudáveis, evitando alimentos gordurosos, salgados e enlatados Evitar a ingestão de bebidas alcoólicas Homens entre 50 e 70 devem buscar orientações médicas acerca do câncer de próstata http://www.inca.gov.br/ 9 Homens acima de 45 anos e com histórico familiar de câncer de próstata devem realizar consulta médica Mulheres, com 40 anos ou mais, devem realizar o exame clínico das mamas anualmente Mulheres com casos de câncer de mama na família devem se submeter a um exame clínico e à mamografia, a partir dos 35 anos de idade, anualmente Mulheres com idade entre 25 e 59 anos devem realizar exame preventivo ginecológico Homens e mulheres, com 50 anos ou mais, devem se submeter ao exame de sangue oculto nas fezes anualmente Evitar a exposição prolongada ao sol, entre 10h e 16h, e sempre usar proteção adequada, como chapéu e protetor solar COMO SURGE? Toda a informação genética está inscrita nos genes das células, numa "memória química” conhecida como DNA. É por meio dele que os cromossomos passam as informações para o funcionamento da célula. Uma célula normal pode sofrer alterações no DNA. Tais mudanças são as conhecidas mutações genéticas. Células, cujo material genético foi alterado, passam a receber instruções erradas para suas atividades, o que pode levar à malignização (cancerização). Essas células diferentes são denominadas cancerosas. Como se comportam as células cancerosas? 10 FONTE:manuelajunqueira.com As células cancerosas, diferentemente das normais, multiplicam-se de maneira descontrolada, formando tumores malignos que comprometem os órgãos afetados. Em alguns casos, células malignas se desprendem do tumor e migram para outros tecidos. Esse processo é conhecido por metástase. A invasão de células cancerosas em outros tecidos leva à alteração no funcionamento dos órgãos. A invasão nos pulmões, por exemplo, gera alterações respiratórias; a invasão do cérebro pode gerar dores de cabeça, convulsões, alterações da consciência, entre outras formas de manifestações em diferentes órgãos. COMO É O PROCESSO DE CARCINOGÊNESE? 11 FONTE:3.bp.blogspot.com Em geral, o processo de carcinogênese, ou seja, de formação de câncer, ocorre lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa se prolifere e dê origem a um tumor visível. Esse processo passa por vários estágios. São eles: Estágio de iniciação É o primeiro estágio da carcinogênese. Nele, as células sofrem o efeito dos agentes cancerígenos ou carcinógenos que provocam modificações em alguns de seus genes. Nesta fase, as células se encontram geneticamente alteradas, porém, clinicamente, ainda não é possível se detectar um tumor. Estágio de promoção Nessa etapa, as células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", sofrem o efeito dos agentes cancerígenos, classificados como oncopromotores. A célula "iniciada" é transformada em célula maligna de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuo contato 12 com o agente cancerígeno promotor. A suspensão do contato com agentes promotores muitas vezes interrompe o processo nesse estágio. Estágio de progressão É o terceiro e último estágio e se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nessa fase, o câncer está deflagrado e evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo, por exemplo, é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese. 1.4 COMO O ORGANISMO SE DEFENDE? FONTE:www.visaociencia.com.br 13 O organismo possui mecanismos naturais que o protegem das agressões causadas por diferentes agentes que entram em contato com suas estruturas. Ao longo da vida, são produzidas células alteradas, mas a defesa natural do corpo possibilita a interrupção desse processo, com sua eliminação subsequente. A integridade do sistema imunológico, a capacidade de reparo do DNA danificado por agentes cancerígenos e a ação de enzimas responsáveis pela transformação e eliminação de substâncias cancerígenas introduzidas no corpo são exemplos de mecanismos de defesa. Esses processos são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinados e variam de um indivíduo para outro. Esse fato explica a existência de vários casos de câncer numa mesma família, bem como o porquê de nem todo fumante desenvolver câncer de pulmão. O sistema imunológico desempenha um papel de destaque. Ele é constituído por um sistema de células que circulam na corrente sanguínea e se distribuem numa rede complexa de órgãos, como o fígado, o baço, os gânglios linfáticos, o timo e a medula óssea. Esses órgãos são denominados órgãos linfoides e estão relacionados com o crescimento, o desenvolvimento e a distribuição das células especializadas na defesa do corpo contra os ataques de 'invasores'. Dentre essas células, os linfócitos desempenham um papel muito importante nas atividades relacionadas às defesas no processo de carcinogênese do sistema imunológico. Cabe aos linfócitos a atividade de atacar as células do corpo infectadas por vírus oncogênicos (capazes de causar câncer) ou as células em transformação maligna, bem como de secretar substâncias chamadas de linfocinas, que regulam o crescimento e o amadurecimento de outras células e do próprio sistema imune. Acredita-se que distúrbios em sua produção ou em suas estruturas sejam causas de doenças, principalmente do câncer. 14 1.5 TIPOS DE CÂNCER Câncer de Pele - Não Melanoma É o câncer mais frequente no Brasil e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. Apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente. Câncer Anal São tumores que ocorrem no canal e bordas externas do ânus. Os tumores no canal do ânus são mais frequentes entre as mulheres. Os que surgem nas bordas do ânus são mais comuns no homem. Câncer Colorretal O câncer colorretal abrange tumores que acometem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. É tratável e, na maioria dos casos, curável, quando detectado precocemente. Câncer Infantil O câncer infantil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Câncer de Boca http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pele-nao-melanoma/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-anal/http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-colorretal/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-infantil/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-boca/ 15 É o câncer que afeta lábios e o interior da cavidade oral. Dentro da boca devem ser observados gengivas, mucosa jugal (bochechas) palato duro (céu da boca), língua, assoalho (região embaixo da língua) e amígdalas. Câncer de Estômago Os tumores do estômago se apresentam, predominantemente, na forma de três tipos: adenocarcinoma, linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma. Câncer de Esôfago No Brasil, o câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago) figura entre os dez mais incidentes. O tipo de câncer de esôfago mais frequente é o carcinoma epidermoide escamoso, responsável por 96% dos casos. Câncer de Fígado Os tumores malignos de fígado podem ser divididos em dois tipos: câncer primário (que tem sua origem no próprio órgão) e secundário ou metastático (originado em outro órgão e que atinge também o fígado). Câncer de Laringe O câncer de laringe ocorre predominantemente em homens e é um dos mais comuns entre os que atingem a região da cabeça e pescoço. Representa cerca de 25% dos tumores malignos que acometem essa área. Câncer de Mama http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-estomago/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-esofago/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-figado/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-laringe/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama/ 16 Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. Câncer de Ovário Pouco frequente, o câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura. Cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico. Câncer de Pele – Melanoma O melanoma cutâneo é um tipo de câncer de pele que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Câncer de Próstata No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo. Câncer de Pulmão É o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando aumento de 2% por ano na sua incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. Câncer de Pâncreas Os tumores de pâncreas mais comuns são do tipo adenocarcinoma, que se origina no tecido glandular, correspondendo a 90% dos casos diagnosticados. A maioria dos casos afeta o lado direito do órgão (a cabeça). http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-ovario/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pele-melanoma/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-prostata/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pancreas/ 17 Câncer de Pênis O câncer de pênis é um tumor raro, com maior incidência em homens a partir dos 50 anos, embora possa atingir também os mais jovens. Está relacionado às baixas condições socioeconômicas e de instrução, à má higiene íntima. Câncer de Testículo O tumor de testículo corresponde a 5% do total de casos de câncer entre os homens. É facilmente curado quando detectado precocemente e apresenta baixo índice de mortalidade. Câncer do Colo do Útero O câncer do colo do útero, também chamado de cervical, demora muitos anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear o câncer são descobertas facilmente no exame preventivo, conhecido também como Papanicolau. Família de Tumores de Ewing É um grupo de cânceres que afetam primariamente osso e tecido mole. O diagnóstico é mais frequente entre os 11 e os 20 anos (64%), seguido da faixa até os 10 anos (27%) e 9% entre os 21 e os 30 anos. Leucemia Aguda A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea. Linfoma Não-Hodgkin http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-penis/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-de-testiculo/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/familia-de-tumores-de-ewing/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/leucemia-aguda/ http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/linfoma-nao-hodgkin/ 18 Os linfomas são neoplasias malignas, originárias dos gânglios (ou linfonodos), organismos muito importantes no combate a infecções. Há mais de 20 tipos diferentes de linfoma não-Hodgkin. Linfoma de Hodgkin Conhecida também como doença de Hodgkin, essa forma de câncer se origina nos linfonodos (gânglios) do sistema linfático. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas a maior incidência do linfoma é em adultos jovens, entre 25 e 30 anos. MAMAS FONTE:st.depositphotos.com A glândula mamária, um órgão par, está situada na parede anterior do tórax (porção superior) e está apoiada sobre o músculo peitoral maior (da http://www.ligacontraocancer.com.br/tipos-de-cancer/linfoma-de-hodgkin/ 19 segunda à sexta costela no plano vertical e do esterno a linha axilar anterior no plano horizontal). As mamas iniciam seu desenvolvimento na puberdade. É o responsável pela produção de leite para os bebês em seus primeiros meses de vida. A mama é formada por tecido glandular, por tecido fibroso de conexão de seus lobos e por tecido gorduroso no intervalo entre os lobos. Cada mama apresenta uma aréola e uma papila e, sua região central. Na papila mamária ou mamilo, exteriorizam-se 15 a 20 orifícios ductais, que correspondem às vias de drenagem das unidades funcionantes, que são os lobos mamários. O tamanho, o formato, os bicos e a aréola, bem como as glândulas Montgomery, diferem individualmente de uma mulher para outra. A forma da mama não é afetada pelo tipo básico do corpo de uma mulher. As mamas raramente são simétricas, mas, na maioria dos casos, a diferença é de mínima importância. As mamas pequenas têm pouco peso, são altas e empinadas e estão bem distante da parede do tórax. As mamas grandes são relativamente pesadas, o que faz com que pendam e se assentem próximas à parede do tórax. As mulheres mais jovens apresentam mamas com maior quantidade de tecido glandular, o que torna esses órgãos mais densos e firmes. Ao se aproximar da menopausa, o tecido mamário vai se atrofiando e sendo substituído progressivamente por tecido gorduroso, até se constituir, quase que exclusivamente, de gordura e resquícios de tecido glandular na fase pós- menopausa. A mama é irrigada pela artéria mamária interna e por ramos da artéria axilar. Da artéria mamária partem os ramos perfurantes que atravessam os quatro primeiros espaços intercostais, em geral dois vasos por espaço, que atravessam o músculo peitoral, atingindo a face posterior da mama. Os ramos axilares da vascularização mamária são a artéria subescapular, a artéria torácica externa e a artéria acromiotorácica. A pele, a aréola, o tecido subcutâneo e o parênquima mamário são drenados por vasos linfáticos, que se dispõem da superfície para a profundidade, formando uma rede linfática que se comunica entre si. Grande parte da 20 drenagemlinfática da mama segue em direção aos linfonodos axilares que drenam a linfa proveniente da região centrolateral da mama, enquanto a região medial da mama drena para os linfonodos da cadeia mamária interna. FONTE:www.mbapediatria.com.br Os linfonodos axilares são subdivididos em três níveis: linfonodos do primeiro nível axilar, linfonodos do segundo nível axilar e linfonodos do terceiro nível axilar. Na infância, as meninas apresentam discreta elevação na região mamária, decorrente da presença de tecido mamário rudimentar. Na puberdade, 21 a hipófise produz os hormônios folículo-estimulante e luteinizante, que controlam a produção hormonal de estrogênios pelos ovários. Com isso, as mamas iniciam seu desenvolvimento com a multiplicação dos ácinos e lóbulos. A progesterona, que passa a ser produzida quando os ciclos menstruais se tornam ovulatórios, depende da atuação prévia do estrogênio, é diferenciadora da árvore ducto- lobular mamária. FONTE:s3.amazonaws.com Na vida adulta, o estímulo cíclico de estrogênios e progesterona faz com que as mamas fiquem mais túrgidas no período pré-menstrual, por retenção de líquido. A ação do hormônio progesterona, na segunda fase do ciclo, leva a uma retenção de líquidos no organismo, mais acentuadamente nas mamas, provocando nelas aumento de volume, endurecimento e dor. Após a menopausa, devido à carência hormonal, ocorre atrofia glandular e tendência à substituição do tecido parenquimatoso por gordura. 22 O estrogênio fortalece a mama por meio de reservas de água e uma irrigação sanguínea maior, fazendo com que as glândulas mamárias inchem e multipliquem o número de suas células. Estas alterações são um preparo da gravidez e sua consequente produção de leite. Não havendo a fecundação, todos os inchaços e outras modificações regridem com o início da menstruação. 2 CANCER DE MAMA FONTE:hypescience.com Todo câncer se caracteriza por um crescimento rápido e desordenado de células, que adquirem a capacidade de se multiplicar. Essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos (câncer), que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. O câncer também é comumente chamado de neoplasia. O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o 23 que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Segundo a Estimativa sobre Incidência de Câncer no Brasil, 2014-2015, produzida pelo Inca, o Brasil terá 576 mil novos casos de câncer por ano. Desses, 57.120 mil serão tumores de mama. O câncer de mama é relativamente raro antes dos 35 anos, mas acima dessa idade sua incidência cresce rápida e progressivamente. É importante lembrar que nem todo tumor na mama é maligno e que ele pode ocorrer também em homens, mas em número muito menor. A maioria dos nódulos (ou caroços) detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos. Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial, isto é, quando o nódulo é menor que 1 centímetro, as chances de cura do câncer de mama chegam a até 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para serem detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é fundamental que toda mulher faça uma mamografia por ano a partir dos 40 anos. 2.1.1.1 Fatores de risco FONTE:hypescience.com 24 O câncer de mama – e o câncer de forma geral – não tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não. O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o câncer de mama. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis. Entre outros fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a menopausa tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos. Já os fatores de risco modificáveis bem conhecidos até o momento estão relacionados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool. Alterá-los, portanto, diminui o risco de desenvolver a doença. No entanto, a adoção de um estilo de vida saudável nunca deve excluir as consultas periódicas ao ginecologista, que incluem a mamografia anual a partir dos 40 anos. 2.1.2 Sintomas O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de um caroço. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de ser malignos, mas há tumores que são macios e arredondados. Portanto, é importante ir ao médico. Outros sinais de câncer de mama incluem: 25 Inchaço em parte do seio; Irritação da pele ou aparecimento de irregularidades, como covinhas ou franzidos, ou que fazem a pele se assemelhar à casca de uma laranja; http://www.mulherconsciente.com.br/wp-content/uploads/2014/09/003-1_Sintoma_Thumb_1.png 26 Dor no mamilo ou inversão do mamilo (para dentro); Vermelhidão ou descamação do mamilo ou pele da mama; 27 Saída de secreção (que não leite) pelo mamilo; Caroço nas axilas. 28 2.1.2.1 DETECÇÃO PRECOCE O câncer de mama é uma doença grave, mas que pode ser curada. Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%. Quanto maior o tumor, menor a probabilidade de vencer a doença. A detecção precoce é, portanto, uma estratégia fundamental na luta contra o câncer de mama. Se a detecção precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em toda mulher com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente. A mamografia é o único exame diagnóstico capaz de detectar o câncer de mama quando ele ainda tem menos de 1 centímetro. Com esse tamanho, o nódulo ainda não pode ser palpado. Mas é com esse tamanho que ele pode ser curado em até 95% dos casos. 29 Durante muito tempo, as campanhas de conscientização para o câncer de mama divulgaram a ideia de que o autoexame das mamas, baseado na palpação, era a melhor forma para detectá-lo precocemente. Mas o tempo passou, a medicina evoluiu e as recomendações mudaram. O autoexame continua sendo importante – mas de forma secundária. Quando o tumor atinge o tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais no estágio inicial, e as chances de cura não são máximas. Infelizmente, ainda há muita desinformação no Brasil. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Datafolha a pedido da Femama revelou que para 82% das mulheres o autoexame é a principal forma de diagnóstico precoce. Apenas 35% apontaram a mamografia. A incidência do câncer de mama vem crescendo no mundo todo, mas, quando se trata do número de mortes causadas pela doença, as tendências variam. Em países desenvolvidos, a mortalidade vem caindo lentamente, ao passo que nos países em desenvolvimento, como o Brasil, registra-se um gradativo aumento. Pelo menos parte dessa diferença se deve ao diagnóstico precoce, ainda precário no nosso país. Entre 1999 e 2003, quase metade dos casos de câncer de mama foram diagnosticados em estágios avançados, segundo estudo do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Especialistas estimam que mortalidade por câncer de mama em mulheres entre 50 e 69 anos poderia ser reduzida em um terço se todas as brasileirasfossem submetidas à mamografia uma vez por ano. Se o diagnóstico precoce é a melhor estratégia, a principal arma para sair vitoriosa dessa luta é a mamografia, realizada uma vez por ano em todas as mulheres com 40 anos ou mais. É a partir dessa idade que o risco da doença começa a aumentar significativamente. 30 2.2 TIPOS DE CANCER DE MAMA FONTE:www.hiperfeminina.com Existem vários tipos de câncer de mama, mas alguns deles são bastante raros. Em alguns casos, um único tumor na mama pode ser uma combinação destes tipos ou ser uma mistura de câncer de mamain situ e invasivo. Carcinoma Ductal In Situ O carcinoma ductal in situ, também conhecido como carcinoma intraductal, é considerado não invasivo ou câncer de mama pré-invasivo. A diferença entre o carcinoma ductal in situ e carcinoma invasivo é que as células não se espalharam através dos ductos para o tecido mamário adjacente. O carcinoma ductal in situ é considerado um pré-câncer, pois em alguns casos pode se tornar um câncer invasivo. Cerca de 20% dos novos casos de câncer de mama serão de carcinoma ductal in situ. Quase todas as mulheres diagnosticadas neste estágio da doença podem ser curadas. 31 Carcinoma Lobular In Situ No carcinoma lobular in situ as células se parecem com as células cancerosas que crescem nos lobos das glândulas produtoras de leite, mas não se desenvolvem através da parede dos lobos. Carcinoma Ductal Invasivo Este é o tipo mais comum de câncer de mama. O carcinoma ductal invasivo (ou infiltrante) se inicia em um duto de leite, rompe a parede desse duto e cresce no tecido adiposo da mama. A partir daí, pode se espalhar (metástase) para outras partes do corpo através do sistema linfático e da circulação sanguínea. Cerca de 80% dos cânceres de mama invasivos correspondem ao carcinoma ductal infiltrante. Carcinoma Lobular Invasivo O carcinoma lobular invasivo começa nas glândulas produtoras de leite (lobos). Assim como o carcinoma ductal invasivo pode se espalhar para outras partes do corpo. Cerca de 10% dos cânceres de mama invasivos correspondem ao carcinoma lobular invasivo. Este tipo pode ser mais difícil de ser detectado na mamografia do que o carcinoma ductal invasivo. Tipos menos comuns de Câncer de Mama Câncer de Mama Inflamatório - É raro e corresponde a 1 - 3% dos cânceres de mama. Normalmente não existe um único nódulo ou tumor. A paciente se apresenta com vermelhidão e inchaço da pele 32 da mama, aumento da temperatura local, frequentemente sem uma massa ou nódulo palpáveis. Ele também pode dar uma aparência de casca de laranja à pele. As alterações na pele não são causadas pelas células cancerosas que bloqueiam os vasos linfáticos da pele. A mama pode se tornar maior ou mais firme, suave ou provocar coceira. Em estágios iniciais, o câncer de mama inflamatório é muitas vezes confundido com mastite (inflamação da mama) e tratada como uma infecção com antibióticos. Este tipo de câncer de mama tem maior chance de disseminação e um prognóstico pior do que o carcinoma ductal invasivo ou lobular. Câncer de Mama Triplo-negativo - Este termo é usado para descrever os cânceres de mama cujas células não são receptores de estrogênio e progesterona, e não tem excesso da proteína HER2. Os cânceres de mama com essas características tendem a ocorrer com maior frequência em mulheres mais jovens e em mulheres negras. Esse tipo de câncer tende a crescer e se espalhar 33 mais rapidamente do que a maioria dos outros tipos de câncer de mama. Como as células tumorais têm esses receptores, a terapia hormonal e os medicamentos que tem como alvo o HER2 não são tratamentos eficazes. A quimioterapia é, muitas vezes, recomendada até mesmo para a doença em estágio inicial, uma vez que reduz o risco da recidiva. Doença de Paget - Este tipo de câncer de mama começa nos ductos mamários e se espalha para a pele do mamilo e para a aréola. É raro, representando cerca de 1% dos casos de câncer de mama. A doença de Paget apresenta células cancerosas no mamilo, frequentemente causando irritação local, descamação, prurido e vermelhidão. A mulher pode manifestar queimação ou coceira. A doença de Paget é quase sempre associada ao carcinoma ductal in situ ou ao carcinoma ductal invasivo. O tratamento geralmente requer mastectomia. Na grande maioria dos casos, este diagnóstico está associado à presença de carcinoma ductal in situ ou a uma forma invasiva de câncer em algum outro local da mama. Tumor Filoide - É um tipo de tumor de mama muito raro, que se desenvolve no estroma (tecido conjuntivo) da mama, em contraste com os carcinomas, que se desenvolvem nos ductos ou lobos. Estes tumores são geralmente benignos, mas em raras ocasiões podem ser malignos. A cirurgia é muitas vezes o único tratamento. Quando se espalha pode ser tratado com quimioterapia. 34 Angiosarcoma - Este tipo de câncer começa nas células que revestem os vasos sanguíneos ou vasos linfáticos. Raramente ocorre na mama. Quando isso acontece, geralmente se desenvolve como uma complicação da radioterapia inicial. Entretanto, essa é uma complicação rara da radioterapia mamária que pode aparecer 5 a 10 anos após o tratamento. O angiosarcoma também pode ocorrer nos braços de mulheres que desenvolvem linfedema como resultado da cirurgia dos linfonodos ou da radioterapia mamária. Esses cânceres tendem a crescerem e se espalharem rapidamente. O tratamento é geralmente o mesmo que para os outros tipos de sarcomas. Tipos Especiais de Carcinoma de Mama Invasivo Existem alguns tipos especiais de câncer de mama que são subtipos do carcinoma invasivo. Alguns deles podem ter um prognóstico melhor do que o carcinoma ductal invasivo e incluem: Carcinoma cístico adenoide. Carcinoma metaplásico. Carcinoma medular. Carcinoma mucinoso. Carcinoma papilífero. Carcinoma Tubular. Alguns subtipos têm o mesmo ou talvez um pior prognóstico do que o carcinoma ductal invasivo, e incluem: Carcinoma metaplásico (a maioria dos tipos, incluindo células fusiformes e escamosas). Carcinoma micropapilífero. Carcinoma Misto (com características de ductal invasivo e lobular). 35 Em geral, todos estes subtipos são tratados como carcinoma ductal invasivo. 3 PRINCIPAIS DADOS ESTATÍSTICOS SOBRE O CÂNCER DE MAMA FONTE:blog.pesquisasaude.com O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 1,67 milhões de casos novos dessa neoplasia foram esperados para o ano de 2012, em todo o mundo, o que representa 25% de todos os tipos de câncer diagnosticados nas mulheres. Suas taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do mundo. O câncer de mama é a maior causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo, com cerca de 520 mil mortes estimadas por ano. É a segunda causa de morte por câncer nos países desenvolvidos, atrás somente do câncer de pulmão, e a maior causa de morte por câncer nos países em desenvolvimento. 36 O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima para 2014 e 2015, que sejam diagnosticados 57.120 novos casos de câncer de mama no Brasil com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o tipo mais frequente nas mulheres das regiões Sudeste (71,18/ 100 mil), Sul (70,98/ 100 mil), Centro-- Oeste (51,30/ 100 mil) e Nordeste (36,74/ 100 mil). Na região Norte, é o segundo tumor mais incidente (21,29/ 100 mil). Apesar de ser considerado um câncer de relativamente bom prognóstico, se diagnosticado e tratado oportunamente, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas no Brasil, muito provavelmenteporque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. 4 CAUSAS DO CÂNCER DE MAMA Muitos fatores de risco podem aumentar a chance de desenvolver câncer de mama, mas ainda não se sabe exatamente como alguns desses fatores de risco tornam as células cancerígenas. Os hormônios parecem desempenhar um papel importante em muitos casos de câncer de mama, mas ainda não se sabe como isso acontece. O DNA é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas de todas as células. Nós normalmente nos parecemos com nossos pais, porque eles são a fonte do nosso DNA. No entanto, o DNA nos afeta muito mais do que isso. Alguns genes têm instruções para controlar o crescimento e a divisão das células. Os genes que promovem a divisão celular são chamados oncogenes. Os genes que retardam a divisão celular ou levam as células à morte no momento certo são denominados genes supressores do tumor. Os cânceres podem ser causados por alterações no DNA que se transformam em oncogenes ou por desativação dos genes supressores do tumor. Mutações Genéticas Hereditárias 37 FONTE:farm6.staticflickr.com Certas mutações hereditárias podem aumentar o risco de desenvolver determinados tipos de câncer e são responsáveis por muitos dos cânceres hereditários. Por exemplo, os genes BRCA (BRCA1 e BRCA2) são os genes supressores de tumor. Uma mutação em um desses genes pode ser herdada de um dos pais. Quando um desses genes sofre mutação, deixa de suprimir o crescimento anormal, propiciando o desenvolvimento do câncer. As mulheres já começaram a se beneficiar dos avanços na compreensão da base genética do câncer de mama. Os testes genéticos identificam mulheres que herdaram mutações nos genes supressores de tumor BRCA1 ou BRCA2. Dessa forma, essas mulheres podem tomar medidas preventivas para reduzir o risco de câncer de mama e monitorar quaisquer alterações na mama, de modo a diagnosticar a doença numa fase inicial e iniciar o tratamento. Embora muitas das mulheres com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 desenvolvam câncer, a maioria dos casos, incluindo o câncer de mama, não são causados por esse tipo de mutação. As mutações ou variações nos genes em geral são um fator no desenvolvimento do câncer, podendo ter um pequeno efeito sobre o desenvolvimento de casos individuais, mas o efeito global sobre 38 uma população pode ser grande por ser comum, e muitas vezes as pessoas são afetadas com mais de um gene simultaneamente. Os genes envolvidos podem afetar níveis hormonais, metabolismo ou outras condições que interagem com fatores de risco para câncer de mama. Estes genes podem ser responsáveis por grande parte do risco de câncer de mama hereditário. Mutações Genéticas Adquiridas A maioria das mutações do DNA relacionadas ao câncer de mama não são hereditárias, mas adquiridas durante a vida de uma mulher. Existem alguns fatores de risco que provavelmente desempenham um papel importante nas mutações adquiridas, mas até agora não existe comprovação específica de qualquer mutação que cause o câncer mama. Os exames para detectar as alterações genéticas adquiridas podem ajudar a prever com mais precisão o prognóstico para algumas mulheres com câncer de mama. Por exemplo, os testes podem identificar as mulheres com câncer de mama cujas células têm muitas cópias do oncogene HER2. Estes cânceres tendem a ser mais agressivos. Ao mesmo tempo, novos medicamentos que visam especificamente esses tipos de cânceres estão em constante desenvolvimento, melhorando o resultado do tratamento dessas pacientes. 39 5 FATORES ASSOCIADOS AO CÂNCER DE MAMA FONTE:www.hospitalevangelicoipora.com.br Os principais fatores associados a um risco aumentado de desenvolver câncer de mama são: sexo feminino, menarca precoce (antes dos 11 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), nuliparidade, primeira gestação a termo após os 30 anos, ciclos menstruais menores que 21 dias, mãe ou irmã com história de câncer de mama, na pré-menopausa, dieta rica em gordura animal, dieta pobre em fibras, obesidade (principalmente após a menopausa), radiações ionizantes, etilismo, padrão socioeconômico elevado, ausência de atividade sexual, residência em área urbana e cor branca. Por outro lado, os principais fatores associados a um risco diminuído de desenvolver câncer de mama são: sexo masculino, menarca após os 14 anos, menopausa antes dos 45 anos, primeira gestação a termo e amamentação precoces (idade inferior a 30 anos), atividade física regular e hábitos alimentares saudáveis (baixo teor de gordura, sal e açúcar; aumento no teor de grãos integrais, tubérculos, vegetais e frutas). Portanto, as adoções de hábitos saudáveis de vida aliada às estratégias para a detecção precoce do câncer 40 devem ser incentivadas, pois o tumor maligno da mama, quando diagnosticado precocemente, é passível de cura na grande maioria dos casos. 5.1 A MULHER COM SITUAÇÃO DE ALTO RISCO É considerada mulher com situação de alto risco aquela com história familiar de câncer de mama em ascendentes ou parentes diretos (mãe ou irmã) na pré-menopausa; ou aquela que teve diagnóstico prévio de hiperplasia atípica ou neoplasia lobular in situ; ou ainda câncer de mama prévio. Recomenda-se, nessa situação, a realização do autoexame mensal e o exame clínico semestral ou anual. O exame radiológico (mamografia) deve ser feito anualmente, a partir dos 40 anos de idade, independente do exame clínico ou do autoexame estarem normais. 6 SINTOMAS E SINAIS: DOR, NÓDULOS E SECREÇÕES FONTE:vignette1.wikia.nocookie.net 41 O sintoma da dor mamária é o mais frequentemente referido pelas mulheres (mais de 60%), que a associam com uma irreal propensão ao aparecimento de tumor. A causa mais frequente de dor mamária é a alteração funcional benigna da mama (AFBM), antes conhecida como displasia mamária. A dor é cíclica e depende da ação dos hormônios ovarianos sobre a mama, tornando-a túrgida e dolorida, principalmente no período pré-menstrual. A mulher que tem muitas gestações e amamentações, em geral, não refere dor mamária. Os traumas, infecções, neurites, inflamações nos arcos costais e “stress” são outras causas de dor, que pode ser agravada pela ingestão exagerada de cafeína (Coca-Cola, chocolate, café). A AFBM não é considerada doença e não aumenta o risco das mulheres para desenvolver câncer no futuro. A descarga papilar é de importância em relação ao câncer de mama apenas quando abundante, de aspecto cristalino ou sanguinolento, unilateral, exteriorizando-se por um único ducto. O líquido deve ser submetido ao exame citológico na busca de células cancerosas e aquele setor da mama merece investigação cirúrgica. O nódulo mamário (tumor) é uma área definida, de consistência variada, de limites precisos ou não, que pode ser a manifestação de um simples cisto - tumor de conteúdo líquido - ou sólido, benigno ou maligno. A importância do tumor varia de acordo com sua natureza que deve portanto ser esclarecida inicialmente através do exame clínico, a seguir com recurso de imagem, seja ultrassonografia e/ou mamografia e ainda por meio de procedimentos ambulatoriais, quais sejam, a punção aspirativa por agulha fina (exame citológico) e a punção por agulha grossa ou “core-biopsia” (exame histopatológico). O nódulo sólido benigno mais frequente é o fibroadenoma, que apresenta consistência dura e elástica, superfície lobulada, em geral é único e ocorre em mulheres jovens. O câncer de mama apresenta-se como um tumor de consistência dura, de limites mal definidos, de tamanho que pode variar de 1 até vários centímetros de diâmetro, de acordo com o tempo de evolução. O tumor menor que 1cm dificilmente será detectado clinicamente. Pode estar com a mobilidade preservada ou aderido à pele, ao gradil costal ou a ambos. A pele42 que recobre a mama pode estar íntegra, ulcerada pelo tumor ou apresentar-se como uma casca de laranja. 7 IDENTIFICANDO NÓDULOS BENIGNOS DA MAMA FONTE:static.tuasaude.com Existem muitos tipos de nódulos de mama que são de natureza benigna. Os mais comuns são os fibroadenomas e os cistos. O fibroadenoma apresenta- se como um nódulo duro e elástico, sólido, não doloroso, móvel à palpação, de limites precisos e mede de 1 a 3 cm. Surge quase sempre na mulher jovem, entre 15 e 30 anos. Trata-se de uma lesão sem potencial de malignização. Certos tipos de câncer, chamados tumores circunscritos, podem simular um fibroadenoma sendo, portanto, prudente que os fibroadenomas sejam submetidos à confirmação histopatológica. 43 Os cistos são tumores de conteúdo líquido, facilmente palpados, de consistência amolecida e podem atingir grandes volumes. Existem cistos pequenos, chamados microcistos, que não são palpáveis e que são detectados pela ultrassonografia. Quase sempre são múltiplos, não representam problema clínico e não precisam receber qualquer atenção específica. Alguns tipos de cistos grandes podem exibir crescimento tumoral no seu interior lembrando uma vegetação em desenvolvimento. Estas vegetações intra-císticas merecem investigação, pois podem representar lesões pré-malignas ou malignas. O cisto exibe-se bem à mamografia e à ultrassonografia como nódulo de contornos bem definidos e sem calcificações. A ultrassonografia é o método diagnóstico ideal da doença cística. O tratamento do cisto é a punção aspirativa esvaziadora com agulha. Ele deve ser extraído cirurgicamente nos casos de conteúdo sanguinolento à punção, persistência de tumor após punção, vegetação intra-cística ao ultrassom ou em casos de reaparecimento do cisto no local já puncionado (recidiva). VIVA MULHER – PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E DE MAMA O controle do câncer de mama no Brasil representa, atualmente, um dos grandes desafios para a saúde pública. O diagnóstico tardio da doença e a não identificação de mulheres com situação de alto risco apontam para a necessidade de um programa que estimule o diagnóstico precoce da doença. Por outro lado, a desigualdade de acesso à oferta de tecnologia na atenção ao câncer de mama e de seu diagnóstico precoce, mostra a necessidade do conhecimento e redimensionamento da oferta real de mamógrafos, bem como 44 de sua capacidade de realização de exames, o mesmo podendo ser dito em relação à rede de diagnóstico, tratamento e reabilitação. O cadastramento dos profissionais envolvidos na rede, sua capacitação, bem como a normalização, uniformização de procedimentos e controle de qualidade constituem-se ações prioritárias. Estas, incorporadas aos procedimentos referentes à atenção do câncer de mama, certamente, promoverão mudanças favoráveis no diagnóstico precoce, tratamento e reabilitação. O Viva Mulher – Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama tem, portanto, como objetivo, reduzir a mortalidade e as repercussões físicas, psíquicas e sociais desses cânceres na mulher brasileira, por meio da oferta de serviços para prevenção e detecção em estágios iniciais da doença e do tratamento e reabilitação das mulheres. Desta forma, as diretrizes e estratégias traçadas para o Programa contemplam a formação de uma rede nacional integrada, com base em um núcleo geopolítico gerencial, sediado no município, que permitirá ampliar o acesso da mulher aos serviços de saúde. Além disso, a capacitação de recursos humanos e a motivação da mulher para cuidar da sua saúde fortalecerão e aumentarão a eficiência da rede formada para o controle do câncer. Suas estratégias de implantação preveem a resolução das necessidades constantes nas seguintes diretrizes: • articular e integrar uma rede nacional; • motivar a mulher a cuidar da sua saúde; • reduzir a desigualdade de acesso da mulher à rede de saúde; • melhorar a qualidade do atendimento à mulher; • aumentar a eficiência da rede de controle do câncer. 45 REALIZANDO A PREVENÇÃO PRIMÁRIA E IDENTIFICANDO GRUPOS DE RISCO FONTE:www.sonhosbr.com.br A Organização Mundial da Saúde recomenda o estímulo de hábitos alimentares saudáveis (baixo teor de gordura, sal e açúcar e o aumento de grãos integrais, tubérculos, vegetais e frutas) como uma medida importante de prevenção primária de câncer. A atividade física regular e a manutenção do Índice de Massa Corporal abaixo de 30, preferencialmente entre 18,5 e 25, também constituem importantes fatores de proteção e devem ser adotados pelo indivíduo e estimulados nas rotinas de consulta dos profissionais de saúde e nas ações de comunicação social públicas. 46 Por outro lado, o consumo de bebidas alcoólicas (mais do que 1 drink para as mulheres e 2 drinks para os homens, por dia), também contribui para um significativo aumento no risco de aparecimento de câncer e deve ser desestimulado nas populações. Vale mencionar que o conhecimento científico atual aponta para o uso de fármacos, como o tamoxifeno, em mulheres com situação de alto risco, ou seja, com mãe ou irmã com câncer de mama na pré-menopausa ou com antecedente pessoal de hiperplasia atípica ou neoplasia lobular in situ detectada em biópsia prévia. FONTE:image.slidesharecdn.com 8 REALIZANDO O EXAME CLÍNICO DA MAMA 47 FONTE:fiquemaisbella.com.br O exame físico das mamas, também chamado de exame clínico das mamas (ECM), deve ser realizado rotineiramente pelo médico durante a sua consulta em mulheres a partir de 25 anos, preferentemente na primeira semana após a menstruação. Ele também pode ser realizado por outro profissional de saúde treinado (enfermeiro(a)), e tem fundamental importância para a detecção precoce do câncer de mama. Por isso, precisa ser bem executado e requer, para a sua realização, ambiente privativo adequado com boa iluminação, além de respeito ao recato da mulher. Durante o exame, sinais como assimetria, abaulamentos, retrações, eczemas, ulcerações, gânglios linfáticos e nódulos devem ser cuidadosamente pesquisados. Em sequência, os seguintes tempos do exame físico devem ser realizados: 1) inspeção estática; 2) inspeção dinâmica; 3) palpação das axilas e regiões supra claviculares; e 48 4) palpação do tecido mamário. Os itens 1, 2 e 3 devem ser realizados com a mulher de pé ou sentada e o item 4, em decúbito dorsal. INSPEÇÃO ESTÁTICA Na inspeção estática, procura-se observar a simetria, abaulamentos, retrações ou presença de edema cutâneo das mamas, o aspecto das aréolas e papilas, procurando identificar áreas de ulceração ou eczemas. INSPEÇÃO DINÂMICA Na inspeção dinâmica, solicita-se que a mulher eleve os braços lentamente, acima de sua cabeça, de maneira que eventualmente possa salientar abaulamentos e retrações. A seguir, pede-se que a mulher coloque os braços na cintura e aperte-a, para que através da compressão dos músculos peitorais, sejam evidenciados abaulamentos e retrações. PALPAÇÃO DAS AXILAS E REGIÕES SUPRACLAVICULARES Com a mulher sentada, devem ser palpadas cuidadosamente as axilas. O profissional deve usar a mão contralateral da axila examinada, enquanto o braço da mulher descansa, relaxado, sobre o seu antebraço. A palpação das regiões supra claviculares pode ser realizada com o examinador localizado à frente ou por detrás da mulher. O exame das axilas e regiões supra claviculares visa a detecção de linfonodos. PALPAÇÃO DO TECIDO MAMÁRIO 49 Com a mulher confortavelmente deitada e com as duas mãos sob a cabeça, o profissional procura, por meio de manobra de dedilhamento da mama, identificar nódulos suspeitos. A seguir, realiza a palpação mais profunda da mama utilizando as polpas digitais. 8.1 COMOÉ O AUTO-EXAME DA MAMA FONTE:clinicadamama.files.wordpress.com É o exame realizado pela própria mulher em suas mamas, viabilizando a descoberta de alterações existentes. O profissional de saúde precisa ensinar e estimular as mulheres a fazerem o autoexame das mamas (AEM). É recomendado, portanto, que durante a realização do exame clínico das mamas, o profissional mostre, à própria mulher, as áreas normais de suas mamas que 50 possam gerar suspeitas, quando esta for realizar o autoexame. Algumas dúvidas, porém, precisam ser esclarecidas: quais as mulheres, quando e como realizar o AEM? Todas as mulheres devem fazer regularmente o autoexame, devendo ser incentivada e ensinada a sua realização logo após o aparecimento das mamas, como uma forma de cuidado e conhecimento do próprio corpo. O melhor período para a sua realização é de 7 a 10 dias após a menstruação, quando as mamas ficam menos túrgidas, facilitando o eventual encontro de alterações. Para as mulheres que não menstruam, como por exemplo, aquelas que já se encontram na menopausa, ou as que se submeteram à histerectomia, ou ainda aquelas que estão amamentando, deve-se orientar a escolha arbitrária de um dia do mês para a realização do autoexame. Por exemplo, pode ser o primeiro ou o último dia de cada mês; pela manhã ao acordar ou à noite, antes de dormir. O grande valor do autoexame está na sua realização periódica mensal, pois uma vez que a mulher tenha como referência a palpação habitual normal, se houver uma alteração, ela logo perceberá. A alteração a ser procurada é, basicamente, o endurecimento nodular localizado. Os tempos do autoexame são dois: 1) inspeção em frente ao espelho e 2) palpação digital das mamas em decúbito dorsal. INSPEÇÃO EM FRENTE AO ESPELHO Inicialmente a mulher deve observar suas mamas diante do espelho com os braços alinhados ao longo do corpo. Em seguida, ela eleva os braços lateralmente e volta à posição original, observando alguma mudança ou alteração no contorno das mamas. 51 FONTE:paginasimoesfilho.com.br PALPAÇÃO DIGITAL DAS MAMAS Confortavelmente deitada, a mulher coloca uma das mãos sob a cabeça e, com a outra, palpa a mama oposta ao lado da mão que examina. Em seguida, repete o processo na mama contralateral. O importante é que toda a mama seja examinada e palpada. Com um pouco de pressão dos dedos pode-se sentir o tecido abaixo da pele, facilitando a detecção de nódulos. A repetição sistemática do autoexame levará ao conhecimento das próprias mamas, facilitando assim, a percepção de qualquer alteração das mesmas. 52 8.2 A MAMOGRAFIA FONTE:diariodoaco.com.br A mamografia (mastografia ou senografia) é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer. É capaz de mostrar lesões, em fase inicial, muito pequenas (em milímetros). Em virtude de ainda ser um método caro em nosso meio, recomenda-se hoje a realização da mamografia nos casos de exame clínico suspeito e em mulheres com situação de alto risco, com idade igual ou maior que 40 anos, mesmo que não apresentem alterações no exame clínico. A mamografia é realizada em aparelho de raios X apropriado, chamado mamógrafo. Utilizando compressão, são feitas duas incidências (crânio-caudal e médio-lateral oblíqua) de cada mama. O desconforto provocado pela mamografia é discreto e suportável. Os sinais radiológicos de malignidade são divididos em diretos e indiretos. Os sinais diretos são os nódulos, as microcalcificações e as densidades assimétricas focais ou difusas. Constituem sinais indiretos: as distorções 53 parenquimatosas, dilatação ductal isolada, espessamento cutâneo, retração da pele e/ou complexo aréolo-papilar e linfonodopatia axilar. O nódulo muito denso e de contorno espiculado tem grande possibilidade de representar um câncer. Quanto às microcalcificações, vale dizer que apenas 20% a 30% delas são manifestação de lesão maligna e que podem representar o sinal mais precoce de malignidade. As microcalcificações são, por definição, partículas opacas menores que 0,5 mm. Quando suspeitas de malignidade devem estar em grande número (mais de 5 por centímetro cúbico), exibir variedade de forma (pontos, linhas, ramificações) e variação de densidade no interior da partícula ou entre as partículas. A distribuição é, em geral, unilateral, podendo estar agrupadas num pequeno setor mamário ou seguindo trajeto ductal. FONTE:enfermagempatologia.files.wordpress.com 8.3 ULTRA-SONOGRAFIA 54 FONTE:www.centrallife.com.br A ultrassonografia é um exame realizado com um aparelho que emite ondas de ultrassom e que, através do registro do eco, nos dá informações da textura e conteúdo de nódulos mamários. Na maioria dos casos será método complementar da mamografia. A ultrassonografia tem grande aplicação na diferenciação entre tumores císticos e sólidos e também é capaz de identificar lesões no interior de cisto, indicando a retirada do cisto através de cirurgia. Este exame tem melhor resultado quando feito em mamas densas, com tecido glandular exuberante, como as mamas das mulheres jovens. A ultrassonografia não é utilizada como método de rastreamento do câncer de mama porque não tem capacidade para detectar microcalcificações que, muitas vezes, representam a única forma de expressão do câncer de mama. Outra limitação deste exame é a identificação de tumores menores que 1 cm, localizados profundamente em mamas volumosas e com grande quantidade de tecido adiposo, porque pequenos tumores e lojas de gordura geram imagens semelhantes. 55 8.4 BIÓPSIA – CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO FONTE:minhavida-symnav.adam.com Diante de lesões suspeitas, principalmente quando comprovadas pela mamografia, o médico deve buscar a confirmação do diagnóstico que pode ser citológico, por meio da punção aspirativa por agulha fina, ou histológico, por meio de biópsias cirúrgicas convencionais sob anestesia local ou geral ou biópsia por agulha grossa, sob anestesia local. O material obtido pela punção aspirativa por agulha fina é estendido em uma lâmina de vidro e submetido à análise citológica. Quando realizada em tumores palpáveis, este deve ser de tamanho igual ou maior que 1 centímetro. É um procedimento ambulatorial que deve ser estimulado por ser de baixo custo, fácil execução e raras complicações. Utiliza- se apenas uma agulha 30/7, uma seringa de 10ml ou 20ml e, neste caso, um suporte para a seringa, se disponível. A biópsia cirúrgica convencional consiste na retirada de parte (incisional), ou da totalidade do tumor (excisional), 56 sob anestesia local ou geral. Há atualmente o recurso técnico de biópsia por agulha grossa, a core biopsy, que se utiliza de um instrumento em forma de pistola, munida de cânula, mola e agulha, e uma vez disparada no interior do tumor, fornece material para estudo histopatológico. Este método tem a vantagem de ser um procedimento ambulatorial, e, portanto, mais barato. É de fácil realização e apresenta, como complicação mais frequente, a formação de hematoma, e mais grave e também rara, a perfuração da parede torácica 8.5 ESTADIAMENTO Estadiar o câncer é avaliar a extensão anatômica de comprometimento do organismo, de acordo com normas determinadas. Serve para análise de grupo de pacientes, com uniformidade no registro da extensão da doença e classificação histopatológica das neoplasias malignas. Além disso, ajuda o médico no planejamento da abordagem terapêutica, dá alguma indicação do prognóstico, ajuda na avaliação dos resultados, facilita a troca de informação entre centros de tratamento e contribui para a pesquisa contínua sobre o câncer humano. O principal propósito, a ser conseguido pela concordância internacional na classificação dos casos de câncer pela extensão da doença, é fornecer ummétodo que permita comparação sem ambiguidade entre experiências clínicas. O estadiamento do câncer de mama é feito através de critérios estabelecidos pela União Internacional de Combate ao Câncer (UICC), em 1997. Ele baseia- se na classificação (TNM) onde T= Tumor; N= Nódulo e M= Metástase e só se aplica aos carcinomas, ou seja, os tumores de origem do epitélio formador do ducto e representam 80% dos tumores da mama. Na figura ao lado, discrimina- se com detalhes a classificação TNM e os respectivos agrupamentos das diversas combinações em termos de estadiamento 0, I, II, III e IV. No Brasil, a grande maioria das mulheres com câncer de mama chega aos serviços de saúde com tumores localmente avançados, ou seja, de tamanho 57 maior do que 3 cm, com linfonodos axilares comprometidos e com possibilidade de desenvolver precocemente as metástases (tumor disseminado para outros órgãos). Esses tumores encontram-se categorizados no Estádio ll b ou mais avançados. 9 TRATANDO O CÂNCER DE MAMA: INFORMAÇÕES GERAIS FONTE:www.institutodemastologia.com.br O tratamento do câncer de mama é um processo de múltiplas etapas, cujas modalidades terapêuticas são: cirurgia, radioterapia, tratamento sistêmico (quimioterapia e hormonioterapia) e reabilitação. Os princípios do tratamento visam promover a retirada local do tumor, interromper as suas vias de drenagem através de linfonodos regionais, bem como realizar a caracterização prognóstica 58 e orientação do tratamento por meio de medicamentos quimioterápicos ou hormonais. Estes objetivam a proteção contra o aparecimento de metástases (terapia adjuvante) ou o tratamento de metástases já estabelecidas (terapia paliativa). Sabe-se que a associação dos tratamentos cirúrgico, quimioterápico e radioterápico são mais eficazes em reduzir a possibilidade de reaparecimento da doença. O sucesso do tratamento do câncer de mama, ou seja, o controle da doença, dependerá de características chamadas fatores prognósticos. Do ponto de vista clínico, os mais importantes são a extensão do comprometimento axilar e o tamanho do tumor. Quanto menores o tamanho do tumor e o comprometimento axilar, maiores serão as chances de cura da doença. Por exemplo, o carcinoma in situ apresenta índice de cura próximo de 100%; os tumores do estádio l ou seja, menores que 2cm, sem comprometimento axilar, apresentam taxa de sobrevida global da ordem de 90% em 5 anos de seguimento. Já os tumores do estádio lllB, que são tumores localmente avançados, tem taxa de sobrevida global em torno de 60% em 5 anos. 9.1 TRATAMENTO CIRÚRGICO O objetivo do tratamento cirúrgico é promover o controle local, a mutilação mínima e a obtenção de informações a respeito da biologia do tumor e de seu prognóstico, modulando assim o tratamento adjuvante. Em termos de tratamento cirúrgico, as principais opções são: a cirurgia conservadora (quadrantectomia com dissecção axilar), que fornece excelentes resultados para tumores de até 3cm de diâmetro ou que preservem a proporção tumor/mama; e a cirurgia radical (mastectomia), indicada, como regra geral, para tumores maiores que 3cm de diâmetro. Existem 2 tipos de mastectomia radical: a mastectomia radical chamada clássica, onde são retirados os dois músculos peitorais ou a radical modificada 59 em que apenas o músculo peitoral menor é retirado. A dissecção axilar completa faz parte da técnica cirúrgica. Os resultados estéticos da quadrantectomia são bastante bons, enquanto que a mastectomia implica em comprometimento da silhueta do tórax e da autoimagem da mulher. Por isso, nessas condições, sempre que possível, deve ser feita a reconstrução plástica da mama, que oferece resultados satisfatórios. 9.2 A RADIOTERAPIA FONTE:www.onconews.com.br A radioterapia é um recurso terapêutico largamente utilizado no câncer de mama, que se beneficia da capacidade de penetração da radiação criada pelo bombardeamento de elétrons acelerados, ou raios gama emitidos pelo radium ou outro material radioativo, em um alvo, reduzindo e por vezes eliminando o tumor. A carga tumoricida é de 50 grays, aplicados através de aceleradores lineares e apresentam as seguintes indicações: • esterilizar os focos neoplásicos 60 no parênquima mamário remanescente após as quadrantectomias; • bloquear as células neoplásicas porventura presentes em via de drenagem linfática da mama que não foram dissecadas cirurgicamente como, por exemplo, a cadeia mamária interna e, principalmente, nos tumores muito volumosos; • proteger o leito cirúrgico de recidivas locais. 9.3 O TRATAMENTO SISTÊMICO FONTE:www.helplink.com.br QUIMIOTERAPIA Quando se trata de evitar o aparecimento de metástases depois do tratamento inicial, está se falando da quimioterapia adjuvante ou preventiva. São utilizadas substâncias citotóxicas, eficazes em destruir células cancerosas porque elas interferem, por diferentes mecanismos, na síntese ou função do 61 ácido nucleico. Os esquemas com mais de uma droga (poliquimioterapia) são mais eficazes que os monoterápicos. O resultado final será um aumento significativo do tempo livre de doença e da sobrevida das mulheres submetidas a esta modalidade terapêutica. Chama- se quimioterapia primária ou neoadjuvante àquela feita antes da cirurgia, realizada principalmente em tumores grandes, para facilitar o tratamento cirúrgico posterior. Outra forma de quimioterapia é a paliativa, ou seja, aquela usada para o tratamento de metástases. HORMONIOTERAPIA FONTE:scontent.cdninstagram.com A maioria dos casos de câncer de mama são de tumores estimulados, no seu crescimento, por hormônios, principalmente os estrogênios. Assim, uma droga eficiente, usada com finalidade adjuvante preventiva ou no tratamento de metástase recém-implantada, é aquela que tem propriedade antiestrogênica. A mais usada nesse sentido é o tamoxifen, um agente competidor pelos receptores estrogênicos que existem na mama e em diversos órgãos. Ele deve ser 62 administrado na dose de 20mg por dia por um período de 5 anos, especialmente em mulheres na pós-menopausa. Outro recurso hormonioterápico são as substâncias inibidoras da enzima aromatase. Essas drogas atuam melhor em mulheres que têm tumores na pós-menopausa e naquelas que responderam bem, mas temporariamente, à terapia hormonal de primeira linha, o tamoxifen. 9.4 SEGUIMENTO FONTE:www.espacodevida.org.br A quimioterapia apresenta alguns sintomas colaterais, em diversos graus de intensidade e de acordo com a droga utilizada. As mais frequentes são a toxicidade gástrica, que se manifesta por náuseas e vômitos, e a queda de cabelo. São circunstâncias transitórias. A radioterapia apresenta frequentemente uma espécie de queimadura da pele sobre a qual foi aplicada, a radioepidermite. Terminado o tratamento quimioterápico e radioterápico, a paciente volta a ser seguida pelo seu médico. Este acompanhamento baseia-se fundamentalmente na anamnese e exame físico a intervalos que variam entre 6 meses e 1 ano. A 63 solicitação de exames específicos como raios X de tórax, ultrassonografia de abdome, marcadores tumorais, cintilografia óssea, tomografia etc., não devem ser rotineiros. Dependerá de critério médico, em função de dados clínicos ou de parâmetros próprios de cada caso. 10 ORIENTAÇÕES PÓS-DISSECÇÃO AXILAR FONTE:www.hospitalsiriolibanes.org.br A mulher submetida à linfoadenectomia, a parte do tratamento cirúrgico onde os linfonodos axilares são retirados, frequentemente se recente de sensações de formigamento, a parestesia, na face interna do braço, sensação esta que, usualmente, desaparece com o passar dos meses. Este fato deve ser encarado com naturalidade pelas mulheres, porque decorrem da lesão de pequenos ramos nervososseccionados durante a cirurgia. A retirada dos linfonodos favorece a instalação de processos infecciosos. Orienta-se a paciente no sentido de preservar a integridade do braço evitando contato com agulhas, espinhos e animais de garras afiadas e, se possível, injeções intravenosas no braço do lado operado. 64 A dissecção axilar, principalmente associada a radioterapia, pode facilitar a instalação de linfedema, uma retenção de líquido pela obstrução da rede linfática do membro superior homolateral. Medidas fisioterápicas estão indicadas e quase sempre conseguem reduzir os linfedemas a níveis aceitáveis pela paciente. Devem ser dadas orientações quanto a recursos domésticos que estão permanentemente disponíveis e podem ser utilizados pela paciente como métodos auxiliares da fisioterapia. 10.1 RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA FONTE:www.santacasademaceio.com.br A retirada da mama para tratamento de tumores gera graves repercussões no psiquismo da mulher. Deve-se lançar mão do benefício da reconstrução, ou seja, refazer uma estrutura semelhante à mama retirada, através de técnicas de cirurgia plástica que pode ser realizada inclusive no mesmo ato que a mastectomia (reconstrução mamária imediata) ou a qualquer 65 momento, depois de terminada a quimioterapia e radioterapia, ou alguns anos depois. A reconstrução mamária se utiliza, basicamente, de duas técnicas: a primeira é a reconstrução através da transferência de retalhos de pele, músculo e gordura do abdome para a área correspondente à mama. A segunda, por meio do uso de uma prótese expansora dilatadora da pele, a qual é depois substituída por uma prótese definitiva de silicone. As duas técnicas proporcionam excelentes resultados e a escolha deve basear-se em aspectos locais do abdome de cada paciente, do formato da mama e da disponibilidade de próteses. 11 A VIDA APÓS O TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA FONTE:consultadeenfermagem.com O tratamento da mulher com câncer de mama deve ser global e visar a recuperação do seu bem-estar psicossocial e de sua qualidade de vida. Ela deve voltar à plenitude de suas atividades profissionais, domésticas e afetivas a partir do estímulo a sua reabilitação total. Todas as mulheres com câncer de mama 66 necessitam, em maior ou menor grau, de uma ajuda especializada do ponto de vista emocional, e as equipes multidisciplinares formadas por médicos, enfermeiras, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, quando trabalham de forma integrada, induzem excelentes resultados para a qualidade de vida da mulher. Algumas dúvidas são comuns depois do tratamento: GESTAÇÃO A mulher que teve um câncer de mama, e que é jovem e tem vontade de engravidar, quase sempre se questiona a respeito da repercussão da gestação em sua doença. Embora não haja consenso, a maioria dos estudiosos no assunto acredita que a gravidez não piora o prognóstico da mulher. Por isso, permite-se a gravidez depois de decorridos 2 anos desde o início do tratamento, pois este representa um período crítico para as recidivas locais. MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS Nas mulheres em idade reprodutiva e que se submetem ao tratamento de câncer de mama, sugere-se o planejamento familiar através de métodos naturais, de barreira (diafragma, preservativo) ou colocação do DIU (dispositivo intra-uterino). Não se recomenda o uso de anticoncepcionais orais. TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL A mulher que teve tumor de mama na pré-menopausa pode fazer uso de hormônios estrogênicos? Essa é uma dúvida ainda sem resposta definitiva. Evita-se a terapia de reposição hormonal caso não haja fatores de risco para doença cardiovascular ou osteoporose. As pacientes portadoras de tumor de bom prognóstico e com alto risco cardiovascular e ósseo, desde que esclarecidas e estejam de acordo, podem receber terapia estrogênica, avaliando-se caso a caso. As medidas não hormonais como exercício físico, 67 exposição ao sol matinais e adequadas ingestões alimentares de cálcio devem ser estimuladas. FONTE:www.mirandopolis.sp.gov.br BIBLIOGRAFIA BARROS, ACSD, NAZÁRIO, AC, DIAS, EN, SILVA, HMS, FIGUEIRA F., ASS. Mastologia: Condutas. Editora Revinter. 1998. CANELLA, EO. Detecção do câncer de mama. Revisão da literatura para o clínico. J Bras Med 77: 4,100-111, 1999. COSTA, MM, DIAS, EN, SILVA, HMS, FIGUEIRA F., ASS. Câncer de Mama para Ginecologistas. Editora Revinter. 1994. DIAS, EN, CALEFFI, M, SILVA, HMS. Mastologia Atual. Rio de Janeiro, Editora Revinter. 1994. FRANCO, JM. Mastologia, Formação do Especialista. Rio de Janeiro, Editora Atheneu. 1997. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Falando sobre câncer. 2 ed., Rio de Janeiro, Instituto Nacional de Câncer, Coordenação Nacional de Controle do Tabagismo e Prevenção Primária de Câncer (Contapp). 1997. 68 MINISTÉRIO DA SAÚDE. Implantando o Viva Mulher - Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo do Útero e de Mama, Rio de Janeiro - Instituto Nacional de Câncer, Coordenação de Prevenção e Vigilância - Conprev (no prelo). 2001. ROCHA, DC, BAUAB, SP. Atlas de Imagem da Mama. Editora Savier. 1995. Sites: www.inca.gov.br LEITURA RECOMENDADA BASSET, LW, JACKSON, VP. Doenças da Mama – Diagnóstico e Tratamento. Revinter. 2000. DE VITA, JR., VT, HELLMAN, S. ROSENBERG, SA. Cancer: principle and practice of oncology. Philadelphia, Lippincott-Raven Publishers. 1997. INTERNATIONAL AGENCY FOR RESEARCH ON CANCER. Cancer Incidence in Five Continents. Lyon, IARC Scientific Publication nº 120. 1992. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Controle do câncer: uma proposta de integração ensino-serviço. 2 ed. - Rio de Janeiro, Instituto Nacional de Câncer, Coordenação de Programas de Controle de Câncer - Pro-Onco. 1993. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ações de enfermagem para o controle do câncer. 2 ed. - Rio de Janeiro, Instituto Nacional de Câncer, Coordenação de Programas de Controle de Câncer - Pro-Onco. 1995. 69 U.S.PREVENTIVE SERVICES TASK FORCE. Guide to Clinical Preventive Services, 2nd ed. Alexandria, Virginia: Internacional Medical Publishing. 1996.
Compartilhar