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A IMPORTÂNCIA DE JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL Ayuátilla Paloma de Souza Neves Gabriela de Ramos Souza Gabriela Fuchter Fernando Kindermann Associação Educacional Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI Educação Física Bacharelado Tutor: Mário Henrique Leite Souza FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O objetivo desta pesquisa é compreender e refletir a importância dos jogos e brincadeiras, no ambiente escolar dos anos iniciais, para o desenvolvimento da criança. A escolha do tema justifica-se pelo fato de os jogos e as brincadeiras serem um importante recurso pedagógico para contribuir no desenvolvimento infantil, auxiliando a criança no desenvolvimento da aprendizagem de forma significativa. A criança passa de um estágio de desenvolvimento para outro mais avançado, e constrói suas estruturas mentais, a partir do jogo e da brincadeira, onde ela potencializa a habilidade e competências para a convivência adulta, sua importância é notável, já que, por meio dessas atividades, a criança constrói o seu próprio mundo. Kishimoto (2011) compreende que o brincar é a atividade principal da criança no dia-a- dia. E que enquanto ela pratica a atividade desde o início da educação infantil, garante a cidadania da criança e ações pedagógicas de maior qualidade. É por meio do brincar que a criança se torna capaz de: tomar decisões, expressar sentimentos e valores, conhecer a si, aos outros e o mundo, de repetir ações prazerosas, de partilhar, expressar sua individualidade e identidade por meio de diferentes linguagens, de usar o corpo, os sentidos, os movimentos, de solucionar problemas e criar. Ao brincar, a criança experimenta o poder de explorar o mundo dos objetos, das pessoas, da natureza e da cultura, para compreendê-lo e expressá-lo por meio de variadas linguagens. Mas é no plano da imaginação que o brincar se destaca pela mobilização dos significados. Enfim, sua importância se relaciona com a cultura da infância, que coloca a brincadeira como ferramenta para a criança se expressar, aprender e se desenvolver. (KISHIMOTO,2011, p.1) De acordo com Kishimoto (2011) “a criança não nasce sabendo brincar, ela aprende esta atividade por meio das interações com outras crianças e com os adultos, ou mesmo só observando. Depois de aprender pode reproduzir ou reinventar novas brincadeiras”. A brincadeira apresenta grandes fatores no desenvolvimento e socialização da criança, pois proporciona novas descobertas a cada momento refletindo diretamente no contexto social onde está inserida. A linguagem de brincar é característica comum entre os seres humanos. Ela é de fácil assimilação por todas as crianças, e exige concentração durante uma determinada quantidade de tempo que irá variar de acordo com cada etapa de desenvolvimento que a criança se encontra. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil, que é o documento que orienta os educadores nas propostas pedagógicas, e que devem ser desenvolvidas nas aulas de educação física. As práticas pedagógicas devem garantir experiências diversas. I - Conhecimento de si e do mundo por meio das experiências sensoriais, expressivas e corporais para movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança De acordo com Kishimoto (2011): A construção de uma imagem positiva de si e do mundo inicia-se desde o ingresso do bebê na creche, com a atenção e o carinho da professora e os vínculos construídos entre os dois. A percepção pelo bebê de sua própria imagem no espelho favorece o conhecimento de si e do mundo, porque a criança, ao ver sua imagem refletida no espelho, identifica a si mesma como distinta de outras crianças e dos objetos. As brincadeiras, como formas de expressão, são também oportunidades para a manifestação da individualidade de cada criança, de sua identidade, porque cada uma tem uma singularidade que deve ser respeitada. (KISHIMOTO, 2011.p.3) Quando a criança coloca o brinquedo na boca, ela experimenta a sensação de duro, mole, assim explorando os órgãos sensoriais dela, o que amplia suas experiências e a encaminha para a compreensão de conceitos. Texturas, cores, odores, sabores, sons são as experiências que elas adquirem no contato com móbiles coloridos, sonoros, saquinhos de ervas aromáticas e brinquedos de diferentes densidades e formas. Objetos domésticos de uso cotidiano são importantes itens para ampliar as experiências sensoriais. Objetos feitos com materiais naturais ou de metal, como bucha, escova de dente nova, pente de madeira ou de osso, argola de madeira ou de metal, chaveiro com chaves, bolas de tecido, madeira ou borracha, sino e outros, dentro de um grande cesto de vime com base plana e sem alças, servem para a exploração livre do bebê. As experiências expressivas só são possíveis quando ele tem a oportunidade de escolher o que fazer, como fazer, com que brinquedo, com quem brincar, para mostrar seus saberes, utilizando as formas de expressão que conhece. Para educar a criança na creche é importante o papel do educador na hora das brincadeiras que além de participar, ele precisa organizar, observar e também avaliar. É necessário além da conhecer a criança o bebe antes da integração, manter o cuidado durante a brincadeira. Não se pode planejar o currículo sem conhecer a criança. É bebê 2? Criança pequena 3? Pré-escolar 4? Como aprende e se desenvolve? Cada uma é diferente da outra, vem de famílias e grupos étnicos diferentes. Cabe à creche e à pré-escola, espaços institucionais diferentes do lar, educar a criança de 0 a 5 anos e 11 meses com brinquedos de qualidade, substituindo-os, quando quebram ou já não despertam mais interesse. Para a aquisição de brinquedos, é fundamental selecionar com o selo do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia), estes que já foram testados em sua qualidade com critérios apropriados às crianças. A seleção de brinquedos envolve diversos aspectos: ser durável, atraente, adequado e apropriado a diversos usos; garantir a segurança e ampliar oportunidades para o brincar; atender à diversidade racial, não induzir a preconceitos de gênero, classe social e etnia; não estimular a violência; incluir diversidade de materiais e tipos ― brinquedos tecnológicos, industrializados, artesanais e produzidos pelas crianças, professoras e pais. Assim, é preciso considerar: • TAMANHO: o brinquedo, em suas partes e no todo, precisa ser duas vezes maior e mais largo do que a mão fechada da criança (punho); • DURABILIDADE: o brinquedo não pode se quebrar com facilidade ― vidros e garrafas plásticas são os mais perigosos; • CORDAS E CORDÕES: esses dispositivos podem enroscar-se no pescoço da criança; • BORDAS CORTANTES OU PONTAS: brinquedos com essas características 1devem ser eliminados; • NÃO TÓXICOS: brinquedos com tintas ou materiais tóxicos devem ser eliminados, pois o bebê os coloca na boca. • NÃO INFLAMÁVEL: é preciso assegurar-se de que o brinquedo não pega fogo; • LAVÁVEL, FEITO COM MATERIAIS QUE PODEM SER LIMPOS: essa recomendação se aplica especialmente às bonecas e brinquedos estofados; • DIVERTIDO: é importante assegurar que o brinquedo seja atraente e interessante. Kishimoto (2011) alerta que os brinquedos jamais poderão induzir a preconceitos de classe social, gêneros e etnia, e como também não poderão incitar a violência. Sendo assim, tanto os brinquedos como os espaços oferecidos na educação infantil, devem conter segurança com matérias resistentes e de boa qualidade. É essencial para as crianças, a interação com diferentes brinquedos, e a diversidades de atividades, para que ela se aproprie dos objetos com as diferentes texturas, formas, cores e tamanhos, sendo fundamentais para a compreensão do mundo da criança, onde constroe em torno delas um universo de magia, alegria e o animismo. É importante e fundamental, que o educadorfaça a apresentação dos brinquedos para as crianças, para que elas possam imaginarem o que fazer com eles. Kishimoto (2011) lembra que devemos também, utilizar os objetos de uso domésticos, como brinquedo para as crianças, pois eles ampliam as experiencias sensoriais: Gostam de entrar dentro de caixas, em buracos, túneis, passagens estreitas; apreciam empurrar, puxar, subir, encaixar, empilhar. Há brinquedos e materiais que auxiliam o conhecimento do mundo físico, entre os quais, as bolas, que são ótimas para apertar, conhecer a textura, cor, deixar cair para ver como rolam. Há bolas com diferentes funções: há as que produzem som ao toque, as que têm uma face espelhada, permitindo à criança conhecer a si mesma, ou buracos, que o bebê pode explorar enfiando o braço e a mão. O mundo social aparece nas brincadeiras, que mostram não apenas como brincar de forma diferente, mas também como conhecer o outro. (KISHIMOTO,2011, P.4) A função do brinquedo é muito importante no universo infantil, pois ele estimula a criatividade, a interatividade e a inventividade. Ajudando a criança na construção de relações, como a posse, a perda, o abandono, a desestruturação onde facilitará nas relações com outras crianças e com os adultos, propondo o aprendizado de regras. MÉTODO E MATERIAS Para este trabalho foram utilizadas pesquisas bibliográficas, em sites e livros. Foi realizada a pratica da brincadeira a seguir: A amarelinha é uma brincadeira que desenvolve noções espaciais e auxilia diretamente na organização do esquema corporal, da motricidade e força das crianças. A amarelinha é uma brincadeira que desenvolve noções espaciais e auxilia diretamente na organização do esquema corporal, da motricidade e força das crianças. Os motivos para brincar de amarelinha 1. Pular em um pé só = Desenvolvimento da consciência das linhas médias. 2. É proibido pisar na linha = Controle corporal. 3. Parar e Recomeçar = Ritmo corporal. 4. Saltos = Força muscular. 5. Em um pé só = Equilíbrio. 6. As casas = Noção de espaço. 7. Lançando a pedrinha = Coordenação óculo-manual. 8. Apanhar a pedrinha = Coordenação motora fina. 9. Estratégia = Sequência e Senso de prioridade. 10. Minha vez, sua vez = Desenvolvimento social. 11. Ganhar ou perder = Desenvolvimento da personalidade. Regras para Pular Amarelinha Risque o desenho escolhido no chão, com um pedaço de giz. Sorteia-se para saber a ordem de cada jogador; cada um deve ter a sua própria pedra. O primeiro a jogar fica de pé, na frente da casa número 1, ou dentro da casa do Inferno, se houver uma. Ele começa jogando a pedrinha na casa 1. A casa onde está a pedra não pode ser pisada, é preciso pular por cima dela. E então vai pulando num pé só, ou, no caso de ter 2 casas lado a lado, um pé em cada casa, percorrendo as casas até o Céu. CONCLUSÃO Este estudo buscou ressaltar os jogos na educação infantil, como uma ferramenta primordial no processo de desenvolvimento da criança. O jogo, a brincadeira e o brinquedo são considerados importantes no que se refere à aquisição de conhecimento e desempenho no âmbito escolar. Com este estudo tornou-se possível compreender melhor a ação do jogo no desenvolvimento da criança tanto cognitivo, social, emocional e físico-motor. Conclui-se também de quão importante é o papel dos educadores nesse processo de ensino/aprendizagem na vida dos alunos. Ainda é preciso que se tenha uma percepção ativa dos comportamentos apresentados pelos alunos em sala de aula, pois, de certa forma o reflexo do seu ambiente social, será imposto no dia a dia escolar. Dessa forma, será possível identificar os tipos de jogos a serem utilizados em sala de aula. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KISHIMOTO, Tizuko Morchida (org.). O jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 4 Ed. São Paulo: Cortez, 2011. http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7155-2-3-brinquedos- brincadeiras-tizuko-morchida/file https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/esporte/a-importancia-do-jogo- e-da-brincadeira-na-educacao-infantil/53362 http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7155-2-3-brinquedos-brincadeiras-tizuko-morchida/file http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7155-2-3-brinquedos-brincadeiras-tizuko-morchida/file https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/esporte/a-importancia-do-jogo-e-da-brincadeira-na-educacao-infantil/53362 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/esporte/a-importancia-do-jogo-e-da-brincadeira-na-educacao-infantil/53362
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