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CASO 4 TRABALHO

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AO DOUTO JUIZO DA VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO /SP 
 
 
 
 MARINA RIBEIRO, brasileira, casada, desempregada, filha de Laura Santos, portadora da 
identidade nº 855, CPF: 909, residente e domiciliada na rua Coronel Saturnino, casa 28- SÃO PAULO 
– SP – CEP: 4444, vem respeitosamente , perante Vossa Excelência, por intermédio do seu advogado 
adiante assinado ( procuração em anexo), com escritório profissional no endereço completo, onde 
recebe intimações ou notificações , com fulcro no arts.840 e 679,X,da CLT e art.300 do CPC, 
PROPOR: 
 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, 
 
Em face de MALHARIA FINA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com sede NA a capital paulista, 
qualificação e endereço completos, e-mail : XXXXXXXXXX ,pelas razoes de fato e de direito a seguir 
expostas 
 
 
1. Gratuidade DA JUSSTIÇA 
 A Reforma Trabalhista trouxe inovações a CLT, uma delas é o cabimento do beneficio a gratuidade 
de justiça ao dispor em seu art. 790,§4º. Atualmente o reclamante encontra-se desempregado, não 
possuindo condições financeiras para arcar com as custas do processo e honorários advocatícios, 
sem prejuízo do seu sustento e de sua família , merece ser concedido, de plano, o beneficio da 
JUSTIÇA GRATUITA, dispensando a mesma do recolhimento de custas, honorários periciais, 
honorários advocatícios à parte contraria, em caso de sucumbência e emolumentos. 
Sendo assim requer a concessão do beneficio da gratuidade de justiça ao reclamante por não ter 
condições de arcar com à custa do processo, sem prejuízo próprio ou de sua família. 
 
2-DOS FATOS 
Marina é presidente do seu sindicato de classe, ao qual está filiada desde a admissão, tendo sido 
eleita e empossada no dia 20/06/2019 para um mandato de 2 anos, bem como cientificada a 
empregadora do fato por email, exibido ao advogado. Marina recebeu uniforme e EPI da empresa, 
jamais sofrendo descontos no seu salário em razão disso. Recebia, também, alimentação (almoço e 
lanche), em pecúnia, e trabalhava de 2ª a 6ª feira das 13.30h às 22.30h, com intervalo de 1 hora, e 
aos sábados, das 8.00h às 12.00h, sem intervalo. Após o horário informado, gastava 20 minutos para 
trocar o uniforme, conforme determinação da empresa. Marina recebeu a participação proporcional 
nos lucros de 2016 e integral em 2017 e 2018. Marina tem três filhos saudáveis, com idades de 12, 
10 e 8 anos, conforme certidões de nascimento que apresentou. Ela, no ano de 2018, 
comprovadamente, doou sangue em duas ocasiões, faltou ao emprego em ambas e foi descontada a 
título de falta. Já em 2019, ela foi descontada em três dias, quando se ausentou para viajar para o 
Nordeste e comparecer ao enterro de um primo, que falecera em acidente de trânsito. 
 
3-MERITO 
 
3.1 Reintegração 
 
Marina é presidente do sindicato de classe, ao qual esta filiada desde a admissão, tendo sido eleita e 
empossada no dia 20/06/2015 para mandato de 2 anos, sendo dispensada sem justa causa em 
30/12/2016, ou seja , no curso do mandato. 
Diante do exposto, requer a nulidade da dispensa e a reintegração da empregada. 
 
 
3.2 Salario in natura 
 
A reclamante recebia R$500,00 de alimentação do empregador. Nos termos do art. 457,§2º, da CLT 
a alimentação paga em dinheiro, como presente caso, caracteriza-se salario. Diante do exposto, 
requer a integração do valor da alimentação ao salário da reclamante para gerar reflexos em verbas 
contratuais e rescisórias. 
 
3.3. Adicional noturno 
 
A reclamante trabalhava de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 22h30, e ficava mais 20 minutos à 
disposição do empregador. 
Nos termos do art.73, caput e §2º, da CLT, as horas trabalhadas das 22h às 5h devem ser 
remuneradas com acréscimo de 20%. 
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento do adicional noturno, no total 
de 20% do valor da hora diurna, quanto às horas que a reclamante ficava à disposição do 
empregador após 22h, bem como de seus reflexos em verbas contratuais e rescisórias. 
 
3.4 Intervalo Interjornadas 
 
A reclamante terminava a labuta na sexta-feira, às 22h30, permanecia à disposição do empregador 
por mais 20 minutos trocando o fardamento e iniciava o trabalho aos sábados, às 8h, ou seja, entre 
uma jornada de trabalho e outra decorriam apenas 9 horas e 10 minutos de intervalo. 
Nos termos do art.66 da CLT e da OJ355 do TST, entre duas jornadas de trabalho devera haver um 
período mínimo de 11horas consecutivas para descanso, sendo devidas as horas subtraídas do 
intervalo, acrescidas do adicional de 50%. 
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento das horas que faltaram para 
completar o intervalo mínimo interjornadas de 11 horas, acrescida do adicional de 50%. 
 
3.5 Horas extras 
 
A reclamante trabalhava de segunda a sexta-feira, das 13h30 às 22h30, com intervalo de 1 hora e 
aos sábados das 8h às 12h, sem intervalo. Após o horário informado, de segunda a sexta-feira, 
gastava 20 minutos para trocar o uniforme , pois era obrigada a realizar a substituição na empresa, 
por imposição do regulamento interno. Nos termos do art.4º, §2º, VIII, da CLT, é considerado tempo 
à disposição do empregador o destinado a troca de roupa ou uniforme , quando há obrigatoriedade 
de realizar a troca no estabelecimento. 
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento dos 20 minutos extras diários, 
acrescidos do adicional de 50% ( arts. 7º , XVI, da CF e 59, §1º, da CLT), bem como de seus reflexos 
em verbas rescisórias e contratuais. 
 
 
3.6 Devolução do desconto- Doação de sangue 
 
No ano de 2015 a reclamante doou sangue em duas ocasiões comprovadas, nas quais faltou ao 
emprego e, em ambas, foi descontada a titulo de falta. Nos termos do art. 473, IV, da CLT, o 
empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salario por um dia, em cada 12 
meses de trabalho, ema caso de doação voluntaria de sangue devidamente comprovada. 
Diante o exposto, requer a devolução de um dia de trabalho que foi descontado indevidamente pelo 
motivo em questão. 
 
 
3.7 Salario- família 
 
A reclamante tem três filhos saudáveis, com idades de 12,10 e 8 anos, conforme certidões de 
nascimentos que apresentou, entretanto, recebia apenas duas cotas do salario – família. Nos termos 
dos arts. 65,66 e 67 da Lei nº 8.231/91 e art 83 do decreto 3.048/69, o salario família é devido ao 
trabalhador de baixa renda salarial por filho com idade de ate 14 anos. 
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento de uma cota do salario- 
família. 
 
3.8 Diferenças salariais 
 
Hugo, superior de imediato de Marina, era chefe do setor de produção. Por motivo de saúde ficou 
afastado por 90 dias, em 2016 e a reclamante assumiu seu papel durante esse período. Nos termos 
da Sumula 159, I, do TST, enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente 
eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fara jus ao salario contratual do substituído. 
Diante do exposto, requer a condenação da reclamada ao pagamento das diferenças salariais, bem 
como de seus reflexos em verbas contratuais e rescisórias. 
 
 
3.9 Honorários advocatícios 
 
Requer a condenação do reclamado ao pagamento de honorários advocatícios, no importe de ...% 
do valor da causa que resultar da liquidação, baseado no art.; 791-A da CLT. 
 
 
 
 
4. PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer: 
 
A nulidade da dispensa e a reintegração da reclamante, 
A integração do valor da alimentação ao salario da reclamante para gerar reflexos em verbas 
contratuais e rescisória, 
A condenação da reclamada ao pagamento do adicional noturno, no total de 20% do valor da hora 
diurna, quanto às horas que a reclamante ficava à disposição do empregador após as 22h, bem 
como de seus reflexos em verbas contratuais e rescisórias. 
A condenação da reclamada ao pagamento das horas que faltaram para completar o intervalomínimo interjornadas de 11 horas, acrescida do adicional de 50%, bem como reflexos em verbas 
contratuais e rescisórias, 
A condenação da reclamada ao pagamento dos 20 minutos extra diários, acrescidos do adicional de 
50% ( arts.7º, XVI, da CF e 59, § 1º, da CLT), bem como de seus reflexos em verbas rescisórias e 
contratuais, 
A condenação da reclamada ao pagamento de uma cota do salario – família, 
Requer a devolução de um dia de trabalho que foi descontado do salario da reclamante por ter se 
ausentado devido a doação de sangue, 
A condenação da reclamada ao pagamento das diferenças salariais, 
Os benefícios da gratuidade da justiça; e. 
Honorários advocatícios, no percentual de... sobre o valor liquido da condenação. 
 
Diante do exposto, requer: 
 
A notificação da Reclamada para oferecer resposta à Reclamação trabalhista , sob pena de revelia e 
confissão quanto à matéria de fato, 
A produção dos meios de prova em direito admitidos , principalmente a prova documental, o 
depoimento pessoa e a oitiva de testemunhas, 
A procedência dos pedidos com a condenação da reclamada ao pagamento das verbas pleiteadas, 
acrescidas de juros e correção monetária . 
 
Atribui-se à causa o valor de R$..., correspondente a somatória dos pedidos. 
 
Nestes termos, 
 
Pedimos o deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado 
 
OAB nº

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