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Disciplina: Multiculturalismo (SES26) Avaliação: Avaliação Final (Discursiva) - Individual FLEX ( Cod.:514320) ( peso.:4,00) Prova: 16959487 Nota da Prova: - Parte superior do formulário 1. O ambiente científico do século XIX foi predominante evolucionista, determinista e racista. A partir de ideias e teorias que existiam naquela época - e que hoje já foram refutadas - as pessoas eram biologicamente distintas. O Brasil também presenciou o racismo científico em diversos campos da academia, como o Direito e a Medicina. O melhor exemplo desse intelectual foi Nina Rodrigues. Disserte sobre o racismo científico no Brasil do século XIX. Resposta Esperada: - O racismo científico sustentava-se a partir de uma Ciência Positivista e do Determinismo Biológico. - Segundo essa explicação, as raças eram diferentes entre si com bases fenotípicas, isto é, biológicas. - Esta ideologia se instalou no Brasil em 1870, tendo recepção nas faculdades de medicina e direito. É o caso do médico Nina Rodrigues. Este maranhense foi um exemplo precioso do tipo de intelectual que utilizou o racismo científico. - Essa ideologia tomava a miscigenação como problemática ao país. O Brasil era formado por três raças distintas. Devido à mistura entre as três raças, o futuro estaria em risco. - Para os adeptos dessa ideologia, o mestiço - o mulato - resultado desse cruzamento, era uma ?raça inferior? no sentido biológico, propenso ao crime, à fragilidade biológica, indivíduos impulsivos e violentos. - Essa corrente foi influente junto aos governos. - Eles defendiam leis separadas para brancos e para negros. - Tal ideologia já foi apontada como equivocada e abandonada pela ciência. - Todavia, ela ficou impregnada no senso comum. 2. Para o sociólogo britânico Anthony Giddens (2002), a atual etapa da modernidade traz sérias implicações para aquilo que ele chama de "projeto reflexivo do eu". A vida moderna altera a natureza das nossas relações cotidianas ao nível local, impactando a produção de nossas identidades. Disserte sobre o impacto da vida atual no projeto reflexivo do eu. FONTE: GIDDENS, Anthony. Modernidade e identidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2002. Resposta Esperada: O ?eu? não é uma entidade passiva, apenas determinada por influências externas. O ?eu? em tempos de alta reflexividade torna-se, ele próprio, construído de maneira reflexiva. Os modos de vida se desvencilham da tradição. A reflexividade refere-se à produção incessante de conhecimento sobre a vida e o mundo. Nesse sentido, as identidades tornam-se desterritorializadas e deslocalizadas. As identidades são estimuladas a abandonar suas origens e abrir-se para produtos, terapias, dietas, modificações, imagens, comportamentos distribuídos de maneira global. A escolha torna-se uma obrigação para o indivíduo. Precisamos pensar no que é saudável ou não, ocorre um permanente monitoramento de nosso corpo, sempre à luz de novas informações produzidas pela ciência e pelo mercado. Existe uma obsessão por criar narrativas biográficas em torno desse nosso ?eu?, onde a autoidentidade se torna um projeto a ser construído a partir da escolha de conhecimentos peritos e abstratos. Parte inferior do formulário