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Meios de Cultura e Técnicas de Semeadura Meios de Cultura Meio de Cultura Enriquecido Um meio enriquecido corresponde a um caldo ou meio sólido contendo um grande suprimento de nutrientes que promove o crescimento dos microrganismos fastidiosos. Geralmente são meios que foram suplementados com materiais altamente nutritivos. O Ágar-Sangue é um exemplo de meio sólido enriquecido utilizado rotineiramente nos laboratórios de bacteriologia clínica. Meio de Cultura Seletivo O meio seletivo permite o crescimento de certos tipos de microrganismos e inibe o crescimento de outros microrganismos. Ele contém inibidores, geralmente antibióticos, que tornam inviável o crescimento de certos microrganismos, sem inibir o crescimento do microrganismoalvo. Por exemplo, o Ágar MacConkey inibe o crescimento de bactérias gram-positivas, selecionando assim as bactérias gram-negativas. http://www.prismalab.com.br/produto/agar-sangue-base-frasco-500-g-k25-610005-marca-kasvi http://www.prismalab.com.br/produto/agar-mac-conkey-%E2%80%93-marca-kasvi Meios de Cultura Meio de Cultura Diferencial Utilizados para diferenciar microrganismos ou grupos de microrganismos em um meio. A presença de determinados corantes ou de produtos químicos nos meios produzirão certas alterações características ou padrões de crescimento que são utilizados para a identificação ou a diferenciação de microrganismos. Por exemplo, o Ágar MacConkey é frequentemente utilizado para diferenciar vários bacilos gram-negativos isolados de amostras de fezes. http://www.prismalab.com.br/produto/agar-mac-conkey-%E2%80%93-marca-kasvi Meios de Cultura Meios de Cultura Meios de Cultura IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS GRAM POSITIVAS COCOS GRAM POSITIVOS • Existem aproximadamente 10 gêneros de bactérias Gram positivas, sendo 7 gêneros de importância clínica; – Staphylococcus – Streptococcus – Aerococcus – Micrococcus – Enterococcus – Planococcus – Stomatococcus COCOS GRAM POSITIVOS • Os Estafilococos são as bactérias não esporuladas que mais resistem no meio ambiente; – Podem sobreviver por meses em amostras clínicas secas, são relativamente resistentes ao calor e podem tolerar uma concentração aumentada de sal; • Os Streptococos são bactérias não esporuladas, que podem apresentar cápsulas como fator de virulência, provocando, no entanto, doenças muito graves e muitas vezes letais. COCOS GRAM POSITIVOS 1ª Passo: Coloração de Gram COCOS GRAM POSITIVOS PROVA DA CATALASE 2ª Passo COCOS GRAM POSITIVOS CATALASE NEGATIVAPOSITIVA StreptococcusStaphylococcus COCOS GRAM POSITIVOS: Staphylococcus Produção de H2O e O2 a partir de H2O2 na presença da enzima catalase; COCOS GRAM POSITIVOS PROVA DA COAGULASE 3ª Passo COAGULASE NEGATIVAPOSITIVA Staphylococcus epidermidis S. saprophyticus Staphylococcus aureus COCOS GRAM POSITIVOS: Staphylococcus COAGULASE COCOS GRAM POSITIVOS: Staphylococcus COAGULASE POSITIVA Infecções estafilocócica: Foliculite – endocardite e osteomielite; Forunculose (carbúnculo) Síndrome do choque tóxico; Síndrome de pele escaldada; Impetigo; Endocardite - bacteremia. Staphylococcus aureus COCOS GRAM POSITIVOS: Staphylococcus Staphylococcus: coagulase negativo Susceptibilidade à Novobiocina S. epidermidis ResistenteSusceptível S. saprophyticus Staphylococcus: teste para Novobiocina Staphylococcus epidermidis Staphylococcus saprophyticus TSA PARA IDENTIFICAÇÃO DE Staphylococcus COAGULASES NEGATIVOS Impetigo bolhoso Impetigo pustular Staphylococcus aureus secreta toxina esfoliatina que degrada a desmogleina, proteína de adesão dos epidermócitos. COCOS GRAM POSITIVOS: Streptococcus MAS COMO IDENTIFICÁ-LOS? Streptococcus TESTE DA HEMÓLISE Streptococcus Hemólise em Ágar Sangue de Carneiro Alfa Hemólise Hemólise Parcial Beta Hemólise Gama Hemólise Hemólise Total Ausência de Hemólise Streptococcus: Beta Hemólise Hemólise Total Streptococcus: Alfa Hemólise Hemólise Parcial Streptococcus: Gama Hemólise Ausência de Hemólise Streptococcus: Beta Hemolíticos Susceptibilidade à Bacitracina Streptococcus pyogenes Susceptível à Bacitracina Streptococcus agalactiae Resistência à Bacitracina GRUPO A GRUPO B Streptococcus: Beta Hemolíticos Susceptibilidade à Bacitracina Streptococcus: Alfa Hemolíticos Susceptibilidade à Optoquina Streptococcus viridans Ex.: abcessos dentários, endocardite Susceptível à Bacitracina Streptococcus pneumuniae Ex. pneumonia, meningite, septicemia, otite média, osteomielite Resistência à Bacitracina Streptococcus: Alfa Hemolíticos Susceptibilidade à Optoquina S. pneumuniae Streptococcus: Gama Hemolíticos Gênero Enterococcus Susceptível ao meio hipertônico (6,5% NaCl) Streptococcus GRUPO D Resistência ao meio hipertônico (6,5% NaCl) Streptococcus bovis (Lactose +) e Streptococcus equinus (Lactose -) Enterococcus faecalis, Enterococcus faecium e Enterococcus durans BACILOS GRAM POSITIVOS Existem aproximadamente 05 gêneros de bactérias bacilares Gram positivas de importância clínica, constituindo 06 espécies patogênicas ao ser humano; Corynebacterium (C. diphteriae) Listeria (L. monocytogenes) Bacillus (B. anthracis e B. tetani) Clostridium (C. botulinum e C, perfrigens) Mycobacterium (M. tuberculosis e M. leprae) Corynebacterium: patogênese Causam a difteria, atigindo as vias respiratórias, principalmente a faringe (difteria faríngea); Os bacilos são adquiridos pela inalação de aerossóis provenientes de aerossóis e de portadores não doentes: A difteria desenvolve na mucosa faríngea uma membrana diftérica e múltiplas lesões decorrentes da toxina diftérica, provocando morte celular; Os índices de óbitos chegam entre 5% e 10% em adultos e 20% em crianças; A espécie Listeria monocitogenes causa listeriose, uma infecção grave alimentar, adquirida pela ingestão de alimentos contaminados; As principais doenças estão: a gastroenterite, encefalite, meningite, infecção materno-fetal e septicemia; Produz diversos fatores de virulência, mas as principais são as internalinas, listeriolisinas O (LLO, uma hemolisina de fagócitos) e fosfolipases; BACILOS GRAM POSITIVOS: Listeria A espécie B. anthracis é o agente causador do antraz, ou carbúnculo, uma inflamação subcutânea oriunda da ação da toxina antrax; Estas toxinas são o principal fator de virulência, além da capsula bacteriana que protege esta bactéria; A toxina: Composta por duas subunidades A e B, sendo dois polipeptideos A unidas a um polipeptideo B, formando o complexo AB (toxina) BACILOS GRAM POSITIVOS: Bacillus Bactérias Gram Positivas - ENTEROCOCOS Componente: Microbiologia Clínica • Características Gerais: • São bactérias cocos gram-positivas e catalase-negativas que tendem a crescer aos pares e em cadeias; • Anaeróbios facultativos, embora algumas cepas cresçam melhor em condições anaeróbicas; • Oxidase-negativos, o que os torna distinguíveis de Neisseria, considerando a coloração de Gram; • Enterococos crescem em meio caldo tioglicolato. Bactérias Gram Positivas - ENTEROCOCOS • Características Gerais: • Flora normal do trato digestivo. • Sinergia com outras bactérias aeróbias e anaeróbias (E. coli e B. fragilis) favorece a capacidade invasiva. • Elevada resistência a antimicrobianos: Causa importante de infecções hospitalares (UTI, infecções de feridas cirúrgicas). Bactérias Gram Positivas - ENTEROCOCOS Enterococcus faecalis Bactérias Gram Positivas - ENTEROCOCOS MORFOLOGIA E FISIOLOGIA • Arranjo: individuais, pares, cadeias curtas • Catalase negativos 2H2O2 -> O2 + 2 H2O • Nutricionalmente fastidiosos (sangue ou soro) • Fermentadores • Altamente resistentes Enterococcus faecalis As bactérias fastidiosas são seres heterotróficos que necessitam de nutrientes e vitaminas que são específicos para seu desenvolvimento, e não se desenvolvem bem em meios de cultura considerados convencionais. EPIDEMIOLOGIA • Habitat natural: tubo digestivo (intestino grosso: 107 organismos/g fezes) • Infecções Nosocomiais • TRANSMISSÃO: pessoa-pessoa, alimentos contaminados • Fatores de risco: Cateterização intravascular e urinária, longo tempo de hospitalização, uso de antibióticos • Contaminação: cirurgias de grande porte, ferimentos, uso de drogas intravenosas Enterococcus faecalis Uma infecção nosocomial, também chamada “infecção adquirida no hospital” ou “infecção hospitalar”, define-se como: Uma infecção adquirida no hospital por um doente que foi internado por outra razão que não essa infecção. • Enterococcus faecalis: * Detectadas cepas multirresistentes a antimicrobianos de uso comum. Manifestações clínicas: - Endocardites - Infecção de trato digestivo e urinário - Mediastinites: infecção de ferida pós operatória a nível do mediastino* Bactérias Gram Positivas - ENTEROCOCOS *Região torácica dividida em duas partes, limitada lateralmente pelos pulmões, à frente pelo esterno, embaixo pelo diafragma e atrás pela coluna vertebral. Infecções hospitalares Doenças Causadas por E. faecalis • FATORES DE RISCO PARA AQUISIÇÃO DE INFECÇÕES HOSPITALARES Idade; Tempo de hospitalização; Mãos não higienizadas; Internação em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs); Dispositivos invasivos Imunossupressão; Neutropenia; Cirurgias de grande porte; Uso de antimicrobianos / antibioticoterapia. Como vencer a resistência microbiana? PARA VENCER A RESISTÊNCIA MICROBIANA: Adotar estratégias preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS); Educar profissionais de saúde; Aumentar o acesso aos produtos de qualidade (medicamentos essenciais); Firmar parcerias para diagnóstico e tratamento; Criar equipes especializadas. Bactérias Gram Negativas Não Fermentadoras Componente: Microbiologia Clínica • Características Gerais: • São considerados um grupos de bactérias que apresentam características heterogêneas, Gram negativas, aeróbias, não esporuladas e não fermentadoras* de carboidratos; • Podem ser móveis (Pseudomonas, Alcaligenes, Stenotrophomonas) ou imóveis (Acinetobacter, Flavobacterium); • São consideradas em sua maioria oxidase positivas (exceto o gênero Acinetobacter); BGN-NF • Os representantes deste gênero apresentam características peculiares, como: – Oxidase positivos; – Não crescem muito bem em meio MC; – Não fermentam carboidratos em meios TSI ou Kligler; – Apresentam motilidade; – Produzem pioverdina, piocianina (pigmentos verde e azuis); – Tem odor característico de “uva” em meio AS; – Importante clinicamente por desenvolver-se em feridas, pele, orofaringe, ouvido interno. BGN-NF: Pseudomonas • Doenças que causam: – Otite; – Pneumonia comunitária (fibrose cística) e hospitalar; – Endocardite; – Foliculite; – Bacteremia BGN-NF: Pseudomonas • Características deste gênero: – Imóveis; – Oxidase negativo; – Cocobacilos – Cresce bem em meio MC; – Aeróbio estrito; – Catalase positivo; – Vive em solo, água e plantas, mas ocasionalmente em pele, mucosas e secreções; – Resistência elevada à penicilina; – Espécie de maior importância clínica é a A. baumannii – Geralmente associados à ventilação mecânica, cateter, feridas; – Podem causar infecções de pele, pneumonias, bacteremia BGN-NF: Acinetobacter Enterobactérias (Bacilos Gram Negativos FERMENTADORES) FACULDADE ESTÁCIO ENTEROBACTÉRIAS • As Enterobactérias pertencem à família Enterobacteriaceae; • O grupo de bactérias desta Família possui características específicas que determinam esta família, como: – São bactérias Gram negativas e bacilares; – Oxidases negativos; – São fermentadoras de açúcares; – Vivem no trato intestinal humano e de outros animais; – Vivem no solo e em superfícies vegetais; ENTEROBACTÉRIAS – São mesófilas, crescendo entre 35 e 37oC; – Não são formadores de esporos; – Reduzem nitratos em nitritos; – Anaeróbios facultativos; – Muitos são patógenos entéricos, urinários e respiratórios, a exemplo de E. coli, Klebsiella pneumoniae e Salmonella; – A maior parte das espécies desta família fermentam a lactose, sendo estas bactérias chamadas de coliformes totais; ENTEROBACTÉRIAS • As principais bactérias são: – Escherichia coli; – Shigella; – Salmonella; – Klebsiella; – Enterobacter; – Serratia • As principais formas de detecção são os meios de cultura: Kligler/TSI, SIM, MacConkey/EMB, Citrato-Simong, LIA, prova da oxidase, prova da urease e/ou fenilalanina. • Na área clínica é comum o uso de Enterokits e meios seletivos ENTEROBACTÉRIAS • Enfermidades causadas e seus patógenos: – Urinárias: estas infecções são conhecidas como Infecções do Trato Urinário (ITU) que podem ser: • Ascendente: cistites • Descendente: pielonefrites – As principais bactérias são: • Escherichia, Klebisiella, Citrobacter, Enterobacter, Hafnia, Providencia, Morganella e Serratia; – Gastrointestinais: Escherichia coli, Salmonella, Shigella e Yersinia enterocolitica. ENTEROBACTÉRIAS Existem dois grupos de bactérias coliformes: Totais e Termotolerantes. O grupo dos coliformes totais é formado por enterobactérias capazes de fermentar a lactose, com produção de gás a 35°C. subgrupo dos coliformes totais Este grupo é restrito às bactérias capazes de fermentar a lactose a 44,5- 45,5°C com produção de gás. E. coli, Klebsiella pneumoniae, Pantoea agglomerans, Enterobacter cloacae e Citrobacter freundii. A presença de coliformes totais e/ou termotolerantes em alimentos pode indicar falhas na higiene dos processos de fabricação e contaminação pós-processo em alimentos pasteurizados. Na água, contaminação microbiológica, decorrente de falhas de tratamento. ENTEROBACTÉRIAS: coliformes totais • Para o diagnóstico das infecções urinárias são: • Quadro clínico; • Urocultura: ENTEROBACTERIAS: coliformes totais • Para o diagnóstico das infecções urinárias são: • Urocultura: laminocultivo – CLED (verde) e MacConkey (vermelho) Destinado ao cultivo, contagem e identificação parcial de microorganismos causadores de infecções urinárias. A urocultura é feita através da colocação da urina em um meio propício à reprodução de bactérias, chamado meio de cultura ENTEROBACTERIAS: Escherichia coli • São encontradas cinco tipos diferentes de Escherichia coli, de acordo com o tipo de fator de virulência e forma de invasão que causa: – Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC); – Escherichia coli enteropatogênica (EPEC); – Escherichia coli enteroinvasiva (EIEC); – Escherichia coli enterohemorrágica (EHEC); – Escherichia coli enteroagregativa (EAEC); • Todas estas cepas desenvolvem diarreias em humanos e animais quando presentes. • Escherichia coli não patogênica não causa diarreias, convivendo normalmente no trato intestinal; Toxina termolábil LT: O intestino libera água Toxina termoestável ST: O intestino deixa de captar água ENTEROBACTÉRIAS: E. coli EPEC (enteropatogênica) • Perda da microvilosidade intestinal e diminuição da captação de nutrientes: – Febre; – Náusea; – Diarréia; – Vômito Formação de fímbrias para a bactéria interagir com as células intestinais Produção de sinal através do aumento e liberação de Ca+ Formação de envoltórios na célula bacteriana e consequente diminuição de microvilosidades ENTEROBACTERIAS: E. coli EHEC (enterohemorrágica) • Diarreia com sangue sem apresentação de febre; • Infecção acelerada e pouca atividade inflamatória, pois há diminuição do número de leucócitos; • Presença de endotoxina denominada toxina vero, também chamada de Shiga-like (causa destruição dos ribossomos); • Presença da enzima hemolisina, cuja função é hemolisar o sangue. ENTEROBACTERIAS: E. coli • Escherichia coli naturalmente possui fatores de virulência como cápsulas, endotoxinas e exotoxinas, flagelos; • Ela possui capacidade de desenvolver diarreia, naturalmente, mas sua população é controlada pela sistema imune do hospedeiro, sendo assim as cepas encontradas no intestino delgado não provocam, comumente, diarreia. ENTEROBACTERIAS: Shigella • As principais espécies de Shigella são: S. flexneri, S. boydii, S. sonnei, S. dysenteriae; • Principal causa de disenteria e shigelose – Diarreia sanguinolenta – Dor intestinal – Pus • O único portador da bactéria é o homem; • A transmissão ocorre através da contaminação fecal direta ou através de alimentos (mãos sujas); ENTEROBACTERIAS: Salmonella • Causa da doença Salmonelose; • Existem três espécies principais: S. enteritica, S choleraesuis, S. typhi; • Sintomas: – Diarreia sem sangue – Vômito; – Náuseas • S. choleraesuis causa septicemia • Causa de febre tifóide por S. typhi; ESTÁCIO Microbiologia Clínica Micobactérias • As micobactérias derivam seu nome dos ácidos micólicos que elas possuem sobre sua parede celular de peptídeoglicano; • São extremamente importantes na área clínica devido ao grau de infectividade de algumas espécies. – Mycobacterium tuberculosis (Baciclo de Koch – BK) - tuberculose; – Mycobacteium leprae (Bacilo de Hansen – BH) - Hanseníase; – Mycobacterium avium – infecções em indivíduos HIV reagente. Características Gerais das Micobactérias • São consideradas Bacilos Gram positivos pelas reações tintoriais de Gram; • Utiliza-se técnica colorimétrica específica: Coloração de Ziehl- Neelsen; • Sendo coradas de vermelho devido à reação com a fucsina fenicada; • Como são resistentes à descoloração são consideradas como Bacilos Álcool Ácidos Resistentes (BAAR) Características Gerais das Micobactérias • Doença: tuberculose • Doença infecciosa grave, com alta taxa de mortalidade, se não tratada adequadamente (alta infectividade e baixa patogenicidade). • Notificação obrigatória. • Patógeno aeróbio, não móvel e não esporulado; • Sítio infeccioso principal são os pulmões (transmissão aerógina), mas pode acometer outros órgãos como rins, fígado, olhos (carga bacilar). M. tuberculosis (Bacilo de Koch - BK) • Diagnóstico: – Radiografia de tórax (tuberculose pulmonar); – Prova Tuberculínica (PPD); – Cultivo: Uso do meio Lowestein-Jensen (LJ) – crescimento lento (até 28 dias) M. tuberculosis (Bacilo de Koch - BK) • Diagnóstico: – Baciloscopia: – Coloração de Ziehl-Neelsen + contagem baciloscópia – Baixa sensibilidade (teste rápido e de menor custo) M. tuberculosis (Bacilo de Koch - BK) • Diagnóstico: – PCR: – Método molecular – Elevada sensibilidade (teste rápido e de maior custo) • Doença: Hanseníase (lepra) • Doença infecciosa grave, com baixa taxa de mortalidade, apresentando alta infectividade e baixa patogenicidade. • Notificação obrigatória. • Patógeno aeróbio, não móvel e não esporulado; • Sítio infeccioso principal pele e nervos periféricos (vivem dentro de macrófagos e nervos periféricos) M. leprae (Bacilo de Hansen - BH) M. leprae (Bacilo de Hansen - BH) • Diagnóstico clínico: • Presença de manchas M. leprae (Bacilo de Hansen - BH) • Diagnóstico clínico: • Presença de manchas M. leprae (Bacilo de Hansen - BH) • Diagnóstico clínico: – Teste de sensibilidade: M. leprae (Bacilo de Hansen - BH) • Diagnóstico clínico Segundo a OMS (1982): • indicada para o trabalho de campo, baseada nas formas clínicas. • Uso de baciloscopia a partir de esfregaço de linfa, realizada em vários pontos definidos, como lóbulos de orelhas, cotovelos, joelhos e lesões, associada aos critérios clínicos da classificação de Madri (1953); • Define-se em dois grupos: paucibacilares (poucos bacilos) e multibacilares (muitos bacilos); • Indica dois diferentes tipos de tratamento. M. leprae (Bacilo de Hansen - BH) • Diagnóstico laboratorial: – Baciloscopia – Hitopatologia M. leprae (Bacilo de Hansen - BH) • Diagnóstico laboratorial: – Prova de Mitsuda (intradermorreação – prova da lepronina) M. leprae (Bacilo de Hansen - BH) Infecções sexualmente transmissíveis - IST • Dentre os agentes microbianos bacterianos, temos: • Treponema pallidum • Neisseria gonorrheae • Chlamydia trachomatis • As doenças essencialmente transmitidas por contato sexual são: • Sífilis, gonorreia, cancro mole, linfogranuloma venéreo e granuloma inguinal; IST – Corrimentos Genitais • Os corrimentos genitais são causados principalmente por Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis. Mycoplasma ssp, Trichomonas vaginalis e Gardnerella vaginalis: • Neisseria gonorrhoeae • Causa a gonorréia; • São diplococos Gram negativos, com achatamento nas laterais que mais parecem dois feijões unidos IST – Corrimentos Genitais • Não possuem toxinas • Possuem como fator de virulência três proteínas integrais (três porinas) chamadas de PI, PII e PIII • Estas proteínas possuem função de adesão e entrada das bactérias nas células, atravessando os tecidos; • As principais manifestações clínicas são: mulher – infecção do colo uterino, podendo também se manifestar nas trompas ovarianas, útero resultando em Doença Inflamatória Pélvica (DIP), infertilidade, gravidez ectópica, oftalmia em neonatos, e em adultos, dor abdominal e sangramentos Infecções sexualmente transmissíveis - IST • Em homens é mais sintomático, apresentando corrimento uretral, dor e sensação de ardor durante a micção urinária, no reto ocorre corrimento, prurido e dor durante a evacuação; • Diagnóstico Laboratorial: • Coloração de Gram; • Cultura em Meios seletivos (Thayer-Martin e Martin-Lewis) o qual contém (T-M) hemoglobina bovina e VCNT (antibióticos: vancomicina, colistina, nistatina e trimetroprima; • PCR Treponema pallidum • A bactéria T. pallidum tem grande importância clínica pelo desenvolvimento da IST denominada sífilis. • Tem como lesões contagiosas o cancro duro e lesões secundárias (associadas à mucosas e epidermes) dos órgãos sexuais, sendo também transmitidos, em menor porcentagem, por objetos contaminados e por transfusões sanguíneas; • Dividia clinicamente entre sífilis primária (associada ao cancro duro genital, sendo indolor), sífilis secundária (associada à distribuição da bactéria por todo o corpo, desenvolvendo máculas róseas por toda a pele); e sífilis terciária (apresenta-se como nódulos/lesões localizadas nas mucosas e pele, principalmente, mas também em órgãos internos) Treponema pallidum • Diagnóstico Laboratorial: • Provas diretas: Observação em campo escuro (preferencial) ou coloração de Fontana-Trimbodeau (prata); Imunofluorescência direta. • Coleta do fluido da lesão com seringa e gotejamento em lâmina e pressionamento com lamínula; • Provas sorológicas treponêmicas (diagnóstico - EIA) e não treponêmicas (triagem - VDRL). • T. pallidum não é cultivável, portanto, não se coleta amostras bacterianas para cultivo. Gardnerella vaginalis • A G. vaginalis, anteriormente denominada Haemophilus vaginalis e Corynebacterium vaginale, é uma bactéria anaeróbia facultativa, imóvel, observada sob a forma de cocobacilos Gram-variáveis (mas geralmente Gram positiva), geralmente causadoras de vaginoses bacterianas. • São muito comumente encontradas em esfregaços vaginais colonizando a superfícies de células epiteliais do canal vaginal (vaginose) ou do trato urinário (ITU) e também em urinas colhidas por punção suprapúbica em mulheres. Gardnerella vaginalis • Diagnóstico: • Microscopia por Coloração de Gram; • Cultivo em AS, em AC, Ágar Colúmbia (biotina, ácido fólico, niacina e tiamina) ou meio seletivo Ágar CNA (Ágar Colistin Nalidix), que utiliza como base o ágar Columbia, acrescido de sangue de carneiro e antibióticos (antibióticos colistina e ácido nalidíxico). • Reações bioquímicas: catalase (-); oxidase (-); indol (-); β-hemólise (+), urease (-)
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