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CLINICA MÉDICA Prof. Carlos Lucas Damasceno ESTUDO DE CASO Aluno: FÁBIO MARIANO DE F. BATISTA FORTALEZA 2019 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 3 2 REVISÃO DE LITERATURA........................................................................................... 2.1 Conceituando a doença................................................................................................ 2.2 Sinais e Sintomas......................................................................................................... 2.3 Tratamento.................................................................................................................... 2.4 Assistência/Cuidados de Enfermagem......................................................................... 4 4 4 4 5 3 EVOLUÇÃO CLÍNICA..................................................................................................... 6 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................. 7 5 REFERÊNCIAS................................................................................................................ 8 INTRODUÇÃO Este trabalho trata de um estudo de caso na assistência de enfermagem para paciente com diagnóstico de pneumonia. Pneumonia é uma inflamação dos pulmões que afeta sobretudo os alvéolos pulmonares. Os sintomas mais comuns são tosse seca ou produtiva, dor no peito, febre e dificuldade em respirar, com dor aguda durante inspirações profundas. Apresenta uma elevada taxa de morbimortalidade, de 30% a 40%. A sintomatologia geralmente é de instalação aguda com intensidade e frequência variáveis. O objetivo deste trabalho é relatar, por meio de um caso clínico, a importância do diagnóstico e tratamento precoce no caso de pneumonia, devido à gravidade da doença e possibilidade de rápida progressão do quadro clínico. Propor intervenções de enfermagem, visando à prevenção das complicações, assim como promover a recuperação do paciente. Material e método - Estudo descritivo, tipo relato de caso, avaliado e aprovado pelo comitê de ética e pesquisa do Curso Grau Técnico, e sob a orientação do prof. Carlos Lucas Damasceno. Para a fundamentação teórica deste estudo de caso utilizamos o prontuário do paciente, e bibliografia contida na instituição e pesquisa na internet. A paciente F.C.O. foi internada dia 25/04/2019, tem 90 anos, Sexo: Feminino. Justificativa da internação: tosse, dor no peito, febre e dificuldade em respirar. A paciente apresenta-se demente, desorientada no tempo e espaço, acamada há três anos. Não interage nem deambula. O diagnóstico Inicial é de Pnm + influenza. As condições que justificam a internação são riscos de complicações. 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Conceituando a doença O Staphylococcus aureus é um coco gram-positivo, pertencente à microbiota natural do organismo, principalmente da pele, sendo a população adulta, até 50% portadora intermitente de S. aureus em seu vestíbulo nasal; já 10 a 20% têm uma colonização permanente, podendo causar uma grande variedade de infecções, desde a pele até os pulmões (SANTOS et al, 2008). O gênero Staphylococcus engloba 51 espécies e 27 subespécies, mas entre elas o S. aureus se destaca pela virulência e relevância clínica (GELATTI et al. 2009). O microrganismo pode causar uma grande variedade de infecções, desde as leves/moderadas (como as de pele e partes moles, mais superficiais), até aquelas com elevada mortalidade, como infecção de corrente sanguínea e pneumonia3. Considera-se que 11 a 43% dos pacientes colonizados adquirem infecção. 2.2 Sinais e Sintomas A sintomatologia geralmente é de instalação aguda, com intensidade e frequência variáveis. Os sintomas mais comuns são a dispneia e a febre que é mais persistente do que na pneumonia pneumocócica. O Staphylococcus pode também originar abcessos (acumulações de pus) nos pulmões e produzir cistos pulmonares que contêm ar (pneumatocele), que geram os sintomas clássicos como tosse e dor torácica pleurítica acompanhada de leucocitose (SANTOS et al, 2008). A alta mortalidade por sepse grave e choque séptico está intimamente relacionada a inadequação da abordagem do agente infeccioso. 2.3 Tratamento A conduta terapêutica, incluindo a antimicrobiana, vai diferir, substancialmente, de acordo com o local da infecção primária. O controle do foco é pré-requisito para que as defesas do hospedeiro, bem como a antibioticoterapia, tenham sucesso na eliminação do agressor. Vários trabalhos demonstram que a escolha inicial inadequada do esquema antimicrobiano pode levar a aumento significativo da taxa de mortalidade em pacientes sépticos (SALOMÃO, 2011). A escolha da antibioticoterapia deve ser orientada pelo padrão de sensibilidade local e pela presença de fatores de risco para MRSA, tais como pacientes idosos e com co-morbidades, como DPOC, doenças cardiovasculares, etilismo e diabetes mellitus, portadores de insuficiênciarenal crônica em hemodiálise (MARTINEZ, 2003). 2.4 Assistência/Cuidados de Enfermagem Devido ao aumento da morbimortalidade, recomenda-se realizar hemocultura de todos os pacientes com suspeita de sepse grave ou choque séptico, independente do foco infeccioso, antes da administração da terapia antimicrobiana empírica. Deve-se individualizar o esquema terapêutico considerando as alterações farmacodinâmicas dos antibióticos no indivíduo crítico (SALOMÃO, 2011). O tempo ideal de administração dos antibióticos é estabelecido pela necessidade de adequar o tempo para a obtenção de efetividade e evitar o uso excessivo e seus efeitos colaterais. Assim, tempos menores de terapêutica, orientados pela evolução clínica, podem ser seguros no tratamento desses pacientes (SALOMÃO, 2011). As infecções virais são uma causa importante de doença do trato respiratório. O resfriado comum é a síndrome infecciosa mais frequentemente encontrada em seres humanos, e a influenza continua a ser uma causa maior de mortalidade e de importante morbidade ao redor do mundo. Para uma boa orientação farmacêutica e trabalho em equipes multiprofissionais do ambiente hospitalar, é fundamental conhecer os padrões de resistência antimicrobiana, a fim de reduzir ou evitar o uso abusivo de antibióticos, particularmente da vancomicina, reduzindo assim o desenvolvimento de cepas multirresistentes (CRUVINEL, 2011). As recomendações de opção terapêutica empírica devem ser introduzidas logo após o diagnóstico. Porém, após identificação do agente etiológico, a antibioticoterapia deve ser ajustada. 3 EVOLUÇÃO CLÍNICA 25/04/2019 16h00 F.C.O. 90 a, fem. HD: PNM + influenza HAS e DM não relatadas por acompanhante. Demente, desorientada, acamada há 3 anos, não interage, nem deambula Dieta: SNG Eliminações Fiisiológicas: Diurese e evac presentes, usa fraldas; SVD Sonda Vesical de demora; CVP cateter venoso periférico CVC Cateter Venoso Central FC 78 Temp.: 36,2°C, PA: 120 x 70 mg/hg, pulso: 82 bpm, Dx 91 Respiração: processo de desmame de O2 e máscara venturi 50% Sat O2 96% Nutrição: dieta por SNG Acesso Central Clavicular – ACC Pele: Edema Mm Ss; Flebite Feita movimentação de posição – de 2 em 2 horas Medicação Prescrita Hidrocortisona 8/8 h, A Hidrocortisona é um anti-inflamatório; imunossupressor [corticosteroide; glicocorticoide; cortisol; anti-inflamatório esteroide; succinato de Hidrocortisona]. Clindamicina 8/8 h, O fosfato de clindamicina solução injetável é indicado para o tratamento de infecções causadas por variedades susceptíveis de micro-organismos sensíveis à clindamicina: estreptococos e estafilococos. Antak - Ranitidina - Antak injetável está indicado no tratamento de úlceras, esofagite de refluxo e estados hipersecretores patológicos, sempre que for recomendável a administração parenteral, bem como nas seguintes condições nas quaisé necessário reduzir a secreção gástrica e produção de ácido. Cefepima - 8/8 h, A Cefepima é um antibacteriano [cefalosporina de 4ª geração; betalactâmico]. Infecção da pele e dos tecidos moles (não complicada); infecção intra-abdominal (complicada); infecção urinária; pneumonia; neutropenia febril. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo atendeu ao objetivo visto que descreveu o caso de uma paciente diagnosticada com pneumonia + influenza, admitida em atenção terciária, identificando os problemas associados à paciente, estabelecendo os diagnósticos de enfermagem relacionados; e descrevendo a Sistematização da Assistência de Enfermagem do paciente. Diante disso, conseguimos perceber que o raciocínio diagnóstico é fundamental à assistência de Enfermagem científica, permitindo melhor qualidade da atenção à saúde humana através da discriminação de problemas que demandem o cuidado pelo profissional habilitado. A pneumonia geralmente apresenta achados clínicos diversos e curso variando de subagudo a fulminante. Os achados radiológicos como cavitação, derrame pleural, consolidações bilaterais e rápida progressão radiológica das lesões pulmonares são frequentes neste tipo de pneumonia. Ainda, a presença de pneumotórax e pneumatoceles é bastante característica, além de ter grande associação com uma história prévia de infecção por influenza. Diante de um quadro de pneumonia grave e das características apresentadas, deve-se suspeitar rapidamente de etiologias mais raras para início precoce do tratamento empírico e rápido uso dos métodos diagnósticos para a confirmação do diagnóstico e tratamento específico. 5 REFERÊNCIAS BRUNNER & SUDDART. Tratado de Enfermagem Médico Cirúrgico. 1 ed. Vol 1, 1067-1074. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. CRUVINEL, AR et al. Perfil antimicrobiano de staphylococcus aureus isolado de pacientes hospitalizados em UTI no distrito federal. Cenarium Pharmacêutico [Internet]. 2011. GELATTI LC, et al. Staphylococcus aureus resistentes à meticilina: disseminação emergente na comunidade. Na Bras Dermatol. 2009; 84-5); 501-6. MARTINEZ, R. et al. Diagnóstico e tratamento empírico de infecções bacterianas agudas. Simpósio: Urgências e Emergências Infecciosas, Ribeirão Preto. Rev FMRP-USP [Internet]. 2003 [citado em 09 fev 2016]. SALOMÃO, R. et al. Diretrizes para tratamento da sepse grave/choque séptico: abordagem do agente infeccioso – controle do foco infeccioso e tratamento antimicrobiano. Rev Bras Ter Intensiva. 2011; 23(2):145-57. SANTOS, JWA; et al. Pneumologia estafilocócica adquirida na comunidade. J Bras. Pneumol. 2008; 34(9); 683-9. Fábio Mariano de F. Batista 8
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