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PROF. Esp. CLÁUDIO CHINÁGLIA INSTAGRAM: @nutriclaudiochinaglia claudionutri@icloud.com www.claudiochinaglia.com.br BIOQUÍMICA DA NUTRIÇÃO DEFINIÇÕES DE PROTEÍNA ➢ É uma complexa estrutura química que contém carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. ➢ O único nutriente que possui nitrogênio (16%) e em alguns casos o enxofre. ➢ São macromoléculas presentes em TODAS AS CÉLULAS DOS ORGANISMOS VIVOS PROTEÍNAS O organismo humano possui entre 10.000 e 50.000 diferentes tipos de proteína, porém apenas 1.000 possuem funções definidas. Proteínas são macromoléculas formadas essencialmente por AMINOÁCIDOS. CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS Exemplos: albuminas, globulinas, glutelinas, prolaminas, escleroproteínas •SIMPLES: Formadas exclusivamente por aminoácidos e produzem apenas aminoácidos. Prolaminas são um grupo de proteínas de armazenamento vegetais com elevada quantidade de prolina e que se encontram nas sementes de cereais: trigo (gliadina), cevada (hordeína), centeio (secalina), milho (zeína), sorgo (kafrina) e avenina na aveia. Estas proteínas caracterizam-se por terem elevado conteúdo de glutamina e prolina Qualquer tipo de proteína fibrosa (queratina, colágeno, elastina) que integra as estruturas de proteção e sustentação dos tecidos conectivos e do esqueleto. Escleroproteínas Formadas por aminoácidos e outros compostos (grupos prostéticos) Exemplos: ➢ Glicoproteína: mucina, eritropoetina ➢ Lipoproteína: membranas celulares Conjugadas: A mucina é uma família de proteínas fortemente glicosiladas produzidas por tecidos epiteliais A característica-chave da mucina é sua capacidade de formar géis; por isso elas são um componente-chave para a maioria das secreções semelhante ao gel, exercendo funções de lubrificação a sinalização celular para a formação de barreiras químicas LIPOPROTEÍNA LDL LIPOPROTEÍNA VLDL ➢ Nucleoproteínas: núcleo das células ➢ Cromoproteínas: pigmentos como a c l o r o f i l a , r i b o f l a v i n a ( ama re l o ) carotenóides, pigmentos biliares e heme (grupo prostético da hemoglobina e da mioglobina) ➢ Fosfoproteinas: o grupo prostético é o ácido fosfórico, que pode estar sozinho ou ligado por esterificações aos grupos hidroxílicos da proteína. ➢ Metaloproteínas: enzima desidrogenase succínica (contém ferro), ferritina. Quanto à forma: • FIBROSAS: queratina, fibrina, miosina, colágeno. • GLOBULARES: caseína do leite, albumina do ovo, globulinas das sementes. Fibrosas: constituídas por cadeias polipeptídicas dispostas paralelamente ao longo de um único eixo, formando longas fibras ou lâminas; são os elementos estruturais básicos do tecido conjuntivo, como o colágeno dos tendões e da matriz óssea, bem como a queratina dos cabelos e a elastina, sendo insolúveis em água e soluções salinas Globulares: formadas por cadeias polipeptídicas que se dobram firmemente, adquirindo formas esféricas ou globulares compactas; a maioria é solúvel em sistemas aquosos; geralmente têm uma função dinâmica na célula; são exemplos a maioria das enzimas, anticorpos, hormônios, albumina sérica e a hemoglobina. . , . , Globulares Fibrosas • Proteínas abundantes no corpo humano; • Colágeno encontrado na pele, tecido conjuntivo, córnea, paredes dos vasos capilares • Queratina encontrada na pele e cabelos COLÁGENO E QUERATINA FONTES DE PROTEÍNAS • 1 copo de leite (200ml) = 8 gramas • 1 filé de peito de frango (80g) = 20 gramas • 1 fatia de pão = 3 gramas • ½ xícara de vegetais = 2 gramas • ½ xícara de feijão = 7 gramas • 100g de lagosta = 22 gramas • 100g de soja = 38 gramas Fontes Valor Biológico Ovos 100 Carne Bovina 100 Peixes 87 Leite de vaca 85 Leite materno 100 Soja 67 Batata 67 Pão Integral 30 VALOR BIOLÓGICO DAS PROTEÍNAS Medido em escala arbitrária considerando a albumina do ovo com escore 100 PROTEÍNAS Estruturais Motoras Hormonais Enzimas Transporte Anticorpos Nucleoproteínas Reserva de Membrana FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS ✓ Função estrutural: formam os componentes vitais de cada célula, como as proteínas do músculo contrátil como actina e miosina; ✓ Função de transporte: transportam várias substâncias: hemoglobina, a lbumina do soro, miog lobina, lipoproteínas; ✓ Função de enzima: para REGULAR processos fisiológicos diferentes: ribonuclease, tripsina, lipase, amilase; ✓ Função de movimento: fornece movimento quando as proteínas estruturais do músculo usam energia para contração. ✓Função hormonal: insulina, GH, corticotrofina, serotonina; ✓Função imunológica: anticorpos, fibrinogênio, toxina botulínica; ✓Função de equilíbrio de líquido: manutenção ideal de líquidos nos tecidos corporais, em especial no sangue: albumina; ✓Função energética: cada grama de proteína corresponde ao fornecimento de 4Kcal; DIGESTÃO DE PROTEÍNAS Locais: • estômago • intestino Síntese das enzimas: • estômago • pâncreas TRIPSINOGÊNIO QUIMIOTRIPSINOGÊNIO PROCARBOXIPEPTIDASE QUIMIOTRIPSINA CARBOXIPEPTIDASE TRIPSINA Digestão de proteínas Intestino Delgado Superior Células endócrinas Colecistoquinina CCK Secretina Secreção das enzimas pancreáticas Secreção do bicarbonato Secreção da Enteropeptidase ↓ motilidade estomacal ABSORÇÃO Ocorre no enterócito [epitélio intestinal]; Transporte ativo acoplado ao transporte de sódio; Tripeptídeos, dipeptídeos e aminoácidos livres são absorvidos, e os aminoácidos serão levados ao fígado através da veia hepatoportal. A velocidade de transporte de AA de uma solução de di ou tripeptídeos é mais rápida e mais eficiente do que a de uma solução equivalente de AA livres. Assim, a quantidade total de cada AA que é absorvido sob a forma de di e tripeptídeos, é consideravelmente maior que a quantidade absorvida sob a forma de AA livre; Em quantidades equivalentes de di e tripeptídeos e misturas de AA livres, os di e tripeptídeos apresentam velocidade de absorção mais rápida (10 vezes maior) SISTEMA HEPATOPORTAL DESTINO DOS Aa QUANDO ALCANÇAM O FÍGADO: – Utilizados para síntese das proteínas do próprio organismo e de outras substâncias de natureza protéica; – Aproveitados na síntese de outros aminoácidos; – Conversão para glicose (Aa glicogênicos); – Conversão para gorduras (Aa cetogênicos) DESTINO DOS Aa QUANDO ALCANÇAM O FÍGADO: Desaminados (separados do grupamento NH2) a fim de: ➢ Fornecer radicais necessários à síntese dos aminoácidos não essenciais; ➢ Sintetizar glicogênio (glicogênese) ➢ Produção energética; ➢ Podem ser armazenados do fígado (parcela pequena) Proteínas endógenas AMINOÁCIDOS Grupo Amino Cadeia Carbonada Uréia Compostos nitrogenados não-protéicos Proteínas da dieta AMINOÁCIDOS LIGAÇÕES PEPTÍDICAS 1. Fenilalanina1. Fenilalanina 2. Triptofano2. Triptofano 3. Valina3. Valina 4. Leucina4. Leucina 5. Isoleucina5. Isoleucina 6. Metionina6. Metionina 7. Treonina7. Treonina 8. Lisina8. Lisina 1. Glicina1. Glicina 2. Prolina2. Prolina 3. Tirosina3. Tirosina 4. Serina4. Serina 5. Ciste5. Cisteíínana 6. Taurina6. Taurina 7. Arginina7. Arginina 8. Histidina8. Histidina 9. Glutamina9. Glutamina 1. Alanina1. Alanina 2. Glutamato2. Glutamato 3. Aspartato3. Aspartato 4. Asparagina4. Asparagina INDISPENSAVEIS Condicionalmente INDISPENSAVEIS NÃO INDISPENSAVEIS 1. Fenilalanina1. Fenilalanina 2. Triptofano2. Triptofano 3. Valina3. Valina 4. Leucina4. Leucina 5. Isoleucina5. Isoleucina 6. Metionina6. Metionina 7. Treonina7. Treonina 8. Lisina8. Lisina 1. Glicina1. Glicina 2. Prolina2. Prolina 3. Tirosina3. Tirosina 4. Serina4. Serina 5. Ciste5. Cisteíínana 6. Taurina6. Taurina 7. Arginina7. Arginina 8. Histidina8. Histidina 9. Glutamina9. Glutamina 1. Alanina1. Alanina 2. Glutamato2. Glutamato 3. Aspartato3. Aspartato 4. Asparagina4. AsparaginaINDISPENSAVEIS Condicionalmente INDISPENSAVEIS NÃO INDISPENSAVEIS AMINOÁCIDOS NÃO ESSENCIAIS BIOSSÍNTESE DOS AMINOÁCIDOS NÃO ESSENCIAIS ALANINA ASPARTATO ASPARAGINA GLUTAMATO CONDICIONALMENTE ESSENCIAIS GLY PRO TYR SER CYS TAU ARG HIS GLN ARGININA GLUTAMINA AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA AMINOÁCIDOS DE CADEIA RAMIFICADA VALINA, ISOLEUCINA OU LEUCINA VALINA, ISOLEUCINA OU LEUCINA GLUTAMINA ALFACETOGLUTARATO CICLO DE KREBS AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS AMINOÁCIDOS NÃO PROTEOGÊNICOS -- BETA-ALANINA -- CITRULINA - - ORNITINA BETA ALANINA SELENOCISTEÍNA ORNITINA PIROLINA 5 CARBOXILATO TAURINA CISTEÍNA METIONINA HOMOCISTEÍNA FUNÇÃO ANTIOXIDANTE DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA NERVOSO E VISUAL MODULA A HOMEOSTASE DO CÁLCIO, COM AÇÃO NO MÚSCULO FAVORECENDO A CONTRAÇÃO TAURINA TAURINA HOMOCISTEÍNA VIT B12 METIONINA TETRA HIDRO FOLATO 5 METIL TH FOLATO FOLATO DA DIETA CISTEÍNA VIT B6 VIT B6 5,10 METIL TH FOLATO QUANTIDADE DE AMINOÁCIDOS NO PLASMA E NO MUSCULO ISO VAL ISO VAL MÚSCULO LEU AMINOÁCIDOS GLICOGÊNICOS E CETOGÊNICOS REAÇÕES QUE ENVOLVEM AMINOÁCIDOS REAÇÕES DE DESCARBOXILAÇÃO TRIPTOFANO VITAMINA B6 PROTEÍNAS DA DIETA SEROTONINA SUPLEMENTAÇÃO DE 5-HTP E DEPRESSÃO VITAMINA B6 VITAMINA B6 VITAMINA C COBRE PROTEÍNAS DA DIETA VITAMINA B6 CÉREBRO SANGUE TRIPTOFANO TIROSINA GLUTAMINA COMPOSTO NITROGENADO AMINOÁCIDOS ENVOLVIDOS GLUTATIONA CISTEÍNA, GLICINA E GLUTAMATO CARNITINA LISINA E METIONINA CREATINA ARGININA, GLICINA E METIONINA CARNOSINA HISTIDINA E BETA ALANINA COLINA SERINA CARNITINA LISINA CARNITINA S-ADENOSIL- METIONINA CARNITINA CREATINA CREATINA GLUTATIONA PEROXIDASE COLINA SERINA GLICINA COLINA COLINA COLINA METABOLISMO DA COLINA COLINA BETAÍNA COLINA ASPARTATO GLUTAMINA DESOXIRIBOSE OXIDAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS OXIDAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS O C NH2H2N Uréia COO- C H R +H3N aminoácidos COO- C R O α-cetoácidos CO2 + H2O glicose Corpos cetônicos NH4 + amônia AMINOTRANSFERASES (vários tecidos) VITAMINA B6 α-cetoglutarato + aspartato→ glutamato + oxaloacetato AST: aspartato aminotransferase TGO VITAMINA B6 ALFA CETOGLUTARATO AMINOÁCIDO GLUTAMATO ALFA CETOÁCIDO α-cetoglutarato + alanina→ glutamato + piruvato ALT: alanina aminotransferase VITAMINA B6 TGP VITAMINA B6 ALFA CETOGLUTARATO AMINOÁCIDO GLUTAMATO ALFA CETOÁCIDO DESAMINAÇÃO O glutamato é transportado à mitocôndria hepática, onde a glutamato-desidrogenase libera o grupo amino na forma de íon amônio (NH4+) O glutamato libera seu grupo amino na forma de amônia no fígado Os grupos amino de muitos aminoácidos são coletados, no fígado, na forma do grupo amino de moléculas de L-glutamato. Esses grupos amino devem ser removidos do glutamato e preparados para excreção. Nos hepatócitos, o glutamato é transportado do citosol para a mitocôndria, onde sofre desaminação oxidativa ALFA CETOGLUTARATO TRANSAMINAÇÃO E DESAMINAÇÃO ENTRARÁ NO CICLO DA URÉIA ENTRARÁ NO CICLO DA URÉIA CICLO DA ALANINA GLICOSE A alanina transporta a amônia dos músculos esqueléticos para o fígado A alanina também desempenha um papel especial no transporte dos grupos amino para o fígado em uma forma não tóxica, por meio de uma via denominada ciclo da glicose- alanina A alanina funciona como transportadora de amônia e do esqueleto de carbono do piruvato do músculo esquelético até o fígado. A amônia é excretada, e o piruvato é utilizado para produzir glicose, que é devolvida ao músculo. Os danos causados pela toxicidade da amônia incluem perda de neurônios, alteração na formação de sinapses e deficiência geral no metabolismo energético celular. Os estágios finais da intoxicação por amônia em humanos são caracterizados por indução de um estado de coma, acompanhado por edema cerebral (aumento no conteúdo de água do cérebro) e aumento da pressão intracraniana, de modo que pesquisas e especulações em torno da intoxicação por amônia têm sido focalizadas nesse tecido. CICLO DA URÉIA O carbono tem origem no gás carbônico 1 N veio do grupo amina liberado pela desaminação 1 N veio do grupo amina liberado pelo aspartato liberado na transaminação ARGININA CITRULINA ORNITINA LEMBRAM DESSES AMINOÁCIDOS? + INÍCIO VAMOS VER EM ETAPAS ? Qualquer que seja sua fonte, o NH4+ presente na mitocôndria hepática é utilizado imediatamente, juntamente com o CO2 (como HCO3) produzido pela respiração mitocondrial, para formar carbamoil-fosfato NH4 URÉIA CICLO DA URÉIA CITRULINA ORNITINA CITRULINA ASPARTATO ARGININA FUMARATO ARGININO-SUCCINATO OXALOACETATO NH4 O carbono tem origem no gás carbônico 1 N veio do grupo amina liberado pela desaminação 1 N veio do grupo amina liberado pelo aspartato liberado na transaminação NH4 E A BICICLETA DE KREBS ? MATRIZ MITOCONDRIAL
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