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Curso de Estudos Avançados para Graduados INTRODUÇÃO A GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL VOLUME ÚNICO COMUM CEAG IMPRESSO NA GRÁFICA DA EEAR MINISTÉRIO DA DEFESA COMANDO DA AERONÁUTICA ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA INTRODUÇÃO A GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL VOLUME ÚNICO Apostila da Disciplina Introdução a Gestão do Conhecimento Organizacional do Curso de Estudos Avançados para Graduados – CEAG Edições(es): 1a Edição: TEN ANA ELISA – 2019 2a Edição: TEN ANA ELISA – 2020 Revisor(es) Pedagógico(s): TEN PED FREDERICO – 2020 Revisor(es) de Diagramação: SO BFT DINIZ – 2020 SO BET MENDES JR – 2020 GUARATINGUETÁ - SP 2020 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO........................................................................................................................1 CAPÍTULO 1 - DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO..........................................3 TÓPICO 1.1 - RELAÇÃO ENTRE DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO........3 CAPÍTULO 2 - GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL.........................11 TÓPICO 2.1 - O SETOR PÚBLICO E A GESTÃO DO CONHECIMENTO.....................11 TÓPICO 2.2 - ESPIRAL DO CONHECIMENTO..................................................................15 TÓPICO 2.3 - MODELOS E GESTÃO DE CONHECIMENTO..........................................17 TÓPICO 2.4 - GESTÃO DE PESSOAS ALINHADAS À CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO.....................................................................................................................26 TÓPICO 2.5 - GESTÃO DO CONHECIMENTO E AS “CINCO DISCIPLINAS”............30 TÓPICO 2.6 - “FALSA DICOTOMIAS”.................................................................................33 CAPÍTULO 3 - COMPETÊNCIAS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO........................37 TÓPICO 3.1 - O QUE SÃO COMPETÊNCIAS......................................................................37 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................47 REFERÊNCIAS...........................................................................................................................49 EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 11 / / 5656 APRESENTAÇÃO Prezado Aluno(a), parabéns por sua matrícula neste Curso de Estudos Avançados para Graduados. Trata-se de um grande momento em sua carreira. Possivelmente, você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados nesta apostila, entretanto, o que se pretende é sistematizar este conhecimento de forma a capacitá-lo para exercer as atribuições de um graduado em sua posição hierárquica, em que serão exigidos conhecimentos e habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas por militares mais modernos. Abordaremos no primeiro capítulo os conceitos de dado, informação e conhecimento, além disso será apresentada uma relação entre sociedade da informação e do conhecimento e a situação do setor público na sociedade do conhecimento. No segundo capítulo faremos um panorama sobre a gestão do conhecimento organizacional, abordando diversos aspectos. Para concluir faremos a relação entre competências e gestão do conhecimento, ampliando nosso conhecimento a respeito desse tema tão interessante. Parabéns novamente e votos de sucesso em seus estudos! AD ASTRA ET ULTRA! DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 33 / / 5656 CAPÍTULO 1 - DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO Olá! Ao longo da leitura você observará algumas estratégias das quais utilizamos para facilitar a sua compreensão. Queremos que nosso contato seja proveitoso, agradável e que essa fase da sua vida seja lembrada pelo sucesso alcançado por meio de seu esforço e dedicação. Passaremos algumas horas juntos e a todo momento dialogaremos sobre assuntos os quais você convive diariamente. É importante destacar que você será o “ator” nesta construção da própria aprendizagem, leia e responda todos os questionamentos, respeite os marcadores, pois a metodologia utilizada na confecção do material busca minimizar dúvidas, produzir reflexões e desenvolver a sua aprendizagem e habilidades necessárias. Compreender, interpretar, analisar e avaliar são pontos importantes para a sua aprendizagem. Esperamos que nossa convivência contribua ainda mais para seu aperfeiçoamento e habilidades necessárias para seu sucesso profissional. TÓPICO 1.1 - RELAÇÃO ENTRE DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO Para compreender a gestão do conhecimento é necessário descrever os conceitos de dado, informação e conhecimento. Dado é um conjunto de fatos distintos e objetos, representando um acontecimento ou conceito. Para as organizações dado é o registro estruturado de transações. Não é dotado de relevância e significado, mas é a matéria-prima para a criação da informação. Informação é o dado dotado de relevância e propósito, também pode ser considerada um dado tratado e estruturado, nela existe um emitente e um receptor, gerando assim o fluxo de mensagens. Já o conhecimento é a capacidade que o processamento da informação adicionado ao repertório de cada indivíduo nos dá de agir e prever o resultado dessa ação, ou seja, a exposição a novas informações modifica o nosso comportamento e relacionamento com o ambiente externo. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 44 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR Dessa forma, conclui-se que o dado é transformado em informação que após interpretação se transforma em conhecimento. Além disso, o conhecimento tem natureza subjetiva, pois é inerente aos indivíduos e às organizações, enquanto o dado e a informação tem natureza objetiva e por isso são inerentes a qualquer tipo de objeto. Assim, entende-se que gestão do conhecimento é a capacidade da organização de gerar valor através de seus bens intangíveis e assim se tornar mais competitiva, ou seja, é um processo que envolve gerar, coletar, assimilar e aproveitar o conhecimento, de modo a gerar uma empresa mais inteligente e competitiva. Esse enfoque valoriza o compartilhamento, fundamental para a informação ser assimilada como conhecimento. A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO O desenvolvimento e a expansão acelerada da capacidade de processamento dos computadores e das comunicações impactam na sociedade, na economia, na política, nos processos produtivos, nas relações de trabalho, no meio acadêmico, na cultura e no modo como a administração pública é vista pela população em geral. O desenvolvimento das telecomunicações e da informática tem provocado reflexos em todos os tipos de organizações e, consequentemente, na maneira de produção de bens e serviços, isso ocorre devido à globalização, à mudança das preferências do consumidor, que se tornaram mais exigentes, o ciclo de vida dos produtos, que é mais curto e à inexistência de limites de tempo e distância. Assim, a inovação torna-se uma atividade permanente dentro das organizações, desenvolvida por todos os seus funcionários. A inovação de produto, processo e serviço está relacionada à informação e ao conhecimento. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF FIGURA 1 FONTE: PRÓPRIO AUTOR EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 55 / / 5656 A revolução digital, ao mesmo tempo que cria novas oportunidades de inovação e crescimento, também gera instabilidades ao provocar fenômenos emudanças em diversos aspectos da organização social. Entre as oportunidades, podem ser destacadas: a disseminação instantânea de informações, as possibilidades do ensino a distância, as mudanças de emprego que passam do especializado para o multidisciplinar. Entre os fenômenos, destacam-se: a “economia digital”, a globalização da economia, as crises financeiras interdependentes, o aumento da exclusão dos países em desenvolvimento, a migração de fábricas, a intensiva cobrança de qualidade dos serviços públicos pela sociedade, entre outras. No que diz respeito aos empregos, a tendência está na criação de “postos de trabalho” com exigência de maior nível de competência, de capacidade de pensar criticamente, de planejar estrategicamente e de contínua adaptação. As áreas de informação, informática e telecomunicações, até meados dos anos 80, desenvolviam-se de forma isolada, distinta e independente. Entretanto, o desenvolvimento tecnológico e a evolução dos mercados provocaram uma convergência de atividades, interesses e potencialidades, originando o que se convencionou chamar de Setor de Informação. Esse setor passou a ser extremamente valorizado diante da alta demanda por informação e conhecimento, elementos de vantagem competitiva nas organizações e países. Na medida em que surge uma indústria local de informação (equipamentos, serviços, conteúdo) e consequente aumento da oferta de seus produtos e serviços especializados em nível interno e externo, em uma determinada sociedade, pode-se caracterizá-la como sociedade da informação. A sociedade da informação está focada no objeto informação como um produto ou insumo em si, já a sociedade do conhecimento deve estar focada na utilização da informação pelo indivíduo como processo. Nesse caso, portanto, a informação funcionará como agente mediador da produção do conhecimento. Nessa sociedade, as pessoas passam a desempenhar um papel-chave na medida em que os produtos e os insumos mais importantes deixam de ser meramente tangíveis, passando a ser intangíveis e extremamente dependentes da atuação do ser humano. Isso fica evidente quando se observa um rápido deslocamento da indústria para os serviços, para o conhecimento. Em uma organização moderna, o conhecimento deve estar comprometido com uma atividade-fim, ou seja, voltado a fazer algo. Além disso, essas organizações têm como principal função tornar os conhecimentos produtivos, aumentando a sua capacidade de gerar resultados. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 66 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR Existem diversos elementos que caracterizam as organizações predispostas a implementar uma administração intensiva do conhecimento entre eles a dispersão geográfica; o alto nível de turbulência na força de trabalho; cultura de autonomia, responsabilidade, excelência; indústria competitiva; consciência de que o produto é composto, em grande parte, por conhecimento. Em maior ou menor intensidade, esses elementos estão atualmente presentes na maioria dos ambientes das organizações, o que aponta para a necessidade de adequação dos modelos de gestão de pessoas, bens e serviços. As “organizações do conhecimento” geralmente estão no setor de serviços e vendem conhecimento, informação e outros serviços, além disso, possuem algumas características em comum: os funcionários são profissionais altamente qualificados e com elevado nível de escolaridade; apresentam poucos ativos tangíveis; utilizam-se do ambiente interno e externo para aumentar suas bases de conhecimento. Essas características indicam a importância da educação e das relações sociais na nova sociedade, considerando-se que os ambientes de criação do conhecimento exigem muito mais do que tecnologia, pessoas em permanente diálogo. A criação do conhecimento no ambiente organizacional dependerá cada vez mais de um processo gerencial diferente daqueles utilizados até o presente. As diversas organizações (empresas, universidades, hospitais, órgãos públicos e entre outras), considerando suas particularidades, estão em diferentes níveis de evolução dentro da transição para uma sociedade do conhecimento. O nível de utilização da informação e do conhecimento pelas organizações encontra-se em diferentes estágios de aplicação, isso se dá pois uma parcela significativa ainda se encontra no paradigma da sociedade industrial e terá de incorporar gradualmente conceitos, posturas, produtos, processos e atividades que lhes permitam gerenciar, desenvolver, aumentar e utilizar o seu estoque de conhecimentos, mesmo continuando a produzir bens tangíveis. Para que o conjunto das informações e do conhecimento seja o mais efetivo possível, é importante a preocupação, cada vez maior, com a sistematização e implantação da gestão do conhecimento da organização (do que ela possui) e na organização (processos desde a implantação até a manutenção). DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 77 / / 5656 Após as reflexões mencionadas e a leitura acima, você saberia relacionar a sociedade da informação e do conhecimento com o cotidiano de seu trabalho? O SETOR PÚBLICO NA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO A administração pública, devido às transformações sociais que atingem todos os setores, deverá se adaptar criando um novo perfil no setor público, voltado à busca de resultados eficazes e à satisfação dos seus usuários, para isso deve estar envolvida com modernas práticas de gestão que a distanciam, cada vez mais do antigo modelo burocrático. Essas transformações atingem também seus usuários que estão exigindo serviços de qualidade e também que esses serviços sejam executados com agilidade, por estarem conscientes de seus direitos. No passado o modelo burocrático cumpriu seu papel, mas com o passar do tempo tornou- se obsoleto por seu caráter excessivamente formalista e rígido, hierarquizado e pouco comprometido com resultados. A administração pública deve se conscientizar da importância de aderir a um novo desafio: orientar suas ações estratégicas de forma a potencializar o conhecimento organizacional, essa atitude deve ser tomada fundamentando-se nos valores da nova economia na qual se reconhece o conhecimento como o recurso de maior valor estratégico. De modo geral, esse tema tem sido pouco discutido dentro das organizações públicas, com exceção de algumas experiências pioneiras que vêm sendo realizadas. Além disso, são raras as pesquisas científicas na área, tornando-se necessário um trabalho específico à administração pública. São necessárias mudanças em relação à postura dos profissionais do serviço público, estes devem estar comprometidos com a administração do órgão em que atua e buscar melhores resultados em seu trabalho, para isso, é necessário um contínuo aperfeiçoamento. Além disso, ele não pode estar bloqueado à estrutura organizacional. Ao contrário, dispondo-se a participar de novas equipes dentro do ambiente de trabalho, ele terá a oportunidade de novos aprendizados e também de compartilhar seu conhecimento. Em contrapartida, a administração pública precisa de uma política de incentivo ao estudo e de valorização de seus funcionários. O processo de mudanças na administração pública tem como barreira todos aqueles princípios e formas de trabalho que se perpetuaram sem levar em conta as mudanças pelo qual passa a sociedade. Essas mudanças levam a organização a repensar, predominantemente, as atitudes e estratégias do passado que cegaram as pessoas para as novas oportunidades. Adiferença entre as DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 88 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR organizações que trilharão com sucesso este processo e aquelas que não obterão êxito é o conhecimento, por meio do qual se pode encontrar a ferramenta estratégica para enfrentar esse ambiente de turbulência. O fenômeno da globalização e do relacionamento entre países e entre as organizações traz consigo novas posturas quanto à competitividade entre elas. O desafio das administrações, tanto públicas quanto privadas, passa a ser o aumento da competitividade. Essas organizações passam por pressões ao ter que passar a utilizar-se do conhecimento como ferramenta imprescindível. O resultado final que se espera do setor público, relacionado com a melhoria do seu aparato administrativo, extrapola as teorias e os procedimentos metodológicos para assumir as características de relações de negócio. A nova postura esperada do setor público está pautada na imparcialidade, transparência, flexibilidade, valorização dos colaboradores e funcionamento adequado de seu sistema de informações, distanciando-se assim da morosidade observada antigamente. A organização pública sofre crise de eficácia e legitimidade, que está ligada à sua incapacidade de atender às demandas dos cidadãos. Para ser inserido na sociedade do conhecimento os procedimentos adotados para o planejamento no setor público devem dar maior ênfase ao aprendizado organizacional e ao aperfeiçoamento das capacidades de gerenciamento governamental. A eficácia e a eficiência no setor público devem ser traduzidas como melhorias no atendimento à população. Devem ser repensados os modelos gerenciais do setor público, inserindo-se a temática da agregação de valor aos serviços ofertados aos cidadãos. Nesse sentido, o perfil do profissional capaz de assumir as responsabilidades das mudanças no setor público deve espelhar em suas competências a habilidade de gerenciar de forma transparente, orgânica e sistêmica. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 99 / / 5656 Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. Está na hora de resumir! A partir de suas anotações, reconstrua com suas palavras todo o estudo em um ou dois parágrafos, ou se referir, elabore um mapa mental ou um infográfico sobre o texto. Exercícios para Aprendizagem do Capítulo. Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo? Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você resolva as questões abaixo. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 1010 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR 1. O que é dado, informação e conhecimento? 2. Quais são as principais características da sociedade da informação? E da sociedade do conhecimento? 3. Quais as principais mudanças que a Administração Pública necessita fazer para se adequar a sociedade do conhecimento? DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 1111 / / 5656 CAPÍTULO 2 - GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL TÓPICO 2.1 - O SETOR PÚBLICO E A GESTÃO DO CONHECIMENTO Tudo bem até aqui? Tenho certeza de que você saiu inteiro desse nosso primeiro voo sobre este tema tão apaixonante! Como já definido no capítulo 1, gestão do conhecimento é a capacidade da organização de gerar valor através de seus bens intangíveis e assim se tornar mais competitiva, ou seja, é um processo que envolve gerar, coletar, assimilar e aproveitar o conhecimento, de modo a gerar uma empresa mais inteligente e competitiva. Esse enfoque valoriza o compartilhamento, fundamental para a informação ser assimilada como conhecimento. Os elementos básicos para a gestão do conhecimento são: a informação, o processamento da informação (através da tecnologia), a comunicação e a presença do ser humano. Por isso, essa gestão também tem sido considerada parte da estratégia organizacional, pois o conhecimento gerado e armazenado é matéria-prima para a sua sobrevivência. O gestor, dentre as suas atribuições, precisa equilibrar seu desempenho em diversos papéis que podem ser classificados como os interpessoais, papéis de decisão e informação, cabendo a este último a responsabilidade por monitorar, disseminar e servir como porta-voz para transportar para fora da empresa a informação ou o conhecimento julgados pertinentes e importantes. A finalidade da gestão do conhecimento é melhorar o desempenho das organizações, sejam elas públicas, privadas, países ou indivíduos. Para as organizações privadas, por exemplo, isso significa melhorar a qualidade de produtos e serviços, aumentar a satisfação dos clientes, inovar, elevar a produtividade e, consequentemente, ampliar a rentabilidade e o desempenho em relação à concorrência. No entanto, na sociedade democrática, a gestão do conhecimento tem um objetivo mais amplo na administração pública. As organizações públicas além de aumentar a efetividade de suas ações perante a sociedade, com o mínimo de recursos, devem gerir o conhecimento para: DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 1212 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR ➢ alcançar a maneira mais adequada para responder aos desafios; ➢ proporcionar que atores sociais (cidadãos, organizações não-governamentais e outros) atuem como parceiros do Estado na elaboração e implementação de políticas públicas; ➢ apoiar para que a população seja inserida socialmente, reduzindo as desigualdades e melhorando a qualidade de vida por meio de construção, manutenção e ampliação do capital social e do capital intelectual das organizações; ➢ possibilitar a educação dos cidadãos para que eles se tornem trabalhadores competentes do conhecimento, mediante o desenvolvimento das organizações em todas as áreas do conhecimento. PANORAMA Nas organizações modernas, o conhecimento passou a ser o recurso de maior relevância. O ambiente contemporâneo exige organizações altamente flexíveis e adaptáveis que estejam aptas a responder aos desafios do cotidiano. A transição do ambiente econômico requer organizações que ofereçam serviços de qualidade, caso contrário, essas estão propensas a fracassar devido à competitividade. O avanço do interesse em torno do assunto nos meios organizacionais sinaliza a progressiva convicção de que entender o conhecimento é fundamental para o sucesso e sobrevivência das organizações. Isso também tem reflexo na administração pública que sofre o impacto e efeitos dessa nova realidade e faz com que as práticas,os processos e as formas de resolver os problemas sejam repensadas. Observa-se que as organizações da esfera privada despertaram inicialmente para o tema motivadas pelo desejo de sucesso em seus negócios. Desta forma, enfrentam o desafio de implementar e desenvolver estratégias organizacionais. Além disso, o que se observa é que a maioria dos trabalhos científicos, artigos e livros relacionados ao tema são destinados à realidade privada. No que se refere à Administração Pública existem poucas publicações, são raros os casos práticos de implantação e desenvolvimento de um modelo de gestão voltado ao conhecimento na esfera pública direta, não existe referência à Gestão do Conhecimento, sendo necessária uma pesquisa dentro deste cenário para investigar com maior precisão em que estágio essas organizações estão. Nessa visão integrada entre o conhecimento e a administração pública, inserem-se práticas distintas e interligadas dentro de um modelo de gestão, cujo objetivo é melhorar o DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 1313 / / 5656 desempenho organizacional, por meio da retenção, disseminação, compartilhamento e criação de novos conhecimentos. A falta de um modelo provoca a perda do conhecimento na administração pública, que é um dos principais problemas que vêm sendo enfrentados no seu dia-a-dia. Se for considerado que o conhecimento, na atual economia, é o recurso de maior valor estratégico, a perda de informações e conhecimento gera prejuízos imensuráveis. Para minimizar essa perda, algumas tentativas isoladas foram realizadas. Porém, os resultados obtidos apontam que tais tentativas não foram suficientes, limitando-se apenas ao investimento em TI, assim conclui-se que a implantação de Gestão do Conhecimento no espaço público necessita ser realizada de forma mais concreta, consistente para que seja duradoura. Porém, observa-se que resolver a falta de fluxo de informações e conhecimentos nas organizações públicas, investindo apenas em Tecnologia de Informação, é reduzir o problema a um dos seus fatores. Para uma melhor compreensão do contexto, é necessário ter uma visão mais ampla, abrangendo as peculiaridades e características desse tipo de organização. Os seguintes problemas são destacados na administração pública: ➢ linhas rígidas de demarcação entre departamentos, funções e níveis de gestão, que acabam gerando conhecimento compartimentado; ➢ dificuldade de compartilhamento voluntário entre funcionários e departamentos; ➢ utilização do conhecimento como fonte de poder; ➢ falta de reconhecimento daqueles que disseminam o conhecimento. Esses problemas colocam em risco a qualidade dos serviços prestados na administração pública, para que isso não ocorra é necessário o acompanhamento das transformações tecnológicas que veem ocorrendo, bem como adotar estratégias gerenciais mais adequadas com os novos valores. O desafio é repensar a organização pública orientando-a para o conhecimento, adotando novos modelos de gestão e reformulando-a como um todo. Assim, faz-se necessária a existência, na estrutura funcional ou informal, de um grupo de trabalho dedicado à incorporação e à disseminação de novas tecnologias na organização e à sua transformação em conhecimento aplicado. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 1414 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR Como você vê a gestão do conhecimento sendo feita em sua organização militar? Percebe como nosso estudo amplia nossa visão a respeito de assuntos tão interessantes? Vamos seguir em frente! AS DIFERENÇAS DO SETOR PÚBLICO As organizações públicas apresentam características particulares que as diferem das organizações do setor privado. Enquanto o setor privado visa os lucros, o setor público visa fazer o bem comum, por isso, pode-se dizer que trabalham com valores morais absolutos, realizam serviços que beneficiarão a comunidade, fornecendo-lhes segurança, proteção ambiental, estradas, represas, suprimento de água potável, entre outros. É a forma de resolver o problema coletivo da sociedade. Existem outras diferenças a serem consideradas: as empresas recebem dos clientes a maior parte de seus recursos, os setores públicos são custeados pelos contribuintes; as empresas normalmente trabalham em regime de competição, a administração pública usa habitualmente o sistema de monopólio. Em razão dessas diferenças, conclui-se que não é possível administrar um órgão público como quem administra uma empresa. Em contrapartida, certamente existem muitas semelhanças entre as duas atividades. A partir dessa visão, essa dicotomia, público e privado, abre horizontes para a aplicabilidade na esfera pública de conceitos até então considerados somente pelas organizações privadas. A burocracia, ao evitar sinistros e dissabores, evita também muitas coisas boas como por exemplo, eficiência, rapidez de decisão, criatividade, autonomia, entre outras. A administração pública burocrática dificulta o compartilhamento do conhecimento entre funcionários e departamentos, enquanto a administração menos burocrática proposta pela reforma gerencial, parte do pressuposto de que o administrador público e o funcionário público têm competência para se autogerir. Na Administração pública a Gestão do conhecimento é considerada um método integrado de criar, compartilhar e aplicar o conhecimento para aumentar a eficiência, melhorar a qualidade e a efetividade social, e contribuir para a legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade na administração pública e para o desenvolvimento brasileiro. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 1515 / / 5656 Porém, a administração burocrática, por ser tão rígida a estrutura, o conhecimento tende a ficar concentrado em uma ou poucas pessoas que se consideram especialistas e o utilizam como forma de poder. Uma nova administração pública traz o controle de volta às mãos daqueles que se encontram na ponta mais baixa da estrutura, pois é lá que se tem a apropriação dos processos. As decisões são empurradas para os escalões inferiores, horizontalizando os processos e dando maior autonomia aos seus servidores. No entanto, o que ainda se observa é uma tendência da administração pública em buscar soluções para o lento fluxo de informações apenas investindo em novas tecnologias para facilitar a comunicação, criar sistemas de informações mais abertos e interoperáveis, reduzir o ciclo de desenvolvimento e criar interfaces mais amigáveis para os usuários finais. TÓPICO 2.2 - ESPIRAL DO CONHECIMENTO Para se tornar uma empresa que gera conhecimento a organização deve realizar a espiral do conhecimento que se dá através dos modos de conversão do conhecimento: socialização, externalização, combinação e internalização. São muitos conceitos e bastante estudo não é mesmo? Já refletiu sobre como nosso conhecimento pode se tornar explícito para outras pessoas? Vamos conferir juntos então um pouco sobre a espiral do conhecimento. FIGURA 2 FONTE: PRÓPRIO AUTOR DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 1616 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR A socialização é a conversão do conhecimento tácito em tácito e acontece através da observação e do compartilhamento de experiências entre os indivíduos.A externalização é a conversão do conhecimento tácito em explícito e a sua comunicação ao grupo, se expressa basicamente através da linguagem escrita, além disso cria conceitos novos. A combinação é a conversão do conhecimento explícito em explícito, é o processo de sistematização de conceitos em um sistema de conhecimento. A internalização é a conversão do conhecimento explícito em tácito, é a transformação de conceitos em conhecimento operacional, ou seja, é a aquisição de conhecimento tácito na prática, na vivência diária que provoca mudanças e enriquecimento das práticas individuais, grupais e coletivas. Assim, conclui-se que a espiral do conhecimento é a interação desses quatro modos de conversão, ou seja, a organização deve motivar o conhecimento tácito criado e acumulado no nível individual para que a conversão do conhecimento ocorra de forma constante, ampliando em escala cada vez maior e se tornando intrínseca no indivíduo, no grupo e na organização. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 1717 / / 5656 Veja isso! Vídeo1 – Espiral do Conhecimento. (Disponível no AVA e em https://www.youtube.com/watch? v=a6nF8mYDta0) TÓPICO 2.3 - MODELOS E GESTÃO DE CONHECIMENTO Nonaka e Takeuchi, os pioneiros dos estudos sobre gestão do conhecimento, citam que a construção do conhecimento se dá através das crenças e compromissos, além de estar relacionada à ação, à atitude e a uma intenção específica, sempre a partir do indivíduo. Para esses autores o conhecimento humano é classificado em dois tipos: tácito e explícito. O conhecimento explícito é objetivo, está relacionado a linguagem formal e é facilmente transmitido entre os indivíduos. Por outro lado, o conhecimento tácito é subjetivo e difícil de ser articulado na linguagem formal por envolver fatores intangíveis, pois é o conhecimento pessoal incorporado à experiência individual e envolve crenças, emoções e habilidades, por esse motivo é considerado uma importante fonte de competitividade entre as organizações. Esses dois conhecimentos se complementam e a interação entre eles é a principal dinâmica da criação do conhecimento nas organizações. Gestão do conhecimento, após vermos a espiral do conhecimento, é entendida como a capacidade que uma organização tem de criar conhecimento a partir de interações e dinâmicas entre os indivíduos que fazem parte do seu capital intelectual, promover sua disseminação interna e incorporá-lo em seus produtos, serviços e sistemas. PRÁTICAS VOLTADAS À CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO Embora o conhecimento não se configure como propriedade das organizações, o surgimento de novos produtos, serviços e processos está diretamente atrelado ao desempenho criativo das pessoas que nelas atuam, ao conhecimento de cada indivíduo, assim como a interação deste com o grupo. Nesse sentido, as práticas escritas a seguir refletem as iniciativas organizacionais que podem facilitar o compartilhamento e a criação de conhecimentos. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 1818 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR Educação Corporativa Em um contexto no qual o maior paradigma é o conhecimento, a educação corporativa surge como resposta ao desafio estratégico das organizações em implementar iniciativas que sirvam de base para a geração desse recurso. Essa tendência aponta para um novo e importante comprometimento das organizações com a educação e o desenvolvimento de seus funcionários. O objetivo dos programas de educação corporativa deve ser o de aumentar o Capital Intelectual, aquele ativo que não aparece nos balanços financeiros das empresas. Vislumbrando esse princípio, uma análise do processo de educação continuada, dentro das empresas tem a premissa de que educar não é transmitir conhecimento e sim construí-lo, ou seja, a educação oferecida para o cliente interno, nas organizações, deverá torná-lo, além de um produtor de conhecimento, um gerenciador do mesmo. Isso proporciona o surgimento do conceito de universidades corporativas que gera vantagem competitiva, pois visa desenvolver suas competências no sentido de criar conhecimento para gerar inovação de produtos/processos e tem como princípio o aprendizado permanente. As organizações voltadas à aprendizagem implicam a formação de pessoas que aprendam a ver a realidade pela perspectiva sistêmica, que desenvolvam suas atividades e que passem a expor e reestruturar modelos mentais de maneira colaborativa. Esse conceito está diretamente relacionado com o processo de externalização, internalização e socialização do conhecimento. O processo de criação de conhecimento, por meio de seus modos de conversão, é facilitado pelo fato de a organização estar voltada ao processo de aprendizagem tanto individual quanto organizacional. O processo de aprendizagem organizacional é realizado no decorrer da geração do conhecimento. Uma organização de aprendizagem é aquela em que as pessoas envolvidas estão capacitadas ou têm habilidades para criar (externalizar), adquirir (internalizar) e disseminar (socializar) conhecimentos e modificar comportamentos a partir da reflexão sobre esses conhecimentos. No contexto de rápida obsolescência do conhecimento, contar com funcionários qualificados e preparados para enfrentar os desafios torna-se, sem dúvida, uma importante vantagem competitiva. No entanto, é de importância fundamental para uma empresa, ao adotar DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 1919 / / 5656 uma prática voltada à educação de seus funcionários, o fato de que o conhecimento seja um valor disseminado em todo o contexto organizacional em que os membros compartilhem dessa visão. O sucesso pretendido está fortemente vinculado a essa condição. Portais Corporativos de Conhecimento Os portais corporativos cada vez mais vêm sendo apontados como uma solução adequada para facilitar o fluxo de informações e conhecimentos, gerando nas organizações um interesse crescente sobre o tema. A diferenciação entre portais comuns e portais do conhecimento é que os primeiros ainda estão atrelados a fatores como segurança, velocidade e facilidade de navegação, enquanto os portais do conhecimento não se limitam a estes aspectos: eles provêm acesso às informações, suporte a decisões, fornecem ferramentas de trabalhos cooperativos e conectam pessoas com base em suas experiências e interesses. Os portais corporativos representam um avanço importante como contexto que possibilita a interação e a colaboração entre pessoas, mudando fundamentalmente a forma como a informação e a responsabilidade de colaboração são compartilhadas em uma organização: de um foco estreito e funcional, para uma abordagem ampla e de colaboração. Esses portais integram uma gama de aplicações e ferramentas, em que é possível integrar e equilibrar o fluxo estruturado de informação e conhecimento (explícito e tácito) no interior das organizações. A tecnologiaadotada para o desenvolvimento de um portal “possui características favoráveis à criação do conhecimento, que são a autonomia, redundância, caos criativo e variedade, em consonância com a abordagem da mudança constante dos conhecimentos tácitos entre o formato tácito e explícito”. Além disso, as listas de discussão facilitam o diálogo e a interação (externalização e socialização do conhecimento) e os gráficos aumentam o uso das metáforas, analogias e protótipos para clarear o que estava originalmente confuso e obscuro (externalização do conhecimento), enquanto os hyperlinks relacionam conceitos e organizam os repositórios de conhecimentos para um melhor acesso e trabalho cognitivo (combinação do conhecimento). Esses são apenas alguns dos recursos disponíveis nos portais do conhecimento. Porém, servem de exemplo de como essa prática permeia os modos de conversão do conhecimento. Além disso, os portais corporativos são uma prática organizacional que acelera a espiral do DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 2020 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR conhecimento e seus atributos contribuem para a socialização, externalização e combinação do conhecimento. E então? Você observou que os conceitos estão relacionados entre si? Conseguiu identificar como sua OM realiza a gestão do conhecimento? Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. Memória Organizacional Um dos grandes problemas enfrentados pelas organizações na atualidade é manter o fluxo de informações e conhecimentos, bem como retê-lo. A memória organizacional é um conceito que vem ao encontro dessa necessidade, capacitando a organização para enfrentar essa problemática. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 2121 / / 5656 A memória organizacional está voltada para estender e amplificar o conhecimento por meio de sua captura, organização, disseminação, compartilhamento e reutilização por colaboradores de uma determinada organização. É considerada um repositório de conhecimentos e do know-how do conjunto de indivíduos que trabalham em uma organização, tendo por finalidade preservar o conhecimento, a fim de permitir a socialização, o uso, o reuso, a inovação e a transformação do mesmo. A memória possui fundamentos e princípios que são transmitidos principalmente por meio de conhecimentos tácitos, podendo ser parcialmente registrados e, portanto, convertidos em procedimentos explícitos, em regras e em recomendações resultantes dessa memória. A parte da memória organizacional composta pelo conhecimento explícito significa objetivamente registrar as vivências, os erros levantados e as soluções encontradas facilitando, a externalização do conhecimento. Porém algumas recomendações devem ser seguidas, já que não se trata de um simples relato sobre determinado caso. É importante fazer um relato resumido, com redação impessoal, com os critérios dos fatos relatados e os critérios de aprovação e acesso para os diferentes níveis e setores da empresa. Estas recomendações anteriores estão mais preocupadas com a otimização da externalização (redação) e internalização (facilidade de leitura do que foi redigido). Um outro facilitador importante para o trabalho com o formato explícito é a preocupação com as formas de melhor agrupar ou organizar estes conhecimentos (combinação). Assim, fica evidente que os processos de externalização, internalização e combinação do conhecimento são otimizados pela memória organizacional, sendo possível obter melhores resultados, caso sejam seguidas as recomendações citadas. Destaca-se a importância da construção de uma memória organizacional para o processo de criação do conhecimento, especialmente pelas muitas vantagens e benefícios que ela apresenta para qualquer organização. Sensibilizar as organizações quanto a esse aspecto, envolvendo todos em um esforço conjunto e sistemático para a construção, manutenção e reutilização desse conhecimento certamente fará a diferença entre o sucesso e o fracasso. Mapa de Conhecimento Grande parte do conhecimento de uma organização encontra-se dispersa em arquivos individuais, pastas ou até mesmo na mente de seus colaboradores, gerando dificuldade para seu DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 2222 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR acesso e uso quando desejado. Uma das formas que vêm sendo utilizadas para sanar essa dificuldade é o mapa de conhecimento que envolve localizar conhecimentos importantes dentro da organização e depois publicar um tipo de lista que mostre onde encontrá-los. Os mapas de conhecimento ajudam a descobrir a localização, a posse, o valor e o uso de artefatos de conhecimento; possibilitam conhecer a especialidade de cada pessoa, identificam as barreiras para o fluxo do conhecimento, bem como têm como foco as oportunidades como forma de alavancar o conhecimento organizacional. As informações necessárias para se criar um mapa do conhecimento normalmente já existem nas organizações, porém em forma fragmentada e não documentada. Cada funcionário tem um pedacinho do mapa na cabeça, sabe qual é o seu próprio conhecimento e aonde ir para obter respostas para as suas perguntas. Criar um mapa organizacional é uma questão de se combinar esses mini-mapas individuais, incentivando a interação entre o interessado por ele e a pessoa que o possui. Dentro desse enfoque, o mapa do conhecimento está intimamente ligado ao processo de combinação, isto é, sistematiza o conhecimento disperso na organização e disponibiliza para a organização a informação de onde encontrá-lo. O conceito de mapa de conhecimento também traz em sua essência os processos de socialização e externalização do conhecimento. Um bom mapa do conhecimento deve servir de base para o processo de conversão do conhecimento: do individual ao coletivo. Porém, cabe ressaltar que não se trata de uma estratégia isolada, mas sim de uma parte importante no esforço da criação e gestão do conhecimento, exigindo que a cultura organizacional esteja conectada com esses valores e princípios. Só assim, por meio da harmonia com a cultura organizacional, é que o mapa de conhecimento trará resultados desejados e eficazes. Você deve estar reconhecendo várias dessas técnicas não é mesmo? Isso mostra que todo conhecimento é relevante e fazer gestão dele se torna ainda mais importante, não concorda? Vamos conferir mais práticas para a criação de conhecimento. Benchmarking DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 2323 / / 5656 O benchmarking é um processo contínuo e sistemático para avaliar produtos e processos de trabalho de organizações que são reconhecidos como melhores práticas. É um método estruturado de aprendizagem por meio da observação e adaptação das melhores práticas desenvolvidaspor outras organizações e da aplicação desse novo conhecimento na melhoria dos processos de trabalho. Ao adotar essa estratégia, as organizações se voltam à forma de atuação de outras organizações, visando identificar novas práticas e formas de atuação que podem ser úteis para o desenvolvimento de suas atividades. Nesse sentido, o benchmarking fornece um canal de transferência do conhecimento entre quem observa e quem possui a prática. A observação de práticas também é destacada por Nonaka e Takeuchi (1997), como uma importante fase do processo de criação do conhecimento. Essa proximidade teórica entre ambas as teorias revela um ponto em comum: buscar na prática a experiência e o know-how que não estão disponíveis de maneira explícita. Comunidades de Prática O conceito de comunidades de prática é essencial na era do conhecimento e refere a grupos informais de pessoas que se formam espontaneamente nas diversas situações do cotidiano das pessoas, seja na escola, seja no trabalho, ou no lazer, são tão informais que raramente se tornam explícitas, porém por esta razão elas são tão familiares. Essas comunidades vão além das estruturas formais da organização, bem como diferem de grupos ou equipes de trabalho. Os membros de uma comunidade podem fazer parte de um mesmo departamento ou ser de áreas diversas ou de diferentes instituições. A participação de cada membro pode variar de intensidade, indo desde pessoas que participam de vez em quando para saber o que está acontecendo, até líderes. Dentro das comunidades de prática, as pessoas trocam experiências e durante o tempo que passam juntas, as pessoas compartilham informação, insight, e conselhos. Discutem sobre determinadas situações, suas aspirações e suas necessidades. Elas podem criar instrumentos, manuais e outros documentos ou simplesmente o conhecimento tácito compartilhado. As conexões significativas levam os indivíduos a níveis de criatividade bem além daqueles que eles alcançariam isolados. O aprendizado é um ato social. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 2424 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR Para melhor compreensão do tema é necessário considerar a mobilização das pessoas em torno de uma prática. O conceito de prática se refere ao “fazer” dentro de um contexto histórico e social que fornece estrutura e significado para o que é feito. O conceito de prática inclui o explícito e o tácito. A comunidade de prática inclui o tácito e o explícito; o que é dito, e o que é deixado de dizer; o que é representado, e o que é assumido. Inclui a linguagem, ferramentas, documentos, imagens, símbolos, regras bem definidas, critérios específicos, procedimentos codificados, regras e contratos que as várias práticas tornam explícitos para uma variedade das finalidades. Dessa forma fica evidenciada a contribuição das comunidades de prática na socialização e externalização do conhecimento. Enquanto as pessoas utilizam-se de símbolos, da linguagem, de imagens, e outros meios, elas estão externalizando seus conhecimentos. Em contrapartida, enquanto as pessoas estão compartilhando o que não é dito, ou seja, o conhecimento tácito, ocorre a socialização do conhecimento. Além da prática, são necessários mais dois elementos para que exista uma comunidade de prática: o domínio do conhecimento que fornece aos membros um senso de identidade e a comunidade, ou seja, o contexto no qual as pessoas participam das atividades conjuntas. Ao se considerarem os princípios referentes à comunidade de prática, é possível identificá-la como uma importante estratégia para qualquer organização, principalmente para aquelas que estão sensibilizadas quanto à importância do conhecimento. Esse reconhecimento tem contribuído para que, cada vez mais, no contexto atual da sociedade, as comunidades de prática venham sendo apontadas como impulsionadoras do conhecimento. Sistemas de Informação A gestão do conhecimento e a tecnologia estão atreladas, mas a tecnologia não pode ser trabalhada sozinha, pois não gera conhecimento, por isso é proposto uma “ecologia da informação”, enfatizando-se o ambiente da informação em sua totalidade, considerando-se a cultura, os valores, as pessoas, o comportamento, os processos de trabalho, bem como a tecnologia. Os recursos da TI facilitam o trabalho em rede, podendo manter os conhecimentos descentralizados junto aos locais em que são gerados e/ou utilizados, melhorando o grau de interatividade do usuário com os registros do conhecimento. O papel a ser desempenhado pela TI DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 2525 / / 5656 é estratégico, colaborando na construção do conhecimento coletivo e do aprendizado contínuo, tornando mais fácil para as pessoas na organização compartilharem problemas, perspectivas, ideias e soluções. A tecnologia da informação acelera a transferência e a criação do conhecimento, é fundamental para a combinação (agrupamento) dos conhecimentos explícitos, mas não contribui significativamente com o formato tácito do conhecimento. Basicamente, o máximo que pode fazer para a troca de conhecimentos tácitos – tácito é facilitar que as pessoas sejam encontradas (contatadas) podendo ocorrer a socialização. No entanto, a TI pode facilitar as outras duas conversões do conhecimento, quando o formato tácito está em equilíbrio com o formato explícito. Assim sendo, pode facilitar a Externalização (auxilia no registro do conhecimento) e a Internalização (agiliza o acesso ao conhecimento explícito). A introdução da TI nas operações de negócios tem possibilitado, às organizações, maior velocidade de resposta a mudanças, maior flexibilidade de operações, bem como as novas oportunidades para as organizações que têm o seu foco voltado aos recursos intangíveis. Suas funções estendem o alcance e aumentam a velocidade de transferência do conhecimento. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 2626 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR TÓPICO 2.4 - GESTÃO DE PESSOAS ALINHADAS À CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO A principal vantagem competitiva das organizações está nas pessoas. Isso obriga as organizações a se conectarem com novas práticas de gestão de pessoas, sem as quais é difícil imaginar que conseguirão estar preparadas para enfrentar os desafios impostos pela competição do mercado. A Gestão do Conhecimento está aliada a Gestão de Pessoas e essa relação gera ambiente e condições propícias para o desenvolvimento continuado, para a criatividade, para a inovação e aprendizado organizacional. Em 1997, Nonaka e Takeuchi já destacavam a importância de um ambiente propício à criação de novos conhecimentos. Se essas condições não existirem, o fluxo e a criação de novos conhecimentos tornam-se difíceis, criando barreiras para que ocorra a espiral do conhecimento, dificultando a socialização, a externalização e a internalização do conhecimento – modos de conversão diretamente ligados à dimensão humana dentro das organizações. As essas novas tendências na área de gestão de pessoas devem promover a reflexão e a mudança de paradigmas acerca do recrutamentoe seleção, treinamento, carreira e sistemas de recompensa. Pessoas adaptadas a esses valores são capazes de melhorar a capacidade de as organizações atraírem e manterem pessoas com habilidades, comportamentos e competências que elas mesmas adicionam aos seus estoques e fluxos de conhecimento (de valor); isso ocorre a partir do momento em que as empresas adotam processos seletivos altamente rigorosos e buscam aumentar a diversidade de backgrounds nas contratações. Além disso, é necessário enfatizar os planos de carreiras e treinamentos. Quanto à remuneração, ela está cada vez mais ligada à competência individual do trabalhador, ao desempenho da equipe e da empresa. A política de Gestão de Competências proposta pelas empresas deve buscar um equilíbrio entre princípios da política de recursos humanos e a importância do conhecimento para as organizações, permitindo que se desenvolvam diretrizes para a administração do conhecimento técnico, de habilidades e de atitudes, atuais e futuras, a fim de se fazer a identificação e o tratamento das necessidades de conhecimento e de capacitação de pessoas. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 2727 / / 5656 No que se refere à Gestão de Talentos, é necessário propor uma política por meio da qual a alocação das pessoas aos times seja adequada às atividades a serem executadas e alcançadas. Quanto ao desenvolvimento de pessoas, tem a finalidade de definir diretrizes e orientações para aplicação de programas de educação e treinamento para o desenvolvimento de seus empregados. Todas essas políticas estão baseadas em uma nova visão dos profissionais nos tempos atuais. As qualificações ideais para os profissionais, segundo Nonaka e Takeuchi (1997, p.178): ➢ precisam ter elevados padrões intelectuais; ➢ precisam ter uma forte noção de comprometimento para recriar o mundo segundo sua própria perspectiva; ➢ precisam ter uma ampla variedade de experiências, tanto dentro quanto fora da empresa, ➢ precisam ser qualificados na condução de um diálogo com os clientes e com os colegas dentro da empresa e ➢ precisam ser abertos para conduzir discussões francas e debates com outras pessoas. Os profissionais com esse novo perfil acumulam, geram e atualizam tanto o conhecimento tácito como o explícito, agindo quase como ‘arquivos vivos’ no dia a dia, influenciando em todos os modos de conversão. Essas considerações revelam uma associação direta entre gestão de pessoas e criação de novos conhecimentos. Se, por um lado, as organizações necessitam contar com profissionais com o perfil descrito anteriormente, por outro lado, para que as organizações tornem-se atrativas para essa mão de obra qualificada, é necessário possuir políticas de RH que as atraiam. Nesse sentido, essa interdependência explícita entre essas duas dimensões revela a importância para as organizações em adotar novas diretrizes de RH, facilitando a passagem de uma abordagem clássica de gestão de pessoas para uma nova, alinhada aos tempos atuais. Vou aproveitar o momento para lhe perguntar sobre a disciplina: como está sua assimilação do conteúdo até aqui? Lembre-se de que não basta “decorar” o conteúdo. CONDIÇÕES PARA A CRIAÇÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 2828 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR Para Nonaka e Takeuchi existem as condições capacitadoras para a criação do conhecimento organizacional, que são: intenção, autonomia, flutuações e caos criativo, redundância e variedade de requisitos. A intenção A intenção pode ser definida como a predisposição de uma organização em criar conhecimento através do desenvolvimento da capacidade organizacional de adquirir, criar, acumular e explorar o conhecimento. Essa intenção de produzir conhecimento se manifesta no indivíduo no momento que este percebe o benefício que será gerado para si próprio pois envolve a aquisição e a exploração do conhecimento, além disso também gera benefícios para os processos desenvolvidos dentro da organização. A autonomia A autonomia diz respeito a liberdade para criação de novos conhecimentos dentro da organização. Com relação ao indivíduo, todos os membros de uma organização devem agir de forma autônoma de acordo com as circunstâncias, o que também mantêm os membros da organização motivados. No que se refere à empresa, ao permitir que seus funcionários atuem de forma autônoma, esta amplia a chance de introdução de novas oportunidades. Além disso, também amplia no compartilhamento de conhecimento. Flutuações e caos criativo A flutuação e o caos criativo dizem respeito à interação da organização com o ambiente externo. A flutuação é diferente da desordem total, é caracterizada pela quebra de rotina com a interrupção dos hábitos que favorece a recriação de conceitos por meio da investigação ativa de alternativas para os procedimentos estabelecidos e o estabelecimento de novas rotinas através da interação social. A flutuação na organização pode precipitar o caos criativo, que induz e fortalece o compromisso subjetivo dos indivíduos. A proposição de metas desafiadoras provoca intencionalmente o caos criativo, aumentando a tensão dentro da organização e focalizando a atenção dos membros na definição do problema e resolução da situação de crise. A redundância Redundância é definida como a existência de informações que transcendem as exigências operacionais imediatas dos membros da organização, refere-se à superposição intencional de DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 2929 / / 5656 informações sobre atividades da empresa, responsabilidades da gerência e sobre a empresa como um todo. Para que se crie conhecimento organizacional, é preciso que um conceito criado por um indivíduo ou por um grupo seja compartilhado por outros indivíduos que talvez não precisem do conceito imediatamente. Em um ambiente em que predomina a redundância os indivíduos não estão desconectados, mas livremente associados uns aos outros. Assim, assumem posições relevantes no contexto organizacional como um todo, o que resulta em um mecanismo de autocontrole que mantém a organização voltada para determinada direção, ao facilitar o intercâmbio de informações entre a hierarquia e a não-hierarquia. A variedade de requisitos O ambiente impõe desafios à organização que deve condizer com uma variedade de requisitos à altura da complexidade apresentada. As diferentes situações podem ser enfrentadas com melhor desempenho se os membros da organização puderem contar com uma variedade de requisitos, que podem ser aprimorados por meio da combinação de informações de forma rápida e flexível e do acesso às informações em todos os níveis da organização. Para maximizar a variedade, todos na organização devem ter a garantia do acesso mais rápido a mais ampla gama de informações necessárias, percorrendo o menor número possível de etapas. Criar conhecimento é algo que “soa” estranho não acha? Mas sem dúvida você concorda que para atividades que exigem muito de nós uma condição adequada para realizá-la é fundamental. Espero que você esteja em condições para seguir seus estudos, vamos em frente! Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça umalista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 3030 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. TÓPICO 2.5 - GESTÃO DO CONHECIMENTO E AS “CINCO DISCIPLINAS” O conhecimento é uma mistura da experiência condensada, dos valores, de informações contextuais de uma pessoa e que proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. O conhecimento está na mente das pessoas. As pessoas transformam a informação em conhecimento, fazendo comparações, analisando as consequências, buscando as conexões e conversando com outras pessoas sobre as informações recebidas. Nas organizações, o conhecimento está embutido em documentos, rotinas, processos, práticas e normas organizacionais. O conhecimento conduz à ação no desenvolvimento de novos produtos ou serviços, na tomada de decisões acertadas em relação aos clientes, na formulação de estratégias para enfrentar os concorrentes, na logística a ser adotada, entre outros. Pela sua importância, o conhecimento está sendo considerado um ativo corporativo, e as empresas bem- sucedidas perceberam que é necessário geri-lo e cercá-lo do mesmo cuidado que dedicam à obtenção de valor baseado em outros ativos que são tangíveis. Quanto mais as organizações dominam o conhecimento, maior a sua vantagem competitiva. E por que o conhecimento é vital? Porque todos os aspectos intangíveis que agregam valor à maioria dos produtos e serviços são baseados em conhecimento: know-how técnico, projeto de produto, estratégias de marketing, entendimento do cliente, criatividade pessoal e inovação. A inteligência humana está por trás disso tudo. A gestão do conhecimento refere-se à criação, identificação, integração, recuperação, compartilhamento e utilização do conhecimento dentro da empresa. Está voltada para a criação e organização de fluxos de informação dentro e entre os vários níveis organizacionais, para gerar, incrementar, desenvolver e partilhar o conhecimento dentro da organização, sobretudo para DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 3131 / / 5656 incentivar trocas espontâneas de conhecimento entre as pessoas. Antigamente as empresas escondiam o conhecimento a sete chaves por meio da confidencialidade, hoje, a gestão do conhecimento procura orientar a empresa inteira para produzir o conhecimento, aproveitá-lo, disseminá-lo, aplicá-lo e lucrar com ele. Cada pessoa precisa agregar valor aos processos e produtos da empresa. E esse valor é alcançado mediante o compartilhamento do conhecimento e representa a essência da inovação. As interações sociais começam com o indivíduo e permitem intercambiar e expandir o conhecimento dentro da organização. Contudo o conhecimento organizacional é muito mais dinâmico que o conhecimento individual em razão do impulso que recebe das mais variadas forças. A criação do conhecimento organizacional ocorre em um processo em que a organização facilita e amplifica o conhecimento criado pelos indivíduos e o cristaliza como parte de uma rede de conhecimentos da organização. Isso é primordial em uma era de incerteza e mudança em que todas as pessoas devem reeducar-se continuamente, inclusive esquecendo algo que aprenderam, mas sempre ampliando o seu nível de conhecimento, para terem condições de se sustentarem nos seus empregos. A gestão do conhecimento impõe o conceito de organizações de aprendizagem. Uma organização de aprendizagem é aquela que facilita o aprendizado de todos os seus membros e transforma-se continuamente. O núcleo da organização do aprendizado é composto de cinco “disciplinas”, que constituem programas de longo prazo de desenvolvimento, aprendizado e prática organizacional, a saber: DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 3232 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR Essas cinco disciplinas constituem a essência da organização que evolui permanentemente, que se adapta ao seu ambiente e que traz novas contribuições a todos envolvidos direta e indiretamente em suas atividades. O aprendizado permanente constitui um ciclo de eterna mudança, envolvendo sensibilidade e consciência em relação ao ambiente em que a organização opera (visão estratégica), evolução permanente de atitudes e crenças (cultura organizacional) e desenvolvimento de habilidades e conhecimentos (gestão do conhecimento). As organizações nos tempos atuais estão transformando-se em ambientes de aprendizagem comprometidos com a educação e o desenvolvimento dos funcionários. Boa parte delas estão criando ambientes para a educação corporativa com o objetivo de consolidar uma infraestrutura de aprendizagem, a fim de desenvolver meios de estimular o conhecimento e conduzir a novas oportunidades de aprimoramento, além disso, criar relacionamentos mais profundos com as pessoas e impulsionar a organização para um novo futuro. Os ambientes de educação corporativa estão deixando de ser meros locais físicos, para se tornarem cada vez mais DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF Tabela 1 DISCIPLINA DEFINIÇÃO DOMÍNIO PESSOAL APROFUNDAMENTO DA CAPACIDADE DE DESENVOLVIMENTO PESSOAL MODELOS MENTAIS ENTENDIMENTO DE UMA CAUSA COMO REFERÊNCIA PARA AÇÕES E DECISÕES NO AMBIENTE DE TRABALHO VISÃO COMPARTILHADA É A CRIAÇÃO DE COMPROMISSO COM OBJETIVOS COMUNS DA EQUIPE DE TRABALHO. APRENDIZAGEM EM EQUIPE É A CAPACIDADE DE DESENVOLVER CONHECIMENTOS E HABILIDADES COLETIVAS. PENSAMENTO SISTÊMICO É UMA FERRAMENTA MENTAL PARA LIDAR COM OS PROCESSOS DE MUDANÇA, PENSANDO GLOBALMENTE E VISUALIZANDO A TOTALIDADE. Fonte: Próprio Autor EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 3333 / / 5656 um processo contínuo de aprendizagem. A preocupação está em gerenciar e avaliar o conhecimento e estabelecer estratégias orientadas para este. Os três principais desafios da gestão do conhecimento são: ➢ Criar uma infraestrutura administrativa do conhecimento. Essa tarefa envolve a construção de redes, bancos de dados, estações de trabalho etc. Muitas organizações desenvolvem centros de aprendizagem ou universidades corporativas para esta finalidade. Outras definem um executivo de alto nível — como um gerente do conhecimento — para tocar e desenvolver o assunto. ➢ Construir uma cultura do conhecimento. Derrubar barreiras e criar mecanismos para o desenvolvimento e manutenção do conhecimento nos vários departamentos da organização. Isso envolve uma mudança da cultura organizacional para incrementar o valor do conhecimento. Está trazendo uma nova concepção do treinamento — e do aprendizado — como um processo de comunicação do conhecimento. ➢ Administrar resultados. Para saber qual é a melhor forma de gestão do conhecimento que ajuda a fazer ou economizar dinheiro e documentar o impacto econômico. Gostou do conteúdo até aqui? As “coisas” aparentam fazer mais sentido para você? Isso é bom! Indica que você está crescendo profissionalmente. Veja isso! Vídeo2 – Como a Gestão do Conhecimento pode ajudar suaEmpresa. (Disponível no AVA e em https://www.youtube.com/watch? v=kSUTNtRDNnc) TÓPICO 2.6 - “FALSA DICOTOMIAS” A mente humana tem por hábito funcionar através de dualidades, comparações de dicotomias. Durante o percurso feito pelos autores da teoria sobre a criação do conhecimento na organização e na geração de inovação, Nonaka e Takeuchi se depararam com alguns indícios DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 3434 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR destas ideias contrárias e as chamam de “falsas dicotomias” e que se não forem explicitadas tendem a nos dar ideias fragmentadas da teoria, priorizando uma vertente e excluindo a outra. Individual/organizacional Criar conhecimento é uma prerrogativa do indivíduo, mas a empresa tem sua importância quando possibilita a ampliação deste conhecimento. Assim, o primeiro se torna o produtor, e o segundo, o ampliador deste conhecimento e isto acontece quando a organização: cria espaços favoráveis à troca de experiências, admite erros, favorece intercâmbios entre seus colaboradores, reconhece e valoriza seus talentos, dissemina a cultura da visão compartilhada, sistematiza e organiza o conhecimento adquirido, reconhece no conflito um início do “caos criativo”, valoriza a gerência intermediária, investe em capacitação, propicia elementos para a visão sistêmica, utiliza a tecnologia como uma ferramenta de apoio, possibilita acessos às informações em todos os níveis, entre outras atitudes. Top-Down/Bottom-up De cima para baixo ou de baixo para cima, são duas propostas que se opõem e por isso a teoria apresenta o modelo middle-up-down, que utiliza a gerência média para realizar a síntese entre aqueles dois modelos. Os administradores medianos fazem o intermédio e estes normalmente estão à frente de projetos como líderes de equipes ou força-tarefa e a importância da sua função está em intermediar as relações entre o topo e a base da organização. Burocracia/Força-tarefa Estas são duas formas de estrutura organizacional opostas. A teoria proposta apresenta a estrutura em hipertexto que representa também uma síntese entre os dois modelos tradicionais por conter um terceiro nível organizacional. A flexibilidade do modelo em hipertexto possibilita o trâmite do conhecimento, pois, ao encerrar um projeto, equipes são desfeitas e o aprendizado tem maior chance de ser disseminado em outras equipes. Corrida de revezamento/rúgbi No primeiro modelo as funções são especializadas e a norma é a divisão do trabalho; no segundo, a velocidade é a tônica. Baseando-se no futebol americano, mescla o que os dois têm de melhor. Esta pode ser uma analogia utilizada no desenvolvimento de produtos, ou seja, cada etapa do projeto não deve ser passada de um para outro como se a missão já tivesse terminado, DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 3535 / / 5656 como um bastão, e sim como o princípio de uma nova forma de “passar a bola” e propiciar o avanço de toda a equipe. Oriente/Ocidente No Ocidente a estratégia competitiva e a gestão da inovação, o método do estudo de caso e simulação; no oriente, a produção enxuta, a qualidade total, o seminário e a produção de teses. Diferenças enormes distanciam estas culturas, mas de que lado está a forma certa? A resposta é que ambos têm pontos fortes e pontos a desenvolver, melhorar. Vamos fazer algumas anotações! - Procure no conteúdo estudado as palavras- chave que melhor representam o que foi estudado até aqui. - Faça uma lista dessas palavras-chave seguida de um breve comentário. - A partir da leitura delas, tente reconstruir o que foi visto. Agora, que tal uma pausa? Parabéns por ter avançado até aqui! Está na hora de fazer uma pausa. Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem parte do estudo. Está na hora de resumir! A partir de suas anotações, reconstrua com suas palavras todo o estudo em um ou dois parágrafos, ou se referir, elabore um mapa mental ou um infográfico sobre o texto. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 3636 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR Exercícios para Aprendizagem do Capítulo. Avançamos mais um degrau acerca da Introdução a gestão do Conhecimento Organizacional. Podemos verificar sua compreensão acerca do conteúdo desse capítulo? Como nos exercícios anteriores, a proposta é que você consulte as suas anotações, o fórum de debates ou outro recurso, desde que responda as questões abaixo. 1. Quais são os modos de conversão do conhecimento descritos na espiral do conhecimento? 2. Elenque as práticas voltadas à criação do conhecimento. 3. Defina as 5 disciplinas. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF EEAREEAR CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 3737 / / 5656 CAPÍTULO 3 - COMPETÊNCIAS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TÓPICO 3.1 - O QUE SÃO COMPETÊNCIAS Você conhece algo sobre competências? Provavelmente já deve ter ouvido algo sobre esse assunto. É um assunto muito interessante e muito amplo, mas vamos nos concentrar e ver um pouco mais sobre as competências. Que tal você iniciar esse capítulo enumerando as suas competências? No fim da Idade Média, a expressão competência era associada essencialmente à linguagem jurídica. Dizia respeito à faculdade atribuída a alguém ou a uma instituição para apreciar e julgar certas questões. Por extensão, o termo acabou sendo integrado à linguagem organizacional sendo comumente utilizado para se referir a capacidade de alguém para realizar adequadamente determinada atividade ou tarefa ou sobre a atuação deste indivíduo no contexto organizacional. A preocupação das organizações em contar com indivíduos capacitados para o desempenho eficiente das funções não é recente. Os estudos de Taylor, no início do século passado, já alertavam para a necessidade de as empresas buscarem “homens eficientes”, ressaltando que a procura pelos competentes excedia à oferta. À época, baseadas no princípio taylorista de seleção e treinamento do trabalhador, as empresas procuravam aperfeiçoar em seus empregados as habilidades necessárias para o exercício de certas funções, restringindo-se a questões técnicas relacionadas ao trabalho e à especificação do cargo. Sob essa perspectiva, referia-se à competência como um conjunto de conhecimentos e habilidades que credenciavam um profissional a exercer determinada função. Em decorrência de pressões sociais e do aumento da complexidade das relações de trabalho, as organizações passaram a considerar, no processo de desenvolvimento de seus empregados, não só conhecimentos e habilidades, mas também aspectos sociais e atitudinais. Algumas concepções, então, começaram a valorizar a atitude como maior determinante da competência que significa assumir responsabilidades frente a situações de trabalho complexas aliado ao exercício sistemático de uma reflexividade no trabalho, que permita ao profissional lidar com eventos inéditos, surpreendentes e de natureza singular. DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPFDIVISÃO DE ENSINO DE PÓS FORMAÇÃO - DEPF 3838 / / 5656 CEAG - CEAG - INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL INTRODUÇÃO A GESTAO E CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL EEAREEAR A frequente utilização do termo competência no âmbito da gestão organizacional fez com que esse adquirisse várias
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