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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP CURSO DE PSICOLOGIA- MATUTINO- PS7A34 PROCESSOS GRUPAIS SUELEM SANTOS DA COSTA- D357581 FICHAMENTOS MANAUS-AM 2020 FICHAMENTO DO LIVRO: CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS EM DINÂMICA DE GRUPO. CAPÍTULO 13: TÉCNICA DOS GRUPOS OPERATIVOS A investigação social vem adquirindo grande importância nos últimos tempos, devido à multiplicação de fatos incorporados a seu campo de estudo, assim como ao progresso de seus métodos e técnicas. O resultados obtidos, cada vez mais precisos e concretos, vêm contribuindo decididamente tanto para o conhecimento da sociedade como para a solução de problemas agudos. O psicólogo social, para poder operar com eficácia, necessita de uma ampla aprendizagem de seu ofício. É considerado, em seu meio, de duas maneiras bem opostas. Por um lado, é desvalorizado, enquanto por outro é supervalorizado em sua tarefa, com a mesma intensidade. Essa situação condiciona tensões nele e entre ele e os grupos, já que a negação e a onisciência formam um conjunto difícil de ser manejado. O ponto de partida de nossas investigações sobre os grupos operativos, tal como os concebemos hoje, provém do que denominamos Experiência Rosário (realizada em 1958). Essa experiência esteve a cargo do Instituto Argentino de Estúdios Sociales (IADES)e foi planejada e dirigida por seu diretor, o doutor Enrique Pichon-Riviere. Formou-se com a colaboração da Faculdade de Ciências Econômicas, do Instituto de Estatística, da Faculdade de Filosofia e seu Departamento de Psicologia, da Faculdade de Medicina. A didática promovida por Pichon-Rivière é interdisciplinar, acumulativa, interdepartamental e de ensino orientado. A didática interdisciplinar baseia-se na preexistência, em cada um de nós, de um de nós, de um esquema referencial (conjunto de experiências, conhecimentos e afetos com os quais o indivíduo pensa e age) que adquire unidade através do trabalho em grupo; ela promove, por sua vez, nesse grupo ou comunidade, um esquema referencial operativo sustentado pelo denominador comum dos esquemas prévios. Uma das definições clássicas da didática e a de desenvolver atitudes e comunicar conhecimentos. Na didática interdisciplinar, cumprem-se funções de educar, de despertar interesse, de instruir e de transmitir conhecimentos, mas por meio de uma técnica que redunda em economia do trabalho de aprendizagem, visto que, ao se empregar o método afirmativo mencionado, a progressão não é aritmética, e sim geométrica. A didática interdisciplinar propicia a criação de departamentos onde os estudantes das diferentes faculdades vão estudar determinadas matérias comuns a seus estudos; ou seja, teriamls assim a conjugação dos diversos grupos de alunos em um mesmo espaço, criando inter-relações entre eles. Em Rosário, empregou-se como estratégia a criação de uma situação de laboratório social; como tática, a de grupos de comunicação, discussão e tarefa. Sabe-se que em sociologia é possível efetuar experimentos que podem, tão legitimamente quanto os fatos na física ou na química, ser classificados como científicos. Assim sendo, os grupos de discussão e tarefa, nos quais se estruturam mecanismos de auto-regulação, são postos em funcionamento por um coordenador, cuja finalidade é obter, dentro do grupo, uma comunicação que se mantenha ativa, ou seja, criador. Nessas técnicas grupais, a função do coordenador ou "co-pensor" consiste essencialmente em criar, manter e fomentar a comunicação e hiperatividade. Tomando esses elementos de forma ordenada, podemos assinalar algumas etapas primordiais do seu desenvolvimento: 1. Departamento especializado. 2. Comitês de articulação interdepartamental e outros dispositivos da coordenação. 3. Um coordenador ou encarregado de estabelecer ligações entre diferentes disciplinas. 4. O método chamado interdisciplinar. 5. A didática interdisciplinar vem sendo o tema desta experiência de Rosário. 6. A investigação da ação. 7. Os sistemas referenciais correspondentes a esses grupos são investigados tanto em sua estrutura interna como em suas relações com os sistemas de outros grupos. 8. Outro fenômeno observado, e que se transforma num vetor de interpretação, é que o pensamento que funciona no grupo vai desde o pensar vulgar ou comum até o pensamento científico. 9. A análise das ideologias é uma tarefa implícita na análise das atitudes e do esquema conceitual, referencial e operativo. 10. Grupos e práxis. Teoria e prática integram-se numa práxis concreta, que adquire sua força operativa no próprio campo de trabalhos, na forma de ganhos determinados que seguem uma espiral dialética 11. Grupos de referências. A análise das relações entre o intragrupoe e o extragrupo revela que nem sempre essas relações são de caráter antagônico. 12. Teoria da aprendizagem e da comunicação. 13. Estudos das constantes e variáveis como vetor de interpretação. 14. Unidade do aprender e do ensinar. Ensinar e aprender sempre operam dentro de um mesmo quadro de trabalho. É nesse campo que se deve investigar a função dessa unidade do aprender e do ensinar, o que implica, por sua vez, uma série de operações. Economizar trabalho nessa investigação é um dos principais propósitos de uma boa didática e de uma boa aprendizagem operante, sendo parte importante da tarefa a investigação dos métodos. Devemos identificar basicamente o ato de ensinar e aprender com o ato de inquirir, indagar ou investigar, e caracterizar a unidade "Ensinar e aprender" como uma contínua e dialética experiência de aprendizagem em espiral, na qual, num clima de plena interação, descobrem, ou redescobrem, aprendem e "se ensinam". 15. Para Kurt Lewin, os problemas de decisão de grupo são essenciais para considerar muitas questões básicas, tanto na psicologia social como na individual. Esse problema se vincula com a relação existente entre a motivação e a ação consequente, e com o efeito que a estrutura grupo tem sobre a disposição do indivíduo para modificar ou conservar certas linhas de comportamento. As finalidades e propósitos dos grupos operativos podem ser resumidos dizendo - se que sua atividade está centrada na mobilização de estruturas estereotipadas por causa do montante de ansiedade despertada por toda mudança. No grupo operativo, o esclarecimento, a comunicação, a aprendizagem e a resolução de tarefas coincidem com a cura, criando-se assim um novo esquema referencial. FICHAMENTO DO LIVRO: DINÂMICA E GÊNESE DOS GRUPOS. CAPÍTULO 5: COMUNICAÇÃO HUMANA E RELAÇÕES INTERPESSOAIS. Pela primeira vez, na história da humanidade, um grupo de pessoas, implicadas na realização de uma mesma tarefa, dirigiam a auto-avaliação de seu trabalho de grupo não sobre o conteúdo de suas discussões e de suas decisões, mas, segundo a expressão de Lewin, sobre os processos de suas trocas. Desde que conseguiram assimilar as fontes de bloqueio e de filtragem em suas comunicações, suas relações interpessoais evoluíram, tornando-se mais autênticas, e deu-se a integração entre eles no plano do trabalho. A coesão e a solidariedade resultantes mudaram profundamente a atmosfera de suas sessões de trabalho. Estas conseguiram, a partir deste momento, ritmos crescentes de produtividade e de criatividade. Necessidades Interpessoais A experiência preparada por Lewin e tentada por ele no M.T.I. com seus colaboradores mostrou-se concludente. Eles descobriram que a produtividade de um grupo e sua eficiência estão estreitamente relacionadas não somente com a competência de seus membros, mas sobretudo com solidariedade de suas relações interpessoais. Ao longo de demandas e sistemáticas pesquisas, Schutz consegue identificar como fundamentais três necessidades interpessoais. Estas necessidades seriam: a necessidade de inclusão, a necessidade de controle e a necessidade de afeição.1. Schutz define a necessidade de inclusão como a necessidade que experimenta todo membro novo de um grupo em se perceber e em sentir aceito, integrado, valorizado totalmente por aqueles aos quais se junta. Segundo o grau de maturidade social de cada indivíduo, segundo seu nível de socialização, a necessidade de inclusão condicionará e determinará atitudes em grupo mais ou menos adultas, mais ou menos evoluídas. 2. Para Schutz, a necessidade de controle consiste, para cada membro, em se definir para si mesmo suas próprias responsabilidades no grupo e também as de cada um que com ele forma grupo. Todo membro de um grupo deseja e sente a necessidade de que a existência e a dinâmica do grupo não escapem totalmente a seu controle. 3. A terceira e última necessidade interpessoal, considerada como fundamental por Schutz em toda dinâmica de grupo, é a necessidade de afeição. Este termo não é muito feliz. Tem-se prestado, muitas vezes, a ambiguidade e equívocos. Para Schutz, a expressão desta necessidade de afeição é fortemente condicionada e determinada pelo grau de maturidade social do individui. Expressão De Si E Trocas Com O Outro As teorias de Schutz sobre as necessidades interpessoais marcam um evidente progresso sobre algumas das descobertas de Lewin. Com a ajuda de instrumentos validados por ele, diagnosticou com muito acerto e não sem mérito, que há uma equação entre a integração de um grupo, a solidariedade interpessoal de seus membros e a satisfação em grupo das necessidades de inclusão, de controle e de afeição de seus membros. A gênese de um grupo e sua dinâmica são determinadas, em última análise, pelo grau de autenticidade das comunicações que se iniciam e se estabelecem entre seus membros. Todos têm centrado o estudo sobre a expressão de si na troca com o outro: como comunicar com o outro para que o diálogo se estabeleça. Eis aqui os dados: 1. A explicação científica da natureza da comunicação humana data das descobertas da cibernética. 2. As pesquisas assinaladas acima permitiram distinguir entre varios tipos de comunicação humana. A comunicação varia segundo os instrumentos utilizados para estabelecer o contato com o outro, segundo as pessoas em processo de comunicação, segundo os objetivos em vista. A. Os instrumentos Quantos aos instrumentos empregados, a comunicação pode ser verbal se alguém utiliza a linguagem oral ou escrita para iniciar e estabelecer o contato com o outro. Comunicação verbal e comunicação não verbal não estão sempre sincronizadas e sintonizadas no mesmo indivíduo. B. As pessoas Quanto às pessoas implicadas é preciso distinguir entre comunicação de grupo. As comunicações a dois podem ser pessoais, quando constituem um encontro entre dois seres que se percebem em relação de reciprocidade ou de complementariedade, como na amizade, no amor ou na fraternidade. As comunicações de grupo podem ser distinguidas entre comunicações intra-grupo, quando se estabelecem entre os membros de um mesmo grupo, e comunicações inter-grupos, quando constituem contatos e trocas entre dois ou vários grupos. C. Os objetivos Quanto aos objetivos, podemos distinguir entre comunicação condenatória e comunicação instrumental. A comunicação consumatória tem por fim exclusivo a troca com o outro. Ela pode apresentar-se sob formas prosaica, "falar por falar", ou adotar formas evoluídas, como o caso do espírito criativo que, habitado por um sonho constante, sente a imperiosa necessidade de comunicar ao outro seu universo pessoal. A comunicação instrumental, ao contrário, é sempre utilitária e comporta sempre segundas- intenções. Vias De Acesso Ao Outro As distâncias físicas entre os seres e entre os agrupamentos humanos foram quase abolidas pela técnica moderna, sobretudo após as descobertas inesperadas da eletrônica. Mas a comunicação humana não pode se iniciar nem se estabelecer, enquanto subsistirem distâncias psicológicas a transpor entre aqueles que querem entrar em comunicação. Alguns canais de comunicação são formais, oficiais, articulados. Relações Igualitárias E Relações Hierarquizadas Quanto mais forem espontâneas as vias de acesso ao outro e menos formais os canais de comunicação, mais a comunicação com ele têm possibilidade de tornar-se adequada e autêntica. 1. Duas destas quatro redes são definidas como horizontais. Elas têm de específico o seguinte: estes dois tipos de redes não podem aparecer, nem se estabelecer, senão em clima de grupo igualitário. A. Bavelas denomina a primeira destas duas redes horizontais de rede em círculo. Está constitui uma rede perfeita que não pode existir senão em grupo ou estruturas de trabalhos e de poder que sejam realmente democráticas. B. A segunda rede horizontal é chamada rede em cadeia. Ela é típica dos grupos "laissez-faire" em que a autoridade se exerce de modo bonachão. Componentes Essenciais Para quem quer entrar em comunicação com o outro, constitui um requistito que ele tenha sabido assinalar e identificar as vias de acesso maus seguras e, se preciso, haja reduzido ou abolido, graças aos meios funcionais e adequados, as distâncias físicas entre ele e o outro. 1. O emissor é aquele que toma a iniciativa da comunicação. Ele deve ser capaz de perceber e de discernir quando, em quê e como o outro lhe é acessível. 2. O receptor é aquele a quem se dirige a mensagem. Ele a captará na medida em que estiver psicologicamente sincronizado e sintonizado com o emissor. 3. A mensagem constitui o conteúdo da comunicação. Se ela constitue unicamente numa informação, então trata-se de uma mensagem ideacional. 4. O código é constituído pelo grupo de símbolos utilizados para formular a mensagem de tal modo que ela faça sentido para o receptor. A dinâmica dos grupos aprendeu a distinguir entre código público e código secreto. 5. Destaque ou camuflagem: o quinto componente essencial de toda comunicação humana consiste no conjunto das decisões que o emissor deve tomar, antes de entrar em comunicação, quanto ao conteúdo da mensagem e quanto ao código utilizado. RESENHA CAPÍTULO 3: PSICODRAMA E DINÂMICA DE GRUPO: RE- CRIANDO POSSIBILIDADES PARA O ENSINO DE PSICOLOGIA NA UNIVERSIDADE O Role-playing, para Kaufman (1993), "se preocupa com o desempenho do papel, e aqui a finalidade é a percepção objetiva dos sentimentos e das atitudes dos outros, que desempenham o contrapapel correspondente. O Role-playing é uma modalidade de teatro espontâneo apresentando-se como um recurso para o treinamento de determinados papéis, reproduzindo situações vividas ou imaginadas, sendo uma estratégia bastante utilizada em situações de supervisão, com vistas a encontrar a superação das dificuldades existentes no exercício de sua atividade profissional. O Teatro Espontâneo " permite aos estudantes ensaiarem diferentes possibilidades de papel, pesquisarem a estrutura dinâmica de certos papéis psico ou sociodramáticos." Os jogos dramáticos são "dramatizações empregadas com o fim de proporcionar aos alunos uma introdução sem brusquidão à linguagem dramática. Projeto Geral Moreniano Fundamentação Teórica René Marineau, em seu livro Jacob Levy Moreno- 1889-1974: Pai do Psicodrama, da Sociometria e da Psicoterapia de Grupo, desenvolveu um rico estudo histórico- biográfico sobre o homem Moreno, e serão desse livro muitas das informações que registrarei neste trabalho. Moreno nasceu em 06 de maio de 1889, em Bucarest, na Romênia e faleceu a 14 de maio de 1974, em Beacon. Aos quatro anos e meio de idade, Moreno e algumas outras crianças improvisaram uma brincadeira de ser Deus. Crendo intensamente que era Deus, Moreno ousou um voo do alto das cadeiras que tinham sido empilhadas para se chegar até ao céu e, ao lançar-se no espaço, caiu e quebrou o braço direito na queda. Antes da Primeira Guerra Mundial, tenta um trabalho comprostitutas, que poderia ser denominado de Psiquiatria Preventiva, em que pretendia fornecer- lhes instrumentos para que conseguissem ajudar-se mutuamente no aspecto psicológico. Entre 1915 e 1917, desenvolve atividades num campo de refugiados tiroleses. Formou -se em medicina em 1917; fundou O Teatro Vienense da Espontaneidade em 1921. Em 1° de abril de 1921, no dia das mentiras, deu-se o lançamento oficial do Psicodrama no Komodien Haus. Em 1922 Moreno funda o Teatro da Espontaneidade. Moreno começa, então a atribuir com mais frequência papéis mais agressivos agora Bárbara desempenhar no Teatro e ela os encena com muita habilidade e competência. Em 1936, Moreno muda-se para Beacon House e constrói o primeiro Teatro de Psicodrama, onde funcionou até 1982 um centro de formação de profissionais, além de sessões semanais de Psicodrama Público. O psiquiatra Moreno morre em Beacon, aos 85 anos de idade, e pede para que na sua sepultura sejam gravadas as seguintes palavras: AQUI JAZ AQUELE QUE ABRIU AS PORTAS DA PSIQUIATRA À ALEGRIA. Socionomia Socionomia, em que sócio vem do latim sociu, cujo significado é companheiro e nomia vem do grego nómos que significa regra, lei, que regula; portanto a Socionomia é proposta por Moreno como o estudo das leis do desenvolvimento social e das relações sociais. São as principais ramificações metodológias da Socionomia: - Sociodinamiâmica - Sociometria - Sociatria • A sociodinâmica estuda a estrutura e funcionamento dos grupos sociais, dos grupos isolados e das associações de grupo. • A Sociometria é a ciência da medida do relacionamento humano. Descreve e mede a dinâmica dos grupos, das relações sociais, a dinâmica Inter e intra grupal. • A Sociatria é a ciência do tratamento dos sistemas sócias, propõe-se a tratar as relações, os vínculos, utilizando-se de seus três métodos: o Psicodrama (quando o foco é grupo e a ênfase é colocada nos países institucionais) e a Psicoterapia de Grupo ( com alternância de foco) O Psicodrama é um método psicoterápico no qual os clientes são estimulados a continuar e a completar suas ações, através da dramatização, do Role-playing e da auto- apresentação dramática. O tripé básico da teoria do psicodrama visa articular a teoria dos papéis, a Sociometria e a teoria da Espontaneidade-Criatividade. O Psicodrama se propõe a resgatar e recuperar o homem psicodramático que existe em cada um de nós, com sua sensibilidade, genealidade e disposição para continuar criando. Prática Psicodramática A viabilização do Psicodrama enquanto prática se assenta sobre o tripé: contextos, etapas e instrumentos, os quais, articulados entre si, fazem acontecer a ação dramática proposta por Moreno. É importante ressaltar que, em atividades pedagógicas, também são considerados os mesmos procedimentos. Contextos Metodologicamente, três contextos são considerados para o exercício do prática Psicodramática: o social, o grupal e o dramático. Contexto social Segundo landini, o contexto social caracteriza-se pelo grau de compromisso e de responsabilidade com a realidade a que todos estão sujeitos (leis, regras etc., estabelecidas pelo sociedade)", é a realidade da vida e o cotidiano de cada um. Contexto grupal O contexto grupal é constituído pela realidade grupal tal como ela é, dentro de uma determinação de espaço e tempo escolhidos e delimitados e é onde se delinea o trabalho a ser desenvolvido com os membros do grupo. Contexto dramático Este contexto constitui-se pela realidade dramática no como se; seu tempo é fenomenológico, subjetivo e virtual, tanto, quanto seu espaço; o lugar é agora o imaginário e para a fantasia. Presente, passado e futuro são trabalhados em um só tempo. Etapas As etapas do Psicodrama são três: Aquecimento, Dramatização e Compartilhamento: o Aquecimento É o momento em que o grupo se mobiliza para a ação, em que se delinea e surge o protagonista (sujeito que emerge para a ação dramática e que veremos mais aprofundadamente em que outro tópico do trabalho). O aquecimento se subdivide em dois momentos: o Dramatização É a ação dramática propriamente dita, onde o protagonista irá dramatizar (representar), no contexto dramático figuras de seu mundo interno, presentificando seu conflito no cenário. o Compartilhamento Segundo Moreno, é o momento da participação terapêutica do grupo, quando cada indivíduo expõe seus sentimentos em relação ao que foi dramatizado. Nessa etapa, tem prioridade as emoções e os sentimentos diante do vivido; cada participante, de volta ao contexto grupal, pode extrair o que de seu está contido no trabalho realizado. o Instrumentos Ainda conforme Gonçalves, os instrumentos do Psicodrama são cinco: Cenário Espaço multidimensional e móvel onde ocorre a ação dramática Protagonista O autor ressalta que, no contexto grupal, já pode ser identificado um movimento protagônico que está presente e circulando, mas é no contexto dramático que se dará o surgimento do protagonista. Diretor É o terapeuta que coordena a sessão e tem três funções: diretor de cena, terapeuta do protagonista e do grupo e analista social. Ego-auxiliar É o terapeuta que interage em cena com o protagonista e tem três funções: ator, auxiliar do protagonista e observador social. Elementos do grupo podem exercer a função ego-auxiliar em situações específicas. Público ou platéia É um conjunto dos demais participantes da sessão psicodramática. Psicodrama Pedagógico O exercício do Psicodrama em situações de ensino tem recebido diversas nomenclaturas, a saber : Zerka Moreno denomina de Psicodrama Didático; Espina Barrio e Rubio Sanchez de Psicodrama Educativo e Romana de Psicodrama Aplicado à Educação. Método educacional Psicodramático Destacam-se três níveis de dramatizações. o Nível real A dramatização é real e se realiza no plano da experiência dos alunos ou dos dados se referência: a aproximação do conhecimento se dá a partir do que esses alunos já possuem intuitiva ou emocionalmente acumulado sobre o tema que será exteriozado. o Nível simbólico A dramatização é simbólica; o conhecimento se aproxima racionalmente; é o momento de os alunos elaborarem conceitualmente o que sabem, simbolizando pela abstração os elementos generalizadores que o conhecimento em pauta possui. o Nível da fantasia A partir dos momentos anterios, o conhecimento que vem sendo garantido e enriquecido poderá ser aprovado, aplicando-o a situações novas ou associando-os a outros conhecimentos. Trajetória metodológica No momento da realização desta pesquisa, estimou-se que o número de professores da faculdade escolhida congregasse um universo de aproximadamente 128 professores, sendo que 20 desses pertenciam ao curso de Fonoaudiologia e cerca de 108 docentes pertenciam ao curso de Psicologia. Procedimentos para análise e interpretação dos dados Uma vez sendo feitas as leituras dos depoimentos dos professores (unidades de contexto) e identificadas as unidades de registro (sentenças ou conjunto de sentenças significativas para a categorização), procebeu-se a definição de categorias , baseada naquilo que emergiu do discurso dos professores se utilizam ou não de técnicas de Dinâmica de Grupo e Técnicas Psicodramáticas enquanto recursos didáticos em sua prática docente. Com base na trajetória acima explicitada , foram adotados os seguintes passos: Coleta dos depoimentos. Transcrição dos depoimentos na íntegra. Levantamento das unidades. Categorização. Síntese das unidades de registro em casa categoria. Interpretação dos dados. Passarei à interpretação dos dados já organizados em um cenário mais amplo, construído e subsidiado pelos valores expressos pelos professores em seus discursos. Em relação ao psicodrama Com base nos quinze depoimentos respondidos,oito deles se utilizam de técnicas Psicodramáticas, (7 desses depoimentos também fazem uso de técnicas de Dinâmica de grupo) e um deles, o professor é supervisor de Psicodrama no instituto de psicologia. Em relação às Dinâmica de Grupo A visualização desse dados aponta para um predomínio de professores que se utilizam dos recursos didáticos fornecidos pela Dinâmica de Grupo em relação aos professores que não se utilizam desses recursos, e as condições, justificativas e frequência do emprego ou não dos mesmos são diversas.
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