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FIICHAMENTOS CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS EM DINÂMICA DE GRUPO. CAPÍTULO 13: TÉCNICA DOS GRUPOS OPERATIVOS

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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP 
CURSO DE PSICOLOGIA- MATUTINO- PS7A34 
PROCESSOS GRUPAIS 
SUELEM SANTOS DA COSTA- D357581 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHAMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS-AM 
2020 
FICHAMENTO DO LIVRO: CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS EM DINÂMICA 
DE GRUPO. CAPÍTULO 13: TÉCNICA DOS GRUPOS OPERATIVOS 
A investigação social vem adquirindo grande importância nos últimos tempos, 
devido à multiplicação de fatos incorporados a seu campo de estudo, assim como ao 
progresso de seus métodos e técnicas. O resultados obtidos, cada vez mais precisos e 
concretos, vêm contribuindo decididamente tanto para o conhecimento da sociedade 
como para a solução de problemas agudos. 
O psicólogo social, para poder operar com eficácia, necessita de uma ampla 
aprendizagem de seu ofício. É considerado, em seu meio, de duas maneiras bem opostas. 
Por um lado, é desvalorizado, enquanto por outro é supervalorizado em sua tarefa, com a 
mesma intensidade. Essa situação condiciona tensões nele e entre ele e os grupos, já que 
a negação e a onisciência formam um conjunto difícil de ser manejado. 
O ponto de partida de nossas investigações sobre os grupos operativos, tal como 
os concebemos hoje, provém do que denominamos Experiência Rosário (realizada em 
1958). Essa experiência esteve a cargo do Instituto Argentino de Estúdios Sociales 
(IADES)e foi planejada e dirigida por seu diretor, o doutor Enrique Pichon-Riviere. 
Formou-se com a colaboração da Faculdade de Ciências Econômicas, do Instituto de 
Estatística, da Faculdade de Filosofia e seu Departamento de Psicologia, da Faculdade de 
Medicina. 
A didática promovida por Pichon-Rivière é interdisciplinar, acumulativa, 
interdepartamental e de ensino orientado. 
A didática interdisciplinar baseia-se na preexistência, em cada um de nós, de um 
de nós, de um esquema referencial (conjunto de experiências, conhecimentos e afetos 
com os quais o indivíduo pensa e age) que adquire unidade através do trabalho em grupo; 
ela promove, por sua vez, nesse grupo ou comunidade, um esquema referencial operativo 
sustentado pelo denominador comum dos esquemas prévios. 
Uma das definições clássicas da didática e a de desenvolver atitudes e comunicar 
conhecimentos. Na didática interdisciplinar, cumprem-se funções de educar, de despertar 
interesse, de instruir e de transmitir conhecimentos, mas por meio de uma técnica que 
redunda em economia do trabalho de aprendizagem, visto que, ao se empregar o método 
afirmativo mencionado, a progressão não é aritmética, e sim geométrica. 
A didática interdisciplinar propicia a criação de departamentos onde os estudantes 
das diferentes faculdades vão estudar determinadas matérias comuns a seus estudos; ou 
seja, teriamls assim a conjugação dos diversos grupos de alunos em um mesmo espaço, 
criando inter-relações entre eles. 
Em Rosário, empregou-se como estratégia a criação de uma situação de 
laboratório social; como tática, a de grupos de comunicação, discussão e tarefa. Sabe-se 
que em sociologia é possível efetuar experimentos que podem, tão legitimamente quanto 
os fatos na física ou na química, ser classificados como científicos. 
Assim sendo, os grupos de discussão e tarefa, nos quais se estruturam mecanismos 
de auto-regulação, são postos em funcionamento por um coordenador, cuja finalidade é 
obter, dentro do grupo, uma comunicação que se mantenha ativa, ou seja, criador. Nessas 
técnicas grupais, a função do coordenador ou "co-pensor" consiste essencialmente em 
criar, manter e fomentar a comunicação e hiperatividade. Tomando esses elementos de 
forma ordenada, podemos assinalar algumas etapas primordiais do seu desenvolvimento: 
1. Departamento especializado. 
2. Comitês de articulação interdepartamental e outros dispositivos da 
coordenação. 
3. Um coordenador ou encarregado de estabelecer ligações entre diferentes 
disciplinas. 
4. O método chamado interdisciplinar. 
5. A didática interdisciplinar vem sendo o tema desta experiência de Rosário. 
6. A investigação da ação. 
7. Os sistemas referenciais correspondentes a esses grupos são investigados tanto 
em sua estrutura interna como em suas relações com os sistemas de outros grupos. 
8. Outro fenômeno observado, e que se transforma num vetor de interpretação, é 
que o pensamento que funciona no grupo vai desde o pensar vulgar ou comum até o 
pensamento científico. 
9. A análise das ideologias é uma tarefa implícita na análise das atitudes e do 
esquema conceitual, referencial e operativo. 
10. Grupos e práxis. Teoria e prática integram-se numa práxis concreta, que 
adquire sua força operativa no próprio campo de trabalhos, na forma de ganhos 
determinados que seguem uma espiral dialética 
11. Grupos de referências. A análise das relações entre o intragrupoe e o 
extragrupo revela que nem sempre essas relações são de caráter antagônico. 
12. Teoria da aprendizagem e da comunicação. 
13. Estudos das constantes e variáveis como vetor de interpretação. 
14. Unidade do aprender e do ensinar. Ensinar e aprender sempre operam dentro 
de um mesmo quadro de trabalho. 
É nesse campo que se deve investigar a função dessa unidade do aprender e do 
ensinar, o que implica, por sua vez, uma série de operações. Economizar trabalho nessa 
investigação é um dos principais propósitos de uma boa didática e de uma boa 
aprendizagem operante, sendo parte importante da tarefa a investigação dos métodos. 
Devemos identificar basicamente o ato de ensinar e aprender com o ato de inquirir, 
indagar ou investigar, e caracterizar a unidade "Ensinar e aprender" como uma contínua 
e dialética experiência de aprendizagem em espiral, na qual, num clima de plena 
interação, descobrem, ou redescobrem, aprendem e "se ensinam". 
15. Para Kurt Lewin, os problemas de decisão de grupo são essenciais para 
considerar muitas questões básicas, tanto na psicologia social como na individual. Esse 
problema se vincula com a relação existente entre a motivação e a ação consequente, e 
com o efeito que a estrutura grupo tem sobre a disposição do indivíduo para modificar ou 
conservar certas linhas de comportamento. 
As finalidades e propósitos dos grupos operativos podem ser resumidos dizendo -
se que sua atividade está centrada na mobilização de estruturas estereotipadas por causa 
do montante de ansiedade despertada por toda mudança. No grupo operativo, o 
esclarecimento, a comunicação, a aprendizagem e a resolução de tarefas coincidem com 
a cura, criando-se assim um novo esquema referencial. 
FICHAMENTO DO LIVRO: DINÂMICA E GÊNESE DOS GRUPOS. 
CAPÍTULO 5: COMUNICAÇÃO HUMANA E RELAÇÕES INTERPESSOAIS. 
Pela primeira vez, na história da humanidade, um grupo de pessoas, implicadas 
na realização de uma mesma tarefa, dirigiam a auto-avaliação de seu trabalho de grupo 
não sobre o conteúdo de suas discussões e de suas decisões, mas, segundo a expressão de 
Lewin, sobre os processos de suas trocas. Desde que conseguiram assimilar as fontes de 
bloqueio e de filtragem em suas comunicações, suas relações interpessoais evoluíram, 
tornando-se mais autênticas, e deu-se a integração entre eles no plano do trabalho. A 
coesão e a solidariedade resultantes mudaram profundamente a atmosfera de suas sessões 
de trabalho. Estas conseguiram, a partir deste momento, ritmos crescentes de 
produtividade e de criatividade. 
 Necessidades Interpessoais 
A experiência preparada por Lewin e tentada por ele no M.T.I. com seus 
colaboradores mostrou-se concludente. Eles descobriram que a produtividade de um 
grupo e sua eficiência estão estreitamente relacionadas não somente com a competência 
de seus membros, mas sobretudo com solidariedade de suas relações interpessoais. 
Ao longo de demandas e sistemáticas pesquisas, Schutz consegue identificar como 
fundamentais três necessidades interpessoais. Estas necessidades seriam: a necessidade 
de inclusão, a necessidade de controle e a necessidade de afeição.1. Schutz define a necessidade de inclusão como a necessidade que experimenta 
todo membro novo de um grupo em se perceber e em sentir aceito, integrado, valorizado 
totalmente por aqueles aos quais se junta. Segundo o grau de maturidade social de cada 
indivíduo, segundo seu nível de socialização, a necessidade de inclusão condicionará e 
determinará atitudes em grupo mais ou menos adultas, mais ou menos evoluídas. 
2. Para Schutz, a necessidade de controle consiste, para cada membro, em se 
definir para si mesmo suas próprias responsabilidades no grupo e também as de cada um 
que com ele forma grupo. Todo membro de um grupo deseja e sente a necessidade de que 
a existência e a dinâmica do grupo não escapem totalmente a seu controle. 
3. A terceira e última necessidade interpessoal, considerada como fundamental 
por Schutz em toda dinâmica de grupo, é a necessidade de afeição. Este termo não é muito 
feliz. Tem-se prestado, muitas vezes, a ambiguidade e equívocos. Para Schutz, a 
expressão desta necessidade de afeição é fortemente condicionada e determinada pelo 
grau de maturidade social do individui. 
 Expressão De Si E Trocas Com O Outro 
As teorias de Schutz sobre as necessidades interpessoais marcam um evidente 
progresso sobre algumas das descobertas de Lewin. Com a ajuda de instrumentos 
validados por ele, diagnosticou com muito acerto e não sem mérito, que há uma equação 
entre a integração de um grupo, a solidariedade interpessoal de seus membros e a 
satisfação em grupo das necessidades de inclusão, de controle e de afeição de seus 
membros. A gênese de um grupo e sua dinâmica são determinadas, em última análise, 
pelo grau de autenticidade das comunicações que se iniciam e se estabelecem entre seus 
membros. 
 Todos têm centrado o estudo sobre a expressão de si na troca com o outro: como 
comunicar com o outro para que o diálogo se estabeleça. Eis aqui os dados: 
1. A explicação científica da natureza da comunicação humana data das 
descobertas da cibernética. 
2. As pesquisas assinaladas acima permitiram distinguir entre varios tipos de 
comunicação humana. A comunicação varia segundo os instrumentos utilizados para 
estabelecer o contato com o outro, segundo as pessoas em processo de comunicação, 
segundo os objetivos em vista. 
A. Os instrumentos 
Quantos aos instrumentos empregados, a comunicação pode ser verbal se alguém 
utiliza a linguagem oral ou escrita para iniciar e estabelecer o contato com o outro. 
Comunicação verbal e comunicação não verbal não estão sempre sincronizadas e 
sintonizadas no mesmo indivíduo. 
B. As pessoas 
Quanto às pessoas implicadas é preciso distinguir entre comunicação de grupo. 
As comunicações a dois podem ser pessoais, quando constituem um encontro entre dois 
seres que se percebem em relação de reciprocidade ou de complementariedade, como na 
amizade, no amor ou na fraternidade. As comunicações de grupo podem ser distinguidas 
entre comunicações intra-grupo, quando se estabelecem entre os membros de um mesmo 
grupo, e comunicações inter-grupos, quando constituem contatos e trocas entre dois ou 
vários grupos. 
C. Os objetivos 
Quanto aos objetivos, podemos distinguir entre comunicação condenatória e 
comunicação instrumental. A comunicação consumatória tem por fim exclusivo a troca 
com o outro. Ela pode apresentar-se sob formas prosaica, "falar por falar", ou adotar 
formas evoluídas, como o caso do espírito criativo que, habitado por um sonho constante, 
sente a imperiosa necessidade de comunicar ao outro seu universo pessoal. A 
comunicação instrumental, ao contrário, é sempre utilitária e comporta sempre segundas-
intenções. 
 Vias De Acesso Ao Outro 
As distâncias físicas entre os seres e entre os agrupamentos humanos foram quase 
abolidas pela técnica moderna, sobretudo após as descobertas inesperadas da eletrônica. 
Mas a comunicação humana não pode se iniciar nem se estabelecer, enquanto subsistirem 
distâncias psicológicas a transpor entre aqueles que querem entrar em comunicação. 
Alguns canais de comunicação são formais, oficiais, articulados. 
 Relações Igualitárias E Relações Hierarquizadas 
Quanto mais forem espontâneas as vias de acesso ao outro e menos formais os 
canais de comunicação, mais a comunicação com ele têm possibilidade de tornar-se 
adequada e autêntica. 
1. Duas destas quatro redes são definidas como horizontais. Elas têm de específico 
o seguinte: estes dois tipos de redes não podem aparecer, nem se estabelecer, senão em 
clima de grupo igualitário. 
A. Bavelas denomina a primeira destas duas redes horizontais de rede em círculo. 
Está constitui uma rede perfeita que não pode existir senão em grupo ou estruturas de 
trabalhos e de poder que sejam realmente democráticas. 
B. A segunda rede horizontal é chamada rede em cadeia. Ela é típica dos grupos 
"laissez-faire" em que a autoridade se exerce de modo bonachão. 
 Componentes Essenciais 
Para quem quer entrar em comunicação com o outro, constitui um requistito que 
ele tenha sabido assinalar e identificar as vias de acesso maus seguras e, se preciso, haja 
reduzido ou abolido, graças aos meios funcionais e adequados, as distâncias físicas entre 
ele e o outro. 
1. O emissor é aquele que toma a iniciativa da comunicação. Ele deve ser capaz 
de perceber e de discernir quando, em quê e como o outro lhe é acessível. 
2. O receptor é aquele a quem se dirige a mensagem. Ele a captará na medida em 
que estiver psicologicamente sincronizado e sintonizado com o emissor. 
3. A mensagem constitui o conteúdo da comunicação. Se ela constitue unicamente 
numa informação, então trata-se de uma mensagem ideacional. 
4. O código é constituído pelo grupo de símbolos utilizados para formular a 
mensagem de tal modo que ela faça sentido para o receptor. A dinâmica dos grupos 
aprendeu a distinguir entre código público e código secreto. 
5. Destaque ou camuflagem: o quinto componente essencial de toda comunicação 
humana consiste no conjunto das decisões que o emissor deve tomar, antes de entrar em 
comunicação, quanto ao conteúdo da mensagem e quanto ao código utilizado. 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CAPÍTULO 3: PSICODRAMA E DINÂMICA DE GRUPO: RE-
CRIANDO POSSIBILIDADES PARA O ENSINO DE PSICOLOGIA NA 
UNIVERSIDADE 
O Role-playing, para Kaufman (1993), "se preocupa com o desempenho do papel, 
e aqui a finalidade é a percepção objetiva dos sentimentos e das atitudes dos outros, que 
desempenham o contrapapel correspondente. 
O Role-playing é uma modalidade de teatro espontâneo apresentando-se como um 
recurso para o treinamento de determinados papéis, reproduzindo situações vividas ou 
imaginadas, sendo uma estratégia bastante utilizada em situações de supervisão, com 
vistas a encontrar a superação das dificuldades existentes no exercício de sua atividade 
profissional. 
O Teatro Espontâneo " permite aos estudantes ensaiarem diferentes possibilidades 
de papel, pesquisarem a estrutura dinâmica de certos papéis psico ou sociodramáticos." 
Os jogos dramáticos são "dramatizações empregadas com o fim de proporcionar 
aos alunos uma introdução sem brusquidão à linguagem dramática. 
 Projeto Geral Moreniano 
 Fundamentação Teórica 
René Marineau, em seu livro Jacob Levy Moreno- 1889-1974: Pai do Psicodrama, 
da Sociometria e da Psicoterapia de Grupo, desenvolveu um rico estudo histórico-
biográfico sobre o homem Moreno, e serão desse livro muitas das informações que 
registrarei neste trabalho. 
Moreno nasceu em 06 de maio de 1889, em Bucarest, na Romênia e faleceu a 14 
de maio de 1974, em Beacon. Aos quatro anos e meio de idade, Moreno e algumas outras 
crianças improvisaram uma brincadeira de ser Deus. Crendo intensamente que era Deus, 
Moreno ousou um voo do alto das cadeiras que tinham sido empilhadas para se chegar 
até ao céu e, ao lançar-se no espaço, caiu e quebrou o braço direito na queda. 
Antes da Primeira Guerra Mundial, tenta um trabalho comprostitutas, que poderia 
ser denominado de Psiquiatria Preventiva, em que pretendia fornecer- lhes instrumentos 
para que conseguissem ajudar-se mutuamente no aspecto psicológico. Entre 1915 e 1917, 
desenvolve atividades num campo de refugiados tiroleses. 
Formou -se em medicina em 1917; fundou O Teatro Vienense da Espontaneidade 
em 1921. Em 1° de abril de 1921, no dia das mentiras, deu-se o lançamento oficial do 
Psicodrama no Komodien Haus. 
Em 1922 Moreno funda o Teatro da Espontaneidade. Moreno começa, então a 
atribuir com mais frequência papéis mais agressivos agora Bárbara desempenhar no 
Teatro e ela os encena com muita habilidade e competência. 
Em 1936, Moreno muda-se para Beacon House e constrói o primeiro Teatro de 
Psicodrama, onde funcionou até 1982 um centro de formação de profissionais, além de 
sessões semanais de Psicodrama Público. 
 O psiquiatra Moreno morre em Beacon, aos 85 anos de idade, e pede para que na 
sua sepultura sejam gravadas as seguintes palavras: AQUI JAZ AQUELE QUE ABRIU 
AS PORTAS DA PSIQUIATRA À ALEGRIA. 
 Socionomia 
Socionomia, em que sócio vem do latim sociu, cujo significado é companheiro e 
nomia vem do grego nómos que significa regra, lei, que regula; portanto a Socionomia é 
proposta por Moreno como o estudo das leis do desenvolvimento social e das relações 
sociais. 
São as principais ramificações metodológias da Socionomia: 
- Sociodinamiâmica 
- Sociometria 
- Sociatria 
• A sociodinâmica estuda a estrutura e funcionamento dos grupos sociais, dos 
grupos isolados e das associações de grupo. 
• A Sociometria é a ciência da medida do relacionamento humano. Descreve e 
mede a dinâmica dos grupos, das relações sociais, a dinâmica Inter e intra grupal. 
• A Sociatria é a ciência do tratamento dos sistemas sócias, propõe-se a tratar as 
relações, os vínculos, utilizando-se de seus três métodos: o Psicodrama (quando o foco é 
grupo e a ênfase é colocada nos países institucionais) e a Psicoterapia de Grupo ( com 
alternância de foco) 
O Psicodrama é um método psicoterápico no qual os clientes são estimulados a 
continuar e a completar suas ações, através da dramatização, do Role-playing e da auto-
apresentação dramática. 
O tripé básico da teoria do psicodrama visa articular a teoria dos papéis, a 
Sociometria e a teoria da Espontaneidade-Criatividade. 
O Psicodrama se propõe a resgatar e recuperar o homem psicodramático que existe 
em cada um de nós, com sua sensibilidade, genealidade e disposição para continuar 
criando. 
 Prática Psicodramática 
A viabilização do Psicodrama enquanto prática se assenta sobre o tripé: contextos, 
etapas e instrumentos, os quais, articulados entre si, fazem acontecer a ação dramática 
proposta por Moreno. É importante ressaltar que, em atividades pedagógicas, também são 
considerados os mesmos procedimentos. 
 Contextos 
Metodologicamente, três contextos são considerados para o exercício do prática 
Psicodramática: o social, o grupal e o dramático. 
 Contexto social 
Segundo landini, o contexto social caracteriza-se pelo grau de compromisso e de 
responsabilidade com a realidade a que todos estão sujeitos (leis, regras etc., estabelecidas 
pelo sociedade)", é a realidade da vida e o cotidiano de cada um. 
 Contexto grupal 
O contexto grupal é constituído pela realidade grupal tal como ela é, dentro de 
uma determinação de espaço e tempo escolhidos e delimitados e é onde se delinea o 
trabalho a ser desenvolvido com os membros do grupo. 
 Contexto dramático 
Este contexto constitui-se pela realidade dramática no como se; seu tempo é 
fenomenológico, subjetivo e virtual, tanto, quanto seu espaço; o lugar é agora o 
imaginário e para a fantasia. Presente, passado e futuro são trabalhados em um só tempo. 
 Etapas 
As etapas do Psicodrama são três: Aquecimento, Dramatização e 
Compartilhamento: 
o Aquecimento 
É o momento em que o grupo se mobiliza para a ação, em que se delinea e surge 
o protagonista (sujeito que emerge para a ação dramática e que veremos mais 
aprofundadamente em que outro tópico do trabalho). O aquecimento se subdivide em dois 
momentos: 
o Dramatização 
É a ação dramática propriamente dita, onde o protagonista irá dramatizar 
(representar), no contexto dramático figuras de seu mundo interno, presentificando seu 
conflito no cenário. 
o Compartilhamento 
Segundo Moreno, é o momento da participação terapêutica do grupo, quando cada 
indivíduo expõe seus sentimentos em relação ao que foi dramatizado. Nessa etapa, tem 
prioridade as emoções e os sentimentos diante do vivido; cada participante, de volta ao 
contexto grupal, pode extrair o que de seu está contido no trabalho realizado. 
o Instrumentos 
Ainda conforme Gonçalves, os instrumentos do Psicodrama são cinco: 
 Cenário 
Espaço multidimensional e móvel onde ocorre a ação dramática 
 Protagonista 
O autor ressalta que, no contexto grupal, já pode ser identificado um movimento 
protagônico que está presente e circulando, mas é no contexto dramático que se dará o 
surgimento do protagonista. 
 Diretor 
É o terapeuta que coordena a sessão e tem três funções: diretor de cena, terapeuta 
do protagonista e do grupo e analista social. 
 Ego-auxiliar 
É o terapeuta que interage em cena com o protagonista e tem três funções: ator, 
auxiliar do protagonista e observador social. Elementos do grupo podem exercer a função 
ego-auxiliar em situações específicas. 
 Público ou platéia 
É um conjunto dos demais participantes da sessão psicodramática. 
 Psicodrama Pedagógico 
O exercício do Psicodrama em situações de ensino tem recebido diversas 
nomenclaturas, a saber : Zerka Moreno denomina de Psicodrama Didático; Espina Barrio 
e Rubio Sanchez de Psicodrama Educativo e Romana de Psicodrama Aplicado à 
Educação. 
 Método educacional Psicodramático 
Destacam-se três níveis de dramatizações. 
o Nível real 
 A dramatização é real e se realiza no plano da experiência dos alunos ou 
dos dados se referência: a aproximação do conhecimento se dá a partir do que esses alunos 
já possuem intuitiva ou emocionalmente acumulado sobre o tema que será exteriozado. 
o Nível simbólico 
 A dramatização é simbólica; o conhecimento se aproxima racionalmente; 
é o momento de os alunos elaborarem conceitualmente o que sabem, simbolizando pela 
abstração os elementos generalizadores que o conhecimento em pauta possui. 
o Nível da fantasia 
 A partir dos momentos anterios, o conhecimento que vem sendo garantido 
e enriquecido poderá ser aprovado, aplicando-o a situações novas ou associando-os a 
outros conhecimentos. 
 Trajetória metodológica 
No momento da realização desta pesquisa, estimou-se que o número de 
professores da faculdade escolhida congregasse um universo de aproximadamente 128 
professores, sendo que 20 desses pertenciam ao curso de Fonoaudiologia e cerca de 108 
docentes pertenciam ao curso de Psicologia. 
 Procedimentos para análise e interpretação dos dados 
Uma vez sendo feitas as leituras dos depoimentos dos professores (unidades de 
contexto) e identificadas as unidades de registro (sentenças ou conjunto de sentenças 
significativas para a categorização), procebeu-se a definição de categorias , baseada 
naquilo que emergiu do discurso dos professores se utilizam ou não de técnicas de 
Dinâmica de Grupo e Técnicas Psicodramáticas enquanto recursos didáticos em sua 
prática docente. 
Com base na trajetória acima explicitada , foram adotados os seguintes passos: 
Coleta dos depoimentos. 
Transcrição dos depoimentos na íntegra. 
Levantamento das unidades. 
Categorização. 
Síntese das unidades de registro em casa categoria. 
 Interpretação dos dados. 
Passarei à interpretação dos dados já organizados em um cenário mais amplo, 
construído e subsidiado pelos valores expressos pelos professores em seus discursos. 
 Em relação ao psicodrama 
Com base nos quinze depoimentos respondidos,oito deles se utilizam de técnicas 
Psicodramáticas, (7 desses depoimentos também fazem uso de técnicas de Dinâmica de 
grupo) e um deles, o professor é supervisor de Psicodrama no instituto de psicologia. 
 Em relação às Dinâmica de Grupo 
A visualização desse dados aponta para um predomínio de professores que se 
utilizam dos recursos didáticos fornecidos pela Dinâmica de Grupo em relação aos 
professores que não se utilizam desses recursos, e as condições, justificativas e frequência 
do emprego ou não dos mesmos são diversas.

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