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Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I Unidade 2 – FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA Professor: Ms. Alessandro da Silva Longa E-mail: alessandro123@globo.com 2020 1 2.1 Introdução • Esta seção apresenta a modelagem matemática de sistemas mecânicos e elétricos. Na aula passada, obtivemos modelos matemáticos de um circuito elétrico simples. Agora, consideraremos a modelagem matemática de vários sistemas mecânicos e elétricos que podem fazer parte de sistemas de controle. • A lei fundamental que governa os sistemas mecânicos é a segunda lei de Newton. Aplicaremos essa lei a vários sistemas mecânicos e derivaremos modelos em função de transferência e modelos em espaço de estados. • As leis básicas que governam os circuitos elétricos são as leis de Kirchhoff. Obteremos os modelos em função de transferência e espaço de estados de vários circuitos elétricos e sistemas amplificadores operacionais que podem fazer parte de muitos sistemas de controle. • Porém, antes estudaremos a teoria de controle moderno: Modelagem no Espaço de Estados. 2 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I 2.2 Modelagem matemática de sistemas de controle • No estudo de sistemas de controle, o engenheiro deve ser capaz de modelar sistemas dinâmicos em termos matemáticos e analisar suas características dinâmicas. O modelo matemático de um sistema dinâmico é definido como um conjunto de equações que representa a dinâmica do sistema com precisão ou, pelo menos, razoavelmente bem. Note que um modelo matemático não é único para determinado sistema. Um sistema pode ser representado de muitas maneiras diferentes e, portanto, pode ter vários modelos matemáticos, dependendo da perspectiva a ser considerada. • A dinâmica de muitos sistemas mecânicos, elétricos, térmicos, econômicos, biológicos ou outros pode ser descrita em termos de equações diferenciais. Essas equações diferenciais são obtidas pelas leis físicas que regem dado sistema — por exemplo, as leis de Newton para sistemas mecânicos e as leis de Kirchhoff para sistemas elétricos. Devemos sempre ter em mente que construir modelos matemáticos adequados é a parte mais importante da análise de sistemas de controle como um todo. • Assumiremos que o princípio de causalidade se aplica aos sistemas considerados. Isso significa que a atual saída do sistema (no instante t = 0) depende da entrada anterior (a entrada em um instante t < 0), mas não depende da entrada futura (as entradas nos instantes t > 0). 3 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I 2.2 Modelagem matemática de sistemas de controle • Modelos matemáticos. Os modelos matemáticos podem assumir diferentes formas. Dependendo do sistema considerado e das circunstâncias particulares, um modelo matemático pode ser mais adequado que outros. Por exemplo, nos problemas de controle ótimo é vantajoso utilizar representações de espaço de estados. Por outro lado, para a análise da resposta transitória ou da resposta em frequência de um sistema linear, invariante no tempo, de entrada e de saída únicas, a representação pela função de transferência pode ser mais conveniente que qualquer outra. Uma vez obtido o modelo matemático de um sistema, podem ser utilizadas várias ferramentas analíticas e de computação para efeito de análise e síntese. • Simplicidade versus precisão. Na obtenção de um modelo matemático, devemos estabelecer uma conciliação entre a simplicidade do modelo e a precisão dos resultados da análise. Na obtenção de um modelo matemático relativamente simplificado, frequentemente torna-se necessário ignorar certas propriedades físicas inerentes ao sistema. • Sistemas lineares. Um sistema é dito linear se o princípio da superposição se aplicar a ele. O princípio da superposição afirma que a resposta produzida pela aplicação simultânea de duas funções de determinação diversas é a soma das duas respostas individuais. Então, para o sistema linear, a resposta a diversas entradas pode ser calculada tratando uma entrada de cada vez • e somando os resultados. Esse é o princípio que permite construir soluções complicadas para equações diferenciais lineares a partir de soluções simples. • Sistemas lineares invariantes no tempo e sistemas lineares variantes no tempo. Uma equação diferencial é linear se os coeficientes forem constantes ou somente funções da variável independente. Os sistemas dinâmicos compostos por componentes lineares de parâmetros concentrados invariantes no tempo podem ser descritos por equações diferenciais lineares invariantes no tempo — isto é, de coeficientes constantes. Esses sistemas são denominados sistemas lineares invariantes no tempo (ou lineares de coeficientes constantes). Os sistemas representados por equações diferenciais, cujos coeficientes são funções de tempo, são chamados sistemas lineares variantes no tempo. 4 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I 2.2 Modelagem matemática de sistemas de controle • Função de transferência. A função de transferência de um sistema representado por uma equação diferencial linear invariante no tempo é definida como a relação entre a transformada 12 Engenharia de controle moderno de Laplace da saída (função de resposta — response function) e a transformada de Laplace da entrada (função de excitação — driving function), admitindo-se todas as condições iniciais nulas. Abaixo, x é a entrada e y a saída: • Utilizando o conceito de função de transferência, é possível representar a dinâmica de um sistema por meio de uma equação algébrica em s. Se a maior potência de s no denominador da função de transferência for igual a n, o sistema será denominado sistema de ordem n. • A aplicabilidade do conceito de função de transferência é limitada a sistemas de equações diferenciais lineares invariantes no tempo. 5 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I 2.2 Modelagem matemática de sistemas de controle • Tudo bem, mas o que realmente é uma função de transferência? a) A função de transferência de um sistema é um modelo matemático que constitui um método operacional para expressar a equação diferencial que relaciona a variável de saída à variável de entrada. b) A função de transferência é uma propriedade inerente ao sistema, independentemente da magnitude e da natureza da função de entrada ou de excitação. c) A função de transferência inclui as unidades necessárias para relacionar a entrada à saída; entretanto, não fornece nenhuma informação relativa à estrutura física do sistema. (As funções de transferência de diversos sistemas fisicamente diferentes podem ser idênticas.) d) Se a função de transferência de um sistema for conhecida, a saída ou a resposta poderá ser estudada para várias maneiras de entrada, visando ao entendimento da natureza do sistema. e) Se a função de transferência de um sistema não for conhecida, ela pode ser determinada experimentalmente com o auxílio de entradas conhecidas e do estudo das respectivas respostas do sistema. Uma vez determinada, a função de transferência fornece uma descrição completa das características dinâmicas do sistema, independentemente de sua descrição física. 6 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I 2.2 Modelagem matemática de sistemas de controle • Para um sistema linear, invariante no tempo, a função de transferência G(s) é: • Onde X(s) é a transformada de Laplace da entrada e Y(s) é a transformada de Laplace da saída do sistema, considerando que todas as condições iniciais envolvidas sejam nulas. Segue-se que a saída Y(s) pode ser escrita como o produtode G(s) e X(s) ou: • Função de resposta impulsiva. Considere a saída (resposta) de um sistema linear invariante no tempo a um impulso unitário de entrada quando as condições iniciais são nulas. Como a transformada de Laplace da função impulso unitário é igual à unidade, a transformada de Laplace da saída do sistema é: • A transformada inversa de Laplace da saída, dada pela Equação 2.2, é a resposta impulsiva do sistema. A transformada inversa de Laplace de G(s) ou , sendo chamada função de resposta impulsiva. Essa função g(t) também é denominada função característica do sistema. • A função de resposta impulsiva g(t) é, portanto, a resposta de um sistema linear invariante no tempo a um impulso unitário de entrada, quando as condições iniciais do sistema são nulas. A transformada de Laplace dessa função fornece a função de transferência. Assim, a função de transferência e a função de resposta impulsiva de um sistema linear invariante no tempo contêm as mesmas informações sobre a dinâmica do sistema. Dessa maneira, é possível obter informações completas sobre as características dinâmicas de um sistema, por meio da excitação por um impulso de entrada e medindo a resposta. (Na prática, um pulso de entrada de duração muito pequena, comparado com constantes de tempo dominantes do sistema, pode ser considerado um impulso.) 7 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I 2.4 Funções de Transferência de Circuitos Elétricos • Agora, aplicaremos formalmente a função de transferência na modelagem matemática de circuitos elétricos, incluindo circuitos passivos e circuitos com amplificadores operacionais. Seções subsequentes cobrem sistemas mecânicos e eletromecânicos. • Percebam que já realizamos as modelagens pelo domínio S e pelo Espaço de Estado. • Circuitos equivalentes para os circuitos elétricos com os quais trabalharemos inicialmente consistem em três componentes lineares passivos: resistores, capacitores e indutores. A tabela abaixo resume os componentes e as relações entre tensão e corrente, e entre tensão e carga para condições iniciais nulas. • Combinamos agora os componentes elétricos em circuitos, decidimos sobre a entrada e a saída e obtemos a função de transferência. Nossos princípios orientadores são as leis de Kirchhoff. Somamos tensões ao longo de malhas ou somamos correntes em nós, dependendo de qual técnica envolve o menor esforço de manipulação algébrica, e em seguida igualamos o resultado a zero. A partir dessas relações podemos escrever as equações diferenciais para o circuito. Em seguida tomamos a transformada de Laplace das equações diferenciais e, finalmente, resolvemos para obter a função de transferência. Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I 8 2.4 Funções de Transferência de Circuitos Elétricos • Agora, aplicaremos formalmente a função de transferência na modelagem matemática de circuitos elétricos, incluindo circuitos passivos e circuitos com amplificadores operacionais. Seções subsequentes cobrem sistemas mecânicos e eletromecânicos. • Percebam que já realizamos as modelagens pelo domínio S e pelo Espaço de Estado. • Circuitos equivalentes para os circuitos elétricos com os quais trabalharemos inicialmente consistem em três componentes lineares passivos: resistores, capacitores e indutores. A tabela abaixo resume os componentes e as relações entre tensão e corrente, e entre tensão e carga para condições iniciais nulas. • Combinamos agora os componentes elétricos em circuitos, decidimos sobre a entrada e a saída e obtemos a função de transferência. Nossos princípios orientadores são as leis de Kirchhoff. Somamos tensões ao longo de malhas ou somamos correntes em nós, dependendo de qual técnica envolve o menor esforço de manipulação algébrica, e em seguida igualamos o resultado a zero. A partir dessas relações podemos escrever as equações diferenciais para o circuito. Em seguida tomamos a transformada de Laplace das equações diferenciais e, finalmente, resolvemos para obter a função de transferência. Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I 9 10 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I • Voltemos ao exemplo da Unidade I Soma das Tensões: Substituindo as correntes por carga: , mas: Aplicando Laplace: ℒ 𝐿𝐶 𝑑2𝑣𝑐(𝑡) 𝑑𝑡2 + ℒ 𝑅𝐶 𝑑𝑣𝑐(𝑡) 𝑑𝑡 + ℒ 𝑣𝑐(𝑡) = ℒ 𝑣(𝑡) 𝐿𝐶. ℒ 𝑑2𝑣𝑐(𝑡) 𝑑𝑡2 + 𝑅𝐶. ℒ 𝑑𝑣𝑐(𝑡) 𝑑𝑡 + ℒ 𝑣𝑐(𝑡) = ℒ 𝑣(𝑡) 𝐿𝐶. [𝑠2𝑉𝑐 𝑠 − 𝑠 𝑉𝑐 0 − ሶ𝑉𝑐(0)] + 𝑅𝐶. [𝑠 𝑉𝑐 𝑠 − 𝑉𝑐 0 ] + 𝑉𝑐 𝑠 = 𝑉(𝑠) 𝐿𝐶. [𝑠2𝑉𝑐 𝑠 − 0 − 0)] + 𝑅𝐶. [𝑠 𝑉𝑐 𝑠 − 0] + 𝑉𝑐 𝑠 = 𝑉(𝑠) 𝐿𝐶. [𝑠2𝑉𝑐 𝑠 ] + 𝑅𝐶. [𝑠 𝑉𝑐 𝑠 ] + 𝑉𝑐 𝑠 = 𝑉(𝑠) 𝑉𝑐 𝑠 . [𝑠 2𝐿𝐶 + 𝑠 𝑅𝐶 + 1] = 𝑉(𝑠) 𝑉𝑐 𝑠 𝑉(𝑠) = 1 [𝑠2𝐿𝐶 + 𝑠 𝑅𝐶 + 1] 2.4 Funções de Transferência de Circuitos Elétricos 11 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I • Voltemos ao exemplo da Unidade I • Poderíamos redesenhar o circuito utilizando as impedâncias: 𝑉𝑐 𝑠 𝑉(𝑠) = 1 [𝑠2𝐿𝐶 + 𝑠 𝑅𝐶 + 1] 2.4 Funções de Transferência de Circuitos Elétricos Cs IRILsIsV 1 )( ++= Cs IsVc 1 )( = • Agora precisamos encontrar Vc/Vs: ++= Cs RLsIsV 1 )( ++= Cs RLsCssVsV C 1 )()( ++ = Cs RLsCs sV sVC 1 1 )( )( 12 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I • Logo, podemos escrever um passo a passo para estudar/modelar os sistemas elétricos por meio de suas funções de transferência: • Para se resolver circuitos elétricos complexos – aqueles com múltiplas malhas e nós – utilizando a análise das malhas, podemos executar os seguintes passos: 1. Substituir os valores dos elementos passivos por suas impedâncias. 2. Substituir todas as fontes e variáveis temporais por suas transformadas de Laplace. 3. Admitir uma corrente transformada e um sentido de corrente em cada malha. 4. Escrever a lei de Kirchhoff das tensões para cada malha. 5. Resolver as equações simultâneas para a saída. 6. Formar a função de transferência. 2.4 Funções de Transferência de Circuitos Elétricos 13 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I • Vamos a um exemplo: considere o circuito abaixo, determine a função de transferência, . • SOLUÇÃO: O primeiro passo para a solução é converter o circuito em transformadas de Laplace para impedâncias e variáveis do circuito, admitindo condições iniciais nulas. O resultado é mostrado na Figura 2.6(b). O circuito com o qual estamos lidando requer duas equações simultâneas para obtermos a função de transferência. Essas equações podem ser obtidas somando-se as tensões ao longo de cada malha, através das quais admitimos que circulem correntes I1(s) e I2(s). Para a Malha 1, em que circula I1(s), 2.4 Funções de Transferência de Circuitos Elétricos 𝐼2(𝑠) 𝑉(𝑠) 14 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I • Para a Malha 1, em que circula I1(s), • Para a malha 2, em que circula I2(s), 2.4 Funções de Transferência de Circuitos Elétricos )()()()( 2111 sILssILssIRsV −+= 0)()( 1 )()( 12222 =−++ sILssI Cs sIRsILs 15 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I • O exercício pede a função de transferência I2(s)/V(s): 2.4 Funções de Transferência de Circuitos Elétricos )()()()( 2111 sILssILssIRsV −+= 0)()( 1 )()( 12222 =−++ sILssI Cs sIRsILs )( 1 )()()( 22221 sI CssIRsILssILs ++= Ls sI Cs sIRsILs sI )( 1 )()( )( 2222 1 ++ = 16 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I • O exercício pede a função de transferência I2(s)/V(s): 2.4 Funções de Transferência de Circuitos Elétricos )()()()( 2111 sILssILssIRsV −+= Ls sI Cs sIRsILs sI )( 1 )()( )( 2222 1 ++ = ( ) )()()( 211 sILsLsRsIsV −+= ( ) )( )( 1 )()( )( 21 2222 sILsLsR Ls sI Cs sIRsILs sV −+ ++ = ( ) − + ++ = Ls Ls LsR Cs RLs sIsV 12 2 1 )()( ( ) − + ++ = Ls Ls LsR Cs RLs sV sI 12 2 1 1 )( )( 17 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I • O exercício pede a função de transferência I2(s)/V(s): 2.4 Funções de Transferência de Circuitos Elétricos ( ) LsLsLsR Cs RLs Ls sV sI −+ ++ = 12 2 1)( )( ( )( ) CsLsLsLsRCsRCsLs LCs sV sI −+++ = 12 2 2 1)( )( ( ) − + ++ = Ls Ls LsR Cs RLs sV sI 12 2 1 1 )( )( ( ) −+ ++ = Ls LsLsLsR Cs RLs sV sI 12 2 1 1 )( )( ( )( ) Cs CsLsLs Cs LsRCsRCsLs Ls sV sI − +++ = 12 2 1)( )( CsLsLsLsLsCsRLsCsLsRCsRRCsLsR LCs sV sI −+++++ = 21211 2 2 )( )( 18 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I • Obtenha a transformada de Laplace de f(t) = te–5t 2.4 Funções de Transferência de Circuitos Elétricos LsLCsRRCsRRLCsR LCs sV sI ++++ = 2 2121 2 1 2 2 )( )( CsLsLsLsLsCsRLsCsLsRCsRRCsLsR LCs sV sI −+++++ = 21211 2 2 )( )( ( ) ( ) 121 2 21 2 2 )( )( RsLCRRLCsRR LCs sV sI ++++ = 22 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I • Mostramos que circuitos elétricos podem ser modelados por uma função de transferência, G(s), que relaciona algebricamente a transformada de Laplace da saída com a transformada de Laplace da entrada. Agora, iremos fazer o mesmo para os sistemas mecânicos. • Os sistemas mecânicos se assemelham tanto aos circuitos elétricos que existem analogias entre componentes e variáveis elétricos e mecânicos. Os sistemas mecânicos, da mesma forma que os circuitos elétricos, possuem três componentes lineares passivos. Dois deles, a mola e a massa, são elementos armazenadores de energia, e o outro, o amortecedor viscoso, dissipa energia. Os dois elementos armazenadores de energia são análogos aos dois elementos armazenadores de energia elétricos, o indutor e o capacitor. O dissipador de energia é análogo à resistência elétrica. Na tabela, K, fv e M são chamados de constante de mola, coeficiente de atrito viscoso e massa, respectivamente. 2.5 Funções de Transferência de Sistemas Mecânicos 23 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I • O sistema mecânico requer apenas uma equação diferencial, chamada de equação de movimento, para descrevê-lo. Inicialmente admitiremos um sentido positivo para o movimento, por exemplo, para a direita. Esse sentido positivo de movimento adotado é similar a admitir um sentido para a corrente em uma malha elétrica. Utilizando o sentido adotado para o movimento positivo, desenhamos inicialmente um diagrama de corpo livre, colocando sobre o corpo todas as forças que agem sobre ele, tanto no sentido do movimento quanto no sentido oposto. Em seguida, utilizamos a lei de Newton para produzir uma equação diferencial de movimento somando as forças e igualando a soma a zero. Finalmente, admitindo condições iniciais nulas aplicamos a transformada de Laplace à equação diferencial, separamos as variáveis e chegamos à função de transferência. Segue um exemplo. • Determine a função de transferência, X(s)/F(s), para o sistema da figura abaixo: 2.5 Funções de Transferência de Sistemas Mecânicos 24 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I SOLUÇÃO: Comece a solução desenhando o diagrama de corpo livre mostrado na figura. Coloque sobre a massa todas as forças exercidas sobre ela. Admitimos que a massa esteja se movendo para a direita. Assim, apenas a força aplicada é orientada para a direita; todas as demais forças dificultam o movimento e atuam para se opor a ele. Assim, as forças da mola, do amortecedor viscoso e a decorrente da aceleração são orientadas para a esquerda. Escrevemos agora a equação diferencial de movimento utilizando a lei de Newton para igualar a zero a soma de todas as forças mostradas atuando sobre a massa: Aplicando a transformada de Laplace, admitindo condições iniciais nulas: 2.5 Funções de Transferência de Sistemas Mecânicos )()()0()()0´()0()(2 sFSXKxSsXfxxssXsM v =+−+−− )()()()(2 sFSXKSsXfsXsM v =++ ( ) )()(2 sFsXKsfsM v =++ ( )KsfsMsF sX v ++ = 2 1 )( )( 2.6 Sistema Completo 25 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I 2.7 Exercícios 26 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0143 – 3006 – Controle e Servomecanismos I Determine a função de transferência, G(s) = Vs(s)/Ve(s), para cada circuito mostrado: 0 )( 1 )( 1 )()( =++ − s sVsVsVsV ooio ( ) 0)()()()( =++− sVssVssVsV ooio ( ) 0=++− ooio VsVsVV 0=++− ooio VsVsVsV 02 =+− oio VsVsV sVVsV ioo =+2 ( ) sVsV io =+ 12 ( )12 + = s s V V i o 2.8 Modelagem do Filtro • Filtro Passa-Baixo 1 (R=1 ohm e C=1 farad) 1.1 Equação no domínio do tempo: 1.2 Função de Transferência 27 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS += += di C tRiv vvv e cre )( 1 )( RCs sG RCssV sV CsR Cs RCs Cs R Cs sV sV sI Cs sRIsV e c e c e + = + = + = + = + = += 1 1 )( 1 1 )( )( 1 1 1 1 1 1 )( )( )( 1 )()( 1.3 Resultado da Laplace Inversa t RCe RC tg RC sRC RCsRCs sG 1 1 )( 1 1 1 1 1 1 )( − = + = + = + = 1.4 Diagrama de Polos e Zeros 101 1 1 111 1 1 1 )( −==+ + = + = + = ss ssRCs sG 2.9 Modelagem de Sistemas e Circuitos Diversos 28 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS 2.9 Modelagem de Sistemas e Circuitos Diversos 29 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS 2.9 Modelagem de Sistemas e Circuitos Diversos 30 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS 2.9 Modelagem de Sistemas e Circuitos Diversos 31 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS 2.9 Modelagem de Sistemas e Circuitos Diversos 32 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS 2.9 Modelagem de Sistemas e Circuitos Diversos 33 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS 2.9 Modelagem de Sistemas e Circuitos Diversos 34 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS 2.10 Modelagem de um Motor CC (motor de tração) • A maioria dos trens modernos e dos veículos de trânsito local utilizamotores elétricos de tração. O acionamento de um motor elétrico para um veículo de ferrovia é mostrado abaixo sob a forma de diagramas de blocos. • No projeto, o objetivo é obter um modelo de sistema e a função de transferência à malha fechada do sistema e selecionar os elementos apropriados (resistores, por exemplo). • Em seguida, temos que escrever a função de transferência de cada bloco. 35 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS 2.10 Modelagem de um Motor CC (motor de tração) 36 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS • Vamos admitir que agora nosso objetivo [e projetar um filtro passa-baixa de primeira ordem que deixe passar sinais com frequências abaixo de 106,1 Hz e que atenue sinais com frequências acima de 106,1 Hz. • Vejamos o modelo do circuito do fltro: • Em seguida, vamos escrever as equações para as quatro variáveis. 2.11 Modelagem de um Filtro Passa-Baixa 37 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( ) ( ) ( ) CZIV RIIV R VV I R VV I = −= − = − = 23 212 32 2 21 1 • Utilizando a Regra de Mason: 2.11 Modelagem de um Filtro Passa-Baixa 38 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( )( ) 11 1 1 −=− = R R L ( ) ( ) 11 1 2 −=− = R RL ( ) RCsCsR L 1 1 11 3 −=− = ( ) ( )( ) RCsCsR R R C 111 1 1 11 = = ( ) RCs RCs RCsRCsRCsRCsRCs 232 3 11 3 1 1 1 111 + =+=++= −−+ −−−−= RC s RC RC sRC RCs RCs RCs RCsC sV sV 3 2 3 1 3 2 3 1 23 1 23 1 )( )( 11 1 3 + = + = + = + = = • Utilizando Diagrama de Blocos: 2.11 Modelagem de um Filtro Passa-Baixa 39 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( ) ( ) ( ) CZIV RIIV R VV I R VV I = −= − = − = 23 212 32 2 21 1 V1 1/R 1/R V2I1 R V3I2 Zc - + -+ + - • Utilizando Diagrama de Blocos: 2.11 Modelagem de um Filtro Passa-Baixa 40 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS V1 1/R 1/R V2I1 R V3I2 Zc - + -+ + - V1 1/R 1/R V2I1 R V3I2 Zc - + -+ + - Zc • Utilizando Diagrama de Blocos: 2.11 Modelagem de um Filtro Passa-Baixa 41 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS V1 1/R V2I1 R V3I2 Zc - + -+ V1 1/R 1/R V2I1 R V3I2 Zc - + -+ + - Zc ൗ1 𝑅 1 + ൗ𝑍𝑐 𝑅 • Utilizando Diagrama de Blocos: 2.11 Modelagem de um Filtro Passa-Baixa 42 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS V1 1/R V2I1 R V3I2 Zc - + -+ 1 𝑅 + 𝑍𝑐 V1 1/R V2I1 R V3I2 Zc - + -+ 1 𝑅 + 𝑍𝑐 1 𝑅 + 𝑍𝑐 • Utilizando Diagrama de Blocos: 2.11 Modelagem de um Filtro Passa-Baixa 43 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS V1 1/R V3 Zc - + 1 𝑅 + 𝑍𝑐 V1 1/R R V3 Zc - + -+ 1 𝑅 + 𝑍𝑐 1 𝑅 + 𝑍𝑐 𝑅 1 + 𝑅 𝑅 + 𝑍𝑐 • Utilizando Diagrama de Blocos: 2.11 Modelagem de um Filtro Passa-Baixa 44 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS V1 V3 Zc - + 1 𝑅 + 𝑍𝑐 (𝑅 + 𝑍𝑐) 𝑅 + 𝑍𝑐 + 𝑅 V1 1/R V3 Zc - + 1 𝑅 + 𝑍𝑐 𝑅(𝑅 + 𝑍𝑐) 𝑅 + 𝑍𝑐 + 𝑅 • Utilizando Diagrama de Blocos: 2.11 Modelagem de um Filtro Passa-Baixa 45 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS V1 V3 Zc - + 1 𝑅 + 𝑍𝑐 (𝑅 + 𝑍𝑐) 𝑅 + 𝑍𝑐 + 𝑅 V1 V3 Zc + 1 𝑅 + 𝑍𝑐 (𝑅 + 𝑍𝑐) 𝑅 + 𝑍𝑐 + 𝑅 + (𝑅 + 𝑍𝑐) ( ) ( ) ( ) ( ) Cs RCs Cs Cs R Cs ZR Z ZRRZR Z Z ZRZRRZR ZR C C CC C C CCC C 23 1 123 1 23 1 + = + = + = ++++ = + ++++ + ( ) ( ) RC s RC RC sRCRCs 3 2 3 1 3 23 1 23 1 + = + = + = • Sabemos que a equação característica de um filtro passa-baixa: • Se escolhermos um resistor de 1kohm, logo: • Sabemos que nossa função de transferência é: 2.11 Modelagem de um Filtro Passa-Baixa 46 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS .001,0 2000 2 7,6663 2 7,666 3 2 3 2 3 1 1 3 == == + = RC RC RC s RC V V 7,6661,10622)( 1 1 3 === + == fp ps z V V sG FCFCCRRC 110001,010001000001,0 6 ===== − 7,666 3,333 001,03 2 001,03 1 3 2 3 1 )( 1 3 + = + = + == ss RC s RC V V sG • Observem que próximo aos 106,1 Hz, vemos a queda no diagrama de Bode. 2.11 Modelagem de um Filtro Passa-Baixa 47 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS • Esta unidade mostrou que os sistemas físicos podem ser modelados matematicamente através de funções de transferência. Tipicamente os sistemas são constituídos de subsistemas de diferentes tipos, como elétrico, mecânico e eletromecânico. O estudo de caso em questão utiliza o exemplo continuado do sistema de controle de posição de azimute de antena para mostrar como representar cada subsistema através de uma função de transferência. 2.11 Estudo de Caso: Antena 48 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS • O objetivo deste sistema é fazer com que a saída do ângulo de azimute da antena, θs(t), siga o ângulo de entrada do potenciômetro, θe(t). • O comando de entrada é um deslocamento angular. O potenciômetro converte o deslocamento angular em uma tensão. Analogamente, o deslocamento angular da saída é convertido em uma tensão pelo potenciômetro na malha de realimentação. Os amplificadores de sinal e de potência ressaltam a diferença entre as tensões de entrada e de saída. Este sinal de atuação amplificado aciona a planta. • O sistema normalmente opera para levar o erro a zero. Quando a entrada e a saída se igualam, o erro será nulo e o motor não irá girar. Assim, o motor é acionado apenas quando a saída e a entrada são diferentes. Quanto maior a diferença entre a entrada e a saída, maior será a tensão de entrada do motor e mais rápido ele irá girar. • Caso aumentemos o ganho do amplificador de sinal, haverá um aumento no valor da saída em regime permanente? Se o ganho for aumentado, então, para um dado sinal de atuação, o motor será acionado mais intensamente. Entretanto, o motor ainda irá parar quando o sinal de atuação for igual a zero, isto é, quando a saída se igualar à entrada. A diferença na resposta, entretanto, estará no transitório, uma vez que o motor é acionado mais intensamente, ele gira mais rapidamente em direção à sua posição final. Além disso, por causa da velocidade maior, a maior quantidade de movimento angular poderia fazer com que o motor ultrapassasse o valor final e fosse forçado pelo sistema a voltar à posição comandada. Portanto, existe a possibilidade de uma resposta transitória que consista em oscilações amortecidas (isto é, uma resposta senoidal cuja amplitude diminui com o tempo) em torno do valor de regime permanente, se o ganho for elevado. As respostas para ganho baixo e para ganho elevado são mostradas na figura do próximo slide. 2.11 Estudo de Caso: Antena49 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS • Nós examinamos a resposta transitória do sistema de controle de posição. Vamos agora dirigir nossa atenção à posição em regime permanente, para verificar quão de perto a saída se aproxima da entrada depois que os transitórios desaparecem. • Definimos o erro em regime permanente como a diferença entre a entrada e a saída depois que os transitórios tiverem efetivamente desaparecido. A definição se adéqua igualmente bem para entradas em degrau, em rampa e outros tipos de entrada. Tipicamente, o erro em regime permanente diminui com um aumento no ganho e aumenta com uma diminuição no ganho. • A figura acima mostra erro nulo na resposta em regime permanente; isto é, depois que os transitórios desapareceram, a posição de saída se iguala à posição de entrada comandada. Em alguns sistemas, o erro em regime permanente não será nulo; para esses sistemas um simples ajuste de ganho para regular a resposta transitória ou é ineficiente, ou leva a uma solução de compromisso entre a resposta transitória desejada e a exatidão em regime permanente desejada. • Em resumo, nossos objetivos de projeto e o desempenho do sistema giram em torno da resposta transitória, do erro em regime permanente e da estabilidade. 2.11 Estudo de Caso: Antena 50 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS • Em resumo, nossos objetivos de projeto e o desempenho do sistema giram em torno da resposta transitória, do erro em regime permanente e da estabilidade. • Vamos ao problema: Determine a função de transferência para cada subsistema do esquema do sistema de controle de posição de azimute de antena mostrado nas guardas dianteiras. Utilizaremos os valores da tabela abaixo. 2.11 Estudo de Caso: Antena 51 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS • Primeiro identificamos os subsistemas individuais para os quais devemos determinar as funções de transferência. • Potenciômetro de Entrada e Potenciômetro de Saída Como os potenciômetros de entrada e de saída são configurados do mesmo modo, suas funções de transferência serão idênticas. Desprezamos a dinâmica dos potenciômetros e determinamos simplesmente a relação entre a tensão de saída e o deslocamento angular de entrada. Na posição central, a tensão de saída é zero. Cinco voltas tanto no sentido dos 10 volts positivos quanto no sentido dos 10 volts negativos resultam em uma variação de tensão de 10 volts. Assim, a função de transferência, Ven(s)/θen(s), para os potenciômetros é determinada dividindo-se a variação da tensão pelo deslocamento angular: 2.11 Estudo de Caso: Antena 52 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS Subsistema Entrada Saída Potenciômetro de entrada Deslocamento angular a partir do usuário, θen(t) Tensão para o pré-amplificador, ven(t) Pré-amplificador Tensão dos potenciômetros, ve(t) = ven(t) − vs(t) Tensão para o amplificador de potência, vp(t) Amplificador de potência Tensão do pré-amplificador, vp(t) Tensão para o motor, ea(t) Motor Tensão do amplificador de potência, ea(t) Deslocamento angular para a carga, θs(t) Potenciômetro de saída Deslocamento angular da carga, θs(t) Tensão para o pré-amplificador, vs(t) 1 10 10 )( )( == s sV en en • Pré-amplificador e Amplificador de Potência As funções de transferência dos amplificadores são fornecidas no enunciado do problema. Dois fenômenos são desprezados. Primeiro, admitimos que a saturação nunca seja alcançada. Segundo, a dinâmica do pré-amplificador é desprezada, uma vez que sua velocidade de resposta é tipicamente muito maior do que a do amplificador de potência. As funções de transferência de ambos os amplificadores são dadas no enunciado do problema e são as razões obtidas pela divisão das transformadas de Laplace das tensões de entrada pelas transformadas de Laplace das tensões de saída. Assim, para o pré-amplificador, e para o amplificador de potência, 2.11 Estudo de Caso: Antena 53 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS K sV sV e p = )( )( 100 100 )( )( + = ssV sE p a • Motor e Carga O motor e sua carga são os seguintes. A função de transferência relacionando o deslocamento da armadura à tensão na armadura é dada na equação abaixo. A inércia equivalente, Jm e em que JL = 1 é a inércia da carga em θs. O amortecimento viscoso equivalente, Dm, na armadura e em que DC é o amortecimento viscoso da carga em θs. 2.11 Estudo de Caso: Antena 54 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( ) ++ = a cet m m ma t a m R KK D J ss JR K sE s 1)( )( 03,0 250 25 102,0 22 2 1 = += += N N JJJ Lam 250 25 1 02,0 2 1 2 2 = = = = N N mkgJ mkgJ L a radsmND radsmND L a /1 /01,0 = = 02,0 250 25 101,0 22 2 1 = += += N N DDD Lam • Motor e Carga A partir do enunciado do problema, Kt = 0,5 N·m/A, Kce = 0,5 V·s/rad e a resistência da armadura Ra = 8 ohms. Esses valores, juntamente com Jm e Dm, são substituídos na equação do slide anterior, resultando na função de transferência do motor, da tensão na armadura para o deslocamento da armadura, ou 2.11 Estudo de Caso: Antena 55 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( ) ( ) ( )71,1 2083,0 8,0 5,05,0 02,0 03,0 1 03,08,0 5,0 1)( )( + = ++ = ++ = ss ss R KK D J ss JR K sE s a cet m m ma t a m • Redução do Diagrama de Blocos e apresentação da FT 2.11 Estudo de Caso: Antena 56 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS • Fluxo de Sinais 2.11 Estudo de Caso: Antena 57 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS • Fluxo de Sinais Caminhos à frente: Ganhos de Laço (ganhos de malha fechada): Laços que se tocam dois a dois: Calculo de Delta: Função de transferência: 2.11 Estudo de Caso: Antena 58 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS • Equação no tempo Vamos substituir o amplificador de potência por uma função de transferência unitária e K = 1.000. Agora vamos deduzir a expressão para a resposta ao degrau em malha fechada do sistema. 2.11 Estudo de Caso: Antena 59 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( ) ( ) ( ) ( )71,1 3,66 14159,371,1 10002083,0 71,1 2083,0 71,1 2083,0 1)( + = + = + = + = ssssss K ss K sG ( ) 3,6671,1 3,66 3,6671,1 3,66 )( 2 ++ = ++ = ssss sT • Equação no tempo Agora vamos deduzir a expressão para a resposta ao degrau em malha fechada do sistema. 2.11 Estudo de Caso: Antena 60 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( ) ( )3,6671,1 3,661 3,6671,1 3,66 )( 2 ++ = ++ = ssssss sC 03,6671,12 =++ ss 097,8855,01 js −−= 097,8855,02 js +−= ( ) 097,8855,0097,8855,03,6671,1 3,66 )( 2 js C js B s A sss sC −+ + ++ += ++ = ( )( ) 097,8855,0097,8855,0097,8855,0097,8855,0 3,66)( js C js B s A jsjss sC −+ + ++ += −+++ = • Equação no tempo Agora vamos deduzir a expressão para a resposta ao degrau em malha fechada do sistema. 2.11 Estudo de Caso: Antena 61 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( )( ) 097,8855,0097,8855,0097,8855,0097,8855,0 3,66 )( js C js B s A jsjss sC −+ + ++ += −+++ = 0→ sA ( )( ) 097,8855,0097,8855,0097,8855,0097,8855,0 3,66 js Cs js Bs s As jsjss s −+ + ++ += −+++ ( )( ) 097,8855,0097,8855,0097,8855,0097,8855,0 3,66 js Cs js Bs A jsjs −+ + ++ += −+++ ( )( ) 00 097,8855,0097,8855,0 3,66 ++= −+ A jj 1=A • Equação no tempo Agora vamos deduzir a expressão para a resposta ao degrau em malha fechada do sistema. 2.11 Estudo de Caso: Antena 62 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( )( ) 097,8855,0097,8855,0097,8855,0097,8855,0 3,66 )( js C js B s A jsjss sC −+ + ++ += −+++ = 097,8855,0 jsB −−→ ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) 097,8855,0 097,8855,0 097,8855,0 097,8855,0097,8855,0 097,8855,0097,8855,0 097,8855,03,66 js jsC js jsB s jsA jsjss js −+ ++ + ++ ++ + ++ = −+++ ++ 053,005,0 jB −−= ( ) 00 097,8855,0 3,66 ++= −+ B jss ( ) ( )( )097,8855,0097,8855,0097,8855,0 3,66 jjj B −+−−−− = • Equação no tempo Agora vamos deduzir a expressão para a resposta ao degrau em malha fechada do sistema. 2.11 Estudo de Caso: Antena 63 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( )( ) 097,8855,0097,8855,0097,8855,0097,8855,0 3,66 )( js C js B s A jsjss sC −+ + ++ += −+++ = 097,8855,0 jsC +−→ ( ) ( )( ) ( ) ( ) ( ) 097,8855,0 097,8855,0 097,8855,0 097,8855,0097,8855,0 097,8855,0097,8855,0 097,8855,03,66 js jsC js jsB s jsA jsjss js −+ −+ + ++ −+ + −+ = −+++ −+ 053,005,0 jC +−= ( ) C jss ++= ++ 00 097,8855,0 3,66 ( ) ( )( )097,8855,0097,8855,0097,8855,0 3,66 jjj B +++−+− = • Equação no tempo Agora vamos deduzir a expressão para a resposta ao degrau em malha fechada do sistema. 2.11 Estudo de Caso: Antena 64 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( )( ) 097,8855,0 053,005,0 097,8855,0 053,005,01 097,8855,0097,8855,0 3,66 )( js j js j sjsjss sC −+ +− + ++ −− += −+++ = ( ) ( ) ( ) ( )tjtj ejejtc 097,8855,0097,8855,0 053,005,0053,005,01)( +−−− +−+−−+= ( ) ( ) ( )( ) radjs 814,0073,0º66,46073,0 05,0 053,0 tan053,005,0053,005,0 1 22 1 == − − −+−=−−= − ( ) ( ) ( )( ) radjs 814,0073,0º66,46073,0 05,0 053,0 tan053,005,0053,005,0 1 22 2 −=−= − +−=+−= − ( ) ( )tjjtjj eeeetc 097,8855,0814,0097,8855,0814,0 073,0073,01)( +−−−− ++= tjtjtjtj eetc 097,8855,0814,0097,8855,0814,0 073,0073,01)( +−−−− ++= ttjjttjj eeeetc 855,0097,8814,0855,0097,8814,0 073,0073,01)( −+−−− ++= tjjtjjt eeetc 097,8814,0097,8814,0855,0073,01)( +−−− ++= ( ) tetc t 097,8814,0cos2073,01)( 855,0 −+= − ( ) ( ) ( ) ( ) ttetc t 097,8sin814,0sin097,8cos814,0cos2073,01)( 855,0 ++= − • Equação no tempo Agora vamos deduzir a expressão para a resposta ao degrau em malha fechada do sistema. 2.11 Estudo de Caso: Antena 65 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( )( ) 097,8855,0 053,005,0 097,8855,0 053,005,01 097,8855,0097,8855,0 3,66 )( js j js j sjsjss sC −+ +− + ++ −− += −+++ = ( ) ( ) ( ) ( ) ttetc t 097,8sin814,0sin097,8cos814,0cos2073,01)( 855,0 ++= − ( ) ( ) ttetc t 097,8sin727,0097,8cos686,02073,01)( 855,0 ++= − ( ) ( ) ttetc t 097,8sin106,0097,8cos1,01)( 855,0 ++= − • Equação no tempo Agora vamos deduzir a expressão para a resposta ao degrau em malha fechada do sistema. 2.11 Estudo de Caso: Antena 66 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS ( ) ( ) ttetc t 097,8sin106,0097,8cos1,01)( 855,0 ++= − • Determine a função de transferência, G(s) = VL(s)/V(s): Escrevendo as equações das malhas: Trabalhando a equação (2): Substituindo a equação (2) na equação 1: 2.11 Exercício 67 Universidade Estácio de Sá – Campus Niterói Curso de Engenharia Elétrica NIT - CCE0267 – 3004 – MODELAGEM E ANÁLISE DE SISTEMAS DINÂMICOS 02222 222 2221 211 =+++− =−+ sIIII VIIIs i 221 2221 2 2222 IsII sIIII += −−−=− ( ) ( ) i i VIIsIIsIs VIIIsIsII =−+++ =−++= 22222 211221 22222 2222 (1) (2) ( ) ( ) 24242 1 22222 2 2 2 −+++ = =−+++ sssV I VsssI i i 262 12 2 ++ = ssV s V i L 22sIVL = 262 2 2 ++ = ss s V V i L
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