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Resumo básico do livro: Serviço Social na Contemporaneidade

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Resumo: livro Serviço Social na Contemporaneidade
Os pressupostos para entender o Serviço social nos novos tempos, se relaciona com primeiro lugar com o rompimento com a visão endógena da profissão, que leva a uma visão determinista e a-histórica da realidade conduz à acomodação, à rotinização do trabalho, ao burocratismo e à mediocridade profissional, além de levar também a visões unilaterais do Serviço Social, o que Iamamoto chama de messianismo e fatalismo, visões que desconsideram os limites e as contradições impostas na realidade social. O segundo pressuposto é entender o Serviço Social como TRABALHO, especializado, inscrito na divisão social e técnica do trabalho, condicionado as mudanças estruturais no modo de produção capitalista e na gestão do trabalho, entender a profissão como trabalho é fundamental pra romper com equívocos interpretativo que consideram o Serviço Social como uma evolução da caridade e da filantropia, o que constitui uma visão de dentro da provisão que ignora todos os processos macroscópicos que se gesta na sociedade, pois, quando fazemos uma análise mais ampliada dos processos social que incidem na realidade da sociedade, como a conjuntura social, política, econômica, nota-se que a institucionalização do Serviço Social se deu devido uma necessidade do Estado em lidar com o agudizamento das expressões da questão social no Brasil nos anos 30, frente ao processo de industrialização e urbanização da sociedade brasileira. 
O terceiro pressuposto, é trata o Serviço Social como trabalho supõem privilegiar a produção e a reprodução da vida social, como determinantes na constituição da materialidade e da subjetividade das “classes que vivem do trabalho” pontuando o Serviço Social como trabalho produtivo, pois reafirmar que embora o Serviço Social produz serviços que atendem necessidade social, isto é, têm um valor de uso, uma utilidade social, seu trabalho não se resume apenas a isso, os assistente sociais também participam, como trabalhadores assalariados, do processo de produção ou redistribuição do valor e da mais-valia.
Em síntese, o Serviço Social é considerado como uma especialização do trabalho e a atuação do assistente social uma manifestação de seu trabalho, inscrito no âmbito da produção e reprodução da vida social. Esse rumo da analise recusa visões unilaterais, que apreendem dimensões isoladas da realidade, seja elas de cunho economicista, politeísta ou culturalista. A reocupação é afirmar a ótica da totalidade na apreensão da dinâmica da vida social, identificando como o Serviço Social se relaciona com as várias dimensões da vida social.
A questão social e suas expressões enquanto objeto de trabalho dos assistentes sociais que se constitui na sociedade capitalista em meio a produção coletiva e a apropriação privada da atividade, das condições e dos frutos do trabalho, resultaram em profundas desigualdades sociais entre os indivíduos, repercutindo nas diversas áreas da vida social da classe que vive do trabalho, que veem seus meios de produção e de subsistência monopolizados e sua condição de vida e de trabalho precarizado. Logo, as múltiplas expressões da questão social que emerge da relação de exploração entre capital e trabalho se materializa de diversas forma na sociedade, seja na violência, na fome, no pauperismo, no analfabetismo entre muitas outras expressões.
 Ademais, é importante ressaltar que no desenvolvimento do modo de produção capitalista, na sua reorganizações anticíclicas as expressões da questão social também assume novas feições e torna-se fundamental que os assistentes social tenham capacidade de identificas essas mudanças no padrão de produção assim como as novas expressões da questão social para que possamos criar medidas de reversão ou enfrentamento a essas novas manifestações.
Na cena contemporânea vivemos uma tensão entre a defesa dos direitos sociais universais e a mercantilização e refilantropização do atendimento às necessidades sociais com claras implicações nas condições e relações de trabalho do assistente social.
As repercussões da proposta neoliberal no campo das políticas sociais são nítidas, tornando-se cada vez mais focalizadas, mais descentralizadas, mais privatizadas. Presencia-se a desorganização e destruição dos serviços sociais públicos, em consequência do “enxugamento do Estado” em suas responsabilidades sociais implicando na transferência, para a sociedade civil, de parcela das iniciativas para o atendimento das sequelas da questão social, o que gera significativas alterações no mercado profissional de trabalho, abrindo vagas de emprego para os assistentes sociais nas empesas privadas e nas ONGs. Porém, não se trata da velha filantropia, do século XIX, o que se presencia é “filantropia do grande capital”, resultante de um amplo processo de privatizações dos serviços públicos.
Marilda começa o texto ressaltando a importância da formação acadêmica ampla, crítica e de qualidade, para que o assistente social ao se inserir em um determinado espaço sócio-ocupacional seja capaz de fazer uma leitura crítica da realidade, para além das aparências, sendo dotado de uma bagagem teórica que o oriente para que ele consiga decifra as tensões, e contradições que estão presente no seu local de trabalho, buscando alternativas para sua intervenção de acordo com o direcionamento presentes no projeto ético político.
· Pág: 17-48
As mudanças que vem afetando o mundo da produção, a esfera do Estado e das políticas públicas e analisar como elas vem estabelecendo novas mediações nas expressões da questão social hoje, nas demandas à profissão e nas respostadas do Serviço Social.
 “Os assistentes sociais são desafiados neste tempo de divisas, de gente cortada em suas possibilidades de trabalho e de obter meios de sobrevivência, ameaçada na própria vida. Tempos de crise, em que cresce o desemprego, o subemprego, a luta por meios para sobreviver no campo e na cidade. Tempos extremamente difíceis para todos aqueles que vivem do trabalho: para a defesa do trabalho e para a organização dos trabalhadores” pág 18.
“É no contexto da globalização mundial sobre a hegemonia do grande capital financeiro, da aliança entre o capital bancário e o capital industrial, que se testemunha a revolução técnico-cientifica de base microeletrônica, instaurando novos padrões de produzir e de gerir o trabalho. Ao mesmo tempo, reduz-se a demanda de trabalho, amplia-se a população sobrante para as necessidades medias do próprio capital, fazendo crescer a exclusão social, econômica, política, cultural de homens, jovens, crianças, mulheres das classes subalternas, hoje alvo de violência institucionalizada. Exclusão social está que se torna contraditoriamente, o produto do desenvolvimento do trabalho coletivo. Em outros termos, a pauperização e a exclusão são a outra face do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, dos meios de comunicação, da produção e do mercado globalizado” pág 18
“As mudanças históricas estão hoje alterando tanto a divisão do trabalho na sociedade, quanto a divisão técnica do trabalho no interior das estruturas produtivas, corporificadas em novas formas de organização e de gestão do trabalho. Sendo o Serviço Social uma especialização do trabalho na sociedade, não foge a esses determinantes, exigindo apreender os processos macroscópicos que atravessam todas as especializações do trabalho, inclusive, o Serviço Social”. Pág 22
“A abordagem do Serviço Social como trabalho supõem apreender a clamada “prática profissional” profundamente condicionada pelas relações entre o Estado e a Sociedade Civil ou seja, pelas relações entre as classes na sociedade, rompendo com endógenia no Serviço Social” pág 22-23
 
O que é fundamental entender na cena contemporânea, a partir dos anos 1990, o que é fundamental pensar deste cenário para a atuação dos assistentes sociais? Em primeiro lugar, a Questão Social, não tem como fala do trabalho do assistente social hoje sem fala da questão social, em segundo lugar é importante pensar como as transformações societáriasempaquetam no mercado de trabalho dos assistentes sociais, a relação entre mercado de trabalho e questão social, as mudanças societárias e seus impactos para o mercado de trabalho, e também é importante considerar a formação profissional.
Para garantir a sintonia do Serviço Social com os novos tempos, é preciso romper com uma visão endógena e focalista do Serviço Social, essa visão fechada no interior da profissão, que se exemplifica em interpretações que consideram o Serviço Social com uma evolução da caridade e da filantropia, que não articula os fundamentos do Serviço Social com a conjuntura sócio-política e econômica da sociedade, é preciso pensar o serviço social em uma perspectiva ampla, ligado com as transformações nas dinâmicas do sociedade, onde se muda as demandas, as necessidades da sociedade, e essas mudanças são fundamentais para o surgimento da profissão e para o exercício profissional.
“É importante sair da redoma de vidro que aprisiona os assistentes sociais numa visão de dentro e para dentro do Serviço Social, como precondição para que se possa captar as novas mediações e requalificar o fazer profissional, identificando suas particularidades e descobrir alternativas de ação”. Pág 20
“O Assistente Social tem sido historicamente um dos agentes profissionais que implementam políticas sociais, especialmente políticas públicas. Ou, nos termos de Netto, um executor terminal de políticas sociais, mas hoje, o próprio mercado demanda, além de uma trabalho na esfera executiva, a formulação de políticas públicas e a gestão de políticas sociais”. Pág 21
“Responder a tais requerimentos exige uma ruptura com a atividade burocrática e rotineira, que reduz o trabalho do assistente social a mero emprego, como se esse se limitasse ao cumprimento burocrático de horários. O exercício profissional é mais do que isso, é uma ação de um sujeito profissional que tem competência para propor, para negociar com a instituição dos seus projetos, para defender o seu campo de trabalho, suas qualificações e funções profissionais”. Pág 21
“Um dos maiores desafios que o Assistente Social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifra a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não só executivo”. Pág 20
É necessário considerar todos os aspectos das mudanças societárias, onde torna-se nítido que a partir dos anos 30 no Brasil a caridade e a filantropia não dava mais conta de aliviar as sequelas sociais, devido justamente as mudanças societárias que a sociedade passou naquele período, com o processo de industrialização e urbanização, agudizamento da questão social, onde frente a tal panorama cria-se a necessidade de uma profissão que seja capas de intervir sobre a pauperização da população que vive-do-trabalho, embora seja importante fala que mesmo sendo uma profissão nova, em sua gênese tivemos forte influência da igreja, das práticas de ajuda, porém não é uma evolução. Serviço Social como trabalho, é por sermos trabalhadores estamos submetidos a todas as contradições que premia o mundo do trabalho, como por exemplo a divisão sexual do trabalho. 
O clientelismo, troca de favores, ajuda, caridade, são resquícios da formação social do Brasil e fatores que também vão impactar no cotidiano profissional dos assistentes social, ou seja o conservadorismo profissional de tratar os direitos sociais em uma perspectiva de ajuda. Essa questão de não ver os benefícios social em uma perspectiva de direitos vão sempre permear a profissão. 
Fatalismo e messianismo, autonomia relativa, realidade do exercício profissional fruto da condição de trabalhador assalariado.
Enquanto trabalhador, o assistente social participa da produção e reprodução da vida social e devido a isso, podemos considera o Serviço Social como um trabalho produtivo, uma profissão que produz sim mais-valor, seja de maneira direta ou indireta, na medida em que intervimos na manutenção da vida dos trabalhadores, ou na reprodução de ideologias, comportamentos que de uma maneira ou de outra, vai impactar na continuidade do processo de extração de mais-valor.
Novas relações de trabalho que vão sendo estabelecidas essencialmente nos anos 1990 no Brasil fruto da reestruturação produtiva e as políticas neoliberais e sua ideologia do individualismo, vão gerar impactos também no Serviço Social, seja nas formas de contratação dos assistentes sociais, nas áreas de contratação, no tipo de vínculo empregatício, é principalmente nas demandas e respostas que se apresenta no cotidiano dos assistentes social hoje. 
O Estado neoliberal e sua desresponsabilização com as garantias sociais, um movimento de refilantropização das políticas e serviços sociais hoje de maneira profissionalizada em uma processo de privatização das políticas sociais, políticas social pra quem pode pagar e caridade no trato da pobreza.
Mercado de trabalho precarizado para todos, os mecanismos que dificultam o exercício profissional, a questão social hoje, onde suas expressões estão cada vez mais complexas, e a necessidade de dar uma resposta para além da culpabilização do indivíduo.
Relação entre formação e exercício profissional, para entender essa relação é necessário considera dois fatores iniciais, o primeiro sendo a complexificação das expressões da questão social, de que forma ela tem se complexificando, e o segundo elemento trata-se das modificações das relações de trabalho, até por que essa precarização e flexibilização e intensificação do trabalho também tem seu papel no aprofundamento das expressões da questão social, são formas. Frente a isso, e logico pensar que a formação profissional não vai dar o suporte necessário ao assistente social para além de ser meramente técnica. Onde temos hoje uma lógica dominante que desvincula a teoria da pratica e o que vale é uma formação técnica, um profissional apenas executor, não reflexivo sobre sua realidade social e seu cotidiano profissional, logo, vamos forma profissionais que no seu cotidiano de trabalho vai ter que lidar com pessoas cada vez mais precarizado, vulneráveis, onde a resposta do profissional será também técnica é não realmente efetiva, no sentido de pensar alternativas para superar a limitações que permeia o exercício profissional.
Logo, com as mudanças no mundo do trabalho e as metamorfoses dos espações sócio-ocupacionais exige dos assistentes social capacidades para além das técnicas, mas uma raciocínio teórico, estratégias para superar as limitações que se apresentam no cotidiano profissional.
Porém a formação defendida pelo Estado neoliberal pautada em uma lógica mercadológica que proporciona uma formação superior aligeirada, raptada e meramente técnica, gerando uma formação massificada de profissionais despreparados e desprovidos de capacidades de leitura da realidade social, não compreendendo os mecanismos contraditórios que se apresentam nos espações de trabalho e até mesmo, à não compreensão do seu objeto de trabalho, tudo isso vai repercutir na intervenção profissional, nas respostas dos assistentes sociais, executiva e técnica.
Deixam de lado as teorias sociais críticas, ou seja um formação para o mercado estimulado pelos Estados nacionais influenciados pelos organismos internacionais e pela lógica neoliberal, onde o profissional somente será capaz de dar respostas para as demandas no seu fazer profissional técnicas.
A realidade dos espaços sócio-ocupacionais, o primeiro ponto tratado é a contratação dos assistentes social com outro nome, como por exemplo no INSS, porém não pratica as atribuição são do Serviço Social, onde isso gera uma precarização das condições de trabalho desse profissional, que não vai ser comtemplado com eventuais diretos do profissional assistente social, ou seja não é contratado com assistente social mais as atribuições são do Serviço Social numa tentativa de diluir a profissão, e burla as garantias e condições de trabalho conquistadas pela categoriaprofissional.
· Pág: 123-148
O foco principal da Marilda Iamamoto é pontuar o Serviço Social como trabalho inscrito na divisão sociotécnica do trabalho e inserido em processos de trabalho, também da importância da formação profissional, associado a discussão do trabalho e da atuação do assistente social pra além de um mero executor terminal de políticas sociais, a relação entre a formação e o exercício profissional.
As diversas transformações societárias vão trazer novas demandas e respostas para os assistentes social hoje, onde identificá-la mostra-se imprescindível para o fazer profissional. 
Demandas: ansiedade, depressão, uso de drogas, ausência das redes de solidariedade, individualismo, dependência e vicio tecnológico, quebra de vínculos sociofamiliar, pessoas desempregadas e empregadas também. Resumindo, as demandas que são colocadas para os assistente sociais hoje, seja da pauperização, trabalho infantil, processo de adoecimento dos trabalhadores acelerados.
As repostas tem sido principalmente por meio das políticas sociais que se mostra insuficientes, devido ao trato do Estado, hoje as políticas se encontra em processo de desmonte, altamente focalizadas, seletivas e privatizadas. 
O conhecimento e a perspectiva teórica adotada é um instrumento do trabalho do assistente social.

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