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Ações Profiláticas Equinos

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16.03 
Ações Profiláticas 
Profilaxia​: prevenção para evitar disseminação de doenças. 
 
Prevenção 
- Isso inclui práticas de bom manejo (higienizar baía, condições que a ração é 
armazenada por exemplo) 
- Medicina Curativa​: o animal já adoeceu, o que pode-se fazer para tratar e 
melhorar a qualidade de vida. 
- Medicina Preventiva​: o que fazer para evitar que ele adoeça. 
● Muito mais barata do que a medicina curativa. 
● Maior dificuldade​:convencer o proprietário que vale a pena pagar um 
veterinário para assistência e assim diminuir taxa de morbidade. 
 
 
Vacinação 
- ​Contra as principais doenças infecciosas. 
- Reduz morbidade (taxa de animais que adoecem) e mortalidade (taxa de animais 
que morrem) 
- A vacina não se é 100% confiável. 
- Deve-se incluir manejo, como: 
● Baias arejadas 
● Limpeza do ambiente 
● Quarentena 
● Manejo alimentar 
● Isolamento de animais doentes 
 
 
Pré Requisito para vacinação: Animal estar saudável 
 
- Não se vacina animais que não estão saudáveis, porque ele não produz 
anticorpos contra aquela doença (em casos de vacinas atenuadas pode-se 
contrair a doença na qual esta se vacinando) e ocorre dificuldade de 
combater a doença primária. 
- Normalmente a vacina é sempre em patógeno atenuado ou parte do 
patógeno morto ou ele morto, isso é inoculado para estimular o sistema 
imune. Ou seja coloca-se o sistema imune do paciente em contato com o 
patógeno e espera-se uma resposta imunológica, para isso, quando tiver 
contato de novo, ter uma resposta mais rápida. 
 
- Tríplice: 
➔ Encefalomielite 
➔ Influenza 
➔ Tétano 
 
- Raiva 
➔ Anual 
 
*Emissão de GTA, Passaporte, Manter o animal no CT, haras, hípicas, obrigatório 
carteira de vacinação. 
 
Raiva ( Raiva Rural) 
 
- RNA, do gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae. 
- ​Classificam-se em​: raiva urbana, raiva rural, raiva oculta porque no isolamento 
viral sabe-se a origem desse vírus, por exemplo: 
➔ raiva rural (morcego que passa para o cavalo - herbívoro), raiva urbana 
(cão). 
- ​Hospedeiro​: Todos os mamíferos. Nos equinos acredita-se que é a fase terminal. 
- ​Em equinos no Brasil: é transmitida​ pelo morcego hematófago ​Desmodus 
Rotundus. 
- 100% fatal - não tem cura. 
- Zoonose 
 
*Uma vez que um humano que não foi vacinado, atende um paciente com suspeita 
de Raiva, o indicado é ele ir ao instituto Emílio Ribas com a carteira de vacinação e 
tomar 3 doses da vacina antirrábica; mas uma vez contraída a doença é 
considerada fatal. 
 
Vacinação​: 
● Primovacinação (1º vacinação) nos equinos é indicado com 5 meses 
(normalmente no desmame), não se vacina antes devido as imunoglobulinas 
presentes no colostro (imunidade passiva), que podem atacar a vacina. 
● Vacinação anual (obrigatoriamente) 
● Em regiões com alta incidência de casos, o Ministério da Agricultura 
Brasileiro adverte semestralmente essa vacinação. 
- 2 ml por via intramuscular. 
- Tem que ser para herbívoros 
 
 
 
Tétano 
 
- ​Origem​: Vem da Neurotoxina tetânica causada pelo ​Clostridium tetani (​presentes 
nas fezes do animal e no ambiente​). 
➔ Clostridium é um anaeróbio facultativo, não sendo favorável em oxigênio. 
➔ Em equinos, uma ferida perfurante na região do casco faz com que a bactéria 
consiga entrar e se proliferar, produzindo a neurotoxina, uma vez essa 
neurotoxina circulante, temos a doença denominada Tétano. 
-​ Prognóstico reservado​: alta morbidade e mortalidade (paralisia do músculo 
diafragma na maioria dos casos) 
- ​Alterações patognomônicas​, como protrusão de 3º palpebra, rigidez muscular, 
posição em cavalete, cauda em bandeira e hiperexcitabilidade. 
 
- Consegue realizar o tratamento. 
- Vacinação​: feita anualmente. 
- Após procedimento cirúrgico se faz soro (curta duração, usado para neutralizar 
determinada toxina ou patógeno) antitetânico para neutralizar qualquer tipo de 
toxina. 
 
 
Encefalomielites por Alfavirus 
 
3 tipos: 
● Encefalite Equina do leste (EEE)​ : EUA é a encefalite mais severa 
estimando letalidade de 80-90% nos animais e 65% em humanos. 
BRASIL: Isolamento do vírus em equinos, aves e vetores permitindo a 
vacinação. 
● Encefalomielite Equina Oeste (WEE)​: EUA e Canadá, com letalidade de 
3-4% em humanos e animais maior que 50%. 
BRASIL: Isolado no RJ em 1861, só se pode vacinar com comprovação da 
doença no país. 
● Encefalomielite Equina Venezuelana (VEE)​: Não relatada no Brasil. 
 
 - São zoonoses virais que ocorrem em equinos e causam sintomatologia 
neurológica. 
- Faz parte do grupo das ​Arboviroses​ (o vírus é transmitido por um artrópode 
(mosquito)- vetor). 
- São mantidas pelos animais silvestres e podem acometer os equinos e seres 
humanos. 
- Influência em regiões sazonais (quentes). 
 
- Notificação obrigatória ao MAPA. 
Vacinação: 
● Na leste e oeste a ​primovacinação​ é feita com 5 meses 
● Reforço é feito com 6 meses. 
● Vacinação anual 
 
Influenza 
 
- Vírus da ‘’gripe equina’’. 
● Acomete o trato respiratório 
● Gênero ​Influenzavirus 
- ​Altamente contagiosa: 
● Aerossóis 
● Contato direto 
● Mucosas, secreção. 
- Não é zoonose 
- Alta taxa de morbidade 
- Mais comum em concentrações de de animais, como: hípicas, centros equestres. 
- Vacinação: 
● Primovacinação: feita com 5 meses 
● Reforço: 6 meses 
● Locais com alto risco de contaminação: a cada 6 a 4 meses. 
● A cada 6 meses 
 
Herpes Vírus Equino 
 
- Rinopneumonite Equina 
- A 1 e a 4 são as principais e são associadas a afecções do trato respiratório de 
potros e adultos, e também aborto em éguas (se prevenir para isso não ocorrer) 
- Transmissão ocorre pelo contato direto ou indireto (materiais) entre os animais. 
- Vacinação 
● Primovacinação: 4-5 meses 
● Reforço: 5-6 meses 
● Vacinação semestral 
● Em éguas reprodutoras gestantes: no 5º, 7º e 9º mês da gestação. 
 
Atenção! 
- Independente da idade o animal pode ser vacinado e iniciar seu protocolo de 
vacinação desde que esteja SAUDÁVEL. 
- Animais novos no plantel deve ser feito quarentena antes de revacinar, 
mesmo que apresente histórico de vacinação. 
 
 
 
Vermifugação 
 
 
- Vermes mais comuns: 
● Grupo dos nematóides (vermes redondos) 
● Alguns vermes cestoides (vermes chatos) 
*Pela alta reinfestação dificilmente se tem um animal sem verme no TGI. 
- Fatores que influenciam na escolha: 
● Idade, estado nutricional, grau de exposição aos parasitas (criação 
extensiva/intensiva), clima. 
- Diferentes estratégias de controle: 
● Vermifugação de todos os animais periodicamente: 
➔ Princípio ativo 
➔ Composição do produto 
● Mundo ideal: 
➔ Vermifugar apenas os animais que apresentam níveis altos de 
infestação, que se pode saber através do ​Coproparasitológico 
completo (exame de fezes), onde se tem uma quantidade normal de 
de ovos por grama (O.P.G) - até 300. Criação extensiva não 
costuma-se fazer isso, o que se tem uma piora e resistência a 
verminose. 
 
 
- Nos potros: 
● Desde o primeiro mês de vida 
● A cada mês até o desmame. 
● Faz coprofagia (transição da alimentação líquida para sólida, se forma a 
microbiota intestinal). 
- Animais Adultos: 
● Intervalo de 60-90 dias regularmente (criação extensiva) 
● Exemplo de vermífugos para vermes redondos (nematoides): 
➔ Moxidectin – 0,4mg/kg – cada 90 dias 
➔ Ivermectina –0,2mg/kg – cada 60 dias 
● Exemplo de vermífugos para vermes chatos (aplicar por exemplo próximo 
aos 6 meses ao invés do ivermectina) 
➔ Palmoato de Pirantel –6,6mg/kg – pelo menos duas vezes ao ano, 
principalmente nos animais jovens. 
➔ Praziquantel –2,5mg/kg – normalmente associado à Ivermectina. 
 
 
 
 
Cuidado! 
- Diferentes produtos oferecem diversos programas de vermifugação 
- Com as dosagens dos princípios ativos no produto. 
 
Controle de Vermes 
 
- Rodízio de pastagem 
- Limpeza das baias 
- Esterqueiras adequadas

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