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CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
________________________________________________________________________________ 
1 
 
 
CURSO: 
 
“ASPECTOS PRÁTICOS DAS 
ESCRITURAS PÚBLICAS” 
 
 
___________________________________________________________ 
 
PALESTRANTE: DR. RODRIGO REIS CYRINO 
Tabelião de Notas do Cartório do 2º Ofício - Tabelionato de Linhares – ES 
Professor de Direito Público 
Presidente do Colégio Notarial do Brasil - Seção Espírito Santo 
Vice-presidente regional do Sudeste da Diretoria do Colégio Notarial Federal - Conselho 
Federal 
Membro da Academia Notarial Brasileira 
Diretor do Tabelionato de Notas do SINOREG-ES 
Mestre em Direito Estado e Cidadania 
Pós Graduado em Direito Privado e Direito Processual Civil 
Palestrante em Direito Notarial e Registral 
Autor de diversos artigos 
 
CONTATOS: cartorioreis@gmail.com 
 
 (27) 9.9882-7376 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:cartorioreis@gmail.com
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
________________________________________________________________________________ 
2 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
MÓDULO I 
 
ASPECTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS 
DAS ESCRITURAS PÚBLICAS 
 
 
 
1. NOÇÕES GERAIS.....................................................................................07 
 
2. MODELO DE ESCRITURA DE COMPRA E VENDA................................08 
 
3. REQUISITOS LEGAIS DA ESCRITURA PÚBLICA..................................10 
 
4. ESPÉCIES DE ESCRITURAS PÚBLICAS................................................25 
 
4.1. ESCRITURAS PÚBLICAS DE FAMÍLIA................................................25 
 
4.1.1. ESCRITURA PÚBLICA DE UNIÃO ESTÁVEL.........................................................25 
 
4.1.2. ESCRITURA PÚBLICA DE CONTRATO DE NAMORO..........................................30 
 
4.1.3. ESCRITURA PÚBLICA DE PACTO ANTENUPCIAL...............................................31 
 
4.1.4. ESCRITURA PÚBLICA DE RECONHECIMENTO DE PATERNIDADE...................33 
 
4.1.5. ESCRITURA PÚBLICA DE EMANCIPAÇÃO...........................................................37 
 
4.1.6. ESCRITURA PÚBLICA DE INSTITUIÇÃO DE BEM DE FAMÍLIA...........................39 
 
4.1.7. ESCRITURA PÚBLICA DE INVENTÁRIO NEGATIVO............................................42 
 
 
 
4.2. ESCRITURAS PÚBLICAS NEGOCIAIS................................................47 
 
4.2.1. ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEIS...............................47 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
________________________________________________________________________________ 
3 
 
4.2.2. ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E VENDA COM ALIENAÇÃO 
FIDUCIÁRIA........................................................................................................................60 
 
4.2.3. ESCRITURA PÚBLICA DE DAÇÃO EM PAGAMENTO...........................................71 
 
4.2.4. ESCRITURA PÚBLICA DE CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS...................74 
. 
4.2.5. ESCRITURA PÚBLICA DE PERMUTA....................................................................77 
 
4.2.6. ESCRITURA PÚBLICA DE DOAÇÃO......................................................................85 
 
4.2.7. ESCRITURA PÚBLICA DE DOAÇÃO COM RESERVA DE USUFRUTO................88 
 
4.2.8. ESCRITURA PÚBLICA DE CONFISSÃO DE DÍVIDA..............................................88 
 
4.2.9. ESCRITURA PÚBLICA DE DIVISÃO AMIGÁVEL...................................................90 
 
4.2.10. ESCRITURA PÚBLICA DE DISTRATO................................................................92 
 
4.2.11. ESCRITURA PÚBLICA DE INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL..............................95 
 
4.2.12. ESCRITURA PÚBLICA DE CESSÃO DE DIREITOS SOBRE PRECATÓRIOS...97 
 
4.2.13. ESCRITURA PÚBLICA DE DESAPROPRIAÇÃO AMIGÁVEL..............................99 
 
 
 
4.3. ESCRITURAS PÚBLICAS DECLARATÓRIAS...................................103 
 
4.3.1. ESCRITURAS PÚBLICAS DECLARATÓRIAS.......................................................103 
 
4.3.2. ESCRITURA PÚBLICA DE CREMAÇÃO...............................................................104 
 
4.3.3. ESCRITURA PÚBLICA DE SERVIDÃO.................................................................105 
 
4.3.4. ESCRITURA PÚBLICA CONSTITUTIVA DE DIREITOS.......................................108 
 
4.3.5. ESCRITURA PÚBLICA DE REVOGAÇÃO DE MANDATO....................................110 
 
4.3.6. ESCRITURA PÚBLICA DE RERRATIFICAÇÃO....................................................112 
 
4.3.7. ESCRITURA PÚBLICA DE ADITAMENTO............................................................113 
 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
________________________________________________________________________________ 
4 
 
5. ATA NOTARIAL......................................................................................114 
 
 
6. CERTIDÕES............................................................................................115 
 
 
 
MÓDULO II 
 
AS ESCRITURAS PÚBLICAS NO NOVO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 
 
 
1. A DESJUDICIALIZAÇÃO DE PROCESSOS..................................................116 
 
1.1. CONCEITO................................................................................................................116 
1.2. PREVISÃO NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL..........................................117 
1.3. TERMO CARTÓRIO..................................................................................................117 
1.4. CARTÓRIOS EXTRAJUDICIAIS...............................................................................118 
1.5. NOTAS INTRODUTÓRIAS À LEI 11.441/2007.........................................................120 
 
 
2. PROCESSOS DESJUDICIALIZADOS PELO NOVO CÓDIGO DE 
PROCESSO CIVIL......................................................................................................121 
 
2.1. ESCRITURA PÚBLICA DE SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO.........................................121 
2.1.1. Fundamento legal...................................................................................................122 
2.1.2. Provimentos aplicáveis...........................................................................................123 
2.1.3. Resolução e provimento do CNJ............................................................................123 
2.1.4. Documentos necessários........................................................................................132 
2.1.5. Modelos práticos de escritura pública.....................................................................133 
 
2.2. ESCRITURA PÚBLICA DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL................................137 
2.2.1. Fundamento legal...................................................................................................138 
2.2.2. Dissolução de contratos de namoro.......................................................................139 
2.2.3. Dissolução de união estável homoafetiva...............................................................140 
2.2.4. Dissolução de união estável poliafetiva..................................................................141 
2.2.5. Documentos necessários.......................................................................................142 
2.2.6. Modelo prático de escritura pública........................................................................142 
 
 
 
2.3. ESCRITURA PÚBLICA RESTABELECIMENTO DA SOCIEDADE CONJUGAL....144 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
________________________________________________________________________________5 
2.3.1. Fundamento legal..................................................................................................145 
2.3.2. Documentos necessários........................................................................................146 
2.3.3. Modelo prático de escritura pública........................................................................146 
 
2.4. ESCRITURA PÚBLICA INVENTÁRIO E PARTILHA...............................................148 
2.4.1. Fundamento legal...................................................................................................149 
2.4.2. Provimentos aplicáveis...........................................................................................150 
2.4.3. Resolução do CNJ..................................................................................................151 
2.4.4. Documentos necessários........................................................................................156 
2.4.5. Modelo prático de escritura pública........................................................................157 
 
2.5. ESCRITURA PÚBLICA DE DEMARCAÇÃO E DIVISÃO........................................160 
2.5.1. Fundamento legal..................................................................................................160 
2.5.2. Documentos necessários.......................................................................................161 
2.5.3. Modelo prático.......................................................................................................162 
 
 
2.6. ESCRITURA PÚBLICA DE HOMOLOGAÇÃO DE PENHOR LEGAL.....................163 
2.6.1. Fundamento legal...................................................................................................163 
2.6.2. Documentos necessários.......................................................................................165 
2.6.3. Modelo prático........................................................................................................165 
 
 
 
3. OUTROS PROCEDIMENTOS DESJUDICIALIZADOS PELO NOVO 
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.....................................................................................167 
 
 
3.1. ATA NOTARIAL DE USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL..............................................167 
3.1.1. Conceito de usucapião e suas espécies................................................................ 177 
3.1.2. Fundamento legal do usucapião extrajudicial.........................................................181 
3.1.3. A ata notarial..........................................................................................................182 
3.1.4. Aspectos práticos....................................................................................................182 
3.1.5. Documentos necessários........................................................................................183 
3.1.6. Passo a passo........................................................................................................184 
3.1.7. Temas controvertidos – perguntas e respostas.....................................................187 
3.1.8. O direito de laje.......................................................................................................188 
3.1.9. Fluxograma do procedimento.................................................................................190 
3.1.10. Modelo prático de ata notarial e registro...............................................................191 
 
 
3.2. MEDIAÇÃO EXTRAJUDICIAL..................................................................................196 
3.2.1. Fundamento legal...................................................................................................196 
3.2.2. Provimentos aplicáveis...........................................................................................197 
3.2.3. Documentos necessários........................................................................................208 
 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
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6 
 
4. OUTROS PROCEDIMENTOS DESJUDICIALIZADOS...............................208 
 
 
4.1. TESTAMENTO PÚBLICO PARA DESERDAÇÃO...................................................208 
4.4.1. Fundamento legal...................................................................................................208 
4.4.2. Documentos necessários........................................................................................209 
4.4.3. Modelo prático........................................................................................................210 
 
 
4.2. RETIFICAÇÃO DE ÁREA.........................................................................................212 
4.2.1. Fundamento legal...................................................................................................212 
4.2.2. Documentos necessários.......................................................................................213 
 
 
4.3. CARTA DE SENTENÇA E FORMAL DE PARTILHA EXTRAJUDICIAL...............214 
4.3.1. Fundamento legal.................................................................................................216 
4.3.2. Provimentos aplicáveis..........................................................................................218 
4.3.3. Documentos necessários......................................................................................221 
4.3.4. Modelo prático de carta de sentença....................................................................223 
 
4.4. RETIFICAÇÃO DE PROCESSO JUDICIAL.............................................................225 
 
5. ANEXOS.............................................................................................................226 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
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7 
 
MÓDULO I 
 
ASPECTOS TEÓRICOS E PRÁTICOS 
DAS ESCRITURAS PÚBLICAS 
 
 
1. NOÇÕES GERAIS 
 
ESCRITURA PÚBLICA - É o instrumento notarial dotado de fé pública e força probatória 
plena, em que são colhidas declarações sobre atos jurídicos ou declarações de vontade 
inerentes a negócios jurídicos para as quais os participantes devam ou queiram dar essa 
forma legal. 
 
São exigidos vários requisitos, como o recolhimento de alguns impostos para a 
transferência da propriedade, tal como o ITCMD (imposto de transmissão causa mortis ou 
sobre a doação de bens imóveis), para que depois essa escritura seja levada ao Cartório 
de Imóveis para o registro imobiliário, para que haja a transmissão de uma propriedade de 
imóvel a alguém. 
 
CARTÓRIO DE NOTAS CARTÓRIO DE IMÓVEIS 
ESCRITURA PÚBLICA REGISTRO IMOBILIÁRIO 
 
PREVISÃO LEGAL DAS ESCRITURAS - Art. 7º, I, da Lei 8.935/1.994: Aos tabeliães de 
notas compete com exclusividade: I - lavrar escrituras e procurações públicas (...) 
 
Art. 215 do Código Civil. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento 
dotado de fé pública, fazendo prova plena. 
 
Art. 405 e 406 do Código de Processo Civil. 
Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação, mas também dos fatos 
que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o servidor declarar que ocorreram em 
sua presença. 
 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
________________________________________________________________________________ 
8 
Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da substância do ato, nenhuma 
outra prova, por mais especial que seja, pode suprir-lhea falta. 
 
Art. 108 do Código Civil: Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à 
validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou 
renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a trinta vezes o maior salário 
mínimo vigente no País. 
 
 
2 – MODELO DE ESCRITURA DE COMPRA E VENDA 
 
 
ESCRITURA PÚBLICA DE COMPRA E 
VENDA QUE FAZEM LAGOA BONITA 
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA 
E FULANO DE TAL, NA FORMA ABAIXO: 
 
 
 
SAIBAM quantos a presente Escritura Pública de Compra e 
Venda virem que, aos ____ dias do mês de agosto do ano de dois mil e quinze (____/08/2015), 
em Cartório, situado na Avenida João Felipe Calmon, nº 735, Centro, Linhares, Estado do Espírito 
Santo, perante mim, Tabelião do Segundo Ofício de Notas, compareceram partes entre si, justas e 
contratadas, a saber: de um lado, como OUTORGANTE VENDEDORA,LAGOA BONITA 
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado inscrita no 
CNPJ/MF sob nº ____, com sede na Avenida ____, nº ____, Centro, na Cidade de Linhares-ES, 
neste ato representada por seus sócios FULANO DE TAL (qualificar); e de outro lado como 
OUTORGADOS COMPRADORESFULANO DE TAL e sua esposa FULANO DE TAL, 
brasileiros, casados no dia ____ sob regime de comunhão parcial de bens, ele ____, natural de 
_____-ES, nascido em ____, filho de ____, portador da CI nº ____ SSP/ES, inscrito no CPF/MF 
sob nº ____, ela ____, natural de ____, nascida em ____, filha de ____, portadora da CI nº ____ 
SSP/ES, inscrita no CPF/MF sob nº ____, residentes na Avenida ____. Os presentes identificados 
e reconhecidos como os próprios por mim, Tabelião, juridicamente capazes, de cujas identidades 
e capacidade jurídica dou fé. Pela Outorgante Vendedora, na pessoa de seus representantes e 
Outorgados Compradores, me foi dito sob pena de responsabilidade civil e criminal, que todos os 
documentos foram apresentados nos originais para a lavratura deste ato, e que esses são 
autênticos e verdadeiros. E, pela OUTORGANTE VENDEDORA,na pessoa de seus 
representantes me foi dito que sendo senhora e legítima possuidora, livre e desembaraçado de 
quaisquer ônus de:Domínio útil sobre o lote n° ____, da quadra n° ____, aforado ao Município 
de Linhares, situado no LOTEAMENTO RESIDENCIAL LAGOA BONITA, no lugar Lagoa do 
Testa, Bairro São José, zona urbana desta Cidade, com as seguintes confrontações e 
dimensões: frente, Rua Crispa, numa linha de 12,00m; fundos, Área de Espaço Livre de Uso 
Público, numa linha de 12,00m; lado direito, lote n° 04, numa linha de 30,00m; e lado 
esquerdo, lote n° 02, numa linha de 30,00m; perfazendo a área de 360,00m2 (trezentos e 
sessenta metros quadrados); devidamente matriculado no 1º Ofício de Registro Geral de 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
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9 
Imóveis da Comarca de Linhares-ES, sob nº ____, do Livro nº 2, de ordem. Inscrição 
Imobiliária sob nº ____.Pela OUTORGANTE VENDEDORA me foi dito que assim possuindo o 
referido imóvel, vende aos OUTORGADOS COMPRADORES, por bem desta escritura, da 
"cláusula constituti" e na melhor forma de direito, pelo preço de R$ ____ (____ REAIS), pagos 
na data de 17 de março de 2015, em moeda corrente nacional, contada e achada exata, sendo o 
valor fiscal de R$ ____ (____ REAIS),pelo que, desde já, dá plena e geral quitação da 
importância recebida para nunca mais a exigir por motivo da presente venda; que transmitindo, 
como de fato ora transmite na pessoa dos OUTORGADOS COMPRADORES, todo o direito, 
posse, domínio e ação que tinha no referido imóvel, promete por si e seus sucessores legítimos 
fazer a presente venda boa, firme e valiosa para sempre, pondo os OUTORGADOS 
COMPRADORES à paz e a salvo de dúvidas futuras e, se chamado à autoria, responder pela 
evicção de direito. Pelos OUTORGADOS COMPRADORES me foi dito que aceitam a presente 
escritura como nela se contém e declaram por estarem os mesmos de inteiro acordo com o 
ajustado e contratado entre si e a OUTORGANTE VENDEDORA, me apresentando os seguintes 
documentos: 1 - TALÃO DE IMPOSTO: Prefeitura Municipal de Linhares - Estado do Espírito 
Santo. Secretaria Municipal de Finanças. DAM - Documento de Arrecadação Municipal - Código 
Febraban 2439 - Exercício 2015 - Parcela Única - Número de Distribuição 00007057 - Data de 
Emissão 19/06/2015 - Data de Vencimento 31/07/2015 – em nome de ____ - Avaliação R$ ____. 
Taxa de Expediente - ____. Averbação - R$ ____. ITBI - Compra e Venda 2% - R$ ____. 
LAUDÊMIO 3% - R$ ____. Total Recolhido:R$ ____. Pagos na Caixa Econômica Federal, em 
23/06/2015. Alvará de Licença expedido pela Prefeitura Municipal de Linhares e assinado pela 
Secretaria Municipal de Finanças, Sra. ____. 2 -CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS 
RELATIVOS AOS TRIBUTOS FEDERAIS E À DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO, expedida por meio 
eletrônico - Ministério da Fazenda - Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional - Secretaria da 
Receita Federal do Brasil. LAGOA BONITA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA. 
Certidão emitida com base na Portaria Conjunta RFB/PGFN nº 1.751 de 02/10/2014, às 09:37:24 
do dia 06/04/2015 válida até 03/10/2015. Código de Controle da Certidão: ____. 3 - CERTIDÃO 
NEGATIVA DE DÍVIDA À FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL expedida por meio eletrônico - 
Estado do Espírito Santo - Secretaria de Estado da Fazenda - nº ____. Certifico que em nome de 
LAGOA BONITA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA, não existem nesta repartição 
qualquer débito à Fazenda Pública Estadual, em fase de cobrança executiva ou para ser 
executada. Certidão emitida em 21/07/2015 válida até 19/10/2015. Autenticação Eletrônica: ____. 
4 - CERTIDÃO NEGATIVA MUNICIPAL expedida por meio eletrônico - Prefeitura Municipal de 
Linhares - Secretaria Municipal de Finanças - Área de Fiscalização Tributária - Certidão sob nº 
____. Chave de validação da certidão: ____, datada de ____, com validade para ____ dias; as 
certidões descritas nos itens 2, 3 e 4, fazem parte do presente instrumento de acordo com o art. 
1º, incisos III e IV e art. 2º, do Decreto nº 93.240 de 09/09/86; e, art. 664, do Código de Normas da 
Egrégia Corregedoria de Justiça do Estado do Espírito Santo.5 -De acordo com o Ofício 
Circular nº 30/2012 da Egrégia Corregedoria Geral da Justiça do Estado do Espírito Santo e 
Ofício Circular nº 029/CNJ/COR/2012 de lavra da Ministra Eliana Calmon - Corregedora 
Nacional de Justiça, a OUTORGANTE VENDEDORA e OUTORGADOS COMPRADORES, 
foram cientificados quanto a expedição da Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, nos 
termos do Art. 642-A, da Consolidação das Leis do Trabalho. 6 - CERTIDÕES DE CITAÇÃO 
DE AÇÕES REAIS E PESSOAIS REIPERSECUTÓRIAS E DE ÔNUS REAIS, expedidas pelo 
Cartório de Registro Geral de Imóveis do 1º Ofício da Comarca de Linhares-ES, em 19/08/2015. A 
OUTORGANTE VENDEDORA, na pessoa de seus representantes, declara sob pena de 
responsabilidade civil e penal, que não existem ações reais e pessoais reipersecutórias relativas 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
________________________________________________________________________________ 
10 
ao imóvel objeto deste instrumento e de outros ônus reais incidentes sobre o mesmo. Conforme 
determina o art. 14, do Provimento nº 39/2014, do Conselho Nacional de Justiça – 
Corregedoria Nacional de Justiça, datado de 25 de julho de 2014, assinado pelo Exmº. Sr. 
Dr. Conselheiro Guilherme Calmon, Corregedor Nacional de Justiça em exercício, foram 
realizadas buscas, na presente data, junto à Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - 
CNIB, não sendo encontrado qualquer anotação de Indisponibilidade de Bens em nome da 
OUTORGANTE VENDEDORA e dos OUTORGADOS COMPRADORES que impeçam a 
lavratura deste ato, de acordo com Relatórios de Consulta deIndisponibilidade emitidos às 
11:12:33; 11:13:55 e, 11:15:00, do dia 21/08/2015. Códigos HASH: xxx. As partes foram 
cientificadas que na data da lavratura da presente escritura pública, não constam quaisquer 
tipos de impedimentos, indisponibilidades ou averbação de certidão de dívida ativa (CDA) 
na matrícula do imóvel objeto do ato, que impeçam a alienação efetiva do imóvel no 
cartório de registro geral de imóveis, conforme comprova certidão de ônus reais, expedida 
pelo referido Cartório da circunscrição imobiliária; sendo, ainda, orientadas as partes, por 
essas notas, quanto à necessidade de seu registro junto ao registro imobiliário, para 
efetivamente alienar a propriedade o imóvel.A DOI referente ao presente instrumento será 
emitida regularmente e enviada à SRF, no prazo estabelecido pela IN RFB nº 1.112 de 
28/12/2010. Escrita esta e lida em voz alta às partes, acharam em tudo conforme, aceitaram e 
assinam, comigo Tabelião, dispensada a presença de testemunhas, consoante o Artigo 215, 
Parágrafo 5º, do Código Civil. Eu, _________________________ Tabelião, que fiz digitar, 
subscrevo e assino em público e raso. DOU FÉ. Selo Digital do Ato: [{51}], Emolumentos: 
Tab. 07, Item IV [{53}], Farpen [{35}], Funepj [{34}], Fadespes [{68}], Funemp [{79}], Funcad 
[{79}], ISS [{43}], Total [{57}]. 
Em Testº _________ da verdade. 
 
________________________________________ 
Tabelião 
 
____________________________________________________ 
LAGOA BONITA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA 
representada por FULANO DE TAL 
 
 
____________________________________________________ 
FULANO DE TAL 
 
 
____________________________________________________ 
FULANO DE TAL 
 
 
3- REQUISITOS LEGAIS DA ESCRITURA PÚBLICA 
 
Art. 215, do Código Civil - A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento 
dotado de fé pública, fazendo prova plena. 
 
§1º - Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve 
 
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conter: 
 
I - data e local de sua realização; 
 
II - reconhecimento da identidade e capacidade das partes e de quantos hajam 
comparecido ao ato, por si, como representantes, intervenientes ou testemunhas; 
 
III - nome, nacionalidade, estado civil, profissão, domicílio e residência das partes e 
demais comparecentes, com indicação, quando necessário, do regime de bens do 
casamento, nome do outro cônjuge e filiação; 
 
IV - manifestação clara da vontade das partes e dos intervenientes; 
 
V - referência ao cumprimento das exigências legais e fiscais inerentes à legitimidade do 
ato 
 
 
 
REQUISITOS PARA QUALIFICAÇÃO DAS PARTES 
 
*Análise dos documentos originais – conferir a autenticidade dos documentos 
apresentados para evitar fraudes e golpes 
 
 
*Nome do cônjuge, regime de bens do casamento: este requisito encontra justificativa 
no art. 1.647 do Código Civil: Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges 
pode, sem autorização do outro, exceto no regime de separação absoluta: I - alienar ou 
gravar de ônus real os bens imóveis (...). É importante constar a data do casamento ou se 
o mesmo foi anterior ou posterior à vigência da Lei 6.515/1.977. Esta informação permite 
verificar a existência ou não de pacto antenupcial, para fins de registro nos termos do art. 
167, I, 12, c/c art. 244 e averbação, art. 167, II, 1, todos da Lei 6.015/1.973. Assim, se o 
regime for da comunhão de bens e o casamento for anterior a 1.977, não existe pacto, 
pois este era considerado o regime legal. Se o casamento for posterior a 1.977 e o regime 
é o da comunhão universal de bens, haverá pacto, pois a partir da Lei do Divórcio, o 
regime legal passou a ser o da comunhão parcial. 
 
 
*Filiação: a filiação somente deve ser inserida na qualificação da pessoa quando a 
mesma não dispuser de elementos que permitam individualizá-la e afastá-la de eventuais 
homônimos. Quando houver documento de identificação da parte, não é necessário 
constar filiação. 
 
 
 
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*CPF: este dado deve constar no instrumento público. Tal informação é necessária para o 
envio da DOI à Receita Federal e cadastro dos atos junto à CENSEC. 
 
 
*CERTIDÃO DE CASAMENTO ATUALIZADA: pois o estado civil pode ser que haja 
alteração no estado civil das partes 
 
 
*CERTIDÃO ATUALIZADA DE PROCURAÇÃO QUE FOR UTILIZADA: pedir a certidão 
atualizada da procuração que for utilizada no ato e não somente a confirmação por 
telefone ou email, pois quem lavrar o ato poderá ser responsabilizado por ter utilizado 
procuração revogada. 
 
 
DESCRIÇÃO DO IMÓVEL 
 
*CERTIDÃO DE ÔNUS ATUALIZADA (EXPEDIDA PELO CARTÓRIO DE IMÓVEIS): 
pedir a certidão atualizada da matrícula do imóvel 
 
 
 
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* APRESENTAÇÃO DO IPTU (INSCRIÇÃO MUNICIPAL) SE O IMÓVEL FOR URBANO 
 
* APRESENTAÇÃO DO ITR SE O IMÓVEL FOR RURAL, BEM COMO O CCIR 
(CERTIFICADO DE CADASTRO DE IMÓVEL RURAL) 
 
 
 
TRIBUTAÇÃO INCIDENTE 
 
* TRANSMISSÃO GRATUITA PELA DOAÇÃO – FATO GERADOR DO ITCMD 
(IMPOSTO DE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS OU DOAÇÃO) 
 
** IMPOSTO ESTADUAL OU DO DISTRITO FEDERAL – Art. 155, 
CF/88 
 
 
ATENÇÃO!!!! 
 
 * RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA SOLIDÁRIA 
- DUA (ITCMD) – ART. 79, DO CÓDIGO DE NORMAS (CUIDADO!). O correto é 
pedir a avaliação à Receita Estadual, porque o Tabelião é responsável 
tributário 
- ISENÇÃO (ITCMD) e Multa – Lei 10.011/2013 
 
 
CÓDIGO DE NORMAS DO ESPÍRITO SANTO 
 
Art. 79. Incumbe ao contador: 
 
III - calcular o imposto de transmissão causa mortis e doação (ITCMD), previsto na Lei 
Estadual n° 4.215/89 e alterações posteriores, nos termos seguintes: 
 
c) em se tratando de partilha amigável, celebrada entre partes capazes, nos termos do 
art. 2.015 do Código Civil, o ITCMD será calculado com base no valor atribuído aos bens 
pelos herdeiros, independente da oitiva da Fazenda Pública; 
 
Art. 713. Na lavratura da escritura nos casos de inventário e partilha, deverão ser 
apresentados, dentre outros, os seguintes documentos, observando-se, no que couber, o 
disposto no art. 79, inciso III, alínea “c”, deste Código de Normas 
 
 
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 LEI N.º 10.011 DE 20 DE MAIO DE 2013 
 
Dispõe sobre o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos 
(ITCMD). 
 
 
* TRANSMISSÃO ONEROSA PELA COMPRA E VENDA, PERMUTA, DAÇÃO EM 
PAGAMENTO, CESSÃO DE DIREITOS HEREDITÁRIOS – FATO GERADOR DO ITBI 
(IMPOSTO DE TRANSMISSÃO SOBRE BENS IMÓVEIS) 
 
** IMPOSTO MUNICIPAL – Art. 156, CF/88 
 
__________ 
* O ITBI pode ser dispensado para a lavratura da 
Escritura? 
 
É preciso mencionar o recolhimento do ITBI na 
escritura pública? 
 
Ou só será obrigatória a apresentação do ITBI para o 
Cartório de Imóveis? 
 
LEI FEDERAL Nº 7.433, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1985. 
 
Dispõe sobre os requisitos para a lavratura 
de escrituras públicas e dá outras 
providências. 
 
Art 1º - Na lavratura de atos notariais, inclusive os relativos a imóveis, além dos 
documentos de identificação das partes, somente serão apresentados os documentos 
expressamente determinados nesta Lei. 
 
§ 2o O Tabelião consignará no ato notarial a apresentação do documento 
comprobatório do pagamento do Imposto de Transmissão inter vivos,as 
certidões fiscais e as certidões de propriedade e de ônus reais, ficando dispensada 
sua transcrição. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 7.433-1985?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm
 
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_________________________ 
 
Art. 1.245, do Código Civil. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante 
o registro do título translativo no Registro de Imóveis. 
 
Art. 550, segunda parte, do Código de Normas: (...). No caso de transmissão 
onerosa, os registradores não procederão a nenhum registro imobiliário sem 
que seja comprovado o recolhimento prévio do ITBI, respeitado o que dispõe 
o art. 1.245 do Código Civil e a Lei Complementar Estadual n° 4.215/89, 
regulamentada pelo Decreto n° 2.803-N, de 21 de abril de 1989.”; 
 
JULGADOS DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) - no sentido de que o fato 
gerador do imposto de transmissão sobre bens imóveis (ITBI) ocorre com o registro da 
transferência da propriedade no Cartório de Imóveis, de acordo com o artigo 35, do 
Código Tributário Nacional, dentre os diversos julgados podem ser citados oREsp 
771.781/SP (Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJ 29/06/07); AgRg no AgRg no 
REsp 764.808/MG (Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJ 12/04/07) 
 
AgRg no AREsp 215273/SP. “TRIBUTÁRIO. ITBI. FATO GERADOR. OCORRÊNCIA. 
REGISTRO DE TRANSMISSÃO DO BEM IMÓVEL. 1. Rechaço a alegada violação do art. 
458 do CPC, pois o Tribunal a quo foi claro ao dispor que o fato gerador do ITBI é o 
registro imobiliário da transmissão da propriedade do bem imóvel. A partir daí, 
portanto, é que incide o tributo em comento. 2. O fato gerador do imposto de 
transmissão (art. 35, I, do CTN) é a transferência da propriedade imobiliária, que 
somente se opera mediante registro do negócio jurídico no ofício competente. 
Precedentes do STJ. 3. Agravo Regimental não provido. (STJ – AgRg no AREsp 215273 / 
SP - 2ª Turma – Ministro Herman Benjamin – Julgado em 02/10/2012).” ; 
 
*** Ver recomendação do Sinoreg nos ANEXOS 
 
* LAUDÊMIO / FORO 
 
** RENDA IMOBILIÁRIA PATRIMONIAL (NÃO É TRIBUTO!!!) 
 
 
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* O Laudêmio ou foro pode ser: 
 
FEDERAL (Decreto-Lei 9760/46 – Terrenos de 
Marinha). Deve-se obter a CAT (Certidão de 
autorização de transferência) onde se insere o RIP 
(Registro Imobiliário Patrimonial) e o FCL (Ficha de 
cálculo de laudêmio) através do site: 
http://www.patrimoniodetodos.gov.br na SPU 
(Secretária do Patrimônio da União) 
 
O mesmo decreto estipula que são bens imóveis da União os terrenos de marinha e seus 
acrescidos, conforme previsão em seu art. 1º, alínea “a”. Nesse contexto, surgem duas espécies 
de terreno de marinha, o aforamento ou enfiteuse e a ocupação. 
 
Resumidamente, o AFORAMENTO consiste na possibilidade que a União (senhorio) atribui a 
terceiros (enfiteutas) de exercerem o domínio útil de seus imóveis mediante o pagamento do foro, 
mais conhecida como “taxa de aforamento”. Tal instituto baseia-se na conveniência para a União 
de se manter um particular em seu bem imóvel, mantendo-se o caráter público do mesmo e ainda 
recebendo por isso. O particular que adquire um imóvel aforado não tem a sua propriedade, mas 
goza de todos os atributos da posse[2]. 
 
Anualmente, paga-se à União a título de foro o valor correspondente à 0,6% do valor do 
respectivo domínio pleno, que será atualizado pelo mesmo período. Tais imóveis — aforados — 
podem ser financiados por instituições financeiras sem maiores problemas. 
 
A OCUPAÇÃO, por sua vez, consiste na inscrição de imóveis pela SPU (União) que, a seu juízo, 
podem ser aproveitados por ocupantes, ou seja, no caso da ocupação a União exerce mera 
tolerância para com o particular que está na detenção da posse do imóvel público (o ocupante 
sequer tem a posse do imóvel), ou seja, o ocupante apenas conserva a posse em nome de outra 
pessoa, no caso, a União. 
 
Percebe-se que o regime de ocupação é bem diferente do aforamento, na medida em que não há 
posse na ocupação, não há exercício do domínio útil de um imóvel da União, mas apenas uma 
precária detenção da posse que pode ser retirada, nos termos dos arts. 131 e 132 do Decreto-Lei 
nº 9.760/1946: 
 
Art. 131. A inscrição e o pagamento da taxa de ocupação, não importam, em absoluto, no 
reconhecimento, pela União, de qualquer direito de propriedade do ocupante sôbre o terreno ou 
ao seu aforamento, salvo no caso previsto no item 4 do artigo 105. 
http://www.patrimoniodetodos.gov.br/
 
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MUNICIPAL (Leis Municipais que trazem a previsão 
do instituto da enfiteuse ou aforamento previsto no 
Código Civil de 1916). Existe nos Municípios de 
Linhares, Vila Velha, São Mateus e outros. 
 
A cobrança do laudêmio municipal se fundamenta no instituto jurídico trazido pelo 
Código Civil de 1916 denominado “enfiteuse” e que tem natureza jurídica de direito 
real, sendo aquele pelo qual o proprietário ou senhorio direto de um imóvel atribui a 
outrem (enfiteuta) o domínio útil dele, mediante o pagamento pela pessoa que o 
adquire de uma pensão ou foro anual, bem como de um laudêmio quando houver 
transferência. 
 
O artigo 674, do Código Civil de 1916, estabelecia que: “são direitos reais, além da 
propriedade: I - A enfiteuse.” 
 
Assim, o laudêmio, que possui como pressuposto lógico a enfiteuse, encontrava-se 
disciplinado no artigo 686 do anterior Código Civil, que assim dispunha: 
 
Art. 686. Sempre que se realizar a transferência do domínio útil, por venda ou dação em 
pagamento, o senhorio direto, que não usar da opção, terá direito de receber do 
alienante o laudêmio, que será de 2,5% (dois e meio por cento) sobre o preço da 
alienação, se outro não se tiver fixado no título de aforamento. 
 
Em resumo: em um dado momento histórico do Brasil, o instituto da enfiteuse foi muito 
importante e serviu para fomentar a urbanização e o crescimento das cidades, onde o 
Município através de um “título de aforamento” entregava ao particular um determinado 
terreno, sob a condição de que fosse pago anualmente o valor chamado de “foro” junto 
com o IPTU e quando esse particular quisesse alienar esse imóvel a terceiros, esse 
alienante deveria pagar um valor chamado “laudêmio”, que em alguns Municípios é de 
3% sobre o valor de avaliação do imóvel realizado pelas Prefeituras, no momento da 
avaliação do imposto de transmissão sobre bens imóveis. Dessa forma, os direitos 
reconhecidos ao Município (senhorio direto) é o direito ao foro, ao laudêmio e à 
preferência. 
 
Sobre a natureza jurídica, o laudêmio e aforamentos ou foros não são tributos (cobráveis 
na forma que a lei determinar, em razão da soberania do ente público), mas uma 
 
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relação contratual de direito obrigacional, na qual o ente público participa na condição 
de contratante e como tal está sujeito aos princípios gerais dos contratos, sendo o 
laudêmio uma “renda dos bens municipais” a ser pago por aquele que tem o domínio útil 
do imóvel (cidadão) ao Município (aquele que possui o senhorio direto). 
 
 
Além disso, cumpre esclarecer o seguinte fato: apesar do Código Civil de 2002não 
prever no rol dos direitos reais a enfiteuse, e embora o artigo 2.038 do novo Código Civil 
tenha proibido a constituição de enfiteuse ou subenfiteuses, tal dispositivo disciplinou 
que as existentes, até sua extinção, subordinam-se às disposições do Código Civil de 
1916. 
 
 
Dessa forma, no âmbito local, a cobrança do laudêmio permanece válida e de acordo 
com o ordenamento jurídico, com base no artigo 2038, do Código Civil, sendo uma 
espécie de receita patrimonial imobiliária, devida ao senhorio direto (o Município), em 
decorrência de transferência onerosa do domínio útil ou ocupação do imóvel do 
enfiteuta a outrem, devendo ser lançado o seu recolhimento nas escrituras públicas de 
imóveis onde incide o instituto da enfiteuse, onde o Laudêmio será devido sobre todas as 
transferências que se operarem, o que em alguns Municípios será cobrado na base de 3% 
(três por cento) sobre o valor da alienação. Tal alíquota é disciplinada normalmente nos 
Códigos Tributários Municipais. 
 
 
APRESENTAÇÃO DAS CERTIDÕES FISCAIS 
 
LEI FEDERAL Nº 7.433, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1985. 
 
Dispõe sobre os requisitos para a lavratura 
de escrituras públicas e dá outras 
providências. 
 
Art. 1º, § 2o O Tabelião consignará no ato notarial a apresentação do 
documento comprobatório do pagamento do Imposto de Transmissão inter 
vivos, as certidões fiscais e as certidões de propriedade e de ônus 
reais, ficando dispensada sua transcrição. (Redação dada pela Lei nº 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 7.433-1985?OpenDocument
 
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19 
13.097, de 2015) 
 
 
DECRETO Nº 93.240, DE 9 DE SETEMBRO DE 1986. 
 
Regulamenta a Lei nº 7.433, de 18 de dezembro de 
1985, que ‘’dispõe sobre os requisitos para a lavratura 
de escrituras públicas, e dá outras providências’’. 
 
 Art 1º Para a lavratura de atos notariais, relativos a imóveis, serão apresentados os seguintes 
documentos e certidões: 
 I - os documentos de identificação das partes e das demais pessoas que comparecerem na escritura 
pública, quando julgados necessários pelo Tabelião; 
 II - o comprovante do pagamento do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a 
eles relativos, quando incidente sobre o ato, ressalvadas as hipóteses em que a lei autorize a efetivação do 
pagamento após a sua lavratura; 
 III - as certidões fiscais, assim entendidas: 
 a) em relação aos imóveis urbanos, as certidões referentes aos tributos que incidam sobre o imóvel, 
observado o disposto no § 2º, deste artigo; 
 b) em relação aos imóveis rurais, o Certificado de Cadastro emitido pelo Instituto Nacional de 
Colonização e Reforma Agrária - INCRA, com a prova de quitação do último Imposto Territorial Rural 
lançado ou, quando o prazo para o seu pagamento ainda não tenha vencido, do Imposto Territorial Rural 
correspondente ao exercício imediatamente anterior; 
 IV - a certidão de ações reais e pessoais reipersecutórias, relativas ao imóvel, e a de ônus reais, 
expedidas pelo Registro de Imóveis competente, cujo prazo de validade, para este fim, será de 30 (trinta) 
dias; 
 V - os demais documentos e certidões, cuja apresentação seja exigida por lei. 
 § 1º O Tabelião consignará na escritura pública a apresentação dos documentos e das certidões 
mencionadas nos incisos II, III, IV e V, deste artigo. 
 
§ 2º As certidões referidas na letra a , do inciso III, deste artigo, somente serão exigidas para a lavratura 
das escrituras públicas que impliquem a transferência de domínio e a sua apresentação poderá ser 
dispensada pelo adquirente que, neste caso, responderá, nos termos da lei, pelo pagamento dos débitos 
fiscais existentes. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13097.htm
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC 93.240-1986?OpenDocument
 
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 § 3º A apresentação das certidões previstas no inciso IV, deste artigo, não eximirá o outorgante da 
obrigação de declararar na escritura pública, sob pena de responsabilidade civil e penal, a existência de 
outras ações reais e pessoais reipersecutórias, relativas ao imóvel, e de outros ônus reais incidentes sobre 
o mesmo. 
 Art 2º O Tabelião fica desobrigado de manter, em cartório, o original ou cópias autenticadas das 
certidões mencionadas nos incisos III e IV, do artigo 1º, desde que transcreva na escritura pública os 
elementos necessários à sua identificação, devendo, neste caso, as certidões acompanharem o traslado da 
escritura. 
 
APRESENTAÇÃO DAS CERTIDÕES DOS FEITOS 
AJUIZADOS 
 
DECRETO Nº 93.240, DE 9 DE SETEMBRO DE 1986. 
 
Regulamenta a Lei nº 7.433, de 18 de dezembro de 
1985, que ‘’dispõe sobre os requisitos para a lavratura 
de escrituras públicas, e dá outras providências’’. 
 
 Art 1º Para a lavratura de atos notariais, relativos a imóveis, serão apresentados os seguintes 
documentos e certidões: 
 IV - a certidão de ações reais e pessoais reipersecutórias, relativas ao imóvel, e a de ônus reais, 
expedidas pelo Registro de Imóveis competente, cujo prazo de validade, para este fim, será de 30 (trinta) 
dias; 
 
 
 
 
 
LEI Nº 13.097, DE 19 DE JANEIRO DE 2015. 
 
(...) altera as Leis nos (...) 7.433, de 18 de 
dezembro de 1985 
Art. 59. A Lei nº 7.433, de 18 de dezembro de 1985, passa a vigorar com as 
seguintes alterações: (Vigência) 
“Art. 1o .......................................................................................................................... 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/DEC 93.240-1986?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei 13.097-2015?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7433.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13097.htm
 
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§ 2o O Tabelião consignará no ato notarial a apresentação do documento comprobatório 
do pagamento do Imposto de Transmissão inter vivos, as certidões fiscais e as certidões 
de propriedade e de ônus reais, ficando dispensada sua transcrição. 
 
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DOS ATOS NA MATRÍCULA 
 
- AÇÕES REAIS são ações que versam sobre o domínio de uma coisa imóvel, propostas pelos 
proprietários ou por detentores de direito real, contra quem não o reconhece. 
 
- AÇÕES PESSOAIS versam sobre obrigações do devedor para com o credor. 
 
- AÇÕES PESSOAIS REIPERSECUTÓRIAS imobiliárias, no caso tal obrigação deve 
corresponder à uma obrigação assumida anteriormente pelo réu, de dar, fazer ou não fazer, sobre 
determinado imóvel. 
 
* CERTIDÃO NEGATIVA FEDERAL 
 
Portaria Conjunta RFB/PGFN no 1.751, de 02/10/2014 
 
Esta certidão refere-se exclusivamente à situação do sujeito passivo no âmbito da RFB e 
da PGFN e abrange inclusive as contribuições sociais previstas nas alíneas 'a' a 'd' do 
parágrafo único do art. 11 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. 
 
Disponível em: 
 
http://www.receita.fazenda.gov.br/Aplicacoes/ATSPO/Certid
ao/CNDConjuntaInter/InformaNICertidao.asp?tipo=2 
 
* CERTIDÃO NEGATIVA ESTADUAL 
 
www.sefaz.es.gov.br/ 
 
Certidão emitida via Sistema Eletrônico de Processamento de Dados, nos termos do 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7433.htmhttp://www.sefaz.es.gov.br/
 
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Regulamento do ICMS/ES, aprovado pelo Decreto nº 1.090-R, de 25 de outubro de 2002. 
 
* CERTIDÃO NEGATIVA MUNICIPAL 
 
 
APRESENTAÇÃO DE OUTRAS CERTIDÕES 
 
* CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS 
TRABALHISTAS 
 
www.tst.jus.br 
PROVIMENTO Nº 39/2014 – CNJ 
 
RECOMENDAÇÃO Nº 03/2012 – CNJ 
 
Art. 1o. Recomendar aos tabeliães de notas que cientifiquem as partes envolvidas da 
possibilidade de obtenção prévia de Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), 
nos termos do art. 642-A da CLT, com a redação dada pela Lei n° 12.440/2011, nas 
seguintes hipóteses: 
I - alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel ou direito a ele 
relativo; 
II - partilha de bens imóveis em razão de separação, divórcio ou dissolução 
de união estável; 
Art. 2o. Deverá constar da escritura lavrada que a cientificação referida no artigo anterior 
foi previamente realizada. 
 
 
 
http://www.tst.jus.br/
 
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* CERTIDÃO NEGATIVA DE INDISPONIBILIDADE 
 
www.indisponibilidade.org.br 
 
PROVIMENTO Nº 39/2014 – CNJ 
 
Art. 1º. Fica instituída a Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB que 
funcionará no Portal publicado sob o domínio http:// www.indisponibilidade.org.br , 
desenvolvido, mantido e operado pela Associação dos Registradores Imobiliários de São 
Paulo (ARISP), com a cooperação do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB), e 
funcionará sob o acompanhamento e a fiscalização da Corregedoria Nacional da Justiça, 
das Corregedorias Gerais da Justiça e das Corregedorias Permanentes, nos âmbitos de 
suas respectivas competências. 
 
Art. 2º. A Central Nacional de Indisponibilidade terá por finalidade a recepção e 
divulgação, aos usuários do sistema, das ordens de indisponibilidade que atinjam 
patrimônio imobiliário indistinto, assim como direitos sobre imóveis indistintos, e a 
recepção de comunicações de levantamento das ordens de indisponibilidades nela 
cadastrada. 
 
Art. 14. Os registradores de imóveis e tabeliães de notas, antes da prática de 
qualquer ato notarial ou registral que tenha por objeto bens imóveis ou direitos a 
eles relativos, exceto lavratura de testamento, deverão promover prévia consulta à 
base de dados da Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB, consignando 
no ato notarial o resultado da pesquisa e o respectivo código gerado (hash), 
dispensado o arquivamento do resultado da pesquisa em meio físico ou digital. 
 
 
§ 1º. A existência de comunicação de indisponibilidade não impede a lavratura de 
escritura pública representativa de negócio jurídico tendo por objeto a propriedade 
ou outro direito real sobre imóvel de que seja titular a pessoa atingida pela 
restrição, nessa incluída a escritura pública de procuração, devendo constar na 
escritura pública, porém, que as partes do negócio jurídico foram expressamente 
comunicadas da existência da ordem de indisponibilidade que poderá ter como 
consequência a impossibilidade de registro do direito no Registro de Imóveis, 
enquanto vigente a restrição. 
 
 
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24 
 
* CERTIDÃO NEGATIVA DE INTERDIÇÕES E 
TUTELAS 
 
Processo : 0006340-80.2014.8.08.0030 Petição Inicial : 201400667680 Situação : Tramitando 
Ação : Dúvida Natureza : Registros Públicos Data de Ajuizamento: 28/05/2014 
Vara: LINHARES - FAZ PÚBLICA EST., MUN., REG. PÚB. E MEIO AMBIENTE 
 
Distribuição 
Data : 28/05/2014 10:44 Motivo : Distribuição por sorteio 
 
Partes do Processo 
Interessado 
 CARTORIO DO 1 OFICIO DE LINHARES CARTORIO M.G. PIMENTEL 
 999998/ES – INEXISTENTE 
 
DA EXIGIBILIDADE DA APRESENTAÇÃO DE CERTIDÃO NEGATIVA DE INCAPACIDADE 
CIVIL 
Como requisito final da nota de exigência, vê-se que também deixa de constar no corpo da 
escritura a menção quanto à apresentação das certidões negativas de incapacidade civil 
utilizadas no ato. 
A fundamentação legal utilizada se encontra também no artigo 649, item XIV do Código de 
Normas da ECGJ/ES que assim disciplina: 
Art. 649. Nas escrituras referentes a imóveis e direitos a eles relativos, além dos requisitos do artigo anterior, devera 
ser observado o seguinte: XIV – a certidão negativa de interdição e tutela do(a)alienante, dispensada quando residir 
no estrangeiro. 
 Sustenta o suscitante, que promoveu a dispensa da aludida certidão em virtude do Principio da 
Boa Fé Notarial. 
Inobstante a afirmação acima discorrida, vê-se que opção quanto à dispensa ou a utilização de 
outro meio para aferir a capacidade das partes não é fornecida pelo legislador, não havendo que 
se falar em utilização do Principio da Boa Fé Notarial. 
 
 
 
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OBRIGAÇÕES PARA ALGUMAS ESCRITURAS 
PÚBLICAS 
 
- Emissão da DOI (Declaração de operações 
imobiliárias) à Receita Federal 
 
- Relatório à CENSEC (Central notarial de serviços 
eletrônicos compartilhados) www.censec.org.br 
 
 
 
4. ESPÉCIES DE ESCRITURAS 
 
4.1. ESCRITURAS PÚBLICAS DE FAMÍLIA 
 
 
4.1.1. ESCRITURA PÚBLICA DE UNIÃO ESTÁVEL 
 
O que é? 
É uma declaração em que duas pessoas de sexos diferentes ou do mesmo sexo, que 
vivem juntos como se fossem casados, fazem perante o Tabelião, para, entre outras 
coisas, garantir direitos dos declarantes e de seus herdeiros. 
 
Qual é a finalidade? 
A declaração de união estável feita por escritura pública tem diversas finalidades: 
• Fixar a data do início da união estável; 
• Garantir direitos do companheiro/a junto ao INSS, convênios médicos e odontológicos, 
clubes, etc.; 
 
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26 
 
Como é feita? 
O casal comparece ao Tabelionato, com seus RG e CPF originais, e declara que vivem 
juntos desde determinada data, como se casados fossem, especificando ou não a 
finalidade da declaração. 
 
Documentos necessários: 
1) Carteira de Identidade e CPF originais 
2) Certidão de nascimento ou casamento atualizada. 
 
 
 
 
* IMPORTANTE 
 
*** Pode ser feita a união estável de pessoa 
casada? 
 
TÍTULO III 
DA UNIÃO ESTÁVEL 
 
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a 
mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o 
objetivo de constituição de família. 
 
§ 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não 
se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa 
casada se achar separada de fato ou judicialmente. 
 
*** Pode ser feita a união estável de pessoas 
do mesmo sexo? 
 
O STF ao julgar a ADI 4277 e a ADPF 132 reconheceu a união estável para casais do 
mesmo sexo. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm
 
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27 
 
O ministro Ayres Britto argumentou que o artigo 3º, inciso IV, da CF veda qualquer 
discriminação em virtude de sexo, raça, cor e que, nesse sentido, ninguém podeser 
diminuído ou discriminado em função de sua preferência sexual. “O sexo das pessoas, 
salvo disposição contrária, não se presta para desigualação jurídica”, observou o ministro. 
 
 
*** Pode ser feita união estável de várias 
pessoas? União estável poliafetiva ou 
poliamor? 
 
Há quem defenda que a família conjugal poliafetiva que não gere opressão a nenhum de 
seus integrantes deve ser reconhecida e protegida pelo Estado Brasileiro, por força do 
princípio da pluralidade de entidades familiares e da ausência de motivação lógico-
racional que justifique a negativa de reconhecimento. 
 
Segundo o voto do Ministro Fux[9] no julgamento da ADPF 132 e da ADI 4277 (que 
possibilitou a união estável entre pessoas do mesmo sexo), ele diz que: “O que faz uma 
família é, sobretudo, o amor – não a mera afeição entre os indivíduos, mas o verdadeiro 
amor familiar, que estabelece relações de afeto, assistência e suporte recíprocos entre os 
integrantes do grupo. O que faz uma família é a comunhão, a existência de um projeto 
coletivo, permanente e duradouro de vida em comum. O que faz uma família é a 
identidade, a certeza de seus integrantes quanto à existência de um vínculo 
inquebrantável que os une e que os identifica uns perante os outros e cada um deles 
perante a sociedade. Presentes esses três requisitos, tem-se uma família, incidindo, com 
isso, a respectiva proteção constitucional”. 
 
 
Maria Berenice Dias diz que a lei restringe a bigamia somente ao casamento civil e não à 
união estável. 
 
Há quem entenda que o rol de entidades familiares do art. 226 da CF/88 é meramente 
exemplificativo, não taxativo, de sorte que é juridicamente possível o reconhecimento de 
entidades familiares autônomas, destacando-se aqui a já clássica lição de Paulo Lôbo[6], 
que afirma que o fato de o caput do art. 226 da CF/88 afirmar que a família merece 
especial proteção do Estado e não mais que a família é constituída pelo casamento e terá 
proteção dos Poderes Públicos (como fazia o art. 175 da CF/67-69) significa que resta 
protegida qualquer família, ou seja, todo agrupamento humano que se enquadre no 
 
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28 
conceito material (ontológico) de família (e não mais apenas a família matrimonializada), o 
que faz com que Rodrigo da Cunha Pereira afirme que o caput do art. 226 consagrou o 
princípio da pluralidade de entidades familiares (em suas palavras, “princípio da 
pluralidade das formas de família”)1. 
 
 
 
Modelo Prático (Minuta): 
 
ESCRITURA PÚBLICA DE UNIÃO ESTÁVEL 
QUE FAZEM ____ E ____, NA FORMA ABAIXO: 
 
SAIBAM quantos este público instrumento de Escritura Pública de União 
Estável virem, que aos vinte e cinco dias do mês de agosto do ano de dois mil e quinze 
(25/08/2015), na cidade de Linhares, Comarca de Terceira Entrância do Estado do Espírito Santo, 
compareceram como DECLARANTES E OUTORGANTES FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, 
repositor de mercadorias, natural de ____, nascido em ____, filho de ____, portador da CNH nº 
____, inscrito no CPF sob nº ____ e FULANA DE TAL, brasileira, solteira, operadora de caixa, 
natural de ____, nascida em ____, filha de ____, portadora da CI nº ____ SSP/ES, inscrita no 
CPF sob nº ____ e residentes na Rua ____. Pelos DECLARANTES me foi dito sob pena de 
responsabilidade civil e criminal, que todos os documentos foram apresentados nos 
originais para a lavratura deste ato, e que esses são autênticos e verdadeiros. Os presentes 
identificados e reconhecidos por mim, pela documentação pessoal que me foi apresentada, 
de responsabilidade dos apresentantes, de cuja identidade e capacidade jurídica dou fé. E 
perante o mesmo Tabelião, pelos DECLARANTES, me foi dito que pela presente escritura e na 
melhor forma de direito consciente das sanções cíveis e criminais, de livre e espontânea vontade, 
sem qualquer coação ou induzimento, prestam a seguinte declaração: DECLARAM que vivem 
MARITALMENTE, há ____ (____) anos e tendo em vista que mantêm uma relação de união 
estável, conforme o configurado na Lei 9.278/96, publicada no Diário Oficial da União, em 13 de 
Maio de 1996, vêm estabelecer o tipo de regime de bens e outras avenças que regerão as suas 
vidas em comum, da seguinte maneira: PRIMEIRO: O regime de bens a ser estabelecido, e 
escolhido por ambos é o de Comunhão Parcial de Bens, conforme estatui o art. 1.658, do 
Código Civil Brasileiro e seguintes; SEGUNDO: Estabelecem ainda, para efeitos legais que 
poderão distratar amigavelmente o presente contrato a qualquer momento, ficando estipulado, no 
entanto, que aquele que der motivo à dissolução pagará as despesas judiciais e honorários 
advocatícios; TERCEIRO: Acordam que todo o imóvel que for adquirido em conjunto, com 
recursos próprios dos conviventes durante a união do casal, será partilhado para cada um em 
iguais percentuais; QUARTO: O imóvel que servir de residência para o casal, caso seja adquirido 
por ambos e após esta união, na falta do convivente proprietário, deverá permanecer sob usufruto 
daquele que sobreviver; QUINTO: Os contratantes se comprometem e prometem entre si, todo o 
respeito e consideração mútua, além de assistência moral e material recíproca, cuja residência 
será de convivência mútua, em local sempre pré escolhido, em comum acordo entre ambos. E 
 
1Leia mais: http://jus.com.br/artigos/22830/uniao-estavel-poliafetiva-breves-consideracoes-acerca-de-
sua-constitucionalidade#ixzz3lPknMqNW 
 
 
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por este motivo declaram e, em tudo que possível e a lei assim permitir, em quaisquer 
órgãos públicos Federal, Estadual, Municipal e Autárquico, rogando às autoridades 
competentes, que cumpram ou façam cumprir as vontades e decisões dos DECLARANTES; 
e, dessa maneira e por sua livre vontade ora manifestada, dos termos do Artigo 134, Inciso 
II, Parágrafo 1º e ainda, Artigo 136, Inciso III, ambos do Código Civil, beneficiários em: 
Previdência Social, PIS/PASEP, quaisquer seguros, financiamentos, convênios médicos, 
planos de saúde, pecúlios ou pensões que eles DECLARANTES contribuam, valendo esta 
Escritura para todos os efeitos de inscrição nas instituições para as quais contribuem. Com 
base na lei nº 7.115 de 29 de agosto de 1983, ficam os DECLARANTES integralmente 
responsáveis pelo acima declarado e sujeitando-se às sanções penais, cíveis e administrativas na 
legislação brasileira e aplicadas em caso de falsa declaração. Comparecem ainda neste ato, na 
condição de testemunhas, para afirmar que conhecem os DECLARANTES e que os 
mesmos convivem sob o regime de união estável:FULANA DE TAL, (qualificação completa) e 
FULANA DE TAL, (qualificação completa). Conforme determina o art. 14, do Provimento nº 
39/2014, do Conselho Nacional de Justiça – Corregedoria Nacional de Justiça, datado de 25 
de Julho de 2014, assinado pelo Exmº. Sr. Dr. Conselheiro Guilherme Calmon, Corregedor 
Nacional de Justiça em exercício, foram realizadas buscas, na presente data, junto à 
Central Nacional de Indisponibilidade de Bens - CNIB, não sendo encontrado qualquer 
anotação de Indisponibilidade de Bens em nome dos OUTORGANTES e reciprocamente 
OUTORGADOS que impeçam a lavratura deste ato, de acordo com Relatório de Consulta de 
Indisponibilidade emitido às 13:18:25 e 13:19:48, do dia 25/08/2015 – Código HASH: ____. 
Escrita esta e lida em voz alta às partes, acharam em tudo conforme, aceitaram e assinam, 
comigo Tabelião, na presença de testemunhas. Eu, _________________________ Tabelião, que 
fiz digitar, subscrevo e assino em público e raso. DOU FÉ. Selo Digital do Ato: [{51}], 
Emolumentos: Tab. 07,Item IV [{53}], Farpen [{35}], Funepj [{34}], Fadespes [{68}], Funemp 
[{79}], Funcad [{79}], ISS [{43}], Total [{57}]. 
Em Testº _________ da verdade. 
 
________________________________________ 
Tabelião 
 
______________________________ ______________________________ 
FULANO DE TAL FULANO DE TAL 
 
______________________________ ______________________________ 
TESTEMUNHA 1 TESTEMUNHA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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30 
 
4.1.2. ESCRITURA PÚBLICA DE CONTRATO DE NAMORO 
 
O que é? 
Assim, muitos namorados, com receio que sua relação, em uma possível discussão 
judicial seja reconhecida como união estável, estão confeccionando 
“contratos de namoro”, para afastar a comunicabilidade de patrimônios. 
 
Zeno Veloso não vê impedimento na lei para o reconhecimento dos 
“contratos de namoro”, sendo forma de o casal atestar em documento escrito que está 
tendo um envolvimento amoroso, um relacionamento afetivo, que se esgota nisso, não 
havendo o interesse ou vontade de constituir uma entidade familiar, com consequências 
pessoais e patrimoniais inerente a união estável. (VELOSO, 
Zeno. Contrato de Namoro. Disponível em: <http://www.soleis.adv.br/artigocontratode 
namorozeno.htm>. Acesso em: 15 mar. 2012.) 
 
Como é feita? 
O casal comparece ao Tabelionato, com seus RG e CPF originais, e declara que estão 
tão somente namorando desde determinada data. 
 
 
Documentos necessários: 
1) Carteira de Identidade e CPF originais 
2) Certidão de nascimento ou casamento atualizada. 
 
 
Modelo Prático (Minuta): 
 
 
ESCRITURA PÚBLICA DECLARATÓRIA DE 
CONTRATO DE NAMORO QUE FAZEM _____, 
NA FORMA ABAIXO: 
 
SAIBAM quantos este público instrumento de Escritura Pública Declaratória de 
Contrato de Namoro virem que aos _____ dias do mês de _____ do ano de _____ 
(_____/_____/_____), em Cartório, sito na Avenida João Felipe Calmon, nº 735, Centro, Linhares, 
Comarca de Terceira Entrância do Estado do Espirito Santo, perante mim, Tabelião do Segundo 
Oficio de Notas, compareceram como DECLARANTES: _____ e _____. Pelos Declarantes, me 
foi dito sob pena de responsabilidade civil e criminal, que todos os documentos foram 
apresentados nos originais para a lavratura deste ato e que esses são autênticos e 
verdadeiros. E perante o mesmo Tabelião, pelos DECLARANTES, pela presente escritura e 
na melhor forma de direito, conscientes das sanções cíveis e criminais, de livre e 
espontânea vontade, sem qualquer coação ou induzimento, me foi dito: 1) que no dia xxxx de 
http://www.soleis.adv.br/artigocontratode namorozeno.htm
http://www.soleis.adv.br/artigocontratode namorozeno.htm
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
________________________________________________________________________________ 
31 
xxxx de xxxxx começaram a namorar; 2) que os mesmos não tem intenção de manter uma 
convivência pública duradoura e contínua em regime de união estável para constituir família; 3) 
que os mesmos não tem intenção em casar; 4) que não tem intenção de conjugar esforços para 
adquirir patrimônio em comum; 5) que os mesmos declaram não possuir futuramente direitos a 
herança e pensão em caso de falecimento de uma das partes. Escrita esta e lida em voz alta 
às partes, acharam em tudo conforme, aceitaram e assinam, comigo Tabelião, 
dispensada a presença de testemunhas, consoante o Artigo 215, Parágrafo 5º, do Código 
Civil. Eu, _________________________ Tabelião, que fiz digitar, subscrevo e assino 
em público e raso. DOU FÉ. Selo Digital do Ato: [{51}], Emolumentos: Tab. 07, Item 
IV [{53}], Farpen [{35}], Funepj [{34}], Fadespes [{68}], Funemp [{79}], Funcad [{79}], 
ISS [{43}], Total [{57}]. 
Em Testº _________ da verdade. 
 
________________________________________ 
Tabelião 
 
______________________________ ______________________________ 
FULANO DE TAL FULANO DE TAL 
 
 
 
 
4.1.3. ESCRITURA PÚBLICA DE PACTO ANTENUPCIAL 
 
O que é? 
O pacto antenupcial é o ato feito pelos noivos, antes do casamento, quando eles 
quiserem se casar por um regime de bens diferente do regime legal vigente no país, que é 
o da comunhão parcial de bens (os bens que cada um possuía antes do casamento e 
aqueles recebidos por herança continuam sendo de cada um. Os bens adquiridos, por 
compra, durante o casamento são dos dois). 
 
Caso os noivos optem por se casar sob o regime da comunhão universal de bens (todos 
os bens, de antes e depois do casamento, inclusive de herança, ficam sendo de ambos) 
ou sob o regime da separação total de bens (cada um continua sendo único dono de seus 
bens e os adquiridos durante o casamento serão somente de quem os adquiriu), devem 
comparecer ao Cartório de Notas para fazerem o PACTO ANTENUPCIAL. 
 
Documentos necessários: 
1) Carteira de Identidade e CPF originais 
2) Certidão de nascimento ou casamento atualizada 
Feito, o pacto antenupcial, este deverá ser levado ao Cartório do Registro Civil em que 
será feito o casamento. 
 
Após o casamento, o casal deverá levar o pacto antenupcial e a certidão de casamento 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
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ao Cartório de Registro de Imóveis da região do primeiro domicilio, para que seja 
registrado e assim, produza seus efeitos. 
 
 
Modelo Prático (Minuta): 
 
ESCRITURA PÚBLICA DE CONVENÇÃO DE 
PACTO ANTENUPCIAL QUE FAZEM FULANO DE 
TAL E FULANA DE TAL, NA FORMA ABAIXO: 
 
S A I B A M quantos esta pública Escritura de Pacto Antenupcial virem que 
aos três dias de setembro do ano de dois mil e doze (____/____/2012), em meu Cartório, 
sito na Avenida João Felipe Calmon, nº 735, Centro, na Cidade de Linhares, Comarca de 
Terceira Entrância do Estado do Espírito Santo, perante mim Tabelião, compareceram as 
partes entre si justas e ajustadas, a saber, como OUTORGANTES e reciprocamente 
OUTORGADOS FULANO DE TAL, brasileiro, solteiro, empresário, natural de ____-ES, 
nascido em ____, filho de ____, portador da CI nº. ____ SSP/ES, inscrito no CPF/MF sob 
o nº ____ e residente a Rua ____ e FULANA DE TAL, brasileira, solteira, empresária, 
natural de ____-ES, nascida em ____, filha de ____, portadora da CI nº ____, inscrita no 
CPF/MF sob nº ____ e residente a ____. Os presentes identificados pelos documentos 
apresentados e cuja capacidade civil reconheço e dou fé. E pelos OUTORGANTES e 
reciprocamente OUTORGADOS me foi dito:1) – Que pretendendo contrair o seu 
casamento, a celebrar-se em data próxima, nesta Cidade, com o procedimento futuro de 
toda a habilitação competente para o respectivo casamento; 2) – Que lhes sendo lícito, 
com base no artigo 1639, do Código Civil, de antes de celebrado o casamento, poderem 
estipular, quanto ao seus bens, o que lhes aprouver, vêm PACTUAR, de comum acordo e 
deliberação, sem qualquer coação, constrangimento ou induzimento algum, que o seu 
casamento celebrar-se-á pelo regime da completa e absoluta “SEPARAÇÃO DE BENS”, 
não só dos que cada cônjuge levar para o casamento, como dos que, de futuro, venham 
adquirir a qualquer título, ficando estipulado que seus frutos, rendimentos e todos os bens 
permanecerão incomunicáveis; 3) – Que estipulada a separação de bens, estes 
permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que poderão 
livremente alienar ou gravá-los de quaisquer ônus real, de acordo com o artigo 1687, do 
Código Civil; 4) – Fica estipulado entre os OUTORGANTES e reciprocamente 
OUTORGADOS que os bens adquiridos por cada cônjuge, a título gratuito ou oneroso, na 
constância ou anteriores ao casamento, tenham ou não uma causa anterior ao 
matrimônio, pertencerãoapenas a quem os adquiriu, sendo incomunicáveis, ficando cada 
um com a livre administração, domínio e posse dos seus bens, bem como das suas 
dívidas passivas pretéritas se, porventura, surgirem, podendo, inclusive, livremente 
alienar os bens imóveis sem que necessite do consentimento do outro cônjuge; 5) – Fica 
estipulado entre os OUTORGANTES e reciprocamente OUTORGADOS, que não se 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
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comunicarão os frutos ou produtos de bens particulares, tão pouco frutos civis de trabalho 
de cada cônjuge ou de ambos, nem as benfeitorias e acessórios futuros em bens 
particulares de cada cônjuge; 6) – Fica estipulado ainda que ambos os cônjuges obrigar-
se-ão a contribuir para as despesas do casal, nos termos do artigo 1688, do Código Civil; 
7) – Os OUTORGANTES e reciprocamente OUTORGADOS declaram por esta escritura, 
que estão cientes dos termos do artigo 979, do Código Civil, de que além do Registro 
Civil, serão arquivados e averbados no Registro Público de Empresas Mercantis, os 
pactos e declarações antenupciais do empresário, o título de doação, herança, ou legado, 
de bens clausulados de incomunicabilidade ou inalienabilidade, estando também cientes 
que, nos termos do artigo 1653, do Código Civil, é nulo o pacto antenupcial se não for 
feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento, bem como se 
encontram cientes que as convenções antenupciais não terão efeito perante terceiros 
senão depois de registradas em livro oficial, pelo Oficial do Registro de Imóveis do 
primeiro domicílio dos cônjuges; 8) – Que livremente a OUTORGANTE e reciprocamente 
OUTORGADA em virtude do casamento, passará a chamar-se "____". Escrita esta e lida 
em voz alta às partes, acharam em tudo conforme, aceitaram e assinam, comigo 
Tabelião, dispensada a presença de testemunhas, consoante o Artigo 215, Parágrafo 5º, 
do Código Civil. Eu, _________________________ Tabelião, que fiz digitar, subscrevo 
e assino em público e raso. DOU FÉ. Selo Digital do Ato: [{51}], Emolumentos: Tab. 
07, Item IV [{53}], Farpen [{35}], Funepj [{34}], Fadespes [{68}], Funemp [{79}], 
Funcad [{79}], ISS [{43}], Total [{57}]. 
 
Em Testº _________ da verdade. 
 
________________________________________ 
Tabelião 
 
 
______________________________ ______________________________ 
FULANO DE TAL FULANO DE TAL 
 
 
 
4.1.4. ESCRITURA PÚBLICA DE RECONHECIMENTO DE 
PATERNIDADE 
 
O que é? 
O reconhecimento de filho é um tipo de escritura publica, feita pelo pai verdadeiro da 
criança, quando este não a tiver registrado quando do seu nascimento. Assim, ficará 
constando na certidão de nascimento da criança o nome de seu pai e avós paternos. 
No reconhecimento de filho, o pai pode acrescentar seu sobrenome ao filho reconhecido. 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
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34 
 
IMPORTANTE:ANTES SOMENTE O PAI BIOLÓGICO PODIA FAZER O 
RECONHECIMENTO DE FILHO, sob pena de cometer crime de falsidade ideológica. 
 
Caso a pessoa não seja pai biológico da criança a ser reconhecida, mas desejar que ela 
seja sua filha legítima, deverá proceder à ADOÇÃO , que é feita judicialmente. 
 
**** HOJE é possível o reconhecimento da PATERNIDADE SOCIOAFETIVA ou 
MULTIPARENTALIDADE 
 
O Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário nº 898060/SC, da relatoria do 
Ministro Luiz Fux, admitiu no direito brasileiro o reconhecimento jurídico da 
multiparentalidade, com a coexistência concomitante da filiação biológica e afetiva. 
Neste importante julgamento, foi fixada tese nos seguintes termos: 
 
"A paternidade socioafetiva, declarada ou não em registro público, 
não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante 
baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios", 
vencidos, em parte, os Ministros Dias Toffoli e Marco Aurélio. 
Ausente, justificadamente, o Ministro Roberto Barroso, participando 
do encontro de juízes de Supremas Cortes, denominado Global 
ConstitutionalismSeminar, na Universidade de Yale, nos Estados 
Unidos. Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 
22.09.2016.”2 
 
 
 
O art. 226 da Constituição Federal dispõe sobre a família como base da sociedade e tem 
especial proteção do Estado, sendo o seu conceito ampliado, contemplando o princípio 
de igualdade da filiação, através da inserção de novos valores, fundamentado no 
princípio da afetividade e da dignidade da pessoa humana. 
 
Atualmente, o instituto da paternidade socioafetiva tem a sua existência ou coexistência 
reconhecidas no âmbito da realidade familiar, sendo aceito pela doutrina jurídica e na 
jurisprudência pátrias, que não há hierarquia entre a paternidade biológica e a 
socioafetiva, tendo esta como fundamento a afetividade, a convivência familiar e a 
vontade livre de ser pai. 
 
 
2BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Julgado no Recurso Extraordinário n. 898060/SC. Relator: 
Ministro Luiz Fux. Publicado em 22/09/2016. Disponível em: 
http://stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?incidente=4803092. Acesso em 20 de 
abril de 2017. 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
________________________________________________________________________________ 
35 
 
HÁ VÁRIOS PROVIMENTOS DOS ESTADOS AUTORIZANDO O RECONHECIMENTO 
DA FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA 
 
Provimento 234/2014 - Amazonas 
 
Provimento 15/2013 - Ceará 
 
Provimento 21/2013 - Maranhão 
 
Provimento 009/2013 - Pernambuco 
 
Ofício Circular 307/2014 - Santa Catarina 
 
 
**** No ESTADO DO ESPÍRITO SANTO já foi feito requerimento nesse sentido, 
conforme protocolo abaixo: 
 
 
 
 
 
CURSO: “ASPECTOS PRÁTICOS DAS ESCRITURAS PÚBLICAS” 
MINISTRADO POR: RODRIGO REIS CYRINO – EM 12/08/2017 
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Como é feito? 
O pai e a mãe da criança comparecem ao tabelionato com seus RG e CPF originais e 
certidão de nascimento da criança. 
Não é necessário trazer a criança, basta a certidão de nascimento dela. 
Caso o filho a ser reconhecido já tenha mais de 18 anos, deverá também comparecer ao 
tabelionato, com seu RG e CPF originais. 
 
Documentos necessários: 
1) Carteira de Identidade e CPF originais dos pais e do filho 
2) Certidão de nascimento atualizada do filho 
 
 
 
 
Modelo Prático (Minuta): 
 
 
 
ESCRITURA PÚBLICA DE 
RECONHECIMENTO DE 
PATERNIDADE QUE FAZ FULANO 
DE TAL, NA FORMA ABAIXO: 
 
S A I B A M quantos esta Escritura Pública de Reconhecimento 
de Paternidade bastante virem que aos ____ dias do mês de ____ do ano de ____ 
(____/____/____), em Cartório, sito na Av. João Felipe Calmon, 735, Centro, Linhares/ES, 
Comarca de Terceira Entrância do Estado do Espírito Santo, perante mim, Tabelião do 
Segundo Ofício de Notas, compareceu como Outorgante Declarante FULANO DE TAL, 
brasileiro, solteiro, empresário, natural de ____-ES, nascido em ____, filho de ____, 
portador da CI nº. ____ SSP/ES, inscrito no CPF/MF sob o nº ____ e residente a Rua 
____. O presente identificado como o próprio deste Serviço Notarial, de cuja identidade e 
capacidade para o ato, dou fé. E pelo Outorgante, consciente das sanções cíveis e 
criminais em caso de falsa declaração, me foi dito que: 1) A presente declaração é feita 
de livre e espontânea vontade, sem qualquer sugestão, induzimento, erro, dolo ou 
coação; 2) Teve uma relação amorosa com ____, e, sendo que desta relação tiveram um 
filho chamado: JOSÉ DA SILVA, brasileiro, solteiro, motorista, nascido no dia ____, CI nº. 
____ SSP/ES, inscrito

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