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cirurgia oral menor

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CIRURGIA – 1° ESTAGIO 
EXAME CLINICO, FISICO E ANAMNESE 
 
• A Anamnese é composta por Identificação do paciente, queixa principal, historia da doença atual (HDA), historia 
médica pregressa, antecedentes familiares e revisão dos sistemas. 
• Nome, idade, endereço. 
• A historia da doença atual é a parte principal da anamnese – descreve o que o paciente falou e coloca entre aspas 
“SIC” (segundo informações colhidas). 
• A historia médica pregressa é composta por: hospitalizações passadas e cirurgias, experiências previas em anestesia, 
doenças anteriores, medicações recentes, alergias e hábitos. 
• Antecedentes familiares: diabetes, hipertensão, câncer e doenças hepáticas e renais. 
 
Classificação - Sociação Americana de Anestesiologia (ASA) – o ideal é operar apenas os pacientes ASA 1 e 2 
• ASA 1 – Pacientes saudáveis 
• ASA 2 – Pacientes que não possuem doenças sistêmicas, ou as que possuem são leves e não é de risco 
• ASA 3 – Pacientes com doenças sistêmicas graves 
• ASA 4 – Pacientes com doenças sistêmicas graves que é uma ameça a vida 
• ASA 5 – Pacientes moribundos que não se espera que sobreviva sem cirurgia 
• ASA 6 – Pacientes com morte cerebral cujos órgãos serão removidos para fins de doação. 
 
Deve-se obter informações sobre o Sistema Cardiovascular e Respiratório, como: 
• Infarto? Há quanto tempo? Dor no peito? Angina Hipertensão? 
• Febre Reumática? Falta de Ar aos esforços? Asma? 
• Fumante? Tempo? Tosse? Expectoração? Anemia? 
• Sangramento? Hematoma? 
 
OBS: So se deve intervir após um infarto depois de 6 meses a 1 ano de preferencia. Hipertensão até 16/10 segundo a 
associação americana de cardiologia, no entanto o ideal é 14/9 no máximo. 
IMPORTANTE: Pacientes com febre reumática tem problemas nas articulações e nas válvulas cardíacas, e esse paciente tem 
facilidade de adquirir endocardite infecciosa, por isso que todo paciente com febre reumática tem que fazer profilaxia antibiótica 
com 2g de amoxilina 1hr antes do procedimento. 
 
Exames complementares: ECG, Radiografias PA e tórax, Hemograma completo e coagulograma (TS e TC). 
 
Outros sistemas também devem serem avalidos: 
Sistema Hepatico: Ictericia? Alteração na cor das fezes e urina? Bebida alcoolica? Social? Alcoolatra? Obs: porque o sistema 
hepático metaboliza todos os medicamentos. Exames TGO e TGP 
Sistema Digestivo: Diabetes, Hipertensão, infecção, depressão. 
Sistema Nervoso: Desordens convulsivas e Alcoolismo. 
Sistema Imunologico: Defesa anatômica, Defesa celular e Defesa humoral. 
Temperatura: Febre baixa – 37° e 38°. Febre moderada – 38° a 39°. Febre intensa – mais que 39°. Temperatura hiperpirética 
– mais que 41°. 
Pulso: Normal – 70 a 100 bpm. Infecção grave, hipovolemia. 
 
EXAME FÍSICO – Dados Ideáis para Cirurgia 
Temperatura (T) – 36,5° a 37° 
Frequencia Respiratória (FR) – 14 a 18 respirações por minutos (rpm) 
Frequencia Cardiaca (FC) – 60 a 100 batimentos por minuto (bpm) 
Pressão Arterial (PA) – valores 120/80 
 
Princípios das técnicas e táticas cirúrgicas 
 
A cirurgia vai envolver 5 passos operatórios: Diérese (acesso ao tecido), Cirurgia propriamente dita, Exérese, Hemostasia e 
limpeza, e Síntese (sutura). 
 
1 – DIÉRESE – É a manobra que consiste em abrir, por meios mecânicos ou térmicos, os tecidos superficiais para acessar 
planos mais profundos, objetivando executar a intervenção cirúrgica indicada. 
• Tipos de Diérese: Incisão, Divulsão e Deslocamento. 
• OBS: Deslocamento de Expessura Total - significa dizer que foi descolado tanto a porção mucosa quanto a porção 
periosteal. 
• Indicações da Diérese: Fracasso na exodontia simples, Raiz residual, Exodontia múltiplas, Dente incluso, Cirurgia 
periapical, Cirurgia periodontal, Cirurgia com finalidade protética, Implante dentário e Biópsia e exérese de patologias. 
 
Incisão: é utilizado os cabos de bisturis. 
• Para acessar extra-oral o cabo de bisturi utilizado é o n° 4, nele cabem as laminas número: 18, 20, 21, 22, 22A, 23c 
24 e 25. 
• Para acessar intra-oral o caba de bisturi utilizado é o n° 3, nele cabem as laminas numero: 10, 11, 12, 14, 15 e 
15C. 
• Para montar o bisturi, se pega a lamina com o porta agulha e encaixa no cabo. 
• Objetivo da Incisão (Obtenção de um retalho): Ter suprimento sanguíneo próprio, Permitir acesso ao tecido 
subjacente, Poder ser recolocado na posição original, Poder ser mantido com sutura. 
• OBS IMPORTANTE: A base do retalho sempre tem que ser maior que a margem, a largura tem que ser maior que a 
altura e os lados divergentes para a base. Isso para manter o suprimento sanguíneo para o retalho. 
• OBS: se você sutura um tecido sem ter osso em baixo, acontecerá uma decência do tecido. 
• OBS IMPORTANTE: todo acesso na parte lingual de mandíbula ou palato, será feito uma incisão intrassucular. Não se 
pode fazer relaxantes. 
• Incisão Relaxante é uma técnica onde o cirurgião tira o tensionamento da musculatura da área a ser incisionada, sem 
cessar o suprimento sanguíneo no local. 
• Se faz a incisão e descola o tecido com a cureta de molt. 
• OBS IMPORTANTE: jamais se deve fazer incisões no centro das papilas, porque ocorre um fenômeno chamado de 
retração papilar. 
• Por exemplo: se for fazer uma incisão num 1° pré-molar, se incisa um dente pra mesial e outra pra distal. 
• Não se deve fazer incisões sobre elevações ósseas. 
 
Tipos de Retalho: Linear, Sucular (envelope ou gengival ou Maurel), Triagular (Newmann modificada ou Mead), Trapezoidal 
(Newmann), Semilinar (Partsch), Forma de U (Wassmund) e Outros. As mais usadas são a Sucular e a Triangular. 
 
Incisão Linear: é mais usada para cirurgias para retirada de grandes tumores e ortognáticas, geralmente a incisão é de molar 
a molar. 
Incisão Sucular (Envelope ou Maurel): sempre se faz esse acesso em palato e região lingual de mandíbula. 
• A Incisão Sucular na região vestibular é a melhor para o paciente, por que a é que causa menos dor, é mais estética, 
causa menos edema. Porem é a mais complicada para o cirurgião, porque vai ter que suturar papila por papila fazendo 
pontos isolados. 
Incisão Triangular (Newmann Modificada): utilizada para remoção de 3° molares. 
Incisão Trapezoidal (Newmann): utilizada para remoção de canino incluso. Onde se faz duas relaxantes convergentes para 
base a partir da gengiva marginal. 
Incisão Semilunar (Partsch): utilizada para remover raízes alojadas no alvéolo sem danificar o osso para fins ortodônticos. 
Geralmente se faz quando a exodontia dos pré-molares e ocorre a quebra da raiz no alvéolo. O dente sai e a raiz fica. Deve-se 
fazer uma incisão Semilunar, se faz o deslocamento mucoperiosteal, com o motor o cirurgião faz uma pequena janelinha no 
osso acima da raiz e a empurra com uma alavanca. 
Incisão em forma de U (Wassmund): também se utiliza para caninos inclusos. É uma outra opção além da Incisão 
Trapezoidal, onde se faz também duas relaxantes convergentes para base, mas a partir da gengiva inserida e não da margem 
gengival. 
Incisão em Forma de Y: geralmente é feito no palato para remoção de tórus palatino. Se faz uma incisão retilínea no centro do 
palato e duas anteriores divergentes. Quando o tórus é muito grande, pode-se também fazer duas incisões anteriores 
divergentes e duas posteriores, esse é chamado de duplo Y. 
 
OBS: para um enxerto ósseo em alvéolo para colocação de implante, se faz um acesso Trapezoidal (Newmann). 
 
Divulsão: se faz com as tesouras de Metzembauer (tesoura sem ponta ativa), coloca a tesoura fechada por baixo do tecido e 
vai abrindo, divulsionando o tecido. 
Descolamento: e feito com descolador ou cureta de molt e sindesmótomo. Vai raspando o tecido incisionado até ele descolar 
do osso. 
 
AFASTAMENTO DO RETALHO 
• Tem objetivode promover visualização e proteger estruturas vizinhas 
• É feito com afastadores adequados, tipos: minissota, farabeuf,(lábios), brunids (língua). 
• Pode ser utilizados para reparo (quando não se tem mãos cirúrgicas suficientes) e descoladores 
• Afastador apoiado em osso e subperiosteal 
• Deve utilizar pomadas 
• Deve ser utilizado firme, suave e estável 
• Deve-se evitar tensão excessiva e torção 
• Deve-se aliviar periodicamente 
 
2 – EXÉRESE – Manobra pela qual retira-se uma porção ou o todo de um órgão. 
Tipos: Osteotomia e Ostectomia, Curetagem e Avulsão. 
 
Osteotomia e Ostectomia 
• Instrumental: instrumento rotatório com broca, serra ou disco, cinzel e martelo, Pinça goiva e osteótomo, lima para 
osso. 
 
Instrumento Rotatório 
• Diversidadede brocas, serras e discos 
• Cuidado na proteção dos tecidos vizinhos 
• Cuidado na abordagem por lingual 
• Irrigação abundante fria (soro fisiológico ou AD) 
• Aspiração profunda 
• Não se deve usar o aspirador como afastador, nem para extrair fragmentos sólidos. 
• Propriedades para cortes com alta rotação: deve fazer o corte em linha única, instrumentos cortantes, resfriamento 
continuo, adequada visualização e suficiente acesso. 
 
Curetagem – características: 
• Instrumental: Cureta de Lucas 
• Remoção de tecidos patológicos no interior dos tecidos osseos 
• Complementação do tratamento da loja óssea 
• Perigo de danos a estruturas vasculho nervosas 
• OBS IMPORTANTE: a curetagem até o fim do alvéolo só é necessário se o paciente tiver lesão periapical. Se o 
paciente não tem lesão periapical, a simples curetagem dar bordas laterais é suficiente. 
 
Avulsão 
• Instrumental: pinça hemostática 
 
3.1 – HEMOSTASIA – manobra que visa a interrupção da perda de sangue (hemorragia) 
A sutura normalmente vai segurar o sangramento se for um sagramento capilar, já se for um sangramento venoso ou artérial é 
necessário a Hemostasia. 
Hemorragia 
• Origem: venosa, arterial e capilar 
• Etapa operatória: trans, ou pós-operatória 
• Pós-operatório: imediata ou tardia 
 
Manobras 
• Pinçagem/Ligadura com fio (evitar tecidos vizinhos) 
• Eletrocoagulação 
• Laser 
 
Pacientes que tem sangramento muito fácil, pode ser um paciente que tenha número muito baixo de plaquetas, o 
normal é 150 mil. 
 
OBS: Todo sangramento deve ser localizado e controlado antes da sutura. Uma hemostasia cuidadosa evita tensão 
excessiva no retalho e formação de hematoma, o qual pode infectar-se e promover necrose do retalho. 
 
3.2 – LIMPEZA 
• Eliminar tecidos patológicos 
• Eliminar corpos estranhos 
• Eliminar fragmentos de tecido mole e ósseo com vascularização comprometida 
 
 
 
 
 
 
4 – SINTESE 
Manobra que visa reposicionar os tecidos moles que foram separados por um traumatismo ou pelo ato cirúrgico. 
Objetivos: 
• Reposicionar os tecidos na posição original ou em outra desejada, de maneira precisa e atraumatica 
• Restituir a função e acelerar a cicatrização 
• Redução dos espaços anatômicos (espaço morto) 
• Hemostasia 
• Estabilização do coagulo 
• Estética 
• O desejável da sutura é que borda crueta fique ligada a outra borda cruenta, realizando assim uma cicatrização mais 
rápida e eficaz. As vezes como por exemplo em remoção de 1° e 2° molar, não se da pra ligar as duas bordas, mas a 
linha vai formar tipo uma malha para evitar que o coagulo extravase. 
 
Instrumental: Porta-agulha, pinça de tecido (pinça Adson sem dente) 
 
Classificação dos Fios de Sutura – Os fios podem ser absorvíveis e não-absorvíveis 
 
Absorviveis: Se divide em Naturais (Catgut Simples e Cromado) e Sintéticos (Vicryl e Monocryl). O Vicryl é o melhor dos 
absorvíveis, porque ele causa menos inflamação e é absorvido por meio de hidrólise (agua). 
Não-Absorviveis: Se divide em Biodegradáveis (Seda, Mononylon e Algodão) e Não biodegradáveis (Aciflex, Poliester e 
Prolene). Desses nos vamos usar Seda e Nylon. 
 
Classificação quanto ao numero de filamentos do Fio: Pode ser Monofilamentares e Multifilamentares (torcidos ou 
trançados. 
Os Monofilamentares são melhores, porque como só tem um filamento, vai prevenir para que restos de comida e bactérias 
não se liguem ao fio, como ocorre no multifilamentar. 
 
Classificação quanto ao calibre do fio: pode ser de 12-0, 6-0, 5-0, 4-0, 000, 00, 00, 1, 2, 3. OBS: quanto mais 0 tiver mais 
fino é o fio. Um fio 9-0 é invisível a olho nú. 
 
Agulha para fio de Sutura: tem tamanhos variados, podendo variar em ¼, ½, e ¾ . Quanto menos quartos, mais curva é a 
agulha. 
 
Secção Transversal das agulhas: Pode ser triangular ou quadrangular. A quadrangular é melhor porque ela vai deixar a 
base do tecido reta, deixando o tecido mais forte e menos propenso a se romper com o fio. O triangular deixa uma imagem 
comtriangulo com a ponta, deixando mais propenso a lacerações. 
 
TÉCNICAS DE SUTURA 
 O ideal seria aproximar as bordas sangrantes (cruentas), para uma melhor cicatrização. 
 Quando for suturar, pode inserir bem a agulha, até ela tocar no osso, e depois gira a agulha. Deve passar a agulha em 
toda a extensão do tecido, se colocar a agulha rasa, quando for apertar o nó, o tecido pode lacerar. 
 
Tipo Colchoeiro Horizontal (em forma de U) – é o ponto onde se quer promover uma compressão na cervical, para implante. 
 
Tipo Colchoeiro Vertical (Blair-Donati) – também conhecido como perto perto, longe longe. Passa a linha pelas duas bordas 
por uma parte mais inferior, e depois volta passando denovo, mas por duas partes mais superiores. Também para implante. 
 
 
 
 
Tipo Cruzado ou Em forma de X ou Dois pontos Diagonais – indicado para região de molares. 
 
 
Tipo Contínua Simples – faz um ponto simples, e depois vai andando e continuando, no final deixa um pedaço de fio como na 
imagem 2 abaixo, e dá o nó nele. Indicado para cirurgia maiores. 
 
 
Tipo Contínua Festonada (Reversin) – também indicada para cirurgias com maiores incisões. Vai passando a agulha como a 
Continua Simples, só que passa a agulha por dentro do Lupp (como na imagem 2 acima) toda vez que passar vestibular-
lingual. 
 
 
OBS: o simples é mais confiável, porque se o cirurgião dar 5 pontos simples, e partir 1, ainda vão ter 4 para sustentar. 
Mas se der um ponto tipo Continua Simples ou Festonada, se partir o fio, vai abrir toda a ferida. 
 
MATERIAIS 
 
A mesa é montada em sequencia da esquerda para direita: Anestesia, Diérese, Exérese, Hemostasia e Limpeza e 
Sutura (Síntese). 
TÉCNICAS CIRURGICAS DE EXODONTIA CONVENCIONAL 
 
A exodontia é o mais antigo dos procedimentos cirúrgicos realizados na cavidade bucal é o segmento da cirurgia 
bucomaxilofacial que aborda os princípios e as técnicas para a remoção do dente de alvéolo. 
Necessidade de reabilitação, preservação da integridade dos tecidos moles e do osso alveolar, requer conhecimento 
técnico-cientifico e habilidade por parte do cirurgia para sua execução correta. 
 
IMPLANTE IMEDIATO – o dente é retirado e na mesma sessão o cirurgião já coloca o implante. Para fazer esse implante 
imediato, é necessário a máxima conservação de tecido mole e osso na hora da exodontia. O dente tem que sair do alvéolo 
sem luxar o osso. 
CARGA IMEDIATA - o dente é retirado e na mesma sessão o cirurgião já coloca o implante e o paciente sai com o dente 
implantado no mesmo dia. 
 
INDICAÇÕES PARA EXODONTIA 
• Cáries extensas e suas complicações, doença periodontal avançada, raízes e fragmentos dentários, razões 
ortodônticas e protéticas, dentes mal posicionados, fraturas dentais, dente supranumerários, dentes associados a 
patologias, antes da radioterapia de cabeça e pescoço, dentes envolvidos em traço de fratura, e o principal são os 
fatores socioeconômicos do paciente. 
 
OBS: Pacientes que câncer maligno em cabeça e pescoço e precisa fazer radioterapia, deve-se remover todos os 
dentes que tenham algum comprometimento ou que possa precisar de um canal futuro, inclusive também dentes com 
restauraçõesextensas. Antes de iniciar a radioterapia tem que fazer isso por que durante ou após a radioterapia não 
se pode fazer tratamento de canal ou exodontia durante tempo indeterminado. 
Osteoradionecrose – é uma necrose do osso sem infecção, onde não existe tratamento. 
O único tratamento é o avulsionamento por meio de ortodontia, mas esse tratamento demora muito tempo. 
 
Para um dente com cárie extensa e a gengiva recobrindo ele, sendo que não tem como retirar com fórceps porque vai fraturar 
o dente, a maneira mais correta seria incisionar, descolar o tecido, realizar uma odontosecção no dente e tirar por parte. 
 
Para remoção de restos radiculares também deve-se incisionar e abrir o campo cirúrgico para ter melhor visualização e fazer a 
remoção. 
 
Para doença periodontal onde o dente já tem muita mobilidade e resseção gengival é bem mais fácil, remove com o fórceps 
mesmo. 
 
O Canino é um dente que confere dificuldade em remoção, até mesmo pela sua anatomia e eminencia, e quando ele tá 
sozinho na boca, o paciente usa para tudo, mastigar, roer unhas, etc. Então o dente já pode estar até Anquilosado (ligamento 
periodontal calcificado), dificultado a remoção. 
 
CONTRA-INDICAÇÕES PARA EXODONTIA 
• Áreas submetidas a radioterapia (osteoradionecrose), dentes associados a lesões malignas (pode causar 
metástases), pericoronarite grave (não se pode operar o paciente com infecções agudas instaladas), trismo severo, 
contra-indicações cirúrgicas a alterações sistêmicas (diabetes). 
 
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO PRÉ-CIRURGICO 
• Anamnese 
• Exame físico geral 
• Exame físico regional 
- acesso ao dente 
- condição da coroa 
- condição do periodonto 
 
Exames complementares – Laboratoriais e Imagens. 
EXAME RADIOGRÁFICO 
• Condições da coroa dentária 
• Relação com estruturas associadas: dentes adjacentes, seio maxila, canal alveolar inferior 
• Configuração das raízes: numero, convergência, divergência, curvatura, hipercementose 
• Condições do osso circunvizinho 
 
 
Para dentes com 3 raízes como 1° ou 2° molar superior que não tem apoio onde pegar com fórceps (ex: se tiver faces 
desgastadas demais), pode-se cortar a coroa inteira, deixando só a raiz. Agora pode-sever as 3 raízes (2 vestibular e 1 
palatina). Então deve-se brocar o osso divindo as raízes, então pode utilizar o elevador reto para tentar retirar, se não sair, 
broca mais uma vezes entre as raízes agora em outro sentido e depois tira com o elevador reto. Para brocar pode-se utilizar a 
702 ou a Zekrya. A zekrya ainda é melhor porque ela não tem ponta ativa, impedindo que passe direto e possa chegar no seio 
maxilar. 
 
POSICIONAMENTO DO PACIENTE 
• Exodontia na Maxila – plano oclusal dos dentes superiores em um ângulo de 60° com o solo. Altura da cadeira no 
nível ou ligeiramente abaixo do cotovelo do cirurgião. Cadeira mais alta e um pouco deitada. 
• Exodontia na Mandibula – plano oclusal dos dentes inferiores,com a boca aberta. Paralelo ao solo. Cadeira mais 
baixa e inclinada para frente. 
 
INSTRUMENTAÇÃO ESPECÍFICO PARA EXODONTIA – Forceps e Elevadores (alavancas, extratores) 
 
INDICAÇÕES EM EXODONTIA COM FORCEPS 
• Dentes com a coroa hígida ou que possuam remanescente de coroa 
• Dentes anatomicamente normais 
• Dentes em posição normal no arco dentário 
• Raízes com estrutura para adaptação do fórceps 
 
CONTRA-INDICAÇÕES EM EXODONTIA COM FORCEPS 
• Dentes anquilosados, dentes com hipercementoses 
• Dentes com dilaceração radicular 
• Dentes rígidos e isolados 
• Dentes sem estrutura coronária ou radicular para aplicação de força 
• Dentes inclusos 
 
SELEÇÃO DO FÓRCEPS 
• MAXILA: - Incisivos: 1 e 150 
 - Caninos e Pré-molares: 150 
 - Molares lado direito: 18R 
 - Molares do lado esquerdo: 18L 
 - Restos radiculares (raízes): 65 ou 69 
 
• MANDIBULA: - Incisivos, Caninos ou Pré-molares: 151 
 - Molares: 16 (raízes bifurcadas) e 17 (raízes fusionadas). O 16 é chamado de garra de touro, causa 
muita destruição. 
 - Restos radiculares (raízes): 65 (mais delicado) ou 69 (mais grosseio para raízes maiores). 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICA DE EXODONTIA COM FORCEPS 
• A ponta ativa do fórceps tem que pegar no colo cirúrgico (cervical da raiz) do dente. Só se consegue se fizer o 
descolamento, se não descolar vai prender em cima, e vai quebrar o dente. Deve-se também ter cuidado para quando 
for luxar, deixar a mão bem firme, para o Forceps não ir se soltando do dente. O fórceps deve ser colocado no colo do 
dente após a sindesmotomia (descolamento). Sempre adapta-se primeiro na palatina/lingual e depois na vestibular. 
• Para uma correta manutenção do fórceps, é bom o cirurgião colocar um dedo no palato/lingual e outro na 
vestibular, fazendo uma palpação bidigital, para sentir o osso luxando. Deve-se segurar a mandibular do 
paciente. 
 
Princípios Mecânicos (movimentos) 
• Impulsão ou apical – se faz em situações específicas para romber as fibras apicais. 
• Lateralidade ou pressão – muito usado 
• Rotação – só é utilizado em raízes cônicas (central superior e pré-molar inferior). 
• Expulsão ou extração ou tração – muito usado 
 
IMPULSÃO (INTRUSÃO OU APICAL) – Consiste em intruir o dente no seu alvéolo, visando romper as fibras alvéolo-dentais e 
a criação de um ponto de apoio. 
 
LATERALIDADE ou PRESSÃO– São os movimentos realizados no sentido vestíbulo-lingual ou vestíbulo-palatino, visando a 
dilatação das corticais osseas alveolares. Nunca devemos realizar este movimento no sentido mesio-distal. 
 
ROTAÇÃO – É a manobra exodontica na qual o dente a ser extraído deve sofrer uma pequena rotação em torno do seu longo 
eixo, visando a dilatação do alvéolo e eliminação do impedimento mecânico. Indicado principalmente para incisivo central e 
pré-molar inferior. 
 
EXTRAÇÃO ou TRAÇÃO (avulsão) – É o movimento que caracteriza o ato da extração. Por esse movimento o dente, com as 
fibras já rompidas e luxado é extraído. 
 
SEQUENCIA CIRURGICA DA TECNICA DE EXODONTIA COM FORCEPS: 
1 – Antissepsia e posicionamento dos campos operatórios 
2 – Anestesia 
3 – Sindesmotomia (descolamento) 
4 – Luxação do dente com elevador (opcional) 
5 – Adaptação, luxação e remoção do dente com fórceps 
6 – Irrigação do alvéolo e curetagem (se necessário) 
7 – regularização óssea (se necessário) 
8 – compressão das paredes do alvéolo (manobra Chompret) 
9 – Hemostasia 
10 – Sutura 
 
Passo a passo de exo: Anestestia, Sindesmotomia, Luxação com elevador ou direta remoção com fórceps, curetagem, 
limagem e sutura. 
 
Orientações pós-operatórias após Exodontia com Forceps: 
1 – repouso 
2 – fazer uso de de alimento frio e liquido/pastoso por 2 dias 
3 – bolsa de gelo por 20min 
4 – tomar medicação recomendado pelo profissional 
5 – em caso de sangramento morder compressa com gaze 
6 – escovação normal, evitando a região operada 
7 – bochechos leves por 2 dias (Clorexidina 0,12% opcional) 
8 – manter cabeça elevada 
9 – evitar bebidas alcoolicas 
10 – contato para qualquer alteração. 
 
SINDESMOTOMIA – deve ser feita em vestibular e palatino, de modo a proporcionar o acesso aquela região cervical para uso 
do fórceps. 
OBS: tem-se que fazer a limagem para não deixar irregularidades no osso, porque quando suturar vai começar a ferir. 
 
 
 
TÉCNICA EXODONTICA COM ELEVADOR ou ALAVANCA 
Indicações: dentes com coroa destruída e sem ponto de aplicação do fórceps, raízes isoladas, dentes retidos (incluso) ou 
semi-retidos, dentes retidos após osteotomia e odontossecção. 
 
Jogo de Seldin: Vem uma reta e duas curvas (bandeirinha) 
Jogo de Heidbrink 
 
Existem três tipos de movimentos com as alavancas: Alavanca, Cunha e Sarrilho. 
OBS: As mais utilizadas são Alavanca e Sarrilho. 
 
 
 
ALAVANCA – geralmente se faz apoio na crista óssea e vira. 
CUNHA – é do principio onde dois corpos não ocupam o mesmo espaço, coloca-se a alavanca entre dente e osso. Porém o 
dente pode tantoavulsionar como intruir. OBS: não se deve fazer em dentes próximos a canal mandibular e seio maxilar, pois 
corre o risco do dente intruir. Não se faz com alavanca porque é muito grande, tem que ser uma coisa mais delicada, como um 
periótomo. 
SARRILHO ou RODIEIXO – mais utilizado com a bandeirinha de Seldin, coloca abaixo da coroa e gira para o dente tender a 
avulsionar. TEM-SE SEMPRE QUE APOIAR A ALAVANCA NO OSSO, porque se apoiar na coroa do dente vizinho, corre risco 
de fraturar. 
 
Uso do elevador – a ponta da alavanca deve ser introduzida entre o alvéolo e o dente, entre duas raízes, e entre o septo 
radicular e uma raiz a ser extraída. 
Não apoiar no dente vizinha, pois pode fraturar 
Cuidado para não escapar e ferir o tecido mole do paciente. 
 
OBS: a alavanca reta proporciona fazer tanto movimento de alavanca quanto sarrilho. 
OBS: as curvas so fazem sarrilho. 
 
TÉCNICA EXODONTIA COM ODONTOSECÇÃO 
Indicações: dentes multirradiculares com coroas totalmente destruídas ou restaurações extensas, dentes multirradiculares 
com raízes divergentes e/ou curvas, dentes multirradiculares com raízes convergentes e septo intra-radicular volumoso, dentes 
decíduos com germe do dente permanente entre suas raízes e exodontia atraumaticas de dentes unirradiculares. 
 
Vantagens: a divisão do dente diminui a resistência óssea a exodontia, reduz o tempo operatório, torna a cirurgia menos 
traumática devido a não realização de força excessiva e diminui riscos de lesar dentes vizinhos ou estruturas adjacentes a 
custa do desnvolvimento de menor força mecânica. 
 
Instrumentos: caneta de alta, peça reta em baixa rotação, brocas cirúrgicas (cilíndrica 702 ou Zecrya). Irrigação estéril com 
soro fisiológico 0,9% ou agua destilada. 
 
 
Inferior (birradicular) geralmente é mais facil, porque basta descolar para tentar ver a furca e faz a odontosecção a partir da 
furca de vestibular para lingual. 
OBS: para inclusos, deve-se seccionar apenas 2/3 para lingual, porque tem risco de passar direto e lesionar tecido. 
 
TÉCNICA EODONTICA COM RETALHO (ABERTA ou ACESSO). 
Indicações: expor raizes cujas coroas foram fraturadas na exodontia, extrações seriadas, dentes multirradiculares com coroas 
destruidas, dentes multirradiculares com raizes convergentes e septo intra-radicular volumoso, dentes anquilosados, restos 
radiculares de pré-molares ou molares superiores muito proximos ao seio maxilar, dentes com hipercementoses, dentes com 
lesões periapicais que necessitem de enucleação, restos radiculares e exodontia sem exito pela tecnica fechada. 
 
Faz retalho e corta osso para começar a expor a raiz, depois coloca a alavanca reta ou curva 
 
TÉCNICA COM RETALHO E ODONTOSECÇÃO: por exemplo em um multirradicular superior com face vestibular ou palatina 
destruida, deve-se fazer retalho, fazer secção na coroa para visualizar as 3 raízes, broca divindindo as 3 raizes e depois retira 
com alavanca em movimento de Sarrilho (Rodieixo). 
 
TECNICA DE RETALHO COM APICECTOMIA: por exemplo em pré-molares superior birradicular, em que se foi remover e 
fraturou uma raiz e saiu o resto do dente, pode-se fazer um acesso semilunar (ou Partsch), brocar no osso fazer uma cavidade 
e pegar a alavanca e empurrar a raiz para fora. 
 
CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIOS: controle do desconforto e da dor pós-operatória, controle do sangramento pós-operatório, 
equimose, edema, trismo e dieta. 
 
EXODONTIA MINIMAMENTE INVASIVA 
• Instrumento: Extrator Atraumático – é um instrumento que coloca ele travado no canal e retira o dente de forma 
atraumática. Exodontia atraumatica deve ser realizada principalmente em casos para fins ortodonticos e implante.

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