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TRABALHO DE LESÕES DE MUCOSA ORAL

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Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos
Curso de Odontologia 
Lesões Benignas de Mucosa oral 
 
Brasília-DF
2019
ALUNOS 
LEONARDO DE SOUSA LIMA 
Ma: 0010345
SILVANA DA SILVA MEIRELES
Ma:0010643 
BEATRIZ FERNANDA MACEDO
Ma: 0710090397 
Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos – Uniceplac.
Orientador(a): Prof(a). Nelson José Bagnato 
Brasília-DF
2019
FIBROMA 
São os tumores mais freqüentes da mucosa oral. Representam crescimentos tumorais do tecido conectivo fibroso. Alguns autores preferem o termo pólipo fibroepitelial ou fibrose hiperplásica para esse tipo de lesão, e não tem prefêrencia por sexo.
Etipatogenia 
A maioria das lesões orais que são chamadas de fibromas não é uma neoplasia verdadeira, mas fibrose decorrente de irritação crônica. Na maioria das situações representa uma hiperplasia reacional do tecido conjutivo fibroso em resposta á irritação ou trauma local. 
Características Clínicas 
Seu tamanho pode variar de alguns milímetros (mm) a alguns centímetros (cm), a consistência pode ser macia e edematosa, até firme e elástica, aparecendo em qualquer lugar da mucosa oral e orofaringe (mais comum na gengiva). As lesões são elevadas, freqüentemente pedunculadas ou sésseis e bem circunscritas, recobertas por mucosa normal, sendo normalmente assintomáticas.
Neville et al 2009
Neville et al 2009
Características Micróscopica 
Estroma colagenoso, com células inflamatórias e fibroblastos, que podem estar muito aumentados (fibroma de células gigantes).
Aspecto Micróscopico Corio 
Excesso de Ceratina
(Hiperceratose)
Tecido pavimentoso Estraficado escamoso (pluriestratificado)
Extensão de epitelio que penetra no tecido conjutivo 
Papilomatose 
Fibroblastos 
Feixes de fribilas colagênas 
Aréas de Hilianização 
Aréas menos células 
Indica maior quantidade de colagêno 
Aréas de Papilomatose
Componentes do tecido conjutivo
Consiste predominantemente de colágeno denso que mostra áreas de hialinização e pobre em vasos sanguíneos. O número de células inflamatórias quando presentes é mínimo e toda lesão é revestida por epitélio escamoso estratificado que pode mostrar paraqueratose ou hiperqueratose. 
Tratamento/Prognóstico 
Exérese conservadora e eliminação dos fatores irritativos. Recorrências são raras.
HIPERPLASIA FIBROSA INFLAMATÓRIA 
A epúlide fissurada é uma hiperplasia de tecido conjuntivo fibroso, semelhante a um tumor, que se desenvolve em associação com as bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptada. Embora o simples termo epúlide seja, algumas vezes, usado como sinônimo de epúlide fissurada, epúlide é, na verdade, um termo genérico que pode ser aplicado a qualquer tumor da gengiva ou do rebordo alveolar.
Etiopatogenia 
A hiperplasia fibrosa inflamatória estar relacionado com trauma crônico produzido por uso de prótese mal adaptada, processo que leva ao fibroma traumático, exceto pelo fato de que protése é especificamente identificada como o agente causador. 
Características Clínicas 
Tipicamente a epúlide fissurada se apresenta como uma única prega ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico no vestíbulo alveolar. Mais frequentemente, duas pregas de tecido estão presentes, e as bordas da prótese associada se encaixam perfeitamente dentro da fissura entre as pregas. O tecido redundante usualmente é firme e fibroso, embora algumas lesões se apresentem eritematosas e ulceradas, semelhantes ao granuloma piogênico. Ocasionalmente casos de epúlide fissurada apresentam áreas de hiperplasia papilar inflamatória em sua superfície O tamanho da lesão pode variar de hiperplasias localizadas menores que 1 cm, a grandes lesões que envolvem grande parte da extensão do vestíbulo. 
A epúlide fissurada usualmente se desenvolve na face vestibular do rebordo alveolar, embora lesões ocasionais possam ser vistas na face lingual do rebordo alveolar inferior. A epúlide fissurada ocorre mais comumente em adultos de meia-idade e em idosos, como era de se esperar para uma lesão relacionada ao uso de prótese. 
Pode ocorrer tanto na maxila quanto na mandíbula. A porção anterior dos ossos maxilares é mais afetada do que as porções posteriores. Há uma pronunciada predileção pelo gênero feminino; a maioria dos estudos mostra que dois terços a três quartos dos casos submetidos à biópsia ocorrem em mulheres. Outra hiperplasia fibrosa similar, mas menos comum, é o pólipo fibroepitelial ou fibroma por dentadura semelhante à folha, que ocorre no palato duro abaixo de uma prótese superior. Esta lesão característica se apresenta como uma massa plana de coloração rosa, aderida ao palato por um estreito pedículo. Usualmente a massa aplainada é intimamente próxima ao palato, e assenta-se em uma discreta depressão. Entretanto, é facilmente levantada com uma sonda exploradora, o que demonstra sua natureza pedunculada. Os bordos da lesão geralmente são recortados, lembrando uma folha.
 
Neville et al 2009
Neville et al 2009
Características Microscópicas
O exame microscópico da epúlide fissurada revela uma hiperplasia do tecido conjuntivo fibroso. Geralmente múltiplas pregas e sulcos ocorrem no local onde a prótese traumatiza o tecido O epitélio de revestimento frequentemente é hiperparaceratinizado e demonstra hiperplasia irregular das cristas epiteliais. Em alguns casos, o epitélio exibe hiperplasia papilar inflamatória (ver adiante) ou hiperplasia pseudoepiteliomatosa (pseudocarcinomatosa). Áreas focais de ulceração não são raras, especialmente na base das fissuras entre as pregas. 
Um infiltrado inflamatório crônico variável está presente. Algumas vezes, podem estar presentes eosinófilos, ou ocorrer a formação de folículos linfoides. Se as glândulas salivares menores estiverem incluídas no espécime, usualmente exibirão sialoadenite crônica. Em raras situações, observa-se a formação de tecido osteoide ou condroide. Esta aparência incomum, conhecida como metaplasia óssea e condromatosa, é um fenômeno reativo causado pela irritação crônica da prótese mal adaptada. 
A natureza irregular deste osso ou cartilagem pode ser microscopicamente alterada, e o patologista não deve confundi-la com um sarcoma. O pólipo fibroepitelial associado à dentadura apresenta um estreito núcleo de tecido conjuntivo, revestido por epitélio escamoso estratificado. Assim como na epúlide fissurada, o epitélio de revestimento pode estar hiperplasicado.
Aspecto Micróscopico 
Formas regular de feixes de fibras colagenas caracteriza hiperplasia
Papilomatose 
Ortoceratose 
Hiperceratose
Tratamento/Prognóstico 
O tratamento para a epúlide fissurada ou para o pólipo fibroepitelial consiste na remoção cirúrgica, com o exame microscópico do tecido removido. A prótese mal-adaptada deve ser refeita ou corrigida para prevenir a recidiva da lesão.
HIPERPLASIA PAPILAR 
Etiopatogenia 
Embora a patogênese exata seja desconhecida, mais frequentemente a condição parece estar relacionada à má adaptação da dentadura, câmara de sucção, má higienização da prótese e uso diário da dentadura durante 24 horas. A infecção por Candida, também tem sido sugerida como possível causa, mas essa questão ainda não está esclarecida.
Características Clínicas 
Ocorre no palato duro, abaixo da base da dentadura, e menos frequentemente no rebordo alveolar mandibular edêntulo. A mucosa apresenta-se eritematosa e com uma superfície papilar ou pedregosa. Muitos casos estão associados com a "queimação" na boca por dentadura e à candidose.
Neville et al 2003
Neville et al 2003
Características Micróscopicas 
 A mucosa na hiperplasia papilar inflamatória exibe numerosos crescimentos papilares na superfície, que são recobertos por epitélio escamoso estratificado hiperplásico. Em casos avançados, esta hiperplasia tem aparência pseudoepiteliomatosa, e o patologista não deve confundi-lacom um carcinoma. 
 O tecido conjuntivo pode variar de frouxo e edematoso a densamente colagenizado. Usualmente é visto um infiltrado inflamatório crônico, que consiste em linfócitos e plasmócitos. Menos frequentemente, leucócitos polimorfonucleares também estão presentes. Se as glândulas salivares subjacentes estiverem presentes, elas geralmente exibem sialoadenite esclerosante.
Aspecto Micróscopico 
Esponjiose 
Lesão predominante de aréa bastante inflamada. 
Tratamento/Prognóstico 
Para muitas lesões precoces de hiperplasia papilar inflamatória, a remoção da dentadura pode permitir a remissão do eritema e do edema, e os tecidos podem retornar à sua aparência próxima ao normal. A condição também pode mostrar melhora após o uso de terapia antifúngica 
tópica ou sistêmica. Para casos mais avançados e para lesões colagenizadas, muitos clínicos preferem excisar o tecido hiperplásico antes de confeccionar uma nova dentadura. Diversos métodos cirúrgicos têm sido usados, incluindo os seguintes: Excisão cirúrgica com bisturi da espessura parcial ou total da lesão
· Curetagem 
· Eletrocirurgia
· Criocirurgia 
· Cirurgia a laser 
Após a cirurgia, a dentadura preexistente do paciente pode ser reembasada com um condicionador tecidual temporário, que age como um tampão palatino e promove maior conforto para o paciente. Após a cicatrização, o paciente deve ser encorajado a remover a prótese durante a noite e a mantê-la limpa
GRANULOMA PIOGÊNCIO 
O granuloma piogênico é uma resposta exagerada, sob a forma de um tecido de granulação, a traumas de pequena importância não relacionados com qualquer agente infeccioso específico, sendo que alteração hormonal é outra possibilidade (pregnancy tumor). Envolve mais freqüentemente a gengiva, sendo o lábio inferior e a superfície dorsal da língua outros sítios comuns.
Etiopatogenia 
Referente à etiopatogenia, o processo proliferativo reacional é decorrente de trauma; irritação local, como a má higiene bucal, biofilme e cálculos dentários, inflamação gengival, doenças periodontais, dentes neonatais e margens salientes de restaurações; e alterações hormonais, como na gestação (2, 3, 5-12, 14) e na menarca. Na gestação, origina-se normalmente no 2º ou 3º trimestres, tendendo a involuir após o parto (3, 5, 7, 9, 12, 15). 
O aumento dos níveis de progesterona e estrógeno produz dilatação e proliferação da microvasculatura gengival e destruição de mastócitos, resultando em aumento da liberação de substâncias vasoativas no tecido adjacente, induzindo a formação do granuloma. A utilização de contraceptivos orais, que aumentam os níveis hormonais e criam um estado de “pseudogestação”, também foi relacionado. 
Foi reportada também a diminuição na queratinização do epitélio da gengiva inserida, deixandoa mais vulnerável ao trauma, provocando tendência ao crescimento do tumor vascular da gengiva e mucosa alveolar. Cinco polipeptídeos (Tio-2, angiopoetina-1, angiopoetina-2, efrin-B2, efrin-B4) têm papel importante no processo de neovascularização inflamatória. O desenvolvimento de granulomas piogênicos após a exodontia de terceiros molares também foi citado causado por irritação local, como bolsa periodontal, cálculos, restos alimentares, fragmentos dentários e espículas ósseas. 
O desenvolvimento do granuloma piogênico depende de alguns fatores como a quantidade suficiente de tecido conjuntivo; grau de inflamação gengival; grau de vulnerabilidade ao trauma; presença de dentes e próteses; e nível de higiene bucal. O traumatismo de baixa intensidade nos tecidos permitiria a invasão de microorganismos saprófitos inespecíficos de baixa virulência, resultando em resposta tecidual, caracterizada pela proliferação excessiva de tecido conjuntivo do tipo vascular.
Caracteríticas Clínicas 
Benigno, elevado, vascularizado que acomete a pele e a mucosa. Pode ser pedunculado ou séssil, geralmente com superfície ulcerada, de tamanho variando de 0,5 a 2 cm.
Neville et al 2009 
Neville et al 2009
Características Micróscopicas 
 Microscopicamente as referidas lesoes são compostas por mssas lobulares de tecido de granulaçao hiperplásico. Em algumas lesões , pode ser observada certa fibrose, sugerindo que pode haver maturação do processo de reparação do tecido conjuntivo. Podem ser encontradas células da inflmação crônica em número variavel. Na zona superficial dos granulomas ulcerados, encontram se neutrófilos.
Aspecto Micróscopico 
Plasma
Aréa circudanda pela núcleos da célula 
Hemaciás 
 Infiltrado de células predominantes de macrofagos e linfocitos.
Tratamento/Prognóstico 
É cirúrgico, com rara recorrência, com exceção dos granulomas de gengiva.
GRANULOMA PERIFÉRICO DE CELULAS GIGANTES 
O granuloma de células gigantes é considerado largamente como sendo uma lesão não-neoplásica. Embora denominada inicialmente como granuloma reparador de células gigantes, há pouca evidência de que a lesão represente uma resposta de reparo. Algumas lesões apresentam comportamento agressivo similar ao de um neoplasma. A maioria dos patologistas orais e maxilofaciais abandonaram o termo reparador e hoje essas lesões são chamadas de granulomas de células gigantes ou pelo termo mais correto, lesão de células gigantes. É incerto e controverso se tumores de células gigantes verdadeiros ocorrem nos ossos gnáticos. Da mesma forma, não é certo se alguns casos atualmente relatados de granulomas de células gigantes extragnáticos representam tumores de células gigantes verdadeiros. É ulceração secundaria causada por um trauma pode resultar um trauma pode resultar na formação de um coágulo de fibrina sobre a úlcera essas lesões tem cerca de 1 diâmetro sem predileção por idade tendo uma tendência a acometer mais mulheres.
Etiopatogenia 
Incerta, proliferativa e reacional do tecido conjuntivo fibroso ou do periósteo, que acomete considerável parcela da população em geral, quando comparada às outras lesões proliferativas não-neoplásicas da boca. Pertencem a este grupo a hiperplasia fibrosa inflamatória, as fibromatoses gengivais, o granuloma piogênico e o GPCG, este último definido pela presença de células gigantes no estroma de lesões gengivais. Tecido conjuntivo diante de uma agressão ao tecido gengival é uma das hiperplásicas reacionais mais comumente encontradas na membrana da mucosa oral representado um processo de reparo exuberante em associação a um trauma local ou a uma irritação, diferencia se de outras lesões além do aspecto clínico é presença de células gigantes multinucleadas, mais a razão para presença dessas células é desconhecida. 
Características Clínicas
Células gigantes, são vistos exclusivamente em gengiva, em geral entre incisivos e primeiras molares, sabe se que originam a partir do ligamento periodontal ou do periósteo, ocasionando a reabsorção do osso alveolar. Casso esse processo ocorra em uma área endêtula 
pode ser observada radiolucidez em forma de taça. 
Neville et al 2009
http://scielo.isciii.es/scielo.phps
Características Micróscopicas
Massas vermelha assintomática da gengiva clinicamente não é possível de ser distinguindo do granuloma piogênico incomum, e composta por fibroblastos células gigantes multinucleadas. Lesões de células gigantes dos ossos gnáticos mostram uma variedade de características. Comum a todas é a presença de poucas a muitas células gigantes multinucleadas em um fundo de células mesenquimais ovoides ou fusiformes e macrófagos arredondados, há evidências de que essas células gigantes representam osteoclastos, embora outras sugiram que as células sejam mais relacionadas com macrófagos. As células fusiformes parecem estar relacionadas com fibroblastos. Tem sido proposto que as células fusiformes são a população de células em proliferação e que recrutam precursores de macrófagos, induzindo-os a se diferenciar em células osteoclásticas gigantes pela ativação da via de sinalização do receptor ativador do fator nuclear-KB (RANK)/ligante RANK. 
As células gigantes podem estaragregadas focalmente, ou podem estar presentes difusamente por toda a lesão. Essas células variam consideravelmente em forma e tamanho de 
caso para caso. Algumas são pequenas e irregulares e contêm.
Aspecto Microscópico 
Varíos Núcleos 
Celulas que ficam mas brilhosa sao chamadas de birrefigência que caracteriza presença de hemácias no tecido.
Núcleolo 
Núcleo 
Areá circudanda chamada de gigantocitos 
capilares
Hemossiderina 
Capilares
Hemossiderina 
Presença de infiltrado inflamtorio de hemossiderina significa tão somente , hemorragia porque processo de decomposição de hemácias , especialmente oxidação de hemoglobima forma hemosssiderina, se eu recoheço hemácias fora do vaso, isso identifica hemorragia corpos hemorrágicos tem ser fagocitados, caso não ocorra hemácia entra em decompisção, ocorre a pimentação, ion presente na hemoglobina, é ferro, o ferro oxida causando a hemossiderina. 
A hemossiderina aparece ao microscópio óptico como grânulos de cor marron escura, tamanho variável e aspecto refringente (isto é brilhante quando se mexe no foco micrométrico) é vísivel ja sem colaração, ou em HE. Como o ferro está na forma trivalente dá a reação do azul da prússia (ou de Perls), ou seja, reage com ferrocianeto de potássio para dar ferrocianeto férrico, que é azul intenso e insolúvel. 
Billirrubina 
Caracteriza-se pelo acumulo de bilirrubina no plasma e nos tecidos e conseqüentemente coloração amarelada da esclera, pele e mucosas. Da hemoglobinae de outras hemoproteínas. Embora, desde a suacaracterização inicial, ela nãot enha sido associada a nenhum afunção aparente,mais recentemente tem-se demonstrado que,emconcentraçõesnormaisou discretamente elevadas, a Bb não-conjugada possui ação antioxidante, ouseja,a capacidade de se combinar com radicais livres formados durante o metabolismo celular oxidativo. 
Tratamento/Prognóstico 
O tratamento preferencial dos granulomas de células gigantes periféricos é excisão cirúrgica, também é necessária a remoção dos fatores ou irritantes locais, a recorrência é rara. 
PAPILOMAVÍRUS HUMANO – LESÕES BENIGNAS
Papilomavirus Humano (HPV) são pequenos virus, com forma icosahedral não envelopados constituído de DNA que se replicam no núcleo de células epiteliais escamosas. O papiloma escamoso, a verruga vulgar, o condiloma acuminado e a doença de Heck serão discutidos juntamente devido às similaridades da apresentação clínica e da histopatológica. Papilomavirus Humano (HPV) são pequenos virus, com forma icosahedral não envelopados constituído de DNA que se replicam no núcleo de células epiteliais escamosas, o vírus possui um genoma de DNA de cadeia dupla combinado com histonas, que formam um complexo semelhante a um cromossomo, contido num capsídeo externo de proteína virótica
Etiopatogenia 
O HPV é transmitido pelo contato direto ou indireto com o indivíduo que tem a lesão. Disfunções na barreira epitelial por traumatismos, pequenas agressões ou macerações provocam perda de solução de continuidade na pele, possibilitando a infecção viral. Após a inoculação, o período de incubação varia de três semanas a oito meses.
Estas lesões estão relacionadas à infecção pelo papiloma vírus humano; os estudos com a hibridização in situ e a reação em cadeia da polimerase (PCR) para classificar os subtipos de 
vírus permitiram que elas fossem caracterizadas de forma mais precisa, fatores de risco que possam estar relacionados ao desenvolvimento das neoplasias intraepiteliais cervicais, do câncer do colo uterino e da boca. Esses estudos têm relatado que a infecção persistente por certos tipos oncogênicos de Papilomavírus Humano (HPV) constitui o principal fator de risco para a patogênese do câncer cervical, sendo considerada uma causa necessária para o desen-volvimento da neoplasia do colo uterino. 
Características Clínicas
Papiloma Escamoso 
O papiloma escamoso é uma lesão firme, indolor e normalmente exofítica pediculada, com numerosas projeções semelhantes a “dedos” na superfície, que lhe dão uma aparência de “couve-flor” ou “verruga”. As lesões podem ser brancas, vermelho-claras, ou de cor normal, dependendo da quantidade de ceratinização da superfície. Os papilomas são normalmente solitários e caracteristicamente aumentam de modo rápido para o tamanho máximo de 0,5 cm, com pequena ou nenhuma mudança depois disso. Entretanto, têm sido noticiadas lesões que chegam a 3 cm de diâmetro. 
Sook bin Woo. 2013
Sook bin woo et al 2013
Condiloma Acuminado
Os condilomas são únicos ou múltiplos, papulares ou papilares, e em geral são observados em hospedeiros imunocomprometidos. As lesões na doença de Heck são papulares e múltiplas, em geral observadas em jovens. O condiloma acuminado é uma proliferação induzida por vírus do epitélio escamoso estratificado da genitália, região perianal, boca e 
laringe. Parece estar associado ao HPV 6, HPV 11, HPV 16 e HPV 18, sendo o HPV 16 o mais prevalente tanto em lesões orais como genitais clinicamente, o condiloma acuminado pode iniciar-se como uma formação de numerosas pápulas agrupadas, de coloração rósea, que crescem e coalescem. O resultado é um crescimento papilar ou nodular exofítico, com base larga, que pode ser ceratinizado ou não ceratinizado, firme, bem edemaciada e séssil de coloração rósea, com superfície verrucosa, indolor, podendo ser única ou múltipla.
 
Sook bin woo et al 2013
Sook bin woo et al 2013
 
Diagnóstico Diferencial 
A acantose nigricans apresenta uma histologia similar ao papiloma escamoso ou o condiloma sem o envolvimento do papiloma vírus humano; os pacientes manifestam malignidade visceral. O diagnóstico diferencial do papiloma bucal de células escamosas, quando solitário, inclui a verruga vulgar e mais raramente o condiloma acuminado. A verruga vulgar geralmente forma-se com uma base séssil ou larga, em contraste com a base estreita e pediculada do papiloma escamoso e o condiloma acuminado geralmente apresenta lesões múltiplas. Dependendo do grau de queratinização o fibroma apresenta-se como diagnóstico diferencial.
Aspecto Micróscopico 
Estroma
Projeções digitiformes 
 
Células parequimatosas 
Coilócitos 
Hiperparacertose 
Estroma 
Características do estroma ? 
O HPV induz a hiperplasia epitelial sobretudo nas células parabrasais ocorrendo graus de ancantose, definida como espessamento do epitélio, de proliferção das células das camadas profundas e papilomatose, devido projeção do estroma acima da superfíce epitelial muitas vezes formando eixos contendo vasos proemienentes.
Binucleação 
Coilócitos 
Camada basal 
hiperparaceratose
Tratamento e Prognóstico
 
A excisão é o tratamento de escolha, caso as lesões sejam solitárias; partículas virais podem ser identificadas nas vaporizações com laser. O imiquimode pode ser útil nas lesões avermelhadas, mas é difícil manter o medicamento aderido à mucosa oral. 
Referências
· Bogliolo,Luigi, Bogliolo,patologia/:Geraldo BrasileiroFilho.- 7.cd. – Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2006
· Barreto CR, Formiga MF, Perreira GA, Celani HRB. Relação Papillomavírus (HPV) e Tumor Maligno da cavidade bucal: Revisão de literatura: Revista Brasileira de Ciências e Saúde: João Pessoa 2014.
· BHASKAR, S. N. Patologia Bucal: Odontologia. 4. ed. São Paulo: Artes Médicas, 1989.
· NEVILLE, Brad; Patologia Oral e Maxilofacial Ed 3º Rio Janeiro, 2009 
· Regezi, Joseph A. Et al: Patologia oral: correlações clinicopatólogicas . Rio de janeiro : Elsevier, 2012. 
· Reyes1 A, Pedron IG, Aburad ERUA, Soares MS. GRANULOMA PIOGÊNICO: enfoque na doença periodontal como fator etiológico: Revista de Clínica e Pesquisa Odontológica, 2008 Jan
· Profª. DDs. PhD. Iris Sawazaki Profª. DDs. PhD. Rosana da Silva Berticelli Pires LC, Popiolek, MI Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Unioeste/ Cascavel – PR Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS Curso de Odontologia. 
· Silva, Roberto jose de carvalho. infeçção pelo papiloma vírus humnao (HPV) em homens soropositivos de lesões clínicas e subclínicas. São paulo, 2010. Tese (doutorado) faculdade de medicina da universadade de são paulo departamento de dermatologia. 
· Sook-Bin Woo : Atlas de patologia oral 1. ed. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2013

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