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A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

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Revista Eletrônica da Faculdade Metodista Granbery 
http://re.granbery.edu.br - ISSN 1981 0377 
Curso de Educação Física – N. 12, JAN/JUN 2012 
 
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO DESENVOLVIMENTO 
DA CRIANÇA 
*Edwar Santos Santana 
 
RESUMO 
Considerada como meio educacional, a escola tem como objetivo propiciar ao aluno não 
apenas conhecimentos em diversas disciplinas, como português, matemática, história, 
literatura, dentre outras; mas também proporcionar práticas esportivas, essenciais ao 
desenvolvimento da criança. É na aula de Educação Física que a criança terá maior 
convivência social, saberá o que é relacionar-se em grupo, bem como aprenderá a 
respeitar, além das regras e normas, as diferenças entre as pessoas. O presente artigo 
tem como objetivo analisar a importância da Educação Física no desenvolvimento da 
criança, bem como a situação desses alunos atualmente, já que devido às inovações 
tecnológicas e à modernização, o sedentarismo está prevalecendo. 
 
Palavras chave: criança, desenvolvimento, Educação Física, sedentarismo. 
 
 
ABSTRACT 
Considered as a means of education, the school aims to provide students not only 
knowledge in various disciplines such as Portuguese, mathematics, history, literature, 
among others, but also provide sports that are essential to child development. It's in 
physical education class that the child will have greater social harmony, you know what 
is to relate in a group, and also learn to respect the rules and regulations, the differences 
between people. This article aims to analyze the importance of physical education in 
child development, and the situation of these students now, but because of technological 
innovations and modernization, the sedentary lifestyle is prevailing. 
 
Keywords: child, development, physical education, sedentary lifestyle. 
 
*Mestre em Ensino da Saúde e do Ambiente pela Universidade Plínio Leite – UNIPLI – 
Niterói - RJ e Doutorando em Educação pela Universidade Del Mar – Viña Del Mar – 
Chile. Email: edwarsantana@uol.com.br 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
A família é a primeira instituição por meio da qual a criança adquire os 
conhecimentos iniciais para viver em sociedade. É nela que os pais ensinam o conceito 
de certo e errado, bem como os valores morais. 
Em união com a família, o Estado, representado pela escola, também é 
responsável pelo desenvolvimento e socialização da criança. A escola tem como 
objetivos passar aos alunos conhecimentos úteis ao longo da vida, além de formar 
cidadãos competentes e responsáveis. 
No ambiente escolar, em contato com outras crianças, o aluno, acompanhado e 
assistido pelos professores, poderá desenvolver-se adequadamente. Importante ressaltar 
que esse desenvolvimento não se trata apenas do psicológico, mas também do físico. 
É nas aulas de Educação Física que a criança se relacionará com o grupo, e 
através de seus movimentos, gestos, e de suas ações, demonstrará suas dificuldades, 
seus anseios, seu modo de agir, sua forma de pensar e sua personalidade. 
Dessa forma, como objetivo desse artigo, procurar-se-á analisar o papel da 
escola no desenvolvimento da criança, e principalmente a função da Educação Física 
nessa evolução. Além disso, será demonstrada a influência da modernização no modo 
de vida das crianças, com ênfase no sedentarismo. 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
2.1 BREVE HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO FÍSICA 
 
Desde os tempos antigos o homem preocupa-se e sente a necessidade de praticar 
atividades físicas, seja para o lazer, seja para adaptar-se às condições do dia a dia. A 
educação física passou por grandes transformações, influências e conquistas para ser 
aceita e inserida na sociedade. 
Em relação ao início da educação física, Gallardo (1998) apresenta: 
 
“No Brasil a Educação Física escolar sistematizada teve 
início no final do século XIX. Nessa época, o país iniciava 
sua transição de sociedade escravista para uma formação 
social capitalista. Acompanhando as tendências que 
predominavam na Europa em diferentes campos de saber, 
existia a preocupação de construir um homem novo, que 
pudesse dar suporte à nova ordem política, econômica e 
social emergente”. (Gallardo, 1998, p. 16). 
 
Nessa época houve grande influência da medicina, visto que o objetivo era 
reformular os hábitos de higiene das famílias que saíam de um regime colonial. 
Posteriormente, com a Segunda Guerra Mundial, a Educação Física foi controlada pelo 
militarismo, pois havia a necessidade de preparar homens saudáveis, resistentes e fortes. 
Após esse período, as atividades esportivas passaram a ser incluídas no currículo das 
escolas brasileiras. 
 Segundo Gallardo (1998, p. 19), “Com a aceleração industrial no pós-guerra e, 
simultaneamente, com a crescente urbanização e diversificação dos meios de 
comunicação de massa, a prática de esportes nas escolas alcançou um desenvolvimento 
sem precedentes”. 
 Observa-se, portanto, que durante muito tempo, e por vários motivos, a 
Educação Física foi alvo de preocupação da sociedade, e atualmente ainda é motivo de 
discussão e aprovação entre as escolas. 
 Conforme apresenta Mattos (2006, p. 67): 
 “A Educação Física é considerada hoje um meio educativo 
privilegiado, na medida em que abrange o ser na sua 
totalidade. O caráter de unidade da Educação por meio de 
atividades físicas é reconhecido universalmente através dos 
tempos”. 
 
O mundo desenvolveu, modernizou-se, e, com ele, o estilo de vida também 
sofreu alterações. Há alguns anos era possível verificar pelas ruas, várias crianças 
brincando, jogando bola, pulando “amarelinha”. Hoje, o medo tomou conta da 
sociedade, as famílias vivem trancadas e acuadas pela violência, e, como se não 
bastasse, com o grande desenvolvimento tecnológico, as crianças passam suas horas de 
lazer em frente a computadores e videogames, lazer esse dominado pelo sedentarismo. 
 Conforme destaca Mattos (2006, p. 1): 
“A criançada reunia-se à tardinha, logo após os deveres de 
casa. A rua, então, transformava-se em uma espécie de 
parque, de pátio escolar. Ali se ensinava e se aprendia, os 
professores eram os garotos mais velhos, donos da malícia e 
da experiência, conhecedores das artimanhas de brincar, 
jogar e, quase sempre, vencer”. 
 
 Verifica-se, assim, que o modo de vida mudou completamente. Ultimamente 
predomina o sedentarismo e a falta de exercícios e atividades esportivas. Dessa forma, o 
presente artigo tem como objetivo demonstrar a importância da Educação Física escolar 
no desenvolvimento das crianças. 
 
2.2 SOCIALIZAÇÃO NA ESCOLA 
 
A escola é a segunda instituição após a família, onde as crianças se relacionam e 
adquirem normas de convivência. Para Mussen (1990, p. 468), “A escola é um sistema 
social pequeno no qual as crianças aprendem regras de moralidade, convenções 
sociais, atitudes e modos de se relacionar com os outros, bem como habilidades 
escolares”. 
Atuando em conjunto com a família, o ambiente escolar é fundamental para o 
desenvolvimento da criança, e, consequentemente, à sua socialização. Essas duas 
instituições são responsáveis por formar cidadãos conscientes e capazes de conviver em 
sociedade. A Lei 9.394/96, Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional, em seu 
artigo 2º, afirma: 
“A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos 
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade 
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do 
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho.” 
 
Observa-se, portanto, que, além da família, o Estado preocupa-se com a 
educação da criança, com o objetivo de preparar adultos competentes e qualificados. 
Mussen (1190, p. 484) ainda afirma: 
“As escolas são importantes na socialização não só devido 
aos professores, às instalações e à organização de ambientes 
de aprendizagem, mas também porque as crianças que vão à 
escola constituem uma sociedade em miniatura. (...) Os 
companheiros(crianças da mesma idade) contribuem de 
formas únicas e importantes para a modelação da 
personalidade de uma criança, comportamento social, 
valores e atitudes. As crianças influenciam-se mutuamente, 
servindo como modelos, reforçando, punindo e interpretando 
comportamentos”. 
 
 Juntamente com a família, a escola prepara a criança para ser inserida na sociedade. A 
união e o trabalho em conjunto dessas duas instituições é de extrema importância para um bom 
resultado na formação do aluno. 
Segundo Galvão (2009): 
“A escola tem, de certa forma, uma co-participação com a 
família, na educação das crianças no sentido de que tem a 
tarefa de cooperar com a família, de dar continuidade à 
preparação do indivíduo para que ele possa se inserir na 
sociedade mais ampla de forma satisfatória para si mesmo e 
para a sociedade na qual participa. Ela representa para a 
criança a sua pré-estreia em um grupo mais amplo, como 
sujeito capaz de construir junto com os outros, de criar e, 
pela sua atuação, de se realizar em uma importante dimensão 
da vida humana. A escola prepara a criança para sua 
participação efetiva na estrutura social, por isso não pode 
estar em oposição à primeira – a família – instituição que 
fundamentou os valores, crenças e conhecimentos. Se nessa 
dinâmica, ocorre uma ruptura no processo de socialização e 
de construção de si e do mundo, a criança não se sente 
segura, sua concepção de mundo fica fragmentada, dividida 
entre dois grupos, e ela pode desenvolver sentimentos 
ambivalentes, pode sentir-se inadequada para a participação 
na vida social.” 
 
Destarte, é fundamental para a socialização e bom desenvolvimento que a criança esteja 
em contato com outras da sua idade. É através desses relacionamentos que a personalidade do 
aluno será moldada, bem como aprenderá a comportar-se socialmente. 
 
2.3 EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: IMPORTÂNCIA PARA O 
DESENVOLVIMENTO FÍSICO E SOCIAL DA CRIANÇA 
 
Como analisado anteriormente, é no ambiente escolar que haverá socialização e 
formação da personalidade da criança. Mais especificamente, numa aula de Educação 
Física, o aluno terá maior contato com atividades em grupo, o que será essencial não 
apenas à sua formação física, mas psicológica. É através dos movimentos e das ações 
que a criança expressará seus sentimentos e sua forma de pensar. 
Rondinelli, colaboradora do Brasil Escola, destaca: 
 
“A Educação Física tem uma vantagem educacional que 
poucas disciplinas têm: o poder de adequação do conteúdo 
ao grupo social em que será trabalhada. Esse fato permite 
uma liberdade de trabalho, bem como uma liberdade de 
avaliação - do grupo e do indivíduo - por parte do professor, 
que pode ser bastante benéfica ao processo geral educacional 
do aluno”. 
 
 
Durante as atividades físicas, através de cada ação que a criança expressa, o 
professor verificará suas carências e dificuldades. Todo e qualquer ato revela sua 
personalidade, e assim o educador poderá auxiliar a criança, melhorando seu 
desenvolvimento. 
Neira (2003, p. 114) apresenta: 
 
“O movimento é uma importante dimensão do 
desenvolvimento e da cultura humana. As crianças se 
movimentam desde que nascem, adquirindo cada vez maior 
controle sobre seu próprio corpo e se aprimorando cada vez 
mais das possibilidades de interação com o mundo. 
Engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, 
brincam sozinhas ou em grupo, experimentando sempre 
novas maneiras de utilizar seu corpo e seu movimento. Ao 
movimentar-se, as crianças expressam sentimentos, emoções 
e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso 
significativo de gestos e posturas corporais”. 
 
 
Além disso, as brincadeiras e exercícios físicos traduzem uma determinada 
cultura. Conforme Neira ( 2003, p. 117), “Os jogos, as brincadeiras e atividades 
rítmicas revelam, por seu lado, a cultura corporal de cada grupo social, constituindo-se 
em atividades privilegiadas nas quais o movimento é aprendido e adquire significado”. 
 Importante destacar que a educação física, como o próprio nome representa, é 
uma maneira de educar e desenvolver fisicamente o corpo da criança. É nessa disciplina 
que o aluno desenvolverá sua coordenação motora e sua resistência. 
Neira (2003, p. 118) expõe: 
 
“Conquistas no plano da coordenação e precisão dos 
movimentos podem ser alcançadas através da prática 
constante de diversas brincadeiras e atividades motoras 
presentes em diversas culturas, que terminam por solicitar 
complexas sequências motoras para serem reproduzidas, 
oferecendo, assim, oportunidades privilegiadas para 
desenvolver habilidades no plano motor. (...) Conhecer jogos 
e brincadeiras e refletir sobre os tipos de movimentos 
envolvidos é condição importante para ajudar as crianças a 
desenvolverem uma motricidade harmoniosa”. 
 
 
Assim, é fundamental também que o professor fique atento aos gestos e 
movimentos das crianças. Para o mesmo autor (2003, p. 119), “O gesto carregado de 
sentido, significado e intenção assumirá, então, um papel fundamental no processo 
educativo daquelas crianças, reunindo em uma mesma ação a dimensão cognitiva, 
afetiva, e, claro, motora”. 
Qualquer movimento precisa ser reconhecido pelo professor, pois representa 
uma forma de expressão, suas dificuldades, seu estado psicológico, suas ansiedades ou 
emoções. 
Em relação à função do professor, Mattos (2006, p.59) destaca: 
 
“O professor bem subsidiado possui uma clara noção do seu 
papel político como formador de cidadãos que se constituem 
em sujeitos do processo de aprendizagem. Dessa forma, o 
educador não deverá limitar sua formação aos saberes 
específicos dos conteúdos, mas conhecer de forma ampla as 
questões pedagógicas e o processo de aprendizagem do ser 
humano para elaborar e adequar situações de ensino com 
especial atenção aos níveis de conhecimentos reais dos seus 
alunos, prevendo objetivos concretos e exequíveis”. 
 
Sendo assim, o professor de Educação Física tem função especial, cujo objetivo 
é perceber e analisar cada movimento da criança. Através de suas ações é possível 
detectar os problemas e dificuldades a serem superadas. 
No que se refere à importância do movimento corporal, Gallardo (1998, p. 94) 
apresenta: 
“O movimento corporal ou movimento humano, tema da 
Educação Física, não é qualquer movimento. Ele está 
inserido em um contexto educativo (de capacitação e de 
formação), apresentando um determinado significado para o 
professor e para o aluno. Por isso mesmo, no planejamento, 
no acompanhamento e na avaliação desse trabalho, o 
professor deve ficar atento aos aspectos reflexivos e de 
tomada de consciência presentes nas atividades, a fim de que 
estas não se tornem um fim em si mesmas”. 
 
 
Dessa forma, é possível claramente verificar a importância da Educação Física 
para o desenvolvimento da criança. As atividades, os jogos e as brincadeiras são 
essenciais para que o professor analise as dificuldades e evolução do aluno tanto no seu 
aspecto físico quanto psicológico. 
 
 
2.4 MODERNIZAÇÃO E TECNOLOGIA: INFLUÊNCIA NAS ATIVIDADES 
FÍSICAS DA CRIANÇA 
 
Antigamente, num tempo em que quase não existia tecnologia, o modo de vida 
das crianças era simples, baseado nas brincadeiras de rua e nos jogos. Era fácil 
encontrar inúmeras crianças pelas calçadas no fim da tarde, jogando bola, pulando corda 
ou brincando com bonecas. 
 Mattos (2006, p. 2) apresenta: 
“Olhando para trás, pensamos naquela forma de aprender: 
sem dor, sem sofrimento, sem repetição. Até hoje, não nos 
recordamos de crianças que ficassem memorizando as regras 
do jogo de bolinhas de gude ou precisassem de estratégias 
para não esquecer das cantigas de roda.” 
 
Atualmente, com a modernização e o dia a dia corrido, as crianças quase não 
possuem tempo para o lazer e acabam utilizando como passatempos o computador e 
videogames. A informática, juntamente com a tecnologia, substituiu os jogos e 
brincadeiras nas ruas, propiciando o sedentarismoentre as crianças. 
Quanto ao sedentarismo, Junior, Educador Físico, apresenta: 
“Já não é nenhuma novidade falar sobre obesidade e 
sedentarismo na infância e adolescência. O atual ritmo 
acelerado de informação, no qual as pessoas são 
apresentadas a cada minuto, acabou por trazer um 
comodismo social global e por consequência atingiu de 
forma direta ou indireta, até os menores, que já colhem as 
tantas novidades do mundo moderno como também os seus 
prejuízos acoplados em toda tecnologia oferecida”. 
 
Certamente a modernização influencia no desenvolvimento físico da criança, já 
que a prática de exercícios tornou-se escassa, predominando o sedentarismo. E como se 
não bastasse, toda essa mudança também afeta a alimentação da criança, que geralmente 
consome muitos produtos industrializados, doces e lanches, ocasionando a obesidade. 
Venâncio (2008) informa: “De acordo com dados do IBGE, cerca de 10% das crianças 
e adolescentes brasileiros possui sobrepeso e 7,3% sofre de obesidade”. 
A modernização aliada à falta de atividades físicas pode ocasionar sérios 
transtornos às crianças, ligados tanto à saúde, como a obesidade; quanto ao estado 
psicológico. Conforme já demonstrado, são nos exercícios, no lazer, nos jogos e 
brincadeiras que a criança poderá expor suas ideias, sua criatividade e melhorar seu 
desenvolvimento. 
Em relação ao sedentarismo e à prática de exercícios físicos, a redação do site 
Boa Saúde informa: 
“No Brasil, o sedentarismo é um problema que vem 
assumindo grande importância. As pesquisas mostram que a 
população atual gasta bem menos calorias por dia, do que 
gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo 
afetaria aproximadamente 70% da população brasileira, mais 
do que a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o diabetes e 
o colesterol alto. O estilo de vida atual pode ser 
responsabilizado por 54% do risco de morte por infarto e por 
50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais 
causas de morte em nosso país. Assim, vemos como a 
atividade física é assunto de saúde pública. (...) 
A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de 
benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do 
organismo. Do ponto de vista musculoesquelético, auxilia na 
melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, 
fortalecimento dos ossos e das articulações. No caso de 
crianças, pode ajudar no desenvolvimento das habilidades 
psicomotoras. (...) A atividade física pode também exercer 
efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de 
trabalho quanto no familiar”. 
 
 Observa-se, portanto, os inúmeros benefícios da prática de atividades físicas. No 
entanto, mesmo diante de tais vantagens, as crianças passam a maior parte do tempo, 
quando não estão na escola, assistindo televisão, jogando videogame ou utilizando o 
computador. E, muitas vezes, em decorrência do dia a dia acelerado e da falta de tempo, 
os próprios pais não corrigem o estilo de vida de seus filhos, nem os incentivam à 
prática de atividades físicas. 
 Nesse aspecto, Santos (2008) afirma: 
“Os pais, muitas vezes, desconhecem os conteúdos, os 
objetivos e a importância da atividade física, assim, não 
incentivam os filhos a participarem das aulas e não 
questionam como está a aula de educação física da mesma 
forma que questionam sobre conteúdos das demais 
disciplinas do currículo escolar”. 
 
 Assim, constata-se que é fundamental não apenas a atuação da escola, mas 
também o incentivo dos pais para que as crianças tenham um estilo de vida ativo, por 
meio de atividades físicas e externas, capazes de melhorar significativamente o seu 
desenvolvimento. 
 
 
3 CONCLUSÃO 
 
 Diante do artigo exposto, foi possível analisar a real importância da Educação 
Física escolar. Muitas vezes é considerada pelos pais e alunos uma disciplina “fácil”, 
em que apenas a criança se diverte. É fundamental destacar que a atividade física, 
obrigatória no currículo escolar, tem função especial em relação ao acompanhamento e 
desenvolvimento da criança. 
 Como já apresentado, durante as atividades e brincadeiras, a criança 
desenvolverá sua criatividade, sua personalidade e aprenderá a conviver em grupo. 
Além dos benefícios físicos, como a resistência e a coordenação motora, os exercícios 
são essenciais para a parte psicológica, já que é uma forma de distração e divertimento 
para o aluno, expondo-o em um ambiente externo e agradável. 
 Hoje, principalmente, diante da modernização e tecnologia, as crianças acabam 
utilizando como opções de lazer a televisão, o computador e o videogame, deixando “de 
lado” as antigas brincadeiras, que certamente eram mais ativas e proporcionavam às 
crianças melhores condições físicas. Além disso, há pouco incentivo dos pais em 
relação à prática dos exercícios físicos, já que a preocupação maior encontra-se na 
dedicação a outras disciplinas. 
 Constata-se, portanto, que é essencial a atuação do Estado, representado pelas 
escolas, e da família, para que a criança seja amparada e tenha um bom 
desenvolvimento, seja ele físico ou psicológico. 
A Educação Física, disciplina obrigatória no currículo escolar, deve ser 
analisada e aceita de forma séria e eficaz pelas instituições. Com a atuação em conjunto 
de todas as pessoas envolvidas pais, professores e alunos é possível desenvolver e 
formar cidadãos conscientes e capazes de ter um modo de vida saudável e prazeroso. 
 
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União em 
20 de dezembro de 1996. 
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http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4772&ReturnCatID=1774> 
Acesso em 09 de abril de 2012. 
 
GALLARDO, Jorge Sergio Pérez; OLIVEIRA, Amauri A. Bássoli de; ARAVENA, 
César Jaime Oliva, Didática de Educação Física: a criança em movimento: jogo, 
prazer e transformação, São Paulo: FTD, 1998. 
 
http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=4772&ReturnCatID=1774
GALVÃO, Luciene Rodrigues Rochael. A importância da escola no desenvolvimento 
psicossocial da criança, 2009. Disponível em: 
<http://psicologiaeeducacao.wordpress.com/2009/07/09/a-importancia-da-escola-no-
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JUNIOR, Milton Gomes, Criança X Obesidade X Sedentarismo, Disponível em: 
<http://www.exercitandosaude.com.br/index.php?conteudo=select_babkid2&id=4>, 
Acesso em: 08 de abril de 2012. 
 
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construindo o movimento na escola, São Paulo: Phorte, 6ª Ed. 2006. 
 
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personalidade da criança, São Paulo: Harbra, 2001. 
 
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Phorte, 2003. 
 
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http://www.brasilescola.com/educacaofisica/ Acesso em 09 de abril de 2012. 
 
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