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Princípio da Cooperação O modelo processual brasileiro não é nem inquisitivo, nem adversarial, mas cooperativo ou coparticipativo. Dever de esclarecimento Os atos processuais e decisões judiciais devem ser claros e coerentes. Dever de Lealdade As partes não podem litigar de má-fé. Dever de proteção As partes não podem causar danos à parte adversária. Ex.: Possibilidade de pedir esclarecimento sob parte obscura de decisão Ex.: Punição por litigância de má-fé Ex.: Responsabilidade objetiva por danos que causar por atos injustos no processo O comando previsto neste princípio vale para todos os participantes do processo, inclusive os juízes Tem previsão expressa no artigo 6º do CPC/15 Princípio da Primazia da Decisão de Mérito Previsto expressamente no CPC/15, em seu artigo 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução INTEGRAL do mérito, incluída a atividade satisfativa. Essa prioridade incide tanto na primeira instância, através da análise da demanda, como nos Tribunais, nos julgamentos dos recursos. Se relaciona diretamente com outros dois princípios, Duração razoável do processo e efetividade do processo. O dever do juiz de determinar o saneamento dos vícios processuais (previsão do art. 139, IX); Determinação de emenda da inicial nos casos de não cumprimento de seus requisitos (art. 321); Possibilidade do Relator do recurso determinar o saneamento do vício ou complementação da documentação exigível (art. 932, parágrafo único). Exprime os seguintes comandos: Regras de Organização do Processo OBEDIÊNCIA À ORDEM CRONOLÓGICA DE CONCLUSÃO INSTAURAÇÃO DO PROCESSO POR INICIATIVA DA PARTE DESENVOLVIMENTO POR IMPULSO OFICIAL Previsão expressa no Art. 2º do CPC/15 EXCEÇÕES: O Juiz pode instaurar o cumprimento de sentença que impõe prestação de fazer, não fazer ou dar coisa distante de dinheiro. Incidentes processuais seguintes: Para pagamento de quantia certa NÃO PODE!! Demandas repetitivas Conflito de Competência: Arguição de inconstitucionalidade: Previsão expressa no final do Art. 2º do CPC/15 Não impede que o autor desista da demanda, o que resulta na extinção do processo sem o exame do mérito Não se estende à fase recursal. Atendimento preferencial à ordem cronológica de conclusão dos processos. Obs.: Decisões e acórdãos interlocutórios estão excluídos da regra. Estão excluídos da regra: Sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo ou de improcedência liminar do pedido Julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica firmada em julgamento de casos repetitivos LEI PROCESSUAL CIVIL Normas cogentes: incide no caso concreto, independentemente da vontade dos interessados. Normas dispositivas: a vontade das partes pode afastar a incidência da norma dispositiva. Aplicação da lei no Espaço Aplicação da lei no Tempo Normas processuais se dividem em: Vigora o Princípio da territorialidade, no sentido de que as normas processuais civis são aplicáveis apenas no território nacional. Previsão expressa nos artigos 1º e 13º do CPC/15 A lei processual tem, em regra, aplicação imediata, a partir de sua entrada em vigor. A lei processual nova: Não retroage Tem aplicação imediata Disciplina os atos que serão realizados a partir de sua vigência JURISDIÇÃO Atuação estatal visando à aplicação do direito objetivo ao caso concreto, resolvendo-se com definitividade uma situação de crise jurídica e gerando com tal solução a pacificação social. Características: Una: Qualquer questão pode ser levada ao Judiciário. Substantividade: Substituição da vontade das partes (heterocomposição). Ultima ratio: função jurisdicional é secundária, só há intervenção em último caso. Imperatividade: imposição de uma decisão por um terceiro; Inevitabilidade: as partes submetem-se à decisão proferida pelo terceiro, independentemente da vontade das partes Criatividade: Cria-se uma norma jurídica aplicada ao caso concreto; Insuscetibilidade de controle externo: a jurisdição é controlada pela própria jurisdição. Definitividade: torna uma decisão indiscutível e imutável (coisa julgada). Quanto à Existência de conflito: Contensiosa Voluntária Jurisdição comum Quanto à competência da matéria a ser aplicada Jurisdição especial Estadual Federal Eleitoral Militar Trabalhista Equivalentes Jurisdicionais AUTOTUTELA Resolução de conflitos pela imposição da vontade de uma parte. “Justiça com as próprias mãos”. AUTOCOMPOSIÇÃO Resolução de conflitos pela vontade das partes, através do sacrifício total ou parcial de interesses próprios em favor de interesses alheios SOLUÇÃO ESTATAL NÃO- JURISDICIONAL DE CONFLITOS Forma heterocompositiva de solução de conflitos por um tribunal administrativo. Não é jurisdicional por lhe faltar as características de definitividade e de insuscetibilidade de controle externo. São métodos de autocomposição: Autocomposição tem previsão EXPRESSA no CPC/15, artigo 1º, §2º e §3º. A arbitragem é considera por alguns autores como equivalente jurisdicional e por outros autores como atividade jurisdicional. Conciliação Mediação Outros métodos de solução consensual de conflitos ABRITRAGEM Forma heterocompositiva de resolução de conflitos. A lei nº 9.307/96 dispõe sobre a arbitragem no Brasil. Há previsão do tema no CPC/15, em seu art. 1º. Características: Possibilidade de escolha do direito material a ser aplicado ao caso; Pode ser árbitro qualquer pessoa física e capaz, de confiança das partes; A sentença arbitral produz efeito imediato, não há necessidade homologação judicial; Sentença arbitral equivale a título executivo judicial Possibilidade de reconhecimento e execução de sentenças arbitrais produzidas no exterior; Pode ser utilizada pela administração pública direta e indireta para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis; Controle judicial apenas da validade, não podendo adentrar o mérito da decisão; Faz coisa julgada material; Caso seja necessária execução forçada da decisão, é necessário que se recorra ao Poder Judiciário. É possível a arbitragem em contrato de adesão desde que: O fornecedor fica vinculado à instituição da arbitragem, mas não o consumidor. o procedimento tenha sido iniciado pelo consumidor ou tenha sido ratificado por ele. Princípios da Jurisdição INFASTABILIDADE INDELEGABILIDADE TERRITORIALIDADE JUIZ NATURAL INVESTIDURA Refere-se aos limites territoriais para o exercício da jurisdição. Os juízes possuem autoridade dentro dos limites do território da sua jurisdição. É o poder Jurisdicional que recai sobre determinados sujeitos para que representem o estado no exercício da atividade jurisdicional Pode se dar por concurso público, indicação do Executivo (Quinto constitucional) e para composição do STF Não se pode delegar o exercício da função jurisdicional. Pode delegar outros poderes judiciais, tais como poder instrutório, diretivo e de execução das decisões. Direito de ingresso em juízo, de dirigir- se ao Poder Judiciário para mover uma ação judicial. Garantia de outorga a quem tiver razão, de uma tutela jurisdicional efetiva, adequada e tempestiva. Julgamento por juiz Preexistência do órgão julgador Juiz constitucionalmente competente Limites da Jurisdição Nacional Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: Réu domiciliado no Brasil Obrigação a ser cumprida no Brasil em que o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil de alimentos, quando: decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal o credor tiver domicílio ou residência no Brasil o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusãode qualquer outra: conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil ainda que o autor da herança ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional A cooperação jurídica Internacional A cooperação jurídica internacional terá por objeto: citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial homologação e cumprimento de decisão colheita de provas e obtenção de informações concessão de medida judicial de urgência assistência jurídica internacional qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira O pedido passivo de cooperação jurídica internacional será recusado se configurar manifesta ofensa à ordem pública. A cooperação jurídica internacional para execução de decisão estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença estrangeira, de acordo com o art. 960 e seguinte do CPC/15.
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