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DISCURSIVA DIREITOS HUMANOS- Teoria do duplo estatuto e aplicação dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos

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Diga o que é a teoria do duplo estatuto.
A Teoria do Duplo Estatuto iniciou-se a contar de uma disposição do STF em relação a hierarquia dos tratados de direitos humanos no Brasil. Assim consagrou-se a teoria do duplo estatuto dos tratados de direitos humanos, sendo: de caráter constitucional, para os correntes do rito do art. 5º, § 3º; e de natureza supralegal, os demais, anteriores ou decorrentes à Emenda Constitucional N° 45 e que fora aprovada pelo rito comum.
Destarte, com a consagração da teoria do duplo estatuto, entendemos que: 
a) Fica sujeito ao Poder Judiciário efetivar o poderio da convencionalidade nacional das leis, valendo os tratados de direitos humanos como modelo supralegal ou mesmo equivalente à emenda constitucional; 
b) As leis e atos normativos são significativos se compatíveis com a Constituição e com os tratados internacionais de direitos humanos; 
c) Os tratados inclusos pelo rito especial, integram o bloco de constitucionalidade limitado, sendo modelo de classificação a constitucionalidade de uma norma infraconstitucional qualquer.
E analise de forma crítica sua repercussão sobre a interpretação e aplicação dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos incorporados ao nosso ordenamento.  
A Emenda Constitucional número 45, de 30 de dezembro de 2004, realizou algumas mudanças na ordem constitucional brasileira, inserindo o parágrafo 3º no artigo 5º: 
 “Parágrafo 3º. Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes as emendas constitucionais.”
Para que um tratado internacional seja incorporado ao ordenamento pátrio é necessário que obedeça a um procedimento que abarca três etapas. (LENZA, 2016). Inicialmente o tratado deve ser celebrado pelo Presidente da República (art. 84, VIII, CRFB), para que em seguida, seja firmado pelo Congresso Nacional (art. 49, I, CRFB) através de um decreto legislativo, cuja aprovação exige o quórum de maioria simples ou relativa. Por fim, cabe ao Presidente da República editar um decreto para promulgar o tratado e inseri-lo no ordenamento.
Bruna Queiroz de Jesus.

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