Prévia do material em texto
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA Instituto de Ciências Humanas Curso de Psicologia JOSYMARA SANTOS. A. DA C. RA: C26BCB-6 DEPRESSÃO E IDEAÇÃO SUICIDA EM ADOLESCENTES Campus Brasília 2019 UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA Instituto de Ciências Humanas Curso de Psicologia JOSYMARA SANTOS. A. DA C. RA: C26BCB-6 DEPRESSÃO E IDEAÇÃO SUICIDA EM ADOLESCENTES Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para disciplina Apresentação do Trabalho de Pesquisa, sob a orientação do Professor Robson Medeiros de Araújo. Campus Brasília 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1 1.1 APRESENTAÇÃO .............................................................................................. 1 1.2 TEMA/LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO ............................................. 1 1.3 QUESTÃO PROBLEMA ................................................................................... 3 1.4 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 4 1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 4 1.6 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 4 2. MÉTODO ............................................................................................................. 5 3. RESULTADOS .................................................................................................... 6 3.1 CONCEITUANDO A DEPRESSÃO ................................................................. 6 3.1.1. DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA ......................................................... 15 3.1.2. DEPRESSÃO NA FASE ADULTA .............................................................. 15 3.1.3. DEPRESSÃO EM IDOSOS .......................................................................... 16 3.2 PREVENÇÃO DA DEPRESSÃO: ................................................................... 17 3.3 CONCEITUANDO IDEAÇÃO ........................................................................ 18 3.4 FORMAS DE TRATAMENTO. ...................................................................... 20 4. DISCUSSÃO ...................................................................................................... 25 5. CONCLUSÃO .................................................................................................... 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 0 1 1. INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação A Agência Brasil, através da repórter Paula Laboissiere (2017) publicou uma matéria no dia da Saúde, mostrando a preocupação da Organização Mundial de Saúde (OMS), frente à crescente incidência da depressão, independentemente da idade que é acometida essa patologia. Segundo a OMS (2017), o aumento chega a 18% entre 2005 e 2015, acreditando passar de 300 milhões de indivíduos a sofrer com a doença no mundo. Acredita-se ainda que o malefício seja a mais forte causa de incapacidade laboral nos indivíduos de modo geral. Ainda mais preocupante é analisar a estimativa do órgão de saúde ao apontar que a depressão vem a ser a segunda maior causa de morte em jovens entre os 15 e 29 anos por meio do suicídio. A OMS (2017) procura levantar o tema e transmitir o conceito de cura, alegando que a depressão pode ser tanto prevenida como tratada, buscando através disso promover. Assim pode ser percebido tamanha relevância que permeia o tema e a necessidade de se aprofundar no assunto, por conta disso o leitor encontrará nas linhas que se seguem, teorias de autores conceituados na área da psicologia baseados nas abordagens Comportamental e Psicanalítica, igualmente como na psiquiatria, nuances importantes para se entender a depressão, e como atuar mediante tal responsabilidade. 1.2 Tema/Levantamento Bibliográfico Com base na bibliografia da Análise Comportamental, o profissional relaciona a depressão com a diminuição de estímulos que anteriormente eliciavam respostas prazerosas, em contrapartida aumentando comportamentos de fuga e esquiva mediante estímulos aversivos, ou seja, diminui a magnitude das consequências dos reforçadores e aumenta a magnitude aversiva dos estímulos. O indivíduo que se encontra nessa situação, apresenta dificuldade de ser reforçado pelos mecanismos encontrados no ambiente. Fester (1973) explica que determinadas contingências reforçadoras podem atingir um custo elevado, diminuindo assim a emissão de comportamentos que outrora provinham de reforçadores positivos, assim como a interferência provenientes de mudanças no ambiente que permeia o indivíduo. Lewinsohn, Biglan e Zeiss (1976), corrobora com a afirmação e completa com a possibilidade de que o valor reforçador presente em estímulos vigentes no ambiente pareados aos estímulos em conjuntura, apresenta um declínio, diminuindo consideravelmente a taxa de 2 resposta. Seligman (1975) já enxerga pelo prisma de que o indivíduo tem uma redução do controle de suas contingências que deveriam ser reforçadoras e a falta de possibilidade de perceber os estímulos aversivos. A perda desse “controle” deixa o indivíduo incapaz de eliminar a contingência que lhe é aversiva diminuindo assim a emissão de resposta. Outra interferência na homeostase do processo de condicionamento respondente acontece na latência, que se aumentada acarreta em um atraso entre o comportamento e a recompensa obtida na consequência, tendo essa como uma característica do depressivo estar menos atento aos estímulos que sinalizam essas recompensas. (ABREU, 2006; FESTER, 1973) A depressão quando estudada por uma visão psicanalítica se revelou como um fenômeno clínico que enfatiza uma estrutura de neurose ou psicose e ressalta-se seu contraposto a psiquiatria onde se adota uma prática medicamentosa, a psicanálise pelo contrário visa remediar o sofrimento através da fala. Freud, grande representante da teoria psicanalítica não sistematizou um estudo das diversas manifestações do fenômeno depressivo, mas visou à divisão do mesmo em etapas: Depressão companheira e depressão melancólica, a primeira diz respeito a aquela existente em nosso dia-a-dia, gerada pela dor e insatisfação sobre nossos limites no tempo ou considerada também um processo normal do luto que vivenciamos ao longo da vida, o segundo termo diz respeito a um registro considerado patológico das psicoses e mais estudado pelo teórico, tão importante que seu estudo foi exposto em seu livro Luto e melancolia [Trauer und Melancholie] (Freud, 1917). Segundo Freud (1924, p. 333), a psicose visa um conflito psíquico entre o Ego e a realidade do mundo exterior, assim, no sistema neurótico o Ego sacrificaria as exigências do Id pelas críticas do Superego e das necessidades da realidade externa, na psicose ele dispõe da realidade do mundo externo para satisfazer às exigências do Id. Como o teórico compreende a depressão como resultante da melancolia e o mesmo relaciona o estudo ao luto, no luto se indica que o sentimento de autoestima não é perturbado e temos consciência do objeto perdido. Na melancolia, mesmo quando o doente sabe quem perdeu, não sabe o que nele perdeu (Freud, 1917, p. 199-200), portanto, a cada um é preciso ter a capacidade de passar pelo processo natural do luto, na verdade sempre demostra ser um ser melancólico e depressivo cujo gatilho do luto somente desencadeou tal questão. Melanie Klein (1927) define que um indivíduo deprimido não elaborou ou estabeleceu bons objetos internos e que por issonão se considera seguro em seu próprio mundo interno diante a perda externa, com isso, a autora define como posição depressiva o período do 3 desenvolvimento do bebê onde o mesmo reconhece um objeto por inteiro e se conecta com ele, a autora busca enfatizar também a função que esses novos sentimentos geram no bebê como o sentimento de falta e ao mesmo tempo de desejo pelo objeto que lhe é bom e em sua fantasia foi aniquilado e perdido, assim como um sentimento de culpa por isso. Além das abordagens de psicologia, o indivíduo acometido com a depressão pode ser tratado por meio de prescrição de antidepressivos, através do diagnóstico do profissional de psiquiatria. Outros aspectos como mudanças de alimentação e a inclusão de atividades físicas na rotina de do indivíduo podem propiciar uma melhora nos sintomas da depressão. Pesquisas mostram que os antidepressivos produzem uma melhora nos sintomas entre 60% A 70% nos primeiros messes de uso e que em torno de 20% a 30% e efeito placebo. O tratamento por meio da medicação baseia-se na escolha do antidepressivo através das características e sintomas de depressão, fazendo uma análise dos efeitos colaterais, riscos de suicídio por meio da alta dosagem e danos cognitivos; idealizando realizar um estudo singular de cada paciente para propor o melhor tratamento. Ao decorrer do método usado mediante a medicação não havendo efeito dos mesmos, pode-se entender que dosagens inadequadas e não adesão ao tratamento podem propiciar uma dificuldade para o mesmo. (MATOS; SOUZA, 1999) O estudo dos conceitos, e métodos de tratamento da depressão culminam na manutenção da qualidade de vida e na preocupação com a ideação suicida. A ideação suicida é um indicador fundamental para o risco de suicídio, e um estado que antecede outros comportamentos suicidas mais relevantes e fortes, e que é em seu maior número remete ao gênero feminino, e intensificado quando é associada frequentemente com a depressão. Este estudo irá analisar a relação entre a ideação suicida e sintomas da depressão, além de tentar desenvolver a promoção de estratégias para a intervenção de pensamentos de autodestruição. A ideação nada mais é que uma ideia de que a vida não vale a pena ser continuada ou vivida. A partir desses pressupostos são planejadas modelo de dar fim a essa “vida”. É o primeiro sinal de sofrimento emocional grave com a consumação ou não do suicídio. Estudos indicam que os suicídios ocorrem em média um ano após a ideação suicida (NORK et al.,2008). 1.3 Questão Problema Qual a relação da ideação suicida com a Depressão, suas nuances e como o profissional de psicologia deve atuar nesses casos? 4 1.4 Objetivo Geral O objetivo deste estudo é discutir as características da ideação suicida vinculadas à depressão e o papel do psicólogo na promoção e prevenção das mesmas, assim como demonstrar aspectos de minimizar esse pensamento. 1.5 Objetivos Específicos • Identificar e reunir informações que caracterizem a ocorrência de ideação suicida, associada à depressão. • Reconhecer e esclarecer o conceito da depressão, buscando o entendimento das diferentes visões entre os psiquiatras, psicanalistas e na vertente da análise do comportamento; • Identificar e ressaltar a sintomatologia proveniente da depressão e evidenciar dentro do panorama clínico; • Ressaltar a importância da avaliação dos fatores de risco da depressão no âmbito individual, grupal, terapêutico e medicamentoso; • Elucidar os métodos de prevenção da depressão. 1.6 Justificativa Esta dissertação visa estabelecer um vínculo do psicólogo com o assunto referente a depressão, enriquecendo sua gama de conhecimentos sobre o tema na perspectiva da Análise do Comportamento, da Psicanálise e da Psiquiatria. O reconhecimento dos sinais, sintomas e métodos preventivos elencados no trabalho poderá auxiliar na construção de diretrizes e protocolos de atendimento, propiciando suporte para decisões clínicas com estratégias e ações de saúde importantes para a diminuição do agravante e elevado número de suicídios provenientes do estado depressivo. O leitor, ainda que não seja atuante no ofício de psicólogo, terá um vislumbre dos conceitos e definições facilitando um aprofundamento no assunto, ampliando o conhecimento geral, as bases que permeiam e a ambiguidade da depressão. 5 2. MÉTODO Para que o entendimento, ideação suicida e sua ligação com a depressão, e como fatores adjacentes, foi realizado um levantamento bibliográfico com foco na revisão de literatura. Gil (2008) menciona que o apontamento de uma quantidade significativa de conhecimentos anteriormente descritos por autores especialistas na área em livros ou artigos, a finalidade descritiva de maneira que seja possível identificar e elencar as contribuições científicas, transpassando o montante desse conhecimento em apenas um instrumento de fácil acesso. Através de fontes secundárias foram indexados artigos com publicações datadas de 1999 a 2018 que descrevem as nuances da depressão e ideação suicida, igualmente a importância da erudição de seus fatores de risco, causas, sintomas, tratamentos e as complicações inerentes das patologias envolvidas. Pesquisa essa, feita de maneira qualitativa em 41 artigos, através da exploração das bases de dados: PsycINFO, PEP- Psychoanalytic Electronic Publishing, Web of Science, Scopus, Applied Social Sciences Index & Abstracts (ASSIA), MEDLINE (PubMed) , SciELO, Redalyc, DOAosJ, foram usados periódicos de pesquisa; Psicologia: Ciência e Profissão, Psicologia: Reflexão e Crítica, Psicologia: Teoria e Pesquisa, Physis: Revista de Saúde Coletiva. Utilizando como critério a busca por artigos relacionados à atuação de psicólogos com pacientes em situação de depressão e que apresentaram em algum momento a ideação suicida, levantando questões relacionadas ao profissional de psicologia, como as intervenções, métodos e atuação do terapeuta nessa problemática, agindo em comparativo entre os saberes, sejam de outras áreas, como a psiquiatria ou até mesmo diferenciação entre as abordagens dentro da psicologia. Os procedimentos seguiram uma ordem específica, inicialmente utilizada a leitura exploratória de maneira superficial para que fosse possível separar o material, entre os conteúdos diversos que não faziam parte da situação e os que continham conteúdo inerente ao assunto e aos anseios dos autores pesquisadores. Em seguida foram feitas leituras seletivas, a fim de que fosse possível um aprofundamento no tema e que fossem separadas as partes essenciais para utilização na dissertação. Após considerar as pesquisas suficientes, as informações foram registradas e elencadas, seguindo por uma leitura analítica para obtenção de respostas à problemática, possibilitando fomentar o encerramento com uma análise e discussão dos dados. 6 3. RESULTADOS A qualidade de vida é um tema de grande relevância dentro das ciências humanas e biológicas, pelo foco no controle dos sintomas de ideação suicida, controle da taxa de conclusão da ideação e a possibilidade de aumento da expectativa de vida, de maneira que alguns autores consideram como sinônimo de homeostase (FLECK et al., 1999). Fazendo uma associação da depressão como o oposto da qualidade de vida, fica nítido a importância de entender o conceito da depressão, da ideação suicida e maneiras de tratamentos possíveis de serem utilizadas pelos Analistas do Comportamento, Psicanalistas e Psiquiatras. 3.1 Conceituando a depressão Sigmund Freud, enxergava a depressão, como a fase seguinte do recalque, um sintoma a substituir uma satisfação passional. (FREUD, 1926, P.112). Ideia retransmitida por Dias (2006), que relaciona os sintomas depressivos a repressão da satisfação de desejo sexual, na busca de organizar o conflito entre a libido recalcada e a motivaçãodessa insatisfação. Bem como Siqueira (2007), que enfatiza seu surgimento por conta da inibição do sujeito quando se acovarda mediante seu desejo, seja por quaisquer motivos externos ou internos. Conceito reforçado também por Soler (1997) que associa a depressão com a castração, fortalecendo a afirmação de que os estados depressivos surgem como uma maneira de o sujeito lidar com essa perda psíquica. Segundo Del (2002) a depressão é um estado onde, o homem pensa estar incapacitado de descobrir uma maneira de lidar com as exigências da sociedade que pode vir ela individualidade, cobrança excessiva no trabalho, avanço tecnológico ou desemprego, a depressão pode ser considerada como uma reguladora da vida psíquica. A depressão para os conceitos freudianos segue por dois caminhos conceituais, um mecanicista, se referindo a um decréscimo em uma função psíquica, voltada para uma deficiência na libido, e o outro caminho, definido por um estado de sofrimento psíquico. Para Coser (2003), diferente da psicose e da neurose, a depressão não pode ser considerada como um termo estrutural Freudiano, tendo em vista que Sigmund não o utilizava como um diagnóstico, porem Freud (1915), não deixou de tocar no assunto, o que pode ser visto em seu trabalho “Luto e Melancolia”, onde ele assemelha a melancolia como parte do estado depressivo, diferenciando do Luto, que para o autor acontece quando o indivíduo tem consciência dos motivos da sua dor, acreditando-se que o estado possa ser normalizado com o 7 passar do tempo, não havendo necessidade de tratamento médico. Rodrigues (2000) lembra que Freud não incluiu os fenômenos depressivos à melancolia, o que vem a divergir com os manuais psiquiátricos atuais, que para o psicanalista, são sintomas intrínsecos do homem. Por outro lado, Fédida (1999, apud RODRIGUES, 2000) que diverge ao desconsiderar a depressão como uma estrutura psíquica, mas que faz parte da característica própria da constituição do aparelho psíquico. Nas obras freudianas, não foram encontrados vestígios de uma teoria estabelecida sobre depressão, até junto à depressão não existia há cem anos atrás, tal como é concebido atualmente. Masson (1986) menciona que Freud em seus rascunhos, se perguntava sobre a etiologia da “depressão periódica”, que segundo ele é um talho da neurose de angustia, ou seja, um resultado direto da escassez ou falta de satisfação sexual, provocando um acumulo de energia e transformando em angustia e depressão. Em um outro rascunho Freud diferencia “depressão periódica branda” da “melancolia propriamente dita”, onde a primeira tem uma ligação racional com um trauma psíquico, este tipo de trauma seria apenas uma causa provocadora, um fato desencadeante, vale ressaltar que a causa específica da neurose de angustia é um acúmulo de energia sexual não descarregada. Quinet (1997) utiliza a expressão “estados depressivos”, invés de simplesmente “depressão”, pois para ele, é um termo que é usado erroneamente, tendo em vista que, apesar de diferenças em suas variações de níveis, todos os seres humanos estão sujeitos a passar por esse processo no decorrer da vida. Para se fazer uma diferenciação de como a Depressão é encarada para a psicanálise e sua definição para a psiquiatria, Bentes (1997) acredita que os tratamentos por meio da psicanálise provêm do conhecimento adquirido e intervenção focados na singularidade do sujeito, enquanto para os psiquiatras, o médico encara como uma doença na qual ele busca a cura com recursos medicamentosos. Os manuais psiquiátricos têm classificado a depressão em uma semiologia dos transtornos de humor, ou transtornos afetivos, onde as condições clínicas para identificar esses transtornos são diagnosticadas especialmente pela intensidade, frequência e duração que os seus sintomas se manifestam. PONTES (1993) Ao falarmos sobre o referido tema âmbito histórico, traçando um paralelo com o atual, de acordo com as autoras do artigo “Depressão numa contextualização contemporânea” Steves e Galvan (2006), é importante ressaltar que sofreu inúmeras modificações ao longo dos anos tanto teoricamente falando, quanto sua identificação e julgamento perante a sociedade, é valido 8 levar em consideração que seu engajamento no Manual Diagnostico e Estatísticos de Transtornos Mentais (DSM) foi relevante e inserido apenas no início do século XIX, antes disso associados a fatores místicos relacionados a crenças religiosas e sobretudo superstições onde não se encontrava base teórica para explicar certos comportamento. Logo temos o primeiro contato com o reconhecimento da depressão como uma doença mental que viria a ser estudada em 1952 onde surgiu o primeiro DSM sobre o tema. Ainda de acordo com as autoras Steves e Galvan (2006), a exploração da mente é resultado de um cenário de longa duração onde depressão, "loucura" e melancolia foi construído de aparência mutável ao longo da história, hoje temos o conceito de depressão visto como transtorno de humor, motivação, estímulos precários e vazios onde gera mutações cognitivas e somáticas, as quais acaba por interferir no comportamento do indivíduo, porém com o avanço da medicina houve a possibilidade de retirar o senso comum de uma explicação baseada em todo um ambiente a ser verificado e não apenas mais um fora do padrão da época onde não se existia explicação cientifica para adequá-los, vistos como "aberrações". Em seu cenário mais antigo, aqueles que se enquadravam em um painel melancólico, de baixa ou nula produção social e individual eram vistos como uma punição divina vinda justamente de um ambiente religioso, inclusive, é ressaltado historicamente que reis ou heróis que desafiaram seus deuses eram castigados até ficarem loucos. Contudo, surgiu a teoria de Hipócrates, como disserta Holmes (2001), o filósofo é considerado progenitor da medicina onde se pode substituir uma superstição da época à uma mais biológica, essa teoria é baseada em que a vida tem seu equilíbrio entre a bile, fleuma, sangue e bile negra e quaisquer desequilíbrio entre tais fatores seria o que acarretaria à doença, a bile negra caracterizada como o surgimento da melancolia que consistia na falta de animo, irritabilidade, perda de apetite, tristezas cristalizadas de longa duração, logo, a bile negra é um resultado da intoxicação do cérebro. Na idade média ocidental, segundo Finazzi (2003), apesar da precariedade de conhecimento sobre a psiquiatria eram as igrejas as quais se responsabilizariam para a junção do corpo e da mente, com grande influência, acabava por expor uma visão de possessão demoníaca onde obtinha um comportamento agressivo ou em estado de loucura quando seu corpo era entregue a demônios a entidades que visavam roubar sua alma, assim, justificando a realidade dita como normal. O situação religioso era tão forte na época que foi dito como influência dos sete pecados capitais, nomeadas tristezas graves e extensas, com referência a "preguiça". 9 Com a chegada do renascimento, as concepções religiosas não são totalmente, ignoradas, porém, agrega uma visão que considera a importância da ligação entre o corpo e o meio que a que se insere, de maneira que denota influência na saúde mental do indivíduo. Essa mudança de paradigma acontece através do iluminismo que abre espaço para a racionalização da temática, encabeçada por William Cullen (1769 p.128), que menciona pela primeira vez o termo “neurose” em sua obra Synopsis Nosologiae Methodicae, associando a melancolia como uma disfunção nervosa e ressalta que apenas no século XIX o termo depressão se aproxima do conceito atual e só a partir de 1860 o termo se expõe na medicina, resultando um tratamento diferenciado e mais civilizado aos considerados loucos e difere do termo melancolia dito pelo médico Philippe Pinel que classifica a melancolia como uma doença predisposta aopossível ato suicida de tais pacientes. Se antes, em meados do século XIX houve iniciou a aprendizagem sobre a higienização da saúde mental onde traria o equilíbrio e aprimoramento das condições humanas, é no século XX que se inicia classificações enquanto a doenças mentais. A teoria de Charles Darwin também obteve influência nas pesquisas quanto a necessidade de entender a higienização populacional que buscavam na época onde espécies ditas como menos adaptáveis como negros, homossexuais, pobres e afins eram consideradas corrompidas na sociedade visto que a teoria de Darwin condiz com aqueles que não se adequam ao padrão não se adaptam as consequências futuras de modificação de necessidades. De acordo com a autora Carolina Marins Santos (2017) em seu artigo “Visão sobre depressão sofreu transformações ao longo da história” o conceito genérico de como a doença foi encarada pela sociedade foi se alterando durante as gerações. Os distúrbios mentais só foram representados pelo DSM em 1952 como distúrbio mental, antes disso era considerada a depressão como loucura relacionada a superstições. Já de acordo com a autora Fernanda Cavalcante Esteves; Alda Luiza Galvan (2006) atualmente, a depressão se resume em uma alteração de classe de transtorno de humor, reage e reflete em atitudes dos indivíduos modificando suas próprias percepção, visando suas problemáticas de maneira mais intensas como catastróficas, acaba por se tratar de uma patologia dita como grave, suas características se relacionam a melancolia. A autora segue com o comentando como que depressão se relaciona diretamente a apatia, perda de interesse, atraso motor, desincentivo a quaisquer situações, agitação contradizendo o possível atraso motor, pensamentos agressivos dentre fatores que resultam em muitas vezes em insônia... conjunto de sintomas que acabam por facilitar um possível diagnostico, com base teórica cientificamente, com isso, para justificar suas adversidades iniciais e atuais onde sua prática ainda pode ser descartada ou interferida por 10 interferências de perspectivas que possam afetar o processo. Freud, em 1917, publica “Luto e Melancolia” conceituando a melancolia como patologia do luto. No mesmo século XX, a depressão é classificada como transtorno afetivo levando em conta seus aspectos neuroquímicos, psicossociais e genéticos (STONE, 1999). A depressão está ligada à estrutura melancólica, a qual é baseada nas regressões e fixações da segunda subfase oral (BERGERET, 1998). A fixação é pré-genital e se manifesta na tendência a reagir às frustrações com violência de um lado, e do outro, pela dependência oral-receptiva levando os sujeitos a obter o que buscam por apropriação ou submissão (FENICHEL, 2000). Dito a definição pelos autores acima é necessário levar em consideração teorias como a de Melain Klein, psicanalista, que relaciona os primeiros contatos de afetividade, geralmente em vínculos familiares como as primeiras internalizações adquiridas pelo indivíduo ditas como relações objetais, a autora afirma que é na fase oral onde o bebê internaliza frustrações ou gratificações através do contato com a mãe, principalmente na alimentação, que é onde pelo seio da mãe que lhe provem seu suprimento se torna capaz de em determinada época a desvinculação do ato de mamar , e que condiz com sua habilidade de desenvolver memorias boas ou ruins, satisfeito ou não, assim, instrumentos de defesas são ativadas ditas como regressão, de acordo com Garma (1984) há uma punição por parte do bebe inconsciente de como essa internalização foi absorvida e acaba por punir o próprio objeto e a si próprio. De acordo com Gabbard, (1998) um paciente depressivo se censura aguardando rejeição e punição com um ego frágil e destituído de valor, busca depreciar valores alheios como sadismo. Aprofundando em uma base psicanalista, Freud, maior influência na área adquire o codinome psicose maníaco-depressivo, buscando se aprofundar no assunto que se refere a depressão e traz o conceito de melancolia, baseado em textos sobre o luto como um processo natural relacionada a perda de algo, não necessariamente uma criatura próxima mas de algo que não se sabe o que perdeu ao certo, o luto é um processo natural mas não supera e nem de transforma melancolismo, traços que o autor dita como demonstrativos envolvem o desinteresse pelo mundo externo, a apatia com os demais, a perda da esperança de conseguir amar, baixa autoestima o que acaba por gerar uma auto envelhecimento e recriminação, de acordo com Freud, isso culmina no paciente uma expectativa delirante de punição (1917). Psicose e neurose são apontadas como parte de uma estrutura de manifestações clínicas da depressão, a neurose como uma incapacidade funcional do ser atingindo seu pensamento racional, e já a psicose coloca o paciente em uma situação de disfunção para com a realidade, 11 logo, a perda da realidade não é acessada, em casos mais agravantes pode-se considerar delírios ou alucinações nos pacientes, nesse sentido, a psicanalise busca do paciente a relação de associação livre onde o mesmo sinta-se à vontade de com suas próprias palavras e subjetividades interceder seu próprio sofrimento através da fala. As causas da depressão não são padronizadas, então, fatores neuroquímicos ou genéticos tendem a influenciar as chances de seu desenvolvimento. Com relação ao ambiente onde se insere, e o modo que interage socialmente ou como lida com seu psicológico são geralmente fatores de extrema importância na análise de causas, o famoso estilo de vida acaba por exercer grande influência afetando a saúde mental. Na visão de Freud o luto é um processo interligado a depressão por ser a perda de algo, o luto condiz com a perda objetal de algo que não se sabe ao certo, porém na melancolia o indivíduo não supera as etapas do luto e se dispõe a perder sua própria identidade esquecendo de seu próprio eu. “No luto, é o mundo que se torna pobre e vazio; na melancolia, é o próprio eu”. (FREUD ,1917) As principais características sintomáticas do indivíduo que apresentam depressão são os seguintes aspectos: Tristeza: De cunho popular, o dicionário Aurélio, online, da língua portuguesa caracteriza a tristeza como antônimo da alegria, e que a tristeza é a carência de alegria. Faz também associação com uma condição melancólica em e a prevalência de desanimo. Já, segundo a Classificação Internacional para Prática de Enfermagem (CIPE,2005, p.87) a tristeza tem ligação direta com a diminuição de energia física, quando esta, vem a ser motivada pela melancolia. A psicóloga Catarina Vargues (2016) trabalha o conceito de tristeza, caracterizando-o como uma emoção inata que surge proveniente de perdas consideradas significativas para o indivíduo, independentemente de ser algo real ou simbólico. Para a autora, a tristeza tem ligação com a adaptação às necessidades do referido de maneira a criar conceitos, influenciando suas determinações e escolhas a fim de promover seu bem-estar. Melancolia: O dicionário Aurélio da língua portuguesa classifica a melancolia como uma tristeza profunda e duradoura, como mencionado no parágrafo anterior, mostrando esse fator como diferencial na descrição de tristeza, “pura e simples”. Além de descreve-la como “um sentimento de incapacidade”, falta de perspectiva, e indignidade, e menciona inclusive “afecção mental caracterizada por uma depressão”, o que ilustra a ligação entre tristeza, melancolia e a depressão (DICIONÁRIO AURELIO, 2006, p.1097). Porém a melancolia, como conhecemos hoje no dicionário, mostra através da história, 12 de acordo com o artigo de Silva (2009), o quanto existe de complexidade, importância, assim como pode-se perceber, pelos nomes envolvidos em saberes inerentes, sejam eles, filósofos, poetas, médicos, religiosos, psiquiatras e psicólogos, utilizando o que lheseram possíveis no campo de estudo em suas determinadas épocas. E com isso, sua denominação foi mudando e evoluindo no decorrer desses séculos. Antes dos gregos Hipócrates e Aristóteles, existia a crença de que a melancolia provinha de punição por algo que o indivíduo cometeu no passado, e até mesmo os seus antepassados, a partir dos filósofos descritos, passaram a teorizar a melancolia como uma bile negra que angustiava o corpo, assim popularizando o termo advindo de Melan (Negro) e Cholis (Bílis), de maneira que identificavam o indivíduo “portador” que apresentava: “aversão a comida, desanimo, insônia, irritabilidade e inquietação” (CORDÁS, 2002, P.20), referir-se a uma “intoxicação do cérebro” pela quantidade exacerbada de bile negra no organismo. Enquanto na idade média, os religiosos associavam o tema a espiritualidade, já os filósofos romancistas tinham um “olhar” positivo para o melancólico, como um ser nobre. Para o mesmo autor, atualmente o conceito freudiano, estabelecido no século XX, encara a melancolia como uma situação do indivíduo relacionada a um histórico de perdas que permeia o inconsciente. Já os manuais psiquiátricos, inclui o tema às psicoses maníaco- depressivas assim como os transtornos de humor. Insônia: O significado de insônia de acordo com o dicionário Aurélio da língua portuguesa, especifica a insônia, simplesmente como “ausência de sono”, porem o CIPE (2005) destrincha como uma falta de capacidade de dormir, ou mesmo problemas de não conseguir manter o sono durante toda a noite, mesmo com o ambiente propicio para tal, tendo ligação com fatores psicológicos, ou físicos. Ou seja, acredita que um fator “estranho” a o que pode ser considerado “normal” tenha relação com a perca do sono natural. No DSM-IV-TR (2002, p 350), pode se encontrar classificado como mais frequente tipo de insônia, a que ocorre durante a madrugada, ilustrando ocasiões em que o indivíduo acorda durante a noite e não consegue voltar a dormir, da mesma maneira que a insônia de “fim da noite”, onde se acorda mais cedo do que o natural, e tem dificuldade de voltar a dormir. A Revista Brasileira de Neurologia (2013, p. 63) descreve que a insônia tem sido percebida como um mal cada vez maior de acordo com a contemporaneidade, ganhando um destaque no que diz respeito a problemas de saúde pública, tendo como característica de fatores atuais que contribuem com a situação, além dos naturais como o envelhecimento e o gênero, o trabalho excessivo, em alguns casos, por turnos, preocupações no dia a dia, como o desemprego, 13 e menor status socioeconômico, pressão no âmbito acadêmico, entre muitos outros exemplos. Astenia e fadiga: O termo astenia consta no dicionário de língua portuguesa (2006) como sinônimo de fraqueza, debilidade e falta de força. Assim como a fadiga que tem o termo relacionado com uma “sensação penosa causada pelo esforço de trabalho intenso”, porém, a fadiga no caso relacionado a depressão, acontece mesmo sem ter tido esse referente esforço, e tem relação com a origem de seu termo, que quando usado na bíblia, descreve uma situação de sofrimento, causado não apenas por esforço físico, mas também mental, como no caso de “sentimento de culpa”. Os estudiosos atualmente não têm apresentado um consenso sobre o tema, e que cada área o associa com seu objeto de pesquisa, os estudiosos de disciplinas relacionadas a atividades físicas, a enxerga por esse prisma, enquanto acreditam que a fadiga está relacionada a sintomas psiquiátricos, credita como um fator inerente da mente. (DÁLETE, 2005, p.287). Deterioração da compreensão: No Dicionário Aurélio online da Língua portuguesa, pode-se encontrar o significado de deterioração como “tornar algo pior, estragar, arruinar ou danificar”. No caso referido, a expressão vem atrelada a “mente”, ou seja, “deterioração da mente”, ou “deterioração da compreensão”, o que pode causar uma confusão relacionada a valorização individual, e até mesmo o “sentimento de culpa”, prejudicando a avaliação do indivíduo, com relação a falhas que possa ter cometido anteriormente, transformando assunto e situações que outrora seriam triviais, em um tomo de grande importância, enaltecendo defeitos e depreciando qualidades dos fatos determinantes. (DSM-IV-TR, 2002, p.50). Perda de apetite: Os pacientes caracterizados com a patologia, se assemelham nos casos de diminuição do apetite, se mostrando um fator comum, que acontece gradativamente, o que ocasiona perda de peso, o que auxilia na permanência ou na evolução dos sintomas. (DSM-IV- TR, 2002, p. 349). Diminuição do interesse e da sensação de prazer: O interesse do indivíduo pelos prazeres que sentia anteriormente ao estado depressivo, não o estimula do mesmo modelo que antes, o que pode estar ligado com as queixas de dificuldades de manter a atenção e falhas na memória. (DSM-IV-TR, 2002, p. 349). 14 Quadro 1 - Sintomas dos Diagnósticos associados a depressão conforme o CID-10 Transtorno depressivo (CID-10, F33) Sentimento de tristeza consideravelmente grave ou persistente onde acaba por diminuir o prazer ou interesse em realizar algo ou alguma atividade Transtorno de humor (CID-10, F39) Uma forte ansiedade e perda do afeto para com tudo o que leva ao caminho da pura desmotivação ou irritabilidade afetando seu humor diário. Distúrbio do sono (CID-10, G47) Não só a aqueles que tem o sono conturbado ou a perda dele, há também os casos de hipersonia, se dorme muito, mas permanece sonolenta durante o dia e seus pensamentos Transtornos da alimentação (CID-10, F50) Não sente prazer na ingestão de nenhum alimento, até aqueles que antes gostava, mas pode ser reverso e a passa comer demais. Transtorno da personalidade (CID-10, F68) É onde se nota o afastamento por motivos depressivos, com relação a familiares, colegas e até mesmo em algum parceiro (a), a busca de aproximação ou interação é quase nula. Transtorno psicossomático (CID-10,) Estão também ligadas a depressão onde o corpo busca evidenciar algo errado gerando vários sintomas que se parecem com algum tipo de doença, porém não se consta nada em laudos médicos porque não existem de fato e são apenas uma sintomatologia que o corpo pobre em saúde mostrar algo errado em seu funcionamento. Fonte: Adaptado de Pontes (1993) 15 Ainda que se venha a discorrer sobre a história dos conceitos que permeia a depressão, e debater as visões gerais sobre essa situação delicada como pôde ser visto até agora nessa dissertação, deve-se atentar para as nuances específicas que atingem as faixas etárias de quem apresenta essa patologia. 3.1.1. Depressão na adolescência Kazdin e Marciano (1998) afirma que 80% dos jovens se mostram acometidos com a depressão, com representação através de estresse, retardo psicomotor, insônia e culpa. Sadler, (1991). Destaca que há diferenças na presença da depressão em adolescentes, meninas ressaltam sintomas mais voltados ao subjetivo, como sentimento de vazio, ansiedade, baixo autoestima, enquanto do sexo masculino o enfoque se voltou para sentimentos de raiva, desdém, problemas de conduta assim como violência física entre alguns outros contextos. O autor revela que foi verificado no discurso dos jovens, uma profunda magoa, insatisfação e tristeza, comumente refletindo choros, sendo a depressão o mesmo que um vazio causado por dores existenciais profundas, acreditando que a perda de reforçamento positivo e possível isolamento social seu repertorio se enfraqueceu, e quanto mais mantido o comportamento maior a probabilidade do jovem se entregar ao quadro depressivo, assim, a terapia visa uma modelagem desse repertorio social, para que o contexto depressivo seja modelado, trazendo oportunidades para novos reforçadores, uma análise funcional com base na FAP seria uma forma de tratamento visandodescobrir a função o qual se mantem o comportamento para prever intervenções clinicas para a mudança do contexto. 3.1.2. Depressão na fase adulta De acordo com o artigo “Depressão e comportamentos de saúde em adultos brasileiros – PNS (2013)” da revista de saúde pública, foi ressaltado que a população adulta tem adquirido hábitos como o sedentarismo o uso frequente do álcool e do tabaco e tais representam fortes associações com sintomas da depressão, além de ser a fase onde é provável desenvolver ou descobrir doenças cardiovasculares assim como outras doenças. O estudo feito pelo artigo enfatiza também que a inatividade física foi detectada em indivíduos adultos com sintomas depressivos, sendo que a mesma pode contribuir de forma significativa para saúde mental, foi detectado também o aumento da má alimentação como sintoma da depressão na fase adulta. De acordo com o teórico Ferster (1973), são características comuns à redução ou perda 16 de alguns tipos de atividades e a alta taxa de irritabilidade e reclamações, ele atribuiu a baixa taxa de comportamento à escassez de reforçamento, logo, a depressão poderá surgir quando o reforço para o não responder for maior do que para o responder. Diversos estudiosos como Fester, enfatizam que o pouco repertorio social é de grande relevância para o surgimento e a instalação da depressão, muitas vezes derivado de um repertorio inadequado. Pacientes buscam tratamento após alguma perda significativa, seja ela desde o a morte de alguém próximo a despedida dos filhos que resolvem sair de casa, a perda de reforçamento são graves e pessoas com repertórios adequados encontram formas para que tal perda seja reposta através de reforços, quando não, a depressão se instala de forma a qual um tratamento terapêutico é necessário, no contexto analítico comportamental, haveria toda uma reestruturação das contingências que mantém esses comportamentos depressivos baseado na função que eles estão exercendo sobre sua forma de agir e pensar, mas para caso uma forma diferente de intervenção. Ainda de acordo com Ferster (1973) o simples ato de aumentar a interação verbal é reforçador por si só e podem refletir em formas mais funcionais para a interação e obter mais reforços positivos. 3.1.3. Depressão em idosos Ao falar de depressão em idosos, não só envolve a parte sintomatológica da depressão, mas também questões quanto ao próprio envelhecimento e como tal exerce uma função negativa no idoso que pode agravar o quadro já instalado, envelhecer significa também aparições de doenças e isolamento social, as contingências que mantém o comportamento depressivo, questões ambientais como distanciamento ou abandono da família, um luto talvez, é no indivíduo idoso que se tem observado uma maior incidência de suicídio (FERNANDES; NASCIMENTO; COSTA, 2010). 0 O envelhecimento age forma que diminui a plasticidade comportamental, refletindo na sua capacidade de reação ou recuperação de eventos que geram o estresse mesmo que o funcionamento psicossocial e bem estar subjetivo e mesmo que a depressão seja vista como o conjunto de sintomas desagradáveis para uma saúde mental, de acordo com Porcu et. al., (2002), os pacientes de terceira idade além de sintomas comuns ao tema apresentam um quadro somático como hipocondria, tendência autodepreciativa, náuseas, palpitações, pensamentos recorrentes de suicídio, tremores e afins, logo essa somatização que é gerada pela ansiedade juntamente a depressão acaba por tornar o quadro mais complexo tendo em vista que a saúde de um idoso se difere em alguns casos quanto a fragilidade de um jovem digamos necessitando 17 então de um acompanhamento clinico, onde s avaliara as contingências reforçadoras da problemática que gera o comportamento depressivo no indivíduo, é de extrema importância um acompanhamento pois a depressão produz queda na imunidade e diminui a resistência as doenças tendo destaque o câncer como uma das possíveis. Assim como a abordagem, o ambiente irá influenciar no comportamento da pessoa, no caso, idosa, logo, o apoio da família é de extrema importância para bons reflexos de intervenções psicoterápicas. 3.2 Prevenção da depressão: Para o enfrentamento da depressão, faz-se necessário, uma atenção especial aos fatores de risco, para que exista a possibilidade de evitar o problema. Ainda que alguns fatores, sejam naturais da natureza humana, como a frequência maior ser encontrada no gênero feminino, e também o fator regional, tendo em vista a maior incidência ocorrer grandes cidades (COSTA; ALTEZ, 2002). A lista de Costa e Maltez (2002) de situações que propiciam o surgimento da depressão, inclui ainda, a solidão, tendo em vista a ocorrência em homens que vivem sozinhos, a idade mais comum que gira entre os 20 e 40 anos, o histórico de casos assemelhados na família e traumas. A mestra em psiquiátrica Giuliana Cividanes, em participação no artigo Causas da Depressão são multifatoriais (2015), analisa a depressão como uma doença multifatorial, que apresenta casos relacionados, seja a fatores genéticos, biológicos e ambientais que prejudicam a homeostase mental do indivíduo. Discorrendo o fato de existirem genes que propiciam uma maior passividade do organismo, que facilita a chegada da depressão, e exemplifica com os dizeres relacionados a disfunções de neurotransmissores que tem responsabilidade direta sobre o humor. A profissional, corrobora ainda com os autores anteriormente mencionados quando menciona seres com maior probabilidade de desenvolverem a depressão, principalmente as que vivem sozinhas e com histórico familiar. Em contrapartida, porém, sem discordar, o especialista em Nutrologia Médica, Silvio Laganá, no mesmo artigo, aponta para a possibilidade de a depressão ter casos específicos de lesões cerebrais, como micro inflamações que afetam o sistema neurorreceptor, independentemente da situação que se encontra os neurotransmissores. Para o médico, existem “tipos de depressão”, e essa classificação deve ser observada com cautela, para um tratamento adequado. 18 Para que se possa entender os métodos a serem utilizados na prevenção da depressão, deve-se atentar as características, aos sinais e sintomas ilustrados nos comportamentos emitidos pelos indivíduos que apresentam depressão. Os sintomas característicos encontrados nos pacientes denotam a demonstração de pouco interesse por situações que anteriormente lhe traziam prazer; tendem a se cansar com mais facilidade, apresentam dificuldade em se concentrar, além da possível ideação suicida (KAPLAN; ADOCK, 1990). 3.3 Conceituando ideação A ideação está dentro do comportamento suicida e agregado a sentimento de tristeza ou aprovação em vários campos da vida. Ideação tem por sinônimo concepção de pensamentos, ideias, planejamento e desejo de se matar. É passiva quando há o desejo de estar morto, ou ativa quando os pensamentos comprometem o método ou o momento de se matar. O comportamento suicida é iniciado pela ideação suicida, e sua presença pode ser considerado um antecedente, e um fator de risco a um possível ato suicida. (BORGES; WERLANG, 2006) É ato ou efeito de idear, de criar na mente ou de conceber, é o processo pelo qual se formam e relacionam ideias e conceitos, fantasiar e projetar, ou seja, ideação são os pensamentos e o planejamento que antecede um possível ato suicida. (HOUAISS, 2001). A ideação suicida é uma representação mental, que envolve pensamentos e cognições, de como acabar com sua vida, e está relacionada a uma pulsão instinto-afetiva, que nada mais é do que um esforço ligado ao organismo vivo de reprodução, um fator que impulsiona no sentido de mudança. Um tipo de elasticidade, representado em um desejo de matar-se a si próprio (KNOOW- ENCICLOPÉDIA TEMÁTICA ,2016). Os pensamentos de morte ou de ausência de vidafazem parte desse conceito, como ideias que formalizam o processo para um possível ato posterior (DYCK, 1991; LABELLE; LACHANCE, 2003). Já Ayd (1995) não acredita apenas na ideação como pensamentos, mas levam em consideração também as ameaças feitas pelo sujeito. Existe a Escala de Ideação Suicida de Beck (BSI) que é um instrumento de auto relato, constituído por 21 itens, onde 19 apresentam alternativas de respostas e refletem a gradatividade dos desejos, atitudes e planos. Neste instrumento os cinco primeiros itens servem como triagem da ideação suicida. E o Escala de Ideação Suicida (SIQ) é um instrumento de auto resposta, que permite avaliar a gravidade de pensamentos suicidas, este é constituído por 30 itens. Este instrumento avalia 4 aspectos de tentativa de suicídio, a histriônica: chamar atenção dos que ela ama, e é facilmente influenciada por outros; Tentativa racional: este tem uma convicção que 19 ele tem que morrer, por uma boa causa, ou por uma religião; Tentativa psicótica: advém de quem tem problemas mentais, ou que possa estar relacionada ao excessivo uso de entorpecentes, e o suicídio como maneira de sair desta situação. (REYNOLDS,1988). Existem feitios de desesperanças: características criaturas que não tem mais esperança de vida, devido à perda de algumas coisas ou alguém, então passa a não ver mais sentido na vida. Múltiplas condições crônicas, como o uso frequente de álcool, depressão, ansiedade, desesperança e dor também estão relacionados à ideação suicida. Além disso, baixa autoestima e baixo senso de domínio estão associados a pensamentos suicidas. Ter pensamentos suicida uma vez ou outra é normal, vez que fazem parte do desenvolvimento e problemas existenciais, onde cada coisa está criando sua significação e em busca de identidade. A diferença está entre o desenvolvimento e o risco se dá pela intensidade dos pensamentos. São comportamentos autodestrutivos, lesivos e se manifestam com frases ou atitudes de insatisfação do indivíduo com seu modo de vida. (OMS, 2000). Pfeffer (1985) para este autor a ideação pode ser um início, e ter dado continuidade a comportamentos mais fortes, com características de um comportamento suicida. A existência da ideação suicida pode ser um sinal de que algo vai mal emocionalmente, acarreta desejos ou vontades de findar sua vida. Calson e Cantwell (1982) relatam que a ideação suicida é capaz de servir como uma medida de rigor de depressão. Conceito de óbito e plano de querer seu falecimento podem representar um início de abandono da luta contra uma angustia insuportável, e esta pode ocorrer por falta de expectativas positivas, que superestimam as dificuldades e não as soluções dos problemas. Transtornos psiquiátricos, problemas comportamentais, baixo autoestima, e baixo limiar a frustações, são consequências negativas associadas a um certo traço superior de construção autodestrutiva. Algumas alterações fisiológicas e comportamentais que se pode citar em adolescentes com ideação suicida são: Modificação na melatonina, que é o hormônio do sono, serotonina que é o hormônio responsável pelo controle do humor, ansiedade e depressão (Ministério da Saúde, OMS). Pode-se ter a percepção inadequada do peso corporal, pois tendem a valorizar demasiadamente o corpo para se sentirem incluídos em padrões estéticos, além da pressão psicossocial e cultural. Sentimentos de solidão, tristeza, desesperanças, humor depressão, falta de motivação, diminuição de interesse ou prazer, principalmente quando associada a depressão. O adolescente que manifesta esta advertência, também poderá ser um sinal com relação a ideia de atentar contra a própria vida. (BORGES et al., 2008; DUTRA, 2002; ESPINOZA-GOMEZ 20 et al., 2010). Prevenção do suicídio: No que se refere a prevenção ao suicídio, a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2002) relata que o suicídio está entre as cinco maiores causas de morte na faixa etária entre 15 a 19 anos. Foi captado com 822 jovens de escolas secundárias de 4 regiões (Lisboa, Santarém, Guimarães e Évora), constatado que 34% desses é referente a ideação suicida e 7% já havia feito a tentativa de suicídio. A relevância desses dados alertou a gravidade do problema e para a criação emergente de um programa de prevenção ao suicídio em adolescentes. Porém é necessária a prudência ao tratar de um assunto tão delicado como o suicídio, obrigando assim os programas de prevenção serem cuidadosos nas medidas de prevenção que serão elaboradas pelos mesmos. Em Portugal já é estudado um programa de intervenção ao suicídio (Programa de Intervenção (BELIEVE; 2010) que terá como estratégia: Tarefa Educativa Geral – esclarecimento da comunidade em questões de alto risco. Identificação de grupos de alto risco – idosos depressivos, alcoólicos e jovens. Instrução dos fatores precipitantes – epidemiologia e medidas apropriadas. Reorganização de serviços de Saúde Mental – serviços de atendimento e apoio as famílias dos suicidas. Uma outra estratégia estudada, é a criação de Serviço de Apoio e Promoção da sua utilização – para acompanhamento e encaminhamento de casos combatendo esta mancha. Melhoria do diagnóstico e no tratamento pelos profissionais da saúde – visando o diagnóstico precoce, os fatores de risco e a formação de profissionais nas diversas situações; Desenvolvimento de programas com a finalidade de promover estratégias em resolução de problemas a autoestima, aumentar o conhecimento e a consciência para a problemática, e por fim restringir o acesso aos métodos autodestrutivos. 3.4 Formas de tratamento. Com base na teoria do Comportamentalismo em um contexto Behaviorista Radical de Skinner uma definição de como pacientes com transtornos de depressão podem ser tratados, assim, intervenções como analises funcionais são adotadas para que haja diminuição ou entre em extinção, tal analise é baseada no contexto da FAP (Fator Acidentário de Prevenção) que visa buscar a raiz do contexto depressivo em todos os viés. Contextualizando brevemente, uma análise funcional diz respeito a tríplice contingência onde são a busca dos antecedentes do paciente, o comportamento em si, e suas consequências. (ABREU, 2006) Conforme as psicoterapias comportamentais compreendem em um tratamento da 21 depressão, como discorre Fester (1973), o paciente tende a demonstrar gradativas reduções de sua frequência de comportamentos que servem de reforço positivo, logo, falamos de atividades saudáveis e agradáveis para o próprio, e a extensão de comportamentos como fuga e esquiva das situações que para ele são consideradas aversivas. Dificuldades em lidar com o problema que leva a depressão, o paciente acaba por perder seus reforçadores positivos enquanto eleva os aversivos. Tal intervenção de tratamento condiz em realizar uma análise funcional do paciente, assim, é necessário o terapeuta identificar a discriminação (estimulo que aumenta a frequência de determinado comportamento), ou seja, o que mantém o comportamento problemático visando a manutenção de resultados que contradizem a queixa inicial, por assim dizer, melhoria em habilidades sociais e aumento de atividades saudáveis. É necessário o terapeuta ficar atento aos déficits do comportamento do paciente para então modificar comportamento do depressivo. O autor ressalta que terapia de aceitação e compromisso e ativação comportamental refletem na prevenção do reaparecimento dos sintomas da depressão visando a mudança de comportamentos que mantém reforçadores negativos, e aumentar os positivos baseado em todos os antecedentes, os comportamentos atuais e suas consequências. O terapeuta entende o tema como comportamentos que reduzem repertórios bons e tais comportamentos estariam refletindo à depressão pois em há uma dificuldade do paciente em ter acesso a reforçadores disponíveis em seu ambiente. Vocênão pode impor felicidade. Você não pode em última instância, impor coisa alguma. Nós não usamos a força! Tudo que precisamos é engenharia comportamental adequada. (SKINNER, 1948). Freud (1915) faz uma comparação entre luto e melancolia. Para este autor a melancolia é uma sensação de desanimo profundo, a perda de interesse pelo mundo externo, perda da capacidade de amar, inibição de toda e qualquer atividade e diminuição de sentimentos de autoestima. Aqui o paciente sente culpa pela perda do objeto. Enquanto que no luto o próprio mundo do sujeito se torna pobre e também vazio e assim como na melancolia a autoestima também está ausente. Este mesmo autor menciona a ambivalência como um fator de vocação onde há uma relação entre o amor e ódio, caracterizando um objeto, ou seja, na visão clínica a autotortura é explicada através da tendência sadista e o ódio do objeto, que retorna para o indivíduo. É importante ressaltar que o suicídio implica em impulsos assassinos Para Abram, tendo em vista às considerações de Freud sobre o desenvolvimento libidinal, o inconsciente tende a perceber a perda do objeto como um processo oral, já a 22 introjeção é cravada como um processo anal. O autor se refere a fase sádico anal da libido como uma parte instintiva do sadismo, na qual ocorre um pendor opostas do prazer, como: destruir o objeto (ou o mundo externo) e a outra seria de controlá-lo. Freud (1912) em “a dinâmica da transferência”, dizia que a transferência era sempre mais intensa em indivíduos neuróticos do que em outros. Entretanto, para este autor ainda era um grande enigma em análise na transferência, à resistência ser tão presente e tão poderosa no tratamento. Assim, pode – se dizer que a psicanalise é um meio diferente de tratamento; pois esta oferta a escuta como molde de tratamento, através das palavras é possível obter a cura do mal-estar e do sofrimento do indivíduo. Segundo Perez (2009) a psicanálise é compreendida como uma experiência do sujeito, na qual não tem serventia para vincular os fenômenos compreendidos pela ciência. Entre os tratamentos citados nos parágrafos anteriores, outra possibilidade de tratamento seria a medicamentosa, por meio de prescrição de antidepressivos pelos profissionais de psiquiatria. Outros aspectos como mudanças de alimentação e a inclusão de atividades físicas na rotina de do indivíduo podem propiciar uma melhora nos sintomas da depressão. De acordo com Matos e Souza (1999), o tratamento por meio da medicação baseia-se na escolha do antidepressivo através das características e sintomas de depressão, fazendo uma análise dos efeitos colaterais, riscos de suicídio por meio da alta dosagem e danos cognitivos. O intuito é de se inteirar da situação singular de cada paciente para propor o melhor tratamento. Ao decorrer do método usado mediante a medicação não havendo efeito dos mesmos, pode-se entender que dosagens inadequadas e não adesão ao tratamento podem propiciar uma dificuldade para o mesmo. Ainda de acordo com os mesmos autores, durante esse processo em que o indivíduo está passando, e imprescindível se dar uma atenção necessária aos efeitos colaterais produzidos durante o uso da medicação. Alguns mais comuns como, falta ou aumento do apetite, dificuldade em relação a sexualidade, anorgasmia ou aumento discrepante na libido sexual. O tratamento e dividido em fases que facilitam o andamento do processo que são desmembrados num prazo de cerca de seis messes onde a primeira fase seria a mais aguda da doença e a segunda a fase preventiva, mas isso e relativo a cada paciente havendo aumento ou diminuição dependendo do caso. Deve-se observar a fase mais aguda da doença onde as recaídas são mais constantes; fatores ambientais, comportamentais e sócias devem ser considerados fazendo com que os sintomas não retornem ou diminuem, caso isso não seja possível uma mudança medicamentosa seria um caminho. Um prazo de pelo dois messes para que o indivíduo veja 23 alguma mudança nos sintomas da depressão, antes disso uma troca seria desnecessária pois deve-se ter um tempo de adaptação da medicação. Algumas bibliografias recentes indicam que o paciente tem maior aderência ao tratamento quando à encontros semanais de quatro a seis semanas. Há uma necessidade de monitoramento do efeito colateral, aceitação do tratamento e riscos de suicídio; pois são critérios que reforçam a necessidade da frequência de encontros semanais, e indicam que os antidepressivos não respondem rapidamente ao tratamento, isso acontece somente entre a segunda e a quarta semana de uso, entretanto a aquelas “exceções” que reagem na primeira semana, relata Damb (2009). É importante ressaltar que alguns pacientes não respondem a tratamento em quatro semanas, e assim as chances de melhoras vão diminuindo, porém, tais respostas podem acontecer em seis semanas em alguns pacientes. No momento em que o paciente não responde ao tratamento recomendado, é possível rever alguns fatores relacionados à ausência de respostas como: diagnóstico correndo como o de avaliar a probabilidade de doenças medicas ou psiquiátricos; adesão ao tratamento; longa duração da doença; dificuldades sociais crônicas e eventos de vida persistentes; episódio grave ou com sintomas psicóticos; distimia ou transtorno de personalidade grave. Os pacientes devem ser orientados a dependência da medicação, que podem causar alguns transtornos gastrointestinais, falta de sono, hipomania, que são características que podem ser vistas com o desmame ou retirada brusca da medicação, a organização mundial da saúde aconselha que havendo uma melhora ou emissão completa deve-se suspender a medicação, mais havendo um cuidado posterior para com a situação dos pacientes com probabilidade de recaídas. É importante ressaltar que o sigilo durante o tratamento e muito importante, que em caso de risco de suicídio o paciente tenha um compromisso terapêutico com seu médico, trazendo suas dificuldades quando a medicação, por que com os efeitos colaterais podem proporcionar um risco eminente de suicídio. (MATOS, 1999). Não há antidepressivo ideal, entretanto, atualmente existe uma disponibilidade grande de drogas atuando através de diferentes mecanismos de ação o que permite que, mesmo em depressões consideradas resistentes, o tratamento possa obter êxito. Os diferentes tipos de medicamentos variam de acordo com o caso e nível da patologia, seja moderada ou grave. Cabe ao médico psiquiatra a prescrição do tempo e do tipo de medicamento. Para o melhor entendimento, o quadro abaixo evidência e classifica quais são os hormônios ativados, qual é a classe de antidepressivo e quais nomes são utilizados no comércio 24 Quadro 2 - Medicamentos usados no tratamento da depressão Monoamina Antidepressivo Nome comercial Serotonina Fluoxetina Prozac. Verotina, Daforin, Deprax, Depress, Eufor, Fluox, Prozen, Psiquial, e Zyfloxin Sertralina Zoloft, Tolrest, Assert, Cefelic, Dieloft, Sered, Serenata, Seronip, Sertralin, Zoltralina, Zysertin. Paroxetina Aropax, Pondera, Cebrilin, Roxetin, Paxan, Benepax, Aritin, Depaxan, Paxil, Parox, Sertero, Zyparox Citalopram Cipramil, Procimax. Denyl, Citta, Maxapran, Alcytan, Maxapran, Zoxipan, Zycitapran Escitalopram Lexapro, Exodus Clomipramina Anafranil, Fenatil, Clomipram, Clo Noradrenalina Reboxetina Prolift Nortriptilina Pamelor, Nortrip Serotonina/norodrenalina Venlafaxina Efexor, Venlift, Venlaxin Pristic, Novidat, Alenthus Imipramina Tofranil, Depramina, Mepramim, Uni Imiprax Amitriptilina Tryptanol, Amytril Duloxetina Cymbalta Noradrenalina/dopamina Bupropiona Zyban, Wellbutrin, Zetron, Bup Fonte: Adaptado de MEDSI; 1998 25 4. DISCUSSÃO Entende-se que ideação suicida foi e ainda é um assunto que acaba por gerar polemica,porem atualmente tem ganhado destaque, como o texto busca esclarecer, um assunto evitado pela população que ganhou espaço para o estudo da ciência psicológica, trazendo uma carga de benefícios para alarmar a população sobre um fator que se agrava em nossa atualidade, ajudar a compreender aqueles que já sofreram ou sofrem de ideação, prevenir e reconhecer suas fragilidades quanto ao assunto, de maneira que o ao pesquisar sobre o assunto, busca definir com qualidade, o que cada um representa e suas possíveis relações, como visou esclarecer os possíveis tratamentos como o medicamentoso e o clínico, o último foi apresentado neste texto, através de duas abordagens psicológicas e a formação médica psiquiátrica. Pode-se dizer que um tratamento não anula o outro, por exemplo, somente o tratamento medicamentoso pode não anular a raiz do problema eu sejam, eles estão ligados a depressão “como tristeza profunda” (BORGES, 2006) de acordo como autor citado anteriormente em um embasamento psicanalítico, onde é preciso entrar em contato como pensamento o qual e resistente para desdobramento de hipóteses de tal abordagem, mostramos a importância do terapeuta em acolher e trabalhar em buscar da raiz que determina pensamentos angustiantes para possíveis intervenções de aprender a lidar com essa angustias de modo saudável ou as eliminar. Já a abordagem comportamental, como define Skinner (1984), essa relação de ideação e depressão de outra ponto de vista, e visa ajudar a entender outra possibilidade ligada como a tristeza profunda emocional que possivelmente pode influenciar pensamentos suicidas, baseia- se na falta de reforçadores positivos contidos no ambiente, busca reforçar situações de prazer que possam mudar o comportamento encoberto que chamamos de tristeza, modificando as contingencias aversiva. O foco então, está na mudança do comportamento e nas contingências que modelam esses comportamentos e não buscar no inconsciente questões profundas ao eu e posturas relativas ao assunto que poderiam mudar agindo juntamente com o ambiente. Um aumento de repertorio social saudável e assertivo. No que há concordância entre a abordagem comportamental de Skinner e a Psicanalise de Freud, o Behaviorismo Radical, apesar de não usar o inconsciente ou emoções como foco de pesquisa, acaba por relacionar fatores importantes pois a abordagem não ignora ou nega influencias da auto-observação, até porque, parte do indivíduo está contida no interior de sua pele, logo, não haveria porque desconsiderá-la ao se falar na ciência de comportamentos, logo, ambas se influenciam em uma ideação pois muda tanto o contexto passado do jovem quanto suas interferências comportamentais Através do levantamento bibliográfico feito neste trabalho percebemos que o número 26 de ideação suicida é maior em homens do que em mulheres, sendo mais efetivo no segundo caso, e de acordo com a OMS o suicídio será a maior causa de morte em 2020, depois das doenças crônicas e pode-se notar que a atenção é enfatizada agora com o alerta percentual crescente da taxa de suicídio, principalmente em adolescentes, e mesmo que com prudência é um assunto eu deve ser motivo de intervenções. Enfrentando ainda algumas barreiras quando a eficácia de uma terapia é necessário que os profissionais de psicologia ressaltem que a busca da saúde mental não está apenas em quem já está adoecido mas também prevenir, criar palestras sobre temas que jovens esperam mas não tenham coragem de pedir, de um acolhimento sem ser preciso ser gritado, atendimentos de plantão mais fáceis acessos em vários pontos e assim, de acordo com a abordagem do profissional buscar no paciente fazer ele entender e amenizar esse pensamento problemático que lhe gera desespero, pois de acordo com FREUD (1915) onde destaca que quem sofre de melancolia, sabe o que exatamente perdeu, por conta disso, entra em conflito consigo mesmo. Em concordância das duas abordagens citadas acima podemos levar em consideração que a psiquiatria, junto com a utilização de medicamentos dá suporte a elas de acordo com a importância do foco na ideação suicida, que é encarado como um fator de cuidado emergencial. De acordo com pesquisas sobre qual a abordagem mais “eficaz”, não houve um consenso, pois como explicitado, a maior eficácia se encontra na junção das abordagens, formações e práticas. A bibliografia de outras áreas pode ser de grande ajuda para o tratamento da problemática em questão, bem como Matos e Souza (1999) mencionam a importância da inclusão de atividades físicas na rotina do paciente, o que pode ser aprofundado por profissionais da educação física; A acupuntura, que segundo Allen (1998) promove ação direta nas fibras sensitivas do Sistema Nervoso Periférico, por meio de transmissão elétrica produzindo modificações no Sistema Nervoso Central, liberando substâncias como cortisol, endorfina, dopamina, noradrenalina, serotonina, entre outros a fim de promover o bem-estar e prevenção da depressão, seja pelo surgimento por causas psicológicas, comportamentais ou mesmo biológicas; Já Lakhan e Vieira (2008) enaltecem a importância da nutrição, pois os erudição dessa área, em específico, alertam para a deficiência nutricional como grande responsável por desordens mentais, de maneira que a deficiência do ácido graxo ômega-3, vitaminas de complexo B, aminoácidos e minerais se relacionam biologicamente com os pacientes depressivos, ou seja, o profissional da Nutrição deverá repor esses componentes necessários para elevar a qualidade de vida do paciente. Como mencionado, a junção das práticas se relaciona com a eficácia para que o paciente 27 alcance o bem-estar e possa sobrepujar os problemas provenientes da depressão e a consequente ideação suicida. Assim, foi possível perceber que, a pesar de ser um tema controverso e aparentar ter poucos materiais, para a população de maneira geral, até mesmo para evitar a disseminação do suicídio, os profissionais têm muitos caminhos para se aprofundar no tema e possibilidades diversas que podem se relacionar para atingir os objetivos apontados neste texto. 28 5. CONCLUSÃO Com base em todos os ensinamentos das possíveis intervenções em relação a temática, vemos brechas com o pouco conteúdo adquirido sobre o tema suicídio, evitando estimular o assunto em prol da “prevenção” em não influenciar ou mencionar o assunto para que seja evitado possíveis tentativas ou até mesmo influencias nos jovens e até adultos, questões em abertas além disso diz respeito a possíveis intervenções ainda não aprofundadas, sendo assim, se faz necessário abranger uma observação sistemática da teia de problemas que leva a problemática pessoal do indivíduo para contribuição de seu adoecimento, questões como um quadro de ideação poderia ser encarado de forma não emergencial se antes notado que atualmente normatizamos como “estresse rotineiro” e acabamos por deixar passar despercebido pessoas com ideações, e visar antecipar comportamentos que fogem do padrão da pessoa do seu eu de antes. Algumas outras questões ficaram em aberto, sendo necessária a busca do motivo de tal crescimento das altas taxas atuais de tentativas de suicídio, fatores no ambiente, na sociedade, questões como empatia de ter com quem conversar que tem se deteriorado com o tempo entre as pessoas, e toda uma história que podem ter em comum nas pessoas que buscam tal socorro, levando em consideração como lidamos atualmente com nosso dia a dia onde pessoas não tem tempo para prestar atenção nas outras, pois estão engajadas demais nas próprias questões, algumas muitas vezes também já conflituosas, assim, ninguém se olha e quando acontece um quadro de suicídio o indivíduo é visto como alguém que talvez antes não tenha demonstrado um quadro alarmante. Ou seja, apresente dissertação engloba fatores e mecanismos de aprofundamento científico que intencionam o engajamento dos profissionais, lhes prestando esclarecimentos e mecanismos para que se possa ser feita uma intervenção de qualidade, mas fora do campo cientifico e de tratamento, os fatores culturais e sociais, e a evolução atingida com o passar do tempo são fatores que necessitam de atenção para que se possa prevenir antes de que seja necessário tratar. Como perspectiva futura, através da pesquisa bibliográfica, pode-se perceber a necessidade de profissionais da área da nutrição, educação física, psiquiatria, comportamental, psicanalítica, acupuntura e afins, trabalharem como uma equipe multiprofissional, pois já ficou esclarecido que um tratamento não exclui o outro. Entretanto quando há uma concordância nas abordagens descritas em discussão, fica claro que trabalhando em “conjunto”, a depressão teria o tratamento facilitado. Uma outra sugestão é de abranger informações sobre como identificar a ideação suicida, pois, na literatura foram encontradas poucas informações sobre o assunto, o 29 que necessita de maior atenção, tendo em vista que a perspectiva futura, segundo a OMS, que apresenta a possibilidade de em 2020 o suicídio ser a maior causa de morte, depois das doenças crônicas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, P. R. (2006). Terapia analítico-comportamental da depressão: Uma antiga ou uma nova ciência aplicada? Revista de Psiquiatria Clínica, 33(6), 322-328. ALVES JUNIOR, Carlos Alencar Souza et al. Comportamentos suicidas em adolescentes do sul do Brasil: Prevalência e características correlatas. J. Hum. Growth Dev. São Paulo, v. 26, n. 1, p. 88-94, 2016. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- 12822016000100013&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 20 abr. 2018. AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, DSM-IV-TR: “Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais”, Texto, Revista. 4ª Edição. Lisboa, Climepsi Editores, pp 324-350, 2002 APA, American Psychiatr ic Associa t ion . Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. 5ª Edição 2015 ARAGÃO, Flavia C. Depressão e a ideação suicida: uma revisão da literatura. 2016 CONRAD, P. The medicalization of society: on the transformation of human conditions into treatable disorders. Baltimore: Johns Hopkins Press, 2007. ARAUJO, Luciene da Costa; VIEIRA, Kay Francis Leal; COUTINHO, Maria da Penha de Lima. Ideação suicida na adolescência: um enfoque psicossociológico no contexto do ensino médio. Psico-USF (Impr.), Itatiba, v. 15, n. 1, p. 47-57, Apr. 2010. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 82712010000100006&lng=en&nrm=iso>. Access on 19 Apr. 2018. 1 AZEVEDO, Andreia; MATOS, Ana Paula. Ideação suicida e sintomatologia depressiva em adolescentes. Psic. Saúde & Doenças, Lisboa, v. 15, n. 1, p. 179-190, mar. 2014. Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645- 00862014000100015&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 19 abr. 2018. http://dx.doi.org/10.15309/14psd150115 BARBOSA, Fabiana de Oliveira; MACEDO, Paula Costa Mosca; SILVEIRA, Rosa Maria Carvalho da. Depressão e o suicido. Rev. SBPH, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 233-243, jun. 2011. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S15160858201100010001 3&lng=pt&nrm=iso>. Acessos em 22 nov. 2017. ESTEVES, Fernanda; GALVAN, Alda; pepsic aletreia Aletheia n.24 Canoas Depressão numa contextualização contemporânea; n.24 disponível em < http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 03942006000300012> acessado dia 21 de abr de 2019 as 15:45 CAVALCANTE, Fátima Gonçalves; MINAYO, Maria Cecília de Souza; MANGAS, Raimunda Matilde do Nascimento. Diferentes faces da depressão no suicídio em idosos. Ciênc. Saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 18, n. 10, p. 2985-2994, Oct. 2013 Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413- 81232013001000023&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 23 Maio 2018. BARBOSA, A. (2010). Processo de luto. In A. Barbosa, & I.G. Neto (Eds.), Manual de Cuidados Paliativos (pp. 487-532). Lisboa: Núcleo de Cuidados Paliativos/Centro de Bioética/Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. http://dx.doi.org/10.15309/14psd150115 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942006000300012 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-03942006000300012 2 BASTOS, R. L. Suicídios, Psicologia e Vínculos: Uma Leitura Psicossocial. Psicologia USP, São Paulo, 201, 67-92, janeiro/março, 2009. Disponível em: <http://www.revistasusp.sibi.usp.br/scielo.php?pid=S167851772009000100005&script =sci_arttext&tlng=pt> Acesso em: 04/09/2009. BOTEGA, Neury José et al. Prevalências de ideação, plano e tentativa de suicídio: um inquérito de base populacional em Campinas, São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 12, p. 2632-2638, Dec. 2009. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 311X2009001200010&lng=en&nrm=iso>. Access on 20 Apr. 2018. BOTEGA, Nery José. Comportamento suicida: epidemiologia. Psicol. USP, São Paulo, v. 25, n. 3, p. 231-236, Dec. 2014. Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103- 65642014000300231&lng=en&nrm=iso>. Access on 20 Apr. 2018. BRAGA. LL, Dell'Aglio DD. Suicídio na adolescência: fatores de risco, depressão e gênero. Contextos Clínicos. 2013;6(1):2-14. DOI: http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2013.61.01 BURIOLA, Aline Aparecida et al. Assistência de enfermagem às famílias de indivíduos que tentaram suicídio. Esc. Anna Nery, vol.15, n.4, pp. 710-716, 2011. COSTA, N. MALTEZ, J. “Manual de Psiquiatria Clínica. 2ª Edição, p560-561, 2002. http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2013.61.01 3 COSTA, Araújo; Ideação suicida na adolescência: um enfoque psicossociológico no contexto do ensino médio. Psico-USF [en linea] 2010, 15 (abril-Sin mes): [Fecha de consulta: 22 de noviembre de 2017] Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=401036078006> ISSN 1413- 8271DALGALARRONDO P. 2008. Psicopatologia e semiologia d o s transtornos m e n t a i s . 2ªedição. Porto Alegre: Artmed. CORDÁS, T. A. “Depressão: da bile negra aos neurotransmissores”. Uma introdução histórica. São Paulo-SP: Lemos Editorial, 2002. COUNCIL OF NURSES (2005). CIPE, Versão 1.0, “Lisboa Ordem dos Enfermeiros”, 2005 CULLEN, William. “Synopsis Nosologiae Methodicae”, 1769. DATASUS. Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM - C.9. Taxa de mortalidade e s p ec í f i c a por causas externas. Linha. Unidade da Federação, Região, Região Metropolitana, Capital , Região e TME para suicídio, óbitos por suicídio no ano de 2010 por sexo. Disponível em: <Tabnet.datasus.gov.br/cg/deftohtm.exe? idb2011/c09.def>. Acesso em abril de 2014. ELLIOT, R., WATSON, J., GOLDMAN, R., & GREENBERG, L. (2004). Learning Emotion-Focused Therapy. The process-experiential approach to change. Washington DC: American Psychological Association FESTER, C. B. (1973). A functional analysis of depression. American Psychologist, 28, 857-870. 4 FINAZZI, M. E. P. “Breve Histórico sobre a Depressão”. Disponível: <http://www.campsm.med.br/artigos/depressao.htm> (Acessado em: 28/07/2018). FLECK, M.P.A.; LOUZADA, S.; XAVIER, M.; CHACHAMOVICH, E.; VIEIRA, G.; SANTOS, L.; PINZON, V. Aplicação da versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (WHOQOL-100). Revista de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.33, n.2, p.198-205, 1999. FLECK, Marcelo P.; BERLIM, Marcelo T.; LAFER, Beny Icon;