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20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/22 MÓDULO 3 DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO Conceitos Contrato de trabalho e relação de trabalho - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. É o ajuste de vontades pelo qual uma pessoa física se compromete a prestar pessoalmente serviços mediante pagamento de salário. O contrato individual de trabalho tem como características a subordinação, a pessoalidade, a não-eventualidade e a remuneração. O contrato de trabalho pode ser dividido em dois principais grupos: os celebrados por prazo determinado e os celebrados por prazo indeterminado. Um contrato de trabalho com prazo determinado é aquele com a finalidade de suprir um serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a determinação de prazo ou esteja destinado a atender uma necessidade empresarial transitória. Contrato de experiência e contrato de aprendizagem também são exemplos de contratos por prazo determinado. Já o contrato por prazo indeterminado é aquele que o empregado comparece em dias e horários determinados pelo empregador, podendo ser acordado em regime integral ou parcial. Em 11 de novembro de 2017 entrou em vigor a Lei 13.467 conhecida como Lei da Reforma Trabalhista. Uma das diversas alterações feitas por esta Lei na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) foi a introdução de nova modalidade de contrato de trabalho denominada trabalho intermitente. Trabalho Intermitente Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador. Utilizando-se dessa forma de contratação, o trabalhador poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviço, que exerçam ou não a mesma atividade econômica. É assegurado ao empregado com contrato de trabalho intermitente o pagamento de férias, 13º salário e previdência social ao final de cada período de prestação de serviços. O empregador deve avisar 3 dias antes a data de início e o valor da remuneração a ser paga (nunca inferior ao salário mínimo ou inferior ao salário dos demais empregados da empresa que exercem a mesma função em contrato intermitente ou não), e o empregado terá 1 dia útil para dar ou não o aceite, sendo considerado recusado o silêncio do empregado. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/22 Caso o contrato não seja cumprido por uma das partes, quem descumpriu terá que pagar 50% do valor da remuneração combinada para o período contratual. O período de inatividade não se considera como tempo de serviço à disposição do empregador. A contribuição previdenciária e o FGTS deverão ser recolhidos mensalmente pela empresa nos termos da lei. Assim como para os demais empregados, a cada 12 meses trabalhados o empregado tem direito de usufruir, nos 12 meses subsequentes, 30 dias de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador. Conceito de Empregado - É toda pessoa física que presta serviços de natureza não-eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário (art. 3º da CLT). Trabalhador não-eventual é aquele que exerce uma atividade de natureza contínua ou permanente, não importando se de prazo determinado ou não. Para caracterizar o trabalho não-eventual, não é necessário que o empregado trabalhe diariamente na empresa, bastando trabalhar uma ou duas vezes por semana, desde que, nos mesmos dias das semanas e nos mesmos horários. Tipos especiais de empregado - como tipos especiais de empregado, pode-se citar: a) Empregado rural – pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não-eventual a empregador rural diretamente em atividade agrícola ou pecuária ou em atividade industrial em estabelecimento agrário, sob a dependência deste e mediante salário. b) Empregado doméstico – é aquele que presta serviços continuados, de natureza não-econômica, à pessoa ou à família, no âmbito residencial. c) Empregado em domicílio - é aquele que presta serviços em sua habitação ou em oficina de família, por conta do empregador que o remunere. O vínculo empregatício fica configurado através da subordinação, que se traduz na submissão do empregado à ordens do empregador, pela obrigação de produzir tantas peças por dia, pela impossibilidade de vender as peças que produz, e por não ficar com o lucro da venda. d) Empregado aprendiz – é o maior de 14 e menor de 24 anos, que recebe formação profissional metódica no trabalho ou é matriculado em curso do Serviço Nacional de Aprendizagem ou outra entidade qualificada. Sua jornada não excede a 6 horas e o seu salário é o salário-mínimo hora. e) Empregado público – é aquele que presta serviços a órgãos públicos, sem possuir, no entanto, as qualidades de funcionário público. Não se inclui no quadro do funcionalismo público. f) Empregado acionista – nada impede que o empregado seja também acionista da empresa. Entretanto, caso detenha quantidade de ações suficiente para definir os rumos da empresa, desaparecerá a subordinação, descaracterizando a relação empregatícia. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/22 g) Diretor de sociedade – para a caracterização da relação de emprego é necessário que haja subordinação. Quando um empregado assume o cargo de diretor de companhia, se ainda houver subordinação, permanecerá a relação trabalhista. Porém, se ao diretor é dado o pleno poder de direção, o contrato de trabalho será suspenso, não se computando o tempo de serviço durante o exercício da direção. É o que determina a Súmula 269 do Tribunal Superior do Trabalho: “O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego”. h) Estagiário – não é empregado e, portanto, não existem direitos e obrigações trabalhistas. O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza. O estagiário poderá receber bolsa de estudos, ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada pelas partes. Ressalte-se que a jornada de trabalho do estagiário deverá ser compatível com o seu horário escolar. i) Trabalhador autônomo – é a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não. Não é subordinado, presta serviços com habitualidade, e assume os riscos inerentes à sua atividade. j) Terceirizado – com vistas a diminuir os custos operacionais e pela necessidade de especialização nos serviços, as empresas atualmente contratam terceiros para desempenhar algumas atividades que não constituem seu objeto principal. A contratação envolve tanto a produção de bens como de serviços, a exemplo da contratação de serviços de limpeza, de vigilância, de locação de serviços etc. Há dois tipos de terceirização: lícita e ilícita. A terceirização lícita é aquela que observa os preceitos legais relativos aos direitos dos trabalhadores, não pretendendo fraudá-los, ou seja, não pode haver os requisitos legais pertinentes a relação de emprego no trabalho do terceirizado, principalmente o requisito da subordinação direta. Já a terceirização ilícita é aquela que se refere à contratação permanente de terceiro, que pode dar ensejo a fraudes e a prejuízos aos trabalhadores. Conceito de Empregador - Conforme conceitua o art. 2º da CLT, empregador é a pessoa física ou jurídica, individual ou coletiva, que, assumindo riscos da atividade econômica, admite, assalariae dirige a prestação pessoal de serviços. A lei estabelece que equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos de relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. A doutrina e a jurisprudência acrescentaram outras figuras que equiparam-se ao empregador, a exemplo do condomínio, da família, das autarquias etc. Admissão de empregado Os documentos necessários para que seja possível registrar um funcionário são os seguintes: · Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) · Cédula de identidade 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/22 · Título de eleitor · Certificado de reservista · Cadastro de Pessoa Física (CPF) · Exame médico · Fotografias · Certidão de casamento · Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 anos ou inválidos de qualquer idade, necessária para o pagamento do salário-família. · Caderneta de vacinação e comprovação escolar: até seis anos de idade caderneta de vacinação, e a partir dos sete anos de idade, comprovação semestral de frequência à escola para pagamento do salário-família. · Ao menor estudante: declaração da escola que confirme estar frequentando algum curso. Na hipótese de admissão do empregado e após solicitar os documentos listados acima, a empresa deverá proceder ao seu registro na CTPS fazendo constar a remuneração do empregado e data de admissão, sendo certo que a prestação falsa dessas informações constitui crime, nos termos do art. 299 do Código Penal. Os documentos de identificação pessoal, ainda que apresentados por fotocópia autenticada ou pública-forma, depois de extraídos os dados necessários, deverão ser devolvidos logo em seguida. Vale ressaltar que a devolução da CTPS ao empregado deve ocorrer em 48 horas, sob as penas da lei, mediante contra- recibo. Alteração no contrato de trabalho Em princípio, as cláusulas do contrato de trabalho são imutáveis. Porém, o art. 468 da CLT admite alterações por mútuo consentimento e desde que não resultem direta ou indiretamente em prejuízo para o empregado, sob pena de nulidade. Também são admitidas algumas mudanças em decorrência do ius variandi que é a faculdade derivada do poder de direção pela qual o empregador pode determinar alterações no contrato de trabalho em circunstâncias especiais como, por exemplo, as variações de horário, local e função, que não atingem substancialmente o contrato de trabalho. No que se refere à jornada de trabalho, regra geral, não deverá ser superior a 8 (oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, sendo facultada a compensação de horários e a redução da jornada de trabalho, mediante acordo ou convenção coletiva (art. 7º, XIII da CF). Quanto à alteração do local de serviço, transferência é ato pelo qual o empregado passa a trabalhar em outra localidade, diferente daquele firmado no contrato, obrigando o trabalhador a mudar de residência (art. 469 da CLT). Comprovada a necessidade imperiosa do serviço pelo empregador, é o consentimento do empregado que legitimará a transferência e desde que não lhe resulte em prejuízo. Em se tratando de transferência provisória, receberá o empregado o adicional de 25% sobre o salário. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/22 A lei prevê alguns casos onde a alteração de função é admitida, a exemplo do retorno do empregado de confiança, por determinação do empregador, para a função anterior ou também na hipótese da readaptação do empregado, em razão de deficiência física ou mental atestada pelo INSS (art. 461, § 4º). O rebaixamento de cargo é inadmissível e quando imposto pelo empregador gera ofensa contratual. Suspensão e interrupção do contrato Suspensão é o fenômeno provisório pelo qual o contrato de trabalho e seus principais efeitos ficam totalmente paralisados. Em princípio, na suspensão, o empregado não presta serviços, o empregador não está obrigado a pagar os salários e não se conta o afastamento como tempo de serviço. Exemplos de suspensão: auxílio-doença após o 15º dia, aposentadoria por invalidez, serviço militar obrigatório, participação em curso ou programa de qualificação profissional, entre outros. Exceção é feita ao serviço militar obrigatório, que, apesar de suspender temporariamente o contrato de trabalho, é computado como tempo de serviço. Na interrupção também há uma paralisação provisória, mas apenas parcial. Em regra, é devido o salário e o período de afastamento é contado como tempo de serviço, embora não haja prestação do trabalho. É o caso das férias, feriados, exigências do serviço militar obrigatório, doação de sangue, licença-maternidade, licença-paternidade, nojo (licença do trabalhador por ocasião do falecimento do cônjuge, ascendente, descendente ou pessoa que, declarada em sua CTPS, viva sob sua dependência econômica. Até dois dias – art. 473, I). Jornada de trabalho É o tempo que o empregado presta serviço ao empregador ou fica à sua disposição. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite. Normalmente esse período é ajustado entre os contratantes, podendo ser reduzida para algumas categorias. A jornada máxima estipulada pela Constituição Federal é de 8 horas diárias e 44 horas semanais (art. 7º, XIII, CF), sendo permitido ao empregado trabalhar 02 (duas) horas extraordinárias por dia. Aquilo que excede à jornada normal é considerada hora extraordinária, que deve ser remunerada com acréscimo de, no mínimo 50% conforme dispõe o art. 7º, XVI da CF. Jornada de trabalho parcial É aquela em que o empregado é contratado por um tempo reduzido e recebe salário e demais verbas de forma proporcional aos valores pagos aos empregados integrais. Com a reforma da lei trabalhista, o empregador tem duas opções: a. contratar o empregado cuja jornada não exceda 30 horas semanais, sem a possibilidade de prestar horas extras semanais, ou, ainda; b. contratar o empregado cuja jornada não exceda 26 horas semanais, sendo permitido até 6 horas extras semanais. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/22 Repouso semanal remunerado - A cada 06 (seis) dias trabalhados é assegurado ao empregado um descanso remunerado de 24 horas consecutivas, devendo coincidir com o domingo, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço. Para a aquisição do direito ao repouso semanal remunerado, é necessário que o empregado não tenha faltado injustificadamente durante a semana. Se houver faltas, sobrevive o direito ao dia de descanso, mas haverá perda do direito à remuneração daquele dia. Os feriados também são dias de repouso e a remuneração depende do cumprimento integral do horário de trabalho durante a semana. A remuneração do repouso semanal será a mesma de um dia normal de trabalho, incluídas as horas extras habitualmente prestadas. FÉRIAS Férias é um período destinado ao descanso do empregado, para recuperação das forças e energias despendidas durante um ano de trabalho. Todo empregado tem, anualmente, direito ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da respectiva remuneração. A cada doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado adquire o direito a férias e a esse período de doze meses é chamado período aquisitivo. Findo o período aquisitivo, inicia-se outro, também de 12 meses, dentro do qual o empregador deverá conceder as férias, conforme suas conveniências. Este é o período concessivo. Caso o empregador não conceda as férias ao empregado no período concessivo, terá este direito ao pagamento de férias em dobro. Trata-se de umapenalidade aplicada ao empregador omisso. Incide apenas sobre o valor da remuneração das férias. Quanto ao terço constitucional, considera-se matéria controversa, visto que há quem defenda que é devido. De acordo com o art. 130 da CLT, Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; II – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; III – 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; IV – 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. Até a reforma trabalhista que entrou em vigor em novembro de 2017, o período de férias deveria ser concedido de preferência em um único bloco. Excepcionalmente a lei admitia a divisão em dois períodos, mas um deles, pelo menos, não poderia ser inferior a 10 dias corridos. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/22 Com a nova lei trabalhista, o empregado poderá usufruir de suas férias em até três períodos. Os períodos de férias poderão ser negociados entre empregado e empregador desde que: Um dos períodos seja maior que 14 dias; E os outros dois períodos sejam de, no mínimo, 5 dias cada um. Atente para o fato de que essa divisão é apenas uma possibilidade de acordo entre empregado e empregador, e não uma regra. Assim, caso queira, o empregado poderá usufruir dos 30 dias de uma só vez. Os estudantes menores de 18 anos terão direito de fazer coincidir suas férias no trabalho com as férias escolares. Integrantes da mesma família, que trabalham na mesma empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço. O empregador deve avisar o empregado, por escrito, 30 dias antes do início das férias. Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa, mediante comunicação ao órgão do Ministério do Trabalho e ao respectivo sindicato. Quanto à remuneração das férias, é a normal, devida na data da concessão, incluindo-se as horas extras, os adicionais noturnos, insalubridade e periculosidade, além da média das gorjetas. Sobre o salário normal, é acrescido 1/3, que é o chamado terço constitucional (art. 7º, XVII, da CF). Ainda, é direito do empregado converter 1/3 do período de férias em abono pecuniário, desde que o requeira 15 dias antes do término do período aquisitivo. O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono acima referido serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período. Conceito de salário Salário é a contraprestação devida ao trabalhador, pela prestação de seus serviços ao empregador, em decorrência do contrato de trabalho existente entre as partes. É diferente de remuneração que consiste na soma do salário contratual devido com outras vantagens e/ou adicionais percebidos pelo trabalhador, seja em dinheiro ou em utilidades, em decorrência do exercício de suas atividades. Ao contratar um trabalhador, o empregador deverá ajustar, em acordo com aquele, a forma de pagamento do salário. As formas de pagamento de salário são: · Salário por tempo – é aquele pago em decorrência do tempo no qual o trabalho foi prestado ou o trabalhador permaneceu à disposição do empregador, ou seja, é a fixação do salário por mês, por quinzena, por semana, por dia ou por hora. · Salário por produção – é o calculado com base no número de unidades produzidas pelo empregado. Não se leva em consideração o tempo gasto na execução do serviço e sim o número de unidades produzidas pelo empregado. · Salário por tarefa – é aquele pago com base na tarefa do empregado, mas pela economia de tempo há uma vantagem. Durante a jornada de trabalho, o 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 8/22 empregado deve realizar certo serviço determinado pelo empregador. Terminado o referido serviço, antes do fim do expediente, o empregado ganha uma vantagem, podendo ser a dispensa do restante da jornada de trabalho ou um acréscimo no seu salário. O pagamento dos salários não pode ser estipulado por prazo superior a um mês, com exceção de pagamento de comissões, percentagens e gratificações. Quando estipulado por mês, deverá ser efetuado até o quinto dia útil do mês subsequente ao vencido. Se estipulado por semana ou quinzena, deverá ser efetuado no quinto da seguinte ao do vencimento. Quanto aos meios de pagamento do salário poderá ser pago em dinheiro, cheque, depósito bancário ou em utilidades. Via de regra, o pagamento do salário é realizado em moeda corrente. Na zona urbana, poderá ocorrer pagamento em cheque ou por meio de depósito bancário desde que assegurado ao empregado, horário para desconto imediato do cheque ou para o saque. Também se admite o pagamento do salário em utilidades até o máximo de 70% do valor total. Os restantes 30% do salário deverão ser necessariamente entregues em dinheiro. Exemplos de salário utilidade: alimentação, habitação, vestuário e outras prestações in natura. Entretanto, não serão consideradas salário as utilidades fornecidas para o empregado quando constituírem instrumento para a realização do trabalho. Assim, o fornecimento de moradia não será salário se constituir meio para a prestação do serviço. Fundo de garantia por tempo de serviço (FGTS) É o pagamento de uma indenização feita pelo empregador ao empregado, por conta do tempo de serviço prestado. Em se tratando de uma indenização, o FGTS não tem natureza salarial, não incidindo, pois, INSS ou IR. O pagamento desta indenização por tempo de serviço se dá mediante depósito em conta bancária vinculada, em que o empregador recolhe mensalmente a importância correspondente à 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador. Tem como agente operador a Caixa Econômica Federal. São excluídos do cálculo do FGTS: a indenização adicional, a multa por atraso no pagamento das verbas rescisórias, as férias indenizadas, ajuda de custo, salário- família, valor correspondente à sobra da remuneração das férias e a participação nos lucros ou resultados da empresa. O depósito da contribuição ao FGTS é obrigatório mesmo durante o afastamento para o serviço militar e por acidente do trabalho. Segurança e higiene do trabalho Segurança e medicina do trabalho é um segmento do Direito do Trabalho, que estabelece normas de proteção à saúde, higiene e segurança do trabalhador no local de serviço. Tem por finalidade, principalmente, prevenir doenças profissionais e acidentes do trabalho. A segurança do trabalho é um conjunto de medidas que versam sobre condições específicas de instalação do estabelecimento e de suas máquinas, visando à 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 9/22 garantia do trabalhador contra a natural exposição aos riscos inerentes à prática da atividade profissional. Incumbe ao Ministério do Trabalho, através da Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho (SSMT), regulamentar as normas de segurança e medicina do trabalho. A fiscalização é de competência das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs), que podem impor multa, interditar estabelecimento, setor, máquina ou equipamento, ou, ainda, embargar obra. É obrigação das empresas adotarem as medidas de proteção, instruir os empregados sobre a matéria e obrigar ao cumprimento das normas de proteção sob pena de ser responsabilizado penal, civil e administrativamente, além de configurar motivo para rescisão indireta do contrato de trabalho. Por outro lado, a recusa do empregado ao uso dos equipamentos de proteção individual e à observânciadas instruções poderá fundamentar despedida por justa causa por se tratar de falta grave. Em termos de prevenção, os empregados devem obrigatoriamente se submeter a exames médicos: a) na ocasião de sua admissão (antes que assuma suas atividades); b) periodicamente, considerando os trabalhadores expostos a riscos que impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional; c) anualmente para os demais trabalhadores, quando menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade; d) a cada 2 anos, para os demais trabalhadores entre 18 e 45 anos de idade; e) no retorno ao trabalho quando o empregado esteve ausente por período igual ou superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente ou parto; f) na mudança de função (antes que assuma a nova função), e; g) na demissão, ocasião em que o exame deverá ser realizado dentro dos 15 dias que antecederem ao desligamento definitivo do trabalhador. Na Consolidação das Leis do Trabalho são encontradas diversas normas complementares que se reportam às condições de segurança no trabalho. Nesse sentido, o art. 163 da CLT determina que certas empresas são obrigadas a instituir a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), de acordo com a regulamentação do Ministério do Trabalho. Compete à CIPA desenvolver todas as atividades necessárias para prevenir acidentes de trabalho. Extinção do contrato de trabalho A extinção do contrato de trabalho é o fim da relação de emprego, com a consequente cessação das obrigações entre empregado e empregador. O fim da relação de emprego pode ocorrer por decisão do empregado ou do empregador. Considerando a extinção do contrato por decisão do empregado, pode-se citar as seguintes modalidades: 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 10/22 a) Pedido de demissão – trata-se de ato unilateral pelo qual o empregado comunica ao empregador que resolveu extinguir a relação de emprego, não podendo o empregador indeferir ou rejeitar o pedido. b) Rescisão indireta – o empregado poderá considerar rescindido o contrato de trabalho quando o empregador der justa causa para tanto. O art. 483 enumera sete atos do empregador que são considerados abusivos: i. Exigência de serviços superiores às forças do empregado, proibidos por lei, contrário aos bons costumes, ou alheios ao contrato; ii. Rigor excessivo no tratamento do empregado; iii. Exposição a perigo manifesto de mal considerável; iv. Descumprimento pelo empregador das obrigações do contrato; v. Prática de ato lesivo à honra e boa fama do empregado ou de pessoa de sua família; vi. Ofensas físicas, salvo em caso de legítima defesa; vii. Redução do trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários. c) Aposentadoria – o empregado pode permanecer no trabalho enquanto aguarda o deferimento de sua aposentadoria pela Previdência Social. Tendo sido deferida, será registrada a baixa na CTPS e, em seguida, poderá ser anotado novo contrato de trabalho para o mesmo empregador, se desejar permanecer na empresa. Considerando a extinção do contrato de trabalho por decisão do empregador, temos: a) Dispensa arbitrária – o art. 165 da CLT conceitua como sendo despedida arbitrária aquela que não se fundar em motivo disciplinar (art. 482, CLT), técnico (relativos à organização da empresa), econômico ou financeiro (diz respeito à insolvência da empresa). b) Dispensa sem justa causa – é o término da relação de trabalho, por iniciativa do empregador, sem que tenha havido cometimento de falta grave pelo empregado. c) Dispensa com justa causa – ocorre quando o empregado comete alguma das faltas graves tipificadas no art. 482 da CLT. As hipóteses de justa causa são: i. Ato de improbidade – é qualquer ato desonesto atentado contra o patrimônio do empregador, de companheiros de trabalho ou terceiros. ii. Incontinência de conduta – revela-se pelas atitudes do empregado incompatíveis com a moral sexual. São exemplos: vida desregrada, comportamento desordenado em público, rixas etc. iii. Mau procedimento – ocorre quando o empregado toma atitudes incompatíveis com o ambiente de trabalho, mas sem importar em incontinência de conduta. São os excessos verbais, as brincadeiras inoportunas etc. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 11/22 iv. Negociação habitual – nada impede que um empregado tenha mais de um emprego ou outra ocupação de fins lucrativos, a não ser que o outro emprego ocasione concorrência. Também pode ser considerada negociação habitual a empregado que utiliza seu tempo de serviço na venda de produtos próprios, prejudicando o seu trabalho e de seus colegas. v. Condenação criminal – é a prisão do empregado pela prática de um crime que o impossibilite de prestar serviços. Se não ficar preso porque obteve o sursis, não há justa causa. vi. Desídia – o empregado deve cumprir suas obrigações de modo diligente, com um rendimento qualitativo e quantitativo adequado ao seu serviço. Se, porém, tiver hábito de faltar ao serviço sem justo motivo ou de chegar atrasado, por exemplo, não poderá cumprir devidamente a sua obrigação, ocasionando queda de produção ou produção defeituosa; estará, portanto, agindo desidiosamente. É, enfim, o descaso pelo trabalho, o desleixo. vii. Embriaguez habitual ou em serviço viii. Violação de segredo (no que se refere a revelação de segredos industriais e/ou comerciais do empregador) ix. Indisciplina e insubordinação – enquanto na indisciplina se observa a violação das normas disciplinares da empresa, a insubordinação é o descumprimento de ordem específica dirigida ao empregado pelo empregador ou por superior hierárquico. x. Abandono de emprego – se dá quando o empregado se ausenta do ambiente de trabalho sem dar satisfação a empregador. A jurisprudência fixa em 30 dias o prazo para configurar o abandono de empregado, mas poderá ocorrer num prazo inferior quando o empregado vai trabalhar para outro empregador. xi. Ato lesivo da honra ou da boa fama – é a ofensa da honra ou da boa fama em serviço contra qualquer pessoa ou ainda contra o empregador ou superior, dentro ou fora do serviço. xii. Ofensa física – quando praticadas no serviço contra qualquer pessoa, inclusive visitas. Se praticadas contra o empregador ou contra superiores hierárquicos, mesmo fora do ambiente de trabalho, poderá vir a constituir a justa causa. xiii. Prática de jogos de azar Dependendo do tempo de serviço prestado pelo empregado, este fará jus a determinadas verbas trabalhistas. No caso do empregado com mais de um ano de serviço, faz-se obrigatória a homologação pelo sindicato da categoria ou pelo órgão do Ministério do Trabalho. Além das modalidades de extinção do contrato de trabalho citadas acima, há também a extinção por culpa recíproca, acordo, morte do empregado, morte do empregador, extinção da empresa, caso fortuito ou força maior e término do contrato de trabalho por prazo determinado. Havendo culpa recíproca, com a combinação de justas causas do empregado e do empregador, além da extinção do contrato de trabalho, será reduzido pela metade o valor da multa indenizatória sobre os depósitos do FGTS. A hipótese é admitida pelos tribunais em casos especialíssimos, exigindo-se sempre que as duas faltas 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 12/22 sejam suficientemente graves, equivalentes e contemporâneas, como por exemplo, o desentendimento entre empregado e empregador, com troca de insultos e bofetões. O acordo é a rescisão amigável do contrato de trabalho, podendo todas as verbas ser objeto de transação, exceto as férias vencidas e o saldo de salários que são irrenunciáveis. O acordo não autoriza o levantamento dos depósitos do FGTS. Por ocasião do falecimento do empregado,alguns de seus direitos são transferidos para seus herdeiros, tais como: saldo de salários, 13º salário proporcional, levantamento dos depósitos do FGTS, férias vencidas (simples ou em dobro), férias proporcionais, 1/3 sobre as férias vencidas e proporcionais. Tais valores são pagos mediante alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento. No caso de morte do empregador constituído em empresa individual é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho, independentemente de prestar aviso prévio. São devidos o saldo de salários, as férias proporcionais no caso de ter mais de um ano de casa, férias vencidas e 13º proporcional, sendo autorizado o levantamento dos depósitos do FGTS. A empresa poderá extinguir-se no todo ou em parte, por vários motivos, dentre eles: força maior, falência etc. Neste caso, o empregado terá direito a todos os direitos trabalhistas, inclusive o levantamento dos depósitos do FGTS, visto que não deu causa à extinção do contrato de trabalho. Havendo falência do empregador, o empregado terá direito a todas as verbas previstas na legislação trabalhista, como se tivesse sido dispensado sem justa causa. Entretanto, a falência, por si só, não rescinde o contrato de trabalho, que poderá continuar vigorando, se for conveniente para a massa. Os créditos trabalhistas recebem em primeiro lugar. Se a empresa ou um de seus estabelecimentos se extinguirem por caso fortuito (fato imprevisível) ou força maior (fato previsível, mas inevitável), o empregado terá direito a todas as verbas trabalhistas, isto é, saldo de salário, férias vencidas e proporcionais, 13º salário proporcional e aviso prévio, sendo autorizado o levantamento do FGTS. O contrato de trabalho por prazo determinado é aquele e, que as partes prevêem um limite à sua duração, podendo ser um dia determinado, a execução de certos trabalhos ou um fato futuro cujo acontecimento há certeza e, não se sabendo o dia exato, pode-se antevê-lo com aproximação. Entretanto, é insuficiente a vontade das partes para prefixarem a limitação de tempo ao contrato havendo necessidade que as circunstâncias o justifiquem em razão da lei de estímulo a novos empregos e da transitoriedade do trabalho objeto do ajuste. Não pode o contrato de trabalho por prazo determinado ser estipulado por mais de 02 (dois) anos. Atingindo o limite do prazo estipulado, tal contrato é extinto naturalmente, sem que resulte de ato do empregado ou do empregador. Verbas Trabalhistas Para melhor entendimento, estudaremos a seguir cada uma das verbas trabalhistas a que tem direito o empregado. Aviso prévio – Não havendo prazo estipulado para o termo final do contrato de trabalho (contrato por prazo indeterminado), a parte que, sem justo motivo quiser rescindir o contrato, deverá avisar a outra da sua resolução, com antecedência mínima de 30 dias, conforme determina o art. 487 da CLT e art. 7º, XXI da CF. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 13/22 O aviso prévio é a modalidade existente para a notificação pelo interessado, da dissolução iminente do contrato de trabalho. Sua finalidade, se concedido pelo empregador, é possibilitar ao empregado despedido a procura de novo emprego, antes de ter seu contrato rescindido definitivamente, de forma a garantir-lhe salário durante esse período, proporcionando-lhe então meios de subsistência para que se ocupe na busca de uma recolocação no mercado de trabalho. Se concedido pelo empregado, hipótese em que estará, então, demitindo-se, a finalidade de tal notificação é fornecer ao empregador oportunidade para contratar outro empregado para o cargo, minimizando-lhe, assim, possíveis prejuízos de ordem produtiva. O aviso prévio poderá ser indenizado ou trabalhado. O aviso prévio indenizado poderá ocorrer em duas hipóteses: no pedido de demissão e na dispensa sem justa causa. Quando o empregado, no caso de pedido de demissão, se recusa a cumprir o aviso prévio trabalhando, caberá ao empregador descontar das verbas rescisórias o valor correspondente ao período de 30 dias, não podendo, neste caso, ser computado como tempo de serviço. Por outro lado, quando o empregado é dispensado sem justa causa, compete ao empregador a concessão do aviso prévio. Se este determinar que não se faz necessário seu trabalho durante o período do aviso prévio, indenizará o valor correspondente ao período de 30 dias. Nesta hipótese, o período deverá ser computado como tempo de serviço, gerando direito ao recebimento, de mais 1/12 de 13º salário e 1/12 de férias proporcionais. Caracteriza-se o aviso prévio trabalhado quando há a prestação de serviço pelo empregado durante este período (geralmente, 30 dias), tanto na hipótese de ter sido o aviso concedido pelo empregado (pedido de demissão) quanto na de tê-lo sido pelo empregador (dispensa sem justa causa). Durante o prazo do aviso prévio, e somente quando a rescisão contratual tenha sido promovida pelo empregador (dispensa sem justa causa), a duração normal da jornada de trabalho do empregado será reduzida em duas horas diárias, sem prejuízo do salário integral como determina o art. 488, caput da CLT. Esta redução diária de duas horas será devida qualquer que seja o número de horas trabalhadas pelo empregado. Esta redução poderá ocorrer no início, meio ou fim da respectiva jornada de trabalho, ficando a escolha e determinação a critério das partes. O empregado poderá optar por trabalhar sem a redução das duas horas diárias em sua jornada de trabalho, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por sete dias corridos. 13º salário – ou gratificação de natal, é devida a todo empregado urbano, rural ou doméstico, bem como aos trabalhadores avulsos, independentemente da remuneração por estes recebida. A gratificação corresponderá a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente. A fração igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como mês integral para efeito do cálculo da percepção do 1/12 da remuneração de dezembro. O 13º salário deverá ser pago em duas parcelas, sendo a primeira entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano e a segunda até 20 de dezembro. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 14/22 Férias – Após cada período de 12 meses de trabalho o empregado terá direito a um período de descanso que corresponderá a 30, 24, 18 ou 12 dias, conforme o número de faltas não justificadas durante o período aquisitivo das férias. Não serão consideradas faltas as ausências legais previstas no art. 473 da CLT e as abonadas pela empresa, previstas no art. 131 da CLT. Conforme previsto no art. 130 da CLT, a cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias na seguinte proporção: Faltas ao serviço Dias de férias Até 5 faltas 30 dias De 6 a 14 faltas 24 dias De 15 a 23 faltas 18 dias De 24 a 32 faltas 12 dias Superior a 32 faltas Perde o direito às férias O texto constitucional estabelece em seu art. 7º, inciso XVII, que é direito dos trabalhadores urbanos e rurais o gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos 1/3 a mais do que seu salário normal. Por salário normal deve ser entendido o salário contratual acrescido dos respectivos adicionais, como diárias para viagem, desde que excedentes de 50% do salário, gratificações, prêmios, adicional de insalubridade, periculosidade, noturno, horas extras, utilidades fornecidas com habitualidade, dentre outros. Determinado o direito de férias, o empregador as concederá nos 12 meses posteriores àquele em que o empregado adquirir o direito. Os períodos são denominados da seguinte forma: período aquisitivo do direito às férias que são os 12 meses trabalhados, em que o empregado adquire o direito às férias e período concessivo que são os 12 meses posteriores ao período aquisitivo, emque o empregado deverá gozar as férias. Sempre que as férias forem concedidas após o período concessivo de férias, essas serão remuneradas em dobro. Saldo de salário – é o valor correspondente ao número de dias trabalhados no mês da demissão. Levantamento do FGTS mais a multa de 40% - o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) pode ser levantado nas hipóteses previstas na Lei 10.878/2004. Dentre essas hipóteses, temos: a) despedida sem justa causam inclusive a indireta, bem como havendo culpa recíproca ou força maior; b) extinção total da empresa, fechamento de quaisquer de seus estabelecimentos, filiais ou agências, supressão de parte de suas atividades, ou ainda falecimento do empregador individual, sempre que qualquer dessas ocorrências implique rescisão do contrato de trabalho, comprovada por declaração escrita da empresa, suprida, quando for o 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 15/22 caso, por decisão judicial transitada em julgado; c) aposentadoria concedida pela Previdência Social; d) falecimento do trabalhador, sendo o saldo pago a seus dependentes, para esse fim habilitados perante a Previdência Social, segundo o critério adotado para a concessão de pensões por morte. Na falta de dependentes, farão jus ao recebimento do saldo da conta vinculada os seus sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, expedido a requerimento do interessado, independentemente de inventário ou arrolamento; d) quando do acometimento de AIDS com o trabalhador ou seu dependente; e) para o pagamento da parcela de recursos próprios do preço de aquisição de moradia própria, durante a fase de construção (através de financiamento ou programa de autofinanciamento); f) quando o trabalhador ou qualquer de seus dependentes estiver em estágio terminal, em razão de doença grave, nos termos do regulamento; g) quando o trabalhador tiver idade igual ou superior a setenta anos, entre outras hipóteses. No que se refere à multa de 40%, tal indenização surgiu por meio da CF/88 em seu art. 7º, inciso I no caso do empregador demitir o empregado sem justa causa. Neste caso, portanto, o empregador deverá indenizar o empregado em importância igual a 40% do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada durante a vigência do contrato do trabalho, ainda que o saldo já não exista na conta por ocasião de levantamentos realizados pelo trabalhador durante a vigência do contrato de trabalho. Quando ocorrer despedida por culpa recíproca ou força maior, o percentual será reduzido para 20%. Exercício 1: A interrupção do contrato de trabalho consiste na cessação provisória e parcial dos efeitos do contrato de trabalho. Assinale a alternativa que somente contenha casos de interrupção: A) Aborto natural e criminoso. B) Aviso prévio e aborto criminoso. C) Nojo e gala. D) Doação de sangue e aposentadoria por invalidez. E) Aborto criminoso e aposentadoria por invalidez. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 16/22 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) Exercício 2: No que se refere ao abono de férias, assinale a alternativa correta. A) Consiste em uma gratificação paga ao empregado no Natal. B) É a possibilidade de converter 1/3 dos dias de férias em dinheiro. C) É o pagamento de adicional de periculosidade. D) É o direito de gozar mais dias de férias. E) É o direito de receber 1/3 a mais dos dias de férias. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: B) Exercício 3: Em qual das formas de extinção do contrato de trabalho deverá o empregador pagar multa indenizatória de 20% sobre o valor depositado no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS? A) Na dispensa sem justa causa. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 17/22 B) Na dispensa por justa causa. C) Nas rescisões indiretas. D) Nos casos onde houver culpa recíproca. E) Nos casos em que a empresa foi extinta por força maior. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) Comentários: D) Exercício 4: Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar mudança de domicílio. Pergunta-se: Qual é o adicional que deverá ser pago em caso de transferência provisória de um funcionário da empresa? A) 10% sobre o salário. B) 25% sobre o salário. C) 20% sobre o salário. D) 30% sobre o salário. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 18/22 E) 15% sobre o salário. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(B) Comentários: B) Exercício 5: São trabalhadores com vínculo empregatício e direitos reconhecidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT: I. Empregado Rural; II. Empregado Doméstico; III. Empregado Aprendiz; IV. Empregado Público; V. Empregado Acionista. A) Apenas os itens I, II, III e V estão corretos. B) Apenas os itens I, II, IV e V estão corretos. C) Apenas os itens IV e V estão corretos. D) Todos os itens estão corretos. E) Todos os itens estão incorretos. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D) 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 19/22 Comentários: D) Exercício 6: Em relação ao contrato de trabalho, assinale a alternativa INCORRETA. A) O contrato de trabalho é bilateral, consensual, oneroso, comutativo e de trato sucessivo. B) Os contratos, como regra geral, são por tempo indeterminado. C) Há estipulação na lei quanto a possibilidade de contrato por prazo temporário. É o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda, da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. D) Uma das hipóteses do contrato por prazo determinado é serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; (o serviço de natureza transitória é breve, efêmero, temporário). A transitoriedade deverá ser observada com relação às atividades do empregador. E) Se o trabalho ultrapassar o prazo determinado no contrato, o prazo será prorrogado por qualquer período, dependendo da vontade das partes. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: E) Exercício 7: Analise a situação hipotética a seguir e assinale a alternativa correta. A empresa Van Gogh Ltda. possui 300 funcionários. Estes laboram juntos num grande galpão industrial produzindo calçados. Neste quadro de funcionários há homens e mulheres, todos realizando as mesmas funções. Ocorreram alguns fatos isolados que resultaram na demissão de dois funcionários, os quais já trabalhavam na empresa há pelo menos dois anos. A demissão de João ocorreu por motivos técnicos, ou 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 20/22 seja, relativos à organização da empresa; já a despedida de Marcus deu-se porque este chegava diariamente bêbado na empresa, não conseguindo cumprir seus deveres profissionais. A) As formas de extinção do contrato de trabalho aplicadas aos funcionários João e Marcus foram, respectivamente, dispensa arbitrária e dispensa sem justa causa. B) As formas de extinção do contrato de trabalho aplicadas aos funcionários João e Marcus foram, respectivamente, dispensa arbitrária e dispensa por justa causa em razão da embriaguez habitual. C) João foi dispensado sem justa causa e Marcus foi dispensado arbitrariamente. D) Enquanto o contrato de trabalho de João foi extintosem justa causa, o de Marcus foi extinto por justa causa em função de desídia. E) Enquanto o contrato de trabalho de João foi extinto sem justa causa, Marcus foi dispensado com justa causa em função de sua embriaguez habitual. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(E) Comentários: E) Exercício 8: Em relação ao FGTS, marque a alternativa INCORRETA. A) FGTS significa Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. B) FGTS é o pagamento de uma indenização feita pelo empregador ao empregado, por conta do tempo de serviço prestado. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 21/22 C) Esta indenização de 8% sobre a remuneração paga ou devida é depositada na conta corrente particular do empregado. D) O depósito da contribuição do FGTS é obrigatória no caso de empregados domésticos. E) Em caso de dispensa sem justa causa, o empregador deverá pagar uma multa de 40% sobre o valor depositado na conta do FGTS durante a vigência do contrato de trabalho. O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C) Exercício 9: Com relação à jornada de trabalho e idade do empregado aprendiz, assinale a alternativa correta. A) A jornada pode ser de até 8 horas diárias, idade acima de 18 anos. B) Jornada de até 7 horas, idade entre 16 e 24 anos. C) Jornada de até 6 horas, maior de 14 anos e menor de 24 anos. D) Jornada de até 5 horas, menor de 14 anos e maior de 24 anos. E) Jornada de até 4 horas, maior de 14 anos e menor de 24 anos. 20/05/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos. https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 22/22 O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C) Comentários: C)
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